QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA
2 a Quinzena de Abril de 2009 Ano XXIX - No. 1061 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual
25 de Abril f o r e v e r & e v e r Grândola, vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade Grândola, vila morena Terra da fraternidade Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada rosto igualdade O povo é quem mais ordena À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade Grândola a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade
josé afonso
35 A no s de L i b er d ade RELIGIÃO
Monsenhor Harvey Fonseca
O Rev. Harvey Fonseca foi ordenado Padre em 1992. É pároco de St. Jude Thaddeus Catholic Church em Livingston desde 1995 e recentemente foi “honored by Pope Benedict XVI for “his faithful dedicated work and ministry for the good of God’s people.”” Anteriormente trabalhou nas paróquias de Tulare, Merced e Hanford. Parabéns. RELIGIÃO
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Donald Morgan novo Pároco das Cinco Chagas O Rev. Donald Morgan irá substituir o Rev. Tony Mancuso como pároco da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas em San José a partir de 1 de Julho. O Padre Morgan é actualmente o Vigário Paroquial na Igreja de Saint Simon em Los Altos.
Salgueiro Maia, o mais puro Capitão de Abril (de braços abertos) tenta convencer as tropas governamentais a evitarem um banho de sangue, já que a VITÓRIA era certa.
Antes um País que atravesse crises e as vença, do que uma ditadura caquéctica, hipócrita e odiada. Viva Portugal Livre!
António Menezes Presidente do Grupo SATA “... não obstante sermos uma empresa do Governo dos Açores, temos que ter uma performance económica positiva, para garantir a nossa existência. Assim, os preços praticados reflectem os custos da operação, tão somente. As nossas aeronaves não fazem voo directo, por limitações de “range”, o que implica paragens técnicas e pernoitas das tripulações fora da base. Estes custos são muito importantes, bem como é o combustível, claro está. Sobre este último factor, estamos a trabalhar com base nos mercados forward para o Verão 2009, altura em que voaremos. O preço do combustível hoje, no Inverno, não será necessáriamente igual ao preço que pagaremos neste próximo Verão, como se constata da comparação dos preços “spot” e “forward”. O que importa realçar é que a SATA procura apenas cobrir os custos operacionais da rota!”
Leia a entrevista na página 16.
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SEGUNDA PÁGINA
15 de Abril de 2009
EDITORIAL Cantar num coro é lindo..
O
Bispo de San José actuou rápidamente na colocação do novo pároco da Igreja das Cinco Chagas, uma importante paróquia da sua Diocese. Se fosse à espera de recomendações da nossa comunidade, os resultados iriam demorar. As coisas tem de ser feitas com rapidez, ponderação e reconhecer que a Igreja é universal e a língua deve ser o menor atropelo à religião. Ao mudar de canal tive sorte outro dia, pois vi o final de uma Conferência da Igreja dos Mormons. A Conferência acabou com o Coro do Tabernáculo daquela Igreja (cerca de 300 pessoas) a cantarem. Que lindo. Fez-nos lembrar as canções religiosas já tanto ou quanto antigas da maioria dos nossos coros, que já não condizem com a Igreja do Século XXI. O Domingo deve ser um dia de alegria, a Missa deve ser algo que nos contagia e o Coro deve ser o transporte das nossas alegrias para o Céu. É isso? Acho que não. Neste aspecto temos muito que aprender com outras cristandades. E o tempo está a fugir. Na Costa Leste as Igrejas Católicas estão a fechar todas os meses. Cabe aos católicos daqui saber o que querem! E rápidamente... Leiam por favor o objectivo da Festa de Santo Antão de Stevinson. Está no anuncio da sua festa na página 20. Leiam-no com atenção, copiem-no e partilhem-no com outras organizações. Se o fizerem sentir-se-ão bem. Na nossa edição de 1 de Abril houve coisas que deram nas vistas. Não fui eu que escolhi o mês de Abril para dar alarde a estas “ideias”. Está-se a tornar dificil inventar coisas novas. O mundo esta cheio de petas todos os dias e criar uma de raíz dá muito trabalho. Mesmo assim valeu bem a pena. Não valeu? jose avila
J
á há milhares de anos que os grandes generais sabiam que a melhor táctica, quando as coisas não estavam a correr bem, era parar, recuar, reagrupar e discutir a nova estratégia até à vitoria final. Milhares de anos depois, a nossa amiga e estimada Luso-American Education Foundation ainda não aprendeu estas tácticas militares, que hoje, no nosso mundo em crise, se usam a todos os níveis. Como eu gostaria de não escrever o que vou escrever, mas a minha amizade e apreço pela Luso-American Education Foundation faz-me ter de dizer o que penso, em prol de futuras melhorias na concepção das conferências. Para que é que serve fazer uma conferência se ninguém lá vai? Quem são ou deveriam ser os “clientes” destas conferências? Esta é a primeira pergunta que a LAEF deve fazer a si propria. O grande problema das Conferências é que são muitas das vezes subsidiadas por entidades longe da nossa realidade, e quem subsidia não pede contas. Se alguém pedisse contas e resultados dos ultimos anos à Luso American
Education Foundation, as coisas já poderiam ter mudado. E porquê? Porque simplesmente os resultados positivos não existem. Estes encontros têm atraído pouca gente, muito menos aqueles que deveriam atrair. Uma conferência que revolve à volta de meia duzia de pessoas, de mais de sessenta anos, e muitas delas estão lá porque são amigos dos amigos, não cumpre os objectivos de quem, por amor à comunidade, se atreve a preparar uma agenda de trabalhos, que dá tanto trabalho, quer tenha sucesso, quer não tenha. O que está em causa é que é preciso, necessário e urgente, estudar a nova estratégia para as futuras conferências. Quando fui responsável pela Noites Tauromáquicas cancelei uma porque só tinha 260 pessoas. E porquê? Porque eu não faço festas taurinas para tanta pouca gente. E sinto mais pena que estas coisas aconteçam porque quem tem estado à frente, são pessoas sabedoras, que perdem horas e horas da sua vida familiar a prepará-las, mas de uma vez por todas tem de compreender que não podem continuar, sem ter um momento de
reflexão e pensar nos dados e resultado obtidos nas útimas conferências. Fiquei espantado quando ouvi dizer que a próxima Conferência iria ser realizada em Berkeley. Em Berkeley? As conferências em Berkeley tem sido um fracasso total, como é que é possivel voltar-se ao lugar do crime? Com tantas Universidades e mesmo Hoteis em redor de San José, onde temos milhares de portugueses, e que é preciso conquistar a sua presença, como é que vamos para Berkeley? Para termos 5 pessoas a ouvir uma palestra? Nem sequer os alunos de português assistem à conferência. E mais. É pena vermos que mais de 95 % das pessoas que vão ao jantar inaugural da conferência não participam nas conferências. Dos 7 Executivos da LAEF só dois assistiram à mesma. Dos 16 membros do Board of Directors, só 4 vieram à conferência. Dos 14 membros do Advisory Board só 3 foram a Turlock. O que é que me dizem a isto? Compreendo que alguns possam estar ocupados com outras manifestações culturais, mas pelo menos metade dessa gente deveria ter ido em soli-
dariedade com o Manuel Bettencourt e a sua equipa. E não só não participaram este ano, como nem o fizeram o ano passado. O produto vende-se onde existem clientes. Está provado, mais que provado, que ninguém gosta de ir a Berkeley, que por sinal é um lugar extraordinário para mim, mas por razões que eu não entendo, não chama ninguém. Para 2009 convidaram o ex-Presidente da Republica Portuguesa, Mario Soares, para vir falar dos 100 anos da implementação da Republica em Portugal. Deixo à consideração de todos o valor ou a oportunidade desta conferência. A pergunta é esta - quem é que queremos que oiça essa palestra? Os jovens ou os “velhos” que já conhecem esta história de trás para a frente? É preciso é ter coragem de parar, recuar e reagrupar, porque só aqueles que tem a vontade de o fazer terão sucesso. Estaremos sempre aqui para ajudar a mudar de paradigma. jose avila PS - leiam com atenção o artigo do Nelson PontaGarça na pág. 4.
Year XXIX, Number 1061, April 15, 2009
COLABORAÇÃO
Tribuna da Saudade
Ferreira Moreno
E
screvendo p’ró “Diário Insular” (28/Julho/2001), Rui Messias anotou que “a primeira referência documental sobre a freguesia da Feteira encontra-se datada de 1413. Um portulano realizado por um mercador florentino situa os ilhéus das cabras, ou pedras toscas, que se encontram diante da Feteira. Algumas décadas mais tarde, o rei D. Manuel I vai doar os ilhéus ao morgado e provedor Pires do Canto. Segundo se lê no Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Fernão de Hutra terá vivido desterrado durante sete anos nesse local”. Carreiro da Costa (Etnologia dos Açores, Volume I, pgs. 17-18, Ed. 1989), apontou que, na Terceira, “os ilhéus mais importantes são os chamados das Cabras, situados a sudeste de Angra em frente
da freguesia do Porto Judeu. Os ilhéus das Cabras são em número de dois. O maior, a nascente, tem cerca de 150 metros de altura e possui, além de várias furnas, uma grande câmara vulcânica praticável p’ra pequenas embarcações. A área total dos dois ilhéus é de cerca de 22 hectares e o canal que os separa, bastante profundo, é de perto de 200 metros de largura. A razão do nome, Ferreira Deusdado foi buscá-la à remota designação de Insula Capraria que, afinal, é atribuída à ilha de S. Miguel, versão que, por consequência, tem muito de fantasia. Gaspar Frutuoso refere-se a eles, mas não lhes dá qualquer designação. Donde se conclui que o topónimo terá talvez a sua origem no facto de ali porem cabras a pastar, tanto mais que existe num deles uma enorme cisterna de água salobra”.
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À Volta dos Ilhéus das Cabras (2) No que diz respeito à história lendária de Fernão de Hutra, que acabou os dias da sua vida desterrado nos ilhéus das Cabras, e que Ferreira Deusdado descreveu no seu livro publicado em 1907 ao título “Quadros Açóricos”, eis uma narrativa abreviada... Aparentemente, Fernão de Hutra foi um leviano moço faialense que se apaixonara por uma freira, e tencionando raptá-la fez pacto com o diabo. Mas foi mal sucedido e forçado a sair da cidade da Horta com destino a Angra, continuando na vadiagem e enamorando-se com uma das filhas do alcaide-mor. Este, p’ra evitar trágico desenlace, foi ter com o cunhado que era proprietário dos ilhéus das Cabras, e ambos conseguiram prender o boémio Hutra, transportando-o seguidamente p’rós ilhéus. O desgraçado, doido de raiva, ali permaneceu durante sete anos e
sempre em pacto com o diabo, até que uma noite sentiu-se arrependido e morreu depois de ter sido absolvido e ungido por um fradinho, que misteriosamente lhe aparecera. Facto curioso: nas imediações dos Ilhéus das Cabras encontram-se uns penhascos chamados precisamente ilhéus dos Fradinhos! Outra curiosidade: discorrendo àcerca da ilha das Flores, Francisco Ferreira Drumond assinalou que “além da pequena baixa denominada a Fraga tinha esta um pequeno ilhéu pegado a terra chamado das Cabras, porque lá andam estes animais e ovelhas pastando, mas não é de grande proveito”. (Apontamentos, pg. 424, Ed. 1990). E agora umas ligeiras considerações à memória do autor de “Quadros Açóricos”, que Vitorino Nemésio apelidou “uma finíssima aguarela com valiosíssimas notas de reconstituição histórica debuxadas à margem”. O dr. Manuel António Ferreira Deusdado nasceu em 1860 em Rio Frio, freguesia do concelho, comarca e distrito de Bragança. Em 1901 foi colocado professor do Liceu Nacional d’Angra do Heroísmo, tendo falecido em 1918. (Joaquim Moniz de Sá Corte-Real e Amaral, Biografias & Outros Escritos, Edição 1989). Deixou uma vasta bibliografia de obras científicas e literárias.
As transcrições das lendas cronográficas (Quadros Açóricos), publicadas originalmente na revista angrense “A Semana” sob o criptónimo “Cavaleiro de Miranda”, foram traduzidas em castelhano por Jimenes Blasco com o título “Leyendas de las islas de los Azores”. Numa informação de Nemésio, (Estrela d’Alva, 28 de Outubro de 1916), Deusdado era casado com uma senhora bondosa e ilustrada e das melhores famílias do arquipélago. Não tiveram filhos, mas acolheram no seu lar como seus, três sobrinhos órfãos. Alegadamente, o apelido Deusdado derivou dum antepassado que tinha por costume usar a expressão “Deus-dará” a fim de animar os soldados que comandava no Brasil. Por mercê de D. João IV, os descendentes obtiveram o direito de usar brasão de armas e a célebre frase passou a fazer parte do nome da família, posteriormente transformado no apelido Deusdado.
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COLABORAÇÃO
Da Música e dos Sons
Nelson Ponta-Garça
15 de Abril de 2009
“The Revivals” em Union City
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Presente e futuro da Juventude na Comunidade Portuguesa Part I Para aqueles que não estiveram presentes na conferencia da Luso American Education Foundation na Universidade de Turlock, aqui vão alguns dos excertos da minha apresentação: As minhas reflexões de hoje irão ser direccionadas no contexto da veracidade da situação actual da comunidade Portuguesa, na minha perspectiva. - A consciencialização das entidades comunitárias para a necessidade de um “novo paradigma” no que diz respeito à continuidade das instituições edificadas pela comunidade Portuguesa há muitos anos, é crucial. - Só se pensa na necessidade de integração de jovens quando já não há outra solução! - Quando se realiza uma serie de eventos em que os jovens não se revem, verifica-se um afastamento progressivo e irreversível. - Os Jovens Portugueses e Luso Descendentes, em geral não se identificam com o presente modelo da comunidade Portuguesa na diáspora. Porquê? Os eventos e as instituições na comunidade Portuguesa não reflectem as presentes necessidades, interesses e realidades dos Jovens. Apesar de tudo, verifica-se um Patriotismo talvez, nunca antes visto, dos Jovens Portugueses. Temos uma serie de ídolos, figuras que servem de inspiração para a possibilidade de nos afirmarmos como gente a nível mundial: Cristiano Ronaldo, José Mourinho, Mariza, Nelly Furtado etc… A incapacidade de integração de Jovens em posições de liderança em instituições na comunidade, na minha opinião, deve-se a 2 factores distintos: 1 - Os jovens não tem a mesma disciplina e valores dos seus antepassados. 2 - Por outro lado os jovens não se identificam. Logo não sentem motivação para se integrarem. - Apesar de tudo existe uma participação muito significativa de Jovens em actividades da comunidade mas sem poder de decisão… poder politico: Veja-se a constituição de Filarmónicas, Folclores etc.… - A maioria das nossas actividades sociais são alimentadas por uma necessidade de protagonismo social que é assustadora. Não se fazem coisas pelo prazer mas sim pela necessidade de afirmação pessoal na sociedade e manutentenção de um espírito de associativismo de saudade que já não é o que era. - Não tenho qualquer razão de queixa a nível de possibilidade de integração em organizações Portuguesas. Ao longo dos anos tem-me sido dadas varias oportunidades. Obrigado! Mas, o problema surge depois... Agradeço aos responsáveis o seu convite! A segunda parte na próxima edição do Tribuna Portuguesa.
Rarely does an opportunity present itself for five talented musicians who share the experience of having played music with each other at one period or another over the last 35 years, coupled together with being friends for the same amount of time as is being experienced with the members of The Revivals. The band, formed in mid-2008 with its current make-up, has pulled together their individual talents, but yet with a common love and respect for their classic Portuguese and American music repertoire, for what they jokingly say may very well be their “last stand”, thus, the choice of the band’s name, The Revivals, as in reviving oneself from a state of resting, sleeping, or from near death.
again to bring you a selection of refined Fados, Boleros, Balinos, Marches, Cumbias, Sambas, Western, Rock & Roll, and many more new and classic hits that will satisfy your appetite for music that makes your event a memorable one. The Revivals’ official inauguration, combined with a 50 Year Celebration of the Azorean Refugee Act, a Scholarship Fund-raiser, is scheduled for Saturday, April 18th. The Steak and Shrimp Dinner event will take place at the SDES Hall, 30846 Watkins
Al Furtado: Drums, Band leader. Started his professional career playing in his Dad’s band, Meu Portugal in 1968. Os Ibericos (1972-1974), Echos da Juventude (1974-1976), Cidalia Maria & Jose Elmiro (1976-1978), Perola Azul (1978-1980), Adagio (19801985), Os Lords (2006), The Revivals (2008). Mario Soares: Rhythm guitar, Vocals. Echos da Juventude (1974-1979), Atlanticos (19801994), Irmaos Unidos (1996), Os Lords (2006), The Revivals (2008).
The Revivals’ official inauguration, is scheduled for Saturday, April 18th at the SDES Hall, 30846 Watkins Street in Union City
Although the band was recently formed, you’ve most likely seen one or more of it’s members in one band or another over the last 40 years. As you view the list of the bands that these gentlemen have played for over the years I’m sure you will find yourself saying “hey, I remember that band” and what was happening during that period in your life.
Your memory will bring you back to the fine selection of music those respective bands had, and now Al, Mario, Manny, Frank, and Burt have come together once
Street in Union City. Doors will open at 6:30 p.m., Dinner at 7:00 p.m. followed by various entertainment, and then dancing to the music of The Revivals. Ticket information can be obtained by calling Manuel Escobar at 510657-6635.
Manuel Sousa: Lead guitar, Vocals. Estrelas de Portugal, Os Imigrantes, Os Ibericos, Os Atlanticos, Rendezvous, Nostalgia, The Revivals.
Frank Costa: Keyboards, Saxophone, Vocals. The Rhythm Kings with Harold Vieira, Nova Alianca, Perola Azul, Adagio, The Wave, Geria da Terra, Os Lords, The Revivals. Burt Silva: Bass guitar, Vocals. Perola Azul, Adagio, Midnight, The Wave, The Silva Brothers Band, Os Lords, The Revivals.
For your event, information for booking The Revivals can be obtained by calling 408-309-3002 or by email at almiro1@comcast. net. The Revivals provide music for all occasions.
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COLABORAÇÃO
Muito Bons Somos Nós
Requiem pela generosidade
Joel Neto
«Daqui a pouco a rádio há-de trazer-me o Benfica-Braga, durante o qual andarei aos pontapés por debaixo da mesa, ansioso por que Rentería acabe de vez com a raça deste novo “benfiquismo inteligente”, expressão que em si própria me parece um contra-senso»
[email protected]
U
m rádio, como? Um leitor de CD? Um iPod?, perguntou-me a rapariga, atarantada, correndo como sempre correm os empregados destas megalojas que hoje em dia nos deixam ler de graça uma enciclopédia inteira, mas nem por isso reservam um minuto que seja para responder à mais rápida das nossas perguntas. “Não, um rádio mesmo. Uma telefonia. Sei lá, um transístor… Um rádio!”, expliquei eu, atarantado também, enquanto corria atrás da rapariga e apanhava do chão os livros e os discos e os DVD que ela ia deixando cair, muito carregada, saltando de computador em computador e fugindo de outras pessoas que, como eu, procuravam instruções. “O quê, um rádio mesmo? Daqueles antigos, só para ouvir rádio mesmo? Não. Acho que já não se vende”, respondeu-me. Fui encontrar um no indiano aqui ao lado – e agora aqui está ele. Na semana passada levou-me ao Funchal, onde Manuel Vilas Boas me ajudou a perceber a história, as opções arquitectónicas e a estratégia urbanística (ou a falta dela) que marcaram a evolução da cidade ao longo destes 500 anos. Dias depois reconduziu-me a Jean D’Ormesson, cujas entrevistas são ainda mais francas e livres do que os livros, pejadas daquela frescura e daquele descomprometimento típico de um jovem bem nascido que se reco-
nheceu escritor sem com isso se confundir com Deus. Esta manhã acordou-me com Carlos César, que voltou a encher-me de orgulho por ser açoriano o único líder regional capaz de digladiarse com Lisboa sem alguma vez perder o sentido de Estado. E daqui a pouco há-de trazer-me o Benfica-Braga, durante o qual andarei aos pontapés por debaixo da mesa, ansioso por que Rentería ou Meyong acabem de vez com a raça deste novo e mui irritante “benfiquismo inteligente”, expressão que em si própria me parece um contra-senso. A minha rádio, já se percebeu, é a TSF. Desdenho da RFM e da Comercial. Faço concessões à Radar quando me sinto confortável e à Marginal quando estou a precisar de conforto. Dou um salto à Antena 1 para cumprimentar o António Macedo e à Renascença para ouvir o “Bola Branca”. No fim, volto sempre a 89.5 FM. Ali ouço as primeiras notícias da manhã e ali me encanto com as crónicas do Fernando Alves, o meu esquerdista preferido. Ali me aborreço com a demagogia dos ouvintes que telefonam e ali volto a encantar-me com as entrevistas do Carlos Vaz Marques. Ali torno a aborrecer-me quando João Pedro Pais irrompe na minha antena e ali me encanto ainda outra vez com as notícias, com a sua honestidade, com a sua justeza de procedimentos. É a minha rádio. A minha casa e o meu espaço de
evasão, quer esteja efectivamente em casa ou no carro, no ginásio ou de novo em casa. E o Philips AE 2160 é o meu rádio, agora que o Sony ICF-904L chegou ao fim da sua linha. E, se memorizo os modelos, é porque os rádios são efectivamente os meus aparelhos preferidos. Tenho-os desde a infância – e ainda hoje, tantos anos depois dos gloriosos “dias da rádio”, me dão tudo o que têm sem me pedirem o que quer que seja. De forma que o Philips anda comigo por todo o lado. Tão depressa está no escritório como na cozinha, na marquise como na casa de banho – e, se não sai comigo de casa, é porque delega funções no congénere automóvel, cujo nome no entanto ainda nem decorei. E, agora que leio sobre o anúncio de reforma feito por Howard Stern, que ainda há três anos assinou um contrato de 500 milhões de dólares com a estação norte-americana Sirius, um calafrio percorre-me a espinha. A Sirius é transmitida via satélite, modelo de difusão que está para a rádio como os canais de cabo estão para a televisão. E falhou: acumulou dívidas superiores a mil milhões de dólares, fundiuse com a concorrente XM – e agora foram as duas ao fundo, urgentes de um refinanciamento que a mui depauperada banca norte-americana pôs no fundo da pilha dos pendentes. Com ela háde afundar-se Howard Stern, a
Traços do Quotidiano
Margarida da Silva
última grande estrela deste maravilhoso meio de comunicação. E com eles, temo, afundar-se-á um dia o próprio meio. Ao contrário da televisão, a rádio já não reúne as famílias à sua volta. Perdeu ouvintes – e, se ainda consegue vender alguma publicidade, é ao preço da chuva. Mais do que a TV, precisa urgentemente de encontrar um novo modelo de negócio. Esse modelo era o satélite, em que cada ouvinte pagava pela
o pretérito dia 28 de Março a I.D.E.S.I. , de Novato, realizou a sua anual Noite de Fados com Zé Duarte, Sandra Pacheco e os guitarristas Helder Carvalheira, Manuel Escobar e João Cardadeiro. Para além da habitual audiência portuguesa, assistiu um bom número de pessoas americanas, incluindo membros do Mayflower Chorus, San Rafael, que visitarão Portugal em Abril, e que, apesar de não falarem a nossa língua, são grandes admiradores da nossa canção nacional. A noite começou com um jantar de “New York Steak”, preparado por pessoal da casa e que, na opinião de muitos, estava delicioso. Gostei de ver directores de outras irmandades partilharem da saborosa refeição sem se terem de preocupar com a preparação da mesma como é costume. Uma noite de folga, bem merecida, para tantos que dedicam tanto do seu esforço e tempo ao serviço desta comunidade. A apresentadora da noite foi a conhecida poetisa D. Maria das Dores Beirão que, com o seu habitual à vontade e eloquência , abriu o espectáculo com uma breve explicação do Fado, em inglês, para elucidação da audiência americana. Em seguida, apresentou o Presidente da I.D.E.S.I., o Sr. Bill Teixeira e sua esposa Joan, cuja dedicação e incansável trabalho já muito têm contribuido para o engrandecimento desta Irmandade. Após uma magnífica guitarrada pelo Con-
junto “Noites nas Sete Colinas”, Sandra Pacheco, que canta o Fado relativamente há pouco tempo, iniciou a sua actuação com alguns dos mais populares fados, incluindo “Rosa Enjeitada”, um dos meus favoritos, e que nem todos o sabem cantar na sua originalidade. Foi a primeira vez que ouvi a Sandra cantar e confesso que fiquei realmente muito bem impressionada com a sua actuação. Espero que ela continue a dedicar-se ao Fado e que obtenha o sucesso que bem merece. Depois foi o conhecido artista Zé Duarte, de San Diego, a subir ao palco numa actuação que a todos agradou pela sua bonita voz e boa disposição. Ele quis homenagear o seu pai, o Professor José Duarte, já falecido, interpretando dois fados com a letra dele. Ao terminar a sua actuação, o Zé chamou ao palco a Sandra para juntos fecharem a noite cantando “Tudo Isto é Fado”. Todos os artistas foram muito aplaudidos, tendo recebido, no fim do espectáculo, uma bem merecida ovação que, de pé, os convivas lhes ofereceram como prova de seu apreço. É de notar que algumas pessoas vieram de cidades tão longe de Novato como Windsor, San Jose e até de Gilroy, afirmando com a sua presença que, para além de serem admiradores do Fado, gostam de dar o seu apoio à nossa prata da casa e reconhecem a qualidade deste evento anual em Novato.
recepção. E fracassou. E eu, egoísta, temo por mim – e temo, naturalmente, pela rádio em geral e pela minha TSF em particular. Era a última coisa que me fazia falta nas minhas semanas terceirenses – e, se um dia vier a perdê-la, não vejo já o que mais possa prender-me a esta rotina de Lisboa.
Fado em Novato
[email protected]
N
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Ao terminar e como também fiz parte da comissão que organizou esta festa, quero agradecer a participação de todos os artistas, dos convivas, dos colegas de trabalho que partilharam comigo das dores de cabeça para se dar continuidade a este evento anual, especialmente a amiga Maria Ramos, também “doente” pelo Fado e que tem muito mais jeito do que eu para vender bilhetes. Para a amiga D. Maria das Dores minha “irmã” na admiração pelo Fado, aqui vai o meu obrigado por ter aceite o convite para ser a apresentadora de mais uma inesquecível noite de fados em Novato. Bem hajam todos! Valeu a pena!
in revista NS
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COMUNIDADE
15 de Abril de 2009
Falecimento
Coisas & Loisas
José T. Gomes Nov 22, 1921 - Abril 2, 2009
Tribuna sauda o novo Monsenhor Harvey
Com a idade de 87 anos, faleceu Jorge T. Gomes, nascido na freguesia da Ribeirinha, Ilha Terceira. Trabalhou na agropecuária durante 50 anos e era membro da Igreja do Sagrado Coraçã de Jesus de Turlock. Jose Gomes adorava jardinagem, festas portuguesas e touradas. Deixa de luto sua mulher Merces Rocha Gomes, de Turlock, filhos Tony F. Gomes, de Turlock, Louis F. Gomes e esposa Marissa, de San José; filhas Velma Furtado e marido Greg, de Turlock; Mary Lobão e marido Tony, de Escalon; irmã Esperença Evangelho, de Modesto; nora Judy Gomes, de Dacula, Georgia; 8 netos, Alex Gomes, Noah Gomes, Denise & Denni Holmes, Deborah Furtado, Armando & Isolda Lobão, Michelle Kindberg, Joey & Lauren Gomes, Kara Gomes; 8 bisnetos, Dustin & Destiny Holmes, Madison Kindberg, Emilie, Jacob & Megan Lobao, Joey & Benton Gomes.Foi precedido por seu filho Joe R. Gomes em 2008 e irmã Maria Martins. Tribuna Portuguesa envia sentidas condolências a toda a familia.
Oração ao Senhor Santo Espírito Espírito Santo, vós que me esclareceis tudo, vós que me iluminais todos os caminhos, para que eu atinja o meu ideal, vós que me dais o dom divino de perdoar e esquecer o mal que me fazem, e que a todos os instantes da minha vida estais comigo, eu quero neste curto diálogo, agradecervos por tudo, e confirmar mais uma vez, que nunca me quero separar de vós, por
Fonseca, pároco de Livingston. A Comunidade portuguesa deve sentir-se orgulhosa por mais esta distinção papal a um dos seus mais distintos filhos.
As festas estão à porta
- só esperamos que elas compreendam a crise que a comunidade portuguesa está a passar, tenham bom senso, porque o mundo não acaba em 2009. Haverá muitos mais anos para podermos “esbanjar” um pouco mais.
A IDES todos os anos publica a lista de todas as
festas que se realizam na California e até algumas fora do Estado. O Tribuna aproveita esse trabalho para as publicar nestas páginas. O grande problema está em que muitas, mesmo muitas organizações nunca telefonam a IDES para lhes dizer as datas das suas festas. Aqui fica o pedido - por favor telefonem ao IDES no principio do ano e assim a lista poderia estar acessível muito mais cedo.
Leiam o artigo do Nelson Ponta-Garça na
maior que seja a ilusão material, não será o mínimo de um dia estar convosco e todos os meus irmãos na glória perpétua. Obrigada mais uma vez. A pessoa deve fazer esta oração tres dias seguidos, sem dizer o pedido. Dentro de tres dias será alcançada a graça, por mais difícil que seja. Publicar assim que a receber.
página 4 e talvez compreendam o que é que a nossa juventude pensa da nossa comunidade e das oportunidades perdidas. É obrigatório ler, meditar e discutir com os amigos. O mundo dos nossos filhos e netos está noutra onda, que é preciso sintonizar, com urgência.
Os novos Estúdios da KSQQ estão prontos e
a mudança física dos velhos estudios para o novo será no dia 2 de Maio. A inauguração oficial será a meados de Maio, a confirmar. O Grupo Batista Vieira está de parabéns, pois os estudios são modernos, espaçosos e bem desenhados.
Devemos saudar a Luso American Education Foundation por ter homenageado 3 distintos
Filomena
professores da nossa comunidade. Não se tenha medo de homenagear quem merece. Há tanta gente boa na nossa comunidade que nunca foi reconhecida. Mais vale tarde do que nunca. De homenagens póstumas está o inferno cheio.
Continuo com muitas dúvidas
se a equipa económica de Obama é capaz de mudar o rumo deste País. Porquê? Simplesmente porque eles vieram do mesmo Wall Street que tem causado esta “miséria” bancária que nos aflige a todos. Penso que sangue novo seria melhor. Deixem-se de nomes sonantes (que não marcam golos, como o nosso Ronaldo) e tragam gente nova que invente um novo mundo. Os que lá estão são da velha escola do Alto das Covas. Já não vão mudar muito. O mesmo se aplica aos CEO’s das nossas grandes companhias. É necessário uma limpeza de mentalidades, talvez se precise criar um HOMEM NOVO. A ver vamos.
CONVERSA COM JESUS
Converse com Jesus todos os dias, durante nove dias orar: Meu Jesus em Vós depositei toda a minha confiança. Vós sabeis de tudo, Pai e Senhor do Universo, sois o Rei. Vós que fizestes o paralítico andar, o morto voltar a viver, o leproso sarar, Vós que vedes minhas angústias, minhas lágrimas, bem sabes, Divino Amigo, como preciso alcançar do Vós esta grande graça: (pede-se a graça com fé). A minha conversa conVosco, Mestre, dá-me ânimo e alegria de viver. Só de Vós espero com fé e confiança (pede-se a graça com fé). Fazei, Divino Jesus, que antes de terminar esta conversa que terei conVosco durante nove dias, eu alcance esta graça que peço com fé. Com gratidão publicarei esta oração para que outros que precisem de Vós aprendam a ter fé e confiança na tua misericórdia. Ilumine meus passos, assim como o Sol ilumina todos os dias o amanhecer e testemunha a nossa conversa. Jesus, tenho confiança em Vós, cada vez mais aumenta a minha fé, por graças alcançadas. A.V.
COLABORAÇÃO
Rasgos d’Alma
Luciano Cardoso
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Sorriso Primaveril
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inda bem que a Primavera chegou. Já estava farto do Inverno sisudo, seus dias curtos, manhãs geladas, noticias tristes, deprimentes, arrasantes. Sem nos dar garantias nem facilitar milagres, ao menos a Primavera reaquece-nos o Sol, devolve-nos o bom tempo e renovanos a esperança a juros baixos em dias melhores. Das noticias mais trágicas que mais recentemente chocaram os States de Este a Oeste, o tiroteio mortal de quatro agentes policiais em serviço na vizinha cidade de Oakland chamou-nos a atenção para o facto de já nem um policia bem armado conseguir escapar ileso à enervante onda de crime violento que nos rodeia diàriamente cá na populosa Área da Baia onde vivemos. É triste mas é esta a realidade brutal que nos agride e deprime vezes demais nos tumultuosos dias que passam. O que não podemos nem devemos fazer – arreliados quer pela crise económica quer pela criminalidade crónica – é deixarmos de viver à nossa vontade e escondermos a nossa melhor arma (o sorriso) contra os mais desastrosos safanões da vida. Na vida, como já ouvimos tantas vezes do pensamento clássico dos filósofos antigos, nada se perde…tudo se transforma. Até mesmo das brutais lágrimas da morte um vívido sorriso pode nascer. John Hege foi um dos quatro policias fatalmente atingidos no fatídico tiroteio de Oakland. Na sua carta de condução, à semelhança do que fazem muitos outros mi-
Catarina Freitas
900 H Street, Suite G Modesto, CA 95354 Phone: 209.338.5500 Cell: 209.985.6476 Fax: 209.338.5507
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lhares de concidadãos, expressara o desejo de, em caso de morte prematura, doar os seus orgãos vitais para poder vir eventualmente a salvar a vida de outras pessoas cujo destino por vezes quase desespera nessas criticas listas de espera. De acordo com a California Transplant Donor Network, mais de vinte e um mil californianos aguardam todos os dias nessas dolorosas listas por orgãos resgatados à morte que lhe possam salvar a vida. No entanto, porque não há doadores em numero suficiente, lastimosamente, um terço desses desafortunados nomes acaba por passar do dolente ficheiro hospitalar para o indesejado rol funerário dos que deixam este mundo à mingua. De facto, se houvesse uma maior sensibilização para este delicado drama, que até muito provàvelmente afeta alguns dos nosso leitores ou seus entes queridos, mais vidas poderiam ser salvas e muitos mais sorrisos restituidos. Quanto à morte, infelizmente, nada se pode fazer. É o que de mais certo tem a vida. Porem, quando dum único corpo humano que cessa de viver se consegue prolongar com êxito a vida a mais meia dúzia de inviduos agonizantes, pequenos milagres ocorrem. Trata-se, sem dúvida, dum assunto demasiado sensivel para ser abordado superficialmente. Contudo, por ser dramática matéria de vida e de morte, toda a atenção que lhe dermos será pouca. Ao malogrado John Hege que viveu 41 anos, quase metade deles ao serviço honroso dos nossos direitos civis, várias são as pessoas que lhe ficarão eternamente gratas
pelo humanitário gesto em doar os seus preciosos orgãos em prol da felicidade alheia. Algures, um felizardo anónimo goza agora do seu (transplantado) coração. Dois outros usufruem dos seus (reenxertados) rins. E ainda um outro disfruta do seu (reciclado) fígado. Muitas mais pessoas poderão vir num futuro próximo a tirar partido da louvável generosidade deste defunto ser humano que tambem doou a sua pele e os seus tendões, indispensáveis a vários tipos de cruciais operações cirúgicas exigidas com gritante urgência nos mais diversos hospitais à nossa volta. Pode ser arrepiante mas, para quem sobrevive agora salutarmente à custa desses transplantados orgãos, cala fundo o magnifico exemplo deste extraordinário homem de bem. Aos outros três colegas, lamentàvelmente, não lhes foi dada igual oportunidade devido ao estado demasiado severo das suas gravissimas lesões. Quanto ao tresloucado criminoso que friamente os baleou, de quem duvido alguem algum dia querer herdar algum dos seus envenenados orgãos, irònicamente, à custa das nossas taxas e enquanto a justiça dos
homens o permitir, vai gozar encarcerado mais algumas Primaveras. São os perturbantes desacatos do destino que custam muito a entender e muito mais a engolir. Deve ser uma sensação fascinante a de se chegar tranquilamente às portas do céu de alma aberta a olhar cá para baixo com esse reconfortante sorriso primaveril a lembrar-nos que, embora cronològicamente demarcando o término, a morte não tem necessàriamente de representar o fim. A Primavera tem destes fascinios. P.S. Curioso? Visite www.donatelifecalifornia.org
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COLABORAÇÃO
15 de Abril de 2009
A Nova Igreja de Hilmar
Comunidades do Sul
Fernando Dutra
XVIII Aniversário da RTA
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omo fora anunciado, a Direcção da Rádio Televisão Artesia levou a efeito no dia 21 do passado mês de Março, o seu jantar anual para celebrar o décimo oitavo aniversário daquela estação televisiva ao serviço da comunidade portuguesa local. Pelo Presidente da Comissão, Frank Gaspar, foram feitos diversos agradecimentos a todos quantos prestaram a sua colaboração e apresentou os restantes membros que, com a sua boa vontade, tornam possível a continuação desta estação de comunicação social. Seguidamente o mestre de cerimónias e manager da RTA, Manuel Aguiar, que também é o principal locutor da estação, fez diversos agradecimentos e as apresentações da praxe. Manuel Aguiar explicou que o programa nasceu há dezoito anos e tem sido com inúmeros sacrifícios que se tem mantido
Terminado o jantar, Manuel Aguiar anunciou o início do tão esperado serão de fados, apresentou a primeira artista, uma elegante e simpática jovem da nossa comunidade, Justine Martins, que apenas canta uma ou duas vezes por ano. Uma voz digna de apreciação e uma apresentação em palco que dá ideia de profissional. Cantou e encantou e foi merecedora dos aplau-
Helder Carvalheira, Manuel Escobar e João Cardadeiro
continuamente e com progresso. Hoje é uma estação recheada de óptimo material, com equipamento de alta categoria. Nas suas explicações não deixou de mencionar os nomes dos três fundadores do primeiro programa de televisão, em língua portuguesa, no sul da California, David Martins, Jose Side e Fernando Dutra. Foi um árduo trabalho e de persistência mas tudo foi conseguido com a boa vontade dos então Mayor e manager da Cidade. Seguiu-se o lauto jantar servido por jovens da comunidade, com fina atitude para com todos, o que foi muitíssimo apreciado por todos os presentes vindos de Norte a Sul do Estado.
sos de que foi alvo. Chico Avila continuou com a primeira parte do serão. Será escusado mencionar a qualidade deste sobejamente conhecido e magnífico artista. Com a sua guitarra tocou e cantou fados e canções, incluindo o fado de Coimbra, sem duvida, um artista para manter um serão continuamente animado. A segunda parte foi preenchida com a fadista, novidade na nossa comunidade, a jovem Nathalie Pires, vinda de New Jersey. Encantadora sob todos os pontos de vista, uma excelente voz e uma apresentação no palco incondicionalmente digna de observação. Cantou durante toda a segunda
parte e depois de ter sido anunciado o ultimo fado, o povo de pé, pediu mais um, a simpática artista aceitou e afinal cantou mais dois. Na America existem fadistas e guitarristas, capazes de satisfazerem as nossas comunidades. Este foi mais um exemplo, além de outros que a Rádio Televisão Artesia tem proporcionado à comunidade. Com o árduo trabalho do casal Manuel e Luisa Aguiar e colaboração da respectiva direcção, tudo tem sido possível na apresentação de diversos serões desta natureza. Acompanharam os supracitados artistas, os tão conhecidos membros do grupo “Sete Colinas”, Helder Carvalheira à guitarra portuguesa, Manuel Escobar na viola e João Cardadeiro na viola baixo, que de vez em quando, deslocam-se de San José a esta comunidade para tomarem parte em eventos desta natureza. Estes exímios artistas são dignos de toda a nossa admiração e gratidão. Para uma noite de fados, são necessários bons fadistas, no entanto, serão imprescíndiveis, óptimas guitarras e violas. Nas pessoas do Presidente da Direcção, Frank Gaspar e General Manager Manuel Aguiar bem como todo a direcção, sinceras congratulações por mais um exito obtido.
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Igreja do Santo Rosário de Hilmar agradece ás organizações, associações, e irmandades que contribuiram com um donativo para a construção da nova igreja e mais uma vez solicita a sua generosa ajuda financeira para que este projecto que beneficiará a todos que participam e visitam esta paróquia se realize.
acolhimento proverá lugar necessário para o conforto de todos.
A paróquia e a Igreja do Santo Rosário e Santa Maria de Hilmar e Stevinson da Califórnia está em processo de angariar fundos para construir uma nova igreja nova em Hilmar. A campanha de angariamento começou há dois anos devido à necessidade de prover um edifício que tenha a capacidade para receber a todos os que atendem os serviços religiosos e eventos. A campanha recebeu uma resposta positiva, mas a assistência financeira suplementar é essencial para o sucesso deste projecto.
O ano passado, o nosso apelo de angariação de fundos foi mandado a muitas das Organizações e Associações de Festas do Estado da Califórnia. A Festa de Nossa Senhora de Fátima, Mt. View da California, a Modesto Portuguese Pentecost Association, bem como a Newman Pentecost Association generosamente respoderam ao nosso apelo. A paróquia do Santo Rosário agradece o seu apoio e generosidade. As suas doações são uma bênção muito necessárias para este projecto.
Quando este iniciativo e campanha começaram a paróquia já realizava seis missas em cada fim de semana com algumas de capacidade completa. Para acomodar a todos a paróquia adicionou mais uma missa para o total de sete com apenas um pároco .
A paróquia e Igreja do Santo Rosário novamente faz o apelo de apoio financeiro para este grande projecto religioso e de proveito para todos. Nós pedimos a consideração da sua organização e associação a hipótese de fazer uma contribuição para esta campanha financeira para a construção deste novo Santuári.o A generosidade da sua organização e associação para este projecto de edificação do Santuário será reconhecida e abençoada.
Com o desenvolvimento da paróquia e uma maior frequentação semanal de paroquianos às missas a construção duma igreja nova é a única solução. Dias religiosos, feriados, e dias santos de obrigação consistentemente resultam em falta de capacidade para todos. Muitos serviços de casamentos e rosários funerários forçam as pessoas a atenderem de pé no lado de fora da entrada da igreja existente. A necessidade de um Santuário maior é justificada . A celebração da Festa da Nossa Senhora do Rosário tem lugar anualmente na igreja do Santo Rosário no quarto fim de semana em Outubro. Participam nesta celebração muitos emigrantes que vêm de longe e perto com uma grande devoção a Nossa Senhora. Para acomodar a todos nesta semana espiritual de serviços religiosos com novenas seguidas de missas, procissões de velas e de imagens, com o tradicional bodo de leite e cerimónias honrando e celebrando o património português uma tenda campal é erguida anualmente. Construção duma nova igreja e a futura remodelação de um edifício de
Paroquianos de todas as idades e gerações têm apoiado esta campanha de angariamente de fundos. Embora tenhamos sido abençoados com quase dois milhões de dólares em promessas até à data, ainda temos um longo caminho para alcançar a nossa meta.
Desde já agradecemos a sua gentileza e serviços que prestam de benefícios como organizações e associações de património português. Se desejarem comunicar com a nossa companha ou para mais informação podem fazê-lo por telefone para a coordenadora, Christy Oliveira, para (209)6678961 ou escrevendo para Holy Rosary New Church Fund 8471 Cypress St. Hilmar, Ca 95324 ou email:
[email protected] Todas as doações ou contribuições em qualquer valor são aceites e verdadeiramente apreciadas. A comissão agradecelhe a sua consideração e pede a Deus que continue abençoando a sua organização e associação. Com fraternidade, Padre Hilary Silva & Comissão Executiva
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Sabor Tropical
Elen de Moraes
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nvelhecer é privilégio de quem se prepara para viver ou de quem teve a sorte de nascer numa família de longevos, embora este fator ajude, mas não determina, isoladamente, uma caminhada mais elástica pela vida. Devido aos modernos tratamentos preventivos das doenças da maturidade e as novidades no campo da estética, hoje em dia, cruzar a linha de chegada da terceira idade, não significa entrar em decadência, tampouco tem a ver com estar velho e sim, carimba, muitas vezes, o passaporte para a sonhada liberdade. Avançar no tempo, necessariamente, não significa entregar-se à solidão, à tristeza, à depressão, embora estender-se na idade tem lá a sua melancolia, pois implica em determinadas renúncias, entre as quais as de alguns bens materiais que nos acompanharam vida afora. Entretanto, que falta nos fará a casa de campo, a da praia ou a da cidade, com seus imensos jardins, se os filhos e netos não gostam ou não têm tempo para freqüentá-las, se os seus interesses são outros; se nossos amigos envelheceram e já não nos visitam com a antiga freqüência; se o nosso corpo reivindica bem mais um confortável sofá para despojar-se do cansaço, do que o exercício ininterrupto de limpar os grandes espaços, os pesados móveis, os tapetes empoeirados, subir e descer escadas com os joelhos que teimam em reclamar a dor sem trégua; se a nossa coluna e musculatura não têm mais a mesma presteza de movimentos para acatar as ordens do nosso cérebro, para plantar, colher e trazer um jardim impecável, como fazíamos até bem pouco tempo atrás? Envelhecer, para muitos, significa arru-
O amor na melhor idade...
mar gavetas, desfazer-se das roupas em desuso; doar objetos pessoais que se em alguma época foram imprescindíveis, agora já não se tem onde guardá-los; pressupõe deixar para trás as quinquilharias de valor sentimental e arquivar, de tudo, só as lembranças dos dias que se foram, das pessoas que partiram. Paradoxalmente, envelhecer significa desapossar-se para tomar posse de uma nova vida, de um novo tempo que pode ser tão bom e gratificante quanto foram as outras etapas vividas. Tais decisões e atitudes, para muitas pessoas, têm o triste sentido, de alguma forma, de despedir-se da vida, mas devemos encará-las como se fossem só mais uma encruzilhada, diante da qual temos o livre arbítrio de escolher, dentre todas as opções, a estrada mais longa, bonita e florida e iniciar nova caminhada ou eleger um pequeno atalho que nos levará mais rapidamente para o fim. Há livros, revistas, programas de TV, dicas na internet, etc., que ensinam como envelhecer com saúde, qual o tipo de alimentação que se deve adotar para baixar o colesterol, como evitar ou controlar o diabetes, como exercitar o corpo para manter a agilidade e o vigor, enfim, como transitar por essa nova idade sem andar na contramão. No entanto, jamais encontrei um manual que ensinasse aos mais jovens - e às vezes à própria família – como dispensar tratamento digno, respeitar e interagir com os “envelhecentes”, sem tratá-los como a um bando de incapazes, como se fossem crianças que precisassem ser educadas, que devessem receber ordens ou ficar de castigo. “Desrespeitar alguém mais velho é a ma-
Ao Sabor do Vento
José Raposo
neira mais ordinária de desrespeitar nossa própria relação com a vida”, afirma a Dra. Jocelem Mastrodi Salgado. Segundo Dr. Renato Maia, presidente da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria, o primeiro passo para bem envelhecer é se manter ativo. Em seguida é preciso controlar fatores de risco. Por fim,
dando ao caso as devidas exceções. Homens e mulheres, segundo médicos, guardadas as proporções, sentem o mesmo ardor da juventude, uns mais, outros menos, embora sem a mesma vitalidade. Alguns se enchem de coragem e partem para arrumar nova companhia, se estão viúvos ou divorciados. Outros se acomodam às exigências da família ou, por vergonha (“o que os outros vão dizer?”), seguem sozinhos até a morte – verdadeira mutilação - e há também os que não têm grande “vocação” para o sexo, mas se ressentem da falta de um amor e o desejam mesmo que platônico.
Envelhecer
(Rute Gomes – Austrália)
deve-se manter uma atividade intelectual, que não é vacina contra demência, mas ajuda a diminuir as chances. Mas, o grande preconceito que cerca as pessoas saudáveis, que se aproximam dos sessenta anos ainda é a sua sensualidade. A sociedade e os filhos, principalmente, acham que o processo de envelhecimento tira do coração o poder de amar e mata no corpo a libido, a volúpia, a vontade de sentir e dar prazer. Estão enganados. Para as mulheres, a menopausa, embora seus altos e baixos, traz consigo a certeza de não mais engravidar e com os hormônios em polvorosa, até porque a maioria faz reposição, libertas do medo, sentem necessidade de amor e de sexo tanto quanto o homem,
Mesmo que a minha pele Não tenha a textura de outrora... Toca-a! Como se tocasses a maciez do veludo. Mesmo que os meus cabelos Se enfeitem de flocos de neve... Afaga-os! Com a ternura da criança. Mesmo que as formas do meu corpo Se alterem, em decadência... Acaricia-as! Com adoração de um escultor... Porque envelhecer não está no corpo, Está na alma! Envelhecer não é doença, Nem defeito! Envelhecer é honra, É o proveito de se ter vivido, Amado e sentido! Porque a Alma jamais envelhece, Enquanto nela, o Amor permanece!!
Portugueses e amantes do Fado
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Fado é uma canção que me enche a alma. Se bem que haja alguns alegres é, no entanto, triste por natureza. A saudade é um sentimento, que consegue estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Quem parte saudades leva e quem fica, saudades tem. Muitos são os Fados que falam de saudade. Recordo-me que uma vez alguém me pediu para fazer uma quadra à saudade e eu respondi nestes termos: Posso dizer na verdade Que há algo que Deus não fez É a palavra saudade Criação de um Português. Nascido, simultaneamente, em Portugal e no Brasil, isso em minha opinião e na opinião de alguns entendidos, o Fado é uma canção da qual se gosta ou se detesta. Sim, por incrível que pareça, conheço pessoas que detestam o Fado. Tive o prazer de várias vezes escutar a inconfundível Amália, em pessoa, e se bem que tarde ou nunca alguém a igualará, nós temos bons fadistas em Portugal e também aqui na nossa comunidade. Foi essa a razão que me levou ao I.D.E.S.I., em Novato, para ouvir o Fado. Desde já congratulo as pessoas dessa organização que não se
poupam a esforços e sacrifícios para que, de alguns anos para cá, pudéssemos ter uma noite de Fados, no norte da baía. O conjunto “Sete Colinas” que com seus instrumentos acompanhou os artistas da noite, está a tocar cada vez melhor e sem, de forma alguma, querer tirar o valor ao João Cardadeiro e ao Manuel Escobar, tenho que dizer que a guitarra Portuguesa, nas mãos do Helder Carvalheira, consegue falar, chorar, gemer e sorrir ao mesmo tempo. A guitarrada com que abriram a noite tocava-nos no mais recôndito da alma e fazia o coração palpitar. Os fadistas da noite, a Sandra Pacheco e o Zé Duarte, cantaram lindamente bem. Já havia escutado a Sandra e embora se notasse o nervosismo dela, isso pela preocupação
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que tinha em querer actuar bem, não cometer erros, etc. etc., poucos minutos depois de começar, podia-se sentir o respirar, o à vontade e a segurança com que cantava. Continua Sandra que vais bem e a chuva cantada por ti nessa noite, parecia uma benção matinal ou um orvalho de madrugada que vem matar a sede às plantas sequiosas. Quanto ao Zé, o que posso eu dizer que já não tenha dito? Tem uma voz castiça e a presença de um homem do Pico. Pena que não tivesse cantado alguma das suas baladas, mas como a noite era de Fado, passou. Farei o possível para que ele venha ao norte da Baía e que traga o Zé da Adega. Em suma, foi uma noite formidável e fiquei satisfeito pela maneira como todos actuaram. Se bem que o salão da I.D.E.S.I. seja uma ermida comparado com certas catedrais do Fado e que a cidade de Novato não se possa comparar com o “Little Portugal”, de San Jose, foi com muita alegria que vi os meus amigos João e Connie Goulart, de San Jose e o Joe e Honória Rosa, de Gilroy, vindos de longe até ao norte da baia, pois assim puderam ver que nestas paragens também há Portugueses e amantes do Fado.
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jude os nossos patrocinadores comprando os seus produtos
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Reflexos do Dia–a–Dia
...os dilemas estão à vista e precisam de ser reflectidos... Já há anos que frequento o congresso anual da Luso-American Education Foundation, organização da qual sou membro há largos anos e da qual tenho feito, de vez em quando, parte do conselho consultivo (advisory board). Este ano não foi excepção e lá estive no 33º congresso realizado na Universidade Estadual da Califórnia, Stanislaus. Há vários anos que reflicto sobre este congresso. Tenho alguns textos, que estão incluídos nos livros América: O Outro Lado do Sonho e O Outro Lado da Saudade, analisando alguns congressos desta organização. Também já organizei, ou estive no cerne da organização, de meia dúzia. Daí que sinto uma obrigação de, mais uma vez, os reflectir. E desejo fazê-lo no contexto que durante 12 anos organizei o simpósio literário/dramático Filamentos da Herança Atlântica, que nunca foi bem compreendido na comunidade, começando pela organização que o patrocinava, ou melhor, que recolhia os patrocínios que solicitava aqui e em Portugal, organização que no seu conjunto de 12 simpósios nunca perdeu dinheiro com o mesmo, mas que mesmo assim, sempre o hositilizou. É nesse contexto que gostaria de reflectir sobre o congresso da LAEF. Primeiro há que dizer-se, descomplexadamente, que mesmo quando estes eventos têm fraca adesão, como aconteceu este ano, e tem acontecido em outros anos, estes espaços de reflexão comunitária são extremamente importantes. Daí que apresento, publicamente, os meus parabéns,
a quem trabalhou e organizou mais um congresso. É sempre uma tarefa árdua trabalhar-se num evento desta natureza. Mas acreditem que é um trabalho necessário. Árduo, porque este tipo de acontecimento é completamente incompreedido por muita gente nas comunidades, particularmente pelos líderes do nosso associativismo e mesmo por pessoas que estão ligadas ao ensino e à divulgação da cultura. Penso que este espaço que a LAEF disponibiliza, com o apoio duma comissão local, é importante para se debater a metamorfose da nossa comunidade. Já o escrevi nos livros supracitados que se perdermos o congresso da LAEF perderemos o único espaço que nos resta neste tipo de acontecimento. Já lá vão os outros acontecimentos que se promoviam de índole cultural por esta Califórnia. Estamos cada vez mais pobres em termos de acontecimentos culturais que vão além do simples, do pomposo, da efémera festa de conversa fiada com copos. Que os congressos da LAEF precisam, duma séria e necessária reflexão, ninguém o negará, mas há que reconhecer que sem eles estariamos num verdadeiro deserto cultural. Sem um único espaço regular onde ainda se possa apresentar estudos e análises, onde se possa debater e pensar as nossas vivências em terras californianas e no mundo norte-americano em geral. Os dilemas estão à vista e precisam ser reflectidos. Entre outros: onde estão as centenas de jovens
que temos a exercer a profissão de professores nos mais variados ramos do ensino primário, secundário e universitário? Onde está um espaço dedicado à reflexão comunitária, nas suas várias vertentes? Onde está um espaço para a apresentação de estudos sobre as nossas comunidades? É que quer o encontro seja feito numa universidade, numa escola, ou numa associação o rigor ciêntifico e o espaço sério para a reflexão pode ser mantido. Aliás, só esse rigor poderá cativar as novas gerações de luso-descendentes ligadas ao ensino, às várias áreas do conhecimento e das artes. A reflexão é necessária porque o congresso não pode estar circunscrito ao simples ritual de ser feito todos os anos. É que os eventos quando feitos por mera tradição perdem a inovação e a criatividade, factores fulcrais para um acontecimento desta natureza. E há que se partir do princípio congressos académicos, não podem, nem devem, ser medidos com a mesma bitola dos acontecimentos populares. Quero acreditar que com algum esforço por quem estuda as comunidades, quem as analisa e as reflecte, no contexto do aglutinador melting pot americano, com um refrescar das ideias e dos objectivos que conduziram o congresso da LAEF durante mais de três décadas, este congresso, esta convivência cultural não só terá vida, como até poderá ter o renascimento necessário para enfrentar as novas comunidades que por aí despontam. Mas acima de tudo, há que estar-se consciente
Diniz Borges
[email protected] que um dos elementos imperativos é restituir-se o elo académico, a reflexão comunitária duma forma séria e rigorosa. Noto ainda, como post-scriptum, que os jovens que assistiriam ao congresso, esses já se organizaram, e da reunião que ocorreu entre os directores dos clubes académicos nas escolas secundárias da Califórnia nasceu um site na Internet (Portugueseclubs— High School Portuguese Clubs of Califórnia—na Yahoo) para os jovens se interligarem e trocarem ideias, informações, projectos, etc.) É assim que se trabalha! Este também é o futuro dos Congressos da LAEF. É sempre agradável ir-se aos Açores, mesmo quando a viagem é em serviço. Recentemente, fui ao arquipélago por motivos do Portal Comunidades, do qual faço parte do conselho ciêntifico. Este é um portal que servirá como repositório de trabalhos feitos por vários académicos, jornalistas, crónistas, escritores, poetas, tradutores, enfim, uma amalgama de gente que estuda e se preocupa com as nossas comunidades açorianas. Os trabalhos englobam os mais variados campos do conhecimento. É que por este mundo fora existem imensos estudiosos e académicos que estudam, nas mais variadas vertentes, a nossa experiência de emigrantes e de açor-descendentes. Apesar do Portal ter apenas alguns meses de existência, já é um espaço cibernético com um número apreciável de ensiaos, crónicas e estudos sobre as nos-
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sas comunidades, incluindo vários sobre as nossas vivências nas comunidades da Califórnia. Daí que os leitores do Tribuna estão convidados a visitarem o Portal Comnidades, uma espécie de centro de conhecimento dos açorianos no mundo. Com o intuito de ser um site bilingue, poderão consultar trabalhos em português e em inglês. O Portal está localizado no comunidadesscorianas.org ou comunidadesacorianas.com, podendo ainda ser acedido pelo azoreannetwork. org. Claro que se possa questionar o porquê ou mesmo a necessidade deste Portal. Acredito que esta é um boa decisão do governo dos Açores, da Direcção Regional das Comunidades, entidade patrocinadora do Portal, porque vem criar um espaço onde se possam reunir milhares de trabalhos feitos sobre as comunidades açorianas no mundo e que andam bastante dispersos nas mais variadas publicações. Cria-se, com este Portal, um espaço onde se possam armazenar textos necessários para investigação que se queira fazer sobre as nossas comunidades. Num mundo em que a Internet é cada vez mais importante, ainda bem que se deu o primeiro passo para que os estudos, as análises, os ensaios sobre as comunidades açorianas no mundo, estejam mais perto de todos, particularmente das novas gerações, as principais utilizadoras das novas tecnologias.
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Sabores da Vida
Temas de Agropecuária
Egídio Almeida
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O futuro da agropecuária... ... e a sua necessária reorganização.
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m anos passados produtores de leite chamaram o Dr. Boeke, veterinário, e este à sua chegada com olhar intelegente e voz firme, diagnosticava que o caso desta vaca é um caso perdido e depois de uma pequena pausa declarava “eu penso que esta vaca vai morrer”. Se o Dr. Boeke tivesse dispensado qualquer tratamento a este animal muitas das vezes este teria recuperado e regressado à sua antiga produçã e como resultado muitos produtores olharam o Dr. Boeke como um trabalhador milagroso, infelizmente assim não aconteceu. Presentemente o Chairman do Federal Reserve Board, Ben Bernanke e o novo Secretário do Tesouro, Timothy Geithner, terão que praticar uma série de milagres para permitir aos produtores de leite salvaguardar qualquer qualidade de ganhos no corrente ano. Todos apresentam diferentes razões do porquê de que 2007, que ofereceu a melhor situação na agropecuária em muitos anos,
se transformou na corrente crise económica, incluindo, problemas de crédito;, altíssimos custos de energia, altos preços das rações e ainda o aumento do valor do dolar que afecta diretamente as exportações. Quando o dolar verde do Tio Sam estava perdendo valor, os produtos de lacticinios dos Estados Unidos vendiam a preços convidativos aos compradores interncionais. O dolar recuperou parte do seu valor, bem assim como os preços dos produtos do leite que continuam a subir ao mesmo tempo que problemas económicos globais destruiram o poder de compra aos mercados internacionais. Qual é o futuro, então? Uma clara realidade é que os preços de leite em geral neste primeiro trimestre de 2009 estão entre os mais baixos em algumas décadas, segundo a opinião de Ken Baily, economista de Penn State University, indicando que prejuizos vão forçar à liquidação de elevado número de vacas. Em anos passados, os produtores de leite foram capazes de admirávelmente recuperar financeiramente períodos de preços baixos e tempos difíceis, muitas vezes
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refinanciando os seus negócios e propriedades, no entanto nos nossos dias isto não é viável, devido à corrente crise financeira que estamos atravessando a nível global, enquanto as instituições bancarias estão tomando uma atitude muito mais conservadora. Segundo Bob Cropp, economista da Universidade de Wisconsin, espera-se que na segunda metade do ano, os preços terão uma ligeira subida, mesmo quando a economia domestica vai recuperar vagorosamente e as exportações de produtos do leite não mostram um futuro muito brilhante, mas não se prevê que os preços possam igualar aqueles de 2007 e princípios de 2008. Os jornais de maior tiragem no Vale de San Joaquim dedicaram recentemente uma desusada atenção aos precos da alfafa, principal alimento das vacas produtoras de leite, e a sua desusada descida de preço em relação ao ano anterior. Para falar com a máxima franqueza, a repentina e desusada subida deste produto no ano passado foi a principal razão da presente crise na agropecuária. Presentemente os preços estão mais em linha com a realidade e pode ser vantajoso para a agricul-
Quinzenalmente convidaremos uma pessoa a dar-nos a receita do seu prato favorito, com uma condição - que saibam cozinhá-lo. A nossa convidada nesta quinzena é Mary Aviz, nascida na Terceira, casada com Fernando Aviz e residente em Hilmar.
Arroz Doce 1 copo de arroz perola 1 copo de açucar 4 copos de leite 2 copos de Heavy Whipping Cream 1 colher de cha de sal 1-8 colher de cha de lemon extract 1-2 copo de manteiga Poe-se tudo numa boa panela, menos a manteiga. Mistura-se tudo muito bem. Leva-se ao lume e mexe-se sempre ate comecar a ferver. Depois de levantar fervura, baixa-se o lume, mas continua-se sempre a mexer, enquanto arroz continua a ferver baixinho. Ao cabo de meia hora deita-se a manteiga. Continua-se a mexer de vez em quando ate cozer e estar na consistencia que a pessoa quer. Tudo isto leva mais ou menos uma hora. Poe-se tudo num pirex e polvilha-se o arroz com canela Bom apetite!
tura em geral. Todas estas previsões podem estar erradas, o mercado tem sempre capacidade de mudanças rapidas, e esta industria tem demonstrado uma tremenda capaci-
dade de recuperação financeira, pois caso contrário, familias na agropecuaria podem ver o seu sonho e sacrificio de uma vida inteira desfaser-se sem possibilidades de recuperação.
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COMUNIDADE
15 de Abril de 2009
Apontamentos da Diáspora
Caetano Valadão Serpa
[email protected]
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ois acontecimentos recentes revelam como o Vaticano, quando se trata de questões morais, parece continuar à margem do drama existencial de tantos seres humanos, a milhas de distância e a séculos do presente. Refiro-me à condenação do uso de preservativos como prevenção contra a SIDA por Bento XVI, em visita à África, e a excomunhão, automática (ipso facto), dos médicos ou médicas e da mãe de uma jovem brasileira de nove anos grávida do próprio padrasto. Uma gravidez incestuosa e geminada que estava a pôr em risco de vida essa infeliz menina. Primeiro, a visita oficial do papa aos Camarões e Angola. Ainda em rota para os Camarões, na sua primeira viagem apostólica à África, o papa, mesmo antes de pôr pé em terra, faz surpreendente proclamação doutrinária desenraizada da vida como ela existe fora das muralhas do Vaticano e para além das grades de ferro dos conventos e abadias. Deixou o mundo perplexo e deu a impressão de uma incompreensível e aparente falta de sensibilidade perante o sofrimento humano de um continente inteiro. A gravidade e extensão do problema da SIDA em África, cerca de 22 milhões de pessoas afectadas pela terrível doença, equivalente a um terço de todos os casos que se conhecem actualmente no resto do mundo, não pode ser tratado com esta frieza dogmática e distanciamento académico. Uma autêntica crise que merece bastante mais
compreensão e empatia. Segundo ele o problema da SIDA não se resolve nem mitiga com preservativos. É pecado usá-los. “Não se pode resolver o problema com a distribuição de preservativos. Pelo contrário, isso aumenta o problema”- disse o papa ainda abordo do avião que o levaria à pequena nação do nordeste africano. Estaria o ele a referir-se a uma dupla pena, nesta vida por causa da doença e na outra por causa do pecado? Já o seu antecessor, João Paulo II, afirmara, em várias ocasiões, que o único meio de evitar a transmissão do perigoso vírus era a abstinência sexual. Os preservativos, também segundo ele, ainda complicam mais o problema porque dão a falsa impressão de segurança, contribuindo deste modo para uma maior transmissão da epidemia! Mas a razão subjacente a esse principio ético é que o acto sexual só é moralmente legítimo orientado para a procriação. Por outras palavras, segundo a doutrina oficial da igreja o prazer sexual como expressão de amor, mesmo entre pessoas casadas, só por si não é legitimo! Não foi a primeira vez que Bento XVI cria controversa com as suas declarações. Na sua primeira visita papal à terra natal, a Alemanha, na cátedra da sua antiga universidade, incendeia o mundo muçulmano com a citação de um obscuro imperador bizantino, ao considerar o islamismo uma religião violenta. Depois no Brasil, tenta desculpar as barbaridades do colonialismo com os benefí -
`A Margem da Realidade e da Vida
Papa Bento XVI e José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola
cios da expansão da fé. Todavia a excomunhão no caso do aborto no Recife, ainda melhor demonstra esta intransigência e rigidez dogmáticas. A excomunhão para penalizar os intervenientes da interrupção da gravidez de uma menina de nove anos: a mãe da menina e o pessoal médico que realizou a cirurgia. Esta atitude do arcebispo da diocese do Recife, inicialmente apoiada pelo Vaticano foi mais tarde repudiada por um alto dignitário da Cúria Romano ao vir criticar e discordar publicamente da decisão: “Em vez de excomungar, seria necessário e urgente salvar a vida inocente da jovem abusada e restituir-lhe a dignidade que
a igreja sabe e deve proclamar.” (Tradução livre do Osservatorio Romano) A excomunhão foi a ‘arma espiritual’ mais temida e usada pela igreja através dos tempos. Na idade média, foi o recurso mais eficaz para pôr em ordem os reis e imperadores mais renitentes ou os heréticos mais perigosos. Rei ou imperador excomungado era governante desgraçado, os subalternos ficavam libertos dos deveres feudais de submissão e obediência. Excomungar alguém era tentar expulsá-la do seio da igreja, quando todo o mundo cristão acreditava que fora da Igreja Católica não havia salvação. Assim,
uma pessoa excomungada era uma pessoa condenada. Hoje em dia, mesmo entre os católicos e nas faculdades teológicas pouca gente acredita que apenas na Igreja Católica há salvação. Apesar de tudo, a igreja continua a excomungar, séculos depois de se ter descoberto que o sol não gira à volta da terra, de se ter chegado à lua, decifrado o código genético, inventado o computador e o telemóvel, encontrado no cérebro humano milhões de células e, sobretudo, chegar à conclusão de que afinal Deus não é do sexo masculino!
Em 2008 a SATA perdeu 2,9 milhões de euros As seis empresas do Grupo SATA – SATA SGPS, SATA Air Açores, SATA Internacional, SATA Express, Azores Express e SATA Gestão de Aeródromos – obtiveram no exercício passado um resultado negativo consolidado de 2, 9 milhões de euros. Em igual período, o valor dos proveitos totais ascendeu a 252, 6 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de + 8,3% em relação ao valor dos proveitos totais registados no exercício de 2007. Os resultados operacionais do Grupo SATA foram afectados, sobremaneira, pelo aumento dos custos de combustível verificados em ambas transportadoras, em particular, na SATA Internacional. Os custos operacionais da SATA Internacional relacionados com o combustível, aumentaram, por comparação com o exercício transacto de 2007, cerca de 18 milhões de euros, o que reflecte, essencialmente, um efeito preço e não quantidade. De notar que a escalada do preço do jet-fuel ocorreu com especial acuidade no 3º trimestre – quando o preço
do jet-fuel atingiu os 147 dólares (USD) barril – o que coincidiu com o período de maior actividade de voos, por força da sazonalidade da operação, notoriamente concentrada no Verão IATA, quando a SATA Internacional apresenta maior número de voos, nomeadamente de longo curso da frota A310, mais intensivos energeticamente, portanto. De salientar, ainda, a descida tráfego registada no último trimestre de 2008, devido à conhecida deterioração da conjuntura económica. O Grupo SATA, transportou no período em causa 1,5 milhões de passageiros, menos 17 mil que em 2007, com um load-factor de 73% na SATA Internacional e de 63% na SATA Açores, indicadores semelhantes aos verificados em 2007. O valor dos subsídios recebidos pela SATA Internacional nas rotas da Rede Regular Doméstica (Lisboa – Ponta Delgada, Porto – Ponta Delgada, Funchal – Ponta Delgada, Lisboa – Santa Maria, Lisboa – Terceira, Porto – Terceira e Lisboa – Horta), em função dos passageiros residentes
e estudantes dos Açores transportados, foi de 6.821 milhões de euros, o que representa 3,3% do total da facturação da SATA Internacional ou 11 euros por lugar dos mais de 600.000 lugares oferecidos nestas rotas, em 2008. in auniao.com
COLABORAÇÃO
Agua Viva
Filomena Rocha
[email protected]
Está a ser demais! Está a ser demais! De cada vez que escutamos, vemos ou lemos as notícias de qualquer lugar do mundo, é deveras assustador, em termos de predadores sexuais. Está pior que uma epidemia. Não há cidade ou lugarejo onde não existam esses tarados. Hoje mesmo, pela primeira vez, dispus-me a fazer uma pesquisa por algumas cidades mais conhecidas e próximas, e fiquei com ar de espanto. Este assunto é mesmo sério. Só na área onde vivo, estão registados oitenta e dois predadores sexuais, e um pouco mais acima já serão oitenta e oito. Que raio se está passando pela mente dessa gente depravada, que sem medir consequências, vai fazendo vítimas, ao que parece sem um mínimo de remorso, criando o medo, a dúvida, o pânico, a desgraça e o luto no coração e nas casas de tantas famílias, concerteza traumatizadas para o resto dos seus dias. Sempre que desaparece uma criança, comunidades inteiras se movimentam no sentido de encontrá-la, e curiosamente, penso muitas vezes, se entre os que a procuram, não estará o culpado, fazendo-se passar por amigo para disfarçar a sua grande malvadez. Uma espécie de lobo com pele de cordeiro… Tudo é de crer! Com tanta tragédia, desde a própria família com abusos de toda a ordem, a pessoas estranhas, será que o castigo imposto pelos tribunais, na maioria dos casos, vem sendo justo? Duvido muito. Muitos são os que foram condenados a muitíssimos anos de prisão. E para quê? Melhor sustentar um burro a pão de ló do que manter por anos um estafermo do diabo que foi capaz de semelhante barbárie contra uma criança. A raiva que me dá, é que ainda há quem defenda estes répteis que alegam em tribunal terem sido também vítimas e que por isso agora julgam-se no direito de vingar a sua desgraça em criaturas inocentes. Isto vai até ao cúmulo da indignação. Tem de haver outro processo de punir todo e qualquer predador sexual, antes que isto se torne um ciclo vicioso. E pensar que por esta California fora e restantes estados há auto-estradas sem fim, tantos caminhos e canadas para limpar… Se é que um individuo que comete um crime de tal natureza mereça ainda o benefício de viver. Afinal, quantas mais Sandras Cantu, Polly Klas, Caylee Marie Anthony têm de morrer?. E onde está a outra menina Haleigh Cummings que há três meses não aparece, e muitas outras já desaparecidas neste ano que só há pouco começou? Onde está o direito de uma criança brincar, correr e saltar livremente? Depois deste e outros acontecimentos semelhantes, a ver se ainda haverá disposição para achar a palavra “sexy”, o símbolo de tudo o que é bom, a palavra-chave para designar os adjectivos bonito, atractivo, elegante, encantador, criativo, charmoso, e demais qualificativos que chamem a atenção dos depravados sem vergonha nem sentimentos, que para satisfazerem os seus apetites miseráveis, roubam e estrangulam a inocência, deixando lares em amargura e desespero. Para qualquer trapo que se vista, mesmo que seja numa criança, diz-se que está “sexy”. A isto, também se pode chamar “crise de palavras ou de pouca inteligência”. Já alguém pensou nisto? Quando se veste uma criança, deve dizer-se que está linda, amorosa, graciosa, preciosa, impressionante… E tantos outros adjectivos que glorificam o estímulo do ser humano desde a mais tenra idade, sem ofender desde cedo o mais recôndito da sua alma. É preciso ter cuidado com as palavras. Se para os adultos há palavras que ferem e matam, nas crianças podem deixar marcas para sempre nas suas pequenas e inocentes vidas.
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Casa dos Açores de Hilmar em Festa No dia 22 de Março de 2009, a Casa dos Açores esteve em festa. Além da apresentação publica dos seus Grupos Mar Bravo, Violas e de Matanças, tambem houve a apresentação de um livro da escritora e poetisa Maria Fernanda Simões, de Hanford. A sessão começou com as palvaras do Presidente da Casa dos Açores, José Brum, que deu as boas vindas a todos os presentes. De seguida o Secretário Vital Marcelino apresentou o orador da tarde, Manuel Eduardo Vieira, ex-Presidente e actual Conselheiro da Casa dos Açores, que apresentou o novo livro de Maria Fernanda Simões. O orador disse que era “impossivel falar deste ultimo livro “As Lavadeiras, suas lidas e maluqueiras” , sem primeiramente fazer referência ao primeiro trabalho da autora, que
se denomina “Os Meses das nossas Raízes - Crónica e Poesia”, por achar que o segundo livro é uma complementariedade do seu primeiro trabalho. Amor, união, doçura, amizade, despedida, emoção, saudade, são sentimentos descritivos e um canto de amor à terra que a viu nascer, no Lugar das Terras, Lajes do Pico, Açores.” Após a cerimonia do livro, foram apresentados publicamente os Grupos da Casa dos Açores de Hilmar Grupo Folclorico Mar Bravo, Grupo de Violas e o Grupo das Matanças. Foi entregue aos directores dos grupos uma placa de reconhecimento e agradecimento e a todos os elementos dos grupos o devido cartão de sócio. Cada grupo apresentou algumas modas, do seu vasto reportorio e no fim
e a fechar, Vital Marcelino, Antonio Azevedo, Jorge Teixeira e Joaquim Moules improvisaram cantigas do Pezinho do Bezerro, das Velhas, e mesmo uma desgarrada a desafio. Cerca de duas centenas de pessoas estiveram presentes, que deram uma prova que vale apena e que se pode fazer algo cultural de grande valor nesta Casa dos Açores de Hilmar. Foi uma optima ideia da Casa dos Açores ter junto estes dois eventos num só. Todos ganharam com isso, muito em especial a escritora, porque, como todos sabem, a apresentação de livros nas nossas comunidades não é fácil fazer. PS - desculpem a qualidade das fotografias.
Paulo Silva, Director Cultural da Casa dos Acores, Manuel Eduardo Vieira, apresentador do livro, Maria Fernanda Simoes, escritora, Jose Brum, Presidente da Casa dos Acores de Hilmar. Embaixo - Grupo de Violas da Casa dos Acores de Hilmar
1600 Colorado Avenue Turlock, CA 95382 Telefone 209-634-9069
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COMUNIDADE
15 de Abril de 2009
You and your family and friends are cordially invited to attend the IDES Supreme Youth President Testimonial and Breast Cancer Fundraiser Dinner/Dance Honoring
Christine M da Silva IDES Hayward Hall 1105 C Streer Hayward, CA
May 9, 2009 Social 6:00 pm
Dinner 7:00 pm Dance 9:00 pm
Barbeque Tri-Trip Dinner
$18.00 per person Children (6 to 12) $7.00 Childreen 5 and under free of charge
Call IDES - 510-886-5555 or email
[email protected] Profit will be donates to the Susan G. Komem for the Cure (Breast Cancer Research)
PATROCINADORES
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SATA
15 de Abril de 2009
António Gomes de Menezes, Presidente do Grupo SATA
Em termos simples explique à comunidade da Califórnia a necessidade dos aumentos das passagens Oakland/Terceira, mesmo com os preços do petróleo a descerem 73%? O objectivo estratégico da SATA na América do Norte é, como se sabe, crescer de modo sustentado. Todas as rotas entre Portugal e América do Norte estão perfeitamente liberalizadas, no âmbito do Open Skies Agreement, entre os EUA e o Canadá e a União Europeia. A SATA não recebe subsídios do Governo dos Açores nas rotas da América do Norte, pelo que tem que evitar prejuízos comerciais, sob pena de deixarmos de existir! É importantíssimo ter em mente que a SATA Internacional está proibida de receber subsídios directos do seu Accionista, o Governo dos Açores, pois tal violaria a Lei da Concorrência da União Europeia (Auxílios Estatais). De facto, a SATA Internacional apenas recebe subsídios em função dos residentes dos Açores transportados dos Açores para o Portugal Continental. É uma percentagem muito baixa, 3%! Mesmo assim, em 2008, olhando para o nosso relatório e contas concluímos que os subsídios da SATA foram de apenas 3.35% do total dos proveitos. Dito de outra forma, não obstante sermos uma empresa do Governo dos Açores, temos que ter uma performance económica positiva, para garantir a nossa existência. Assim, os preços praticados reflectem os custos da operação, tão somente. As nossas aeronaves não fazem voo directo, por limitações de “range”, o que implica paragens técnicas e pernoitas das tripulações fora da base. Estes custos são muito importantes, bem como é o combustível, claro está. Sobre este último factor, estamos a trabalhar com base nos mercados forward para o Verão 2009, altura em que voaremos. O preço do combustível hoje, no Inverno, não será necessariamente igual ao preço que pagaremos neste próximo Verão, como se constata da comparação dos preços “spot” e “forward”. O que importa realçar é que a SATA procura apenas cobrir os custos operacionais da rota! Obviamente que muito gostaríamos de praticar preços mais baixos, mas, para assegurar a sustentabilidade da operação, temos que inverter a situação deficitária do passado recente e reverter para uma trajectória sustentável, de cobertura dos custos operacionais da rota, para não tomarmos medidas mais drásticas como seria, sem dúvida, cancelar a rota. Nesta altura de crise, não acha que os preços das passagens deste ano não só vão prejudicar as comunidades americanas e canadianas, mas também os próprios Açores, que irão ver as suas receitas diminuírem em diversos níveis com a falta dos emigrantes? Temos hipersensibilidade em relação à nossa função social. É com enorme prazer que, olhando para os mais de 20 anos de presença nos EUA e no Canadá, concluímos que temos vindo sempre a crescer! Todos os anos temos mais voos e mais passageiros, com brevíssimas excepções relacionadas com conjunturas menos positivas! Assim, quem olha aos números com boa-fé e como olhos de ver tem que concluir que a SATA muito tem feito na América do Norte e que quer fazer muito mais e melhor! Este Verão teremos mais voos para a América do Norte! Cerca de 900 voos ao longo do ano! Estamos prestes a obter o estatuto de voar regular, e não charter, como ora sucede, por parte do DOT dos EUA. Nos EUA temos um modelo comercial, de distribuição, marketing e vendas, muito moderno.
Desde logo, os agentes de viagens informatizados têm acesso, em tempo real, aos lugares e às tarifas de todos os voos da SATA. Desde o dia 19 de Maio de 2008 passamos a permitir, no nosso site www. sata.pt ou no da Azores Express www. azoresexpress.com reserva, pagamentos, emissão, com pré-seating, on-line, 24/7, real time! Este projecto, de ter uma presença on-line, foi pensado, em larguíssima medida, com os EUA em mente, por força de ser um mercado geograficamente disperso, difícil de cobrir com os canais tradicionais, portanto, por um lado, e onde os hábito de e-commerce estão muito avançados, por outro. Actualmente promovemos, também, a venda de hotéis e rent-a-car online. Denominamos este projecto, de estar online, de Click To Fly, pois para viajar com a SATA basta um Click! Claro está que os Agentes de Viagens continuam a ser a grande força de vendas da SATA e assim esperamos que continue a ser. Investimos, como nenhuma outra Companhia o faz nos EUA, diga-se em abono da verdade, em Comissões de Vendas para os Agentes de Viagens estarem com a SATA. Estamos, pois, a modernizar muito a nossa presença comercial nos EUA! Pagamos ao Google para sermos visíveis na Web, estamos nos portais como o Travelocity, Orbitz, Expedia, enfim, os mais conhecidos, sem dúvida! Pagamos também muito dinheiro em publicidade nos meios tradicionais e apoiamos muitas fam trips aos Açores. Tudo isto para quê? Para que seja cada vez mais fácil viajar com a SATA! Se Deus quiser, melhoraremos ainda mais, inclusive, no que respeita ao preço das passagens. Todavia, não podem subsistir dúvidas que a SATA tem procurado oferecer mais voos! Basta olhar ao nosso programa de voos para este Verão, de 2009! Quase todos os anos se ouve dizer que a SATA não está interessada nesta rota? Qual é a sua opinião? A SATA sente que a América do Norte é, simplesmente, de importância estratégica vital para o seu crescimento. Temos uma vocação Atlântica e queremos cada vez mais ser a Companhia Número 1 nos voos entre Portugal e a América do Norte. Neste sentido, o mercado da Califórnia é interessantíssimo. Sentimos, porém, que há que melhorar vários aspectos. Desde logo, gostaríamos de ter uma aeronave que pudesse fazer o voo non-stop. Isto, a acontecer, terá que esperar pela substituição do A310, o que está, como é
sabido, em estudo. Em segundo lugar, temos feito muito lobby para que as entidades governamentais portuguesas invistam mais na promoção dos destinos turísticos portugueses nos EUA! Não temos dúvida alguma que o investimento na promoção de destinos tão interessantes como os Açores será um investimento de elevadíssimo retorno! Porém, este esforço de promoção deverá existir, na nossa óptica, numa lógica de concertação entre públicos e privados. Quais são os objectivos da SATA a médio e longo prazo em relação a Califórnia? O nosso grande objectivo é aumentar a notoriedade dos destinos SATA para incrementar o fluxo de passageiros e voos. Muito gostaríamos de ter uma operação
Califórnia que será tornada pública já no próximo dia 01 de Maio e que será, sem dúvida, um importante testemunho material do nosso empenho e compromisso em servir o grande mercado da Califórnia. Será sonhar demasiado alto em ter um voo o ano inteiro, perguntarão alguns? O que nós sentimos é que os destinos da SATA em Portugal, com destaque natural e evidente para os Açores, merecem todos os esforços neste sentido! Para quando os voos directos entre Oakland e Terceira? É uma boa pergunta. Como disse, há a questão técnica do “range” das aeronaves. Cada aeronave tem um número de milhas que pode voar non-stop. A nossa maior aeronave, o Airbus A310-300 não tem esta capacidade técnica. Veremos quais as ca-
“O que importa realçar é que a SATA procura apenas cobrir os custos operacionais da rota! Obviamente que muito gostaríamos de praticar preços mais baixos, mas, para assegurar a sustentabilidade da operação, temos que inverter a situação deficitária do passado recente e reverter para uma trajectória sustentável, de cobertura dos custos operacionais da rota, para não tomarmos medidas mais drásticas como seria, sem dúvida, cancelar a rota.” menos sazonal, com mais voos durante todo o ano... Sentimos que para tal temos que aumentar a notoriedade do destino e promover não só o mercado da saudade, o nosso mercado mais querido, mas também o mercado de lazer, dos Americanos que nunca foram a Portugal. Daí a nossa estratégia comercial on-line. Posso também adiantar que, com a recente luz verde para passar para o formato regular, procuramos construir os code-shares com Companhias Americanas para que seja mais económico e fácil chegar aos Açores vindos da Califórnia via SATA Internacional via Boston. Temos em carteira várias parcerias estratégicas para a Califórnia. Posso adiantar que decorrem “as we speak” trabalhos técnicos conducentes a uma parceria que poderá ser uma grande alavanca comercial na nossa presença na
racterísticas técnicas do seu sucessor. Já agora uma sugestão: se há pessoa que merece que o seu nome venha escrito num avião da SATA, essa pessoa chama-se Bernie Ferreira. No vosso próximo avião seria capaz de fazer isso? Por tradição, o Senhor Presidente do Governo dos Açores é quem sugere o nome dos Aviões. Os actuais nomes estão muito ligados aos nomes das Ilhas e questões políticas afins. Contudo, há que convir que é uma linda sugestão e não a deixaremos de sugerir ao Senhor Presidente.
SATA
Quem é António Gomes de Menezes? António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes Local de Nascimento | Freguesia de São José, Ponta Delgada. Data de Nascimento | 04 de Dezembro de 1972 Estado Civil | Casado; 2 filhos Habilitações: Ph.D em Economics pelo Boston College, Chestnut Hill, Massachusetts, EUA em 2000, tendo o grau sido reconhecido pela Universidade dos Açores como equivalente ao Grau de Doutor a 27 de Dezembro 2007. Master of Sciences em Economics pelo Boston Colllege, Chestnut Hill, Massachusetts, EUA, em 1997. Pós-Graduação Programa Avançado de Gestão para Executivos ( PAGE ) pela Universidade Católica Portuguesa em 1995. Programa Erasmus, Universidade de Gotemburgo, Suécia, em 1994 Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa em 1994. Situação Profissional: Presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA, desde 1 de Novembro 2007. Professor Auxiliar da Universidade dos Açores,
desde Janeiro de 2000. Percurso Profissional: Desempenhou funções de investigador e assistente nas Universidades de Boston e Harvard possuindo vasta obra editada nas áreas da macroeconomia, emprego, transportes aéreos e produtividade. Em termos empresariais, é desde 2006 , vogal não executivo do Conselho de Administração da Agência para a Promoção do Investimento dos Açores ( APIA ) e da Asta – Atlântica, Sociedade de Turismo e Animação. Foi, também, gerente da firma Eng. Luis Gomes, SA, de 2001 a 2003, e Consultor de Empresas, pela Multiconsult e Norma Açores, bem como analista Técnico da Electricidade dos Açores (EDA). Actividade de Gestão: Orientador Cientifico – Investigador Responsável do Centro de Estudos em Economia Aplicada do Atlântico – Pólo Açores (Centro de Investigação Acreditado pela FCT) Director do Curso de Economia ( de Janeiro de 2001 a Fevereiro de 2007 ) Coordenador da área de Métodos Quantitativos do Departamento de Economia e Gestão Membro do Conselho Pedagógico
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`Acerca do Grupo
SATA
A diferença está no ar com o Grupo SATA, que se distingue por continuar a trazer o mundo às ilhas do Atlântico e por colocar em tudo o que faz o seu know-how aeronáutico e boa parte da sua alma açoriana. O Grupo de empresas SATA não tem cessado de crescer ao longo dos últimos anos. A frota do Grupo SATA divide-se pelas suas duas companhias de transporte aéreo. Á SATA Air Açores pertencem os equipamentos ATP (64 lugares) e Dornier (18 lugares), por seu turno, a SATA Internacional voa com A310-300 com 222 lugares e A320200 com 165 lugares. A SATA Internacional opera 7 rotas entre a Região Autónoma dos Açores o Continente e a Região Autónoma da Madeira. À saída dos Açores, voa para as cidades Europeias: Madrid, Londres, Manchester, Amesterdão, Dublin, Frankfurt, Viena e Paris. Opera, ainda, várias ligações entre Portugal e a América do Norte, nomeadamente, entre Ponta Delgada, Terceira, Lisboa, Porto e Faro, de um lado, e Providence, Boston, Toronto, Montreal e Oakland, de outro. Á saída do Funchal voa para diversas cidades Europeias, como, entre outras, Madrid, Dublin, Paris, Nantes (entre outras cidades da Província Francesa), Jersey e variados destinos Ingleses. A partir de Lisboa, a SATA Internacional desenvolve uma vasta operação Atlântica vocacionada para o lazer/charter, voando para pontos como Porto Seguro, Salvador e Natal, no Brasil, Punta Cana, Santo Domingo, Samaná, nas Caraíbas, Sal e Boavista, em Cabo Verde, Agadir, no Norte de África, para além de um significativo número de pontos operados em charters ad-hoc. Por sua vez, a companhia aérea SATA Air Açores voa entre as nove ilhas do Arquipélago dos Açores, entre as Ilhas do Arquipélago da Madeira e efectua ainda voos regulares entre os Arquipélagos da Madeira e Canárias. Efectuou, em 2007, mais de 14 mil ligações aéreas.
História da SATA Um grupo de cinco açorianos notáveis (entre os quais Augusto Rebelo Arruda) tomou a iniciativa de lançar os fundamentos da empresa SATA Air Açores ao fundar, em 21 de Agosto de 1941, a Sociedade Açoriana de Estudos Aéreos, Limitada. Passados seis anos, em 1947, foi alterada a sua designação para Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, Limitada. A 15 de Junho, a SATA iniciou os voos com um avião Beechcraft (CS-TAA). Baptizado de “Açor”, transportava 7 passageiros e 2 membros de tripulação, fazendo as ligações aéreas entre as ilhas de São Miguel (na pista de Santana, até 1969), de Santa Maria e da Terceira (na pista da Achada, Lajes). Em 1969, o Aeroporto de Nordela (hoje, Aeroporto João Paulo II), próximo da cidade de Ponta Delgada, foi inaugurado e aberto ao tráfego civil. Serve ainda de Base Operacional da SATA. Dois anos depois, a TAP Portugal passou a realizar voos regulares entre Lisboa e Ponta Delgada. Em 24 de Agosto de 1971, é inaugurado o Aeroporto da Horta, e em 1972, é inaugurado o Aeroporto das Flores. Em 1972, é decidida a compra dos aviãos AVRO HS 748 com capacidade para 48 lugares, que voam nos Açores desde 1969. Entre 1981 a 1983, são construídos aeroportos nas restantes ilhas do arquipélago pelo Governo Regional. Em 1976, a Força Aérea Portuguesa cede à SATA 2 aviões DC-6 e é proposta a regionalização da empresa à Assembleia da República. Em resultado da greve dos pilotos da TAP Air Portugal, o que obriga a fazer voos directos para Lisboa com os aviões DC-6, chegando até mesmo a fretar um Boeing 707, para descongestionar o tráfego acumulado nos Açores. A 14 de Abril de 1977, atingiu-se a marca de 1 milhão de passageiros transportados.
SATA Empresa Pública Inicialmente foi constituída como empresa privada, mas o estatuto da empresa SATA evoluiria em 17 de Outubro de 1980, para
uma empresa pública sob tutela do Governo Regional dos Açores passando a designar-se Serviço Açoriano de Transportes Aéreos, Empresa Pública, embora mantendo a sigla de sempre - SATA. Foi comprada ao Grupo Bensaúde, ficando 50% das acções pertencer ao Governo Regional dos Açores, e as restantes, à TAP Air Portugal, EP. Em 1980, adere à Associação Europeia de Companhias Aéreas Regionais (sigla ERA) e à Associação Internacional de Transportes Aéreos (sigla IATA). Em 1986, Dr. Mota Amaral, então Presidente do Governo Regional dos Açores, sugere a adopção da designação “SATA Air Açores”. Desde 1985, tem início os voos charters para a América do Norte. A Azores Express, empresa do Grupo SATA, efectua voos charter dos Açores para os EUA. A SATA Express, empresa do Grupo SATA, efectua voos charter entre os Açores e o
Canadá. Em 1988, a SATA muda de cores e edita a revista de bordo bilíngue Paralelo 38, actualmente Espírito Açoriano/Azorean Spirit. Entre 1989-1990, os aviões Avro são gradualmente substituidos pelos aviões da British Aerospace tipo ATP. O primeiro avião de nome “Santa Maria” entra ao serviço em 1989, o segundo avião de nome “Flores”, em 1990, e o terceiro avião de nome “Graciosa”, em 1991. Em 1991, o pequeno avião Dornier 228-212 inicia as ligações aéreas para a Ilha do Corvo, substituindo o avião Aviocar C212 da FAP (Força Aérea Portuguesa). Em 1994, na celebração do 50.º aniversário da Organização Internacional Aviação Civil (sigla ICAO), decidiu atribuir uma medalha de honra a uma entidade ou individualidade que, em cada Estado Membro, tivesse dado um relevante contributo ao desenvolvimento da aviação civil. Em
Portugal, essa medalha foi atribuída à SATA Air Açores.
Frota do Grupo SATA Em 2007, a frota de aviões do Grupo SATA era formada por: 3 Airbus Industrie 320/200 4 Airbus Industrie 310/300 5 British Aerospace ATP 1 Dornier 228-212 in wikipedia.com
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COMUNIDADE
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O futuro das Conferências está no “networking” Que melhor começo para a XXXIII Conferência da Luso American Education Foundation do que a homenagem prestada a três distintos professores Antonio Borba, Henry Escobar e Isabel Cabral-Johnson. Que melhor começo para esta conferência do que ouvir a juventude de Tulare a ler poesia e a cantar as nossas bonitas canções de antanho. Que melhor começo para esta conferência do que vermos o maior numero de professores juntos a trabalhar e a partilhar experiências didácticas. Que melhor começo do que ouvir jovens a partilhar o sentimento de comunidade e a necessidade de mudanças urgentes. Foi pena que, muitos daqueles que se arvoram em líderes comunitarios e que gostam de ter titulos por pertencerem a organismos com responsabilidades não tenham comparecido a esta Conferencia e a muitas outras. É necessário e urgente que um tsunami varra a nossa comunidade e tal como a crise financeira de agora, nos torne melhores, com futuro e com apetências de sempre fazer melhor. Escolhemos o workshop dos professores para melhor compreender os seus anseios. Nunca tínhamos visto tantos professores de português juntos, o que satisfaz qualquer um, muito em especial aqueles, nós incluido, que sempre pensámos que havia qualquer coisa errada para os professores não se junta- Elmano Costa, Jose Luis da Silva, Henry Escobar, Isabel Cabral-Johnson, Antonio Borba, Cristina Sousa e Manuel Bettencourt. rem, quando têm objectivos comuns. Talvez seja um Henry M Escobar, nasceu no Faial e Tirou a Licenciatura na California State California. primeiro passo para a reconciliação dos professores emigrou para a America aos 9 anos de Universty, Stanislaus e recebeu o Mes- O seu currículo, tal como o dos seus e o entendimento que eles devem ter da importan- idade. Tirou a sua licenciatura em 1972 trado do Chapman’s University. colegas, é vastíssimo e depois de se recia da sua acção na nossa comunidade. na California State University, Stanis- É presentemente Superintendente do formar da Superintendência do Distrito Na outra sala, discutia-se o papel da comunidade no laus e Mestrado no Chapman College, Distrito Escolar de Hilmar. Escolar de Salida, voltou, a convite, à sistema cívico e comunitário americano, a juventu- Orange, California. Actualmente é Su- Antonio Borba, nasceu em São Jorge e Universidade como Associate Professor de e as organizações portuguesas. perintendente do Distrito Escolar de veio para a California aos 17 anos. in the Departmenet of Advances StuO que nós gostaríamos de ver era os jovens falarem Livingston. Fez a sua licenciatura na California Sta- dies in Education, na California State para os jovens e não para uma assistência de pais e Isabel Cabral-Johnson nasceu na Ter- te University, Stanislaus, Mestrado na University, Stanislaus. avós deles. O futuro faz-se com eles, não connosco. ceira, viveu em São Jorge antes de vir School Administration e doutorou-se Parabéns aos três distintos professores. Esta deve ser a lição a tirar desta conferência. para a California aos 7 anos. em Educação na University of Pacific, Serão sempre exemplos para muitos. Depois do almoco ainda houve apresentações de diversos livros: O Pijama, de Higina da Guia; As Lavadeira, suas lidas, de Maria Fernanda Simões; Azores, Nine islands, One History, de Susana Goulart; Politician of Portuguese Descent in California, de Alvin Graves (ainda não publicado); Portuguese Women of California, de Cristina Avila; O Cantico do Silencio, de José Luis da Silva; Capelinhos, a Volcano of Sinergies, por Tony Goulart. Nesta conferência também se discutiu os projectos dos Clubes Portugueses nos Liceus americanos. Em termos de organização só temos que aplaudir. O pior é o resto - a malta que faz falta. De salientar a ausência de qualquer representação do Consulado Português de San Francisco nos dois dias da Conferência. Estranho, não é? Ou não? Esta malta jovem de Tulare agitou a noite primeira da Conferência com boa musica e disposição
Tulare sempre presente, agora em poesia. Foi só pena que para a malta mais velha, e como diria o nosso amigo Conselheiro, a nossa poesia lida em Inglês não sabe tanto a português. Embaixo - estes encontros de professores que houve na Conferência, não devem ser feitos anualmente. Seria bom haver mais, com mais partilhas de ideias. Todos ganhariam.
Mesmo com pouca gente, tudo o que se ouve, discute e partilhe é importante, só que a idade dos participantes tem de ser diferente. É preciso mais “networking”. Embaixo - mais uma homenagem aos jovens, poucos, mas muito bons.
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Festa de Santo Antão Stevinson 18, 19 e 20 de Abril de 2009
Presidente Germano e Jacinta Soares
Sábado, 18 de Abril 2009 11 am Formação do Pézinho. Acompanhando os seguintes cantadores - Manuel dos Santos, de Artesia, Adelino Toledo, de Hilmar, José Ribeiro, de Modesto e António Azevedo, de Hilmar. Tocadores - Pedro Reis, de Turlock e Dimas Toledo, de Turlock. A seguir ao Pézinho haverá o leilão dos animais oferecidos. Será servido caçoilha a todos os presentes na festa. 8 pm - 12 am Dança com Alcides Machado
Domingo, 19 de Abril de 2009 11 am Formação da Procissão do Salão para a Igreja de Santa Maria de Stevinson, com a Imagem de Santo Antão, acompanhada pela Filarmónica Lira Açoriana. 11:30 am
Missa celebrada pelo Padre Domingos Machado. Terminada a Eucaristia terá lugar a Procissão até ao Salão, onde serão servidas as tradicionais Sopas e Carne. Durante a tarde haverá leilão das Ofertas
8 pm - 12 am Dança com Alcides Machado e Emily.
Segunda-feira, 20 de Abril de 2009 5 pm Abertura dos portões da Praça de Stevinson 8 pm Corrida de Toiros com o cartel abaixo mencionado
1ª Corrida de Toiros da Temporada Toiros de Manuel do Carmo (3) e Manuel da Costa Jr. (3) Cavaleiro
Sário Cabral Matadores
Fernando Ochoa José Luis Angelino Forcados Amadores de Turlock Banda de Livinsgton Admissão - $20.00 “O objectivo desta Festa é construir um LAR PARA A TERCEIRA IDADE e continuar a oferecer BOLSAS DE ESTUDO para estudantes de Ciências Animais, além de apoiar a Paróquia do Santo Rosário e Santa Maria, conforme as suas carências”
PATROCINADORES
LUSO AMERICAN LIFE FRATERNAL ACTIVITIES OF THE SOCIETY Luso American Fraternal Federation Sociedade Portuguesa Rainha Santa Isabel APRIL
2009
Date
Time
S a t u r d a y , 6:30 pm 25th Cocktails 7:00 Dinner
LAFF Council City 23B-45C
Location
Tracy I.P.F.E.S. Hall P r e s i d e n t s 430 W 9th Street Visit Tracy
MAY Saturday, 2nd 7:00 pm 9:30 pm
Friday, 15th
7:00 pm 9:30 pm
All Luso Idaho Magic Valley members P r e s i d e n t s Portuguese Hall are invited Visit 625 E Ave F Wendell, Idaho All Luso F r e m o n t members Union City are invited P r e s i d e n t s Visit
SDES Hall 30846 Watkins St, Union City, CA
S a t u r d a y , 6:00 pm 16th 7:00 pm
All Luso San Pablo Mapple Hall members P r e s i d e n t s 1 Alvarado Squaare invited Visit re, San Pablo
Sunday, 17th
12:00 pm 4:00 pm
Friday, 22nd
6:30 pm 9:30 pm
All Luso members are invited 20-30’s Testimonial All Luso members are invited
APRIL
M o d e s t o / MRPS Hall Manteca 133 N Grant St P r e s i d e n t s Manteca, CA Visit
Chino Chino DES Hall P r e s i d e n t s 5216 Riverside Visit Drive, Chino
SPRSI
S a t u r d a y , 5:00 pm 18th No Host Sunday, 19th Cocktail 12:00pm
20-30’s Associate President Liz Alves, State President Liz Rodrigues, State Youth President Gary Resendes Contact LAFF 925-828-4884
114 122 130 140
Selma
SPAA Hall P r e s i d e n t s 1245 Nebraska Ave, Selma Visit
Erika CarCost: $20.00 per doza person 559-307-7033
SPRSI Presidents: Constance Brazil, Tisha Cardoza, Brianne Mattos
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Festa de Nossa Senhora de Fatima de Oakdale 13-19 de Abril de 2009 Presidente: Joe e Maria Rodrigues Vice-Presidentes: Duarte & Mary Bento Secretario: Mario Rodrigues Tesoureiro: Joe Parreira Segunda-feira, 13 de Abril a Quarta-feira, 15 7:00 pm - Terço 7:30 pm - Missa em Português Quinta e Sexta-feiras 16, 17 de Abril 6:00 pm - Confissões em Português 7:00 pm - Terço 7:30 pm - Missa em Português Sabado, 18 de Abril 7:00 pm - Missa em Português, seguida da Procissão de Velas Domingo, 19 de Abril 10:30 am - Missa em Português, seguida de Procissão. Depois será servido almoço a todos os presentes. Durante a tarde haverá leilão. Agradecemos as vossas ofertas para o leilão e também a vossa presença. O servico religioso estará a cargo de Fr. Luis Dutra, Pároco de Castelo Branco, Faial, Açores e Monsenhor Aloys Conrad Gruber
St. Mary’s Church C/O Pontiac & Oak Avenues, Oakdale, CA
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TAUROMAQUIA
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Quarto Tércio
A Sorte de Varas discutida na Terceira A jornada de promoção da importância da Sorte de Varas atingiu os objectivos propostos e desejados pela organização da Tertúlia Tauromáquica Terceirense: a Tenta Comentada na Praça de Toiros Ilha Terceira contou com a presença de duas ou três centenas de aficionados e, à noite, o Auditório da Universidade dos Açores/Pólo da Terceira ficou a “rebentar pelas costuras”, tal a afluência de interessados nas palavras, afirmações e explicações ali transmitidas pelo saber e experiência de António Castañares, escritor e jornalista, João Folque de Mendonça, ganadeiro/criador de toiros, Rafael Trancas, picador, e Gomez Escorial, matador de toiros. Arlindo Teles, presidente da TTT, situou neste tempo de contestação à Festa dos Toiros a necessidade da iniciativa para uma cabal percepção e defesa do que verdadeiramente está em causa com a mais que provável legalização da Sorte de Varas pelo parlamento dos Açores, abrindo a conferência que prendeu até depois da meia noite as atenções duma plateia ávida de argumentos para cimentar, se tal era preciso, a convicção de que a Festa na Região apenas será grande se puder, efectivamente e à luz da lei e do direito, dispor do instrumento “medidor” da justeza da selecção nas explorações de criação de bravo e, nas praças, revelador da autêntica casta, bravura e qualidade do toiro num ritual o toureio - que se exige de profundidade e entrega, de parte a parte. António Castañares recuou no tempo para a perspectiva histórica da Sorte de Varas e a natural evolução do tércio ao longo dos últimos quatro séculos. Passo a passo, até chegar ao que hoje é a sorte de picar, o escritor espanhol deixou claro que apenas com as varas se atinge o “toreo de cante grande”, afinal o que milhões de aficionados nas praças de todo o mundo procuram e esperam de cada vez que ocupam os lugares nos tendidos. Na sequência lógica do pensamento e convicções expressas por Castañares, Gomez Escorial, matador de toiros, afiançou que a Sorte de Varas é, afinal, a essência do toureio. Toda a faena é baseada no acerto dos puyazos concretizados pelo picador. Se porventura o tércio não cumpre, a faena não passará dum sacar de passes, com maior ou menor técnica, com maior ou menor ilusão de beleza e espectáculo, perante um animal que pouco ou nada transmite e exige do toureiro e, logo, não aquece a alma do aficionado, nem entusiasma o espectador. Rafael Trancas “saiu à praça” para falar do quão difícil é a arte de picar toiros, função onde há que dominar, simultaneamente, o cavalo, o toiro e a vara. Para o mais requisitado picador português, a selecção do Bravo não faz sentido, nem possui real valia, sem a sorte de picar. A selecção passa pelo uso das varas. O exemplo - disse - está no que de importante se produz com tal prática na Herdade de Adema, na selecção dos famosos e lendários “Palha”, da responsabilidade de João Folque de Mendonça. Antes de “chegar à corrida”, Rafael Trancas apontou a incongruência da inexistência do primeiro tércio no espectáculo em Portugal na medida em que, para seleccionar com autenticidade, é utilizada a vara de picar. O picador deixou no ar a questão de saber onde está a lógica de não picar os toiros se se picam as garraias...
que a função é bem complexa pois há que dominar, ao mesmo tempo, o cavalo, o toiro e a vara. Foi com autêntica paixão que João Folque de Mendonça, ganadeiro/criador de toiros, defendeu o uso e a prática da Sorte de Varas, tanto na criação e selecção de Bravo no interior das ganadarias, como nas praças de toiros. O responsável da Adema e do ferro “Palha”, para quem a corrida é muito mais que festa e espectáculo, não tem dúvidas de que apenas a sorte de picar pode revelar em toda a verdade e autenticidade o ritual em que o toiro mostra a casta, a bravura e a qualidade na procura da investida (luta) contra a muleta. Muito ao contrário do que possa ser interpretado como forma de “facilitar” a tarefa do toureiro/matador, a Sorte de Varas desperta o toiro, torna-o mais atento, mais acutilante e perigoso, e, como tal, sublima o ritual, valoriza o espectáculo, emociona o aficionado, no fundo, torna verdadeiro e autêntico o binómio vida/morte, encarado de frente, sem falsos pudores ou morais duvidosas. A vasta assembleia no Auditório da Universidade dos Açores não se limitou a ouvir falar os mestres. Interveio como se impunha, colocou questões, dúvidas, pediu esclarecimentos sobre um ou outro pormenor, deixando a garantia, e outra situação não seria de esperar, de que a reposição da Sorte de Varas é desejada e com celeridade. Nesse sentido manifestaram-se também vários deputados açorianos presentes na conferência. De todos os que usaram da palavra sobressaiu a promessa de que, à semelhança do que já haviam feito em 2003, contribuirão com trabalho e voto para a reposição da Sorte de Varas. Para que se aperceba a noção da importância e abrangência das intervenções dos deputados presentes na plateia do Auditório da Universidade dos Açores/Pólo da Terceira, havia-os de ilhas tão distantes como Santa Maria e Corvo.
... apenas a sorte de picar pode revelar em toda a verdade e autenticidade o ritual em que o toiro mostra a casta, a bravura e a qualidade na procura da investida (luta) contra a muleta.
João Folque de Mendonça
... a corrida é muito mais que festa e espectáculo... Já “montado e pronto para exercer a função”, Rafael Trancas explicou como e onde devem ser os toiros picados para que possam ser atingidos os verdadeiros objectivos da Sorte de Varas. Com propriedade, Trancas revelou que o toiro deve ser picado dois dedos atrás do morrilho, adiantando desde logo que “ só há orelhas se o picador fizer bem o seu trabalho” . Quanto às vozes daqueles que afirmam que o trabalho do picador é fácil, Rafael Trancas expressou a certeza de
Mário Aguiar Rodrigues in aunião.com NOTA - um agradecimento ao nosso amigo e aficionado Mario Rodrigues, da Terceira, que ao escrever este artigo nem sabia que o mesmo iria ser apreciado nestas banda do Pacifico onde de vez em quando ainda se brinca (e bem) aos toiros. Claro que nunca teremos sorte de varas na California, a não ser nas tentas, e é por isso que a selecção das nossas vacas tem de ser muito criteriosa para podermos ter materia prima boa. A California já teve a oportunidade de ouvir o grande ganadero João Folque de Mendonca, que também esteve na Terceira, numa Noite Tauromáquica, realizada em Turlock. Os aficionados da Terceira devem estar satisfeitos pelo sucesso da Conferencia. Assim se faz festa brava. Parabéns. jose avila
José Ávila
[email protected]
Tiro o meu chapéu ao real-
izador do documentario sobre a vida do matador de toiros El Fandi. Vale a pena comprar ou arrendar o DVD, para percebermos ainda melhor, o que é a vida de um matador aos 21 anos, que para ser alguém no mundo dos toiros, os sacrificios que são necessários fazer.
As tentas já mexem por todos os lados do nosso
Vale de San Joaquin. Que pena que tenho não ter o dom da ubiquidade, isto é, poder estar presente em todos elas ao mesmo tempo.
Tiro o meu chapéu aos organizadores
da Conferencia sobre a Sorte de Varas realizada na Terceira. Se não forem os aficionados a pugnarem pelos seus direitos, não serão os políticos que farão alguma coisa a favor da Festa. A maioria deles nem são aficionados. E se alguns vão apoiar a ideia é só porque tem medo de perder o seu lugar na Assembleia. Os politicos (muitos) são piores que os toiros. Os toiros investem nobremente para se defender, os políticos apoiam porque tem medo de perder o tacho. O que eles sabem, a mim já me esqueceu.
Agora com a crise em Portugal a apertar, vocês nem fazem ideia dos telefonemas que se recebem na California de artistas a oferecerem-se para tourear nas nossas praças. Mesmo com o dólar fraco e a crise a latejar, somos sempre uma grande nação, uma grande força de trabalho e uma grande aficion. Dólar é dólar, o resto são....cantigas. Dias melhores virão. A primeira pega de um futuro forcado - um dia tem de ser, nem que seja a um carneiro
como se fazia na Graciosa. Chama-se Justin Martins.
PATROCINADORES
Maio
VISITAS OFICIAIS PARA O MÊS DE ABRIL April 17, 2009 – 6:30 PM Official Visit, Co. #15, San Francisco. Tel: 415-731-3002 Aril 18, 2009 – 7:00 PM Official Visit, Co #1, San Leandro. Tel: 510-814-0697 April 19, 2009 – 12:30 PM Official Visit, Co #24, Tel: 209-477-6441
Stockton.
April 25 Saturday Official Visit, Co #37 Tel: 831-758-9709
Monterrey
15 de Maio : 6:00PM – Official Visit, Co. # 99 (with Co. #68) Gustine Tel: (209) 854-6604 6.:00PM – Official Visit, Co. #68 (with Co. #99) Newman Tel: (209) 862-2405
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ARTES & LETRAS
Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo
Sophia Andresen 25 de Abril Esta é palavra que aguardava trinta anos volvidos e mais três é a madrugada continuada, hoje e sempre e outra vez, em que nós livres nos revemos, na primordial razão d’Abril amanhecer.
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ao pé do mar duma garganta magoada no cantar. Eu sou a festa inacabada quase ausente eu sou a briga a luta antiga renovada ainda urgente. Eu sou português aqui o português sem mestre mas com jeito. Eu sou português aqui e trago o mês de Abril a voar dentro do peito.
Mel de Carvalho
Eu Sou Português Aqui Eu sou português aqui em terra e fome talhado feito de barro e carvão rasgado pelo vento norte amante certo da morte no silêncio da agressão. Eu sou português aqui mas nascido deste lado do lado de cá da vida do lado do sofrimento da miséria repetida do pé descalço do vento. Nasci deste lado da cidade nesta margem no meio da tempestade durante o reino do medo. Sempre a apostar na viagem quando os frutos amargavam e o luar sabia a azedo. Eu sou português aqui no teatro mentiroso mas afinal verdadeiro na finta fácil no gozo no sorriso doloroso no gingar dum marinheiro. Nasci deste lado da ternura do coração esfarrapado eu sou filho da aventura da anedota do acaso campeão do improviso, trago as mão sujas do sangue que empapa a terra que piso. Eu sou português aqui na brilhantina em que embrulho, do alto da minha esquina a conversa e a borrasca eu sou filho do sarilho do gesto desmesurado nos cordéis do desenrasca. Nasci aqui no mês de Abril quando esqueci toda a saudade e comecei a inventar em cada gesto a liberdade. Nasci aqui
25 DE ABRIL Depois de retiradas as mordaças, Sorrisos se abriram, iluminados, Por não sentirem mais as ameaças, Dos anos que viveram flagelados. Todo cano de qualquer espingarda, Por cravo vermelho fora adornado E a revolução desencadeada Enterrou a repressão no passado. Nas ruas, um mar de gente feliz Cantava pelos cantos da cidade... Juntavam-se às tropas, os civis, Num grito de vitória e liberdade.
José Fanha
Abril de Abril Era um Abril de amigo Abril de trigo Abril de trevo e trégua e vinho e húmus Abril de novos ritmos novos rumos. Era um Abril comigo Abril contigo ainda só ardor e sem ardil Abril sem adjectivo Abril de Abril. Era um Abril na praça Abril de massas era um Abril na rua Abril a rodos Abril de sol que nasce para todos. Abril de vinho e sonho em nossas taças era um Abril de clava Abril em acto em mil novecentos e setenta e quatro. Era um Abril viril Abril tão bravo Abril de boca a abrir-se Abril palavra esse Abril em que Abril se libertava. Era um Abril de clava Abril de cravo Abril de mão na mão e sem fantasmas esse Abril em que Abril floriu nas armas.
Manuel Alegre
Liberdade Viemos com o peso do passado e da semente esperar tantos anos torna tudo mais urgente e a sede de uma espera só se ataca na torrente e a sede de uma espera só se ataca na torrente Vivemos tantos anos a falar pela calada só se pode querer tudo quanto não se teve nada só se quer a vida cheia quem teve vida parada só se quer a vida cheia quem teve vida parada Só há liberdade a sério quando houver a paz o pão habitação saúde educação só há liberdade a sério quando houver liberdade de mudar e decidir quando pertencer ao povo o que o povo produzir.
Sérgio Godinho
Apenas Duas Palavras
Pelas partes da Baixa e do Terreiro Marcharam, com esperança no futuro, Deixando para trás o lamaceiro Da história, daquele tempo obscuro. Muita gente alegremente acenava, Saudando aquele povo varonil Que por uma Pátria livre marchava, Na luta do vinte e cinco de abril.
Lenya Terra
A Rapariga do País de Abril Habito o sol dentro de ti descubro a terra aprendo o mar rio acima rio abaixo vou remando por esse Tejo aberto no teu corpo. E sou metade camponês metade marinheiro apascento meus sonhos iço as velas sobre o teu corpo que de certo modo é um país marítimo com árvores no meio. Tu és meu vinho. Tu és meu pão. Guitarra e fruta. Melodia. A mesma melodia destas noites enlouquecidas pela brisa no País de Abril. E eu procurava-te nas pontes da tristeza cantava adivinhando-te cantava quando o País de Abril se vestia de ti e eu perguntava atónito quem eras. Por ti cheguei ao longe aqui tão perto e vi um chão puro: algarves de ternura. Quando vieste tudo ficou certo e achei achando-te o País de Abril.
Manuel Alegre
Afinal o que foi o 25 de Abril? O que aconteceu de tão importante nessa data? Eu vou explicar: Antes do dia 25 de Abril de 1974, o nosso país vivia mergulhado na tristeza e no medo. Durante mais de 40 anos, quem governou Portugal até esse dia foi Salazar e, logo a seguir, Marcelo Caetano. Não havia democracia, não se realizavam eleições livres e ficavam sempre os mesmos a mandar. As pessoas não tinham liberdade para dizer o que pensavam sobre o governo. Havia a PIDE, uma polícia política que vigiava, prendia e torturava quem tivesse ideias contrárias às do governo.
Diniz Borges
[email protected]
O
nosso amigo Diniz Borges foi às Ilhas e eu aproveitei para lhe roubar este espaço cultural do nosso jornal e se mais espaço houvesse mais poesia eu teria escolhido para comemorar os 35 anos da mudança de um país adormecido durante 48 anos. O meu 25 de Abril começou meses antes. Estava a estudar na nova Universidade de Aveiro e vivia na Costa Nova, mesmo em frente à praia. Eu e o meu amigo Carlos Carepa, hoje residente no Faial. Num dia de Inverno de 2007, bateram à porta e então eu vi um jovem Policia fazer-me continência e chamarme Tenente, “O nosso Comandante precisa falar com o meu Tenente.” Aí eu compreendi que a minha sorte de nunca ter ido à Guerra do Ultramar devido à alta classificação que tive no Curso de Oficiais em Mafra em 1966, tinha acabado naquele momento. Guia de marcha para Mafra. Curso de Capitães. Eu era o mais novo de todos. Tinha só 28 anos. Encontrei o meu antigo Comandante da Terceira como segundo Comandante de Mafra. Éramos muito amigos. Comíamos quase sempre juntos na mesma mesa, enquanto decorria uma instrução toda feita a laser. Nunca atirei um tiro. Em Fevereiro de 1974, comecei-me a aperceber do interesse que muitos capitães tinham para comigo por causa da amizade que eu nutria com o segundo Comandante. Eu não percebi na altura. Foi preciso o 25 de Abril para eu comprender toda essa intriga. O resto da história fica para um outro 25 de Abril. A poesia também é liberdade. jose avila
Com o 25 de Abril, mudou muita coisa no nosso país: acabou a ditadura e começou a democracia. O povo português passou a ter liberdade porque aconteceu uma revolução, a Revolução dos Cravos. O povo saiu à rua para comemorar a festa da Democracia, com os soldados que nos libertaram da Ditadura. Toda a gente se abraçava. Os soldados colocaram cravos nos canos das suas espingardas, simbolizando uma mudança pacífica de regime. Muitos distribuíam cravos vermelhos. As pessoas gritavam «O POVO, UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO». Por este motivo, o dia 25 de Abril foi declarado «DIA DA LIBERDADE» e é feriado nacional.
António Pedro (3ºano) 23 de Abril de 2004
s e r v i ng t h e po r t u g u e s e – am e r i can comm u n i t i e s s i nc e 1 9 7 9
Ideiafix
Miguel Valle Ávila
portuguese
• ENGLISH SECTION
[email protected]
How beautiful is the color Rev. Don Morgan of libert y! new Pastor for Five April 25, 1974 would not be any ordinary day. My parents and my younger brother were in mainland Portugal. I was along with my little sister staying with our grandparents on Terceira Island. As a 5-year-old, I don’t exactly remember that historic day, but I do remember the days and months that preceded and followed it. How life was before: How my dad would order books through the mail (almost three decades before Amazon.com) prior to their official censorship board review. How my grandfather would listen to BBC and other freedom radios on short wave radio with plenty of static and an occasional fine tuning of the antenna (not all radio stations reached the middle of the Atlantic) to listen to the unfiltered news. How my dad established Velas, São Jorge’s first art gallery and used it as a front for a bookstore after his request for a bookstore was rejected by the Portuguese government and named it after a famous native of that island who most people didn’t even know — composer and maestro Francisco Lacerda. How my parents would organize cultural events in the most remote of São Jorge’s villages — I still remember listening to Carl Orff’s “Carmina Burana” for the first time at age 3 or 4. On the day: My parents and my brother had joined the crowd on the streets of Lisbon to welcome the Portuguese Army and courageous Captain Salgueiro Maia from the Practical School of Cavalry in Santarem in freeing Portugal of 48 years of dictatorship. My brother turned to my parents after seeing the ar-
tillery blocking the streets and said “Vamos p’ra casa!” (Let’s go home!). How life was after: Upon my parents’ return to Terceira, I was marveled by my brother’s little drawings, posters, and stickers of that wonderful day in Portuguese history. I remember having to be extremely quiet while my dad was recording important speeches from politicians over the radio. I remember going to downtown Angra do see President then-General, António de Spínola and I was fascinated by his monocle. I started imitating politicians; in a mock debate, I played Álvaro Cunhal, then communist leader, while my brother played Mário Soares, future Prime Minister and President. Some vandalism marked my memory— the burning of the Portuguese Communist Party’s building in Angra. A few years later, I mourned as then-Prime Minister Francisco Sá Carneiro, the Social Democrat leader, and Defense Minister Adelino Amaro da Costa were killed in a still not fully explained plane “accident” at Camarate, just outside Lisbon’s Portela International Airport. To this day, when I hear Zeca Afonso’s “Grândola Vila Morena” (the song that signaled the beginning of the Carnation Revolution), read Manuel Alegre’s “Trova do vento que passa” or Jorge de Sena’s “Cantiga de Abril” (“Qual é a cor da liberdade?”/What’s the color of freedom?), a chill still runs through my spine. How beautiful is indeed the color of liberty! Viva o 25 de Abril SEMPRE!
Five Wounds School will close down af ter 49 years Bishop Patrick J. McGrath issued a letter, March 26, to parents and teachers of Five Wounds School in San Jose, and also to pastors, principals and diocesan employees explaining the closure, at the conclusion of the current term, of Five Wounds Catholic elementary school. The bishop wrote: “Five Wounds Elementary School has struggled with low enrollment for a number of years. Despite recent dedicated efforts to attract and retain students, the school’s student population has continued to decline. Sadly, this development, taken together with the resulting financial situation, make it impossible for the school to continue beyond the present term. “Our first priority over the next few weeks will be to assist all families who wish their children to continue their elementary education in a Catholic school. There is room in our neighboring schools, and those communities look forward to welcoming the current Five Wounds School students for the 20092010 school year. We will also be assisting the teachers at Five Wounds School to seek employment at other Catholic schools in the diocese. “I am grateful to the entire school community — faculty, parents, students, alumni, and friends, as well as the parish clergy and the diocesan Department of Education, for their dedication to Five Wounds School, especially during these past few challenging years. “Let us move forward in a spirit of cooperation, so that this season of spring may be a time of sharing memories and saying good-bye in ways that honor the school and its history.” The school was founded by Rev. Mario B. Cordeiro in 1960 as part of the Five Wounds Portuguese National Parish.
Portuguese Tribune launched survey The Portuguese Tribune is collecting personal stories of students, faculty, staff, family members, and supporters of the Five Wounds School via an online survey at that can be accessed on the Tribune’s website. Within 48 hours of launching the survey, 51 people have responded (74% students, 10% supporters, 10% parents/grandparents, 4% staff, 2% faculty). A student who attended the school from 1996 throu-
gh 2005, shared that “All my years at Five Wounds are fond memories. I spent the majority of my life attending Five Wounds and I’m thankful that Five Wounds served as a foundation for my life. And I couldn’t be more thankful for the friends that I made at Five Wounds. I know for a fact that the friendships I made at Five Wounds will never fade and it brings me joy to think about all our fun times together during class and at school functions like the carnival, retreats, and field trips.” She further stated that “I can definitely say that all the teachers at Five Wounds had a positive influence within my life. Looking back throughout my years, the teachers that have had the most impact are: Ms. Jaramillo (kindergarten), Ms. Donnelly (3rd grade), Mrs. Harris (6th and 7th grade), Mr. Hanson (8th grade), Mr. Siberts (History), and Mr. Encarnacao (Math).” Another student from 1986 through 1990 shared that “The family like feeling I experienced with the students and teachers at the school. Everyone practically knew each other and we partook in so many different activities together such as choir, attending theatrical performances, learning to play the flute, talent shows, religious plays, Portuguese language class, and sports. It really was a well rounded learning experience.” As for who shaped her life, the answer was “The Nuns. They always impressed me with their wide array of abilities and interest for the students. From Sister Julia’s leadership skills to Sister Irene’s stern yet concerned demeanor to Sister Fatima’s passion for music. They all played a major role in shaping our academic lives.” When asked about the potential future of the Five Wounds School grounds, the respondents chose: 61% Portuguese language school 52% as a youth center 50% music learning center 40% senior center (day assistance) 39% community center 32% independent/charter non-Catholic school 23% homeless shelter (St. Isabel’s Kitchen) 23% retired religious residence 18% senior assisted living 18% small business center
Wounds Church Rev. Donald Morgan has been appointed Pastor of Five Wounds National Portuguese Parish by the Most Reverend Patrick J. McGrath, Bishop of San Jose. The appointment is effective July 1, 2009. Father Morgan is the oldest of four children of Mary and the late William Henry Morgan. He was born April 6, 1947 in Montreal, Canada and attended St. Brendan Elementary School, Cardinal Newman High School, Assumption University of Windsor and the University of Toronto where he earned B.A. and B.Ed. degrees. His parish affiliations have included St. Brendan’s (Montreal), Our Lady of the Assumption (Windsor, Ontario), St. Swithin’s (Southsea, England), Holy Rosary (Toronto), Holy Family (San Jose) and Sacred Heart (Saratoga). Father Morgan is currently Parochial Vicar of St. Simon’s Parish in Los Altos. Father Morgan was a religion teacher for 30 years in various Catholic Schools in Canada and the United Kingdom. As a teacher of religion he felt most happy when passing on the truths of the Catholic faith to others. He was involved in pastoral roles of student care and retreat ministry. Father Morgan was always very involved in the liturgical life of the Church. “I feel very close to God whenever I have the opportunity to join with others in praising God at the Eucharist and the Liturgy of the Hours,” he said. Father Morgan began formal theological studies for the priesthood in 2002 at the Franciscan School of Theology at the Graduate Theological Union in Berkeley. In 2004, after being accepted as a candidate for priesthood by the Diocese of San Jose, he continued his studies at Saint Patrick’s Seminary at Menlo Park. He served as a deacon at Sacred Hear Parish in Saratoga in 2006. He was ordained priest by Bishop Patrick McGrath on May 26, 2007. Father Morgan enjoys serving as a priest in the Diocese of San Jose. “I love the parish life here, the wonderful involvement of the laity in the life of the Church and its multi-cultural character,” he said. “The Portuguese Catholics of the Bay Area have made a unique contribution to the life of the Church in the Bay Area with their strong faith, devotion to the Church, and their special cultural expressions of worship and liturgy. Five Wounds Parish Church is certainly one of the most beautiful churches in the Diocese of San Jose. It is an architectural treasure and is a landmark of faith in the busy world of Silicon Valley. The people of Five Wounds have so much to offer the community,” he continued. Father Morgan has already met with the Parish Council of Five Wounds Portuguese National Parish which is currently working on a parish mission statement and vision for the future. “I am looking forward to serving with the people of Five Wounds,” he said.
Dia de Petas
Our April 1st edition included a couple of April Fool’s Day jokes. Unfortunately, the announcement of Fr. Mancuso’s departure from Five Wounds Church was not one of them, but the other two “stories” on this page were only partially true. The Luso-American Education Foundation will continue its education conference into its 34th edition at UC Berkeley next year. The teachers’ cruise is accurate. The “story” of a University of Porto graduate taking on Facebook for infringing on its “mexerico” idea was made up. All in good fun for April Fool’s! Miguel Valle Ávila English section editor
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Amanda Borge exhibits at SCU Amanda Borges, the 2008 Portuguese Tribune Inspiration of the Year and graduating senior at Santa Clara University, held a joint exhibit at the university’s Department of Art last April 1, 2009. The talented Portuguese-American artist explored love’s little moments with acrylic on canvas paintings and a photographic montage. “4 deadly reasons for not breaking up” (acrylic on canvas), “Friendly date” (color photography), “Clasp” (acrylic on canvas), and “Are you in love with me now? Are you in love with me now?” (acrylic on canvas) showcased Amanda’s artistic techniques before a group of fellow artists, faculty members, family, and admirers. Amanda has previously shown her art at the Dia de Portugal festival. The Portuguese Tribune appreciates the invitation to the exhibit, congratulates Amanda on her graduation, and wishes her continued success.
PALCUS Mixer
31 years of União Popular
On April 2, 2009, the Portuguese American Leadership Council of the United States (PALCUS) hosted a business mixer at the Portuguese Historical Museum in San Jose’s Kelley Park. Torben Rankine, country manager for the Leadership Business Consulting, spoke on the consulting services that his firm offers. Leadership Business Consulting, a Portuguese company with headquarters in Lisbon and offices in Madrid, Luanda, Johannesburg, and San Francisco, is an international management consulting company committed to assuring the highest possible standards of quality and professional conduct through the delivery of personalized services. Nelson Ponta-Garça, Portuguese Tribune’s columnist, music teacher, TV host, and entrepreneur, also addressed the diverse audience of PALCUS guests. The Portuguese Historical Museum opened in the evening specially for this event.
One of the three existing Portuguese marching bands in San Jose, Sociedade Filarmónica União Popular, celebrated its 31st anniversary on Sunday, April 5, 2009. Mass was celebrated at Five Wounds Portuguese National Church by Rev. António Reis. During the second collection, a group of young musicians from the band played a beautiful piece from the old choir. Following Mass, the band members exited the church where other bands were awaiting — Portuguese Band of San Jose (Banda Velha), Sociedade Filarmónica Nova Aliança of San Jose, Filarmónica União Portuguesa of Santa Clara,
Nova Artista Açoreana of Tracy, and Lusitania Band of the North Bay. União Popular’s board of directors is presided by Francisco Aguiar, vice president Regina da Rosa, secretaries Raul Marques and Maria Azevedo, treasurers Elio Azevedo and Tania Azevedo, musical directors Jose da Silva Jr. , Eduardo Ferreira, Maria do Ceu Marques, directors Fernando Silva, David Sousa Jr., Manuel Alves, and Rogerio da Rosa, and maestro Henry Ramos. Congratulations to União Popular for another anniversary and for keeping our Portuguese musical traditions alive.
Five Wounds Portuguese National Church holds the procession of “Senhor dos Passos” on the fourth Sunday of Lent where different statues of Jesus Christ on His way to the Calvary are revered by the faithful. This year’s procession took place on March
29 and followed the normal route — church to IES Chapel to Five Wounds Lane to 28th Street returning to the church for a special blessing by Rev. Tony Mancuso, church pastor. The youth had carpeted the route with colored bark with religious symbols.
“Senhor dos Passos” Procession
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California Chronicles
Ferreira Moreno
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asil, an herb with aromatic leaves which are used as seasoning, is called manjericão in Portuguese. Curiously, in theAzores Islands, there is a popular folk dance named Manjericão, which dates to the islands early settlement. Most of the lyrics include the word manjericão, but the music and dancing steps vary from island to island, particularly on the islands of St. Miguel, St. Jorge, Faial, Flores and Pico. In addition to the originality and vivacity of its music and choreography, the dance holds a high place among the most favorite and cheerful Azorean folk dances. Some of the lyrics are expressions of love, romance and mystery, such as: No flower can be compared with the basil’s flower; it has charm and fragrance which delights the heart. The flower of the basil opens up at night, so it will not reveal its lover’s name. According to Jenny Linford (A Pocket Guide to Herbs), basil was thought to be native to India and the Middle East, but it is now cultivated around the world, with many varieties available. There are a number of ancient beliefs and myths associated with basil. It was said to have grown around Christ’s tomb after the Resurrection, and was seen as a symbol
of love. It also had a darker side, thought to breed scorpions, and the ancient Greeks and Romans associated it with poverty and misfortune. In culinary terms, basil is particularly linked with Mediterranean cuisine, where it adds its aroma to dishes such as tomato salads, pasta sauces, garlic, pine nuts, Parmesan cheese and olive oil. Historic medicinal applications of basil range from a digestive aid to a cough mixture. Apparently, basil was once considered to be a sacred herb. According to Maguelonne ToussaintSamat (History of Food), women were not allowed to pick it, and the gathering process was a ritual. The officiating priest had to purify his right ha’id with water from three different springs, sprinkled with an oak branch. He had to be dressed in new garments, without anything made of metal about his person. Basil is a sensitive herb. It must be used fresh, because it loses most of its character when dried. It is a very fragile plant and must be used with care. Cooking spoils it, so it is. best used raw, eith.er whole, chopped or crushed. Basil is called “pistou’’ in Provence because it is the principal flavor in “soupe au pistou’’ (pistou means pounded). It is very tasty in salads, patés and tomatoes.
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Manjericão - portuguese
for basil
Basil is also a name for a male individual. In Portuguese it is spelled Basilio. O Primo Basilio (Cousin Basil) is one of several literary works written by Eca de Queirs (18451900), a Portuguese author. Deserving special reference is St. Basil the Great (329-379), Archbishop of Caesarea, Doctor of the Church and Patriarch of Eastern Monks. He was one of a family of ten children. His eldest sister was St. Macrina, his second brother St. Gregory of Nyssa, and his youngest brother St. Peter of Sebaste. His parents were St. Basil Senior and St. Emmelia, and his grandmother St. Macrina the Elder. The monks and/or priests who follow the Rule of St. Basil the Great are traditionally called Basilians. It was St. Basil who first set up the innovative concept that cenobitic or community life was superior to the eremitic life of the isolated hermit. He also believed that fasting and austerities should not interfere with prayer or work, that work should form an integral part of monastic life, not merely as an occupation, but for its own sake and in order to do good to others, and that monasteries should be near towns. All this was a new departure in monachism. According to the Encyclopedia britannica, St. Ba-
sil established a rule of life strictly cenobitical, with common prayer seven times a day, common work, and common meals. It was, in spite of the new ideas, an austere life, of the kind called contemplative, given up to prayer, the readings of the Scriptures, and heavy field work. Basilian monachism spread from Greece to Italy, and more importantly to Russia, where it became the norm of monachism for all the Slavonic lands. In Moscow’s Red Square stands St. Basil’s Cathedral, considered to be one of Moscow’s historic and artistic treasures. In Vallejo, California, there is St. Basil’s parish church, founded in 19141. A teaching order of Ba-
silians was established in France in 1802, later spreading to Canada and the United States. From 1978 to 2005, the Basilian Fathers taught at Bishop O’Dowd High School in Oakland, California.
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Portuguese Language Camps at Concordia Language Villages Last summer, Portuguese was added as the 15th “Village” at Concordia Language Villages. The mission of Concordia Language Villages focuses on “preparing young people for responsible citizenship in our global community.” The organization has been in operation for nearly 50 years in the State of Minnesota and operates its villages in pristine campgrounds in the North Woods of the State as well as at a beautiful camp site near Savannah, Georgia. In the midst of nature, Concordia provides language camps in 15 different languages for approximately 10,000 students each summer. Since last year, Portuguese has been among these languages and the village is called Mar e Floresta. After a very successful inaugural year in the summer of 2009, the Mar e Floresta Portuguese Language Village will offer several options for “villagers,” as the participants are known at the camp, to participate in this exciting opportunity of learning Portuguese language and culture in a relaxing, culturally enriching camp atmosphere. Below are the program options and schedule by age group and cost, for these programs:
The High School Credit program listed in the schedule above provides students with credits equivalent to a one-year study of the language. In most cases high schools across the nation accept these credits toward the total number of units that the student needs to graduate. Since these programs are also accredited, students may use these units to meet university entrance requirements for foreign language study.
Financial Aide/Scholarships Thanks to the generosity of donors, merit scholarships are available and Mar e Floresta is sponsoring an essay contest funded by the Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD) of Portugal which offers multiple $1,000 scholarships to participants in this summer’s camps. For more information about the contest, please consult the following URL: http://www.concordialanguagevillages.org/newsite/Registration/Scholarships/portuguese_contest.php
Program Focus and Highlights The program for the Mar e Floresta Portuguese Language Village was carefully crafted to provide the “villagers” with an overview of Portuguese as a global language and as such it attempts to have students experience the languages and cultures of the entire Portuguese- speaking world. The curriculum development process for Mar e Floresta was guided by an Advisory Board that included two members from California, Professors Diniz Borges and Duarte Silva. Like all of the other Villages at Concordia, Mar e Floresta focuses on providing rich, authentic, experience-based learning activities that engages the students in using the language and participating in cultural activities. The activity-based program is augmented with formal learning sessions in small group settings and facilitated by language counselors that have been prepared to deliver the curriculum in an interactive manner.
Acquiring Portuguese in a Safe and Positive Learning Environment Each of the 15 villages at Concordia, and Mar e Floresta is no exception, offer a very safe environment that is conducive to learning and igniting students’ enthusiasm about the language and cultures they are studying as well as the nature that surrounds them. The villages become authentic oases for learning not only about the languages and cultures they are studying, but about how to respond creatively and critically to issues that transcend national boundaries. All of this indeed prepares them to become responsible global citizens.
Additional information Parents who wish to enroll their children in the Mar e Floresta Portuguese Language Village may download a registration form at this URL: http:// www.concordialanguagevillages.org/newsite/Registration/assets/registration_forms/SummerYouth_Registration_fillable.pdf For general information about Concordia Language Villages, please logon to: www.ConcordiaLanguageVillages.org and for specific information about Mar e Floresta, please contact Janice Wahlstrom, at
[email protected] or 651-6474357, ext. 302.
Do meu Jardim
Alicia Filomena Cota
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A Tribute to Fr. Tony
Every Sunday before 5:30pm Mass, Fr. Tony paces up and down the sidewalk in front of the church, praying with rosary beads in hand. He constantly has a joyful smile that no one can ignore. As Saint Francis of Assisi once said, “Preach always. If necessary, use words.” Fr. Tony’s actions changed many people without him saying anything. Fr. Tony’s service at Five Wounds has been of humility, respect, and love. Even his name exudes informality as he places himself at the people’s level. As a good leader, he has done what many people thought was impossible: achieved unity through humility and love. I will always remember his incredible reverence during Mass and his world class sermons. His words have penetrated the hearts and souls of many, especially mine. I’ll never forget his stories and cliff hangers that left parishioners in a state of reflection and meditation. Because of this, the 5:30pm Mass has increased in attendance and I have been told by parishioners that the Mass and Fr. Tony have inspired them and given them hope. His positive attitude leads us towards seeking a deeper relationship with God and selfless love for others. Fr. Tony will be missed by all parishioners and the surrounding community. Through his prayers and actions, he has taught us to love God and our neighbors. With this inspiration, let us move forward in serving others with same great love. Thank you, Fr. Tony, for your service and friendship.
Franklin Soares
California is backtracking
[email protected]
ecause of recent news that Five Wounds Catholic School has its closing in 2009, I wanted to take this opportunity to recognize a former teacher named Sister Helena and voice on the current state of California’s education. Sister Helena was a vivacious third grade teacher and viceprincipal at Five Wounds Catholic School. She was known for her Irish accent, green-collared shirts, and operatic voice. She was strict in her methods while being a friend to her students. It has been roughly fifteen years since the last time I saw her, yet I often think about her as one of my best teachers. On the last day of school, I stayed after class as usual and helped Sister Helena pack up and prepare for the following year. She assigned me to clean out an arts and
crafts cabinet and allowed me to take home many goodies. In the time I was helping her, she talked to me about the importance of studying, keeping good grades and going to college. Even more, she told me to keep writing. She mentored me in ways that I needed at that time and helped me believe in myself. I was too young to appreciate the importance of our conversation. Somehow, her words bonded to my brain like cat fur on black pants and I ended up taking her advice. A few years later I found out she died of ovarian cancer. When I found out, I realized what an affect this woman had on my young mind and how grateful I really am to her. Unfortunately, today our children are losing inspirational teachers like Sister Helena in California. On that note, the California Department of Education gave 26,500 California teachers layoff notices (pink slips) on March 15,
2009. According to the Seattle Times, officials claim many, if not most, of early lay-off notices could be lifted by June. Even more, school districts across California expect a whopping $8 billion in further cuts over the next year. What exactly is California doing? If we lose teachers, we fill up classrooms. If the classrooms are too full, students lose quality education that will later affect their capacity to compete in the real world. If lay-offs are not lifted in June, the state of California’s youth faces a grim future. This is serious business. American students already fall behind in mathematics and sciences in comparison to India and China. In the book, The World is Flat, by New York Times columnist and author Thomas Friedman, is a closer look at exactly how far behind the U.S. is technologically to Asia. He proposes that
teachers introduce and promote more vigorously opportunities for students to find interest in mathematics and sciences. With an $8 billion blow to California’s schools, it will be a while before children can compete in the global work force. It is difficult to picture the future because it is unknown, but we must make an effort to prepare children for their futures. Taking their rights to a valuable education is an insult to students. Laying-off teachers, cutting successful programs and over-crowding classrooms causes
a backward shift in education. How can we expect children to be successful in the future, if they do not have the opportunities? We need to pay close attention to how the lay-offs are affecting children. Furthermore, we need to stand behind teachers who are now also facing a grim future. Lastly, we must voice our opinion to our government by writing letters to our Representatives and Senators. The recession is awful, but do not let it affect the quality of education children receive.
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Torneio de Golfe
do Portuguese Athletic Club
em colaboração com Franklin Oliveira Dia 16 de Maio de 2009
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