Tarefa 2

  • July 2020
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Práticas e modelos A.A. das BE - DREN - T8 _______________________________________________________________ O Modelo de auto-avaliação da BE no contexto da escola 1- Análise à realidade da escola onde exerço funções

Sendo a BE um sistema integrado e aberto à influência de outros sistemas com os quais interage, a sua maior ou menor apropriação resultam em grande parte da atitude e reconhecimento do órgão directivo. Neste âmbito, o processo de autoavaliação deve enquadrar-se no contexto da escola e ter em conta as diferentes estruturas com as quais é necessário interagir, destacando-se a figura do Director, que deve estar envolvido desde o primeiro momento, ser líder coadjuvante no processo e aglutinar vontades e acções, para além de todos os outros agentes educativos cuja participação é fundamental. No caso concreto da BE da escola a que pertenço, há diversos factores que me fazem constatar que nos encontramos no bom caminho, embora ainda com diversas etapas a percorrer. A BE da Escola Sede está integrada na RBE desde 1997, tendo-se constituído de imediato uma equipa coordenadora que iniciou formação na área, a qual eu integrei no ano seguinte. No ano lectivo 2001/2002, assumi as funções de coordenadora, com redução do tempo lectivo nos termos da lei em vigor. Desde então tenho desempenhado o cargo nos mesmos moldes, com uma equipa que tem sofrido algumas alterações. No presente ano lectivo, fui nomeada pelo Director Professora Bibliotecária, praticamente a tempo inteiro, uma vez que lecciono a disciplina de Área de Projecto a uma turma (90 minutos semanais). Realço o facto do Presidente do Conselho Executivo, actual Director ter sido sempre a mesma pessoa, ao longo destes anos, tendo acarinhado o projecto desde o início e partilhado das nossas angústias, mas simultaneamente acreditando e promovendo a mudança. Considero, por isso, ter havido um trabalho concertado entre a equipa da BE e o órgão de gestão, sempre com um diálogo aberto e franco, na procura de soluções para todos os problemas que foram surgindo. Refiro ainda que a BE tem sido representada no Conselho Pedagógico, inicialmente apenas porque desempenhava o cargo de Coordenadora de Língua Portuguesa e, como elemento da equipa da BE, acabava por assumir as duas funções; mais tarde, como coordenadora da BE, passei a representar a BE no CP, por imposições legais. A BE está ainda devidamente integrada nos documentos estruturantes do Agrupamento (PAA, PE, RI) e é encarada pela comunidade educativa como uma estrutura de apoio e desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Como factor positivo, registo o facto de, desde o ano lectivo

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Maria Helena da Mota Rodrigues

Práticas e modelos A.A. das BE - DREN - T8 _______________________________________________________________ 2000/2001, após a constituição do Agrupamento, terem sido crescentes as actividades de articulação com as BE/CRE dos JI e EB1, havendo um trabalho colaborativo sistemático entre as duas responsáveis pelas BE do Agrupamento. Um outro aspecto importante é o facto do Coordenador do Plano TIC (actual PTE) ser também, há já alguns anos, elemento da equipa da BE. Neste contexto, o actual modelo de auto-avaliação foi encarado como uma necessidade e um desafio para a afirmação da BE, entendido como um instrumento de melhoria contínua, sendo fundamental estabelecer uma forte ligação entre BE, Escola e sucesso educativo. Com o conhecimento deste modelo e consequente compromisso e envolvimento dos órgãos de gestão e pedagógicos, o processo será uma mais-valia para a construção de uma biblioteca do séc. XXI, efectiva e de qualidade. Foi neste sentido que já no ano lectivo anterior decidimos aplicar, a título experimental, o Modelo de auto-avaliação da BE a todas as BE do Agrupamento (uma na EB 2 e 3 e quatro nos JI/EB1), tendo sido precioso o contributo de todos os coordenadores das BE dos concelhos vizinhos, reunidos periodicamente com a Coordenadora interconcelhia. A constatação das dificuldades da implementação do Modelo foi imediata e desde então foram reformuladas algumas estratégias de acção da BE. A percepção do valor da BE e do seu papel e a necessária intervenção da escola nem sempre tem sido uma realidade, devido a diversos constrangimentos, entre os quais: - Coordenadora da BE, até ao final do ano lectivo anterior, com a redução da componente lectiva ao abrigo da legislação em vigor, assumindo ainda outros cargos na Escola, dispersando o tempo em actividades demasiado diversificadas e não conseguindo cumprir com rigor os objectivos da BE/CRE; - Equipa da BE com um número insuficiente de horas atribuídas e pouca formação na área; - Alguns problemas na articulação com a Biblioteca Municipal (SABE por enquanto inexistente, com possível viabilidade para breve, após inúmeras diligências, apoiadas pela Coordenadora Interconcelhia); - Catálogo informatizado apenas na BE da escola sede, disponibilizado num só computador; - Insuficiente articulação curricular entre a BE e os Departamentos; - Dificuldade na realização de um trabalho colaborativo, tornando difícil avaliar a contribuição da BE na consecução dos objectivos relacionados com a aprendizagem, a formação e os resultados escolares dos alunos;

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Maria Helena da Mota Rodrigues

Práticas e modelos A.A. das BE - DREN - T8 _______________________________________________________________ - Resistência à mudança por parte de alguns elementos da comunidade educativa; - Ausência de práticas de avaliação baseadas em evidências; -Ausência de práticas estruturadas de auto-avaliação relativamente ao desempenho da BE, dificuldade em pensar em termos de resultados e impactos; Apesar de todas estas dificuldades, no presente ano lectivo a equipa da BE tem um maior entendimento, mais disponibilidade (duas professoras bibliotecárias, com dispensa quase total da componente lectiva) e sente-se mais à vontade na aplicação do Modelo, reconhecendo a sua contribuição na elaboração de um plano de acção que integre objectivos e práticas que se adaptem à mudança e à ligação ao currículo e ao sucesso educativo dos alunos.

2- Plano de Acção: Medidas necessárias à alteração da situação e à sua consecução com sucesso

O modelo pressupõe a motivação individual dos seus membros e a liderança forte do professor bibliotecário, que tem de mobilizar a escola para a necessidade e implementação do processo avaliativo, com vista à melhoria através da acção colectiva e possibilidades oferecidas pela BE. Estratégias a desenvolver ao longo do ano, tendo como objectivo a aplicação do Modelo de auto-avaliação: 

Apresentação do Plano de Acção da BE ao órgão de gestão e comunidade educativa;



Apresentação do modelo de auto-avaliação da BE ao Conselho Pedagógico (CP) e tomada de decisão sobre o domínio a avaliar;



Divulgação dos resultados da avaliação diagnóstica ( ex. análise SWOT );



Apresentação das Etapas do processo – cronograma das acções decorrentes da implementação do Modelo de auto-avaliação;



Recolha de evidências: questionários a professores e alunos, entrevistas, horários, estatística, registo de actividades, relatório de actividades da BE, planificações,… (recolhas realizadas em diferentes momentos do ano lectivo);



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Inclusão da BE no adequado perfil de desempenho;

Maria Helena da Mota Rodrigues

Práticas e modelos A.A. das BE - DREN - T8 _______________________________________________________________ 

Elaboração do Relatório final de auto-avaliação, discutido e aprovado em CP. Deste relatório deve transitar uma síntese que venha a integrar o relatório da escola, estabelecendo assim ligações entre a avaliação da BE e a avaliação da escola;



Definição de prioridades e propostas de melhoria – Plano de acção em trabalho colaborativo com o CP e restantes estruturas educativas (articulação de actividades conjuntas);



Divulgação dos resultados em CP e restantes estruturas educativas; O currículo e a forma como está organizado, bem como os valores,

modelos e práticas de transmissão / apropriação do conhecimento, são factores que condicionam o sucesso da BE. Um dos maiores desafios para a BE do séc. XXI é saber gerir a grande mudança. Em todo o processo, o Professor Bibliotecário deve ter um grande destaque, designado por RossTodd como learning specialist. É ainda este autor que reforça o trabalho e a liderança interventiva e actuante do professor bibliotecário (coordenador) na formação para as Literacias e para a construção do conhecimento. A liderança transformativa deve, segundo ele, ser orientada pela recolha de evidências – evidence based practice. Esta liderança, associada ao exercício de uma visão estratégica, é determinante no desenvolvimento e no sucesso do processo de auto-avaliação, que, citando Eisenberg e Miller, significa: - Ter atitude e capacidade de intervenção face aos problemas identificados. - Reconhecer a oportunidade e ter sentido de agenda na abordagem dos problemas e na apresentação de propostas e estratégias junto do órgão de gestão. - Articular prioridades e objectivos com a escola os programas e projectos em desenvolvimento. - Desenvolver uma cultura de avaliação. Gerir as evidências recolhidas no sentido de comunicar o valor da biblioteca escolar e corrigir os gaps identificados. - Articular, colaborar e comunicar em permanência na escola e com outros stakeholders. É neste sentido que tento desempenhar o meu papel de Professora Bibliotecária. Apesar dos constrangimentos ainda existentes, procuro seguir as linhas orientadoras que me são exigidas – acção, compromisso e responsabilidade. O meu objectivo é contribuir para a transformação da BE num espaço de conhecimento e não apenas de informação (Todd, 2001).

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Maria Helena da Mota Rodrigues

Práticas e modelos A.A. das BE - DREN - T8 _______________________________________________________________ Com a implementação do Modelo de auto-avaliação da BE e consequente envolvimento dos diferentes actores da comunidade educativa, torna-se possível identificar as lacunas existentes e extrair responsabilidades colectivas face aos resultados obtidos. Citando Elspeth S Scott, “Measuring success is not an end in itself; it’s a tool of improvement”.

Braga, 15 de Novembro de 2009

BIBLIOGRAFIA

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Texto da sessão, disponibilizado na plataforma.

-

Scott, Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? An introduction to performance measurement”. 68th IFLA Council and General Conference August. [14/10/2009]

-

McNicol, Sarah (2004) Incorporating library provision in school self-evaluation. Educational Review, 56 (3), 287-296. (Disponível na plataforma)

-

Johnson, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media Program”, Principal. Jan/Feb 2005 [14/10/2009]

-

Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar – RBE, Novembro 200

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Maria Helena da Mota Rodrigues

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