Culturanja, 25 De Outubro De 2009

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15 Umuarama, domingo, 25 de outubro de 2009

Suspiro roxo: a lástima da lágrima que não cai Por Caroline Guimarães Gil 

4º FEITU:

Feito para participar! por Tiago Inforzato

Pra quem não conseguiu se fazer presente nos últimos eventos culturais da cidade, seja por infortúnios da vida ou simplesmente preguiça, a UNIPAR – Universidade Paranaense dá uma nova chance de se entreter com eventos de arte. Durante a semana que vem (26 a 30 de Outubro) e em Novembro (09 e 10), estarão realizando o 4º FEITU (Festival Intercampi de Talentos Universitários). Composto por 17 apresentações de música, teatro, dança e coral, o evento promete agradar gregos e troianos com a variedade de temas e formas de expressão. Os espetáculos são produções de alunos da instituição que fazem parte do PIBIA (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Artística), e para facilitar a vida de quem quiser se fazer presente, decidi fazer um cronograma com as informações necessárias para não marcar bobeira e não se perder na agenda. É só recortar e fixar no ímã da geladeira que não tem erro!

Segunda-Feira:

19h30 – ‘Por todo Canto’ ‘50,60, em algum lugar do passado’ [Cia. Unipar de Dança] 21h00 – ‘O noviço’ [Teatro nos Caminhos da Literatura]

Terça-Feira:

19h30 – ‘O retrato de Dorian Gray’ ‘O Reino Encantado das Águas da Vida’ [Teatro na Universidade] 21h00 – ‘Passion’ [Projeto Dança Unipar].

Quarta-Feira:

19h30 – ‘Um pouquinho do meu Paraná, um pouquinho de todo lugar’ [Projeto Canta Unipar] ‘Metade de Mim é amor’ [Companhia Unipar de Dança] 21h00 – ‘A Cantora Careca’ [Unipar Companhia de Teatro]

Quinta-Feira:

19h30 – ‘Vivendo na Flauta...Doce’ [Grupo Musical] ‘Canto e Encanto’ [Coral] 21h00 – ‘As Aves’, comédia de Aristófanes [Ação Teatral]

Sexta-Feira:

19h30 – ‘Brasil em Tom Maior’ [Projeto Musical Tom Maior] ‘A2’ [Cia. Unipar de Dança] 21h00 – ‘A casa de Bernalda Alba’ [Grupo de Teatro Priene] E pra quem achar pouco, já reserve na agenda o dia 09 de Novembro, quando haverão as apresentações da Arquibanda (banda de pop rock formada por acadêmicos da Unipar) e do Coro Unipar com o espetáculo ‘Coração Nordestino’. No dia seguinte, dia 10, teremos a tão esperada apresentação da peça ‘O Pequeno Príncipe’, encenada pela Companhia Cênica Unipar. Realizado pela a Diretoria Executiva de Gestão da Cultura e Divulgação da Unipar, o FEITU é uma nova chance nos envolvermos com cultura e arte sem ter que sair da cidade, portanto não podemos fazer feio. As apresentações terão entrada gratuita e os convites podem ser retirados na Diretoria de Arte e Cultura, com mais informações no telefone 3621-2828, ramal 1404. A presença de público é importantíssimo para definir a longevidade e constância desse tipo de projeto, é nosso dever fazê-los funcionar. Inclusive, os universitários tem um estímulo extra para isso: as apresentações valem horas extracurriculares, é só pegar o devido comprovante no final das apresentações. Portanto, universitários ou não, não percam.

Esta lágrima congelou na minha face. Está estagnada como o sangue empedrado no pó. Está pedindo para ser liberada, mas está assim: estacionada na bochecha, parecendo que a ocasião parou naquele baque de nostalgia. Se for uma gota eu não sei. Só sei que - como todas as lágrimas - devia desempenhar sua culpabilidade: sair dos olhos e fazer o que toda lágrima faz. Irei processá-la por lesão moral. Uma lagriminha de nada, com medo de desabar! Mas tenho receio quando ela verdadeiramente deixar o meu rosto. Então permanecemos assim, nesses mesmos restos mortais, alimentandose das mesmas energias.    Formamos um clube. Ela suprimindo tudo de próprio que há em mim, e eu extinguindo tudo de impróprio que há nela. Nossa assembléia tem reuniões diárias, e as noites foram nomeadas para debates mais sérios. Quando ela me reprime, peço consentimento para dar um suspiro denso, ela renega de primeira - afinal, uma lágrima! - mas logo sente pena e então sua função se transforma em bálsamo.   Noite passada foi ela quem suspirou altiva. Tão alto que acordei com o seu suspiro roxo. Não disse nada, pois não queria incomodála, estava tão concentrada no suspiro que me contive. Nunca havia visto antes: uma lágrima que chora. Pensei em abraçá-la, mas era orgulhosa. Meu abraço também não seria muito protetor. Quando voltei a cerrar os olhos, ouvi-a me dizendo em um tom quase inaudível, que estava cansada de sustentar um semblante como o meu, que agora desejava como nunca manar ao chão.   Naquele crepúsculo, então não dormi. No dia seguinte também não. E no outro e no outro. Não nos falamos - muito menos a cumprimentei. Seguia minha vida agora vazia, imaginando meu vulto sem uma lágrima. Uma face nasceu para ser tocada, e ela nunca caindo

me acarinhava. Ela me enchia de benevolência e eu enchia a ela de pretextos para continuar estagnada. Queria realmente então chorar, mas não era possível, caso chorasse com ela ali, iria gerar um trânsito e não havia sinaleiro, nem um guarda para conter o tumulto. Não era possível e não gostaria de vê-la como uma extensão de mim, não gostaria. E nosso clube? Nossas reuniões? Nossas conversas?   Somos o que somos porque um dia nos foi dado um corpo para se desintregar como lágrima ao chão, mas de tão saudosistas não fomos capazes de deixá-los fluir. Eles então passaram a fazer parte da extensão do corpo. Como o braço, as pernas, assim como o coração. Se não somos, então o que seremos?   Numa noite então, chegou o tempo, ouvia ela mais uma vez suspirando numa cor roxa, e então falou que havia aproximado à ocasião. Eu não olhei no seu rosto, pois não tive entusiasmo e nem essa atrevimento para tanto. Quis até por certa bisbilhotice saber qual era sua aparência, o quão seu olhar estava triste, se sentia por mim também.   No dia subseqüente, a lágrima fluiu... Lentamente ela resvaleceu como que numa despedida afagando minha casca tênue, e num adeus que não escutei, ela deslizou sobre minha face, senti um corte intenso sendo feito próximo da boca, parecia-me que ela não queria tanto se abater, estava levando consigo a cólera de não querer ruir, mas me consolando ao mesmo tempo dizendo que era preciso. Foi acuar no meu travesseiro... E lá fez seu jazigo. Agora, extensão do meu corpo. Corri pegar uma vela, e naquela noite eu rezei, rezei para que ela pudesse repousar em paz. Ela havia antecipado isso, foi pra me tranqüilizar. Fez do sono sua morte. Ela está só dormindo. Assim como todas as outras lágrimas.

Inside Nessa semana ganhei um CD do Ivan Lins. Um CD antigo, com músicas antigas e conhecidas. Letras bem poéticas. Muito bonito. Uma, em particular, ficou tocando em minha mente mesmo enquanto eu não a ouvia. Sem querer, me ouvia cantando assim: ‘Vieste na hora exata, com brilhos de festa e luas de prata...’. Eu já a conhecia, mas, antes ela não me dizia nada e agora me diz muito. Por quê?   Quando gostamos de algo de cara, muitas vezes não entendemos por que. Pode ser um filme, uma pessoa, uma idéia. Pode acontecer também de todos detestarem algo que a gente ama. Estranho, não é?    Pus-me a pensar sobre o assunto, adoro pensar sobre tudo, e cheguei a uma conclusão. Aquilo que nos toca mais profundamente consegue esse feito por encontrar dentro de nós a reciprocidade ideal naquele exato momento. Deixe eu me explicar melhor. Um pássaro só pousa se encontra um local que o agrade. Para chocar seus ovos, há de ser um local mais propício ainda e, então, ali faz o seu ninho. Lembrando que os ninhos podem feitos nos lugares mais inusitados. Em Umuarama, por exemplo, há um ninho em um semáforo. Pois é, o local cada pássaro escolhe como quiser ou lhe aprouver. O ninho pode ser feito ou não. Pode também ser desmantelado depois de um tempo.   Nosso coração é o ninho. A música, a idéia, o filme, a atração, o outro,

por Ângela Russi

etc. é o pássaro que voa e procura onde pousar. Se o ninho combina com o pássaro, união perfeita e aconchego. Se não, ele não caberá no ninho e irá embora.   O meu ninho é diferente de outros ninhos. Todos nós temos uma história de vida que faz com que sejamos cheios de particularidades. Essas particularidades fazem de cada ser humano um ser único. Aquela música calou fundo em mim porque falou sobre o que eu precisava ouvir naquele momento. Por isso eu gostei dela e tanta gente a quem eu mostrei não gostou. Ela serviu para mim. Ela coube em meu ninho.    Na Bíblia há uma palavra que me lembra essa idéia: “Meus ouvidos ouviram falar de ti,mas, agora meus olhos te viram.”. É isso, nosso coração está sempre à espera do que virá mesmo sem saber o que é, se o acolhemos é porque tem a ver com a gente. Não é tão estranho por mais estranho que pareça.   Quando ouço algo assim: “Fulana de tal está com Ciclano, mas eles não têm nada a ver um com o outro,” desconfio. Será que não têm mesmo? Por que a Fulana o escolheu? Por que o Ciclano a aceitou? Carências sendo preenchidas? Quem sabe? Só sei que um é ninho e outro é pássaro, até quando quiserem ser.   “Fernando Pessoa” escreveu assim: “Quando te vi, amei-te muito antes. Tornei a achar-te quando te encontrei.” Enfim, quem chega e é recebido já era aguardado. Mesmo que ninguém mais entenda, mesmo sem ter consciência do porquê. Quem o recebeu tem razões e o acolhe porque quer. Se será feliz ou não só o tempo poderá dizer. Eu estou muito feliz ouvindo Ivan Lins hoje, apesar de nunca ter prestado atenção em suas músicas no passado.’ Vieste com a cara e a coragem, com malas, viagens prá dentro de mim....’.Que música linda!

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