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15 Janeiro 2009

PORTUGAL Gestores do BCP acusados pela CMVM O regulador do mercado bolsista decidiu acusar individualmente os gestores do BCP por prestação de falsa informação ao mercado. O caso remonta ao período entre 2000 e 2001 em que a instituição terá utilizado 17 sociedades ‘off-shore’ para a subscrição de acções próprias nos aumentos de capital. A exemplo do que sucedeu no processo que corre no Banco de Portugal, além da acusação colectiva ao BCP, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu acusar individualmente ‘antigos e actuais responsáveis’ do banco.

Inflação mais baixa A taxa de inflação da Zona Euro baixou em Dezembro para 1,6 por cento, um mínimo em mais de dois anos, de acordo com a estimativa do Eurostat. O índice de preços no consumidor subiu 1,6 %, abaixo da meta dos dois por cento, fixada pelo BCE, algo que não acontecia desde Agosto de 2007.

Cavaco deixa mais recados ao Governo O Presidente da República voltou a deixar recados sobre a economia portuguesa. Numa recepção ao corpo diplomático português, Cavaco disse uma vez mais que a crise internacional apanhou a economia portuguesa já com dificuldades. O PR pede também aos diplomatas uma atenção particular para as necessidades das comunidades portuguesas. Um ano difícil pela frente, mas com uma diplomacia à altura, garante Cavaco Silva. O PR recebeu o corpo diplomático português no Palácio de Belém e lembrou os desafios que o país tem pela frente.

Constâncio antecipa resultado negativo

RECESSÃO Perante quase três milhões de telespectadores, José Sócrates admitiu, finalmente, que o país deve entrar em recessão. O primeiro-ministro realçou, ainda, que o desemprego será a maior preocupação deste governo e pediu, desassombradamente, que os portugueses lhe voltem a dar maioria absoluta. Numa entrevista em que procurou salientar a importância do investimento público e a ajuda às empresas e às famílias portuguesas neste momento de crise, José Sócrates não esqueceu as futuras eleições e pediu aos portugueses «maioria absoluta». O primeiro-ministro, José Sócrates, admitiu que a economia portuguesa não escapará à recessão, já que esse é um cenário “cada vez mais provável”. Em entrevista à SIC, o chefe do Governo disse que “tudo aponta para um cenário cada vez mais provável de recessão” em Portugal, acrescentando que “não escaparemos a isso”. Antes, Sócrates tinha enumerado vários países que já se encontram nessa situação, como a Rússia, os EUA, o Japão, a Alemanha e a Itália. O primeiro-ministro indicou que as novas previsões do Governo serão apresentadas “na próxima semana”, quando for entregue a revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento. “Acho que nós devemos rever as nossas previsões quer quanto ao desemprego, quer em relação à economia”, disse ainda o primeiroministro, na entrevista onde admitiu que a taxa de desemprego em 2009 fique acima da taxa prevista para o ano passado. O primeiro-ministro sustentou que o actual momento económico é “uma crise que não tem paralelo histórico”. Sócrates defendeu que as descidas pontuais de impostos já avançadas pelo Governo são “estímulos adequados”, mas não recusou a hipótese de mais descidas de impostos caso os desenvolvimentos económicos o justifiquem. “Não sei responder. Não sou vidente”,

afirmou. Na mesma entrevista, o primeiroministro criticou os que defendem o cancelamento de alguns investimentos. “Seria moralmente muito negativo não fazer esses investimentos”, disse o chefe do Governo, defendendo que na actual situação de crise económica “faz ainda mais sentido” avançar com esses investimentos. O primeiro-ministro rejeitou a ideia de com essas decisões estar a onerar as gerações futuras e lembrou que a renegociação das novas concessões para construção de estradas serviu para “alisar” a despesa ao longo dos anos, evitando “picos de pagamentos”. José Sócrates voltou a defender a importância da intervenção

Toda a oposição critica a entrevista PM perdeu a oportunidade de falar a verdade ao país - Aguiar-Branco (PSD) PS reage afirmando que declarações de primeiro-ministro “valem por si” Primeiro-ministro “não merece nem uma maioria relativa” - PCP O primeiro-ministro “não oferece segurança aos portugueses” - CDS-PP PM deu muitas razões aos portugueses para não renovarem maioria absoluta - BE

feita pelo Estado na banca. “Não quero arriscar a falência de um banco em Portugal”, referiu. Quanto às ajudas prestadas às empresas, o chefe do Executivo afirmou que serão salvas as que forem “saudáveis e competitivas”. “Salvaremos as empresas que pudermos”, frisou, explicando que a Quimonda foi ajudada porque “é a principal exportadora portuguesa”. Segundo José Sócrates, a estratégia do Governo para ajudar a economia a atravessar esta situação define-se em quatro eixos: estabilizar o sistema financeiro, apoiar as empresas no crédito, reforçar o investimento público e apoiar as famílias. Sócrates adiantou que, em Janeiro, o Governo vai “acentuar” as linhas de crédito. Quanto aos apoios aos agricultores – um grupo que o Presidente da República identificou como sendo um dos mais afectados pela crise -, o primeiro-ministro rejeitou que haja 850 milhões de euros presos no Ministério da Agricultura e lembrou que foram aprovados 160 milhões de euros numa linha para os agricultores que “alavancam 1.000 milhões de euros de investimento” no sector. Sobre o endividamento externo da economia – outra das preocupações reveladas por Cavaco Silva na mensagem de Ano Novo -, Sócrates defendeu que esse “é um problema estrutural”, a que o Governo está a dar resposta. “Metade do défice externo diz respeito à energia”, disse, salientando o investimento que o Governo tem feito nas energias renováveis. Acrescentou ainda que as exportações subiram “20 por cento”, entre 2005 e 2007, ao passo que nos “três anos anteriores tinham aumentado 5 por cento”.

O Banco de Portugal considera que a economia portuguesa entrou em recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de contracção do Produto Interno Bruto (PIB), na segunda metade de 2008. De acordo com o governador da instituição, depois da contracção de 0,1% no terceiro trimestre, a economia portuguesa deverá ter registado um comportamento muito negativo nos últimos três meses do ano. Vitor Constâncio lembrou que ainda não existem dados definitivos acerca do último trimestre do ano passado, mas sublinhou que os indicadores existentes são «muito negativos» e apontam para uma evolução «fortemente negativa da economia» nesse período.

Volume de negócios na indústria cai mais de 11 por cento O volume de negócios na indústria caiu 11,2 por cento em Novembro, face a igual mês do ano anterior, determinado pela redução nas vendas nos mercados interno e externo, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. Segundo o INE, todos os agrupamentos industriais apresentam taxas de variação negativas, com destaque para os bens intermédios, que denotaram uma variação homóloga de menos 14,8 por cento. O agrupamento de consumo caiu 9,0 por cento em termos homólogos, enquanto o agrupamento bens de investimento registou uma quebra de 4,6 por cento. O volume de vendas para o mercado nacional caiu 10,1 por cento e para o mercado externo desceu 13,0 por cento. O emprego na indústria diminuiu em Novembro 2,1 por cento e as remunerações efectivamente pagas na indústria caíram 0,2 por cento.

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