Ministro deve depor sobre venda de arma 24/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-16 Edi��o: Nacional May 24, 1996 Vinheta/Chap�u: CRISE ARGENTINA Assuntos Principais: CONTRABANDO; ARMA; ARGENTINA; OSCAR CAMILI�N Camili�n � ligado a esc�ndalo Ministro deve depor sobre venda de arma DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O ministro da Defesa da Argentina, Oscar Camili�n, ser� chamado a depor na Justi�a como envolvido no esc�ndalo da venda ilegal de armas ao Equador. A convoca��o, anunciada pelo juiz federal que investiga o caso, Jorge Urso, refor�ou os rumores sobre a iminente queda de Camili�n, a quem a oposi��o responsabiliza pelas irregularidades. O presidente Carlos Menem, que saiu em defesa do ministro quando o esc�ndalo foi revelado, admitiu sua sa�da do governo pela primeira vez na semana passada. ''Renunciam aqueles que desejam sair.'' Armas argentinas foram vendidas ao Equador no in�cio de 1995, quando o pa�s estava em guerra com o Peru. Na �poca, a Argentina era uma das avalistas das negocia��es de paz e participava de um embargo militar contra ambos. O governo argentino nega envolvimento em irregularidades, alegando que o destino oficial das armas era a Venezuela. O servi�o de intelig�ncia peruano, por�m, afirma que alertou as autoridades argentinas sobre a triangula��o que seria realizada. A Justi�a investiga tamb�m o fornecimento irregular de armamentos para a Cro�cia, quando o pa�s sofria embargo internacional. O comprador oficial foi o Panam�. At� o momento, o �nico processado nos dois casos � Luis Sarlenga, ex-interventor da empresa estatal Fabricaciones Militares, que produz armas e muni��es. Escuta telef�nica Camili�n pediu investiga��o judicial sobre grava��o ilegal de conversas telef�nicas do porta-voz, Augusto Rodr�guez Larreta. A exist�ncia do ''grampo'' foi revelada na edi��o de ontem do jornal ''Clar�n'', em reportagem sobre ''enfrentamentos internos'' no Minist�rio da Defesa. O porta-voz � filho de Hor�cio Rodr�guez Larreta, que renunciou � subsecretaria de privatiza��es do Minist�rio da Defesa ap�s romper com outros dois secret�rios, Guillermo Eitchechoury e Jorge Baeza. Argentina encara os riscos do "Brasil-depend�ncia" 12/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-6 Edi��o: Nacional May 12, 1996 Legenda Foto: Os presidentes Carlos Menem (� esq.) e Fernando Henrique Cardoso Cr�dito Foto: Patr�cia Santos - 19.jun.95/Folha Imagem Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: MERCOSUL Brasileiro � respons�vel por 35% da alta na exporta��o argentina
Argentina encara os riscos do "Brasil-depend�ncia" DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A explos�o do interc�mbio comercial com o Brasil �, ao mesmo tempo, festejada e encarada com intranquilidade na Argentina. A integra��o ajudou o pa�s a enfrentar os efeitos da crise mexicana, mas est� produzindo um fen�meno que economistas chamam de ''Brasil-depend�ncia''. Por ter a economia mais forte, o Brasil assumiu o papel de locomotiva do Mercosul _e o temor generalizado � de que qualquer solavanco provoque o descarrilamento dos demais vag�es. ''Em rela��o ao Brasil eu s� aconselho uma coisa: aproveitem enquanto podem. Essa taxa de c�mbio n�o � para durar dez anos'', disse o economista Miguel Angel Broda a empres�rios. Em 95, gra�as � estabiliza��o da economia e � virtual paridade entre o real e o d�lar, o Brasil foi respons�vel por 35% do aumento das exporta��es argentinas. As vendas passaram de US$ 1,4 bilh�o em 1991 para US$ 5,3 bilh�es em 1995. ''Na Argentina teme-se muito uma desvaloriza��o do real'', disse � Folha o exministro da Economia Roberto Alemann, que n�o v� sinais de crise no curto prazo. Ele n�o acredita na ''Brasil-depend�ncia''. Mas afirma que ''sem d�vida ser�amos afetados se houver problemas no Brasil''. Argentina vai investigar favelados que comem gatos 11/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-14 Edi��o: Nacional May 11, 1996 Vinheta/Chap�u: CRISE SOCIAL Assuntos Principais: ARGENTINA; CRISE SOCIAL; FAVELADO Argentina vai investigar favelados que comem gatos de Buenos Aires O ministro do Interior da Argentina, Carlos Corach, anunciou a abertura de uma investiga��o oficial para apurar a suposta ''arma��o'' de um grupo de favelados famintos que, diante de c�meras de TV, assaram gatos para comer. A imagem, exibida anteontem, provocou como��o nacional e acirrou o debate sobre a responsabilidade do governo Menem pelo agravamento da crise social. O presidente da Caritas, principal organiza��o assistencial da Igreja Cat�lica, bispo Rafael Rey, acusou o governo de ''n�o fazer nada pelos pobres''. O presidente Carlos Menem, que estava em viagem oficial pela Am�rica Central, foi informado por assessores da repercuss�o da reportagem. Acuados, os governistas receberam aux�lio de um oposicionista: Hermes Binner, prefeito de Ros�rio _cidade onde as imagens foram gravadas_, disse que tudo n�o passou de ''espet�culo pago''. ''Os moradores receberam dinheiro'', disse Binner, integrante da Frepaso (Frente Pa�s Solid�rio), coaliz�o de partidos de esquerda. O prefeito disse que foi informado da suposta arma��o pelos pr�prios favelados, mas n�o soube informar quem fez os pagamentos. Moradores das vilas disseram que, al�m de gatos, comem ''cobras, tartarugas e peixes'' que capturam. (DANIEL BRAMATTI) Casal de brasileiros � preso na Argentina 08/05/96
Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: COTIDIANO P�gina: 3-4 Edi��o: Nacional May 8, 1996 Vinheta/Chap�u: CONTRABANDO Assuntos Principais: ARMAMENTO; CONTRABANDO; ARGENTINA; PRIS�O; BRASILEIRO; JUSTI�A Pol�cia 'estoura' dep�sito clandestino de armas e acusa os dois de tentar cruzar fronteira com 4.000 balas Casal de brasileiros � preso na Argentina DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A pol�cia argentina descobriu um dep�sito clandestino de armas de guerra na cidade de Puerto Iguazu. Est�o presos tr�s argentinos e um casal de brasileiros, detidos quando tentavam cruzar a fronteira com o Brasil com 4.000 balas calibre 38. A Justi�a investiga a poss�vel venda das armas para narcotraficantes brasileiros. O argentino Juan Carlos Bassi, oficial aposentado da pol�cia mar�tima de Puerto Iguazu e suspeito de liderar a quadrilha de contrabandistas, foi preso com 250 c�dulas de identidade do Brasil. O casal de brasileiros foi preso no s�bado, na ponte Tancredo Neves, que liga Puerto Igua�u a Foz do Igua�u, no Paran�. A muni��o estava oculta nos assentos e no painel do carro, um Kadett azul. Os brasileiros revelaram o nome de Bassi e, de posse de autoriza��o judicial, a pol�cia invadiu os im�veis do argentino _dono de uma loja de armas na cidade que funcionaria como ''fachada'' para o com�rcio no mercado negro. A identidade dos brasileiros (uma mulher de 23 anos e um homem de 30) _que ainda n�o foram submetidos a interrogat�rio oficial_ e dos outros dois argentinos detidos n�o foi revelada. Foram encontradas armas cuja comercializa��o � ilegal, como metralhadoras e fuzis FAL, e aproximadamente 200 mil balas de grosso calibre. Tamb�m foram apreendidas pistolas autom�ticas 7,65 mm, 3,75 mm e 9 mm, al�m de silenciadores (de uso ilegal) e ferramentas utilizadas para sua fabrica��o. O juiz federal M�rio Hachiro Doi, respons�vel pela investiga��o, disse � Folha que a maior parte das armas � importada. ''� a maior apreens�o dos �ltimos anos'', afirmou. O juiz se recusou a informar o total de armas apreendidas. Casal de brasileiros � preso na Argentina 08/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: COTIDIANO P�gina: 3-7 Edi��o: S�o Paulo May 8, 1996 Vinheta/Chap�u: CONTRABANDO Assuntos Principais: ARMAMENTO; CONTRABANDO; ARGENTINA; PRIS�O; BRASILEIRO; JUSTI�A Pol�cia 'estoura' dep�sito clandestino de armas e acusa os dois de tentar cruzar fronteira com 4.000 balas Casal de brasileiros � preso na Argentina DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A pol�cia argentina descobriu um dep�sito clandestino de armas de guerra na cidade de Puerto Iguazu. Est�o presos tr�s argentinos e um casal de brasileiros, detidos quando tentavam cruzar a fronteira com o Brasil com 4.000 balas calibre 38.
A Justi�a investiga a poss�vel venda das armas para narcotraficantes brasileiros. O argentino Juan Carlos Bassi, suspeito de liderar a quadrilha de contrabandistas, foi preso com 250 c�dulas de identidade do Brasil. Bassi, oficial aposentado da pol�cia mar�tima de Puerto Iguazu, � dono de uma loja de armas na cidade, chamada ''Shooter's'', que aparentemente funcionava como ''fachada'' para o com�rcio no mercado negro. Al�m da loja, a pol�cia revistou a casa e um dep�sito do ex-oficial. Foram encontradas armas cuja comercializa��o � ilegal, como metralhadoras e fuzis FAL, e aproximadamente 200 mil balas de grosso calibre. Tamb�m foram apreendidas pistolas autom�ticas 7.65 mm, 3.75 mm e 9 mm, al�m de silenciadores (de uso ilegal) e ferramentas utilizadas para sua fabrica��o. Brasileiros presos O juiz federal M�rio Hachiro Doi, respons�vel pela investiga��o, disse � Folha que a maior parte das armas � importada. ''� a maior apreens�o dos �ltimos anos'', afirmou. Alegando que o processo deve correr em sigilo, o juiz se recusou a informar o total de armas apreendidas e nome dos brasileiros detidos (uma mulher de 23 anos e um homem de 30). Eles ainda n�o foram submetidos a interrogat�rio oficial. A Gendarmeria Nacional, que efetuou as pris�es, informou que o total de armas ''ainda n�o p�de ser contabilizado''. O casal de brasileiros foi preso no s�bado, na ponte Tancredo Neves, que liga Puerto Iguazu a Foz do Igua�u, no Paran�. A muni��o estava oculta nos assentos e no painel do carro que eles conduziam, um Kadett azul. Os brasileiros revelaram o nome do vendedor e, de posse de autoriza��o judicial, a pol�cia invadiu os im�veis de Bassi. A identidade dos outros dois argentinos detidos tamb�m n�o foi revelada pela pol�cia argentina. Mercado negro A zona da fronteira entre a Argentina, Brasil e Paraguai � comumente apontada pela pol�cia brasileira como principal fornecedora de armas para os traficantes que agem na cidade do Rio de Janeiro. O maior centro de opera��es clandestinas seria, segundo a pol�cia, Ciudad del Este, no Paraguai, cuja principal fonte de renda � o contrabando. A cidade tamb�m � suspeita de abrigar ''c�lulas'' do grupo terrorista Hizbollah, cujos integrantes estariam infiltrados na comunidade �rabe local. As pol�cias dos tr�s pa�ses est�o em estado de alerta desde que o Hizbollah amea�ou come�ar a cometer atentados contra ''alvos judeus'' em todo o mundo, em repres�lia aos bombardeios que v�m sendo realizados por Israel no sul do L�bano. M�dico leva sangue de Evita Per�n a leil�o 05/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-31 Edi��o: Nacional May 5, 1996 Vinheta/Chap�u: MEM�RIA Assuntos Principais: ARGENTINA; LEIL�O; EVITA PER�N Argentino que tratou primeira-dama decide vender rel�quia para complementar dinheiro de aposentadoria M�dico leva sangue de Evita Per�n a leil�o DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Pressionado por problemas econ�micos, o m�dico aposentado argentino Gonzalo P�rez Rold�n, de Bariloche (sudoeste do pa�s), anunciou que vender� ''pela melhor oferta'' sua principal rel�quia da era peronista: uma amostra de sangue da
primeira-dama Eva Per�n. O m�dico, de 79 anos, atendeu Evita em seus �ltimos dez meses de vida e diz ter sido ''confidente'' da personagem feminina mais importante da hist�ria argentina. P�rez culpa ''o atual modelo econ�mico'' pela pen�ria por que passa _a aposentadoria, de US$ 337, n�o cobre despesas com medicamentos, aluguel e comida. ''Se estivesse viva, Evita cortaria os ovos dos pol�ticos respons�veis por este desastre'', disse o m�dico � Folha, numa refer�ncia indireta ao presidente Carlos Menem, que se declara peronista, mas demonstra ser adepto de um modelo econ�mico distante do paternalismo defendido por Per�n. Quando sua paciente morreu de c�ncer, em 1952, P�rez ficou com quatro amostras de sangue. Tr�s delas foram enviadas ao general Juan Domingo Per�n quando se exilou na Espanha, ap�s ser afastado da Presid�ncia argentina, em 1955. Tamb�m ir�o a leil�o cartas e cart�es de Natal manuscritos por Evita, al�m de um projeto assinado por Per�n que previa a cria��o de um banco nacional de sangue. ''� doloroso me desfazer dessas recorda��es, mas sou mais um aposentado que est� falecendo. N�o tenho nada para deixar para meu filho, a n�o ser a conta do enterro'', afirmou. P�rez escreveu um livro sobre os �ltimos 300 dias de Evita e espera que alguma editora se interesse em public�-lo. ''Evita � um mito, mas um mito muito pr�ximo, que durante 300 dias falou comigo quase diariamente''. Filiado desde a juventude � Uni�o C�vica Radical, de oposi��o a Per�n, o m�dico diz que esperava encontrar uma mulher ''prepotente e desagrad�vel'' ao ser chamado pela primeira vez � resid�ncia oficial. ''Encontrei justamente o contr�rio'', contou. Na primeira conversa, Evita prometeu convert�-lo ao peronismo. ''N�o conseguiu, pois perdi a cren�a na pol�tica. Mas fui convertido � doutrina social de Evita'', disse o m�dico. Idolatria O assistencialismo marcou a atua��o de Eva Per�n como primeira-dama. Ela atendia pessoalmente a centenas de pessoas e as ajudava a resolver problemas de toda esp�cie _desde a confec��o de um documento at� a obten��o de roupas e alimentos. A a��o social, a origem humilde e a morte prematura _aos 33 anos_ acabaram por transformar Evita em ''santa'' para grande parte da popula��o. Uma prova de que o mito ainda sobrevive � a pol�mica provocada pela escolha de Madonna para interpretar o papel da primeira-dama no filme de Alan Parker. Durante as filmagens em Buenos Aires, a cantora e atriz foi hostilizada por peronistas, e Parker teve de prometer mudan�as no roteiro para conseguir a colabora��o do governo. O m�dico n�o � o �nico a tentar tirar proveito da volta de Evita ao centro das aten��es dos argentinos. No m�s passado, o sobrinho de um estilista da primeiradama promoveu um leil�o de vestidos e chap�us, que havia recebido de heran�a. O resultado, por�m, n�o foi muito alentador: apenas dois dos quatro vestidos foram vendidos, por um total de US$ 20,5 mil, e n�o houve ofertas pela maior parte dos chap�us _cujo pre�o m�nimo variava de US$ 1 mil a US$ 3 mil. Economia argentina d� ind�cios de recupera��o 05/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-12 Edi��o: Nacional May 5, 1996 Legenda Foto: Domingo Cavallo, ministro da Economia da Argentina, que vem insistindo que o PIB voltar� a crescer Cr�dito Foto: Associated Press - 28.jan.96 Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: AM�RICA LATINA Assuntos Principais: ECONOMIA ARGENTINA; PIB /PRODUTO INTERNO BRUTO/; RECUPERA��O
Governo fala em crescer 5%, mas analistas admitem s� 2,5% Economia argentina d� ind�cios de recupera��o DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Depois de enfrentar uma queda de 4,4% no PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, gra�as aos efeitos da crise mexicana, a economia argentina come�a a dar ind�cios de reativa��o. Em abril, a arrecada��o do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) subiu 14,3% em rela��o ao mesmo per�odo de 1995. Segundo o governo, o resultado n�o se deve apenas ao combate � sonega��o, mas a um aquecimento do consumo. Os n�meros oficiais sobre a produ��o industrial no m�s de mar�o, divulgados na semana passada, mostram um aumento de 10% em rela��o ao m�s anterior _�ndice elevado mesmo levando-se em conta que fevereiro se caracteriza por uma fraca atividade. O resultado � menos alentador, por�m, se comparado com o n�vel de produ��o industrial de mar�o de 1995: revela uma queda de 6,8% em um ano. H� 12 meses, a ind�stria n�o havia come�ado a sofrer os maiores estragos provocados pelo "efeito tequila''. Previs�es O ministro da Economia, Domingo Cavallo, afirma que a economia crescer� 5% em 1996, mas a previs�o n�o � levada a s�rio pelo mercado. Bancos e empresas de consultoria estimam o crescimento do PIB entre 2% e 2,5%. O FMI, entusiasta do modelo adotado por Cavallo, tamb�m fez uma avalia��o de 2,5%. A avalia��o praticamente un�nime dos economistas locais � de que o pa�s s� n�o voltar� a crescer se o Brasil, principal importador de produtos argentinos, enfrentar "trope�os'' no programa de estabiliza��o do real. Maior temor � de um ''efeito caipirinha'' 05/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-12 Edi��o: Nacional May 5, 1996 Observa��es: SUB-RETRANCA Assuntos Principais: ECONOMIA ARGENTINA; AMEA�A; CRISE BRASILEIRA Maior temor � de um ''efeito caipirinha'' de Buenos Aires Ricardo L�pez Murphy, economista-chefe da Fiel (Funda��o de Investiga��o Econ�mica Latino-americana), disse em uma palestra que a situa��o das finan�as brasileiras � ''a maior amea�a atual � economia argentina''. Falando para ex-alunos do Instituto de Altos Estudos Empresariais, Murphy calculou em ''pelo menos US$ 10 bilh�es'' as perdas da Argentina decorrentes de uma eventual crise no Brasil. Outro economista influente no pa�s, Miguel Angel Broda, tem os mesmos temores e considera ''inexor�vel'' a ocorr�ncia de problemas na economia brasileira, por causa das altas taxas de juros. ''Um efeito caipirinha seria muito mais danoso que o efeito tequila'', disse Broda � Folha. Se n�o houver problemas no pa�s vizinho, L�pez Murphy prev� uma reativa��o ''suave'' em 96. (DB) Revista prev� que real deve perder valor 03/05/96
Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-5 Edi��o: Nacional May 3, 1996 Vinheta/Chap�u: MOEDA Assuntos Principais: C�MBIO; DESVALORIZA��O; REAL /MOEDA/ Revista prev� que real deve perder valor de Buenos Aires A pr�xima edi��o da revista norte-americana ''Business Week'', que chegar� �s bancas na segunda-feira, apontar� o Brasil como o primeiro em uma lista de pa�ses que podem sofrer ''uma importante desvaloriza��o da moeda'' no prazo de um ano. A pesquisa foi feita pela consultoria DRI/Global Risk Services. Segundo ela, o Brasil teria 35% de probabilidades de desvalorizar o real nos pr�ximos 12 meses. A informa��o foi publicada pelo jornal argentino ''�mbito Financiero''. Tamb�m mereceu nota no ''Clar�n'', sob o t�tulo ''Cresce o temor ao efeito caipirinha''. ''Efeito caipirinha'', para os argentinos, seria o estrago na economia local provocado pelo eventual fracasso do plano de estabiliza��o no Brasil. Para elaborar a lista, a DRI/Global Risk Services analisou, em v�rios pa�ses, fatores como d�ficit em conta corrente, n�vel de poupan�a interna e n�vel de reservas internacionais. (DANIEL BRAMATTI) Cantor conquista Buenos Aires 03/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: ILUSTRADA P�gina: 4-5 Edi��o: Nacional May 3, 1996 Legenda Foto: Caetano Veloso, que apresenta ''Fina Estampa'', no Rio, no Canec�o Cr�dito Foto: Divulga��o Observa��es: SUB-RETRANCA Assuntos Principais: SHOW; CAETANO VELOSO; M�SICA LATINA Cantor conquista Buenos Aires DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O show "Fina Estampa" deslumbrou a cr�tica e o p�blico em Buenos Aires. Caetano Veloso superlotou o teatro Opera nas quatro apresenta��es, realizadas de sexta a segunda passadas. A 4� noite foi agendada pois as tr�s primeiras inicialmente programadas n�o foram suficientes para a demanda por ingressos. O espet�culo recebeu a cota��o "excelente" do maior jornal local, "Clar�n", cujo cr�tico Federico Monjeou considerou o artista baiano "uno de los mejores cantantes de todos los tiempos". Caetano foi aprovado com louvor no maior teste diante do p�blico portenho: a interpreta��o do tango "Mano a Mano", de Carlos Gardel, uma das mais aplaudidas. Tamb�m foram recebidas com entusiasmo "Vuelvo al Sur", de Astor Piazzolla e Fernando Solanas, e "Un Vestido e un Amor", de Fito Pa�z _presente ao show na segunda-feira. A empolga��o n�o se limitou aos argentinos que estavam diante do palco. Os m�sicos locais da orquestra de cordas e sopros abandonaram toda a formalidade e bailaram _sentados_ ao som de "Soy Loco por ti Am�rica". Ao final, foram os primeiros a pedir bis batendo os p�s no ch�o. Com sutileza, Caetano conferiu um tom pol�tico ao cl�ssico "Recuerdos de Ypacara�", ao anunci�-lo como "uma ora��o pelo Paraguai", pa�s sacudido por uma
tentativa de golpe militar na semana passada. Em um espanhol perfeito, elogiado por toda a imprensa local, o m�sico explicou ao p�blico a decis�o de cantar no idioma: "� uma forma de ver e sentir a partir da perspectiva do outro. E, como prefere o pessoal da gravadora, de ampliar o mercado". Ap�s o show, Caetano disse � Folha que n�o pensa em gravar outro disco ou compor letras na l�ngua espanhola. "N�o estou falando t�o bem assim", justificou. Antes de chegar a Buenos Aires, "Fina Estampa" foi apresentado em Montevid�u. Depois da temporada de quatro semanas no Rio, a carreira internacional do espet�culo ter� continuidade nos EUA e na Europa. Reforma na Argentina come�ou em 93 02/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: COTIDIANO P�gina: 3-1 Edi��o: Nacional May 2, 1996 Observa��es: SUB-RETRANCA Assuntos Principais: MINIST�RIO DA EDUCA��O E CULTURA; PROPOSTA; ENSINO FUNDAMENTAL; PR�-PRIM�RIO; ARGENTINA; REFORMA EDUCACIONAL Reforma na Argentina come�ou em 93 DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A Argentina iniciou uma reforma no ensino b�sico em 1993, quando entrou em vigor a nova Lei Federal de Educa��o. O per�odo da chamada Educa��o Geral B�sica (equivalente ao primeiro grau no Brasil) passou de sete para nove anos, divididos em tr�s ciclos de tr�s anos. Al�m disso, o pr�-prim�rio passou a ser obrigat�rio _na pr�tica, os alunos permanecem dez anos na escola at� completar o n�vel b�sico. As crian�as ingressam no pr�-prim�rio com 5 anos. Nesta fase, al�m de participar de atividades recreativas, come�am a receber as primeiras li��es de alfabetiza��o. O segundo grau (n�o obrigat�rio), que era de cinco anos, foi reduzido para tr�s. � no n�vel secund�rio que come�a a educa��o t�cnica, orientada para o mercado de trabalho. O curr�culo tamb�m sofreu altera��es com a reforma. Foram inclu�das novas disciplinas, como computa��o, ecologia, forma��o �tica e cidadania, e valorizadas atividades como leitura de jornais. A educa��o art�stica passou a contemplar m�sica, teatro, express�o corporal e artes pl�sticas. L�nguas estrangeiras come�am a ser estudadas no 4� ano. Professores A Lei Federal de Educa��o prev� ainda cursos de capacita��o para que os professores se adaptem ao novo sistema. Na maioria das escolas, por�m, a medida n�o saiu do papel. A implanta��o da reforma n�o foi abrupta e nem todas as prov�ncias adotaram os novos prazos. A lei permite uma transi��o at� o ano 2000, quando todas as escolas obedecer�o a um regime unificado. Enquanto isso n�o acontece, ser�o equivalentes, para efeito de transfer�ncias, os anos cursados nas escolas tradicionais e com o novo modelo. Organiza��o argentina v� a��o 'exemplar' 01/05/96 Autor: DANIEL BRAMATTI; JAIR RATTNER Origem do texto: De Buenos Aires; de Lisboa Editoria: COTIDIANO P�gina: 3-4
Edi��o: Nacional May 1, 1996 Observa��es: SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: CHACINA 3 Assuntos Principais: CHACINA; CANDEL�RIA; RIO DE JANEIRO /RJ/; POL�CIA MILITAR; JULGAMENTO; CONDENA��O Organiza��o argentina v� a��o 'exemplar' De Buenos Aires A Coordenadoria contra a Repress�o Policial e Institucional, organiza��o argentina de defesa de direitos humanos, achou ''exemplar'' a condena��o dos acusados pelo massacre da Candel�ria. ''� um fato in�dito na Am�rica Latina. Ficamos muito satisfeitos, pois o desfecho deve ter repercuss�es em todo o continente. V�rios estudos citam o massacre da Candel�ria como paradigm�tico em termos de viol�ncia policial'', afirmou a advogada Maria Del Carmen Verdu, integrante da coordenadoria. ''Outro dado importante a ressaltar � que o julgamento foi feito por uma corte civil. Achamos que todos os crimes cometidos por policiais militares devem ser julgados por civis'', acrescentou. A Coordenadoria tem se empenhado em combater o fen�meno do ''gatilho f�cil'' _como s�o chamados na Argentina os casos em que policiais atiram em pessoas desarmadas. O �ltimo caso ocorreu h� duas semanas na cidade de Dolores (290 km de Buenos Aires), onde um ca�ador de 18 anos foi morto por um policial ao se recusar a entregar as peles de capivara que portava. Portugal A primeira not�cia do telejornal transmitido ontem � noite pela televis�o p�blica portuguesa RTP2 foi a da condena��o do policial militar respons�vel pelo massacre da Candel�ria a 309 anos de pris�o. O telejornal ressaltou que Marcos Vin�cius Borges Emmanuel ''s� vai cumprir 30 anos''. No jornal da televis�o privada SIC, o her�i foi Wagner dos Santos, a principal testemunha do processo. A SIC contou que, mesmo depois de dois atentados contra sua vida, Santos n�o desistiu de testemunhar. Para sobreviver, foi morar na Su��a, apoiado por uma organiza��o de direitos humanos. O jornal tamb�m destacou que, nos �ltimos dez anos, 6.000 meninos de rua foram mortos no Rio. A condena��o do policial militar foi not�cia ainda nas principais r�dios portuguesas ontem. Desde domingo, os jornais mantiveram uma cobertura di�ria do julgamento. Colaborou Jair Rattner, de Lisboa Paraguai investiga presen�a do Hizbollah perto do Brasil 30/04/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-13 Edi��o: Nacional Apr 30, 1996 Legenda Foto: Palestinas passam em frente a cartaz eleitoral do Likud em Jerusal�m Cr�dito Foto: Reuter Vinheta/Chap�u: TERRORISMO Assuntos Principais: PARAGUAI; ISRAEL; TERRORISTA; L�BANO Pol�cia det�m dois a�ougueiros de origem �rabe por engano Paraguai investiga presen�a do Hizbollah perto do Brasil de Buenos Aires
A pol�cia paraguaia est� investigando a presen�a de militantes do Hizbollah entre os moradores de origem �rabe de Ciudad del Este, fronteira com Argentina e Brasil. No �ltimo s�bado foram detidos e interrogados os irm�os Ibrahim e Hassan Josef, fato que provocou uma onda internacional de boatos. Uma r�dio de Israel, citando fontes dos servi�os de intelig�ncia, anunciou que ''terroristas'' haviam sido presos na regi�o. Segundo a pol�cia paraguaia, os a�ougueiros t�m passaporte brasileiro e n�o t�m resid�ncia no Paraguai. A Folha tentou verificar a situa��o deles no Departamento de Imigrante, mas n�o conseguiu obter resposta. Na semana passada, o chefe da pol�cia da Prov�ncia de Misiones, Jos� Werner Arnhardt, disse ao jornal ''Clar�n'' que havia 20 comandos suicidas do Hizbollah em Ciudad del Este, prontos para ''vingar'' o ataque israelense ao L�bano. Ontem, consultado pela Folha, ele voltou atr�s. ''Aqui n�o sabemos nada disso'', afirmou. O jornal ''Ambito Financiero'', disse que uma equipe de investiga��o da Argentina teria viajado para o Paraguai, h� duas semanas, para investigar a comunidade �rabe que vive na fronteira. O jornal n�o citou a fonte da not�cia. A Argentina foi citada pelo governo israelense como poss�vel alvo de uma a��o terrorista em repres�lia aos bombardeios no L�bano, junto com EUA e Reino Unido. (DANIEL BRAMATTI) Brasil define acordo antiterror 29/04/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: Da Sucursal de Bras�lia; Da Reda��o; De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-12 Edi��o: Nacional Apr 29, 1996 Assuntos Principais: POL�CIA; ACORDO; BRASIL; ARGENTINA; PARAGUAI; TERRORISMO; TR�FICO DE DROGAS Brasil define acordo antiterror da Sucursal de Bras�lia A pol�cias federais do Brasil e da Argentina e a Guarda Nacional paraguaia v�o realizar opera��es conjuntas nas faixa de fronteira dos tr�s pa�ses para combater o terrorismo e o narcotr�fico. Os dois pa�ses, mais a Argentina, negaram ontem informa��es difundidas pela r�dio israelense de que um grupo de terroristas do Hizbollah teria sido preso na fronteira entre os pa�ses. A regi�o � um ponto de concentra��o de libaneses na Am�rica do Sul. Segundo informa��es da Pol�cia Federal brasileira, qualquer deten��o desse g�nero no Mercosul seria comunicada imediatamente. As pol�cias de Ciudad del Este e Puerto Iguaz�, as cidades que fazem fronteira com o Brasil, tamb�m negaram a pris�o. A atua��o conjunta das pol�cias dos tr�s pa�ses ganhar� mais agilidade com acordo que ser� assinado no dia 17, em Foz (PR). De acordo com o Minist�rio da Justi�a, o acordo permitir� que um agente federal ingresse num outro pa�s signat�rio e d� indica��es para opera��es policiais. Atualmente, � preciso articula��o entre os minist�rios da Justi�a e Rela��es Exteriores dos tr�s pa�ses para opera��es policiais conjuntas. Isso dificulta o combate ao contrabando, narcotr�fico e terrorismo na regi�o porque as autoridades policiais n�o t�m agilidade em atua��es que exigem passagem de uma fronteira para outra. Colaboraram a Reda��o e Daniel Bramatti, de Buenos Aires Igreja argentina reconhece omiss�o 29/04/96
Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-12 Edi��o: Nacional Apr 29, 1996 Vinheta/Chap�u: GUERRA SUJA Assuntos Principais: ARGENTINA; REGIME MILITAR; IGREJA CAT�LICA; AUTOCR�TICA; DOCUMENTO Bispos divulgam documento em que lamentam apoio ao regime militar (76-83) Igreja argentina reconhece omiss�o DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Depois de mais de um ano de discuss�es, a c�pula da Igreja Cat�lica argentina tornou p�blica uma autocr�tica sobre sua atua��o durante o regime militar de 1976 a 1983, reconhecendo que n�o fez o suficiente para ''impedir tanto horror''. O ''mea culpa'' foi recebido com ceticismo pelas organiza��es de defesa dos direitos humanos. ''O caminho do inferno est� cheio de arrependidos'', disse � Folha a l�der das M�es da Pra�a de Maio, Hebe de Bonafini. ''A reflex�o representa um avan�o, mas � insuficiente'', afirmou o presidente do Centro de Estudos Legais e Sociais, Emilio Mignone, autor do livro ''Igreja e Ditadura'', em que acusa a institui��o de omiss�o diante dos crimes cometidos pelos militares. Mignone criticou o trecho do comunicado da igreja, divulgado no s�bado, que lan�a d�vidas sobre os efeitos de um eventual rompimento da institui��o com o regime militar, ''como muitos queriam''. ''S� Deus sabe o que teria acontecido se esse caminho fosse tomado'', diz o texto. Para o escritor, ''os efeitos seriam impressionantes, pois a igreja estaria negando respaldo a um regime que alardeava justamente ser defensor da civiliza��o ocidental e crist�''. Hebe de Bonafini, cuja organiza��o congrega m�es de desaparecidos, afirma que a igreja demonstraria ''verdadeiro arrependimento'' se expulsasse padres e bispos que colaboraram com os militares, ''benzendo corpos de nossos filhos, antes de serem jogados ao mar''. ''Eles continuam a�, oficiando missas, batizando crian�as e perdoando pecados dos outros.'' Guerrilha O teor do documento foi aprovado por 71 dos 75 bispos presentes ao encontro da Confer�ncia Episcopal, realizado durante toda a semana passada. A autocr�tica deveria ter sido divulgada em dezembro, mas n�o houve consenso entre os bispos que defendiam o reconhecimento expl�cito dos erros e os que temiam, com isso, beneficiar ''os inimigos da igreja''. O texto resultante � brando e coincide com o argumento dos militares de que houve uma ''guerra'' na �poca, ao afirmar que ''cat�licos justificaram e participaram da viol�ncia sistem�tica como modo de liberta��o nacional''. A seguir, o comunicado afirma que ''outros grupos, entre os quais se contaram muitos filhos da igreja, responderam ilegalmente � guerrilha''. Levantamentos de organismos de direitos humanos afirmam que a maior parte dos desaparecidos n�o era ligada �s guerrilhas. Pa�ses negam pris�o de terrorista 29/04/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: Da Sucursal de Bras�lia; Da Reda��o; De Buenos Aires Editoria: MUNDO P�gina: 1-12 Edi��o: S�o Paulo Apr 29, 1996 Assuntos Principais: TERRORISTA; PRIS�O; PARAGUAI; POL�CIA; ACORDO; BRASIL; ARGENTINA
Pa�ses negam pris�o de terrorista da Sucursal de Bras�lia Brasil, Paraguai e Argentina, negaram ontem informa��es difundidas pela R�dio Militar de Israel de que um grupo de terroristas do Hizbollah teria sido preso na fronteira entre os pa�ses. A regi�o � um ponto de concentra��o de libaneses na Am�rica do Sul. O respons�vel paraguaio pela seguran�a na hidrel�trica de Itaipu, entretanto, determinou ontem o refor�o na seguran�a das instala��es. A informa��o foi dada pela ag�ncia ''Ansa''. N�o se sabia se a ordem, que teria vindo diretamente do presidente paraguaio, Juan Carlos Wasmosy, tem rela��o com alguma amea�a de ataque terrorista. Segundo informa��es da Pol�cia Federal brasileira, qualquer deten��o de terroristas no Mercosul seria comunicada imediatamente. As pol�cias de Ciudad del Este e Puerto Iguaz�, as cidades que fazem fronteira com o Brasil, tamb�m negaram a pris�o. As pol�cias federais do Brasil e da Argentina e a Guarda Nacional paraguaia v�o realizar opera��es conjuntas nas faixa de fronteira dos tr�s pa�ses para combater o terrorismo e o narcotr�fico. A atua��o conjunta das pol�cias dos tr�s pa�ses ganhar� mais agilidade com um acordo que ser� assinado no dia 17, em Foz (PR). Segundo o Minist�rio da Justi�a, o acordo permitir� que um agente federal ingresse num outro pa�s signat�rio e d� indica��es para opera��es policiais. Colaboraram a Reda��o e Daniel Bramatti, de Buenos Aires Alfons�n � r�spido com Cavallo 27/04/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-7 Edi��o: Nacional Apr 27, 1996 Assuntos Principais: ARGENTINA; CAL�NIA; INJ�RIA; PRESIDENTE; MINISTRO Alfons�n � r�spido com Cavallo de Buenos Aires O ex-presidente argentino Raul Alfons�n disse ontem que o ministro da Economia, Domingo Cavallo, est� ''absolutamente louco''. Ao tomar conhecimento do fato, o ministro anunciou que processar� Alfons�n por ''cal�nia e inj�ria''. A declara��o do ex-presidente foi uma resposta aos ataques de Cavallo, feitos na v�spera, ao governo e ao partido de Alfons�n, a UCR (Uni�o C�vica Radical). (DANIEL BRAMATTI) Fito P�ez grava "Unplugged" dissidente 27/04/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: ILUSTRADA P�gina: 4-4 Edi��o: Nacional Apr 27, 1996 Vinheta/Chap�u: M�SICA Assuntos Principais: M�SICA; ARGENTINA Fito P�ez grava "Unplugged" dissidente DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Fito P�ez, principal estrela do pop argentino, decidiu gravar um especial ac�stico
em uma emissora local depois de romper negocia��es para participar da s�rie "Unplugged", da MTV Latina. O programa, gravado no �ltimo domingo, ser� transmitido pela Telef� em agosto _quando tamb�m ter� lan�amento (inclusive no Brasil) do CD correspondente, pela Warner. Os motivos que levaram o cantor a romper com a MTV ainda n�o foram esclarecidos. O m�sico se recusa a dar entrevistas para n�o comentar o assunto. Na Argentina, j� gravaram especiais "Unplugged" o roqueiro Charly Garc�a e os grupos Los Fabulosos Cadillacs e Soda Stereo. Os shows foram feitos em Miami _uma das exig�ncias de Fito era gravar em Buenos Aires. Caetano Fito P�ez continua empenhado em conquistar o mercado brasileiro. Segundo a assessoria de imprensa da Warner, existia a possibilidade de que Caetano Veloso participasse da grava��o, mas o cantor n�o chegou a tempo em Buenos Aires. O m�sico baiano far� quatro apresenta��es do espet�culo "Fina Estampa" na capital argentina, de hoje at� segunda-feira. Caetano participou da grava��o do �ltimo disco do colega argentino ("Circo Beat"), juntamente com Djavan e Herbert Vianna. Al�m da banda de Fito, tomam parte do especial ac�stico 25 m�sicos, a maioria da Orquestra Filarm�nica Nacional. Amanh�, o autor de "El Amor despu�s del Amor" far� seu primeiro espet�culo ao ar livre ap�s a desastrada participa��o no concerto de rep�dio ao 20� anivers�rio do golpe militar, em mar�o. Fito interrompeu o show em protesto contra um grupo que atirava pedras ao palco. No concerto de amanh� _gr�tis_ s�o esperadas cerca de 50 mil pessoas. Evas�o fiscal � de US$ 24 bi na Argentina 25/04/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-6 Edi��o: Nacional Apr 25, 1996 Se��o: INTERNACIONAL Assuntos Principais: ARGENTINA; TRIBUTA��O; ARRECADA��O Evas�o fiscal � de US$ 24 bi na Argentina DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A evas�o tribut�ria e previdenci�ria chega a US$ 24 bilh�es ao ano na Argentina, o que equivale � metade do Or�amento e a cerca de 9% do PIB (Produto Interno Bruto) do pa�s. Os dados foram revelados pelo secret�rio da Fazenda, Ricardo Gutierrez, durante um debate com economistas e empres�rios. Para aumentar a arrecada��o, o ministro de Economia, Domingo Cavallo, disse ontem que a DIG (esp�cie de Receita Federal argentina) vai sofrer profunda reforma. O governo precisa aumentar a arrecada��o para que o d�ficit fiscal de 1996 n�o ultrapasse o teto fixado pelo FMI (Fundo Monet�rio Nacional), de US$ 2,5 bilh�es. Apenas no primeiro trimestre, o d�ficit foi de US$ 1,17 bilh�o. Cavallo decidiu atacar a sonega��o porque, segundo afirma, todos os cortes poss�veis no Or�amento j� foram feitos. Os gastos p�blicos no pa�s aumentaram em US$ 19 bilh�es nos �ltimos cinco anos. Segundo o secret�rio da Fazenda, 95% dessa cifra corresponde a pagamento de juros e transfer�ncias de verbas para o sistema previdenci�rio, prov�ncias e universidades. Para cumprir a meta estabelecida pelo FMI, segundo estimativas do governo, ser� necess�rio aumentar a arrecada��o em US$ 1,3 bilh�o no segundo semestre. Erros marcam grava��o na Argentina
21/04/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: TV FOLHA P�gina: 5Edi��o: Nacional Apr 21, 1996 Legenda Foto: O ator Fabio Jr., que faz o papel de Tony, durante as grava��es da novela que ser� exibida pelo SBT Cr�dito Foto: Marcelo Ramea/Folha Imagem Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: PINDA�BA Assuntos Principais: ANT�NIO ALVES, UM TAXISTA /TELENOVELA/; SBT Erros marcam grava��o na Argentina DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires S�nia Braga _demitida por faltar �s grava��es da novela "Ant�nio Alves, um Taxista"_ n�o exagerou ao denunciar, h� alguns dias, a desorganiza��o da produ��o e falhas no roteiro. A reportagem da Folha esteve na Ronda Studios, em Buenos Aires, e testemunhou, em tr�s horas, dois erros de continuidade. Um erro acontece, por exemplo, quando um artista aparece vestido de modo diferente em cenas subsequentes, sem que a troca de roupa esteja no roteiro. Os erros foram detectados pelos pr�prios artistas brasileiros _cuja paci�ncia e profissionalismo se destacam diante dos improvisos da equipe argentina. A ilumina��o deixa enormes sombras atr�s dos personagens, denunciando a exist�ncia de holofotes. Os cen�rios, de madeira, n�o convencem. Figurantes argentinos n�o podem falar em cena para que os microfones n�o captem di�logos em espanhol. A seguir, os trechos mais conturbados da grava��o do cap�tulo 20, realizada na segunda-feira: Cena 1 Matilde (Daniela Camargo), vestindo um roup�o, discute com seus cunhados Tony (F�bio Jr.) e Am�lia (Elaine Cristina). Matilde havia chegado da delegacia, onde declarou ter sido v�tima de uma tentativa de sequestro. Tony diz que Matilde mentiu. Irritada, ela amea�a ir para o quarto, mas Am�lia a impede: "O quarto n�o � mais seu." "Ah, ent�o quer dizer que n�o tem mais lugar para mim?", pergunta Matilde. Terminada a grava��o, os atores v�o para outro cen�rio. De repente, Elaine Cristina percebe o erro e tenta explic�-lo ao diretor. "Como a Matilde j� estava de roup�o se ainda n�o tinha ido para o quarto?" O diretor diz que n�o h� problema. "Ela foi raptada de roup�o, pronto!", brinca F�bio Jr. Cena 2 Tony janta com Am�lia e J�nior (Vin�cius Ventura). Toca o telefone celular de Tony. Os irm�os ficam surpresos. Tony saca o aparelho de um estojo de couro na cintura. "Ah. Voc� comprou um celular", diz Junior. F�bio Jr. interrompe o ensaio e alerta o diretor sobre o novo erro. "Como � que esse celular s� apareceu agora? Por que s� agora notaram o telefone?", pergunta. Nas cenas anteriores, v�rios "takes" mostravam o ator de corpo inteiro. Refazer as cenas significaria perder duas horas. Por fim, o diretor decreta: "O celular estava oculto. Quando voc� atender, fa�a como se o estivesse tirando a� de tr�s". "Como? Ent�o eu uso o celular nas costas?", pergunta F�bio Jr., com um sorriso ir�nico. Com a resigna��o que S�nia Braga n�o teve, ele obedece a orienta��o.