Tarefa 2

  • June 2020
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Tarefa 2 Faça uma análise crítica ao Melo de Auto de Auto Avaliação das Bibliotecas Escolares, tendo em conta os seguintes aspectos: - O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados. - Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares. - Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos. - Integração/Aplicação à realidade da escola. - Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares enquadra-se na estratégia global de desenvolvimento das bibliotecas escolares portuguesas com o objectivo de facultar um instrumento pedagógico e de melhoria contínua que permita aos órgãos directivos e aos coordenadores avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola, nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, apresentam resultados menores, requerem maior investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas. (Gabinete da Bibliotecas Escolares) Os conceitos ou ideias chaves que presidiram á sua construção e aplicação prendem-se com a: A noção se valor; A auto-avaliação; Pretender apontar para as áreas nucleares; mas também, o Modelo pretende ser um instrumento pedagógico, sugerindo possíveis acções para melhoria (auto-avaliação, através da recolha de evidências e na elaboração de um plano de desenvolvimento onde sejam identificados claramente os pontos fracos e fortes). Na perspectiva do conceito de biblioteca escolar subjacente à construção do Modelo existem outros conceitos: Construtivismo; Questionamento e inquirição contínuas; Modificação global das estruturas sociais (introdução das TIC…) e a Necessidade de gerir a mudança buscando evidências. O conceito “Evidence-Based practice” traduz-se no desenvolvimento de práticas sistemáticas de recolha de evidências, associadas ao

trabalho do dia-a-dia. Ross Todd associa o conceito às práticas das bibliotecas escolares e à necessidade que estas têm de fazer diferença na escola que servem e de provar o impacto que têm nas aprendizagens. Valoriza a necessidade de provar esse impacto no contexto da escola, onde desenvolvemos trabalho. É pertinente a existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares, pois desta forma permite ver o que está a ser bem feito e o que é preciso melhorar. Segundo Markless, Streffield as práticas de pesquisa-acção estabelecem a relação entre os processos e o impacto ou valor que originam. Durante este processo: Identificase um problema; Recolhem-se evidências; Avaliam-se, interpretam-se as evidências recolhidas; Procura-se extrair conhecimento que oriente futuras acções e delineie caminhos. Centra-se a pesquisa, mais uma vez, no impacto e não nos inputs. Hoje, a avaliação centra-se, essencialmente, no impacto qualitativo da biblioteca, isto é, na aferição das modificações positivas que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimentos dos utilizadores. Ao falar em Avaliação impõe-se perguntar: Avaliar para quê? Numa primeira fase: - Conhecer o que estamos a fazer para perspectivar o que vamos fazer a seguir; - Planear para o desenvolvimento – transformar boas ideias em boas práticas; estabelecer metas; - Parte integrante do processo de gestão e de desenvolvimento: incorporar resultados da auto-avaliação e perspectivar a mudança – melhorar o perfil de desempenho; Numa segunda fase: - Contribuir para a afirmação e reconhecimento da BE; - Promover o benchmarking/esforço maior para onde há pior desempenho; - Uso estratégico de informação: melhoria das politicas dirigidas à BE. Este Modelo baseia-se no Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares Inglesas, com adaptações, julgadas pertinentes, tendo em conta as nossas especificidades. Organiza-se em quatro domínios e num conjunto de indicadores sobre os quais assenta o trabalho da biblioteca escolar.

*O domínio A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular A.1 Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes A.2 Desenvolvimento da literacia da informação

*O domínio B. Leitura e Literacias *O domínio C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade C.1. Apoio a actividades livres, extra curriculares e de enriquecimento curricula C.2. Projectos e parcerias

*O domínio D. Gestão da Biblioteca Escolar D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços D.3. Gestão da colecção/da informação

Podemos agrupar estes domínios em três áreas chave: - Integração na escola e no processo de ensino/aprendizagem - Acesso. Qualidade da Colecção. - Gestão da BE. O Modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização. Pressupõe a motivação individual dos seus membros e a liderança forte do professor coordenador, que tem de mobilizar a escola para a necessidade e implementação do processo avaliativo. Neste processo, o professor bibliotecário deve evidenciar as seguintes competências: a. Ser um comunicador efectivo no seio da instituição; b. Ser proactivo; c. Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo; d. Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa; e. Ser observador e investigativo; f. Ser capaz de ver o todo – “the big Picture”;

g. Saber estabelecer prioridades; h. Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade; i. Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola; j. Saber gerir recursos no sentido lato do termo;

k. Ser promotor dos serviços e dos recursos; l. Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens; m. Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola. n. Saber trabalhar com departamentos e colegas. Tilke (1999) “The role of the school librarian in providing conditions for discovery and personal growth in the s chool library. How will the school library fulfill this purpose in the next century?” A resolução do processo pode, ainda ser atingida: Através da identificação dos pontos críticos; Através da capacidade de determinar o conjunto de relações e de intercepções que estabelecem entre cada um dos domínios; Através da análise do impacto e da percepção de situações isoladas ou inter-relacionadas e cumulativas. Mas também se impõe, pensar estrategicamente; gerir estrategicamente; promover uma cultura de avaliação; comunicar permanentemente articulando prioridades. O Modelo adopta uma aproximação à realidade por etapas, tendo em conta o contexto interno e externo da BE. O ciclo completa-se ao fim de quatro anos e deve fornecer uma visão real e global da BE. Cada etapa compreende um ciclo: identificação de um problema ou um desafio; recolha de evidências; interpretação da informação recolhida; realização das mudanças necessárias; recolha de novas evidências acerca do impacto dessas mudanças. A avaliação é um processo de melhoria que deve facultar informação de qualidade capaz de apoiar a tomada de decisão e os seus resultados devem ser partilhados com o director, ser divulgados e discutidos nos órgãos de gestão. Visto o Modelo ainda não ter sido implementado na minha BE não posso pronunciar-me sobre os seus constrangimentos, contudo penso que para os mesmos contribuem a ausência de práticas de avaliação

e de recolha de evidências, em suma, será a falta de cultura de autoavaliação. Considero o Modelo adequado, pois permite identificar os pontos fracos e os fortes, dando a possibilidade de assim corrigir a nossa intervenção para a obtenção de uma melhoria e aprendizagem continua.

A formanda Almerinda Mata

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