Recensão Critica

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Recensão Crítica Algumas Normas Metodológicas Maria Prazeres Casanova Março 2008

Etimologicamente, o termo recensão vem do latim recensionem (= enumeração), que, por sua vez, deriva de censionem (do verbo censeo), que significa avaliação. De facto, a recensão surge como "um percorrer (uma enumeração) o texto com o fim de o avaliar" (Porto Editora, 2003-2008). O substantivo recensão é adjectivado com o vocábulo crítica, cuja origem se encontra no grego kritikós, significando "1. actividade que consiste em julgar, apreciar ou dar opiniões [...] 4. apreciação minuciosa [...]" (Instituto de Lexiologia e Lexicografia, 2001:1029). A expressão recensão crítica foi utilizada pela primeira vez pelo filósofo Friedrich von Schlegel (1772 – 1829) no dizer de Ceia (2007). Uma recessão crítica no entender de Marques "não é a mesma coisa que um resumo. [...] A recensão vai além, resume a obra e faz uma avaliação sobre ela, apresentando as suas linhas básicas. Avalia-a e acentua os seus pontos fortes e fracos" (s.d.:s.p.). A crítica apresenta-se como uma actividade reflexiva, que implica observação, análise e apreciação valorativa sobre um assunto. Centra-se no conteúdo e no contexto de surgimento da obra. Implica uma análise avaliativa e uma crítica, ou seja, um exame crítico sobre o valor interno e interesse do trabalho, o rigor deve ser procurado na defesa de todos os argumentos. O recensor mostra o seu conhecimento, dialoga com o autor do texto e procede a críticas construtivas. Enunciamos dois tipos de crítica: 1. interna – em que se avalia o conteúdo, a coerência do texto e dos objectivos; 2. externa – contextualiza-se o autor e a obra, inserindo num referencial, mostrando a contribuição para o avanço do conhecimento.

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Para realizar uma recessão crítica é preciso ter em consideração: I – Aspectos Globais: 1. Recolha de todas as notas possíveis. 2. Identificação do assunto fundamental e dos objectivos do autor. 3. Verificação da articulação das ideias e do interesse dos critérios seguidos. 4. Análise da orientação ideológica e das possíveis influências que o autor sofreu. 5. Fidelidade ao assunto. 6. Imparcialidade do examinador crítico. 7. Clareza de exposição. 8. Não deve exceder 5000 palavras. 9. Não pode conter notas de roda pé. 10. Segue as normas para a elaboração de trabalhos científicos, no que se refere à estrutura da folha de rosto, à forma de citação e referências bibliográficas (cf. Casanova, 2006).

II – Identificação da Recensão 1. Capa ou folha de rosto. 2. Identificação completa da obra e dos capítulos objecto de análise crítica.

III – Resumo e Crítica da Obra. 1. Apreciação da estrutura geral e do método usado na organização da obra. 2. Uma explicitação objectiva do assunto – importância da obra, destacando as questões tratadas. 3. A posição crítica do autor. 4. O contributo da obra para o conhecimento (dentro da área científica ou literária em que se enquadra). 5. Categorias ou termos teóricos utilizados pelo autor e situa-os no debate cientifico comparando-os com outros autores. Neste momento expõe-se claramente o que autor apresenta, mas introduz-se as 2/3

críticas, seja à utilização ou à conceitualização realizada pelo autor. Deve incluir o ponto de vista do recenseador – leitor da obra, a apresentação sucintamente os pontos de discórdia ou concórdia em relação às teses defendidas pelo autor da obra.

IV – Referências Bibliográficas. 1. Apresentação das obras que sustentam a recensão crítica.

Referências Bibliográficas: Casanova, M.P. e Trindade. A.

(2006) . Organização de um Trabalho . Algumas

Normas Metodológicas. Ramada: Escola Secundária da Ramada .

In

http://mpsmcasanova.com.sapo.pt/documentos/metodologiatrabalho.pdf (acedido em Março de 2008). Ceia, C. (2007).

Algumas Regras para Escrever uma Recensão Crítica . In

http://www.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/recensao.htm (acedido em Março de 2008). Frada, J. (1991) . Guia Prático para a Elaboração e Apresentação de Trabalhos Científicos . Lisboa: Cosmos. Instituto de Lexiologia e Lexicografia (2001). Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea . Lisboa: Verbo. Marques, R. (s.d.) . Algumas Regras para Escrever uma Recensão Crítica . In http://www.eses.pt/usr/ramiro/docs/etica_pedagogia/COMO%20FAZER%20UM A%20RECENSÃ%20CRÍTICA%20CRITÉRIOS%20BÁSICOS.pdf (acedido em Março de 2008). Porto Editora . (2003-2008) . Recensão . In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora . In http://www.infopedia.pt/$recensão.htm (acedido em Março de 2008).

Professora Doutora em Ciências de Educação. © Casanova, M. P. (2008) . Recensão Crítica. In mpsmcasanova.com.sapo.pt/documentos/recensaocritica.pdf.

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