Textos De Buenos Aires - Daniel Bramatti - 4

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Menem quer apoio sobre as Malvinas 25/06/96 Autor: S�NIA MOSSRI; DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: VE�CULOS P�gina: 2-5 Edi��o: Nacional Jun 25, 1996 Legenda Foto: Carlos Menem, presidente da Argentina, ontem em Buenos Aires Cr�dito Foto: Reuter Arte: MAPA: ONDE FICA Observa��es: COM SUB-RETRANCAS Vinheta/Chap�u: ARGENTINA Assuntos Principais: ARGENTINA; ILHAS MALVINAS; MERCOSUL Presidente pressiona parceiros do Mercosul para evitar independ�ncia das ilhas Menem quer apoio sobre as Malvinas de Buenos Aires O presidente argentino, Carlos Menem, est� pressionando os presidentes dos demais pa�ses do Mercosul (Mercado Comum do Sul) a dar uma demonstra��o em bloco de recha�o � independ�ncia dos kelpers, os habitantes das ilhas Malvinas. Segundo a Folha apurou, o maior alvo da insist�ncia de Carlos Menem � o presidente Fernando Henrique Cardoso. Os argentinos acham que a eventual concord�ncia do governo brasileiro teria influ�ncia decisiva sobre os demais integrantes do Mercosul _Paraguai e Uruguai, al�m do Chile, que hoje assina um acordo de livre com�rcio com o bloco. O presidente argentino deseja que o comunicado conjunto que os presidentes assinam hoje sobre a associa��o do Chile contenha uma mo��o defendendo a soberania argentina sobre as ilhas Malvinas. As For�as Armadas argentinas invadiram as Malvinas em 82, na tentativa de expulsar os ingleses, que deslocaram in�meros navios de guerra e avi�es � regi�o e acabaram vencendo a guerra. A derrota precipitou a sa�da dos militares do poder. A ONU (Organiza��o das Na��es Unidas) vai analisar em breve um pedido de autodetermina��o dos kelpers, apoiado pela Gr�-Bretanha. Rivalidade A diplomacia argentina est� descontente com a no��o generalizada de que o Brasil � o carro-chefe do Mercosul. Na noite de domingo, o chanceler Guido Di Tella ficou irritado com uma pergunta do presidente do World Economic Forum, Klaus Schwab, sobre a suposta inten��o do Brasil de ser ''a �nica voz'' do Mercosul diante da comunidade internacional. ''Essa pergunta n�o deveria ter sido feita. Nossos pa�ses sofreram em v�rias �pocas sentimentos de ci�me e inveja rec�procos, hoje superados'', disse Di Tella. O chanceler recha�ou a exist�ncia de qualquer sentimento de inferioridade em rela��o ao Brasil. ''Estamos felic�ssimos com a posi��o menor no bloco. N�o queremos ser uma pot�ncia mundial, mas ter um bom n�vel de educa��o e de vida. As pessoas n�o vivem na macroeconomia'', afirmou. S�NIA MOSSRI E DANIEL BRAMATTI Pol�tico � preso em motel �s v�speras da 10� reuni�o 22/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-12

Edi��o: Nacional Jun 22, 1996 Vinheta/Chap�u: MERCOSUL Assuntos Principais: ESC�NDALO; POL�TICO; MERCOSUL Pol�tico � preso em motel �s v�speras da 10� reuni�o DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Um esc�ndalo sexual envolvendo um pol�tico regional amea�a tirar o brilho da 10� reuni�o de c�pula do Mercosul, que ser� realizada na cidade de San Lu�s, a 780 km de Buenos Aires, na ter�a-feira. Alfredo Barzola _ex-ministro de Governo, Justi�a e Culto da Prov�ncia de San Lu�s e assessor do governador Adolfo Rodr�guez Sa�_ foi flagrado em um motel com um travesti e uma prostituta, menores de idade. A Justi�a Federal abriu processo por viola��o � lei de entorpecentes, j� que a pol�cia teria achado maconha no local. A Folha apurou que Menem foi praticamente obrigado por Rodr�guez Sa� a realizar a solenidade no local. Ele pensou em transferir o evento para um local menos remoto, mas Sa� pressionou o presidente com o argumento de que havia reformado um hotel estatal para abrigar os chefes de Estado. Bol�via dever� ser s�cia do Mercosul 21/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-5 Edi��o: Nacional Jun 21, 1996 Vinheta/Chap�u: LIVRE COM�RCIO Assuntos Principais: MERCOSUL; BOL�VIA; ACORDO Chile j� confirmou acordo Bol�via dever� ser s�cia do Mercosul DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O Mercosul deve ganhar dois novos s�cios na pr�xima ter�a-feira, dia 25. Al�m do Chile, que j� confirmou a assinatura de um acordo de livre com�rcio com o bloco, a Bol�via est� prestes a oficializar sua associa��o ao Mercosul. O presidente boliviano, Gonzalo S�nchez de Lozada, chega a Buenos Aires na segunda-feira e deve assinar um acordo provis�rio. Os pontos pendentes do documento ser�o discutidos nos pr�ximos 90 dias. Concess�es Segundo o ministro das Rela��es Exteriores da Argentina, Guido Di Tella, j� se chegou a um acordo que envolve 80% do com�rcio bilateral entre Bol�via e Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Os chilenos conseguiram algumas concess�es do bloco no �ltimo dia de negocia��es. A Argentina, por exemplo, aceitou reduzir em 30% a al�quota de importa��o de produtos t�xteis e cal�ados. Piazzolla � homenageado com show em Buenos Aires 15/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: ILUSTRADA P�gina: 4-3 Edi��o: Nacional Jun 15, 1996 Vinheta/Chap�u: PERSONALIDADE Assuntos Principais: M�SICA; ASTOR PIAZZOLLA /MAESTRO/; HOMENAGEM

Piazzolla � homenageado com show em Buenos Aires DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Termina hoje em Buenos Aires o maior ciclo de homenagens a Astor Piazzolla desde sua morte, em 5 de julho de 1992. Chick Corea, Gary Burton e o octeto eletr�nico de Daniel Piazzolla (filho do maestro) abriram a s�rie de espet�culos "Astortango", com o show "Piazzolla e o Jazz" e "Piazzolla e Am�rica". Para hoje est� programado "Piazzolla Portenho". Entre os convidados latinoamericanos est�o Hermeto Pascoal e Fagner. Ao todo, 26 m�sicos participam da homenagem. Piazzolla, que se dizia "famoso mas n�o popular", ficaria surpreso com a mobiliza��o em torno de seu nome. Os shows ser�o gravados, lan�ados em CD e transformados em um especial de TV. Tamb�m est� sendo preparado um CD-ROM sobre a vida do maestro, com trechos de suas principais composi��es. Buaiz n�o sobe a palanque petista 13/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: BRASIL P�gina: 1-12 Edi��o: Nacional Jun 13, 1996 Vinheta/Chap�u: PELO BRASIL; VIT�RIA Assuntos Principais: ELEI��O MUNICIPAL; PRT /PARTIDO/; VIT�RIA /ES/ Buaiz n�o sobe a palanque petista DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O governador do Esp�rito Santo, Vitor Buaiz, disse ontem que n�o subir� ao palanque do PT na disputa pela Prefeitura de Vit�ria. Buaiz resolveu desagradar a seu partido para n�o causar descontentamentos no PMDB e no PSDB, que tamb�m considera ''aliados''. ''A candidata do PMDB, Rita Camata, � minha aliada na C�mara dos Deputados, e os parlamentares do PSDB t�m feito gest�es junto ao governo federal para beneficiar o Estado'', afirmou. A postura deve acirrar a crise no PT capixaba, que lan�ou a candidatura de Otaviano de Carvalho � prefeitura, contrariando a posi��o de Buaiz, favor�vel a alian�a com Camata. A ala radical do partido, ligada ao deputado federal Jo�o Coser, j� chegou a pedir a expuls�o do governador. O motivo foi o envio � Assembl�ia Legislativa de projeto de lei para regulamentar demiss�es volunt�rias de servidores p�blicos. Dois dos quatro deputados estaduais petistas se recusam a votar a favor do projeto, tachado de ''neoliberal''. Buaiz contrariou o PT ao realizar reforma no Estado baseada na privatiza��o e terceiriza��o. ''Os setores radicais reagiram muito mal'', disse. As declara��es foram feitas na embaixada do Brasil em Buenos Aires. O governador chefiou uma comitiva de empres�rios que viajaram � Argentina em busca de investimentos. Tamb�m participou da inaugura��o da linha mar�tima entre os portos de Z�rate e Vit�ria, que transportar� carros e autope�as. Zulema vai � Justi�a contra Menem pela morte do filho 13/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI

Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-14 Edi��o: Nacional Jun 13, 1996 Vinheta/Chap�u: ACUSA��O Zulema vai � Justi�a contra Menem pela morte do filho de Buenos Aires A ex-primeira-dama da Argentina Zulema Yoma iniciou uma a��o judicial contra o presidente Carlos Menem. Ela acusa-o de ''encobrir'' os autores do suposto assassinato de seu filho, Carlos Jr. Nos �ltimos meses, Zulema tem refor�ado as den�ncias de que seu filho _morto em acidente de helic�ptero em mar�o de 1995_ foi v�tima de um compl�. A per�cia indicou que se tratou de um acidente _a aeronave teria se chocado com fios de alta tens�o. Segundo Zulema, o governo desconsiderou os depoimentos de testemunhas que afirmaram ter ouvido uma explos�o antes do choque com os fios. Ela tamb�m conta que, no dia do acidente, o ministro do Interior, Carlos Corach, teria dito a ela que havia tr�s mortos. S� dois corpos foram resgatados _o que gerou suspeitas. Corach nega ter falado em tr�s mortos. (DANIEL BRAMATTI) Cavallo discute pend�ncias do acordo com equipe brasileira 11/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-12 Edi��o: Nacional Jun 11, 1996 Vinheta/Chap�u: MERCOSUL T�xteis, carros e zonas francas devem ser principais t�picos Cavallo discute pend�ncias do acordo com equipe brasileira DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, chega hoje ao Brasil para sondar a posi��o dos novos integrantes da equipe econ�mica sobre temas pendentes do Mercosul. Cavallo far� o primeiro contato oficial com os ministros Ant�nio Kandir (Planejamento) e Francisco Dornelles (Ind�stria e Com�rcio). Amanh� est�o previstos encontros com o ministro Pedro Malan (Fazenda) e com o presidente Fernando Henrique Cardoso. carros e t�xteis O ministro argentino quer conhecer a posi��o de Dornelles sobre o acordo de com�rcio bilateral para o setor automotivo, que estava sendo discutido com a exministra Dorothea Werneck. Tamb�m deve pedir uma defini��o sobre a imposi��o de barreiras para as importa��es de produtos t�xteis, medida que prejudicou empresas argentinas e uruguaias. O governo brasileiro prometeu levantar as restri��es (redu��o de prazos de financiamentos) para os demais pa�ses do Mercosul, mas ainda n�o o fez. A revis�o do acordo sobre zonas francas tamb�m ser� discutida. Cavallo defende a manuten��o das atuais regras, que permitem a livre circula��o de mercadorias produzidas em Manaus e Terra do Fogo (sul da Argentina). J� o Brasil quer que os produtos fabricados nos dois locais sejam taxados como estrangeiros. Buenos Aires tem casos

10/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: COTIDIANO P�gina: 3-9 Edi��o: S�o Paulo Jun 10, 1996 Observa��es: SUB-RETRANCA Assuntos Principais: SA�DE P�BLICA; ARGENTINA; FISCALIZA��O; CL�NICA; IDOSO Buenos Aires tem casos DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A Argentina, pa�s que tem 9% da popula��o com mais de 65 anos, convive com uma profus�o de asilos e cl�nicas geri�tricas irregulares, que escapam a qualquer fiscaliza��o. ''� muito dif�cil detectar os asilos. A maioria nem sequer pede habilita��o municipal'', disse � Folha Angel Cosentino, respons�vel pela fiscaliza��o na prefeitura de Buenos Aires. Quando uma entidade irregular � descoberta, os propriet�rios s�o multados, e os idosos s�o transferidos para cl�nicas p�blicas. H� alguns meses foi descoberto um instituto geri�trico irregular em plena regi�o central da capital. ''Os idosos estavam desnutridos e maltratados'', disse o geront�logo Raul Rosenberg. As fam�lias que n�o disp�em de atendimento p�blico e de dinheiro para pagar uma cl�nica privada acabam recorrendo �s irregulares, mais baratas. Na maior parte dos casos, trata-se de verdadeiros ''dep�sitos de gente'', segundo Jos� Vilches, diretor da Confedera��o Geral dos Aposentados. A Argentina � o segundo pa�s da Am�rica Latina com maior porcentagem de idosos na popula��o. S� perde para o Uruguai (12%). Cidade tem dinheiro, mas popula��o sofre 10/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: de Buenos Aires Editoria: TURISMO P�gina: 6-16 Edi��o: Nacional Jun 10, 1996 Legenda Foto: Crian�as circulam na avenida 9 de Julho, no centro de Buenos Aires Cr�dito Foto: Paulo Henrique Braga/Folha Imagem Vinheta/Chap�u: O OUTRO LADO Continente: Am�rica do Sul Pa�s: ARGENTINA Cidade: BUENOS AIRES /ARGENTINA/ Riqueza se perde na crise social do pa�s Cidade tem dinheiro, mas popula��o sofre DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O turista brasileiro que visita Buenos Aires depara com um paradoxo: uma cidade cada vez mais rica e uma popula��o que reclama de desemprego, mis�ria e viol�ncia. A estabilidade e a abertura da economia provocaram uma explos�o de investimentos na cidade, principalmente no setor de lazer e servi�os. Pr�dios em p�ssimo estado de conserva��o foram completamente remodelados e hoje abrigam shopping centers, restaurantes de luxo e centros culturais. Os monumentos, pra�as e parques tamb�m est�o de cara nova _em parte por causa das elei��es municipais, marcadas para o dia 30 de junho.

As queixas dos portenhos, por�m, n�o s�o despropositadas. Da mesma forma que trouxe benef�cios ineg�veis, o ajuste econ�mico gerou exclus�o social e aumentou a dist�ncia entre ricos e pobres. H� consenso sobre a multiplica��o no n�mero de mendigos nas ruas e nas esta��es de metr�. Estat�sticas oficiais comprovam o aumento da criminalidade _mas n�o a ponto de impedir passeios noturnos. H� sinais de aquecimento da economia, ap�s recess�o causada pela crise mexicana. Os economistas duvidam que haja redu��o na taxa de desemprego a curto prazo. Est�o fora do mercado de trabalho cerca de 2,5 milh�es de pessoas, em uma popula��o economicamente ativa de 13,2 milh�es. D�ficit argentino amea�a metas do FMI 08/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-5 Edi��o: Nacional Jun 8, 1996 Vinheta/Chap�u: AM�RICA LATINA Governo ter� de obter super�vit recorde neste m�s para cumprir objetivos estabelecidos com a entidade D�ficit argentino amea�a metas do FMI DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A Argentina teve um d�ficit fiscal de US$ 754 milh�es em maio, o que representa um aumento de cerca de 50% em rela��o ao mesmo m�s de 1995. Para cumprir a meta pactuada com o FMI (Fundo Monet�rio Internacional) no segundo trimestre (d�ficit m�ximo de US$ 347 milh�es), o governo ter� de obter um super�vit recorde em junho, superior a US$ 700 milh�es. Neste m�s a arrecada��o ser� maior, pois vence o pagamento dos impostos de renda e de bens pessoais _este deve ser pago por todos os contribuintes cujas propriedades superem o valor de US$ 100 mil. Ainda assim, o mercado v� com descren�a a possibilidade de que a meta possa ser alcan�ada. O economista Miguel Angel Broda, que edita a publica��o ''Carta Econ�mica'', prev� um super�vit de apenas US$ 269 milh�es. A alta sonega��o de impostos � um problema cr�nico na Argentina. Para fechar o cerco sobre os maus pagadores, o governo decidiu criar um Certificado de Boa Conduta Fiscal. O documento ser� exigido em opera��es comerciais envolvendo im�veis, autom�veis e passagens a�reas, entre outras. O presidente Carlos Menem tamb�m pediu ao Congresso a aprova��o de uma lei para conseguir ''mandar � pris�o'' todos os sonegadores. Al�m da baixa arrecada��o, outro grande respons�vel pelo d�ficit � o rombo nas contas da Previd�ncia Social. Em maio, o Tesouro teve de transferir US$ 580 milh�es para o sistema de seguridade. A arrecada��o da previd�ncia p�blica tem diminu�do por causa da transfer�ncia de trabalhadores para fundos de pens�o privados. Visita de Cavallo O regime automotivo brasileiro e a importa��o de produtos t�xteis dos s�cios do Mercosul (Mercado Comum do Sul) devem ser tratados com prioridade durante a visita do ministro da Economia argentino, Domingo Cavallo, ao Brasil. Cavallo estar� em Bras�lia nos pr�ximos dias 11 e 12 de junho. Segundo a Embaixada da Argentina, a visita se deve �s recentes mudan�as nas equipes econ�micas de seu pa�s e do Brasil. Segundo a Folha apurou, Cavallo pretende refor�ar as press�es para que o Brasil volte atr�s na decis�o de reduzir o prazo de financiamento da importa��o de

t�xteis de 180 para 30 dias. O Brasil n�o considera essa medida como restri��o ao com�rcio bilateral e n�o se mostrou sens�vel �s press�es feitas pelo chanceler argentino, Guido Di Tella, em maio. O ministro argentino se encontrar� com seus colegas Francisco Dornelles (Ind�stria, Com�rcio e Turismo) e Ant�nio Kandir (Planejamento). Colaborou DENISE CHRISPIM MARIN, da Sucursal de Bras�lia Jornalista que denunciou Wasmosy desafia ju�za 07/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-12 Edi��o: Nacional Jun 7, 1996 Vinheta/Chap�u: IMPRENSA Assuntos Principais: PARAGUAI; JUAN CARLOS WASMOSY; JORNALISTA; PRIS�O Jornalista que denunciou Wasmosy desafia ju�za DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O jornalista argentino Pedro Casademundt, condenado no mesmo processo que levou � pris�o os irm�os uruguaios Federico e Carlos Fasano, lan�ou ontem um desafio � ju�za Zulma Casanova, respons�vel pela senten�a. ''Publiquei meu n�mero de telefone no jornal 'La Rep�blica', de Montevid�u, para que a ju�za possa ligar e perguntar onde estou'', disse Casademundt � Folha, em Buenos Aires. O jornalista � o autor de uma reportagem, publicada no ''La Rep�blica'', sobre superfaturamento de US$ 29 milh�es na hidrel�trica de Itaipu que favoreceria uma empresa do presidente do Paraguai, Juan Carlos Wasmosy. Por causa da den�ncia, os irm�os Fasano, que dirigem o jornal, foram condenados a dois anos por ''ofensa a chefe de Estado estrangeiro''. Eles completaram ontem duas semanas de cadeia. A senten�a foi extensiva a Casademundt e ao vereador paraguaio Ricardo Canese, citado como fonte na reportagem. ''A ju�za ia pedir minha extradi��o, mas recuou por causa da press�o internacional. Quero que ela saiba que n�o sou covarde nem estou foragido'', disse o jornalista argentino, que tem em m�os uma auditoria oficial de Itaipu sobre o superfaturamento. Uruguaios s�o presos por acusar Wasmosy 05/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-11 Edi��o: Nacional Jun 5, 1996 Vinheta/Chap�u: IMPRENSA Assuntos Principais: URUGUAI; PRIS�O; JORNALISTA; ENTREVISTA; JUAN CARLOS WASMOSY Pena de jornalistas � de dois anos Uruguaios s�o presos por acusar Wasmosy DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O secret�rio-geral da Anistia Internacional, Pierre San�, divulgou carta aberta ao presidente do Uruguai, Julio Maria Sanguinetti, pedindo a liberta��o dos irm�os Federico e Carlos Fasano, respectivamente diretor e editor do di�rio uruguaio ''La

Rep�blica''. Eles foram condenados a dois anos de pris�o por ''ofensa � honra de chefe de Estado estrangeiro'' _no caso, o presidente do Paraguai, Juan Carlos Wasmosy, acusado de enriquecimento il�cito em reportagens de fevereiro. O ''La Rep�blica'' se baseou em auditoria interna da hidrel�trica de Itaipu, que apontou superfaturamento de US$ 29 milh�es em favor de uma empresa de Wasmosy. Na sexta-feira, quando completou uma semana de cadeia, Federico Fasano concedeu entrevista � Folha por telefone. * Folha - H� precedente de condena��o de jornalistas por essa lei? Federico Fasano - � o primeiro caso da hist�ria do Uruguai e, creio, da Am�rica Latina e do mundo. Em um estado de direito jamais um jornalista foi condenado por publicar uma den�ncia com as provas na m�o. Folha - Que provas? Fasano - Tenho a auditoria interna de Itaipu, v�rios documentos e 15 testemunhas. Mas a ju�za Zulma Casanova determinou a retirada das provas do expediente. Folha _ Como o presidente uruguaio reagiu diante da senten�a? Fasano - Ele � amigo de Wasmosy, mas supomos que isso n�o tenha nada a ver com a condena��o. Wasmosy ligou duas vezes para Sanguinetti um dia ap�s a publica��o da den�ncia. Depois, Sanguinetti pediu abertura da a��o penal. Foi uma iniciativa do Executivo, mas a condena��o � responsabilidade da Justi�a. Folha - O sr. acha que a ju�za pode ter sofrido press�es? Fasano - Soube que parlamentares do Paraguai acusaram a ju�za de ter sido subornada. Parece-me impens�vel. Creio que � um erro judicial grav�ssimo e nada mais. Argentina tem 0,1% de defla��o em maio 05/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-2 Edi��o: Nacional Jun 5, 1996 Se��o: TEND�NCIAS INTERNACIONAIS Argentina tem 0,1% de defla��o em maio de Buenos Aires A Argentina registrou defla��o de 0,1% em maio, segundo anunciou ontem o Minist�rio da Economia. Nos �ltimos 12 meses, marcados pela recess�o provocada pela crise mexicana, houve defla��o de 0,3%. A infla��o mensal foi negativa seis vezes desde maio de 1995. Anteontem, o ministro Domingo Cavallo procurou se antecipar a cr�ticas que vinculam a defla��o � estagna��o da economia. Segundo ele, o pa�s j� saiu da recess�o. ''E n�o h� risco de que o aumento da atividade acelere a infla��o.'' (DANIEL BRAMATTI) Rio quer sede dupla para Jogos de 2004 05/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: ESPORTE P�gina: 3-7 Edi��o: Nacional Jun 5, 1996 Vinheta/Chap�u: OLIMP�ADA Assuntos Principais: OLIMP�ADAS, 2004; CANDIDATURA CONJUNTA; RIO DE JANEIRO /RJ/; BUENOS AIRES /ARGENTINA/ Rio quer sede dupla para Jogos de 2004

DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O governador do Rio de Janeiro, Marcello Alencar, prop�s ontem ao presidente da Argentina, Carlos Menem, uma candidatura conjunta do Rio e Buenos Aires para abrigar a Olimp�ada de 2004. Menem saudou a iniciativa e disse que os jogos ''consagrariam a uni�o dos dois povos''. Ambos ficaram animados com o precedente aberto por Jap�o e Cor�ia do Sul, que organizar�o em conjunto a Copa do Mundo de 2002. Menem comparou a situa��o e disse que Jap�o e Cor�ia dividiram os jogos por causa da rivalidade, enquanto Brasil e Argentina o fariam ''por causa da amizade''. O presidente argentino prometeu discutir o assunto com Fernando Henrique Cardoso. Segundo o secret�rio-geral de Menem, Alberto Kohan, a proposta j� foi debatida com o vice-presidente Marco Maciel e com o ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pel�. Film Planet inaugura filial argentina 03/06/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-8 Edi��o: Nacional Jun 3, 1996 Se��o: M�DIA & MARKETING Vinheta/Chap�u: MERCOSUL Assuntos Principais: PUBLICIDADE; FIL PLANET /EMPRESA/ ERRAMOS: 05/06/96 Por um erro de edi��o, a reportagem ''Film Planet inaugura filial argentina'', � p�g. 2-8 (Neg�cios) de 3/6, informou incorretamente o investimento inicial da firma em Buenos Aires. O valor correto � US$ 500 mil, e n�o US$ 500 milh�es. ERRAMOS Produtora ''troca'' S�o Paulo por Buenos Aires, onde os custos s�o 30% menores Film Planet inaugura filial argentina DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A produtora brasileira de comerciais Film Planet, que j� tem um p� em Los Angeles, inaugurou na semana passada sua filial em Buenos Aires. Com investimento inicial de US$ 500 milh�es, a produtora j� conta com clientes de peso _Coca-Cola, Visa, American Airlines e AT&T. A inten��o da empresa � atender aos mercados brasileiro e norte-americano desde Buenos Aires, onde os custos de produ��o s�o 30% mais baixos, segundo a propriet�ria da empresa, a publicit�ria Flavia Moraes. ''Buenos Aires oferece facilidades como loca��es sofisticadas por pre�os bem mais access�veis que os de S�o Paulo, al�m de gente bonita e boa luz'', diz ela. Com uma ind�stria cinematogr�fica razoavelmente desenvolvida, a Argentina oferece ainda equipamentos de qualidade superior em rela��o ao Brasil, principalmente para montagem e edi��o de som, comenta Flavia. A Film Planet tamb�m vai tirar partido do Mercosul. Alguns de seus principais clientes no Brasil, como Ita�, Sadia e DPZ, est�o instalados na Argentina e s�o alvos priorit�rios de contratos locais. A integra��o permitir�, por exemplo, filmar em uma �nica loca��o vers�es diferentes do mesmo comercial _em espanhol e portugu�s, com elencos da Argentina e do Brasil. Saindo do Brasil Al�m de abrir filiais nos Estados Unidos e na Argentina, Fl�via Moraes decidiu reduzir sua estrutura em S�o Paulo.

''Era uma empresa muito grande para um �nico mercado. Tinha um custo mensal de US$ 100 mil. Hoje, tenho o mesmo custo fixo e opero em tr�s mercados'', afirma. Os gastos com comunica��es entre as tr�s bases de opera��o foram reduzidos gra�as � Internet _sempre que poss�vel, o correio eletr�nico substitui o telefone. Entretanto, os custos com viagens internacionais aumentaram significativamente. ''J� foram aproximadamente 50 viagens desde o in�cio do ano'', diz Flavia. O servi�o civil em outros pa�ses 03/06/96 Editoria: FOLHATEEN P�gina: 5-3 Edi��o: Nacional Jun 3, 1996 Arte: QUADRO: O SERVI�O CIVIL EM OUTROS PA�SES Observa��es: SUB-RETRANCA Assuntos Principais: SERVI�O MILITAR; PRESTA��O DE SERVI�O O servi�o civil em outros pa�ses Su��a Servi�o civil: obrigat�rio a partir de primeiro de outubro de 96, ap�s 90 anos de discuss�o, apenas para quem alegar argumentos religiosos e/ou morais -motivo pol�tico n�o � aceito. Tempo de dura��o ser� definido caso a caso. O servi�o ser� cumprido na �rea social, de sa�de ou coopera��o ao desenvolvimento, inclusive no exterior. Facultativo para mulheres. Servi�o militar: obrigat�rio para homens. At� agora, os opositores cumpriam penas de pris�o. No ano passado, 250 jovens foram condenados. A Su��a tem um ex�rcito de mil�cia, ou seja, n�o profissional. � facultativo para mulheres. Reino Unido Servi�o civil: n�o � obrigat�rio. H� cerca de 350 institui��es onde maiores de 14 anos podem prestar servi�os diversos. Para trabalhar diretamente para o governo, a idade m�nima � 18 anos e � preciso fazer concurso para a carreira p�blica. Servi�o militar: n�o � obrigat�rio. Tamb�m � poss�vel se alistar em uma das for�as volunt�rias, ligadas �s For�as Armadas e que servem de reserva imediata para o Ex�rcito, em caso de guerra. Argentina Servi�o civil: n�o � obrigat�rio. Servi�o militar: n�o � obrigat�rio desde 1994, ap�s pol�mica provocada pelo assassinato do soldado Omar Carrasco, poucos dias depois de sua incorpora��o ao Ex�rcito. O jovem foi espancado at� a morte por outros militares e seu corpo ficou escondido por mais de um m�s em um banheiro do quartel. A fam�lia foi informada de que Carrasco havia "desertado''. O crime ainda n�o foi julgado. Estados Unidos Servi�o civil: n�o � obrigat�rio, mas a maioria das escolas de segundo grau inclui servi�os comunit�rios no curr�culo, duas horas por semana em m�dia. Algumas tarefas: tirar a neve das cal�adas no inverno ou recolher folhas dos parques. Servi�o militar: n�o � obrigat�rio. Fonte: Claudin� Gon�alves, de Genebra, Igor Gielow, de Londres, Daniel Bramatti, de Buenos Aires, Patricia Decia, de Nova York Argentina tenta salvar as pequenas lojas 26/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI

Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-11 Edi��o: Nacional May 26, 1996 Legenda Foto: Domingo Cavallo, ministro da Economia da Argentina, que criou programa de ajuda ao pequeno com�rcio Cr�dito Foto: Eduardo Knapp - 04.dez.95/Folha Imagem Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: AM�RICA LATINA Assuntos Principais: ARGENTINA; COM�RCIO Invas�o de hipermercados amea�a riscar do mapa comerciantes de menor porte e agrava o desemprego Argentina tenta salvar as pequenas lojas DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O governo argentino lan�ou um plano de salvamento para os pequenos comerciantes, maiores v�timas da guerra comercial gerada pela invas�o de hipermercados. Denominado ''Programa Belgrano'', o projeto est� sendo analisado por associa��es comerciais, que devem apresentar sugest�es at� o final do m�s. A sobreviv�ncia dos pequenos estabelecimentos � fundamental para evitar o aumento da taxa de desemprego na Argentina. O �ltimo levantamento, de outubro do ano passado, revelou que 16,4% da popula��o economicamente ativa est� fora do mercado de trabalho. ''H� 840 mil empresas que se dedicam ao pequeno com�rcio, garantindo emprego para 2 milh�es de pessoas'', disse � Folha o subsecret�rio de Com�rcio Interior do Minist�rio da Economia, Jorge Ingaramo. Os supermercados e hipermercados, por sua vez, empregam apenas 200 mil funcion�rios e controlam 65% do com�rcio de alimentos, segundo levantamento da Dun & Bradstreet, empresa de consultoria que produz relat�rios sobre economia setorial e Mercosul. Proje��es indicam que a tend�ncia � aumentar ainda mais a concentra��o, at� um patamar pr�ximo a 80%. Rapidez Em entrevista � imprensa estrangeira, na semana passada, o ministro da Economia, Domingo Cavallo, reconheceu as perspectivas sombrias para as pequenas empresas. ''� natural que os jovens n�o se orientem para este tipo de neg�cio'', disse Cavallo. Para ele, o fen�meno da concentra��o do com�rcio no pa�s gera um ''problema social mais agudo'' por ser ''muito r�pido''. ''Na Argentina, o desenvolvimento dos supermercados, shoppings e centros comerciais se deu num per�odo muito curto. Em outros pa�ses, o processo durou d�cadas'', afirmou. Segundo a avalia��o de Cavallo, devem sobreviver os estabelecimentos com atendimento 24 horas e voltados para a venda de produtos artesanais e naturais. Diante do avan�o das grandes cadeias, os pequenos comerciantes chegaram a reivindicar a institui��o de leis restritivas. ''Queriam impor limites de tamanho e de hor�rio de atendimento ao p�blico'', disse Jorge Ingaramo. O Programa Belgrano, por�m, n�o contempla essas alternativas. ''Nosso objetivo n�o � promover o intervencionismo, mas incentivar a capacita��o para que todos possam competir.'' O governo se prop�e a prestar assist�ncia t�cnica aos pequenos comerciantes e a contribuir para a redu��o dos custos operacionais. BID troca o governo central pelos locais 26/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: de Buenos Aires

Editoria: CADERNO ESPECIAL P�gina: Especial -10 Edi��o: Nacional May 26, 1996 Observa��es: HABITAT; SUB-RETRANCA Assuntos Principais: POL�TICA SOCIAL; INVESTIMENTO; FINANCIAMENTO BID troca o governo central pelos locais DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires No 37� ano desde sua cria��o, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) prepara uma virada na pol�tica de financiamento de obras e programas sociais. O banco, que sempre operou com governos centrais, pretende oferecer empr�stimos diretamente a prefeituras _organismos que teriam maior capacidade de estabelecer as prioridades da popula��o. Tamb�m haver� incentivos para que ONGs (organiza��es n�o governamentais) assumam a execu��o de projetos. A pol�tica de descentraliza��o j� est� sendo praticada na Argentina, com o Programa de Desenvolvimento de Aglomerados Urbanos. Leia entrevista concedida � Folha pelo representante do BID na Argentina, Jos� Maria Puppo. Folha - De que maneira o BID planeja operar no combate aos problemas urbanos? Jos� Maria Puppo - O banco est� tratando de descentralizar suas opera��es. As prefeituras, por estarem mais pr�ximas dos cidad�os, t�m uma percep��o muito mais clara de seus problemas. Folha - Hoje o banco trabalha apenas com os governos centrais? Puppo - Aqui na Argentina temos um projeto voltado especificamente para as grandes cidades. Estamos analisando quatro delas: Mendoza, C�rdoba, Ros�rio e Tucum�n. A id�ia � que os munic�pios escolham um ou v�rios projetos para investirem. O empr�stimo, por�m, n�o � feito aos munic�pios, mas ao governo federal. H� uma id�ia de o BID emprestar diretamente aos munic�pios. Ser� uma grande mudan�a. Folha - O banco tamb�m leva em conta o poder de fiscaliza��o dos cidad�os nas prefeituras? Puppo - Sim. Essa � uma raz�o do incentivo � descentraliza��o. Folha - E qual o papel das ONGs na execu��o dos projetos? Puppo - Para trabalhar com recursos de empr�stimos, as ONGs precisar�o de algum aval dos governos. Mas percebemos uma aceita��o muito maior, por parte dos governos da Am�rica Latina, da participa��o de ONGs nos projetos. Algo que h� dez anos teria sido impens�vel. Argentina cobra mudan�as na lei 25/05/96 Origem do texto: De Buenos Aires; Da Sucursal de Bras�lia Editoria: BRASIL P�gina: 1-12 Edi��o: Nacional May 25, 1996 Legenda Foto: O ministro Domingo Cavallo, que criticou a lei brasileira Cr�dito Foto: 11.out.95 - Reuter Vinheta/Chap�u: PATENTES Assuntos Principais: LEI DE PATENTES; ARGENTINA; DOMINGO CAVALLO; MINISTRO DA ECONOMIA Governo e deputados argentinos fazem cr�ticas � legisla��o brasileira Argentina cobra mudan�as na lei DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires

A legisla��o sobre patentes � o novo ponto de atrito entre os pa�ses integrantes do Mercosul. A Argentina se considera prejudicada e est� pressionando por altera��es na lei brasileira. Ontem, o palco da pol�mica foi a reuni�o de deputados das comiss�es de Ind�stria dos quatro pa�ses do Mercosul, em Buenos Aires. Os parlamentares argentinos cobraram mudan�as e os representantes do Brasil sugeriram adiar o debate por 30 dias. O ataque mais forte partiu do ministro da Economia, Domingo Cavallo, na �ltima quarta. Cavallo disse que a lei brasileira ''viola os compromissos do Gatt'' (que regula o com�rcio internacional). O MCT (Minist�rio de Ci�ncia e Tecnologia) contestou a declara��o e reiterou que a lei de patentes n�o viola as regras da OMC (Organiza��o Mundial do Com�rcio). ''O Cavallo deve ter lido errado um dos acordos da Rodada Uruguai do Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Com�rcio, que deu origem � OMC)'', afirmou Oskar Klingl, chefe de gabinete do MCT. Laborat�rios A controv�rsia se deve � cl�usula que obriga laborat�rios farmac�uticos a produzir em territ�rio brasileiro os medicamentos sobre os quais det�m patentes. As importa��es s� s�o permitidas se o titular da patente comprovar que a produ��o local � economicamente invi�vel. A lei de patentes argentina n�o estabelece a obrigatoriedade da produ��o local. Ou seja, medicamentos produzidos no Brasil poderiam ser comercializados na Argentina, mas n�o vice-versa. ''Qualquer pa�s que se sentir prejudicado pode recorrer � OMC e obrigar o Brasil a retirar isso'', disse o ministro, durante entrevista a correspondentes estrangeiros. Segundo Klingl, a lei de patentes _aprovada h� duas semanas no Senado_ segue rigorosamente as determina��es da OMC. ''Se algum pa�s se considerar prejudicado e vier a se queixar, ser� remota a possibilidade de a OMC repreender o Brasil'', disse. Deputados No ''front'' legislativo, o lobby foi comandado por Humberto Roggero, presidente da Comiss�o de Ind�stria da C�mara de Deputados da Argentina. ''Queremos que o Brasil considere como produ��o local os medicamentos fabricados em todo o Mercosul, e n�o apenas em seu territ�rio'', disse o deputado. Luiz Fernando (PMDB-AM) e Jos� Priante (PMDB-PA), representantes do Brasil, propuseram a realiza��o de uma reuni�o no pa�s, provavelmente em junho, para debater a quest�o com representantes do Executivo. A id�ia foi aprovada e inclu�da na ''Declara��o de Buenos Aires'', divulgada ao final do encontro. A Argentina tamb�ma provou sua lei de patentes neste ano. Segundo Klingl, o texto brasileiro garante mais vantagens a investidores estrangeiros que o argentino. Reconhece a propriedade intelectual de uma f�rmula em prazo mais curto que a lei argentina e coloca como pressuposto a produ��o local _mesmo que insatisfat�ria. Colaborou a Sucursal de Bras�lia Sideco anuncia que investir� no Brasil 25/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-2 Edi��o: Nacional May 25, 1996 Se��o: TEND�NCIAS INTERNACIONAIS Sideco anuncia que investir� no Brasil de Buenos Aires

A Sideco, maior holding de infra-estrutura e presta��o de servi�os p�blicos da Argentina, planeja ''invadir'' o mercado brasileiro. A empresa, cujo faturamento deve superar US$ 600 milh�es em 96, quer participar da privatiza��o de companhias de energia el�trica, g�s e �gua e esgoto. Al�m disso, estuda a entrada na telefonia celular e espera ganhar concess�es para constru��o de estradas. (DB)

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