Culturanja, 20 De Setembro De 2009

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Teatro As 10 Coisas que os Homens Precisam Saber por Tiago K. Inforzato

Umuarama, domingo, 20 de setembro de 2009

Dica de Andorinha: se não chacoalha não coalha! 

por Caroline Guimarães Gil

Sempre quando recebo notícias do pessoal da Companhia Identidade Teatral eu fico emocionado, e não seria diferente dessa vez: eles estão com uma nova peça prestes a estrear na cidade. Nossos premiados atores convidam a todos para conferir As 10 Coisas que os Homens Precisam Saber, o novo trabalho da trupe que será apresentado no dia 26 de Setembro, Sábado, às 20:30, no Teatro Neiva Pavan Machado Garcia (também conhecido como Teatro da UNIPAR). Quem for assistir à peça mergulhará na intimidade de uma mulher que, depois de muita experiência de vida (15 casamentos!) conceitua os 10 princípios básicos que todo homem deve saber para ter um relacionamento duradouro e saudável com o sexo oposto. Ao menos é o que as três personalidades (sim, três!) da moça apresentam ao público. O texto, uma comédia escrita e dirigido por Letícia Araújo (que também atua na peça), conta com um elenco composto por Fabiula Bravo, Tassiana Leme, Emanoel Faria, John Hara, Eder Capóia, Tatiellen Rogoni, Loana Santos, Amanda Boleta e Thays Tsuji. A produção ficou a cargo de Carla Donadoni, Lariane Lima e Cinthia Almeida, todos umuaramenses e membros da Companhia. Não posso deixar passar em branco a oportunidade de comentar a história desses atores e dessa Companhia de teatro. É uma história de luta e perseverança que tem dado muito certo, mesmo convivendo com tantas dificuldades, mudanças de casa, de patrocinadores e parceiros, me encanta ver que eles sempre se mantiveram unidos e nunca deixaram o teatro e a produção cênica de Umuarama morrer. São tão únicos e esforçados que já foram premiados em categorias especiais em importantes festivais de teatro estaduais. E é por isso que aplaudo em pé e com muito orgulho todos os atores e envolvidos na Companhia Identidade Teatral, e tenho certeza de que todas as pessoas que assistirem às apresentações da trupe também farão o mesmo. E estão todos convidados. Serviço: Espetáculo: As 10 Coisas que os Homens Precisam Saber. Dia: 26.09.2009 Horário: 20:30 Local: Teatro Neiva Pavan Machado Garcia (Teatro da UNIPAR) Ingressos: GRATUITOS na Secretaria de Cultura da UNIPAR a partir do dia 21.09.2009 Censura: 15 ANOS

  Uma andorinha, de tempo em tempo, descia de sua árvore para ir resgatar um pequenino galho. No inicio, achei super natural, todo mundo já  havia visto uma ave recolher galhos para construção de sua moradia. Mas, me instigou o fato de que esta simples ação consistia em algo muito maior do que eu poderia imaginar. Toda vez que ela colocava no bico algum galho, fazia com a cabeça um pequeno chocalho, como se estivesse examinando a qualidade do graveto. “Nossa, quais serão os critérios tomados por ela, para que diferencie os bons dos gravetos ruins?” refleti essa dúvida observando ainda mais agora a andorinha.   Dependendo de como o graveto se portava diante o chocalho, ela o deixava no chão, e ia pegar outro, e realizava essa mesma ação com os demais. Fiquei impressionada com o tamanho cuidado na escolha Isso me fez meditar sobre esta chamada “construção”, que tanto pode ser vista de forma denotativa como conotativa, pois o tempo todo nós estamos construindo alguma coisa, e isso implica em escolher. E dependendo desta escolha, podemos modificar toda a situação futura. Mesmo uma andorinha, se acaso não escolher os gravetos bons, pode deixar sua casa desmoronar numa véspera de grandes tempestades.   Há  quem goste de tempestades, você poderia me afirmar, e eu também. Mas, há mais ainda quem goste de continuar depois dela, e não terminar junto dela. E realmente, existem momentos que não há previsão do que o futuro aguarda, nem mesmo nas maiores aná-

Agosto

lises e exame pode ter certeza do que ele nos reserva, pois que é um lance de dados se não o próprio acaso em ação?    Embora num lance de dados, sem ter controle total da circunstância, mesmo não conhecendo matemática, física, história, astrologia, química e etc., se mesmo a andorinha não deixou de examinar minuciosamente os gravetos, porque nós deixaríamos de fazê-lo?    Examinar constitui em questionar a condição do objeto em si, não que você deva deixar de ter expectativas, de atribuir valores, pois o ser humano trabalha com o desconhecido por meio de hipóteses que ele estabelece, por meio de sua imaginação. Se não fosse isso, não haveria tantos conhecimentos circulando por ai; é primordial trazer para o real as proposições criadas, se não, elas serão apragmáticas, sem função alguma; significa que devemos levar em consideração circunstancias reais para que ela faça jus a sua funcionalidade, trazer para os princípios da vida. Do que adiantaria uma idéia, se não pode ser colocada em prática?   Com tudo isso ai, estou chocalhando os meus galhinhos por aqui! Boa sorte!

por Angela Russi Frasquete

Minha avó dizia que o mês de agosto era o mês do desgosto. Também que era o mês do cachorro louco. “Mês ruim. O bom seria se não existisse,” dizia ela. Bem, para mim, agosto é um mês maravilhoso. Em agosto nasceu meu filho caçula e por isso já tinha esse mês em alta conta, porém há agora um novo motivo para que ele seja um super mês em minha vida. Em agosto aconteceu o lançamento de um sonho. O meu sonho chamado Coleção Vire a Página. Virar a página é um termo cheio de significados. Começar de novo, deixar o que passou para trás, procurar novos horizontes, e outros mais. Para mim virar a página foi mais que tudo isso. Quem passa por uma experiência dolorosa tem duas  opções: vivenciá-la e seguir em frente ou vivenciá-la e estagnar. Minha experiência como doente de câncer foi traumática, entretanto, conviver com crianças que também viviam aquela mesma situação permitiu que eu visse mais do que minha própria vida. A criança sofre mais, seus pais mais ainda, então porque não tentar amenizar esse sofrimento através da literatura? Assim nasceu a Coleção ´Vire a Página’, uma maneira simples de tentar ajudar. Uma ideia que surgiu em uma manhã em que me atrasei para a quimioterapia e fui encaminhada a uma sala de tratamento com crianças por não haver lugar na sala dos adultos. Um sonho que a muitas mãos foi realizado. As minhas e de todos que colaboraram para que se tornasse realidade. A noite de 20 de agosto foi memorável. No salão do Buffet Kaskata estavam minha família, meus amigos, colaboradores, pessoas de bem e solidárias, e meus médicos. Que alegria senti ao ver ali quanta gente boa existe no mundo. Essa bondade de quem quer simplesmente ajudar com seu talento, aquele que Deus deu. A Márcia e a Patrícia do Conservatório Santa Cecília cantaram a primeira história que escrevi, Químio, o caçador, e foi lindo. O Ricardo, presidente do Rotaract, contou O Anjo Querubim com emoção e a Margarida, psicóloga falou sobre o simbolismo de cada um dos cinco livros.Tive também grande alegria em possibilitar que os presentes conhecessem a Mariana, uma garota que virou a página e em quem me inspirei para construir a personagem Vitória do livro O Anjo Querubim. Legal ver como as pessoas são solidárias às causas sociais. Vi isso na doação daqueles que estiveram lá e daqueles que fizeram parte mesmo não estando presentes. Vi em todos que doaram seu tempo, seu dinheiro, seu apoio. Desde a linda recepção feita pelo músico na entrada tocando violino até o último autógrafo vi que se cada um doar um pouquinho pelo bem do outro o mundo será um lugar muito melhor.   O que mais posso dizer sobre a noite de 20 de agosto? Apenas que ela começou mas não terminou. Ela está dentro daqueles que têm essa sensibilidade chamada amor ao próximo e que farão com que ela continue a auxiliar aqueles que necessitam. Agosto é um lindo mês. Não tem ainda as flores da primavera, nem mais o calor escaldante do verão,todavia tem uma noite em que as flores tinham o perfume especial da solidariedade e muito, muito calor humano.

Cinema

por Tiago K. Inforzato

Uma boa maldição. Era o que faltava. Depois de dirigir três ótimos filmes do Homem Aranha, caros e com muitos efeitos computadorizados, o diretor Sam Raimi volta às origens e faz um filme de terror à moda antiga, ou seja, Arraste-me para o Inferno é um filme de terror dos bons, com muita gosma, sangue falso e sustos inesperados e cujo orçamento não é o grande chamariz do trabalho. Para quem não conhece, Sam Raimi, antes de arrepiar o mundo com as peripécias de Peter Parker e seu alterego o Homem Aranha, dirigiu a trilogia Evil Dead, conhecida no Brasil pelo risonho nome Uma Noite Alucinante, um clássico para os fãs do terror mundial (grupo no qual me incluo). Inclusive, recomendo a trilogia, principalmente o primeiro filme. Mas desta vez Raimi atualizou a temática: agora o Demônio ataca funcionários de banco que deixam inadimplentes perderem suas casas ao invés de pegar estudantes fanfarrões e tarados. A história é a seguinte: A vida da ambicio-

sa Christine Brown estava ótima, até que uma velha cigana aparece no banco em que ela trabalha para implorar por uma extensão do empréstimo de sua casa. Christine nega o empréstimo para impressionar o seu chefe e tentar uma promoção, mas acaba mesmo sendo amaldiçoada pela cigana. E entra em cena a maldição de Lâmia, um demônio que assombrará a jovem bancária por três dias até que ela seja finalmente arrastada para o Inferno e sofra eternamente por lá. E é durante a luta contra este ser maléfico e o horripilante final para a protagonista que o filme nos diverte. Sustos, sangue jorrando em abundancia, cenas bizarras, surreais e até cômicas dão o tom do filme. Nada diferente dos grandes clássicos do terror que fazem a audiência orbitar entre o susto e o riso, mas sem tirar a qualidade do terror e dos sustos que são o principal do gênero. Serviço: Filme: Arraste-me para o Inferno (Drag me to Hell, USA, 2009, Terror) Dias: de 18 à 24 de Setembro. Horário: 20:30 Local: Cine Vip de Umuarama. Ingresso: R$ 10,00 (R$ 5,00 estudantes) Obs: Horários sujeitos à alteração.

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