3 Abril 2009
PORTUGAL Portugal Telecom faz desconto a clientes desempregados Os clientes desempregados da Portugal Telecom vão pagar metade do valor da factura até ao final deste ano, até um máximo de 7,50 euros, desde que estejam nessa situação há mais de seis meses. “A PT é uma empresa consciente do seu papel na sociedade portuguesa e como tal não poderia deixar de estar próximo dos seus clientes nesta situação de maior dificuldade”, disse à agência Lusa o presidente executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, referindo-se à actual conjuntura de crise. Por isso, a PT Comunicações vai atribuir a partir de Abril um desconto de 50 por cento sobre o valor total da factura de serviço fixo telefónico, até um máximo de 7,50 euros por factura a todos os seus clientes que se encontrem em situação de desemprego há mais de seis meses.
HÁ ALUNOS QUE JÁ NÃO TÊM O COMPUTADOR
Magalhães podem estar no mercado negro O computador Magalhães é entregue aos alunos do primeiro ciclo em regime de propriedade plena, mas alguns professores já alertaram para casos em que os portáteis podem já não estar com as crianças, e ter sido cedidos ou até vendidos. Helena Amaral, professora no Agrupamento da Escola Quinta de Marrocos, em Benfica, contou à Lusa que os problemas de desaparecimento dos Magalhães “já eram esperados nalguns casos”. “Tenho o exemplo de uma família com três irmãos, todos receberam um computador Magalhães de borla porque pertencem ao escalão social A. Duvido que eles ainda tenham algum em casa”, afirmou, lembrando que, nalguns casos, quando os professores avisam o dia em que o computador é necessário na aula, os alunos faltam sempre. “Nestes casos nós percebemos que os computadores já devem ter levado algum outro destino”, disse. “Este projecto começou muito mal desde o início. Os professores não receberam qualquer informação e nem
tiveram qualquer acesso ao Magalhães porque não receberam nenhum”, afirmou. “Dou-lhe um exemplo: É impensável fazer uma sessão de esclarecimento caso a caso, não há tempo. Eu até podia preparar uma sessão para um grupo de pais e projectava as imagens para que os pais percebessem como se faz, mas o Magalhães nem sequer pode ser ligado a um projector”. Questionada sobre a hipótese de as escolas guardarem os equipamentos para garantir que eles ficavam com o aluno que o recebeu e não eram vendidos ou dados a terceiros, a docente respondeu: “Nem pensar. Eu não posso assumir isso. As escolas eram assaltadas logo a seguir”. Sindicato diz que iniciativa do Governo foi “precipitada e trapalhona” O responsável pelo Ensino Básico no Sindicato dos Professores da Grande Lisboa reconheceu que o Magalhães “é um excelente instrumento de trabalho, com muitas virtualidades”, mas lembrou que a iniciativa do Governo foi “precipitada”.
Número de empresas falidas aumentou 51 por cento No primeiro semestre de 2008 faliram 7.093 empresas, um crescimento de 51 por cento em relação aos primeiros seis meses do ano anterior e de 9 por cento em relação à segunda metade de 2007. De acordo com dados solicitados pela Lusa ao Instituto Nacional de Estatística (INE), dissolveram-se 6.898 sociedades por quotas na primeira metade de 2008, um acréscimo de 51 por cento face ao período homólogo. Em relação aos seis meses anteriores, registou-se uma subida de 9 por cento. Estes números são anteriores ao início da degradação da situação económica, que ocorreu na sequência da falência do banco de investimento Lehman Brothers e que já originou o encerramento de algumas empresas. O maior aumento das falências verificou-se, porém, nas sociedades anónimas, que registou uma subida de 86 por cento, para 171, quando comparado com o período homólogo. Face aos seis meses imediatamente anteriores, faliram mais 12 por cento sociedades anónimas. As restantes 24 falências ocorridas na primeira metade de 2008 aconteceram em empresas com outro tipo de forma jurídica, que não sociedades por quotas e anónimas. PUB.