Serviço De Propedêutica Do Colo-aula1

  • Uploaded by: Chirlei
  • 0
  • 0
  • May 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Serviço De Propedêutica Do Colo-aula1 as PDF for free.

More details

  • Words: 1,562
  • Pages: 28
SERVIÇO DE PROPEDÊUTICA DO COLO Protocolo de Condutas HC - UFMG 2009

“Se alguém acha tudo isto muito laborioso ou muito inseguro, ou se está habituado a certezas mais garantidas e a deduções mais elegantes, não deve prosseguir conosco.”

Chirlei A Ferreira

Protocolo

Ambulatório Carlos Chagas HC-UFMG

Dr. João Gilberto Costa e Silva Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho Dra. Chirlei Aparecida Ferreira

Chirlei A Ferreira

PROPEDÊUTICA DO COLO Epidemiologia Segunda forma mais comum de câncer na população feminina Responsável por 12% de todos os tumores malignos na mulher Idade varia de 48 a 52 anos (câncer cervical invasivo) Incidência e mortalidade vem diminuindo nos países desenvolvidos

Chirlei A Ferreira

PROPEDÊUTICA DO COLO Políticas de Saúde no Brasil No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada, nesse período, às demandas relativas à gravidez e ao parto. Posteriormente, a literatura vem demonstrar que determinados comportamentos, tanto dos homens quanto das mulheres, baseados nos padrões hegemônicos de masculinidade e feminilidade, são produtores de sofrimento, adoecimento e morte (OPAS, 2000). Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando, sobretudo, uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para eleição de prioridades neste campo (BRASIL, 1984). O PAISM incorporou como princípios e diretrizes as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos

Chirlei A Ferreira

PROPEDÊUTICA DO COLO Políticas de Saúde no Brasil

O Ministério da Saúde, por intermédio do Instituto Nacional de Câncer, vem buscando parcerias para desenvolver ações a fim de mudar esse quadro. Faz parte dessa procura a implementação de estratégias importantes, tais como a padronização de procedimentos e de condutas que garantam a qualidade dos processos técnicos e operacionais para o controle do câncer. A estruturação do Viva Mulher ( hoje denominado Viva Vida) – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama – prevê a formação de uma grande rede nacional na qual o profissional de saúde esteja capacitado para estimular a prevenção, realizar a detecção precoce de lesões precursoras da doença e promover o tratamento. Chirlei A Ferreira

Protocolo de Condutas HC-UFMG

ASSISTêNCIA PRIMáRIA

Chirlei A Ferreira

ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA Fases I

Através dos Programas de Saúde da Família, campanhas e conscientização da necessidade da coleta de citologia a paciente é encaminhada ao setor de atendimento primário;

  A coleta é realizada por médico ou enfermeiro e encaminhada para o laboratório conveniado do SUS, e lâmina após identificação entra no sistema denominado SISCOLO. Esse programa criado pelo Ministério da Saúde junto ao INCA proporciona um processo de centralização dos resultados que através de processamento de dados são encaminhados a macrorregiões, posteriormente ao Viva Vida e ao INCA. Esse programa permite também o rastreamento das   citologias alteradas favorecendo a busca ativa. Os laboratórios também são controlados através de um profissional qualificado que capta aleatoriamente algumas lâminas alteradas para analisar a compatibilidade do diagnóstico e assim a qualificação do laboratório.   Diante de um colo que já apresenta alterações pode ser encaminhado ao setor secundário com a

Chirlei A Ferreira

ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA Fase I Avaliação Vulvar e Vaginal De Paulo nos coloca que do ponto de vista clínico, uma esquematização diagnóstica, bem simplificada, baseada no aspecto macroscópico em lesões :esbranquiçadas, avermelhadas, pigmentadas, ulceradas e exofíticas. A sintomatologia é genérica sendo o sintoma predominante o prurido que pode ser de diversas afecções: psicogênicos, hipoestrogenismo, infecções. Mas na maioria a sintomatologia é ausente e a lesão verificada somente em um exame clínico de rotina. A vulvoscopia utiliza-se o ácido acético a 5% que pode ser útil na identificação e na definição da extensão de qualquer lesão. Deve-se estudar o aspecto da superfície, as bordas e a cor das lesões, a presença eventual de vasos e a sua distribuição. A região anal e perineal devem ser sempre avaliadas concomitantemente, e qualquer lesão duvidosa deve ser biopsiada, em um único fragmento ou em vários.

Chirlei A Ferreira

ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA Fase I Avaliação Vulvar e Vaginal

Dentre as desordens epiteliais não-neoplásicas, em 1976, o Committee on Terminology da International Society for the Study of Vulvar Disease na tentativa de reduzir a confusão originada por lesões de estruturas similares definiu as distrofias em:

Distrofias Hiperplásicas Distrofias Hipoplásicas ou Líquen escleroso Distrofias Mistas

Chirlei A Ferreira

ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA Fase I Coleta Segundo Citologia-oncótica os critérios do INCA e do MS, a

periodicidade do exame citopatológico (Papanicolaou) a ser adotada nos programas de rastreamento do câncer do colo do útero será de três anos, após a obtenção de dois resultados negativos com intervalo de um ano. O procedimento de coleta propriamente dito deve ser realizado na ectocérvice e na endocérvice. No caso de mulheres histerectomizadas que comparecerem para a coleta, deve ser obtido um esfregaço de fundo de saco vaginal. No caso de pacientes grávidas, a coleta endocervical não é contra-indicada, mas deve ser realizada de maneira cuidadosa e com uma correta explicação do procedimento e do pequeno sangramento que pode ocorrer após o procedimento. Como existe uma eversão fisiológica da junção escamo-colunar do colo do útero durante a gravidez, a realização exclusiva da coleta ectocervical na grande maioria destes casos fornece um esfregaço satisfatório para análise laboratorial.

Chirlei A Ferreira

ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA Fase I Teste de Schiller O Teste de Schiller, proposto em 1928, foi inegavelmente um progresso na propedêutica da patologia cervical uterina. Esta baseado nas seguintes propriedades: O iodo forma, com o glicogênio em solução, um complexo químico-orgânico, de coloração castanha e tonalidade proporcional á quantidade de reagente;  Muitas células do epitélio pavimentoso do colo uterino e da vagina são ricas, em Chirlei A Ferreira

ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA Fase I Interpretação da Citologia e Conduta Observações sobre a nomenclatura que foi adotada desde 1993 baseada no Consenso realizado em Bethesda – USA em 2001.   satisfatória: células escamosas bem preservadas , componentes endocervical e/ ou da zona de transformação (células metaplásicas escamosas) bem preservadas.   satisfatória mas limitada: por algumas situações específicas: falta de informações clínicas pertinentes   insatisfatória : componente epitelial escamoso escasso, onde as células bem preservadas cobrem menos de 10% de superfície da lâmina; esfregaço totalmente obscurecido por sangue, inflamação, áreas espessas, má fixação, dessecamento,

Chirlei A Ferreira

ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA Recomendações para lesões atípicas de Baixo Grau

Chirlei A Ferreira

Recomendações para lesões atípicas de Alto Grau

Protocolo de Condutas HC-UFMG

ASSISTÊNCIA SECUNDÁRIA

Chirlei A Ferreira

QUANDO ENCAMINHAR AO SETOR SECUNDÁRIO Educação Comunitária – Meios de comunicação

Negativo para células malignas

Orientar para a periodicidade de repetição em 3 anos após dois exames

Coleta do Exame Nível Primário

Entrega de Resultado

Exame alterado (amostra insatisfatória, HPV, ASCUS, AGUS, NIC II, NIC III e Câncer)

Seguir orientação dada pelo profissional de saúde.

Chirlei A Ferreira

ASSISTÊNCIA SECUNDÁRIA Presença de lesões escamosas atípicas quando não se pode concluir ausência de células de Alto Grau

Chirlei A Ferreira

Presença de células glandulares atípicas quando não se pode concluir ausência de lesões de Alto Grau

ASSISTÊNCIA SECUNDÁRIA Laudo com células atípicas de origem não neoplásica ou não se pode afastar lesão de Alto Grau

Chirlei A Ferreira

COLPOSCOPIA INDICE DE REID MODIFICADO

Pontuação: §0 a 2 pontos = provável NIC I; §3-4 pontos = lesão sobreposta: provável NIC I/II; §5 a 8 pontos = provável NIC II/III  

Chirlei A Ferreira

RECOMENDAÇÃO DO MINISTERIO DA SAÚDE

Chirlei A Ferreira

ADENOCARCINOMA ‘IN SITU”/INVASOR

Chirlei A Ferreira

LESÃO DE ALTO GRAU DE CÉLULAS ESCAMOSAS NÃO PODENDO AFASTAR INVASÃO

Chirlei A Ferreira

CONDUTA DE ACORDO COM A BIÓPSIA

Chirlei A Ferreira

PROTOCOLO DE CONDUTAS

CONDUTAS REALIZADAS

Chirlei A Ferreira

CONDUTAS NO SETOR SECUNDÁRIO Realização de Cirurgia de Alta Frequência - Indicações

NIC confirmada por biopsia cervical, se possível Se a lesão atinge o canal endocervical ou a ele se estende, o limite distal ou cranial da lesão deve ser visto; a extensão máxima (distal) não deve ser superior a 1 cm; Não há evidência de neoplasia invasiva nem de displasia glandular; Não há evidência de doença inflamatória pélvica (DPI), cervicite, tricomoníase vaginal, vaginose bacteriana, úlcera anogenital ou transtorno hemorrágico; Pelo menos três meses no pós-parto; Mulheres hipertensas devem ter sua pressão arterial bem controlada; A paciente deve dar o consentimento por escrito para receber tratamento depois de ter sido informada em detalhes sobre como é realizado o

Chirlei A Ferreira

IMAGENS REFERENTES A CIRURGIA DE ALTA FREQUENCIA

Chirlei A Ferreira

CONDUTAS NO SETOR SECUNDÁRIO Critérios para indicação de conização com bisturi a frio

A lesão estende-se ao canal endocervical e não é possível confirmar o grau exato; A lesão estende-se ao canal endocervical e a extensão mais distante ultrapassa a capacidade de ablação da técnica de conização da CAF (profundidade máxima por ablação de 1,5 cm); A lesão estende-se ao canal endocervical e a extensão mais distante ultrapassa a capacidade de ablação do colposcopista; A citologia é anormal repetidas vezes, sugestiva de neoplasia, mas não anomalia colposcópica correspondente do colo uterino ou da vagina para fazer uma biópsia; A citologia indica uma lesão muito mais grave que a observada e confirmada na biópsia; A citologia mostra células glandulares atípicas que indicam a possibilidade de displasia glandular ou adenocarcinoma; A colposcopia indica a possibilidade de displasia glandular ou adenocarcinoma; A curetagem endocervical revela histologia Chirlei A Ferreira

Apesar do tema ser amplamente conhecido de todos, espero ter acrescentado e principalmente que possamos ter uma uniformidade nas condutas! Muito obrigada! Chirlei A Ferreira

Chirlei A Ferreira

Related Documents

De Cuong Do An
July 2020 7
Modelo De Desarrollo Do
November 2019 18
Cancion De Do Pingue.docx
December 2019 15
Escala De Do Mayor.docx
April 2020 10
Manual De Do Acrilico
April 2020 19

More Documents from ""

May 2020 0
Chirlei A Ferreira
May 2020 1
April 2020 1
May 2020 0
Planejamento Familiar
April 2020 6