Workshop Madeira Energética, 29 de maio de 2007, BNDES-RJ
Síntese Fischer-Tropsch: produção de combustíveis líquidos da madeira energética (BTL) José Dilcio Rocha NIPE/UNICAMP, BIOWARE Tecnologia
Processos de Conversão de Biomassa • Combustão • Gaseificação • Pirólise (Carbonização) • Liquefação • Torrefação
• • • • •
Fermentação Hidrólise Biodigestão Digestão Extração de Óleos (Físico)
Processos Termoquímicos e Produtos Tecnologias de Conversão
Pirólise
Liquefação
Produtos Primários
Tecnologias de Processamento
Produtos Secundários
Água
Misturador
Emulsões
Transformação
Gasollina + Diesel
Carvão Bio-óleo Gás MPC*
Gaseificação
Turbina Síntese
Metanol
Gerador
Álcool
Síntese
Potência
Caldeira
Amônia
Gás BPC* Combustão
Calor
*MPC e BPC significam Médio e Baixo Poder Calorífico, respectivamente.
Síntese F-T (NREL/TP-510-34929)
Rendimentos (% b.s.) Líquido Sólido Gás (%) (%) (%) Pirólise Rápida
Temperatura moderada, curto tempo de residência dos vapores Carbonização Baixa temperatura, tempo de residência longo Gaseificação Alta temperatura, tempo de residência longo
75
12
13
30
35
35
5
10
85
Fonte: WRE, 4(1) 2001
Aplicações da Gaseificação de Biomassa • Térmica • Elétrica • Produção de gás de síntese para uso em Síntese Fischer-Tropsch, CO + H2 + N2 HC + H2O + N2 + CO2 • Produção de H2 para alimentar célula de combustível • Produção de metanol, DME, etc
Värnamo, Suécia • Leito fluidizado circulante pressurizado (1,8 MPa), ar • Matéria-prima: madeira, palha, etc. • 6 MWe e 9 MWt • 8.500 horas de operação (3.600 IGCC)
• • • • • •
Vermont, EUA Capacidade 200 t/dia Gás 16,75 MJ/Nm3 Matéria-prima: cavaco de madeira Tecnologia: leito fluidizado, vapor Temp. 700-750oC > 7-8 MW
Composição típica dos gases para diferentes tipos de gaseificadores Tipo de gaseificador Umidade (% bu)
Contra-corrente Madeira (10-20%)
Concorrente Madeira (10-20%)
Fluxo cruzado Carvão vegetal (5-10%)
Hidrogênio Monóxido de carbono
8-14 20-30
12-20 15-22
5-10 20-30
Metano Dióxido de carbono
2-3 5-10
1-3 8-15
0,5-2 2-8
Nitrogênio Oxigênio
45-55 1-3
45-55 1-3
55-60 1-3
Umidade no gás (Nm3 água/Nm3 gás seco)
0,20-0,30
0,06-0,12
< 0,3
Alcatrão no gás (g/Nm3 gás seco)
2-10
0,1-3
< 0,3
Poder calorífico inferior (MJ/Nm3 gás seco) Temperatura de saída (0C)
5,3-6,0 200-400
4,5-5,5 700
4,0-5,2
Experiência Brasileira em Gaseificação Energia • Termoquip Alternativa LTDA. • Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) • Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) • Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) • Universidade Federal do Pará (UFPA) & Floragas • Project WBP/SIGAME • Project BRA/96/G31 Nacional de • Centro Refrência em Biomassa (CENBIO)
Leito Fluidizado 200 kg/h de Biomassa
Plantas de F-T (Fev.2007) LOCALIZAÇÃO
EMPRESA
DATA DE INÍCIO DE OPERAÇÃO
ORIGEM DO GÁS DE SÍNTESE
Sasol Chemicals
1955
até 2004: carvão mineral Desde 2004: gás natural
Sasol Synfuels
1979
carvão mineral
Shell
1993
Gás natural
PetroSA
1993
Gás natural
"Oryx" (Qatar)
Sasol Chevron e Qatar Petroleum
Construção finalizada
Gás natural
Escravos (Nigeria)
Chevron e Nigeria NPC
em construção
Gás natural
"Pearl" (Qatar)
Shell e Qatar Petroleum
em construção
Gás natural
Erdos (Mongolia Interior, China)
Yitai
em construção
Carvão mineral
Sasolburg (África do Sul)
Secunda (África do Sul)
Bintulu (Malásia) Mossel Bay (África do Sul)
Planta GTL em Construção no Mundo Não inclui as plantas piloto e as que convertem gás derivado de carvão Fonte: Thackeray, F. “GTL in 2007, “Petroleum Review (Jan 2003):18-19 País
Companhia
Capacidade (B/D)
Austrália
Sasol, ChevronTexaco
50.000
Austrália
Shell
75.000
Bolívia
GTL Bolívia
10.000
Bolívia
Rapsol YPF, Syntroleum
103.500
Egito
Shell, EGPC
75.000
Indonésia
Pertamina, Rentech
16.000
Indonésia
Shell
75.000
Irã
Shell
75.000
Irã
Sasol
110.000
Nigéria
ChevronTexaco, Sasol,NNPC
34.000
Malásia
Shell
12.500
Peru
Syntroleum
40.000
Qatar
Shell, QPC
75.000
Qatar
ExxonMobil,QPC
100.000
Qatar
Sasol,QPC
34.000
África do Sul
PetroSA
30.000
EUA
ANGTL
50.000
Venezuela
PDVSA
75.000
Total
980.000
Tecnologias disponíveis para a geração do gás de síntese: 1.
a reforma a vapor (SMR),
2.
a oxidação parcial (POX),
3.
a oxidação parcial catalítica (CPOX), Shell, Petronas, Mitsubishi e o estado de Sarawake (Malásia), 1990, GTL em Bintulu, (Malásia), capacidade de 12.500 bpd, “learning by doing”, muitas patentes depositadas até a metade da década 1990. A Shell optou pelo “Shell Middle Distillate Synthesis” que inclui a etapa de oxidação parcial catalítica com uso de oxigênio puro na etapa de obtenção do gás de síntese. A planta utiliza reator de leito fixo com tubos múltiplos, pressão de 40-60 bar, e temperatura de 1200oC a 1300oC. A remoção de calor é feita através da geração de vapor. Um pequeno reator de reforma a vapor é operado em paralelo com quatro reatores de oxidação parcial que fornecem uma segunda corrente de gás de síntese para ajustar a composição do gás total. Os sítios catalíticos são dentro dos tubos e a água de refrigeração na jaqueta dos tubos. O catalisador utilizado é à base de cobalto. A viabilidade econômica da planta de Bintulu é garantida pelo alto preço dos produtos especiais fabricados. A Shell estuda o uso de reator de leito em lama, que é tido como sendo preferido comercialmente para plantas de maior escala.
4.
a reforma autotérmica,
5.
a reforma com membrana catalítica.
OBS. Todas as tecnologias, excetuando a reforma com membrana, são conhecidas e bem estabelecidas. A reforma por membrana é um processo mais novo e vem sendo estudado nos últimos anos por algumas empresas tais como a Praxair Inc e a Amoco Corp. Cada processo possui suas peculiaridades, pros e contras. O processo de oxidação parcial, por exemplo, utiliza oxigênio puro ao invés do ar. Com a remoção do nitrogênio pode-se construir equipamentos menores, entretanto, a planta de separação de ar onera o investimento já que representa cerca de 30% do investimento da etapa de produção do gás de síntese.
Gerando bons negócios com bioenergia
Muito Obrigado www.bioware.com.br
[email protected]