OFICINA DE FORMAÇÃO: Práticas e Modelos de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolares Outubro a Dezembro de 2009
Auto--Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias O Modelo de Auto de operacionalização (conclusão)
Tarefa 2 - ANÁLISE E COMENTÁRIO CRÍTICO À PRESENÇA DE REFERÊNCIAS À BE NOS RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS SESSÃO 7 - 03 a 08 de Dezembro Formanda: Anabela da Conceição Costa
Modelo de Auto-avaliação da Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (conclusão)
1‐ Preâmbulo Este trabalho que temos que desenvolver nesta sessão da formação resulta bastante pertinente uma vez que tem sido prática do Ministério da Educação, nos últimos anos, implementar, através da Inspecção-Geral de Educação, uma acção baseada na avaliação externa a todos os estabelecimentos de ensino público. A proficuidade da tarefa que tenho que desenvolver, nesta sessão, torna-se ainda mais evidente quando se tem em linha de conta que, este ano lectivo, o Agrupamento de escolas, a que pertenço agora como professora bibliotecária, será também um dos contemplados para esta acção inspectiva a nível externo. Assim, a análise e reflexão que tive que fazer quer para a tarefa 1 quer para a que agora realizo, ir-me-á, certamente, ajudar no trabalho que devo desenvolver no Agrupamento, tendo em mente a auto-avaliação da Biblioteca e o seu reflexo na avaliação externa da escola, alertando-me igualmente para vários campos de acção e tópicos que deverão nortear a minha intervenção como professora bibliotecária e a minha entrevista com os inspectores, pois pertencerei a um dos painéis a ser auscultado. Para concretizar a presente tarefa, parti do enquadramento do processo de avaliação das escolas/agrupamento que a Inspecção Geral de Educação enceta nos vários relatórios de avaliação externa que as formadoras colocaram na disciplina da formação, via plataforma moodle. Tive ainda em linha de conta, o Quadro de Referência para a avaliação das escolas/agrupamentos, assim como os pressupostos subjacentes ao Modelo de Auto‐avaliação da Biblioteca Escolar. 2‐ Selecção das escolas/agrupamentos a analisar Convém começar por referir que centrei a minha atenção para proceder a uma análise mais minuciosa nos relatórios de avaliação externa dos Agrupamentos de Escolas de Soure e Drª Alice Gouveia, cujas acções inspectivas decorreram de 05 a 07 de Novembro de 2008. Relativamente aos restantes relatórios, a falta de tempo levou-me a realizar uma leitura muito rápida e superficial, apenas com o objectivo de verificar, em traços muito gerais, qual a avaliação nos diversos campos e encontrar, nos mesmos, uma possível referência à Biblioteca Escolar, tarefa nada fácil. 1 Formanda: Anabe Anabela da Conceição Conceição Costa
A razão da minha selecção destes dois relatórios prende-se com o facto dos agrupamentos em questão pertencerem ao mesmo distrito e Direcção Regional de Educação em que se integra o Agrupamento a que pertenço e por considerar que ambos têm características e dimensões que se aproximam da realidade em que se move o Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova. No entanto, há a realçar o facto da Biblioteca Escolar da qual sou professora bibliotecária se encontrar numa fase ainda muito larvar a nível da sua história de integração na Rede de Bibliotecas Escolares, quando comparada com ambos os agrupamentos supracitados. 3‐ Análise
OJECTIVO DA TAREFA: Análise e comentário crítico à presença de referências à BE nos relatórios de avaliação externa das escolas Campos de análise
III – Caracterização do Agrupamento
Tópicos
_______________________________________
1.Resultados 2. Prestação do serviço educativo III – Conclusões da Avaliação por domínio Educativo
3. Organização e Gestão Escolar
4. Liderança 5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do agrupamento
Referências ao trabalho da Biblioteca Escolar Agrupamento de Escolas de Soure -Soure-
Agrupamento de Escolas Drª Alice Gouveia - Coimbra-
“Todos os estabelecimentos de educação e ensino encontram-se bem equipados, havendo 9 bibliotecas inseridas na Rede de Bibliotecas Escolares” Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência à BE
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. A referência à BE reporta-se, quase exclusivamente às actividades do PNL:”Nas diversas bibliotecas são promovidas várias actividades, com particular destaque para as do PNL.” Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer Agrupamento.
referência
às
BEs
do
Não há qualquer Agrupamento. Não há qualquer Agrupamento.
referência
às
BEs
do
referência
às
BEs
do
Não há qualquer Agrupamento. Não há qualquer Agrupamento.
referência
às
BEs
do
referência
às
BEs
do
2 Formanda: Anabe Anabela da Conceição Conceição Costa
Tópicos
3. Organização e gestão escolar
IV. Avaliação por factor
2- Prestação de serviço educativo
1. Resultados
Campos de análise
Referências ao trabalho da Biblioteca Escolar Agrupamento de Escolas de Soure
Agrupamento de Escolas Drª Alice Gouveia
1.1. Sucesso académico
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
1.2. Participação e desenvolvimento cívico
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
1.4 Valorização e impacto das aprendizagens
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
2.1. Articulação e sequencialidade
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
2.2. Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer Agrupamento. Não há qualquer Agrupamento. Não há qualquer Agrupamento. Não há qualquer Agrupamento.
Não há qualquer Agrupamento. Não há qualquer Agrupamento. Não há qualquer Agrupamento. Não há qualquer Agrupamento.
1.3. Comportamento e disciplina
2.3. Diferenciação e apoios. 2.4. Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem 3.1. Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade 3.2. Gestão dos recursos humanos
3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros
3.4. Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa 3.5. Equidade e justiça
referência às BEs do referência às BEs do referência às BEs do referência às BEs do
“As bibliotecas escolares, que fazem parte da RBE, promovem actividades diversificadas, integradas em projectos, com particular destaque para a leitura, complementada com a expressão plástica.” Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
referência às BEs do referência às BEs do referência às BEs do referência às BEs do
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
3 Formanda: Anabe Anabela da Conceição Conceição Costa
Campos de análise
Tópicos
4.1. Visão e estratégia 4.2. Motivação e empenho
4. Liderança
4.3. Abertura à inovação
IV. Avaliação por factor
5. Capacidade de autoregulação e melhoria do agrupamento
4.4. Parcerias protocolos e projectos
V. Considerações finais
5.1. Auto-avaliação
5.2. Sustentabilidade do progresso PONTOS FORTES PONTOS FRACOS OPORTUNIDADES CONSTRANGIMENTOS
Referências ao trabalho da Biblioteca Escolar Agrupamento de Escolas de Soure
Agrupamento de Escolas Drª Alice Gouveia
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. A referência à BE surge camuflada numa alusão ao PNL:“O agrupamento aderiu ao Plano nacional de Matemática e ao PNL, como forma de fazer face as situações de insucesso registadas nas disciplinas de matemática e Língua portuguesa.” A referência à capacidade da BE se envolver em projectos poderá estar presente neste excerto: “No envolvimento do agrupamento em diversos projectos nacionais e internacionais demonstra a preocupação em proporcionar aos alunos oportunidades diversificadas de aprendizagem. São disso exemplos (…) Projecto Ler e Escrever com Prazer (…)” No entanto, em nenhum momento surge a palavra BE. Temos novamente uma referência não à BE, mas ao PNL, que surge referido como uma estratégia de melhoria do agrupamento resultante do processo reflexivo sobre os dados da auto-avaliação da escola. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento. Não há qualquer referência às BEs do Agrupamento.
4 Formanda: Anabe Anabela da Conceição Conceição Costa
4- Considerações finais Tal como facilmente constatamos, após uma breve análise dos dados resultantes do levantamento que efectuei, as referências à BE são totalmente inexistentes no caso do relatório de avaliação externa do Agrupamento de Escolas Drª Alice Gouveia, sendo muito esporádicos no que concerne o do Agrupamento de Escolas de Soure. Neste último, as referências à BE surgem apenas no âmbito dos seguintes campos/tópicos: a. Caracterização do Agrupamento; b. Organização e Gestão Escolar; c. Gestão dos recursos materiais e financeiros; d. Abertura à inovação; e. Parcerias protocolos e projectos; f. Auto-avaliação. Impõe-se a necessidade de questionar o porquê de tal ausência ou de tão parca referência ao trabalho desenvolvido pelas BEs, nos relatórios de avaliação externa, tentando apontar algumas possíveis razões para tal. Uma das possibilidades será o facto de não se verificar ainda um reconhecimento do estatuto da BE enquanto suporte ao desenvolvimento curricular, quer por parte da IGE quer dos próprios agrupamentos. Este panorama dever-se-á à pouca prática de trabalho no âmbito da “Prestação do Serviço Educativo”, pois apesar de ser neste âmbito que se inserem os novos paradigmas da BE, ainda é esporádico, na maior parte dos casos, o envolvimento pleno da BE na planificação e trabalho colaborativo com as diferentes estruturas pedagógicas da Escola. Outro aspecto a considerar será talvez alguma dificuldade sentida por parte da equipa da BE em conseguir fazer passar a mensagem do papel preponderante que a BE ocupa como centro de recursos, mas também como centro de múltiplas aprendizagens, criando esse verdadeiro estatuto perante a comunidade escolar e extra-escolar.
5 Formanda: Anabe Anabela da Conceição Conceição Costa
Além disso, talvez a situação da quase inexistência de referências à BE nos relatórios em questão se deva ao facto de os professores bibliotecários/coordenadores das BE não pertencerem a qualquer painel da acção inspectiva, pelo que a sua visão mais abrangente não é auscultada pelos inspectores. Por outro lado, não será alheio à situação a questão de, só agora, a nível nacional, existirem coordenadores a tempo inteiro, o que permite um trabalho muito mais concertado e uma maior disponibilidade. Além disso, o processo de auto-avaliação da BE só agora está a ser implementado a nível nacional, ganhando uma vertente realmente sustentada e organizada, o que permite olhar para a BE como um “recurso” que se auto-regula e que tenta, incessantemente, encontrar as respostas mais adequadas para a consecução dos objectivos educacionais do Agrupamento em que se insere e da missão que lhe é conferida pela RBE e organismos internacionais. Para finalizar esta minha reflexão, apenas me ocorre referir que o trabalho de enorme suporte que nos é dado pela Rede de Bibliotecas Escolares e o dinamismo e processo de auto-regulação a que nos “obriga” a aplicação do Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar, leva irremediavelmente cada um de nós, professores bibliotecários, e a respectiva equipa a uma maior proactividade na sua acção no agrupamento em que nos inserimos, sendo incontornável a necessidade de envolver a comunidade educativa na análise reflexiva e avaliação dos serviços por ela prestados. Com a aplicação deste Modelo de Avaliação a BE acabará por “conhecer-se” o que lhe permitirá a imprescindível evolução/melhoria e a consequente evolução/melhoria da Escola/Agrupamento em que se integra. Será então impossível não reconhecer o verdadeiro valor que a Biblioteca Escolar poderá assumir ao serviço da Educação.
6 Formanda: Anabe Anabela da Conceição Conceição Costa
Bibliografia • Quadro de referência para a avaliação de escolas e agrupamentos. Inpecção-Geral da Educação. ME. Disponível na disciplina na plataforma moodlehttp://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/file.php/91/AEE_08_09_Quadro_Referencia.pdf • Relatórios da Avaliação Externa. Inspecção- Geral da Educação. ME. Disponível na disciplina na plataforma moodle- http://forumbibliotecas.rbe.minedu.pt/mod/forum/discuss.php?d=22752
• Avaliação Externa de Escolas. Relatório de escola. Agrupamento de escolas de Soure. Inspecção- Geral da Educação. ME. Disponível em: http://www.ige.min-edu.pt/upload/AEE_2009_DRC/AEE_09_Ag_Soure_R.pdf (06.12.2009)
• Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas escolares. Rede de Bibliotecas Escolares. 12 de Novembro de 2009. Disponível na disciplina na plataforma moodle: http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/file.php/91/modelo_auto_avaliacao_RBE_versao2009_VF.pdf
7 Formanda: Anabe Anabela da Conceição Conceição Costa