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5 Dezembro 2008
MADEIRA Violência doméstica
Heroína escondida em bolotas A Polícia Judiciária da Madeira desmantelou um circuito de distribuição de droga, no centro do Funchal. A operação resultou na detenção de três cidadãos estrangeiros, com idades compreendidas entre os 34 e os 47 anos, e na apreensão de 12.540 doses de heroína, presumivelmente destinadas ao tráfico e consumo na Região. A droga apreendida estava acondicionada em bolotas, o que significa que “terá sido transportada dissimulada no organismo de alguém”, disse o coordenador da PJ na Madeira, Carlos Farinha.
A equipa do Centro de Segurança Social da Madeira, que trata de casos de violência doméstica, recebe em média por mês 12 novos pedidos de ajuda. A psicóloga Teresa Carvalho foi uma das oradoras convidadas para um painel na Escola Profissional Cristóvão Colombo, sob o tema “Gente de Coragem”.
40% dos professores aderiram à greve Cerca de 40% dos professores na Madeira aderiram à greve convocada para contestar o modelo de avaliação do Ministério de Educação. Os dados foram divulgados pelo Sindicato dos Professores da Madeira, no decurso de uma concentração que decorreu no parque de Santa Catarina, no Funchal. No final da concentração que reuniu cerca de três centenas de docentes, foi aprovada uma moção na qual o SPM reitera a necessidade de ser implementado um modelo de avaliação de desempenho para os professores em exercício na Região.
NA FEIRA DE SANTO ANTÓNIO DA SERRA
PSP detém vendedores de artigos proibidos A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve, na feira de Santo António da Serra, na Madeira, 13 indivíduos indiciados na prática de comercialização de artigos proibidos e de usurpação de direitos de autor. “A Divisão de Investigação Criminal (DIC) do Comando Regional da Madeira da Polícia de Segurança Pública (PSP), no âmbito de uma operação especial de prevenção criminal realizada na feira que se realiza em Santo António da Serra, no concelho de Santa Cruz, deteve, para efeitos de identificação, 13 indivíduos indiciados da prática material de diferentes ilícitos criminais e contra-ordenacionais, designadamente da comercialização de artigos proibidos e da usurpação de direitos de autor, ao abrigo da legislação de propriedade industrial”, relata o comunicado. A operação especial de prevenção criminal contou, segundo a nota da PSP, com “um alargado dispositivo policial de cerca de 60 elementos, na sua maior parte à paisana e afectos à actividade de investigação criminal”.
No decurso da operação policial, baptizada de “Blitz”, as brigadas da DIC da PSP procederam a acções de fiscalização e busca selectiva a várias viaturas ali estacionadas e às inúmeras barracas “envolvidas na comercialização de artigos proibidos e outros contrafeitos, procedendo ainda à intercepção e identificação de 13 indivíduos suspeitos, de ambos sexos”. Foram apreendidas “várias réplicas de armas de fogo, várias doses individuais de estupefacientes (liamba), dezenas de DVD´s sem oposição do selo exigido por lei, centenas de óculos de sol em situação irregular, inúmeros cintos, carteiras e bolsas que usurpavam reputadas marcas internacionais, entre outros materiais em situação contrária à lei”. Segundo a PSP, todos os objectos apreendidos “serão remetidos ao Núcleo de Armas e Explosivos da PSP, aos serviços da Câmara Municipal de Santa Cruz e ao Tribunal Judicial da Comarca de Santa Cruz, de forma a serem objecto da análise e perícias específicas exigidas por lei”.
APREENDIDAS 570 MIL DOSES
Funcionários do aeroporto traficavam cocaína A Polícia Judiciária deteve um grupo de homens na Madeira, três dos quais funcionários do Aeroporto madeirense, numa operação que resultou na apreensão de 570 mil doses de cocaína, disse à Lusa fonte da PJ. A detenção aconteceu no fim-de-semana, no âmbito da operação denominada “Check Out”, e resultou de uma investigação que durava há cerca de seis meses. Os detidos têm entre 32 e 41 anos, são todos portugueses e residem na Região Autónoma da Madeira, adiantou a mesma fonte. A fonte da PJ acrescentou que a operação permitiu desmantelar um importante “circuito de importação de droga”, produto que era proveniente da América Latina e se destinada quase totalmente ao comércio regional, admitindo que alguma pudesse entrar no circuito do território do continente português. Os detidos serão presentes às autoridades judiciais. Três dos arguidos trabalhavam no manuseamento de carga aérea do Aeroporto do Madeira.
Desemprego desce
ADVOGADO DE DEFESA DIZ QUE PENA É ELEVADA
A taxa de desemprego na Região continua a descer, apesar de no mês de Outubro se ter verificado uma pequena subida do número de inscritos. Os últimos dados do INE revelam que no terceiro trimestre o valor era de 5,8% contra os 6,1 do segundo. Em Janeiro deste ano estavam registados no Instituto Regional de Emprego um total de 8.838 desempregados.
Mãe que envenenou a filha condenada a 16 anos de prisão O Tribunal de Júri do Funchal condenou a 16 anos de prisão, a mãe acusada de ter envenenado a filha de dois anos, que estava sob a protecção de uma instituição de solidariedade social. O colectivo de juízes e jurados considerou o crime um homicídio qualificado, sendo que a pena de prisão foi baseada num relatório pericial que indicou que a mãe da criança tem problemas mentais, mas que, ainda assim, é imputável, porque teve capacidade de discernimento e da ilicitude dos actos que cometeu. O caso remonta a Novembro do ano passado, quando a arguida, numa visita à filha, comprou dois pacotes de sumo e bolachas e misturou na bebida um produto tóxico – carbonato – tendo depois dado o sumo à criança e ingerido também. Contudo, a mãe, quando se sentiu mal, pediu leite para si, ignorando a filha. Ambas foram encaminhadas para o Hospital Central do Funchal, local onde a criança viria a falecer. A autópsia concluiu
que a morte da menina ficou a dever-se à ingestão de um produto tóxico. Tendo em conta os acontecimentos, o Tribunal considerou que a arguida «mostrou-se fria e implacável» e agiu «de forma deliberada e consciente». Além disso, entendeu o acto perpetrado como sendo «do mais primário egoísmo» e por «um motivo fútil, repugnante, baixo, gratuito e de desprezo pela vida humana», ao causar a morte da filha por esta lhe ter sido retirada. De referir que até o trânsito em julgado da sentença, a arguida irá continuar internada na casa de saúde onde tem estado até ao momento. O advogado da arguida já anunciou que vai recorrer da decisão, por considerar que a mãe é inimputável. «A pena é demasiado elevada. O médico que a conhece diz que ela é inimputável, o médico que a viu umas horas dá outra opinião. Eles vão para o médico que a viu umas horas e não valorizaram o médico que a conhece e que a acompanha há anos», apontou. PUB. PUB.