CÂNCER CERVICAL Faculdade de Medicina Ambulatório Carlos Chagas
Chirlei A Ferreira
CÂNCER CERVICAL
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CÂNCER CERVICAL “ Olhe para mim. Por favor, me veja. Não minhas roupas ou unhas curtas. Ou minha face descuidada. Abra seu coração, de modo a ver o meu. Não estou lhe pedindo para concordar com Ou compreender tudo o que vê. Pois nem mesmo eu faço isso. Apenas olhe para o que está realmente aqui. E permita ser.” (Peg Hoddinott)
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CÂNCER CERVICAL POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada, nesse período, às demandas relativas à gravidez e ao parto. Posteriormente, a literatura vem demonstrar que determinados comportamentos, tanto dos homens quanto das mulheres, baseados nos padrões hegemônicos de masculinidade e feminilidade, são produtores de sofrimento, adoecimento e morte (OPAS, 2000). Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando, sobretudo, uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para eleição de prioridades neste campo (BRASIL, 1984). O PAISM incorporou como princípios e
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CÂNCER CERVICAL POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL O Ministério da Saúde, por intermédio do Instituto Nacional de Câncer, vem buscando parcerias para desenvolver ações a fim de mudar esse quadro. Faz parte dessa procura a implementação de estratégias importantes, tais como a padronização de procedimentos e de condutas que garantam a qualidade dos processos técnicos e operacionais para o controle do câncer. A estruturação do Viva Mulher ( hoje denominado Viva Vida) – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama – prevê a formação de uma grande rede nacional na qual o profissional de saúde esteja capacitado para estimular a prevenção, realizar a detecção precoce de lesões
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CÂNCER CERVICAL EPIDEMIOLOGIA
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Epidemiologia
Segunda forma mais comum de câncer na população feminina
Responsável por 12% de todos os tumores malignos na mulher
Idade varia de 48 a 52 anos (câncer cervical invasivo)
Incidência e mortalidade vem diminuindo nos países desenvolvidos
CÂNCER CERVICAL
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Fatores de Risco
Multiplicidade de parceiros
Início precoce de atividade sexual
Infecção pelo HPV
Tabagismo
Baixo nível sócio-econômico
Imunidade baixa
Carências nutricionais
Multiparidade
Uso de ACO.
CÂNCER CERVICAL HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
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Ectrópio
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Área Comprometida
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HISTÓRIA NATURAL Chirlei A Ferreira
CÂNCER CERVICAL ATENDIMENTO PRIMÁRIO
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AVALIAÇÃO VULVAR
Neoplasia intra-vulvar
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Líquen Escleroatrófico
CÂNCER CERVICAL DIAGNÓSTICO
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SISTEMA TRÍPLICE
Citologia
Colposcopia
Biópsia dirigida
CÂNCER CERVICAL DIAGNÓSTICO – COLETA DA CITOLOGIA Segundo os critérios do INCA e do MS, a periodicidade do exame citopatológico (Papanicolaou) a ser adotada nos programas de rastreamento do câncer do colo do útero será de três anos, após a obtenção de dois resultados negativos com intervalo de um ano.
O procedimento de coleta propriamente dito deve ser realizado na ectocérvice e na endocérvice. No caso de mulheres histerectomizadas que comparecerem para a coleta, deve ser obtido um esfregaço de fundo de saco vaginal. No caso de pacientes grávidas, a coleta endocervical não é contraindicada, mas deve ser realizada de maneira cuidadosa e com uma correta explicação do procedimento e do pequeno
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CÂNCER CERVICAL
DIAGNÓSTICO – COLORAÇÃO PELO LUGOL
Teste de Schiller O Teste de Schiller, proposto em 1928, foi inegavelmente um progresso na propedêutica da patologia cervical uterina. Esta baseado nas seguintes propriedades: O iodo forma, com o glicogênio em solução, um complexo químico-orgânico, de coloração castanha e tonalidade proporcional á quantidade de reagente; Muitas células do epitélio pavimentoso do colo uterino e da vagina são ricas, em
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CÂNCER CERVICAL DIAGNÓSTICO – INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO
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Observações sobre a nomenclatura que foi adotada desde 1993 baseada no Consenso realizado em Bethesda – USA em 2001.
satisfatória: células escamosas bem preservadas , componentes endocervical e/ ou da zona de transformação (células metaplásicas escamosas) bem preservadas.
satisfatória mas limitada: por algumas situações específicas: falta de informações clínicas pertinentes
insatisfatória : componente epitelial escamoso escasso, onde as células bem preservadas cobrem menos de 10% de superfície da lâmina; esfregaço totalmente obscurecido por sangue, inflamação, áreas espessas, má fixação, dessecamento, contaminantes, etc, que impeçam a interpretação de mais de 75% das células epiteliais.
RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAUDE
Lesões Atípicas de Baixo Grau
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Lesões Atípicas de Alto Grau
CÂNCER CERVICAL ATENDIMENTO SECUNDÁRIO
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RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE FLUXOGRAMA
Educação Comunitária – Meios de comunicação
Negativo para células malignas
Orientar para a periodicidade de repetição em 3 anos após dois exames
Coleta do Exame Nível Primário
Entrega de Resultado
Exame alterado (amostra insatisfatória, HPV, ASCUS, AGUS, NIC II, NIC III e Câncer)
Seguir orientação dada pelo profissional de saúde.
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RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Presença de lesões escamosas atípicas quando não se pode concluir ausência de células de Alto
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Presença de células glandulares atípicas quando não se pode concluir ausência de lesões de Alto
CÂNCER CERVICAL ALGORITMO DE CONDUTA NAS ALTERAÇÕES CITÓGICAS – FIGO, 2000
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RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DE ACORDO COM RESULTADO DA BIÓPSIA
IMAGENS COLPOSCÓPICAS
IMAGENS SUGESTIVAS DE LESÃO DE ALTO GRAU
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IMAGENS SUGESTIVAS DE LESÃO DE BAIXO GRAU
INDICAÇÃO DE CONIZAÇÃO – LESÃO DE ALTO GRAU
CONIZAÇÃO POR CIRURGIA DE ALTA FREQUENCIA
CONIZAÇÃO A FRIO EM BLOCO CIRÚRGICO TRADICIONAL
NIC confirmada por biopsia cervical, se possível
A lesão estende-se ao canal endocervical e não é possível confirmar o grau exato;
Se a lesão atinge o canal endocervical ou a ele se estende, o limite distal ou cranial da lesão deve ser visto; a extensão máxima (distal) não deve ser superior a 1 cm;
A lesão estende-se ao canal endocervical e a extensão mais distante ultrapassa a capacidade de ablação da técnica de conização da CAF (profundidade máxima por ablação de 1,5 cm);
Não há evidência de neoplasia invasiva nem de displasia glandular;
A lesão estende-se ao canal endocervical e a extensão mais distante ultrapassa a capacidade de ablação do colposcopista;
Não há evidência de doença inflamatória pélvica (DPI), cervicite, tricomoníase vaginal, vaginose bacteriana, úlcera anogenital ou transtorno hemorrágico; Pelo menos três meses no pósparto; Mulheres hipertensas devem ter sua pressão arterial bem controlada; A paciente deve dar o
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A citologia é anormal repetidas vezes, sugestiva de neoplasia, mas não anomalia colposcópica correspondente do colo uterino ou da vagina para fazer uma biópsia; A citologia indica uma lesão muito mais grave que a observada e confirmada na biópsia; A citologia mostra células glandulares atípicas que indicam a possibilidade de displasia glandular ou adenocarcinoma; A colposcopia indica a possibilidade de
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CONIZAÇÃO – CIRURGIA DE ALTA FREQUENCIA
CÂNCER CERVICAL CARCINOMA INVASOR
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CÂNCER CERVICAL Carcinoma invasor
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CÂNCER CERVICAL Carcinoma invasor
CÂNCER CERVICAL A invasão do câncer do colo uterino não precisa acontecer..... Depende de nós, que abraçamos a saúde, como um objetivo de vida evitar sua progressão! Hoje o Brasil tem como segunda causa de morte essa doença, quem sabe em nossa geração já não conseguimos torná-la menos prevalente! Assim tornamos nossa passagem valiosa.... Espero ter acrescentado, Obrigada!
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