Chuva impede encontro entre FHC e Menem na Argentina 19/10/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: Do Enviado Especial a Monte Caseros Editoria: BRASIL P�gina: 1-8 Edi��o: Nacional Oct 19, 1996 Vinheta/Chap�u: MANOBRAS Assuntos Principais: EX�RCITO; OPERA��O CRUZEIRO DO SUL; FERNANDO HENRIQUE CARDOSO; CARLOS MENEM Avi�o do presidente brasileiro retorna para Bras�lia Chuva impede encontro entre FHC e Menem na Argentina DANIEL BRAMATTI enviado especial a Monte Caseros A chuva estragou ontem a cerim�nia de encerramento da opera��o conjunta dos ex�rcitos do Brasil e da Argentina, que deveria contar com a presen�a dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Carlos Menem. FHC foi informado de que o mau tempo impediria a realiza��o da cerim�nia quando estava sobrevoando Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, pr�xima � cidade argentina de Monte Caseros, palco da ''Opera��o Cruzeiro do Sul''. O avi�o voltou para Bras�lia. FHC chegou ao meio-dia e passou a tarde no Pal�cio da Alvorada. Menem nem sequer saiu de Buenos Aires. A chuva come�ou pouco depois das 8h e continuou de forma ininterrupta at� a tarde. Apesar do desfecho inesperado, militares dos dois ex�rcitos fizeram um balan�o positivo da opera��o _o primeiro exerc�cio conjunto como for�a de paz. Participaram das manobras 400 militares brasileiros e mil argentinos. Oficiais do Uruguai e do Paraguai marcaram presen�a como observadores. A miss�o da for�a conjunta era acabar com o conflito entre dois pa�ses fict�cios, o Librist�o e a Aval�nia, que at� 1960 integravam a ''Rep�blica Seb�ltica''. Militares brasileiros e argentinos, no papel de ''milicianos'' das duas fac��es, provocaram 130 incidentes durante os cinco dias da opera��o, desafiando a a��o das tropas de paz. O objetivo dos exerc�cios � preparar contingentes militares para que atuem em zonas de conflito sob a bandeira da ONU. Colaborou a Sucursal de Bras�lia. O jornalista DANIEL BRAMATTI viajou a convite do Ex�rcito da Argentina Fox lan�a 2 canais em novembro 13/10/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: TV FOLHA P�gina: -7 Edi��o: Nacional Oct 13, 1996 Legenda Foto: Personagens do desenho animado "X Men"; O Fox Sports vai transmitir jogos do Super Bowl Cr�dito Foto: Divulga��o; Reuter Vinheta/Chap�u: TV PAGA Fox Kids e Fox Sports America chegam ao mercado brasileiro; Discovery tamb�m ter� canal para crian�as Fox lan�a 2 canais em novembro de Buenos Aires
Tr�s novos canais de TV paga _dois deles dirigidos ao p�blico infantil_ devem come�ar a ser transmitidos para a Am�rica Latina at� o in�cio de novembro. O an�ncio foi feito durante a Jornada de Televisi�n a Cable, feira realizada em Buenos Aires, no in�cio do m�s. A cadeia Fox est� lan�ando os canais Fox Kids e Fox Sports Am�rica, que j� est�o no ar nos Estados Unidos. O primeiro, que atualmente ocupa uma faixa da programa��o do canal Fox, exibir� desenhos animados (como "X-Men" e "Homem Aranha"), filmes e seriados para crian�as, durante 24 horas por dia. Fox Sports America e Fox Kids ser�o transmitidos, a partir de 1� de novembro, no sistema Net/Multicanal. A TVA tamb�m tem interesse pelo canal infantil, mas ainda est� em negocia��es. Tamb�m voltado para as crian�as, o canal Discovery Kids _''irm�o menor'' do Discovery Channel, especializado em document�rios_ ter� uma programa��o bastante diferente, baseada no entretenimento com fins educativos. Pela manh�, a programa��o ser� dedicada �s crian�as em idade pr�-escolar. � tarde, estudantes e curiosos em geral poder�o assistir document�rios sobre as maravilhas do mundo da ci�ncia. Op��es esportivas Para quem prefere esportes, a estr�ia do Fox Sports Am�rica ser� bem mais estimulante. Entre as atra��es listadas est�o os campeonatos de futebol da Argentina, Espanha, M�xico, Fran�a, Alemanha e Portugal. Al�m disso, ser�o transmitidos programas especiais com comentaristas de v�rios pa�ses. Tradicionais torneios de t�nis como Wimbledon e U.S. Open ser�o transmitidos ao vivo, assim como o Super Bowl, a final�ssima do futebol americano. Os f�s de beisebol n�o ficar�o desamparados. Para eles, a emissora apresentar� os jogos da Major League, dos Estados Unidos. As redes norte-americanas ESPN e CNN tamb�m preparam o lan�amento de dois novos canais direcionados a esportes. Os canais ir�o ao ar primeiro nos Estados Unidos e, em seguida, entram no mercado mundial. A CNN se associa a Sports Illustrated TV para fazer o CNNSI, que estr�ia no dia 12 de dezembro. A ESPN vai criar o ESPNews, com 14 horas de programa��o ao vivo com telejornais esportivos. (DANIEL BRAMATTI) Pacote racha a base pol�tica de Menem 06/10/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-15 Edi��o: Nacional Oct 6, 1996 Legenda Foto: Roque Fern�ndez, ministro argentino, sucessor de Domingo Cavallo Cr�dito Foto: 15.ago.96/Reuter Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: ARGENTINA Assuntos Principais: ARGENTINA; POL�TICA INTERNA Flexibiliza��o de lei trabalhista n�o obt�m apoio de parlamentares justicialistas, mas presidente n�o recua Pacote racha a base pol�tica de Menem DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A reforma da legisla��o trabalhista proposta pelo presidente da Argentina, Carlos Menem, e por seu ministro da Economia, Roque Fern�ndez, rachou a base de apoio ao
governo no Congresso. As primeiras cr�ticas vieram dos deputados ligados aos sindicatos _entidades que perder�o poder se o projeto for aprovado. A seguir, o coro dos descontentes ganhou a ades�o dos chamados ''duhaldistas'' _parlamentares ligados ao governador da Prov�ncia de Buenos Aires, Eduardo Duhalde, um dos pr�-candidatos � sucess�o de Menem em 1999. O outro pr�-candidato, Ramon ''Palito'' Ortega, n�o descartou a hip�tese de discutir a reforma com os partidos de oposi��o _que a rejeitam integralmente. At� o l�der do Partido Justicialista (governista) na C�mara dos Deputados, Jorge Matzkin, lan�ou uma advert�ncia sobre o risco de que os empres�rios cheguem a pedir ''um regime de semi-escravid�o'' com as novas leis. O governador de Buenos Aires criticou pontos pol�micos do projeto, como o que permite jornadas de trabalho de at� 12 horas por dia nos per�odos em que h� maior demanda de m�o-de-obra. ''Vivemos em um momento em que se deve trabalhar menos horas, e n�o mais, para possibilitar que quem esteja desempregado possa obter trabalho'', disse Duhalde, em entrevista ao jornal ''Clar�n''. O pr�-candidato tamb�m rejeitou o item da reforma que cria ''sal�rios vari�veis''. Pela proposta, os vencimentos dos trabalhadores seriam divididos em uma parte fixa e outra vari�vel, cujo pagamento dependeria da sa�de financeira da empresa. ''Isso preocupa muito �s pessoas, j� que ningu�m acredita que provocar� aumento de sal�rios. Ao contr�rio, pensam que haver� redu��o'', afirmou. ''Se me dizem que haver� jornadas de 12 horas e sal�rios vari�veis, posso garantir que nenhum parlamentar justicialista votar� a favor.'' Al�m de criticar a reforma oficial, os 39 deputados ''duhaldistas'' se uniram em torno de uma proposta alternativa, que coloca o pa�s em uma esp�cie de ''estado de emerg�ncia'' por causa do desemprego _que atinge 2 milh�es de trabalhadores, ou 17,1% da popula��o economicamente ativa. O projeto regulamenta contratos de trabalho tempor�rios de seis meses, que teriam custos mais baixos para os empres�rios. A ''emerg�ncia'' duraria dois anos. A iniciativa irritou Menem, que mandou um recado a Duhalde durante uma entrevista coletiva na Prov�ncia de Misiones: ''Nosso projeto de flexibiliza��o � o �nico caminho poss�vel''. Menem tamb�m se dirigiu aos l�deres da CGT (Confedera��o Geral do Trabalho). ''Podem fazer greve de at� 48 anos. Eles v�o morrer e eu vou viver 50 anos mais'', afirmou ele. CGT entra em 'alerta' na Argentina 04/10/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-2 Edi��o: S�o Paulo Oct 4, 1996 Se��o: TEND�NCIAS INTERNACIONAIS Assuntos Principais: SINDICALISMO; POL�TICA ECON�MICA; ARGENTINA CGT entra em 'alerta' na Argentina DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A c�pula da CGT (Confedera��o Geral do Trabalho) se declarou ontem em ''estado de alerta e mobiliza��o permanente'' contra o projeto de flexibiliza��o trabalhista do governo argentino. A c�pula da central n�o convocou uma nova greve geral, como queriam os l�deres da ala radical. O porta-voz Carlos West Ocampo, por�m, n�o descartou a possibilidade de ''novas medidas de for�a''. O ''estado de alerta'' significa que todos os sindicatos dever�o pressionar os deputados do Partido Justicialista (governista) para que votem contra a reforma. ''Nenhum deputado justicialista pode votar a favor do projeto, que desumaniza o
trabalho.'' Segundo o sindicalista, a reforma n�o provocar� a diminui��o do desemprego, conforme alega o governo. ''O que provoca o desemprego � a abertura indiscriminada da economia e a falta de prote��o para os produtos nacionais.'' An�ncio O ministro do Trabalho, Armando Caro Figueroa, apresentou oficialmente ontem o projeto de flexibiliza��o, que priviliegia as negocia��es de acordos por empresa, e n�o por categoria. As medidas tamb�m acabam com direitos vigentes h� cerca de 50 anos, como a jornada m�xima de oito horas di�rias. O texto autoriza jornadas de at� 12 horas di�rias nos meses em que h� maior demanda de m�o-de-obra e permite o trabalho durante 30 dias corridos. As folgas acumuladas poder�o ser descontadas posteriormente. Os sal�rios poder�o ser divididos em uma parte fixa e outra vari�vel, que depender� da sa�de financeira da empresa. Um dos pontos que mais irritaram os sindicalistas � o que permite a anula��o de direitos adquiridos nos novos acordos celebrados. Cai arrecada��o fiscal na Argentina 03/10/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-2 Edi��o: Nacional Oct 3, 1996 Se��o: TEND�NCIAS INTERNACIONAIS Assuntos Principais: TRIBUTA��O; D�FICIT P�BLICO; ARGENTINA Cai arrecada��o fiscal na Argentina DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A �ltima greve geral de 36 horas na Argentina prejudicou a arrecada��o de impostos e acendeu um sinal de alerta para a equipe econ�mica, que se esfor�a para reduzir o d�ficit p�blico. O total arrecadado em setembro caiu 11,1% em rela��o a agosto. Em valores absolutos, a arrecada��o chegou a US$ 3,29 bilh�es. A expectativa do governo era arrecadar pelo menos US$ 4 bilh�es por m�s at� o final do ano, para n�o ultrapassar o d�ficit m�ximo estabelecido no acordo com o FMI (Fundo Monet�rio Internacional), de US$ 6 bilh�es. Descontadas as transfer�ncias para as Prov�ncias (US$ 984 milh�es) e para o sistema de seguridade social (US$ 906 milh�es), o Tesouro Nacional recebeu apenas US$ 800 milh�es, 11,4% a menos do que em agosto e 11,9% a menos do que em setembro de 1995. A DGI (Dire��o Geral Impositiva, �rg�o equivalente � Receita Federal brasileira) alegou que o fraco desempenho se deveu � paralisa��o dos dias 26 e 27 de setembro, promovida pela CGT (Confedera��o Geral do Trabalho). Para compensar os preju�zos, o �rg�o prorrogou at� a pr�xima segunda-feira o prazo para pagamento, sem multa, dos impostos que venciam nos dias 26, 27 e 30. A arrecada��o geral tamb�m caiu 0,2% em rela��o a setembro do ano passado, quando o pa�s estava em meio � recess�o provocada pela crise mexicana. A maior queda foi verificada na arrecada��o do Imposto sobre Bens Pessoais, conhecido como imposto sobre a riqueza. Os valores diminu�ram 89,6% em rela��o a agosto e 59,3% em rela��o a setembro de 1995. Houve ainda uma redu��o significativa na arrecada��o do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), de 14% sobre o m�s anterior. Uma das causas do cr�nico problema fiscal argentino � a sonega��o. Para enfrentar o problema, o governo enviou um projeto de lei ao Congresso que endurece as penas para quem cometer irregularidades. Argentina registra aumento de pre�os
02/10/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-2 Edi��o: Nacional Oct 2, 1996 Se��o: TEND�NCIAS INTERNACIONAIS Assuntos Principais: ARGENTINA; PRE�O; CUSTO DE VIDA Argentina registra aumento de pre�os DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Os consumidores argentinos j� come�aram a sofrer os primeiros efeitos do pacote fiscal aprovado recentemente. Ontem, a gasolina subiu 11% e o �leo diesel teve um aumento m�dio de 38%. As passagens dos �nibus urbanos tamb�m subiram (17%, em m�dia). Na pr�xima semana devem aumentar as tarifas do metr� e dos trens suburbanos. Com os aumentos, o litro da gasolina super passou a custar cerca de US$ 1 _o pre�o varia de acordo com o revendedor. O diesel passou para cerca de US$ 0,42. A eleva��o dos pre�os foi provocada pela entrada em vigor dos novos impostos sobre os combust�veis, cuja arrecada��o ajudar� o governo a reduzir o d�ficit nas contas p�blicas. O l�der da CGT (Confedera��o Geral dos Trabalhadores), Rodolfo Daer, protestou contra a alta no custo de vida e pediu um reajuste salarial para compens�-la. Daer tamb�m reclamou da anunciada desregulamenta��o das ''obras sociais'' _entidades prestadoras de servi�os de sa�de, controladas pelos sindicatos. Argentina quer o fim do monop�lio 01/10/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-3 Edi��o: S�o Paulo Oct 1, 1996 Vinheta/Chap�u: PETROBR�S Assuntos Principais: ARGENTINA; PETR�LEO; MONOP�LIO; EXPORTA��O; MERCOSUL Argentina quer o fim do monop�lio de Buenos Aires O governo argentino est� pressionando o Brasil para que acelere a desregulamenta��o do mercado de petr�leo e derivados. O secret�rio de Ind�stria da Argentina, Alieto Guadagni, viajar� a Bras�lia na pr�xima segunda-feira para discutir o assunto. ''Queremos liberdade de com�rcio. Hoje a Petrobr�s vende combust�veis para usinas na Argentina, mas empresas argentinas n�o podem fazer o mesmo no Brasil, por causa do monop�lio'', disse. O secret�rio, que foi embaixador da Argentina no Brasil, tamb�m vai pedir o fim dos subs�dios concedidos pelo governo brasileiro �s exporta��es para o Mercosul. ''N�o temos uma situa��o fiscal favor�vel para continuar com a pol�tica de devolu��o de impostos sobre exporta��es dentro do mercosul'', disse Guadagni. (DANIEL BRAMATTI) Judeus investigam ''conex�o brasileira'' 29/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires
Editoria: MUNDO P�gina: 1-28 Edi��o: Nacional Sep 29, 1996 Observa��es: SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: OURO DA GUERRA Assuntos Principais: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL; NAZISMO; SIGILO BANC�RIO Judeus investigam ''conex�o brasileira'' DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O Brasil pode ter recebido uma parte do ouro roubado das v�timas dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, segundo o argentino Rub�n Beraja, vice-presidente do Congresso Judaico Mundial. Beraja integra a comiss�o internacional que investiga o paradeiro dos recursos saqueados dos judeus e de bancos de pa�ses ocupados pelos alem�es. A investiga��o est� avan�ando com a abertura de arquivos confidenciais nos Estados Unidos. ''Documentos mostram que os servi�os de intelig�ncia detectaram rotas de fundos e de metais em pa�ses da Am�rica do Sul'', disse Beraja em entrevista � Folha. Entre os pa�ses da ''conex�o latino-americana'' estariam o Brasil e a Argentina. Empresas A confirma��o sobre a exist�ncia da rota brasileira deve sair ''nas pr�ximas semanas'', segundo Beraja, que tamb�m preside a Daia (Delega��o de Associa��es Israelitas da Argentina). Empresas Sobre a utiliza��o de bancos argentinos pelos nazistas j� n�o h� mais d�vidas. Os investigadores t�m documentos que mostram o pa�s como um dos principais destinos do ouro saqueado na Europa. O presidente Carlos Menem j� determinou a abertura dos arquivos do Banco Central da Argentina, com o objetivo de facilitar a pesquisa. Tamb�m est�o sendo rastreados investimentos de capital em empresas argentinas, vinculadas ou n�o a empresas alem�s. Ap�s o final da guerra, v�rios nazistas acusados de crimes se refugiaram na Argentina. Uma parte do dinheiro depositado nos bancos do pa�s pode ter servido para sustentar a col�nia de refugiados rec�m-chegados. Nem todos os recursos teriam permanecido nos bancos argentinos. ''Pode ter acontecido aqui o que atualmente se chama de lavagem de dinheiro'', afirmou Beraja Valor controverso. Os investigadores ainda n�o conseguiram chegar a um consenso sobre o valor total do saque nazista. ''H� informa��es conflitantes. Alguns falam de US$ 5 bilh�es e outros de US$ 50 bilh�es.'' Depois de rastrear os recursos, a inten��o da comiss�o � fazer com que eles cheguem aos herdeiros das v�timas. A principal tarefa em outubro � contratar uma ou mais empresas de auditoria para analisar as contas em bancos su��os que n�o s�o movimentadas desde o final da guerra. A revela��o de novidades sobre a rede que ajudou nazistas a escaparem do julgamento � outro objetivo da comiss�o. ''Queremos determinar com exatid�o a conduta dos governos da �poca. � uma maneira de ganhar experi�ncia para o futuro'', disse Beraja. At� o momento, os investigadores n�o encontraram resist�ncias significativas por parte de governos ou institui��es financeiras. ''H� uma sensa��o de estupor com a boa disposi��o dos banqueiros su��os. As reuni�es t�m sido bastante construtivas'', disse. Menem volta a ironizar manifesta��es 28/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-8
Edi��o: Nacional Sep 28, 1996 Legenda Foto: Argentino com crian�a aguarda �nibus, que com a greve n�o circulou Cr�dito Foto: Associate Press Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: GREVE GERAL Assuntos Principais: ARGENTINA; GREVE GERAL Em seu segundo dia, paralisa��o foi ampliada com ades�o dos trabalhadores dos transportes coletivos Menem volta a ironizar manifesta��es DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O presidente da Argentina, Carlos Menem, considerou ''um fracasso rotundo'' a maior greve geral realizada durante sua gest�o. A paralisa��o, iniciada ao meiodia de quinta-feira, foi ampliada ontem com a interrup��o do transporte coletivo em Buenos Aires. ''Foi um fracasso. Em muitos lugares se trabalhou normalmente e n�o houve nem 10% de ades�o'', disse Menem. J� a CGT (Confedera��o Geral do Trabalho), organizadora da greve, estimou a ades�o em 95% em todo o pa�s, chegando a 100% em Prov�ncias como C�rdoba e Santa Cruz. Pela primeira vez houve uma paralisa��o significativa em La Rioja, terra natal do presidente. Menem disse ainda que sobrevoou de helic�ptero a Pra�a de Maio, palco da manifesta��o de protesto que, segundo a CGT, reuniu 100 mil pessoas. Boca x River ''N�o nos enganemos, n�o havia mais de 40 mil pessoas'', disse o presidente, que considerou o n�mero pequeno ''para uma cidade de 4 milh�es de habitantes''. Ele previu um p�blico maior ''no jogo Boca e River'', neste domingo. Os c�lculos foram recebidos com ironias por sindicalistas e pol�ticos de oposi��o. ''Ele precisa trocar os �culos'', disse o deputado Carlos ''Chacho'' �lvarez, l�der da Frepaso (Frente Pa�s Solid�rio). Ontem, durante um almo�o com o presidente tcheco, Vaclav Havel, Menem voltou a falar sobre o protesto. Depois de qualific�-lo novamente como um ''fracasso total'', entrou em contradi��o, ao admitir um ''sucesso relativo''. Ele negou, por�m, a possibilidade de mudar os rumos da pol�tica econ�mica. ''Se algu�m governa a Argentina, � o presidente, e n�o os sindicalistas'', afirmou. Motiva��es Para Menem, a greve foi planejada com motiva��es pol�ticas e, no ontem, acabou assumindo um car�ter ''tur�stico''. ''N�o h� mais vagas na rede hoteleira.'' Um levantamento da ''R�dio Mitre'', por�m, n�o det Greve argentina tem ampla ades�o 27/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-1 Edi��o: Nacional Sep 27, 1996 Legenda Foto: Argentinos se manifestam na Pra�a de Maio, centro de Buenos Aires, contra mudan�as nas leis trabalhistas Cr�dito Foto: ''Clar�n'' Primeira: Chamada Leia Mais: X Vinheta/Chap�u: GOVERNO MENEM Assuntos Principais: ARGENTINA; GREVE GERAL; CGT; GOVERNO CARLOS MENEM Sindicalista diz que a sociedade n�o suporta mais o ajuste econ�mico; ministro
reafirma pacote Greve argentina tem ampla ades�o DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A popula��o argentina deu ontem uma nova mostra de descontentamento em rela��o aos rumos da economia do pa�s. A greve geral convocada pela CGT (Confedera��o Geral do Trabalho) teve alto �ndice de ades�o no interior e em Buenos Aires, palco da maior manifesta��o sindical desde o in�cio do governo Carlos Menem. A Pra�a de Maio, no centro da capital, ficou completamente tomada a partir das 15h. O l�der da CGT, Rodolfo Daer, estimou o n�mero de manifestantes em 100 mil. J� o ministro do Interior, Carlos Corach, reduziu a avalia��o para ''35 a 40 mil''. O palanque dos sindicalistas foi montado em frente � Casa Rosada, sede da Presid�ncia da Rep�blica. Todas as janelas do pr�dio ficaram fechadas durante o protesto. Em entrevista coletiva, no final da tarde, Daer disse que a alta ades�o � greve _que continuar� durante todo o dia de hoje_ confirma que os argentinos ''n�o suportam mais o ajuste''. ''A pra�a recha�ou o projeto de precariza��o do trabalho'', disse Daer, se referindo � flexibiliza��o trabalhista proposta pelo governo. Quase ao mesmo tempo, o governo recebia o respaldo do diretor-gerente do FMI (Fundo Monet�rio Internacional), Michel Camdessus, que qualificou o plano econ�mico como ''um dos maiores �xitos dos �ltimos 60 anos''. No in�cio da noite, o ministro do Interior disse que o governo n�o vai recuar na tentativa de mudar as leis trabalhistas. ''N�o haver� mudan�as de rumo'', disse Corach, que, antes da greve, havia convidado a CGT a ''reabrir o di�logo''. O porta-voz da central, Carlos West Ocampo, disse que a estrat�gia dos sindicalistas � outra. ''Vamos dialogar com o Congresso durante a an�lise da reforma trabalhista, que � apenas uma tentativa de redu��o salarial.'' Segundo o Minist�rio do Interior, n�o houve dist�rbios significativos no primeiro dia da greve. Um pequeno tumulto foi registrado na cidade de C�rdoba, onde as vidra�as de algumas lojas foram quebradas. Em Mar del Plata e Avellaneda (Grande Buenos Aires), �nibus foram danificados por manifestantes. O primeiro grande protesto contra o atual governo foi a greve geral do dia 8 de agosto, marcada por conflitos entre sindicalistas e policiais. No �ltimo dia 12, a popula��o voltou a se manifestar, aderindo em massa ao ''apag�n'' (blecaute) convocado pela oposi��o. Protesto internacional O presidente da CUT (Central �nica dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, anunciou a realiza��o de um protesto unificado em toda a Am�rica Latina contra o desemprego e a redu��o dos direitos trabalhistas. ''Ainda n�o decidimos a data do protesto, que pode ser uma greve geral ou um ato p�blico'', disse Vicentinho, que viajou a Buenos Aires juntamente com o presidente da For�a Sindical, Luiz Ant�nio Medeiros. As centrais brasileiras pagaram as passagens e a CGT assumiu os custos de hospedagem. LEIA MAIS sobre a greve argentina na p�gina 2-3 Menem faz novo desafio aos opositores 26/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-4 Edi��o: Nacional Sep 26, 1996 Legenda Foto: Carlos Menem, presidente da Argentina, que enfrenta crise pol�tica Cr�dito Foto: Reuter
Primeira: Chamada Vinheta/Chap�u: ARGENTINA Assuntos Principais: ARGENTINA; GREVE GERAL; LEGISLA��O TRABALHISTA Reforma da lei trabalhista � inegoci�vel, diz presidente, na v�spera da greve geral que deve durar 36 horas Menem faz novo desafio aos opositores DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O presidente da Argentina, Carlos Menem, lan�ou ontem um novo desafio � CGT (Confedera��o Geral do Trabalho), na v�spera do in�cio da greve geral de 36 horas contra a pol�tica econ�mica. ''Podem fazer uma ou mil greves. Esse modelo n�o se negocia'', disse Menem, em um encontro de supermercadistas, desmentindo qualquer possibilidade de recuo na reforma da legisla��o trabalhista. Anteontem, o presidente j� havia lan�ado uma provoca��o ao afirmar que a greve seria ''tur�stica'', pois permitiria que os trabalhadores ''emendassem'' a quinta e sexta-feira ao fim-de-semana. A greve come�ar� ao meio-dia de hoje e terminar� � meia-noite de amanh�. O ato principal da manifesta��o est� previsto para as 15h30 de hoje, na Pra�a de Maio, onde se localiza a Casa Rosada, sede da Presid�ncia da Rep�blica. Segundo o jornal ''Clar�n'', o governo recebeu relat�rios da Side (Secretaria de Intelig�ncia do Estado) que prev�em uma paralisa��o similar � do dia 8 de agosto, marcada pelo alto �ndice de ades�o. A Side tamb�m teria estimado em cerca de 30 mil o n�mero de manifestantes que participariam do ato na Pra�a de Maio. Em uma pesquisa telef�nica promovida pelo canal de TV paga ''CVN'', de Buenos Aires, 13.193 espectadores manifestaram a inten��o de aderir � greve, e 6.003 se declararam contr�rios ao protesto. O governo quer flexibilizar as leis relativas a sal�rios, f�rias, horas extras, per�odos de descanso e jornadas de trabalho. Os sal�rios seriam divididos em uma parte fixa e outra m�vel, dependente do desempenho da empresa. Para o governo, as medidas criar�o novos empregos no pa�s. A CGT diz que o projeto s� ''precariza'' o trabalho, sem criar novas vagas. Menem diz que paralisa��o � ''tur�stica'' 25/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-6 Edi��o: Nacional Sep 25, 1996 Vinheta/Chap�u: GREVE Assuntos Principais: GREVE GERAL; ARGENTINA; CARLOS MENEM Governo argentino calcula em US$ 1,7 bilh�o o preju�zo provocado pela manifesta��o que tem in�cio amanh� Menem diz que paralisa��o � ''tur�stica'' DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O presidente da Argentina, Carlos Menem, lan�ou ontem uma provoca��o aos sindicalistas que convocaram a greve geral de 36 horas, cujo in�cio est� marcado para o meio-dia de amanh�. ''N�o posso nem sequer dizer que se trata de uma greve pol�tica. � uma greve tur�stica. O objetivo � n�o trabalhar na quinta e sexta-feira, al�m do fim-desemana'', disse Menem, que calculou em US$ 1,7 bilh�o o preju�zo causado pela
paralisa��o. O presidente da CGT (Confedera��o Geral do Trabalho), Rodolfo Daer, ironizou a declara��o. ''S� posso responder com humor. Vamos sair em viagem tur�stica, j� que todos os trabalhadores est�o ganhando bons sal�rios e at� os desempregados t�m altos ganhos com o seguro-desemprego'', disse. A seguir, Daer mudou o tom da cr�tica: ''� uma pena que o presidente n�o respeite o direito de manifesta��o contra a precariza��o do trabalho.'' A resposta mais dura veio do sindicalista Carlos ''Perro'' Santill�n, considerado um radical opositor ao governo. ''Menem fala em turismo porque � s� o que tem na cabe�a. Estamos lutando para n�o virarmos escravos'', disse. O l�der da UCR (Uni�o C�vica Radical, principal partido de oposi��o) na C�mara dos Deputados, Francisco Storani, considerou o coment�rio de Menem uma demonstra��o de ''falta de respeito''. A UCR manifestou apoio oficial � greve, que deve ter alto �ndice de ades�o, segundo os sindicalistas. A Pol�cia Federal vai colocar 1.800 homens nas ruas de Buenos Aires para evitar poss�veis dist�rbios. Al�m de provocar os sindicalistas, Menem reuniu ontem a c�pula do Partido Justicialista (governista) para tentar garantir um respaldo un�nime �s propostas de flexibiliza��o na legisla��o trabalhista. O projeto do governo, segundo revelou ontem o jornal ''Clar�n'', prev� jornadas di�rias de trabalho de at� 12 horas, em vez das atuais oito. As horas extras poderiam ser ''pagas'' com horas de descanso nos meses em que h� queda na demanda de m�o-de-obra. Al�m disso, o projeto cria uma parte vari�vel nos sal�rios, cujo pagamento poder� ser suspenso se a empresa enfrentar dificuldades. O 13� sal�rio poder� ser pago em 12 cotas e as indeniza��es por demiss�es ser�o substitu�das por um fundo de garantia, financiado com contribui��es dos empres�rios. A proposta deve ser encaminhada ao Congresso. Menem, por�m, amea�ou assinar decretos de necessidade e urg�ncia (similares �s medidas provis�rias no Brasil) se os parlamentares demonstrarem resist�ncias. Sindicatos alertam para risco de tumulto 24/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-5 Edi��o: Nacional Sep 24, 1996 Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: GREVE ARGENTINA Assuntos Principais: GREVE GERAL; ARGENTINA L�deres ligados � CGT divulgam nota sobre manifesta��o do dia 26; central diz ter esquema de seguran�a Sindicatos alertam para risco de tumulto DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires L�deres sindicais ligados � CGT (Confedera��o Geral do Trabalho) publicaram ontem nos jornais argentinos uma advert�ncia sobre a possibilidade de dist�rbios na greve geral programada para quinta e sexta-feira. ''Consideramos arriscada a mobiliza��o marcada para o dia 26, pois recentes experi�ncias nos mostraram que essas concentra��es s�o aproveitadas por grupos que s� lucram com a desordem e o caos'', diz a nota, que foi assinada por representantes dos petroleiros, mineiros e trabalhadores da ind�stria do g�s, entre outras categorias. Na quinta-feira, a c�pula da CGT pretende fazer uma manifesta��o na Pra�a de Maio (onde se localiza a sede da Presid�ncia da Rep�blica). Na �ltima paralisa��o no
pa�s, grevistas e policiais se enfrentaram nas pra�as em que houve concentra��es. Coube a Juan Manuel Palacios, segundo na escala hier�rquica da CGT, a tarefa de responder � nota. De acordo com o sindicalista, a central j� organizou um esquema de seguran�a pr�prio. ''N�o haver� tumultos nem infiltrados'', disse Palacios. Para garantir uma presen�a massiva na manifesta��o, a CGT vai manter os meios de transporte p�blicos em funcionamento at� as 20h de quinta-feira. Cr�ticas Ontem, a c�pula da entidade se reuniu e desmentiu os rumores sobre um poss�vel adiamento da greve, fruto de negocia��es com o governo. ''N�o haver� recuo'', disse o l�der da CGT, Rodolfo Daer. O sindicalista, �nico orador do ato de quinta-feira, elegeu o projeto de flexibiliza��o trabalhista do governo como alvo principal. ''Precisamos evitar o avan�o do processo de precariza��o do trabalho'', afirmou. Rodolfo Daer recebeu ontem uma visita do senador Antonio Cafiero, que integra o Partido Justicialista (governista), mas se mant�m distanciado do presidente Carlos Menem. Sem dar apoio expl�cito � greve, Cafiero criticou a flexibiliza��o proposta pelo governo. Canal aberto Enquanto a CGT endurece o discurso, o governo procura reabrir o di�logo. O ministro do Interior, Carlos Corach, pediu que a entidade mantenha abertos os canais de contato com o governo, ''antes e depois da greve''. Menem amea�a legislar por decreto 22/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-13 Edi��o: Nacional Sep 22, 1996 Legenda Foto: O presidente da Argentina, Carlos Menem, que pressiona o Congresso Cr�dito Foto: Reuter - 03.set.96 Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: TRABALHO Assuntos Principais: ARGENTINA; LEGISLA��O TRABALHISTA Presidente argentino usa amea�a como forma de pressionar Congresso a aprovar novas regras trabalhistas Menem amea�a legislar por decreto DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires O Congresso argentino ter� de analisar o pacote de flexibiliza��o trabalhista sob o peso de uma amea�a. O presidente Carlos Menem disse que n�o hesitar� em modificar a atual legisla��o por decreto, se os parlamentares demonstrarem resist�ncias. A amea�a � feita no momento em que cresce a pol�mica em torno do assunto. Nem sequer no Partido Justicialista (governista) h� consenso sobre a reforma, que acaba com direitos considerados ''sagrados'' pela velha guarda peronista, como a estabilidade no emprego. ''N�o sabemos se a aprova��o ser� f�cil. S� poderemos responder a essa pergunta depois que o projeto chegar ao Congresso'', considerou o l�der do bloco governista na C�mara dos Deputados, Jorge Matzkin. Menem citou pela primeira vez a possibilidade de utilizar decretos h� duas semanas, no mesmo dia em que anunciou os principais pontos da reforma, no encerramento do encontro anual da UIA (Uni�o Industrial Argentina). Na semana passada, a amea�a foi escrita e assinada. Em um artigo publicado no jornal ''Clar�n'', Menem escreveu: ''Governei e governarei por decreto''.
''No Direito, o poder do presidente tem forma de decreto, como o do Legislativo tem rosto de lei e os dos ju�zes, investidura de senten�a'', afirmou. Negocia��es O artigo foi criticado pelo ex-presidente Ra�l Alfons�n e pelo l�der da coaliz�o de centro-esquerda Frepaso (Frente Pa�s Solid�rio), Carlos ''Chacho'' �lvarez. Outros pol�ticos e analistas n�o levam a amea�a a s�rio _acham que se trata de uma tentativa de negociar com a CGT (Confedera��o Geral do Trabalho) a suspens�o da greve geral de 36 horas, cujo in�cio est� marcado para o meio-dia da pr�xima quinta-feira. A c�pula da CGT afirma que a greve � inadi�vel, apesar de manter negocia��es secretas com representantes do governo. Na semana passada, o governador da Prov�ncia de Buenos Aires, Eduardo Duhalde, procurou os sindicalistas, mas foi repreendido por Menem. O tema flexibiliza��o � hoje priorit�rio na agenda do presidente, que elogiou o modelo adotado na Mal�sia e os projetos do chanceler alem�o Helmut Kohl que tratam do assunto. Segundo o cientista pol�tico Rosendo Fraga, que assessorou o ex-ministro da Economia Domingo Cavallo, a flexibiliza��o se transformou em um ''s�mbolo pol�tico e econ�mico''. No �mbito pol�tico, segundo Fraga, representa a decis�o de Menem de ''enfrentar o poder dos sindicatos''. No �mbito econ�mico, ''um sinal para os mercados de que est� disposto a aprofundar as reformas econ�micas''. Brasil ver� programas infantis da Argentina 22/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Editoria: TV FOLHA P�gina: -8 Edi��o: Nacional Sep 22, 1996 Se��o: PAINEL ELETR�NICO; PARAB�LICAS Brasil ver� programas infantis da Argentina As TVs educativas brasileiras come�ar�o a transmitir em breve programas produzidos pela ATC, emissora estatal argentina. Representantes dos dois pa�ses assinaram em Buenos Aires um acordo que prev� o interc�mbio de programas. O Brasil ceder� seu acervo de especiais com os grandes nomes da MPB _um produto supervalorizado pelos argentinos. Tamb�m est� prevista a cria��o de um notici�rio comum via sat�lite. (DANIEL BRAMATTI) Flexibiliza��o gera pol�mica na Argentina 21/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-6 Edi��o: Nacional Sep 21, 1996 Vinheta/Chap�u: TRABALHO Assuntos Principais: ARGENTINA; LEGISLA��O TRABALHISTA; DESEMPREGO Menem quer trocar indeniza��o por fundo de garantia; para 50% dos trabalhadores, proposta � ''negativa'' Flexibiliza��o gera pol�mica DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A carta de inten��es enviada argentino reabriu a pol�mica substitui��o por uma esp�cie
na Argentina ao FMI (Fundo Monet�rio Internacional) pelo governo sobre o fim das indeniza��es por demiss�o e sua de fundo de garantia.
Na carta, o governo se compromete a substituir o atual sistema por um segurodesemprego ''baseado em contas de capitaliza��o individuais financiadas mediante contribui��es descontadas das remunera��es''. H� duas semanas, o presidente Carlos Menem negou que a inten��o do governo fosse fazer com que os pr�prios trabalhadores financiassem o fundo. Ontem, ele voltou a afirmar que o fundo ser� financiado com contribui��es dos empres�rios. A garantia verbal n�o tranquilizou os sindicalistas, que declararam guerra ao projeto de reforma da legisla��o trabalhista _em vez de ''flexibiliza��o'', eles usam o termo ''precariza��o''. ''Menem diz um coisa para o p�blico e outra para o FMI. N�o sabemos em qual acreditar'', disse Carlos West Ocampo, porta-voz da CGT (Confedera��o Geral do Trabalho). Ocampo questionou a previs�o do governo de que o �ndice de desemprego cair� para menos de 10% (est� em 17,1%) com a flexibiliza��o. ''Nos �ltimos anos, os custos trabalhistas ca�ram bastante, e o n�mero de empregos diminuiu'', afirmou o portavoz. Pesquisa O ex-ministro da Economia Domingo Cavallo tamb�m entrou no debate sobre a flexibiliza��o. Em entrevista a uma emissora de TV, Cavallo disse que ''foi um erro'' n�o ter iniciado a reforma trabalhista h� cinco anos, quando o governo contava com amplo apoio da opini�o p�blica. A falta de respaldo popular � reforma foi confirmada pelo Centro de Estudos Uni�o para a Nova Maioria. Uma pesquisa divulgada ontem demonstra que apenas 19,4% dos moradores de Buenos Aires v�em como ''positiva'' a flexibiliza��o. A proposta tem imagem ''negativa'' para 49,8% e ''regular'' para 13,1%. Sindicatos s�o contra 'sal�rios vari�veis' 20/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-6 Edi��o: Nacional Sep 20, 1996 Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: ARGENTINA Assuntos Principais: ARGENTINA; SINDICALISMO; LEGISLA��O TRABALHISTA; SAL�RIO Dirigente da CGT diz que proposta de flexibiliza��o apresentada pelo governo � um 'incentivo' � greve geral Sindicatos s�o contra 'sal�rios vari�veis' DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Os l�deres sindicais da Argentina declararam guerra �s propostas de flexibiliza��o na legisla��o trabalhista feitas pelo governo. A CGT (Confedera��o Geral do Trabalho) exigiu ontem ser ouvida sobre a reforma quando os projetos chegarem ao Congresso. Al�m disso, a central sindical incluiu o tema ''flexibiliza��o'' na campanha publicit�ria de convoca��o para a pr�xima greve geral, marcada para os dias 26 e 27 deste m�s. O slogan da campanha � ''Paro y medio'' (greve e meia), em refer�ncia �s 36 horas de dura��o da paralisa��o. O l�der da CGT, Rodolfo Daer, considerou um ''incentivo'' � greve a divulga��o do projeto do governo que cria ''sal�rios vari�veis'', com uma parte fixa e outra m�vel, cujo pagamento poderia ser suspenso pelas empresas em dificuldades. ''Recha�amos estas medidas, pois elas s� beneficiam os empres�rios'', disse Daer. Diante das rea��es negativas � proposta, o ministro do Trabalho, Armando Caro Figueroa, negou que possa haver redu��es nos atuais sal�rios, formados por uma parte b�sica e por adicionais.
O governo tamb�m insistiu na tese de que a flexibiliza��o permitir� a cria��o de empregos. Citando um relat�rio do Banco Mundial, a economista Carola Pessino disse que a taxa de desemprego cair� para ''um d�gito'' se as medidas forem adotadas. Pessino, que � assessora do Minist�rio da Economia, citou a Mal�sia e a Nova Zel�ndia como exemplos de pa�ses em que a flexibiliza��o ajudou a reduzir o desemprego. Empres�rios Segundo estat�sticas oficiais, referentes a maio, o desemprego afeta 17,1% da popula��o economicamente ativa da Argentina. Relat�rio do Banco Mundial indica que a dura��o m�dia do desemprego passou de 12,9 semanas, em 1991, para quase 45 semanas, em 1995. O ministro do Trabalho apresentou ontem os projetos de flexibiliza��o aos integrantes do influente Grupo dos Oito, que re�ne representantes dos principais setores empresariais. Os empres�rios n�o quiseram falar com a imprensa ap�s o encontro. A maioria das propostas haviam sido anunciada pelo presidente Carlos Menem no �ltimo encontro da UIA (Uni�o Industrial Argentina). Entre elas est� a de acabar com as indeniza��es por demiss�o, que seriam substitu�das por um fundo de garantia, com ades�o volunt�ria dos trabalhadores. Sindicatos s�o contra 'sal�rios vari�veis' 20/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-6 Edi��o: S�o Paulo Sep 20, 1996 Observa��es: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chap�u: ARGENTINA Assuntos Principais: ARGENTINA; SINDICALISMO; LEGISLA��O TRABALHISTA; SAL�RIO Dirigente da CGT diz que proposta de flexibiliza��o apresentada pelo governo � um 'incentivo' � greve geral Sindicatos s�o contra 'sal�rios vari�veis' DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Os l�deres sindicais da Argentina declararam guerra �s propostas de flexibiliza��o na legisla��o trabalhista feitas pelo governo. A CGT (Confedera��o Geral do Trabalho) exigiu ontem ser ouvida sobre a reforma quando os projetos chegarem ao Congresso. Al�m disso, a central sindical incluiu o tema ''flexibiliza��o'' na campanha publicit�ria de convoca��o para a pr�xima greve geral, marcada para os dias 26 e 27 deste m�s. O slogan da campanha � ''Paro y medio'' (greve e meia), em refer�ncia �s 36 horas de dura��o da paralisa��o. O l�der da CGT, Rodolfo Daer, considerou um ''incentivo'' � greve a divulga��o do projeto do governo que cria ''sal�rios vari�veis'', com uma parte fixa e outra m�vel, cujo pagamento poderia ser suspenso pelas empresas em dificuldades. ''Recha�amos estas medidas, pois elas s� beneficiam os empres�rios'', disse Daer. Diante das rea��es negativas � proposta, o ministro do Trabalho, Armando Caro Figueroa, negou que possa haver redu��es nos atuais sal�rios, formados por uma parte b�sica e por adicionais. O governo tamb�m insistiu na tese de que a flexibiliza��o permitir� a cria��o de empregos. Citando um relat�rio do Banco Mundial, a economista Carola Pessino disse que a taxa de desemprego cair� para ''um d�gito'' se as medidas forem adotadas. Pessino, que � assessora do Minist�rio da Economia, citou a Mal�sia e a Nova Zel�ndia como exemplos de pa�ses em que a flexibiliza��o ajudou a reduzir o desemprego.
Segundo estat�sticas oficiais, referentes a maio, o desemprego afeta 17,1% da popula��o economicamente ativa da Argentina. Relat�rio do Banco Mundial indica que a dura��o m�dia do desemprego passou de 12,9 semanas, em 1991, para quase 45 semanas, em 1995. O ministro do Trabalho apresentou ontem os projetos de flexibiliza��o aos integrantes do influente Grupo dos Oito, que re�ne representantes dos principais setores empresariais. Os empres�rios n�o quiseram falar com a imprensa ap�s o encontro. Pacote O pacote fiscal do ministro Roque Fern�ndez n�o sofreu altera��es na vota��o no plen�rio da C�mara dos Deputados, que terminou na madrugada de ontem. Com a ajuda de pequenos partidos aliados ao governo, o Partido Justicialista (situa��o) conseguiu aprovar medidas como o aumento do imposto sobre os combust�veis, que deve gerar arrecada��o suplementar de US$ 1,6 bilh�o em 1997. A aprova��o ser� levada como trunfo pelo ministro Fern�ndez, que inicia hoje uma viagem aos EUA, onde se encontrar� com representantes dos principais organismos financeiros internacionais. Argentina prop�e 'sal�rios vari�veis' 19/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: PRIMEIRA P�GINA P�gina: 1-1 Edi��o: Nacional Sep 19, 1996 Argentina prop�e 'sal�rios vari�veis' DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires Reforma trabalhista em estudo pelo governo argentino prev� que empresas em dificuldades paguem s� sal�rios b�sicos, sem adicionais incorporados pelos empregados. Deputados argentinos aprovaram pacote fiscal, que vai agora ao Senado. Dinheiro Menem vai propor ''sal�rio vari�vel'' 19/09/96 Autor: DANIEL BRAMATTI Origem do texto: De Buenos Aires Editoria: DINHEIRO P�gina: 2-1 Edi��o: Nacional Sep 19, 1996 Legenda Foto: Carlos Menem, presidente da Argentina, que enfrenta crise pol�tica Cr�dito Foto: Associated Press - 26.ago.96/Folha Imagem Primeira: Chamada Vinheta/Chap�u: ARGENTINA Assuntos Principais: ARGENTINA; TRABALHO; POL�TICA SALARIAL Governo deve anunciar hoje pacote trabalhista que reduz sal�rio de trabalhador em empresa que vive crise Menem vai propor ''sal�rio vari�vel'' DANIEL BRAMATTI de Buenos Aires A reforma na legisla��o trabalhista em estudo pelo governo argentino prev� a implanta��o de ''sal�rios vari�veis'' no pa�s. Empresas em dificuldades seriam autorizadas a pagar apenas os sal�rios b�sicos dos funcion�rios, sem adicionais que hoje est�o incorporados � remunera��o.
Al�m dos sal�rios b�sicos, os trabalhadores argentinos recebem adicionais _estabelecidos em acordos coletivos _por produtividade, assiduidade, insalubridade e antiguidade, entre outros. A elimina��o dos adicionais pode significar, na pr�tica, uma redu��o de cerca de 50% na renda das principais categorias de trabalhadores. O sal�rio m�dio dos metal�rgicos, por exemplo, � de cerca de US$ 600 _deste total, apenas US$ 285 se referem ao sal�rio b�sico, segundo a Fiel (Funda��o de Investiga��o Econ�mica Latino-americana). Uma c�pia do projeto do governo foi obtida pelo jornal ''Clar�n'', o maior da Argentina, que ontem destacou o assunto em sua manchete. O ministro do Trabalho, Armando Caro Figueroa, confirmou que a inten��o do governo � ''flexibilizar'' os sal�rios. A exist�ncia do projeto tamb�m foi admitida pelo chefe do gabinete ministerial, Jorge Rodr�guez. O pacote de flexibiliza��o trabalhista deve ser anunciado oficialmente hoje. Rea��es A CGT (Confedera��o Geral do Trabalho) encarou a proposta como uma provoca��o. Carlos West Ocampo, um dos integrantes da diretoria da central, disse que o ministro do Trabalho est� dando uma demonstra��o de ''insanidade mental''. Jorge Blanco Villegas, presidente da UIA (Uni�o Industrial Argentina) e principal porta-voz dos empres�rios, tamb�m criticou o projeto. ''Essas medidas estremecem ainda mais as rela��es entre trabalhadores e empres�rios'', afirmou. O novo pacote do governo Menem tamb�m prev�, segundo o jornal ''Clar�n'', o estabelecimento de um teto anual de horas de trabalho. As jornadas di�rias poderiam ser vari�veis, chegando a um m�ximo de 12 horas.