Revisão das Hipóteses sobre a Patogênese da
Eqüina
Carolina Berkman
MORFOFISIOLOGIA DOS
CASCOS EQUINOS
ESTRUTURAS INTERNAS
CORTE SAGITAL
Corte sagital do casco eqüino. Parede do casco(W); Sola (S); Falange distal (D); Tendão flexor profundo do dedo (T); Osso navicular (N); Coxim digital (C); Bolsa do navicular (B); Ligamento ímpar do sesamóideo distal .
(MISHRA & LEACH, 1983)
ESTRUTURAS INTERNAS
Área de crescimento ou área corial (CG); Área pigmentada se refere ao estrato médio Área não pigmentada se refere ao estrato interno que aloja as lâminas epidérmicas (L); Perióplio (P); Lâminas sensíveis na região das barras (B). (POLLITT, 2001)
ESTRUTURAS INTERNAS
(BERKMAN, 2008) Ilustração esquemática – Remodelagem laminar. O crescimento constante da parede interna do casco (IHW) força a proliferação de novas células da lâmina epidérmica primária (PEL), que juntos formam uma só estrutura que mantém as Lâminas Epidérmicas Secundárias (SEL) firmemente aderidas à membrana basal
(POLLITT, 2001)
ESTRUTURAS INTERNAS
Tendão flexor profundo do dedo (1); Pele (2); Perióplio (3); Extrato médio da parede do casco (Epiderme) (4); Extrato laminar (5); Lâminas epidérmicas (6); Lâminas Dérmicas (7); Cório da sola (8); Papilas terminais (9 e 19); Linha branca (10); Região distal da parede do casco (11); Cório da coroa do casco (12); Células basais proliferativas da epiderme (13); Papilas coronárias (14); Membrana basal (15); Capilares (16); Células basais (17); Lâmina epidérmica primária (18); Artéria circunflexa (20).
(POLLITT, 1992b e POLLITT, 2001)
ESTRUTURAS INTERNAS Ilustração esquemática da estrutura de ligação entre célula basal e membrana basal. Os hemidesmossomos fixam firmemente as células basais da lâmina epidérmica secundária à membrana basal. O citoplasma das células basais consiste em uma placa intracitoplasmática composta por plectina e integrina. Os filamentos intermediários de queratina do citoesqueleto conectam a plectina que é conectada ao seu redor à moléculas de integrina que se conectam à filamentos de laminina-5. Os filamentos de ancoragem são incorporados na matriz da membrana basal
(POLLITT, 2001)
EPIDERME
ESTRUTURAS INTERNAS
LDP
LEP
DERME
LDP
L D S L E S
LEP
(SAMPAIO, 2003)
ESTRUTURAS INTERNAS
(POLLITT, 2001)
ESTRUTURAS INTERNAS
Ilustração esquemática Distribuição de peso e expansão do casco do cavalo.
(McCLURE et al, 1999)
Hipóteses
HIPÓTESES HIPÓTESE TOXÊMICA (?) HIPÓTESE ENZIMÁTICA HIPÓTESE VASCULAR HIPÓTESE METABÓLICA HIPÓTESE INFLAMATÓRIA
AÇÃO DAS TOXINAS SOBRE AS LÂMINAS DO CASCO HIPÓTESE TOXÊMICA
AÇÃO BACTERIANA CONSEQÜENTE A DISFUNÇÕES GASTRINTESTINAIS Dos cavalos afetados pela LAMINITE AGUDA 75% são decorrentes de: Cólicas Enterites Injúria estrangulativa Injúria obstrutiva I-R MORTE DE BACTÉRIAS G -
LIBERAÇÃO DE LPS (ENDOTOXINAS) (Martins-Filho et al, 2007 e Tinto et al, 2007)
CONSUMO EXCESSIVO DE CARBOIDRATOS
(Rowe et al, 1994 e Milinovich et al, 2007)
Fermentação Cecal Aumento da População de bactérias Gram+ (S.bovis)
Produção de EXOTOXINAS
?
Produção de Ácido Lático
LAMINITE
Queda do pH cecal Morte de bactérias Gram com liberação de LPS
Produção de ENDOTOXINAS
? (BERKMAN, 2008)
AÇÃO BACTERIANA IN VITRO
Streptococcus bovis Bactéria G +
SEPARAÇÃO
+ http://news.bbc.co.uk/1/low/wales/6712197.stm
=
LAMINAR
Hoof wall explants
PROCESSO DOSE DEPENDENTE
POR QUAIS MECANISMOS ??? (Mungall et al, 2000)
AÇÃO BACTERIANA IN VITRO
(EBC) – Epidermal Basal Cells
(Mungall et al, 2000)
AÇÃO DA ENDOTOXINA
(MOORE, 2001)
AÇÃO DA ENDOTOXINA
(MOORE, 2001)
AÇÃO DA ENDOTOXINA
(MOORE, 2001)
AÇÃO DA ENDOTOXINA
(MOORE, 2001)
AÇÃO DA ENDOTOXINA PRODUÇÃO E LIBERAÇÃO DE CITOCINAS (TNF- e IL-1)
(MOORE, 2001)
Processo Enzimático Degenerativo HIPÓTESE ENZIMÁTICA
(POLLITT, 1998)
PROCESSO ENZIMÁTICO DEGENERATIVO Degeneração da Membrana Basal
(POLLITT et al., 1998)
(Mungall et al., 2000)
PROCESSO ENZIMÁTICO DEGENERATIVO
OSSOS ARTICULAÇÕES ENDOMÉTRIO TUMORES METASTÁTICOS MALÍGNOS LÂMINAS DOS CASCOS DOS EQUINOS
PROCESSO ENZIMÁTICO DEGENERATIVO
(BERKMAN, 2008)
PROCESSO ENZIMÁTICO DEGENERATIVO (BERKMAN, 2008)
(BERKMAN, 2008)
PROCESSO ENZIMÁTICO DEGENERATIVO
(POLLITT, 2001)
PROCESSO ENZIMÁTICO DEGENERATIVO 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0
17,79
MMP-2 MMP-9 5,06
2,25 1,18
Sobrecarga CHO
Solução Tampão
(Adaptado dos dados de SOUZA et al., 2007)
HIPÓTESES VASCULARES
HIPÓTESES VASCULARES
FALHAS NO SUPRIMENTO SANGUÍNEO ISQUEMIA ALTERAÇÕES NA DINÂMICA VASCULAR ABERTURA DE ANASTOMOSES ARTERIO-VENOSAS MICROTROMBOS
HIPÓTESES VASCULARES
AS SUBSTÂNCIAS ENVOLVIDAS SÃO: SUBSTÂNCIAS COM EFEITOS VASOATIVOS Angiotensina II Norepinefrina Tromboxano Endotelina Serotonina ENDOTOXINAS FATOR DE AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA (PAF) (POLLITT, 2001)
HIPÓTESES VASCULARES Eades et al., 2002 Mishra & Leach, 1983 Weiss et al., 1994 Weiss et al., 1995 Weiss et al., 1997a Weiss et al., 1997b Jarvis & Evans, 1994 Hunt et al., 1990 Ouellette et al, 2004 Paes Leme et al., 2006 Allen et al., 1990
(BERKMAN, 2008)
HIPÓTESES VASCULARES
CITOCINAS PRODUÇÃO
MMPs ROS SUPERÓXIDO
www.gcarlson.com/active_neutrophils
Auxiliam na degradação de elementos fagocitados.
HIPÓTESES VASCULARES
As Lâminas dos cascos dos eqüinos são DESPROVIDAS da Superóxido Dismutase (POLLITT, 1992b)
SUSCEPTIBLIDADE DA LÂMINA À INJÚRIAS OXIDATIVAS MORTE CELULAR SEPARAÇÃO LAMINAR
HIPÓTESE INFLAMATÓRIA
www.gcarlson.com/active_neutrophils
HIPÓTESE INFLAMATÓRIA
MIGRAÇÃO E DESGRANULAÇÃO CITOCINAS RADICAIS LIVRES ENZIMA CAPAZ DE DEGRADAR A MB
COLAGENASE IV
HIPÓTESE INFLAMATÓRIA MMP-9
MMP-9
MMP-9 MMP-9
MMP-9
MMP-9 MMP-9
MMP-9
(Mungall et al, 2000)
(BERKMAN, 2008)
HIPÓTESE INFLAMATÓRIA
HIPÓTESE METABÓLICA
HIPÓTESE METABÓLICA
A ALTA TAXA METABÓLICA DAS LÂMINAS DO CASCO EXIGEM ALTA CONCENTRAÇÃO DE
HIPÓTESE METABÓLICA
PPID
http://special.equisearch.com/blog/horsehealth/labels/Pergolide %20Kellon%20Cushings.html
Aumento da produção de ACTH
www.vet.utk.edu
Obesidade, hipertensão e perfil anormal de lipídeos plasmáticos.
HIPÓTESE METABÓLICA
Dexametasona* Triancinolona* Predinisona
Provocam alterações estruturais: Crescimento assimétrico da linha branca Queda da sola
Predinisolona PROCESSOS NÃO DOLOROSOS NÃO ASSOCIADOS À INFLAMAÇÃO PREDISPOSIÇÃO
HIPÓTESE METABÓLICA
Impede a oferta de glicose aos queratinócitos
Altera o fluxo sanguíneo dos cascos
HIPÓTESE METABÓLICA
(BERKMAN, 2008)
Produção de Monoaminas (putrescina, cadaverina, tripnamina e serotonina)
Vasoconstricção e Aumento da resistência vascular
Mimetização da ação de aminas vasoativas
ENFRAQUECIMENTO E SEPARAÇÃO LAMINAR
Ativação Plaquetária
(Serotonina e ET-1)
Microtrombose
Morte G-
?
Liberação de ENDOTOXINAS (LPS)
ATIVAÇÃO DE MØ E NØ
pH cecal Proliferação G+
COX-2
Liberação
Produção e Liberação de TNF- e IL-1
?
EXOTOXINAS
Processos Inflamatórios
ATIVAÇÃO DE MMP* IL-1
FAGOCITOSE SEPARAÇÃO LAMINAR (BERKMAN, 2008)
ET-1
EGT
ATP
Inibe a queratinização
INGESTÃO CHO
Alterações Vasculares
Acelera o catabolismo protéico
SOD
Liberação de ROS
Inibe a biossíntese do colágeno
Isquemia
FERMENTAÇÃO CECAL
RI Aumenta a absorção de toxinas
Afecções Endócrinas e/ou GC Exógenos
Carolina Berkman
UNICASTELO – Descalvado UNESP – Jaboticabal
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