TABAGISMO A PRIMEIRA CAUSA EVITÁVEL DE DOENÇA PULMONAR
Tabaco e saúde pública
Agressão do aparelho respiratório pelo tabaco
COMBUSTÃO
(inicia um fumo muito nocivo com 2 fracções)
GASES+PARTICULAS
MUCOSA OROFARINGEA TRAQUEIA /BRONQUIOS/BRONQUIOLOS /ALVEOLOS
Ef it do Efeitos d Fumo F do d tabaco t b sobre b o aparelho lh respiratório fumador (inicialmente)
Situação inflamatória crónica da mucosa resp. (Mais tarde)
Quadro inflamatório crónico (promove)
Regeneração celular importante
Efeitos f i do d Fumo do d tabaco b sobre b o aparelho lh respiratório i ói
os fenómenos f ó Não são especificos do tabaco
inflamação/compensação /regeneração
mas o tabaco perpetua perpetua--os
estado lesivo crónico Após muitos anos de hábito tornando impossível o regresso á mormalidade
Efeitos do Fumo do tabaco sobre o aparelho p respiratório p
Regeneração celular Alteração do tecido de suporte e obstrução b t ã dos d capilares il sanguineos i
Adaptações biológicas sucessivas (nem sempre suficientes)
Mecanismos de obstrução das vias aéreas
Fumo do tabaco e células de defesa alveolar 1.
Aumento do número e actividade dos neutrófilos
2.
Aumento do número e actividade dos macrófagos alveolares
3.
Inactivação parcial da α1 AntiAnti-tripsina pelos oxidantes presentes no fumo do tabaco tabaco.
F Fumo ddo cigarro i e acumulação l ã crónica ó i de d neutrófilos nos pulmões Macrófagos alveolares Libertam o factor quimiotático dos neutrófilos (após a fagocitose de partículas do fumo do cigarro)
Os neutrófilos são atraídos ao pulmão
M Mecanismos i dde llesão ã provocados d pelo l tabagismo
Beneficios da evicção tabágica
Mortes por causas evitáveis nos EUA 1990 causa tabagismo f. dietéticos alcoolismo Microorganism Ag. tóxicos Armas fogo c. risco A id t viac Acidente i Uso ilicito drog
total
Nº obitos % óbitos 400.000 19 300.000 14 100 000 100.000 5 90.000 4 60.000 3 35.000 35 000 2 30.000 1 25.000 25 000 1 20.000 <1 1.060.000 49
Aspectos Demográficos do Tabaco -Sexo
Aspectos Demográficos do Tabaco - Raça
A Aspectos t Demográficos D áfi do d Tabaco T b – Grau G dde escolaridade
Tabagismo nos adultos – Factos Históricos
Fumo do tabaco Substancias cancerigenas Substancias Irritantes Substancias com acção sobre os Sistema Nervoso Sistema Cardio Cardio--Vascular
Alguns carcinogéneos existentes no fumo do cigarro Fase de vapor
Formaldeído Hidrazina Cloreto de vinil Uretano 2- Nitropropano Quinolina
Fase de Partículas
Benzo (a)rireno Metilcriseno Dib ( h) Dibenz(a,h)antraceno Benzo(b)fluoretano Dibenzo(a,i)pireno Dibenz(a,j)acricino
Substancias irritantes
Formaldeido Acetaldeido Amónia Acido acético
Fenois Acetonas Derivados da Acroleina
Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC)
Substancias S b t i com acção ã sobre b o sistema it nervoso central e cardiovascular
Nicotina dependencia p tolerancia isquemia alterações do sangue
Monóxido de Carbono Defice de 02 Aterosclerose
Aumento das mortes associada com aumento do tabaco e níveis de SO2 ( durante 5 dias em Londres; Dez 1952)
Perfil P fil evolutivo l ti do d VEMS em fumadores f d e ex-fumadores
Morbilidade e Mortalidade causados pelo tabagismo
Influência fl i da d Evição i tabágica bá i na diminuição di i i do d risco i de doenças associadas ao tabagismo Risco de morte nos Ex- fumadores
45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 h homens
mulheres lh
fum
ex-fum
n/ fum
Mortalidade atribuida ao tabagismo nos EUA ((1990) Doença
Mortes nº
Doenças cardiocardio-vasculares
179.820
Neoplasia do pulmão
119.920
Outras neoplasias
31.402
Doenças respiratórias
84.475
T b i Tabagismo e mortalidade t lid d por neoplasia l i do d pulmão
T b i Tabagismo e deterioração d t i ã da d ffunção ã respiratória
( adaptado de Anthonisen e col)
Efeitos do reinicio do tabaco sobre o VEMS
Taxas de Mortalidade em Portugal 1990
1990 1970
cancro pulmão
1970
bronquite crónica
75 a 80% dos Fumadores
Iniciam o hábito antes dos 20 anos
25% dos jovens das ESCOLAS PREPARATÓRIAS E SECUNDÁRIAS fumam regularmente
… em Portugal o tabagismo
É responsável por : 90% das mortes ppor Cancro do Pulmão 75% das mortes por Bronquite Crónica 25% das mortes por doença coronária
Não fumador (fumador passivo)
Pequeno q Fumador (3--4 cigarros /dia) (3 Numa sala poluida pelo tabaco , um não fumador que se exponha 10h,sofre 10h ,sofre danos equivalentes ao fumo de 10 cigarros
Mulher e Tabaco PILULA /MENOPAUSA /GRAVIDEZ) 1. 2. 3 3.
Pílula contra indicada nas fumadoras , aumenta o risco de Enfarte Miocardio O tabaco acelera o envelhecimento na mulher – antecipa a menopausa Na gravidez risco aumentado de: - prematuridade - abortos(2x mais) - nados –mortos - mortalidade periperi-natal - anomalias congénitas
Hábit tabágicos Hábitos t bá i em 100 doentes d t com cancro do pulmão
65
19
fumadores
16
ex não fumadores fumadores
chvngaia
Comentário
O fumador adoece mais cedo
O fumador morre mais cedo que o não fumador
O fumador custa mais caro á sociedade
A mortalidade de mulheres não fumadoras por cancro do pulmão l ã cujos j maridos id fumam f mais i de d 20 cigarros i /dia /di , é Dupla das mulheres cujos maridos não fumam.
Arquitectura bronquiolar Os bronquiolos são pequenas vias aéreas até 1-2 mm de diametro, sem cartilagem e Sem glandulas submucosas 28.000 -Bronquíolos terminais c// diametros di t de d 0,6 0 6 mm que constituem vias condutoras terminais ao nível da 16ª geração brônquica 224.000 - Bronquiolos q respira. p 13,8 milhões canais alveolares
300 milhões de alvéolos
Células ciliadas – nas vias aéreas proximais Cél las clara - mucosa Células m cosa bronq bronquiolar iolar Células Neuroendocrinas –bronquilos proximais * segregam vários produtos - bombesina -somatostatina i -endotelina
Epitélio brônquico normal
Secretoras muco
Células secretoras de muco
Alterações do epitélio respiratório
Epitélio normal Di l i escamosa com angiogenese Displasia i
H Hperplasia l i das d celulaa l l basais b i
Displasia com perda de cilios Carcinoma in situ
Alt Alterações õ genéticas éti no epitélio itéli brônquico bô i pré-malignas
DPOC Mecanismo patogénico central
Obstrução Obs uç o vvalvular vu alveolar Insuflação alveolar
Aumento do trabalho respiratório
Alteração da distribuição ventilatória til tó i ((compensada p )
Sem Insuficiência respiratória
Hipoventilação alveolar global
(descompensada)
Insuficiência Respiratória parcial
Insuficiência Respiratória global
Sem Insuficiência respiratória
Insuficiência Respiratória parcial
Pao2 = normal
Pao2
PCo2 = normal
PCo2 = normal
= Hipoxemia
Insuficiência Respiratória p global
Pao2 = hipoxemia PCo2 = Hipercapnia
Doença pulmonar obstrutiva crónica(DPOC) 1.
Enfisema pulmonar
2 2.
Bronquite Crónica
3.
Associação de ambos
Diagrama i de d Venn com bronquite b i crónica ó i ;enfisema fi pulmonar e asma – combinação na DPOC
enfisema fi
bronquite
2
1 4 asma
3
5
Obstrução vias aereas
6
Factores F t de d risco i para a Doença D pulmonar l obstrutiva crónica (DPOC)
Factores ambienciais - tabagismo activo - tabagismo passivo - poluição
Factores ocupacionais Factores genéticos - vias aéreas hiperreactivas Factores Familiares -deficiência α1 –AT - sexo - raça
Factores F t de d risco i na Doença D pulmonar l obstrutiva crónica(DPOC)
Externos: tabaco /
Situação socio socio--económica/
ocupação
Internos:: Internos Genéticos/ Sexo/ Hpersecreção crónica de muco
Outros: Hperreactividade H i id d das d vias i aéreas(ige é (i , asma)) poluição externa alterações perinatais dieta Infecções respiratórias de repetição
Tipo p de células ppulmonares reactivas ao Oxigénio g e Oxidantes
macrofago alveolar
Célula endotelial
Célula epitélio das vias aéreas
Neutrófilos
Células tipo II alveolares
Células musculo liso
Repercussão social na DPOC 1.
Bem estar fisico e psiquico
2.
Repercussões p profissionais p
3 3.
Repercussões familiares e sociais
T Taxas de d mortalidade t lid d por DPOC em Portugal P t l 1995/1999 ano
Nº total óbitos
Taxa total Nº óbitos mortalidade DPOC
Taxa DPOC mortalidade
1995
3.495
11%
385
8%
1996
4.041
11%
513
9%
1997
5.045
12%
552
9%
1998
5 653 5.653
13%
587
9%
1999
6.533
13%
726
9%
Custos directos na DPOC Ano
Nº dias total internamento
Nº dias internamento DPOC
1995
355.576
55.816
1996
381.538
67.397
1997
468.609
72.995
1998
501 537 501.537
74.506 74 506
1999
552 498 552.498
84.326 84 326
Custos directos na DPOC Ano
Custos totais internamento (contos)
Custos internamento DPOC (contos)
1995
10.416.960,7
1.558.802,0
1996
11.321.345,6
1.899.992,3
1997
, 15665.539,3
2.304.952,9 ,
1998
17.360.466,8
2.647.406,5
1999
19.846.213,9
3.061.352,3
Perfil P fil evolutivo l ti do d VEMS em fumadores f d e ex-fumadores
Ef it do Efeitos d reinício i í i de d tabaco t b sobre b o VEMS
Possiveis P i i mecanismos i envolvidos l id na patogenese da DPOC
Enfisema como falência dum” programa “de Manutenção celular
Hipotese para a patogenia do Enfisema pulmonar
D Dogma corrente t : Teoria T i das d proteases/antiproteases no Enfisema
Enfisema pulmonar
Enfisema pulmonar
Caracteriza--se por: Caracteriza Al Alargamento t dos d espaços distais di t i das d vias i aéreas é –brônquiolos bô i l com destruição das suas paredes
É um diagnóstico de Anatomia patológica, isto é o diagnóstico é de presunção presunçã o no individuo vivo.
Enfisema pulmonar pulmonar- Fisiopatologia
Perda da parede dos alvéolos,com destruição de parte do leito capilar
As pequenas vias aéreas (menos de 2mm de diametro) estão estreitas , tortuosas e reduzidas em número.
As suas s as paredes estão atrofiadas e finas. finas
Há também alguma perda de vias aéreas maiores.
Enfisema Pulmonar
Enfisema E fi pulmonarl M Mecanismos i indutores i d t da d doença pulmonar pelo tabaco
O fumo do tabaco exerce uma importante função : Desiquilibrio q das proteases p /antiproteases p com destruição Tecido pulmonar Enfisema por excesso de actividade proteásica (enzimas com actividade elastolitica)
Deficiência de α1 Anti-tripsina
Enfisema pulmonar- Prováveis etiologias
Fumo do Tabaco A-Aumento A t d das proteoses t llocais i libertação da elastase pelos neutrófilos B- Libertação de oxidantes ppodem inactivar importantes p proteinas p de defesa(inibidor ( de α1 proteinose .
C- Desiquilibrio D i ilib i El Elastolise t li / El Elastossintese(Fontes t i t (F t Baganha) B h ) inibindo formação de pontes cruzadas por modificações de constituintes da elastina
Enfisema pulmonar-libertação da elastase pelos neutrófilos NEUTRÓFILOS
Libertam a elastase (factor quimico neutrófilos +acção do fumo)
Após entrada no espaço vascular vivem poucas horas
Libertam + elastase (ao morrer) Tecidos expostos á elastase(enquanto neutrófilos em função) + elastase armazenada (após desintegração destes)
ENFISEMA PULMONAR
b d sintese da i Perturbações
Degradação
Elastina 15-20% do IP Principal constituinte das fibras elásticas
Desiquilibrio das proteases /antiproteases Por 2 mecanismos diferentes :
1. Aumento da actividade proteolitica 2. Diminuição da capacidade antiproteolitica
conduz ao ENFISEMA PULMONAR
Propriedades Antiproteásicas da α1-AT 1.
Especificidade para a elastase dos neutrófilos
2.
Representa p mais de 70% das antiptoteases p
3 3.
A mais importante antiprotease das areas alveolo--intersticiais alveolo
Caracteristicas da α1Anti-Tripsina
A α1Anti 1Anti--Tripsina é uma glico –proteina , cujo deficit é hereditário em 11--2 % dos enfisemas enfisemas.
1970 – James Travis
descobriu a sua função major
Inibir a elastase 19811981 98 - a análise a á se do LLBA de individuos d v duos normais o a s e individuos d v duos com dificit em α1Anti 1Anti--Tripsina
No deficit em α1Anti 1Anti--Tripsina a protecção das vias aereas inferiores , Anti--elastase é deficiente Anti
Diagrama representativo da hipótese do “circulo “ vicioso na DPOC
Enfisema pulmonar- tipos
Centro acinaracinar- destruição limitada á parte central do lóbulo ,podendo os ccanaiss alveolares veo es periféricos pe é cos e o alvéolo véo o ser se poupados. poup dos. Localização : mais marcado nos vértices pulmonares , mas podendo descer no ppulmão qquando a doença ç progride p g .
É extremamente comum , sendo o mais frequente ,nas ,nas formas moderadas não causa sintomas Nas formas graves é difícil distinguir os dois tipos de Enfisema Enfisema-- que podem coexistir no mesmo pulmão
P Panacinar i – mostra distenção e destruição total do lóbulo. Sem preferência regional , é no entanto mais frequente nos lobos inferiores.
Deficite de α1-AT(homozigotia para o gene z desenvolvem Enfisema panacinar – que começa nos lobos inferiores .
Enfisema centrilobular ou centro acinar
Enfisema centrilobular ou centro acinar
Enfisema relacionado com o tabaco centrilob lar centrilobular 1. Rarefação de vasos em tamanho e nº 2. Estreitamento dos vasos
Enfisema Panlobular
Enfisema Panlobular no deficit de α1-AT
Enfisema panacinar A linfócitos
A macrófago
Bronquite Crónica
IInfiltração filt ã neutrófila t ófil das d glândulas lâ d l brônquicas bô i do fumador com bronquite crónica
Infiltração fil por neutrófilos ófil ddo epitélio i éli bbrônquico i ddo fumador com sinais de bronquite crónica
Algoritmo go o de oorientação e ação dos doentes doe es com co DPOC OC
Exacerbação da bronquite crónica
b = muco ; a = infiltação dos septos ;
T Taxa de d mortalidade t lid d por DPOC em Países P í selecionados
Caracterização clinica do Enfisema e da Bronquite Crónica D d Dados
Pinf Pi f puffer(enfisema) ff ( fi )
Blue bloater (Bronquite
Inicio
4040-50 anos
3030-40 anos
Etiologia
Tab.;genét;poluição:out
Tab.;poluição ,desconhec
Expectoração/dispneia
Minima / precoce
Abundante /tardia /tardia
Relação v/p
Pouco alterada
Muito alterada
Diâmetro aa--p tórax
Torax em barril
Não aumentado
função pulmonar
vems
cpt vr
Dlco
Anatomopatologia
Enfisema centrilobular
PaC02/Sat02
N ou /N
hematócrito
N
Cianose/c.pulmonar
Rara/rara tardia
vems
vr Dlco normal
Hipertrofia glandulas m . /
Frequente/ Frequente
Pinf puffer(Enfisema pulmonar)
Blue bloater (Bronquite Crónica )
Musculos respiratórios p na DPOC
Taxa de T d mortalidade t lid d no BC a seguir i a uma exacerbação
Indicações para o uso de OLD
Pressão parcial de o2(Pao2)< ou = 55mm hg ou Saturação de o2(Sao2) < = a 88% Pao2 entre 56 a 59 mm hg ou Sat 02 de 89% com evidência de: - cor pulmonar - ICD ou poliglobulia (hematócrito acima de 56%)
Oxigenoterapia domiciliaria
A oxigenoterapia prolongada: ♣ Efectuada no domicilio do doente - Previne reinternamentos - Pode evitar a progressão da doença - Poderá haver um certo grau de recuperação .
A inclusão dum doente num programa de O2 contínuo a longo prazo no domicilio , obedece a critérios rigorosos mas não rigidos de selecção
Oxigenoterapia domiciliaria
Administração de O2 ♣ a dose de O2 ♣ tempo diário de administração ♣ tipo ou sistemas de fornecimento de O2 mais adequados para o doente considerando a sua actividade . ♣ Tipo de administração (máscara , cateter nasal.)
Oxigenoterapia domiciliaria
Aderência ao tratamento - duração óptima – 24 h /dia - duração minima – 15h/dia
Falta de aderência - incomodidade de instalação de equipamento - iatrogenia - dependencia de fonte fixa de O2
Oxigenoterapia domiciliaria
Selecção de doentes e controle
♣ ♣
adopção de critérios rigorosos de prescrição
certeza de cumprimento efectivo da prescrição
♣ necessidade de controles periódicos
Indicações di para internamento i hospitalar h i l nos doentes d com DPOC
Correlação C l ã entre t insuficiência i fi iê i respiratória i tó i e sobrevida em DPOC com e sem OLD Sobrevida do grupo controle que não recebeu O2 , foi menor. menor
Maior M i sobrevida b id nos doentes d que receberam O2 contínuo (COT)
Induficiência respiratória