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Aula 08 Português p/ TJ-PE (Com videoaulas) Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas

Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08

AULA 08 RESUMO DE QUESTÕES SOBRE TODOS OS ASSUNTOS A

Olá, vitoriosos alunos! Tudo bem?

Esta aula será muito especial, pois vamos fazer um resumo de tudo aquilo que pode cair no certame. Comentei cada questão dizendo qual é o foco e o que você precisa saber de mais importante sobre o assunto! Selecionei 45 questões! Faça no seu tempo e depois confira o gabarito!

Vamos com tudo, queridos!! Espero saber do sucesso de cada um dos meus alunos, viu! Contem-me depois como foi a prova! Lembrem-se de que a recompensa virá do tamanho do seu esforço! Isso não falha! 04088633822

“Quando penso que cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir além”. Ayrton Senna

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Atenção: Para responder às questões de números 1 a 5, considere o texto abaixo.

Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem. Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço máximo para que ambos fossem mostrados. Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira mão, entre os protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui descrito, citados na lista de agradecimentos. Toda informação importante foi checada e rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas informações torna impossível que sejam especificadas como “entrevista realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal”, porque isto seria a quebra de um preceito ético de proteção à fonte. No caso de fontes que não se furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto. As histórias aqui incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no 04088633822

desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em conjunto. (Ruy Castro, “Introdução e agradecimentos”. Chega de saudade: a história e as histórias da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15)

01. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) O autor do texto (A) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às inadequações decorrentes dessa intenção. (C) advoga para seu relato a condição de “história”, por cumprir o protocolo

científico: absoluta fidelidade

na descrição

dos fatos,

dados

definitivos e cabal objetividade. (D) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes. (E) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em dado momento, de assumir diretamente sua voz.

Comentário: alunos, a primeira questão da prova é de interpretação pura. É preciso pensar no objetivo do texto e como o autor chegou a tal objetivo para que a alternativa correta faça sentido! Vejamos cada uma (marcarei em vermelho o erro em cada uma delas): (A) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova. ERRADA. O nome do livro é: “Chega de saudade: a história e as histórias da Bossa Nova”, explicitado na referência ao final do texto. 04088633822

(B) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às inadequações decorrentes dessa intenção. ERRADA. O autor não teve a intenção de deixar transparecer a sua paixão pela Bossa Nova, embora saiba que é difícil segurar. Comprove com um trecho do texto: “É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (...), uma certa dose de paixão acabou

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 se intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem”. (C) advoga para seu relato a condição de “história”, por cumprir o protocolo

científico: absoluta fidelidade

na descrição

dos fatos,

dados

definitivos e cabal objetividade. ERRADO. O principal erro dessa alternativa é dizer que o autor quer cumprir com o protocolo científico, sendo que se trata de um texto narrativo (no caso, relato de uma história real). (D) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes. ERRADA. Alternativa sem nexo! O que tem a ver “histórias e histórias” com o compromisso com o constatável? Alternativa péssima! (E) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em dado momento, de assumir diretamente sua voz. CORRETA.

Perfeita!!

O

autor

assume

a

sua

voz,

posiciona-se

emocionalmente diante do texto, mas mantém a terceira pessoa! Como exemplo do uso da terceira pessoa temos: “Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira mão” e “No caso de fontes que não se furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto”, 04088633822

entre outros trechos. GABARITO: E 02. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) Compreende-se corretamente do texto: (A) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 8) se fundamenta no traço comum “caráter bifronte”. (B) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 9), o autor expressa sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (C) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 13), o autor informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham vindo a público. (D) a caracterização de entrevista (linhas 18 e 19) prepara o leitor para a decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro. (E) as histórias que compõem o livro (linha 23) não possuem relevo próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a trajetória da Bossa Nova.

Comentário: quero analisar cada alternativa em mais uma questão de interpretação textual. Ah! Para responder a uma questão como essa, é imprescindível voltar ao texto e contextualizar cada alternativa, ok! (A) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 8) se fundamenta no traço comum “caráter bifronte”. CORRETA. Saiba que “caráter bifronte” é o mesmo de ter duas frontes, duas caras. Característica de alguém que é falso, traiçoeiro. Sendo assim, no trecho: “Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço máximo para que ambos fossem mostrados”, a comparação dos seres humanos com os LP’s serve para ilustrar que aqueles possuem dois lados, um bom e outro ruim, em um bifrontismo natural. (B) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 9), o autor expressa 04088633822

sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis. ERRADA. O ator não disse que os homens são indecifráveis, muito menos por serem volúveis! (C) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 13), o autor informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham vindo a público. ERRADA. Primeira mão quer dizer que o autor teve o trabalho de verificar entre os envolvidos a veracidade das informações, sendo ou não elas conhecidas do público. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (D) a caracterização de entrevista (linhas 18 e 19) prepara o leitor para a decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro. ERRADA. Não se trata de decodificação e sim de privacidade, sigilo das informações. (E) as histórias que compõem o livro (linha 23) não possuem relevo próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a trajetória da Bossa Nova. ERRADA. As histórias possuem relevo próprio e importância sim (não unicamente na bossa nova, pode ter sido importante na carreira do artista individual também). GABARITO: A 03. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) No primeiro parágrafo do texto, (A) Esta (linha 1) e a (linha 1) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere. (B) o segmento introduzido pelo travessão (linha 6) expressa um julgamento que traz as marcas de uma presunção. (C) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 2) e escrito (linha 3). (D) os parênteses (linhas 4 a 5) acolhem explicação sobre o que ocorreu 04088633822

com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos. (E) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linha 2) delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de escrita da obra.

Comentário: voltando a as texto em TODAS as alternativas para perceber a remissão e a interpretação exatas, temos: (A) Esta (linha 1) e a (linha 1) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 ERRADA. O “esta” realmente antecipa “história” (catáfora), mas o "a" refere-se a “uma história”, que vem antes do pronome (anáfora). (B) o segmento introduzido pelo travessão (linha 6) expressa um julgamento que traz as marcas de uma presunção. CORRETA. O autor julga que a sua paixão pela Bossa Nova não irá interferir na opinião pró ou contra, até que se prove o contrário (presunção), quando ele diz "espero”. (C) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 2) e escrito (linha 3). ERRADA. "uma história da Bossa Nova" e "um livro" não têm o mesmo sentido que "escrito", que é um verbo! (D) os parênteses (linhas 4 a 5) acolhem explicação sobre o que ocorreu com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos. ERRADA. O parênteses não separa uma explicação, ele adiciona mais uma informação. (E) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linha 2) delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de escrita da obra. ERRADA. Concomitância significa ao mesmo tempo, o que não é o caso da vivência dos jovens durante o período da Bossa Nova e do período em que o livro foi escrito. 04088633822

GABARITO: B 04. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) No contexto, o segmento que expressa uma causa é: (A) (linha 1) que a fizeram. (B) (linhas 2 e 3) que se pretende o mais factual e objetivo possível. (C) (linhas 3 e 4) tendo sido escrito por alguém. (D) (linha 6) uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (E) (linhas 10 e 11) as informações foram buscadas em primeira mão.

Comentário: toda causa tem sua consequência, certo? Então veja: “(...) tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (...)” >>> CAUSA “Uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita” >>> CONSEQUÊNCIA A

oração

“tendo

sido

escrito

por

alguém”

é

classificada

como

subordinada adverbial causal reduzida de particípio. Vale comentar que, nas alternativas (A) e (B), as orações “que a fizeram” e “que se pretende o mais factual e objetivo possível” são subordinadas adjetivas e transmitem valor de restrição. A alternativa (D) está errada, pois a estrutura “uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita” é a consequência, não a causa. Na alternativa (E), a oração “Para compor essa história,” encontra-se em relação de finalidade com a sua oração principal “as informações foram buscadas em primeira mão”. GABARITO: C 05. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) O segmento do texto que, tendo sido transformado, preserva a correção original é: 04088633822

(A) qualquer que sejam as personagens. (B) devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto. (C) torna inacessível as especificações desejáveis. (D) as fontes devem serem especificadas. (E) os esforços haveriam de ser grandes.

Comentário: atenção, queridos: (A) qualquer que sejam as personagens.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 ERRADA. Erro de concordância! O correto é: quaisquer que sejam as personagens. (B) devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto. ERRADA. Em uma locução verbal com o verbo “haver” impessoal, o verbo auxiliar assume a impessoalidade e fica invariável também. O correto é: deve haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto. (C) torna inacessível as especificações desejáveis. ERRADA. Outro erro de concordância! O verbo “tornar” deve concordar com

“especificações

desejáveis”,

no

plural:

tornam

inacessíveis

as

especificações desejáveis. (D) as fontes devem serem especificadas. ERRADA. Essa está péssima! Apenas o auxiliar sobre flexão!! As fontes devem ser especificadas (E) os esforços haveriam de ser grandes. CORRETA!! O verbo haver nesta frase não está no sentido de existir, logo ele pode ser flexionado! GABARITO: E

Atenção: Para responder às questões de números 6 a 8, considere o texto abaixo. “A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo 04088633822

acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito. Além de despertar no cidadão o sentimento de segurança e confiança, encorajando-o na defesa de seus direitos, a conciliação devolve credibilidade, eficiência e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. Com essas palavras, o desembargador federal coordenador do gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), Antonio Cedenho, define o que é este ato capaz de reduzir processos na justiça.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (Viviane Ponstinnicoff. “Conciliação é a solução”. Justiça em Revista − publicação bimestral da Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo. Ano IV- dezembro 2010, n. 20, p. 6)

06. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) É INCORRETO afirmar que, no contexto, o emprego de (A) antes de tudo cria a expectativa de que muitas são as vantagens advindas da conciliação. (B) efetivo deixa subentendida a ideia de que nem sempre os cidadãos veem cumprido seu direito à Justiça. (C) tem proporcionado é indicador de fato repetido ou contínuo. (D) diretamente faz supor que há procedimentos jurídicos em que as partes se fazem representar por interpostos. (E) apaziguador permite a conclusão de que todos os processos que chegam ao gabinete da Conciliação terminam com o acordo entre as partes.

Comentário: atenção! A questão pede a alternativa ERRADA!! Observe que a alternativa E conclui algo não está indicado no texto, pois apaziguar é acalmar os ânimos das pessoas que partem para a conciliação. Isso não quer dizer que as partes chegarão a um acordo. GABARITO: E 04088633822

07. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A substituição que garante o sentido original, com clareza e correção, é: (A) e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional por “e sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. (B) despertar no cidadão por despertar-lhe. (C) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua defesa de direitos. (D) pois por porquanto. (E) Antonio Cedenho, define por “Antonio Cedenho define”. Profª Rafaela Freitas

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Comentário: a questão quer que o candidato encontre a alternativa em que a mudança proposta NÃO altere o SENTIDO nem a CORREÇÃO! Vejamos: (A) e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional por “e sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. ERRADA. Ou se deve retirar as duas vírgulas ou manter as duas! (B) despertar no cidadão por despertar-lhe. ERRADO. Há mudança no sentido original ao trocar cidadão por lhe, passando a referenciar termo anterior, no caso "as partes". Além disso, o pronome deveria estar no plural (lhes). (C) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua defesa de direitos. ERRADA. Há mudança no sentido original ao trocar "defesa de seus direitos" por "sua defesa de direitos" (D) pois por porquanto. CORRETO, ambas são conjunções explicativas e podemos trocá-las sem alterar o sentido original. (E) Antonio Cedenho, define por “Antonio Cedenho define”. ERRADA. O aposto “Antonio cedenho” deve permanecer entre vírgulas para que se mantenha a correção gramatical. GABARITO: D 04088633822

08. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito. Transpondo o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é: (A) têm proporcionado. (B) tem sido proporcionado. (C) tinham proporcionado. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (D) era proporcionado. (E) foi proporcionado. Comentário: o trecho destacado, transposto para a voz passiva, seria: “o efetivo

acesso

à

Justiça,

antes

de

tudo,

tem

sido

proporcionado

às

partes pela conciliação”. Observe que o tempo composto mudou apenas pela colocação do verbo ser (no particípio) + proporcionado, formando uma locução verbal de voz passiva analítica ser + particípio. GABARITO: B 09. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A frase redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é: (A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se depende. (B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante naquela pendência. (C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou desajeitado. 04088633822

(D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade. (E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos especialistas.

Comentário: vamos analisar as falhas em cada alternativa errada:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se depende. ERRADA. Problema de concordância verbal, pois o sujeito é composto "A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes" e leva o verbo ao plural: estão. (B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante naquela pendência. ERRADA. De cara percebemos o erro no uso da crase antes de verbo em “à desejar”. Percebemos também que, na oração "que sua atuação tanto profissional como em sociedade não deixava", o "que" e o pronome "sua" soam estranho, porque estão entre dois substantivos com valor de posse. Assim, cabe o pronome relativo "cuja". O termo "cuja atuação" é o sujeito, por isso não é precedido de preposição. (C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou desajeitado. CORRETA. Perceba que o verbo "se dignava" é transitivo indireto e por isso há preposição "de" em seguida. Note que a expressão "-nos a todos" significa "a todos nós". Assim, temos o objeto direto "nos" e o reforço 04088633822

pleonástico "a todos". Isso está correto. Veja que a dupla vírgula está correta, por intercalar o adjunto adverbial de modo "sem exceção". (D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade. ERRADA. A locução verbal "posso atribuir" é transitiva direta e indireta (atribuir alguma coisa a alguém). O termo "a precária condição de acesso" é o objeto direto, seguido do complemento nominal "à Educação". O objeto indireto deve ser precedido da preposição "a". Como o núcleo "condição" Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 admite artigo "a", ocorrerá a crase: "à condição". Assim, deve-se retirar a preposição "a" antes de "apenas", pois esta preposição se repete depois deste vocábulo formando a crase (à condição). (E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos especialistas. ERRADA. O sujeito "Os resultados da pesquisa científica" possui núcleo plural (os resultados”, sendo assim, o ideal é a concordância do particípio “levava” no plural e masculino: levados. Além disso, esse sujeito da oração principal deve levar a locução verbal para o plural: devem ser abertos. O mesmo ocorrendo com o adjetivo "restrito": restritos. Nesse contexto, cabe o pronome "a" retomando apenas "pesquisa" e não "resultados". GABARITO: C 10. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) Está correta a seguinte frase: (A) Já está inserto na obra o trecho em que ele afirma acreditar muito na água que considera benta, pois diz que, tendo sido benzida em dia de muito fervor, é miraculosa. (B) Urge, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas, porém se o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida, poderá haver 04088633822

problemas mais à frente. (C) Tratam-se de advertências as mais singulares, entre elas a que incita os cidadãos a que remediem por si sós os danos cuja reparação está legalmente sob o dever do estado. (D) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não deixeis passar o prazo previsto no acordo, caso em que sereis responsabilizado legalmente pelo decurso.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (E) Tenho exausto minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem que consiga o octagésimo lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo analisado.

Comentário: apenas a alternativa A está perfeita! Percebemos erros nas outras de vários segmentos: concordância, ortografia, flexão, pontuação, conjunção (sentido) .... Muita análise envolvida. Tentarei simplificar para não ficar pesado. Consertei as alternativas: b)

URGEM, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas,

PORÉM, se o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida, poderá haver problemas mais à frente. c) TRATA-SE de advertências as mais singulares POSSÍVEIS, entre elas aS que INCITAM os cidadãos a que REMEDEIEM por si sós os danos cuja reparação está ESTEJA legalmente sob o dever do estado. d) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não DEIXE passar o prazo previsto no acordo, caso em que SERÁ responsabilizado legalmente pelo decurso. (pronomes de tratamento conjugam verbos em 3ª pessoa) e) Tenho EXAURIDO minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem que consiga o OCTOGÉSIMO lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo analisado. 04088633822

GABARITO: A 11. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A redação correta é: (A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os funcionários.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a adolescente tem sido dulcíssimo, em que lhe pesem os excessivos maus humores da jovem. (C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro. (D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que haverá cura − é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. (E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do expediente.

Comentário: questão muito parecida com a anterior da prova! Envolvem muito conhecimento junto. A alternativa B está perfeita! Analisando cada alternativa errada, temos: (A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os funcionários. ERRADA. Não há crase antes de pronome pessoal oblíquo tônico. Além disso, a forma verbal “aquiecendo” está grafada erradamente. Deveria ser “aquiescendo”. (C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o 04088633822

exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro. ERRADA. O verbo soer (costumar) está conjugado errado. O correto é: “ele sói”. (D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que haverá cura - é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. ERRADA. Vejo dois problemas de concordância: o verbo “existir” deve concordar em número com seu sujeito “dúvidas” e o verbo “provar” deve concordar em número com seu sujeito “os Estados Unidos”. Lembrando que o verbo haver no sentido de existir não varia, pois é impessoal e o verbo do Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 sujeito “os Estados Unidos” só varia em número, ficando no plural, porque tal expressão está antecedida de artigo. (E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do expediente. ERRADA. Muitos problemas aqui: há truncamento sintático, pois não há oração principal destas orações subordinadas reduzidas de gerúndio e não há paralelismo sintático na segunda oração subordinada, que deveria estar em forma reduzida, ou seja: “Desejando intensamente alçar-se diretor e passando a agir com zelo e discrição...”. Além disso, o verbo “exitando” não existe, mas sim “hesitando”, de hesitar. GABARITO: B 12. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A única frase NÃO pontuada corretamente é: (A) É minha opinião, que não se deve falar mal de ninguém; e menos ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes querendo ou não, estão a nosso serviço cotidianamente. (B) Só muito tempo depois de sua partida (vejam o que é a indecisão imposta pelo medo!), compreendi que era só uma mudança de bairro, e então prometi que a visitaria logo. (C) À beira de um ano novo − e quase à beira do outro século −, a 04088633822

imprensa discutia ainda a mesma questão, crucial, sem dúvida, que ocupara por décadas o espírito dos homens públicos. (D) Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o saudei; olhei-o, porém, fixamente, e sorri, é verdade, mas como se fosse para alguém a quem se cumprimenta só por obrigação. (E) A mais alta delas andava rapidamente; a outra, cantando e sorrindo, fazia dos passos um modo de brinquedo, então bastante em moda entre os mais jovens. Profª Rafaela Freitas

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Comentário: questão direcionada. A banca vai testar se você conhece especificamente sobre pontuação. É mais fácil ainda, basta encontrar a alternativa que possui erro de pontuação! Observe a alternativa A, nela é possível encontrar dois erros: (A) É minha opinião, (1) que não se deve falar mal de ninguém; e menos ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes (2) querendo ou não, estão a nosso serviço cotidianamente. 1 - Entre a oração principal e a subordinada substantiva não se usa vírgula, com exceção da substantiva apositiva que pode vir separada por vírgula ou dois pontos. 2 - faltou vírgula para isolar o comentário que está entre sujeito e verbo. GABARITO: A 13. (DP/RS – 2011 – Direito – FCC) Atenção: Responda à questão com base no texto.

Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato

Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato que o havia atormentado por toda sua carreira graças a pontas de cigarro 04088633822

guardadas por 24 anos. O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a investigação do crime, esperando que algum dia elas pudessem identificar os assassinos. Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e será sentenciado em dezembro. Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986. "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New York Daily News. "Sempre que investigava um caso no Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido usada, esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo".

Na entrada de casa Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento, em um tribunal em Long Island, estabeleceu que no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de materiais de encanamento no Brooklyn....

DNA A retomada do caso resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a promotoria pública pedindo 04088633822

uma nova investigação sobre a morte de Samuel. A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de dados de DNA, que passou a exigir amostras de todos os condenados por crimes após 2006, mas que também valia retroativamente para os que estivessem presos ou em liberdade condicional na época. Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro encontrada na van mais de 20 anos antes. ... Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 "A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do departamento de polícia, que nunca desistiram de seu comprometimento em prender os homens responsáveis por esse crime terrível". (http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8 141,00Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam +assassinato.html; 15/11/2010, 09h49 • atualizado às 11h04)

A transformação da frase "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, para discurso indireto é: a) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre aquilo. b) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar sobre aquilo. c) Goodwin disse: "Eu nunca parei de pensar sobre isso". d) Goodwin diz: "Eu nunca parei de pensar sobre isso". e) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo.

Comentário: para passar um discurso direto para o discurso indireto, é preciso observar o seguinte: 1) deve-se começar a frase assim: Goodwin disse que... observe a inserção da conjunção integrante que. 04088633822

2) a primeira pessoa “eu” do discurso direto passará a terceira pessoa “ele” no discurso indireto. 3) o pretérito perfeito do indicativo “parei” (1ª pessoa), presente no discurso direto, passará para o pretérito mais-que-perfeito “parara” ou “tinha/havia parado” (3ª pessoa), no discurso indireto. 4) O pronome demonstrativo “isso”, presente no discurso direto, passará a “aquilo” no indireto. A única alternativa que atende a tais questões acima citadas é a A. GABARITO: A Profª Rafaela Freitas

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14 de fevereiro

Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada: − Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora. − Quem? − Me esqueceu o nome dele. Leitor obtuso, se não percebeste que "esse homem que briga lá fora" é nada menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é "esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no quarto em que residirem. 04088633822

(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)

14. (AFR/SP – 2009 – Gestão Tributária – FCC) Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias palavras o que a mulher disse ao vendedor, a formulação que, em continuidade à frase ... quando vi chegar uma mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderia corretamente ao padrão culto escrito é:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 a) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá fora. b) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que brigava lá fora. c) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora. d) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá fora. e) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria lá fora.

Comentário:

em discurso indireto (o autor expondo a fala da mulher

com as palavras dele próprio) a fala

ficaria assim, de acordo com a

alternativa B: que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que brigava lá fora. Para transpor um discurso direto para indireto, é preciso estar atento às seguintes mudanças: 1)

A primeira pessoa “me” cede lugar para a terceira pessoa “lhe”.

2) O imperativo afirmativo “dá” cede lugar para o pretérito imperfeito do subjuntivo “desse”. 3) O presente do indicativo “traz “ e “briga” cede lugar para o pretérito imperfeito do indicativo “trazia” e “brigava”. 4) o demonstrativo “esse” cede lugar para “aquele”. 04088633822

GABARITO: B

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo, início da crônica "Quadro na parede", de Carlos Drummond de Andrade. − Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição − observou o Sr. Borges, levantando a cabeça, entre o primeiro e o segundo goles do café da manhã. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 − Há pessoas realmente exageradas − ponderou a Sra. Borges, enquanto passava geleia no brioche. Esse quadro está assim apenas há uma semana. − Uma semana parece tempo suficiente para alguém corrigir a posição de um quadro na parede − retrucou o Sr. Borges, sorvendo mais um gole, e desdobrando o jornal. − Admitindo-se que assim seja, embora a colocação de um objeto de arte exija muitas experiências e tempo indeterminado de observação e crítica, até que seja atingido o resultado ideal, presume-se que a pessoa não satisfeita com a posição de um quadro... A Sra. Borges fez uma pausa para levar aos lábios a fatia de brioche, mastigá-la e engoli-la, concluindo placidamente: − Tome a iniciativa de modificá-la para melhor. − Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição − observou o Sr. Borges, levantando a cabeça, entre o primeiro e o segundo goles do café da manhã. 15. (ALERN – 2011 – Taquigrafia – FCC) Outro modo de referir a fala acima, iniciando com "O Sr. Borges, levantando a cabeça, entre o primeiro e o segundo goles do café da manhã, observou que... ", estará correto com o seguinte complemento: 04088633822

a) esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição. b) aquele quadro estava torto desde o começo do mundo e ninguém se lembrava de consertar sua posição. c) aquele quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém chegava a se lembrar de consertar sua posição. d) o quadro que estava ali está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 e) um dos quadros está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembrava de consertar sua posição.

Comentário: para transpormos um discurso direto para indireto, temos que tomar cuidado com alguns detalhes:

Discurso direto Uso

da

primeira

Discurso indireto pessoa

do

Terceira pessoa

discurso

Emprego

Verbo no presente do indicativo

do

pretérito

imperfeito

indicativo

Verbo no pretérito perfeito

Pretérito mais que perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Modo imperativo

Pretérito imperfeito do subjuntivo

Adjuntos adverbiais: aqui, cá, aí

Adjuntos adverbiais: ali, lá

Ontem

O dia anterior

Amanhã

O dia seguinte

Quando um narrador reproduz uma fala em discurso indireto, ele está 04088633822

fazendo isso depois que o personagem reportado já falou, ou seja, não está no tempo presente, mas no passado. Cuidado com os marcadores temporais e com os tempos verbais. Vejamos:

a) esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição. – ERRADA. Os verbos estão no presente, mas deveriam estar no pretérito imperfeito: estava, lembrava.

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do

Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 b) aquele quadro estava torto desde o começo do mundo e ninguém se lembrava de consertar sua posição. – CORRETA. Verbos no pretérito imperfeito. c) aquele quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém chegava a se lembrar de consertar sua posição. – ERRADA. Embora o verbo “chegar” esteja no pretérito imperfeito, não há necessidade de troca, até porque altera sutilmente o sentido. d) o quadro que estava ali está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição. – ERRADA. Verbos no presente. e) um dos quadros está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembrava de consertar sua posição. – ERRADA. Verbo “estar” no presente. Além disso, “um dos quadros” generaliza, alterando a ideia original de “o quadro” específico. GABARITO: B

Para

responder

a

questão,

considere

o

texto

abaixo,

conferência

pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.

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16. (DPF/ RS – 2014 – Defensor Público – FCC) Era já a aurora do dia da América, mas nada mais senão a aurora. Considerada a frase acima, em seu contexto, assinale a assertiva correta. a) Substituir da América por "americano" em nada prejudica o sentido original, pois é regra do idioma que o sentido da locução adjetiva é absolutamente idêntico ao sentido do adjetivo que corresponde a ela. b) A frase "Ainda que já fosse a aurora do dia da América, era nada mais senão a aurora" está gramaticalmente correta e é semanticamente equivalente à frase original. c) O advérbio já pode ser substituído por "em pouco tempo", sem prejuízo do sentido original. d) Por vir associada à palavra dia, não se pode dizer que a palavra aurora está empregada como metáfora. e) A substituição de senão por "se não" mantém o sentido original da frase.

Comentário: a) Substituir da América por "americano" em nada prejudica o sentido original, pois é regra do idioma que o sentido da locução adjetiva é absolutamente idêntico ao sentido do adjetivo que corresponde a ela. – ERRADA. Altera sim o significado. “Dia da América” é diferente de “dia do 04088633822

Americano”. Atente ainda para o fato de que nem toda locução adjetiva possui o mesmo sentido do seu adjetivo correspondente, como afirma a alternativa. b) A frase "Ainda que já fosse a aurora do dia da América, era nada mais senão a aurora" está gramaticalmente correta e é semanticamente equivalente à frase original. – CORRETA. “Ainda que” é concessivo e marca oposição bem como o “mas”. c) O advérbio já pode ser substituído por "em pouco tempo", sem prejuízo do sentido original. – ERRADA. O “já” marca ideia presente, não futura. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 d) Por vir associada à palavra dia, não se pode dizer que a palavra aurora está empregada como metáfora. ERRADA. A palavra “aurora” está sendo usada em sentido figurado, indicando o iniciar, o nascer, o princípio. e) A substituição de senão por "se não" mantém o sentido original da frase. - ERRADA. “senão” é o mesmo que “mas também”, “exceto”.

“Se não”

traz o “se” condicional. GABARITO: B Os direitos “nossos” e os “deles” Não é incomum que julguemos o que chamamos “nossos” direitos superiores aos direitos do “outro”. Tanto no nível mais pessoal das relações como

nos

fatos

sociais

costuma

ocorrer

essa

discrepância,

com

as

consequências de sempre: soluções injustas. Durante um júri, em que defendia um escravo que havia matado o seu senhor, Luís Gama (1830 - 1882), advogado, jornalista e escritor mestiço, abolicionista que chegou a ser escravo por alguns anos, proferiu uma frase que se tornou célebre, numa sessão de julgamento: "O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa". A frase causou tumulto e acabou por suspender a sessão do júri, despertando 04088633822

tremenda polêmica à época. Na verdade, continua provocando. Dissesse alguém isso hoje, em alguma circunstância análoga, seria aplaudido por uns e acusado por outros de demonizar o “proprietário”. Como se vê, também a demonização tem duas mãos: os partidários de quem subjuga acabam por demonizar a reação do subjugado. Tais fatos e tais polêmicas, sobre tais direitos, nem deveriam existir, mas existem; será que terão fim? O grande pensador e militante italiano Antonio Gramsci (1891-1937), que passou muitos anos na prisão por conta de suas ideias socialistas, propunha, Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 em algum lugar de sua obra, que diante do dilema de uma escolha nossa conduta subsequente deve se reger pela avaliação objetiva das circunstâncias para então responder à seguinte pergunta: “Quem sofre?” Para Gramsci, o sofrimento humano é um parâmetro que não se pode perder de vista na avaliação das decisões pessoais ou políticas. (Abelardo Trancoso, inédito)

17. (TRT - 1ª REGIÃO / RJ – 2014 – Analista Judiciário – TI – FCC) Está plenamente correta a redação deste livre comentário sobre o texto: a) Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não relutava uma análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se tomar. b) A preocupação principal do autor do texto está em demonstrar como se desejam preservar os direitos em que os detentores somos nós, ao passo que com os dos outros o mesmo não venha a ocorrer. c) Muita gente considera de que seus direitos são sempre preferíveis de se respeitar do que os dos outros, cometendo-se com isto uma irreparável injustiça para com seus semelhantes. d) O intrépido Luís Gama não hesitou em lançar mão de um argumento radical para defender seu cliente, um escravo acusado do assassinato de seu proprietário. e) Seria mesmo difícil de se imaginar a balbúrdia que se proclamou entre os expectadores que assistiam o julgamento de um escravo cuja defesa era de 04088633822

Luís Gama.

Comentário: vamos analisar cada alternativa: a) Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não relutava uma análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se tomar. ERRADA – “Relutar” é em alguma coisa, diante de alguma coisa e significa “titubear”. Erro de regência do verbo, pois faltou uso da preposição. O

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 pronome relativo “onde” só pode ter como antecedente palavra com ideia espacial, indicando lugar, o que não é caso da palavra “casos”. b) A preocupação principal do autor do texto está em demonstrar como se desejam preservar os direitos em que os detentores somos nós, ao passo que com os dos outros o mesmo não venha a ocorrer. ERRADA – “Como desejam” ou “como se deseja”. “Detentor” de alguma coisa, não em alguma coisa! Erro de regência. Opção também seria usar o “cujo” = “os direitos cujos detentores somos nós”. c) Muita gente considera de que seus direitos são sempre preferíveis de se respeitar do que os dos outros, cometendo-se com isto uma irreparável injustiça para com seus semelhantes. ERRADA – O verbo “considerar” é transitivo direto e não rege preposição, portanto, o primeiro “de” foi usado equivocadamente. O segundo “de” também não deve ser usado, pois o verbo “preferir” não exige esta preposição. d) O intrépido Luís Gama não hesitou em lançar mão de um argumento radical para defender seu cliente, um escravo acusado do assassinato de seu proprietário. – CORRETA. e) Seria mesmo difícil de se imaginar a balbúrdia que se proclamou entre os expectadores que assistiam o julgamento de um escravo cuja defesa era de Luís Gama. ERRADA – “Espectador”, com s, como deveria ter sido usado neste caso, é aquele que assiste, que observa, presencia. “Expectador”, com x, vem de expectativa. O verbo “Assistir” está também com a regência desrespeitada, 04088633822

pois no sentido de ver, presenciar, rege o uso da preposição “a”. GABARITO: D

Senhores:

Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e completada por moços, a Academia nasce com a alma nova e naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a unidade literária. Tal obra exige não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda a casta, às escolas literárias e às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão. (ASSIS, Machado. Discurso inaugural, na Academia Brasileira, aos 20 dias do mês de julho de 1897. Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.926)

18. (TRF – Assistente Judiciário – 2007 – FCC) Releia: Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.

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A fala acima está corretamente reportada da seguinte maneira: Machado de Assis declarou que, a) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. b) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na medida do possível corresponder à sua confiança. c) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 d) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dirlhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança. e) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.

Comentário: Para passar um discurso direto para o indireto, temos que atentar principalmente para o tempo verbal, pois, no discurso direto, se os verbos estão no presente, no indireto, deverão estar no pretérito imperfeito. Agora se no discurso direto estiverem no pretérito perfeito, no indireto deverão estar no mais –que-perfeito. Vamos analisar cada alternativa: Machado de Assis declarou que, a) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. – ERRADA. Os verbos “agradecer” e “dizer” deveriam estar no pretérito imperfeito. O “buscar” deverá permanecer no futuro, mas na 3ª pessoa, não mais na 1ª, pois já não é o Machado que está falando “(ele) buscará”. b) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na medida do possível corresponder à sua confiança. – ERRADA.O pronome “lhe” está correto, o problema é a sua colocação. Deveria ter vindo antes do verbo (próclise) atraído pelo “que”. O verbo “dizer” deveria estar no pretérito imperfeito “dizia”. 04088633822

c) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles. – CORRETA. PERFEITA! d) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dirlhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança. – ERRADA. A construção “mesmo exato momento” é redundante. O ideal seria “no exato momento” ou “no mesmo momento”. Pronome em mesóclise (dirlhe-ia) apenas em verbos no futuro. O verbo “dizer” deveria estar no pretérito

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 imperfeito, bem como o verbo “buscar”. Uso inadequado dos dois pontos (:), o ideal era substituí-lo por “que”. e) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. – ERRADA. Vários erros! Uso inadequado dos dois pontos (:). O pronome “vos” deveria dar lugar a “lhes” e não se usa crase antes de pronome de tratamento (a vossa). GABARITO: C Atenção: Para responder às questões de números 19 a 21 considere o texto abaixo.

Falsificações na internet

Quem frequenta páginas da internet, sobretudo nas redes sociais, volta e meia se depara com textos atribuídos a grandes escritores. Qualquer leitor dos mestres da literatura logo perceberá a fraude: a citação está longe de honrar a alegada autoria. Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Fernando Pessoa, por exemplo, jamais escreveriam banalidades recheadas de lugares comuns, em linguagem capenga e estilo indefinido. Mas fica a pergunta: o que motiva essas falsificações grosseiras de artistas da palavra e da imaginação? São muitas as justificativas prováveis. Atrás de todas está a vaidade 04088633822

simplória de quem gostaria de ser tomado por um grande escritor e usa o nome deste para promover um texto tolo, ingênuo, piegas, carregado de chavões. Os leitores incautos mordem a isca e parabenizam o fraudulento, expandindo a falsificação e o mau gosto. Mas há também o ressentimento malicioso de quem conhece seus bem estreitos limites literários e, não se conformando com eles, dispõe-se a iludir o público com a assinatura falsa, esperando ser confundido com o grande escritor. Como há de fato quem confunda a gritante aberração com a alta criação, o falsário dá-se por recompensado enquanto recebe os parabéns de quem o “curtiu”. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Tais

casos

são

lamentáveis

por

todas

as

razões,

e

constituem

transgressões éticas, morais, estéticas e legais. Mas fiquemos apenas com a grave questão da identidade própria que foi rejeitada em nome de outra, inteiramente postiça. Enganar-se a si mesmo, quando não se trata de uma psicopatia grave, é uma forma dolorosa de trair a consciência de si. Os grandes atores, apoiando-se no talento que lhes é próprio, enobrecem esse desejo tão humano de desdobramento da personalidade e o legitimam artisticamente no palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz própria, que se tornam por vezes mais famosos que seus criadores (caso de Cervantes e seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao não assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande momento de Shakespeare. Provavelmente jamais leram Shakespeare ou qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do nome, e a usam como moeda corrente no mercado virtual da fama. Tais fraudes devem deixar um gosto amargo em quem as pratica, sobretudo quando ganham o ingênuo acolhimento de quem, enganado, as aplaude. É próprio dos vícios misturar prazer e corrosão em quem os sustenta. Disfarçar a mediocridade pessoal envergando a máscara de um autêntico criador só pode aprofundar a rejeição da identidade própria. É um passo certo para alargar os ressentimentos e a infelicidade de quem não se aceita e não se estima. 04088633822

(Terêncio Cristobal, inédito)

19. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista – FCC) No texto manifesta-se, essencialmente, uma censura a quem, (A) frequentando páginas da internet, deixa-se seduzir com facilidade pelos textos de grandes autores, sem antes certificar-se quanto à sua autenticidade.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) por falta de talento literário e por ressentimento, costuma ressaltar nos textos dos autores clássicos as passagens menos inspiradas ou mais infelizes. (C) levado pelo sentimento da vaidade, porta-se como se fosse um grande escritor, tratando de temas profundos num estilo elevado, próprios dos grandes talentos. (D) cometendo uma fraude, publica na internet textos medíocres, atribuídos a escritores célebres, buscando com isso, entre outras coisas, ganhar o aplauso de quem lê. (E) com intenção maliciosa, cita autores famosos em páginas da internet, afetando uma familiaridade que de fato jamais teve com esses grandes escritores.

Comentário: vamos analisar cada alternativa: (A) frequentando páginas da internet, deixa-se seduzir com facilidade pelos textos de grandes autores, sem antes certificar-se quanto à sua autenticidade. – ERRADA. O texto não censura quem lê, mas sim quem escreve sem assumir a própria autoria. (B) por falta de talento literário e por ressentimento, costuma ressaltar nos textos dos autores clássicos as passagens menos inspiradas ou mais infelizes. – ERRADA. Os chamados “falsários” não usam o texto dos grandes 04088633822

escritores para ressaltais características, eles escrevem e colocam a assinatura deles, como se eles tivessem escrito. (C) levado pelo sentimento da vaidade, porta-se como se fosse um grande escritor, tratando de temas profundos num estilo elevado, próprios dos grandes talentos. ERRADA. O problema desta alternativa está em dizer que os textos têm estilo elevado e próprio dos grandes escritores. O texto diz o contrário. (D) cometendo uma fraude, publica na internet textos medíocres, atribuídos a escritores célebres, buscando com isso, entre outras coisas, Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 ganhar o aplauso de quem lê. – CORRETA. Resume perfeitamente a ideia central do texto. (E) com intenção maliciosa, cita autores famosos em páginas da internet, afetando uma familiaridade que de fato jamais teve com esses grandes escritores. ERRADA. Os escritores da internet não mostram familiaridade e afeto com grandes escritores, muitas vezes nunca leram suas páginas. GABARITO: D 20. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista – FCC) Considere as seguintes afirmações: I. No primeiro parágrafo, o autor do texto imagina que muitos usuários das redes sociais, mesmo os versados em literatura, podem se deixar enganar pela fraude das citações, uma vez que o estilo destas lembra muito de perto a linguagem dos alegados autores. II. No segundo parágrafo, duas razões são indicadas para explicar a iniciativa dos fraudulentos: o gosto pela ironia, empregada para rebaixar os escritores de peso, e a busca da notoriedade de quem quer ser identificado como um artista superior. III.

Nos

dois

parágrafos

finais,

o

que

o

autor

ressalta

como

profundamente grave é o fato de os falsários mentirem para si mesmos, dissolvendo a identidade que lhes é própria e assumindo, ilusoriamente, a 04088633822

personalidade de alguém cujo valor já está reconhecido. Em relação ao texto está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Comentário: I. No primeiro parágrafo, o autor do texto imagina que muitos usuários das redes sociais, mesmo os versados em literatura, podem se deixar enganar pela fraude das citações, uma vez que o estilo destas lembra muito de perto a linguagem dos alegados autores. – ERRADA. O primeiro parágrafo traz a síntese do que será tratado no texto: por fraude, algumas pessoas publicam na internet textos ruins, medianos atribuídos a escritores famosos, buscando com isso, entre outras coisas, ganhar o aplauso de quem lê. O problema é que os textos são muito ruins e não podem ser vinculados a grandes escritores. II. No segundo parágrafo, duas razões são indicadas para explicar a iniciativa dos fraudulentos: o gosto pela ironia, empregada para rebaixar os escritores de peso, e a busca da notoriedade de quem quer ser identificado como um artista superior. ERRADA.

O segundo parágrafo traz duas razões

sim, mas não as propostas nesta afirmativa. III.

Nos

dois

parágrafos

finais,

o

que

o

autor

ressalta

como

profundamente grave é o fato de os falsários mentirem para si mesmos, dissolvendo a identidade que lhes é própria e assumindo, ilusoriamente, a personalidade de alguém cujo valor já está reconhecido. – CORRETA. GABARITO: C 21. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista – 04088633822

FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento em: (A) honrar a alegada autoria (1ºparágrafo) = enobrecer a presunção de um autor (B) ressentimento malicioso (2º parágrafo) = remorso astuto (C)

a

usam

como

moeda

corrente

(3°

parágrafo)

=

gastam-na

perdulariamente (D) o ingênuo acolhimento (4ºparágrafo) = a recepção incrédula (E) Disfarçar a mediocridade (4ºparágrafo) = dissimular a banalidade Profª Rafaela Freitas

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Comentário: a alternativa correta é a E, pois “disfarçar” é o mesmo que “dissimular” e “mediocridade” é o mesmo que “banalidade”. Vejamos as palavras das outras alternativas para marcarmos o erro: A) alegada = provada presunção = opinião excessivamente boa acerca de si mesmo. B) Remorso = arrependimento Ressentimento = angústia, rancor. C) Perdulariamente = gastar em excesso, esbanjar. Moeda corrente = meio de comprar (sentido figurado). D) Ingênuo = inocente, sincero. Incrédulo = indivíduo que não tem fé religiosa. GABARITO: E

Leia o texto a seguir.

Em fins do ano passado foi aprovada na Comissão de Constituição e 04088633822

Justiça do Senado a denominada Emenda Constitucional da Felicidade, que introduz no artigo 6º da Constituição Federal, relativo aos direitos sociais, frase com a menção de que são essenciais à busca da felicidade. Pondera-se também que a busca individual pela felicidade pressupõe a observância

da

felicidade

coletiva.



felicidade

coletiva

quando

são

adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. E a sociedade será mais feliz se todos tiverem acesso aos básicos serviços públicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, entre outros, ou seja,

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 justamente os direitos sociais essenciais para que se propicie aos indivíduos a busca da felicidade. Pensa-se possível obter a felicidade a golpes de lei, em quase ingênuo entusiasmo, ao imaginar que, por dizer a Constituição serem os direitos sociais essenciais à busca da felicidade, se vai, então, forçar os entes públicos a garantir condições mínimas de vida para, ao mesmo tempo, humanizar a Constituição. A menção à felicidade era própria da concepção de mundo do Iluminismo, quando a deusa razão assomava ao Pantheon e a consagração dos direitos de liberdade e de igualdade dos homens levava à crença na contínua evolução da sociedade para a conquista da felicidade plena sobre a Terra. Trazer para os dias atuais, depois de todos os percalços que a História produziu para os direitos humanos, a busca da felicidade como fim do Estado de Direito é um anacronismo patente, sendo inaceitável hoje a inclusão de convicções apenas compreensíveis no irrepetível contexto ideológico do Iluminismo. Confunde-se

nessas

proposições

bem-intencionadas,

politicamente

corretas, o bem-estar social com a felicidade. A educação, a segurança, a saúde,

o

lazer,

a

moradia

e

outros

mais

são

considerados

direitos

fundamentais de cunho social pela Constituição exatamente por serem essenciais ao bem-estar da população no seu todo. A satisfação desses direitos 04088633822

constitui prestação obrigatória do Estado, visando dar à sociedade bem-estar, sendo desnecessária, portanto, a menção de que são meios essenciais à busca da felicidade para se gerar a pretensão legítima ao seu atendimento. O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do Mundo de Futebol, mas não há felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. A felicidade é um sentimento individual tão efêmero como variável, a depender dos valores de cada pessoa. Em nossa época consumista, a felicidade pode ser vista como a satisfação dos desejos, muitos ditados pela moda ou pelas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 celebridades. Ter orgulho, ter sucesso profissional podem trazer felicidade, passível de ser desfeita por um desastre, por uma doença. Assim, os direitos sociais são condições para o bem-estar, mas nada têm a ver com a busca da felicidade. Sua realização pode impedir de ser infeliz, mas não constitui, de forma alguma, dado essencial para ser feliz. (Miguel Reale Júnior. O Estado de S. Paulo, A2, Espaço Aberto, 5 de fevereiro de 2011, com adaptações)

22. (INSS – 2012 - Perito Médico Previdenciário – FCC) Afirma-se corretamente que o autor (A) está convencido de que uma sociedade só poderá ser plenamente feliz se lhe for permitida a realização de todas as suas expectativas, principalmente quanto aos seus direitos básicos. (B) critica, tomando por base as obrigações do Estado de Direito e os conceitos de felicidade e de bem-estar coletivo, a proposta de Emenda Constitucional por considerá-la inócua e defasada. (C) defende a concessão, pelo Estado, de garantias constitucionais para que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindível à sensação de bemestar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral. (D) censura a tardia preocupação do Senado brasileiro em oferecer condições mínimas de qualidade de vida à população, com a oferta dos direitos básicos que venham a garantir a felicidade geral. 04088633822

(E) faz referência à necessária conscientização de que o bem-estar da população é um bem indiscutível, especialmente quanto à liberdade e à igualdade, a partir dos princípios que embasaram o Iluminismo.

Comentário: a alternativa B responde corretamente ao enunciado. Vejamos o que há de errado nas outras: (A) está convencido de que uma sociedade só poderá ser plenamente feliz se lhe for permitida a realização de todas as suas expectativas, principalmente quanto aos seus direitos básicos. – ERRADA. O autor se coloca contra a Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 ideia de que a garantia dos direitos básicos são também garantia de uma sociedade feliz (confirme no último parágrafo). (C) defende a concessão, pelo Estado, de garantias constitucionais para que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindível à sensação de bemestar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral. – ERRADA. A posição do autor é justamente contrária. Segundo ele, o Estado deve garantir os direitos básicos para gerar bem-estar à sociedade. A felicidade é individual e depende de cada um (confirme nos parágrafos 6 e 7). (D) censura a tardia preocupação do Senado brasileiro em oferecer condições mínimas de qualidade de vida à população, com a oferta dos direitos básicos que venham a garantir a felicidade geral. – ERRADA. O autor não censura e nem diz achar tardia a preocupação do Senado. (E) faz referência à necessária conscientização de que o bem-estar da população é um bem indiscutível, especialmente quanto à liberdade e à igualdade, a partir dos princípios que embasaram o Iluminismo. – ERRADA. Para o autor a visão iluminista não se aplica nos dias de hoje da mesma

maneira.

Tal

ideia

seria

hoje

um

anacronismo,

porque

funcionou para aquela época (confirme no parágrafo 5). GABARITO: B 23. (INSS – 2012 - Perito Médico Previdenciário – FCC) Em relação 04088633822

ao desenvolvimento textual, está INCORRETO o que consta em: (A) Os dois primeiros parágrafos introduzem o assunto que será analisado a seguir. (B) Há passagens no texto que evidenciam o posicionamento do autor sobre o assunto em pauta. (C) No 4º parágrafo identifica-se a argumentação de que se vale o autor para embasar a opinião que será defendida no parágrafo seguinte.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (D) O exemplo tomado à Copa do Mundo, no 6º parágrafo, compromete o encadeamento das ideias defendidas no texto. (E) O último parágrafo constitui uma conclusão coerente de toda a discussão apresentada.

Comentário: trata-se de um texto argumentativo. O autor discorda da chamada Emenda Constitucional da Felicidade e formula a sua tese a fim de contestar o que diz nela. Dentre as alternativas desta questão, a única INCORRETA (cuidado com o que pede o enunciado, é para marcar a errada) é a D, pois o exemplo da copa do mudo foi usada acertadamente pelo autor para confirmar o argumento de que bem-estar coletivo não é o mesmo que felicidade. GABARITO: D

24. (SER/PB – 2009 - AFTE –FCC) Leia as frases abaixo: I. O leitor perguntaria se as comissões são úteis e necessárias. II. Com essa CPI, acabaria tudo em pizza, novamente? III. “Os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na vida pública”, asseverou o colunista. Elas se encontram, respectivamente, em discurso 04088633822

I

a) direto b) indireto livre c) indireto

II

III

indireto livre direto indireto livre

indireto indireto direto

d) indireto

direto

indireto livre

e) direto

direto

indireto livre

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Comentário: na I, temos uma caso de discurso indireto, umas vez que o narrador fala em nome do leitor. Na II, temos discurso indireto livre, marcado pelo fato de não sabermos se quem falou foi o personagem ou o próprio narrador. Já na III, temos um discurso direto em que a fala do colunista está reportada tal qual foi dita e entre aspas. GABARITO: C

Filosofia de borracharia

O

borracheiro

coçou

a

desmatada

cabeça

e

proferiu

a

sentença

tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado murcho. − Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e enorme simpatia. O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato. Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu, 04088633822

embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos companheiros de viagem, me pus a teorizar. Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 fui, inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento para o corpo, quem sabe para a alma. *Camminando si sgonfia = andando se esvazia. Sgonfiato é vazio; sgonfiati é a forma plural. (Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86)

25. (SEFAZ/PI – 2015 – Analista do Tesouro Estadual – FCC) Atente para as seguintes afirmações:

I. A frase dita pelo borracheiro nada indiciou aos jovens turistas, que não sabiam em que país estavam − o que só veio a se esclarecer durante a refeição tipicamente italiana.

II. A familiaridade que um dos jovens revelou ter com o idioma italiano permitiu-lhe deduzir da frase do borracheiro uma súmula filosófica.

III. Como conclusão do antigo episódio narrado, o cronista lembra o quanto a vida acaba por nos tornar necessitados de novo ânimo para seguir vivendo-a. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) III, apenas. (B) I, II e III. (C) I e II, apenas. 04088633822

(D) II e III, apenas. (E) I e III, apenas.

Comentário: A única afirmativa correta com relação ao texto é a III. Vejamos o problema das outras: I. A frase dita pelo borracheiro nada indiciou aos jovens turistas, que não sabiam em que país estavam − o que só veio a se esclarecer durante a refeição tipicamente italiana. – ERRADA. O erro começa em afirmar que a frase do borracheiro não foi compreendida, pois foi sim. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 II. A familiaridade que um dos jovens revelou ter com o idioma italiano permitiu-lhe deduzir da frase do borracheiro uma súmula filosófica. – ERRADA. Quem compreendeu o borracheiro foi o narrador, que era um dos jovens, mas foi especificada essa informação. A fala do borracheiro não foi uma súmula filosófica, ou seja, um resumo, uma síntese à luz da filosofia, foi uma afirmação corriqueira. GABARITO: A 26. (SEFAZ/PI – 2015 – Analista do Tesouro Estadual – FCC) Atente para a seguinte construção: O borracheiro explicou-nos que os pneus haviam esvaziado com o uso, e que era fácil resolver aquele problema. Empregando-se o discurso direto, a frase deverá ser: O borracheiro explicou-nos: (A) − Com o uso os pneus estão esvaziando, problema este que seria fácil resolver. (B) − Os pneus com o uso tinham esvaziado, mas seria fácil resolver o problema. (C) − Os pneus se esvaziaram com o uso, é fácil resolver este problema. (D) − Com o uso os pneus terão se esvaziado, seria fácil resolver esse problema. (E) − Os pneus com o uso estavam vazios, vai ser fácil resolver seu 04088633822

problema

Comentário: atenção para a correlação verbal na transposição de uma frase do discurso indireto para o discurso direto e vice-versa. Os verbos da fala do borracheiro deverão estar no pretérito (pra dizer que o pneu esvaziou) presente (pra dizer que é fácil consertá-lo), pois a fala será reproduzida tal qual foi pronunciada. Sendo assim, a alternativa C é a única correta. Vejamos as outras:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (A) − Com o uso os pneus estão esvaziando (indica que eles ainda não tinham esvaziado por completo, o que altera o sentido original), problema este que seria (verbo no futuro do pretérito altera o sentido, pois indica algo que não será feito por alguma impossibilidade, o que não é o caso) fácil resolver. (B) − Os pneus com o uso tinham esvaziado (locução verbal no pretérito imperfeito, deveria estar no pretérito perfeito), mas seria fácil resolver o problema. (D) − Com o uso os pneus terão (verbo no futuro, deveria ter ficado no pretérito) se esvaziado, seria fácil resolver esse problema. (E) − Os pneus com o uso estavam (verbo no pretérito imperfeito, deveria estar no presente - estão) vazios, vai ser fácil resolver seu problema. GABARITO: C

27.

(MPE/SP



2010 -

Analista

de Promotoria

– VUNESP)

Cumprimento a redação da revista pela brilhante reportagem sobre a situação da perícia no Brasil. Muito bem feita e didática, a matéria _____________ ______________ e apresenta uma noção do trabalho dos peritos que, com certeza, ____________ muitos jovens a __________ a profissão. De novo, parabéns e continuem nessa linha editorial, que agrada muito aos leitores. (Galileu, julho de 2010. Adaptado)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente, 04088633822

com (A) dismitifica … tabus … incentivarão … seguir (B) dismistifica … tabus … incentivarão … seguir (C) desmistifica … tabús … incentivará … seguirem (D) desmitifica … tabus … incentivará … seguirem (E) demistifica … tabús … incentivarão … seguirem

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Comentário: para chegarmos ao gabarito dessa questão, precisamos considerar alguns assuntos: Desmitificar x Desmistificar > par de parônimos (possuem escrita e pronúncia parecidas, mas não iguais) - Desmistificar significa desenganar, fazer cessar o caráter misterioso, esotérico de alguma coisa por explicações claras. - Desmitificar significa desfazer um mito, tirar o caráter de mito. Logo, poderia ser tanto uma quanto outra palavra a preencher a primeira lacuna. Tabus é uma OXÍTONA com mais de uma sílaba e não é acentuada por ser terminada em u. Para fazer a concordância correta dos verbos “incentivar” e “seguir”, o segredo é achar o sujeito! A matéria incentivará muitos jovens a seguirem. “A matéria” – sujeito do verbo “incentivar” “Jovens” – sujeito de “seguir” GABARITO: D 28. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Leia a tira.

04088633822

Observe as frases produzidas com base no diálogo da tira: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08

I. Aceita, Dr. Quirino, um café? II. Primeiro, quero ver o paciente. III. Quando eu vi ele, estava no quintal, começou a chuva e… IV. Puro e com pouco açúcar.

Apresenta vício de linguagem e, ao mesmo tempo, revela alteração em relação ao sentido da tira apenas o contido em (A) I. (B) III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) I, II e III. Comentário: questão bem simples, pessoal! O tal do “vi ele” é um grande vício de linguagem, não é mesmo? O "ele" é um pronome pessoal do caso reto e deve ser usado apenas como sujeito, o que não é o caso. O correto é colocar o pronome antes do verbo: quando eu o vi ... De maneira bem simples, para explicar a alteração de sentido, digo que ela se dá exatamente pelo uso de "ele" ao invés do correto "o". Não se sabe se 04088633822

sabe quem estava no quintal, se ela ou ele... Vale ainda ressaltar: I. Aceita, Dr. Quirino, um café? USO CORRETO. Vírgulas isolando um vocativo (Dr. Quirino) II. Primeiro, quero ver o paciente. USO

CORRETO.

Vírgula

isolando

o

adjunto

adverbial

antecipado

(primeiro). IV. Puro e com pouco açúcar.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 USO CORRETO. A substituição da vírgula pela conjunção “e” não altera o sentido. A conjunção adicionou as duas informações. GABARITO: B

Leia o texto para responder às questões de números 29 a 31.

Vigilantes não deveriam estar armados em ambientes como bancos e supermercados, simplesmente porque seu preparo de 160 horas e de poucas dezenas de tiros não os habilita a situações de estresse, sejam elas assaltos ou conflitos com clientes. Mesmo policiais, que recebem um treinamento mais intenso e com supervisão altamente profissional, mostram problemas de preparo nessas situações. Por um mero jogo de interesses comerciais, a obrigatoriedade de vigilância bancária imposta pelos governos militares no pacote de medidas “antiterrorismo” acabou sendo mantida, e o emprego de vigilantes armados se difundiu, com enorme perigo

para as pessoas que frequentam esses

ambientes. Ladrões não evitam locais com vigilantes armados, eles apenas chegam em maior número, aumentam o perigo de tiroteio e ainda levam a arma do segurança. Em 2006, só no estado de São Paulo, os assaltantes roubaram 160 armas de vigilantes. […] 04088633822

A função da segurança privada em proteger patrimônio não pode ser exercida com prejuízos à segurança dos cidadãos que deve ser preocupação cada vez mais competente das forças policiais. Sem uma boa polícia não há salvação para a sociedade. E é ela que deve carregar armas; não seguranças privados. (Galileu, julho de 2010)

29. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) De acordo com o texto, pode-se concluir que Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (A)

tanto

policiais

quanto

vigilantes

devem

proteger

o

cidadão

desarmados. (B) o treinamento recebido pelos policiais é o mesmo dos seguranças privados. (C) a presença de seguranças armados corre à margem de interesses financeiros. (D) os seguranças armados são treinados para evitar ações terroristas. (E) a segurança armada é insuficiente para coibir a ação dos assaltantes.

Comentário: questão de interpretação textual pura, ou seja, a resposta está no texto! Vejam, conforme o texto: "Ladrões não evitam locais com vigilantes armados, eles apenas chegam em maior número, aumentam o perigo de tiroteio e ainda levam a arma do segurança”. Logo, a alternativa E está correta (a segurança armada é insuficiente para coibir a ação dos assaltantes). Vamos ver o erro das outras: (A)

tanto

policiais

quanto

vigilantes

devem

proteger

o

cidadão

desarmados. – Segundo o autor, o dever de proteger a sociedade é dos policiais, eles é que devem andar armados. (B) o treinamento recebido pelos policiais é o mesmo dos seguranças privados. – Não... os policiais têm um treinamento mais elaborado e 04088633822

supervisionado. (C) a presença de seguranças armados corre à margem de interesses financeiros. – a presença de seguranças armados é de interesse financeiro. (D) os seguranças armados são treinados para evitar ações terroristas. – São treinados para proteger patrimônio. GABARITO: E 30. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Assinale a alternativa em que a frase está isenta de vício de linguagem. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (A) Assiste à polícia e não aos seguranças privados o direito de portar armas. (B) Os governos militares imporam a obrigatoriedade de vigilância bancária. (C) Clientes de bancos e supermercados pode ser vítima de tiroteios. (D) Se difundiu, em ambientes como bancos e supermercados, os vigilantes armados. (E) Pode ser perigoso se os governos manterem a obrigatoriedade de vigilância bancária.

Comentário: a alternativa isenta, ou seja, sem vício de linguagem é a A: (A) Assiste à polícia e não aos seguranças privados o direito de portar armas. – o verbo “assistir” foi usado no sentido de “caber a alguém”. Esse uso é transitivo indireto e rege a preposição “a”. Entenda vício de linguagem como o uso comum que fazemos de certos verbos ou expressões de maneira que não condiz com o padrão da Língua portuguesa. Nas alternativas B, C, D e E isso acontece, vejam: (B) Os governos militares imporam a obrigatoriedade de vigilância bancária. – erro na flexão do verbo (C) Clientes de bancos e supermercados pode ser vítima de tiroteios. – supressão do antigo que antecede o substantivo “clientes”. 04088633822

(D) Se difundiu, em ambientes como bancos e supermercados, os vigilantes armados. – não se inicia frase com pronome oblíquo. (E) Pode ser perigoso se os governos manterem a obrigatoriedade de vigilância bancária. – erro na flexão do verbo Desfazendo os vícios de linguagem as frases ficariam desta maneira: b) Os governos militares impuseram a obrigatoriedade de vigilância bancária. c) Os clientes de bancos e supermercados podem ser vítimas de tiroteios.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 d) Difundiu-se, em ambientes como bancos e supermercados, os vigilantes armados. e) Pode ser perigoso se os governos mantiverem a obrigatoriedade de vigilância bancária. GABARITO: A 31. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Assinale a alternativa correta quanto à pontuação. (A) Vigilantes, de bancos e supermercados, não deveriam estar armados pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (B) Vigilantes em bancos e supermercados, não deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (C) Vigilantes, em bancos e supermercados, não deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (D) Vigilantes, em bancos e supermercados não deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (E) Vigilantes de bancos e supermercados, não deveriam estar armados pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.

Comentário: a alternativa correta é a C. Vejamos o erro das outras: (A) Vigilantes, de bancos e supermercados, não deveriam estar armados, 04088633822

(faltou uma vírgula antes da conjunção explicativa) pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (B) Vigilantes em bancos e supermercados, (não se pode separar o sujeito do verbo – a vírgula só poderia permanecer se tiver outra depois de vigilantes isolando o adjunto adverbial de lugar “em bancos e supermercados”) não deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (D) Vigilantes, em bancos e supermercados, (faltou uma vírgula para isolar o adjunto adverbial de lugar “em bancos e supermercados”) não Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (E) Vigilantes de bancos e supermercados, (não se pode separar o sujeito do verbo – a vírgula só poderia permanecer se tiver outra depois de vigilantes isolando o adjunto adverbial de lugar “de bancos e supermercados”) não deveriam estar armados, (faltou uma vírgula antes da conjunção explicativa) pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. GABARITO: C

Leia o texto para responder às questões de números 32 e 33.

É fácil entender por que os advogados estão aprimorando suas técnicas de júri. Enquanto um juiz julga com base no código legal, o júri segue convicções pessoais. “Jurados são mais passionais. Analisam por consciência, não por ciência”, diz Mauro Otávio Nacif, criminalista que já trabalhou na defesa de 800 casos, como o de Suzane von Richthofen, condenada em 2006 pelo assassinato dos pais. Por isso, advogados têm de atingir a razão e também o coração dos jurados. Nos EUA, uma indústria se formou só para pesquisar como os jurados absorvem explicações e que tecnologias dariam mais credibilidade aos argumentos de advogados. Lá, processos envolvendo empresas também podem ir a júri, e uma decisão passional pode custar 04088633822

indenizações milionárias ao réu. Com dinheiro em jogo, os americanos trataram de criar armas sofisticadas para influenciar os jurados. (Superinteressante, julho de 2010)

32. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Conforme o texto, o aprimoramento das técnicas de júri está relacionado (A) ao barateamento de um processo, já que uma análise mais precisa dos jurados pode evitar que os réus paguem indenizações milionárias.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) à necessidade de se formalizarem procedimentos mais precisos, com julgamentos menos eivados da interferência das convicções pessoais. (C) à intenção de mobilizar os jurados, levando em consideração os aspectos subjetivos de sua análise dos argumentos

apresentados nos

processos. (D) a uma concepção de jurado que tenha mais informação tecnológica de um caso, julgando com mais ciência do que consciência. (E) a um novo procedimento ratificado pelo código penal, por meio do qual se evitará que os jurados julguem com base nas convicções pessoais.

Comentário:

a única alternativa com raciocínio diferenciado e que

completa o enunciado é a C. A chave da questão está na interpretação desta parte do texto: "Enquanto um juiz julga com base no código legal, o júri segue convicções pessoais. ‘Jurados são mais passionais. Analisam por consciência, não por ciência’...". Já que os jurados analisam de maneira subjetiva, estuda-se uma forma de mobilizá-los! GABARITO: C

33.

(MPE/SP



2010

-

Analista

de

Promotoria



VUNESP)

Considerando-se o emprego do acento indicativo da crase, no trecho – … e uma decisão passional pode custar indenizações milionárias ao réu. – a 04088633822

expressão ao réu pode ser corretamente substituída por (A) à um condenado pela lei. (B) à quem for condenado. (C) à uma pessoa que for condenada. (D) àquele que for condenado. (E) à alguém que seja condenado.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Comentário: para que a crase seja formada, é necessário que a expressão masculina “ao réu” seja substituída por uma equivalente feminina. Vejamos as possibilidades: (A) à um condenado pela lei. – ERRADA. Antes de antigo indefinido NÃO ocorre crase. (B) à quem for condenado. – ERRADA. Antes do pronome “quem” NÃO ocorre crase. (C) à uma pessoa que for condenada. – ERRADA. Antes de antigo indefinido NÃO ocorre crase. (D) àquele que for condenado. – CORRETA! Crase da preposição “a” + o demonstrativo “aquele”. (E) à alguém que seja condenado. ERRADA. Antes de pronome indefinido NÃO ocorre crase. GABARITO: D 34. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Observe as frases, títulos de matérias da revista, e analise as afirmações.

Por que o Brasil toma tanto Rivotril Cores que enganam seu cérebro (Superinteressante, julho de 2010) 04088633822

I. Na primeira frase, a figura de linguagem presente é a metonímia, já que o termo Brasil está empregado no lugar de brasileiros. II. Na segunda frase, a figura de linguagem presente é a hipérbole, já que o verbo enganar representa uma ação exagerada. III. Na primeira frase, sem alteração da ordem dos termos, também estaria correto o uso da forma Por quê.

Está correto o que se afirma em Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

Comentário: vamos analisar as afirmativas:

I. Na primeira frase, a figura de linguagem presente é a metonímia, já que o termo Brasil está empregado no lugar de brasileiros. CORRETA! Metonímia consiste em troca de palavras (termos) no lugar de outro, havendo estreita ligação ou afinidade de sentidos.

II. Na segunda frase, a figura de linguagem presente é a hipérbole, já que o verbo enganar representa uma ação exagerada. ERRADA. Não ocorreu hipérbole (exagero), mas sim prosopopeia em “cores que enganam”. Enganar é característica de seres animados, não de cores!

III. Na primeira frase, sem alteração da ordem dos termos, também estaria correto o uso da forma Por quê. 04088633822

ERRADA. O por quê, assim, separado e com acento, é usado apenas em final de frase.

GABARITO: A 35. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Quando a diferença entre os limites de ordem sociopragmática _____________ por regras convencionais e as restrições que afetam valores mais fundamentais e ___________ da existência se ___________, a sociedade está pronta para a Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 experiência totalitária. Isso pode acontecer por via de uma acomodação gradual da liberdade a diversos tipos de controle social, e essa transição muitas vezes é sutil e imperceptível na dinâmica da vida coletiva. (http://revistacult.uol.com.br/home/2010/04/etica-e-situacoes-limite/)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente, com (A) estabelecida … constitutivos … diluem (B) estabelecidos … constitutivos … dilui (C) estabelecida … constitutivas … dilui (D) estabelecidos … constitutivos … diluem (E) estabelecida … constitutivo … diluem

Comentário: a alternativa B está absolutamente correta, seguindo a concordância adequada: Os limites estabelecidos Valores constitutivos Diferença se dilui Observem as palavras colocadas no texto: “Quando a diferença entre os limites de ordem sociopragmática estabelecidos por regras convencionais e as restrições que afetam valores mais fundamentais e constitutivos da existência se dilui, a sociedade está 04088633822

pronta para a experiência totalitária”. GABARITO: B

Deixar recipientes com água no chão

Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão, local por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 da casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível contaminação da água. 36. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Nesse segmento há alguns problemas no emprego culto da língua. Na frase “Deixar recipientes com água no chão” há um problema de (A) mau emprego de forma verbal. (B) falta de concordância adequada. (C) existência possível de ambiguidade. (D) seleção de vocábulo inadequado. (E) ausência de pontuação correta. Comentário: o trecho “Deixar recipientes com água no chão” apresenta possível ambiguidade, ou seja, possibilidade de dupla interpretação. Podemos entender que a água está no chão ou está nos recipientes que estão no chão. Tal problema fere o princípio da coesão e coerência, que rege a linguagem culta. GABARITO: C 37. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Já na frase “local por 04088633822

onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da casa”, há um erro em (A) nas duas formas verbais (passa / é), que deveriam estar no plural. (B) na ausência da preposição “em” antes de “outras partes da casa”. (C) na falta de vírgulas antes e depois de “naturalmente”. (D) na falta de concordância da forma verbal “passa”. (E) no mau emprego da forma “onde”.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Comentário: o verbo “passar” deveria estar no plural para concordar com o seu sujeito posposto “insetos”. Problema então de concordância verbal. GABARITO: D

A partir do fragmento a seguir, responda à questão 38.

Diminuir a higiene pessoal Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água, porque não adianta optar por isso em troca da saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário. 38. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Na frase “Escolas de São Paulo vetam até escova de dente para economizar água.”, o emprego do até mostra um modalizador, ou seja, um termo em que o enunciador do texto expressa uma opinião. Nesse caso, a opinião é de que (A) há um exagero na medida. (B) mostra um cuidado exemplar na medida tomada. 04088633822

(C) indica uma dúvida sobre o efeito pretendido. (D) ocorrem inúmeros outros casos de economia de água. (E) demonstra um apoio à medida tomada.

Comentário: a tomada de opinião é contra a medida exagerada de economizar água evitando que o aluno escove os dentes, o que é uma prática extremamente necessária para a saúde bucal. O ”até” modaliza a fala por demonstrar opinião do autor. GABARITO: A Profª Rafaela Freitas

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Observe a charge a seguir.

39. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Sobre a charge, assinale a opção que indica a leitura inadequada. (A) A imagem do chão seco intensifica a seca. (B) O único pingo d’água indica falta de água. (C) A gota de água também pode indicar uma lágrima. (D) A ausência de água na torneira é uma crítica às autoridades. 04088633822

(E) A cor clara do céu mostra a presença do sol intenso.

Comentário: a charge faz uma crítica ao desperdício de água, o que leva à falta dela. Tal crítica não está direcionada a ninguém ou ao governo de maneira específica, mas a todos que contribuem para esse quadro de seca. Sendo assim, a alternativa D está incorreta. GABARITO: D

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Texto 1 – “A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram cometidos

por

pessoas

bem-intencionadas

que

simplesmente

tomaram

decisões equivocadas e acabaram sendo responsáveis por grandes tragédias. Outros, gerados por indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de escolhas egoístas e provocaram catástrofes igualmente terríveis.” (As piores decisões da história, Stephen Weir)

40. (TJ/BA – 2015 – Analista Judiciário – FGV) No texto 1, a palavra “bem-intencionada” aparece grafada com hífen; o Novo Acordo Ortográfico diz que “Nas palavras em que o primeiro elemento é bem-, a regra geral é o emprego do hífen, não importando se o segundo elemento começa por vogal ou consoante”. Sobre esse caso, a afirmação correta é: (A) a palavra foi mal grafada, pois deve ser escrita sem hífen; (B) a palavra foi bem grafada já que se trata da junção de um advérbio de modo + adjetivo; (C) a palavra foi bem grafada, pois se trata de um adjetivo composto com um elemento de valor prefixal; (D) a palavra foi mal grafada, visto que não se trata de um vocábulo, mas de dois; (E) a palavra foi bem grafada, pois houve mudanças nesse emprego, com as novas regras. 04088633822

Comentário: Conforme bem explicado no enunciado, a palavra “bemintencionado” deve ser grafada com hífen. Tal regra não é nova e o uso não mudou com o novo acordo. “Bem-intencionado” é um único vocábulo, adjetivo composto e o “bem” funciona como prefixo. GABARITO: C 41. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos pensamentos (Millôr Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas é: (A) Guio bem, ............... o motor do meu carro sempre foi pra mim um mistério insondável. (B) Condenam-se muito os excessos, ............... também há um limite para o mínimo. (C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, ............... me enfrento todo dia. (D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, ............... há muito pobre sem vergonha. (E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, ............... acha aquele ambiente grã-fino demais para ela.

Comentário: a melhor forma de resolver uma questão como essa é substituir o pontilhado pelo que se sugere (no caso, pelo mas) em cada alternativa. Após a substituição, a relação de oposição deve estar bem estabelecida: (A) Guio bem, mas o motor do meu carro sempre foi pra mim um mistério insondável. (B) Condenam-se muito os excessos, mas também há um limite para o mínimo. 04088633822

(C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, mas me enfrento todo dia. (D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, mas há muito pobre sem vergonha. (E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, mas acha aquele ambiente grã-fino demais para ela. A única junção de orações em que a relação de oposição não é possível é na alternativa E. O ideal é o uso da conjunção “pois” ou outra que expresse explicação. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, pois acha aquele ambiente grã-fino demais para ela. GABARITO: E 42. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à concordância verbal recomendada pela norma culta é: (A) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, mostram profissões as mais estranhas possíveis. (B) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos meses apresentaram-se à Polícia. (C) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para outros países foi transferido para outras companhias. (D) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os ajuda a se deslocar de um lugar para outro. (E) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.

Comentário: vamos analisar cada alternativa, marcando em vermelho os erros: (A) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, mostram profissões as mais estranhas possíveis. – ERRADA. O verbo “mostrar” 04088633822

deve concordar com o núcleo do sujeito “lista”, no singular. (B) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos meses apresentaram-se à Polícia. – ERRADA. O verbo deve concordar no plural com “nenhum”: Nenhum apresentou-se. (C) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para outros países foi transferido para outras companhias. – CORRETA!!

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (D) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os ajuda a se deslocar de um lugar para outro. – ERRADA. Os cães se deslocarem. (E) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários. – ERRADA. Mas foi nos jogos... o sujeito é oracional (que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários), por isso a forma “foi” deve estar no singular. GABARITO: C 43. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Observe a charge 1 abaixo, publicada por ocasião dos atos terroristas em Paris, em janeiro de 2015; a afirmativa INADEQUADA sobre a imagem é:

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(A) há uma referência clara aos ataques terroristas ocorridos nos Estados Unidos há algum tempo; (B) as imagens dos lápis indicam metonimicamente a profissão de algumas das vítimas; (C) a presença do avião indica a rapidez da comunicação com apoio da tecnologia nos dias de hoje; Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (D) a imagem mostra um ataque a valores culturais, aqui representados pela arte do desenho; (E) a imagem representa uma situação temporal anterior aos atentados e às mortes.

Comentário: a imagem do avião faz clara referência aos ataques terroristas ocorridos nos Estados Unidos, anos atrás. Os lápis indicam a parte que faz referência ao ataque cultural e à profissão de algumas das vítimas (jornalistas). Observe que a alternativa C nega o que está sendo falado nas outras, o avião não representa a rapidez da comunicação, mas sim faz referência ao terrorismo que já não é novidade. GABARITO: C 44. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Observe, agora, a charge 2 a seguir; comparando-se essa imagem com a da charge 1, a afirmativa adequada é:

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(A) a bala à esquerda tem por alvo a Torre Eifell; Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) a imagem da Torre Eifell transfere a França para os Estados Unidos; (C) os lápis aqui representam as indústrias modernas; (D) a Torre Eifell situa os atentados na cidade de Paris; (E) as folhas de papel no meio da fumaça mostram a relatividade da arte.

Comentário: nas duas charges, os lápis posicionados um ao lado do outro, sendo um menor um pouco que o outro, faz referência às torres gêmeas que foram alvo de atentados nos Estados Unidos. O atentado que aconteceu em Paris também tem causa terrorista e foi a um jornal, o que justifica a arte sendo queimada em meio à fumaça. Só não se pode ter como correto o que se afirma na alternativa D, pois a Torre Eifell coloca a cidade de Paris no cenário dos atentados nos Estados Unidos, não situa os dois atentados em Paris. GABARITO: D

Observe a charge a seguir:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 45. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Na fala da ovelha (charge 3) há alguns problemas de correção; o fato linguístico que se opõe à norma culta da língua, nesse caso, é a: (A) mistura de tratamentos; (B) conjugação errada de verbos; (C) falha na concordância; (D) utilização de grafia errada; (E) ambiguidade de construções.

Comentário: a fala da ovelha traz incorreções quanto à mistura de tratamentos. A ovelha trata o lobo por “você”, sendo assim, os demais pronomes deveriam ser de 3ª pessoa, não de 2ª. Assim, o uso do “teu” nas três ocorrências em que aparece na fala deve ser substituído por “lhe”. GABARITO: A

QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 5, considere o texto abaixo. 04088633822

Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem. Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço máximo para que ambos fossem mostrados. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira mão, entre os protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui descrito, citados na lista de agradecimentos. Toda informação importante foi checada e rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas informações torna impossível que sejam especificadas como “entrevista realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal”, porque isto seria a quebra de um preceito ético de proteção à fonte. No caso de fontes que não se furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto. As histórias aqui incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em conjunto. (Ruy Castro, “Introdução e agradecimentos”. Chega de saudade: a história e as histórias da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15)

01. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) O autor do texto (A) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova. (B) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às inadequações decorrentes dessa intenção. 04088633822

(C) advoga para seu relato a condição de “história”, por cumprir o protocolo

científico:

absoluta fidelidade

na descrição

dos fatos,

dados

definitivos e cabal objetividade. (D) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes. (E) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em dado momento, de assumir diretamente sua voz. Profª Rafaela Freitas

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02. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) Compreende-se corretamente do texto: (A) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 8) se fundamenta no traço comum “caráter bifronte”. (B) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 9), o autor expressa sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis. (C) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 13), o autor informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham vindo a público. (D) a caracterização de entrevista (linhas 18 e 19) prepara o leitor para a decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro. (E) as histórias que compõem o livro (linha 23) não possuem relevo próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a trajetória da Bossa Nova. 03. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) No primeiro parágrafo do texto, (A) Esta (linha 1) e a (linha 1) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere. (B) o segmento introduzido pelo travessão (linha 6) expressa um 04088633822

julgamento que traz as marcas de uma presunção. (C) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 2) e escrito (linha 3). (D) os parênteses (linhas 4 a 5) acolhem explicação sobre o que ocorreu com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos. (E) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linha 2) delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de escrita da obra.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 04. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) No contexto, o segmento que expressa uma causa é: (A) (linha 1) que a fizeram. (B) (linhas 2 e 3) que se pretende o mais factual e objetivo possível. (C) (linhas 3 e 4) tendo sido escrito por alguém. (D) (linha 6) uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita. (E) (linhas 10 e 11) as informações foram buscadas em primeira mão. 05. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) O segmento do texto que, tendo sido transformado, preserva a correção original é: (A) qualquer que sejam as personagens. (B) devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto. (C) torna inacessível as especificações desejáveis. (D) as fontes devem serem especificadas. (E) os esforços haveriam de ser grandes.

Atenção: Para responder às questões de números 6 a 8, considere o texto abaixo. “A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo 04088633822

acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito. Além de despertar no cidadão o sentimento de segurança e confiança, encorajando-o na defesa de seus direitos, a conciliação devolve credibilidade, eficiência e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. Com essas palavras, o desembargador federal coordenador do gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), Antonio Cedenho, define o que é este ato capaz de reduzir processos na justiça.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (Viviane Ponstinnicoff. “Conciliação é a solução”. Justiça em Revista − publicação bimestral da Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo. Ano IV- dezembro 2010, n. 20, p. 6)

06. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) É INCORRETO afirmar que, no contexto, o emprego de (A) antes de tudo cria a expectativa de que muitas são as vantagens advindas da conciliação. (B) efetivo deixa subentendida a ideia de que nem sempre os cidadãos veem cumprido seu direito à Justiça. (C) tem proporcionado é indicador de fato repetido ou contínuo. (D) diretamente faz supor que há procedimentos jurídicos em que as partes se fazem representar por interpostos. (E) apaziguador permite a conclusão de que todos os processos que chegam ao gabinete da Conciliação terminam com o acordo entre as partes. 07. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A substituição que garante o sentido original, com clareza e correção, é: (A) e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional por “e sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. (B) despertar no cidadão por despertar-lhe. (C) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua 04088633822

defesa de direitos. (D) pois por porquanto. (E) Antonio Cedenho, define por “Antonio Cedenho define”. 08. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito. Transpondo o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (A) têm proporcionado. (B) tem sido proporcionado. (C) tinham proporcionado. (D) era proporcionado. (E) foi proporcionado. 09. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A frase redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é: (A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se depende. (B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante naquela pendência. (C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou desajeitado. (D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade. (E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado 04088633822

deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos especialistas. 10. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) Está correta a seguinte frase: (A) Já está inserto na obra o trecho em que ele afirma acreditar muito na água que considera benta, pois diz que, tendo sido benzida em dia de muito fervor, é miraculosa.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) Urge, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas, porém se o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida, poderá haver problemas mais à frente. (C) Tratam-se de advertências as mais singulares, entre elas a que incita os cidadãos a que remediem por si sós os danos cuja reparação está legalmente sob o dever do estado. (D) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não deixeis passar o prazo previsto no acordo, caso em que sereis responsabilizado legalmente pelo decurso. (E) Tenho exausto minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem que consiga o octagésimo lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo analisado. 11. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A redação correta é: (A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os funcionários. (B) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a adolescente tem sido dulcíssimo, em que lhe pesem os excessivos maus humores da jovem. 04088633822

(C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro. (D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que haverá cura − é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. (E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do expediente.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 12. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A única frase NÃO pontuada corretamente é: (A) É minha opinião, que não se deve falar mal de ninguém; e menos ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes querendo ou não, estão a nosso serviço cotidianamente. (B) Só muito tempo depois de sua partida (vejam o que é a indecisão imposta pelo medo!), compreendi que era só uma mudança de bairro, e então prometi que a visitaria logo. (C) À beira de um ano novo − e quase à beira do outro século −, a imprensa discutia ainda a mesma questão, crucial, sem dúvida, que ocupara por décadas o espírito dos homens públicos. (D) Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o saudei; olhei-o, porém, fixamente, e sorri, é verdade, mas como se fosse para alguém a quem se cumprimenta só por obrigação. (E) A mais alta delas andava rapidamente; a outra, cantando e sorrindo, fazia dos passos um modo de brinquedo, então bastante em moda entre os mais jovens. 13. (DP/RS – 2011 – Direito – FCC) Atenção: Responda à questão com base no texto. 04088633822

Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato

Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato que o havia atormentado por toda sua carreira graças a pontas de cigarro guardadas por 24 anos. O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 investigação do crime, esperando que algum dia elas pudessem identificar os assassinos. Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e será sentenciado em dezembro. Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986. "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New York Daily News. "Sempre que investigava um caso no Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido usada, esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo".

Na entrada de casa Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento, em um tribunal em Long Island, estabeleceu que no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de materiais de encanamento no Brooklyn.... 04088633822

DNA A retomada do caso resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a promotoria pública pedindo uma nova investigação sobre a morte de Samuel. A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de dados de DNA, que passou a exigir amostras de todos os condenados por crimes após 2006, mas que também valia retroativamente para os que estivessem presos ou em liberdade condicional na época. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro encontrada na van mais de 20 anos antes. ... "A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do departamento de polícia, que nunca desistiram de seu comprometimento em prender os homens responsáveis por esse crime terrível". (http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8 141,00Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam +assassinato.html; 15/11/2010, 09h49 • atualizado às 11h04)

A transformação da frase "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, para discurso indireto é:

a) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre aquilo. b) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar sobre aquilo. c) Goodwin disse: "Eu nunca parei de pensar sobre isso". d) Goodwin diz: "Eu nunca parei de pensar sobre isso". e) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo. 04088633822

Comentário: para passar um discurso direto para o discurso indireto, é preciso observar o seguinte: 1) deve-se começar a frase assim: Goodwin disse que... observe a inserção da conjunção integrante que. 2) a primeira pessoa “eu” do discurso direto passará a terceira pessoa “ele” no discurso indireto.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 3) o pretérito perfeito do indicativo “parei” (1ª pessoa), presente no discurso direto, passará para o pretérito mais-que-perfeito “parara” ou “tinha/havia parado” (3ª pessoa), no discurso indireto. 4) O pronome demonstrativo “isso”, presente no discurso direto, passará a “aquilo” no indireto. A única alternativa que atende a tais questões acima citadas é a A. GABARITO: A

14 de fevereiro

Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada: − Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora. − Quem? − Me esqueceu o nome dele. Leitor obtuso, se não percebeste que "esse homem que briga lá fora" é nada menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita 04088633822

lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é "esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no quarto em que residirem. (Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)

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14. (AFR/SP – 2009 – Gestão Tributária – FCC) Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias palavras o que a mulher disse ao vendedor, a formulação que, em continuidade à frase ... quando vi chegar uma mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderia corretamente ao padrão culto escrito é: a) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá fora. b) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que brigava lá fora. c) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora. d) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá fora. e) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria lá fora.

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo, início da crônica "Quadro na parede", de Carlos Drummond de Andrade. − Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição − observou o Sr. Borges, levantando a cabeça, entre 04088633822

o primeiro e o segundo goles do café da manhã. − Há pessoas realmente exageradas − ponderou a Sra. Borges, enquanto passava geleia no brioche. Esse quadro está assim apenas há uma semana. − Uma semana parece tempo suficiente para alguém corrigir a posição de um quadro na parede − retrucou o Sr. Borges, sorvendo mais um gole, e desdobrando o jornal. − Admitindo-se que assim seja, embora a colocação de um objeto de arte exija muitas experiências e tempo indeterminado de observação e crítica, até

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 que seja atingido o resultado ideal, presume-se que a pessoa não satisfeita com a posição de um quadro... A Sra. Borges fez uma pausa para levar aos lábios a fatia de brioche, mastigá-la e engoli-la, concluindo placidamente: − Tome a iniciativa de modificá-la para melhor. − Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição − observou o Sr. Borges, levantando a cabeça, entre o primeiro e o segundo goles do café da manhã. 15. (ALERN – 2011 – Taquigrafia – FCC) Outro modo de referir a fala acima, iniciando com "O Sr. Borges, levantando a cabeça, entre o primeiro e o segundo goles do café da manhã, observou que... ", estará correto com o seguinte complemento: a) esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra de consertar sua posição. b) aquele quadro estava torto desde o começo do mundo e ninguém se lembrava de consertar sua posição. c) aquele quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém chegava a se lembrar de consertar sua posição. d) o quadro que estava ali está torto desde o começo do mundo e 04088633822

ninguém se lembra de consertar sua posição. e) um dos quadros está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembrava de consertar sua posição.

Para

responder

a

questão,

considere

o

texto

abaixo,

conferência

pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.

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16. (DPF/ RS – 2014 – Defensor Público – FCC) Era já a aurora do dia da América, mas nada mais senão a aurora. Considerada a frase acima, em seu contexto, assinale a assertiva correta. a) Substituir da América por "americano" em nada prejudica o sentido original, pois é regra do idioma que o sentido da locução adjetiva é absolutamente idêntico ao sentido do adjetivo que corresponde a ela. b) A frase "Ainda que já fosse a aurora do dia da América, era nada mais senão a aurora" está gramaticalmente correta e é semanticamente equivalente à frase original. c) O advérbio já pode ser substituído por "em pouco tempo", sem prejuízo do sentido original. d) Por vir associada à palavra dia, não se pode dizer que a palavra aurora está empregada como metáfora. e) A substituição de senão por "se não" mantém o sentido original da frase. Os direitos “nossos” e os “deles” Não é incomum que julguemos o que chamamos “nossos” direitos superiores aos direitos do “outro”. Tanto no nível mais pessoal das relações 04088633822

como

nos

fatos

sociais

costuma

ocorrer

essa

discrepância,

com

as

consequências de sempre: soluções injustas. Durante um júri, em que defendia um escravo que havia matado o seu senhor, Luís Gama (1830 - 1882), advogado, jornalista e escritor mestiço, abolicionista que chegou a ser escravo por alguns anos, proferiu uma frase que se tornou célebre, numa sessão de julgamento: "O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa". A frase causou tumulto e acabou por suspender a sessão do júri, despertando tremenda polêmica à época. Na verdade, continua provocando. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Dissesse alguém isso hoje, em alguma circunstância análoga, seria aplaudido por uns e acusado por outros de demonizar o “proprietário”. Como se vê, também a demonização tem duas mãos: os partidários de quem subjuga acabam por demonizar a reação do subjugado. Tais fatos e tais polêmicas, sobre tais direitos, nem deveriam existir, mas existem; será que terão fim? O grande pensador e militante italiano Antonio Gramsci (1891-1937), que passou muitos anos na prisão por conta de suas ideias socialistas, propunha, em algum lugar de sua obra, que diante do dilema de uma escolha nossa conduta subsequente deve se reger pela avaliação objetiva das circunstâncias para então responder à seguinte pergunta: “Quem sofre?” Para Gramsci, o sofrimento humano é um parâmetro que não se pode perder de vista na avaliação das decisões pessoais ou políticas. (Abelardo Trancoso, inédito)

17. (TRT - 1ª REGIÃO / RJ – 2014 – Analista Judiciário – TI – FCC) Está plenamente correta a redação deste livre comentário sobre o texto: a) Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não relutava uma análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se tomar. b) A preocupação principal do autor do texto está em demonstrar como se desejam preservar os direitos em que os detentores somos nós, ao passo que com os dos outros o mesmo não venha a ocorrer. 04088633822

c) Muita gente considera de que seus direitos são sempre preferíveis de se respeitar do que os dos outros, cometendo-se com isto uma irreparável injustiça para com seus semelhantes. d) O intrépido Luís Gama não hesitou em lançar mão de um argumento radical para defender seu cliente, um escravo acusado do assassinato de seu proprietário.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 e) Seria mesmo difícil de se imaginar a balbúrdia que se proclamou entre os expectadores que assistiam o julgamento de um escravo cuja defesa era de Luís Gama.

Senhores:

Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e completada por moços, a Academia nasce com a alma nova e naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a unidade literária. Tal obra exige não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda a casta, às escolas literárias e às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloquência nacionais é 04088633822

indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão. (ASSIS, Machado. Discurso inaugural, na Academia Brasileira, aos 20 dias do mês de julho de 1897. Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.926)

18. (TRF – Assistente Judiciário – 2007 – FCC) Releia: Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 A fala acima está corretamente reportada da seguinte maneira: Machado de Assis declarou que, a) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. b) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na medida do possível corresponder à sua confiança. c) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles. d) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dirlhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança. e) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. Atenção: Para responder às questões de números 19 a 21 considere o texto abaixo.

Falsificações na internet

Quem frequenta páginas da internet, sobretudo nas redes sociais, volta e meia se depara com textos atribuídos a grandes escritores. Qualquer leitor dos mestres da literatura logo perceberá a fraude: a citação está longe de honrar a alegada autoria. Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Fernando 04088633822

Pessoa, por exemplo, jamais escreveriam banalidades recheadas de lugares comuns, em linguagem capenga e estilo indefinido. Mas fica a pergunta: o que motiva essas falsificações grosseiras de artistas da palavra e da imaginação? São muitas as justificativas prováveis. Atrás de todas está a vaidade simplória de quem gostaria de ser tomado por um grande escritor e usa o nome deste para promover um texto tolo, ingênuo, piegas, carregado de chavões. Os leitores incautos mordem a isca e parabenizam o fraudulento, expandindo a falsificação e o mau gosto. Mas há também o ressentimento malicioso de quem conhece seus bem estreitos limites literários e, não se Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 conformando com eles, dispõe-se a iludir o público com a assinatura falsa, esperando ser confundido com o grande escritor. Como há de fato quem confunda a gritante aberração com a alta criação, o falsário dá-se por recompensado enquanto recebe os parabéns de quem o “curtiu”. Tais

casos

são

lamentáveis

por

todas

as

razões,

e

constituem

transgressões éticas, morais, estéticas e legais. Mas fiquemos apenas com a grave questão da identidade própria que foi rejeitada em nome de outra, inteiramente postiça. Enganar-se a si mesmo, quando não se trata de uma psicopatia grave, é uma forma dolorosa de trair a consciência de si. Os grandes atores, apoiando-se no talento que lhes é próprio, enobrecem esse desejo tão humano de desdobramento da personalidade e o legitimam artisticamente no palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz própria, que se tornam por vezes mais famosos que seus criadores (caso de Cervantes e seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao não assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande momento de Shakespeare. Provavelmente jamais leram Shakespeare ou qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do nome, e a usam como moeda corrente no mercado virtual da fama. Tais fraudes devem deixar um gosto amargo em quem as pratica, sobretudo quando ganham o ingênuo acolhimento de quem, enganado, as aplaude. É próprio dos vícios misturar prazer e corrosão em quem os sustenta. 04088633822

Disfarçar a mediocridade pessoal envergando a máscara de um autêntico criador só pode aprofundar a rejeição da identidade própria. É um passo certo para alargar os ressentimentos e a infelicidade de quem não se aceita e não se estima. (Terêncio Cristobal, inédito)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 19. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista – FCC) No texto manifesta-se, essencialmente, uma censura a quem, (A) frequentando páginas da internet, deixa-se seduzir com facilidade pelos textos de grandes autores, sem antes certificar-se quanto à sua autenticidade. (B) por falta de talento literário e por ressentimento, costuma ressaltar nos textos dos autores clássicos as passagens menos inspiradas ou mais infelizes. (C) levado pelo sentimento da vaidade, porta-se como se fosse um grande escritor, tratando de temas profundos num estilo elevado, próprios dos grandes talentos. (D) cometendo uma fraude, publica na internet textos medíocres, atribuídos a escritores célebres, buscando com isso, entre outras coisas, ganhar o aplauso de quem lê. (E) com intenção maliciosa, cita autores famosos em páginas da internet, afetando uma familiaridade que de fato jamais teve com esses grandes escritores. 20. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista – FCC) Considere as seguintes afirmações: I. No primeiro parágrafo, o autor do texto imagina que muitos usuários 04088633822

das redes sociais, mesmo os versados em literatura, podem se deixar enganar pela fraude das citações, uma vez que o estilo destas lembra muito de perto a linguagem dos alegados autores. II. No segundo parágrafo, duas razões são indicadas para explicar a iniciativa dos fraudulentos: o gosto pela ironia, empregada para rebaixar os escritores de peso, e a busca da notoriedade de quem quer ser identificado como um artista superior. III.

Nos

dois

parágrafos

finais,

o

que

o

autor

ressalta

como

profundamente grave é o fato de os falsários mentirem para si mesmos, Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 dissolvendo a identidade que lhes é própria e assumindo, ilusoriamente, a personalidade de alguém cujo valor já está reconhecido. Em relação ao texto está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 21. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista – FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento em: (A) honrar a alegada autoria (1ºparágrafo) = enobrecer a presunção de um autor (B) ressentimento malicioso (2º parágrafo) = remorso astuto (C)

a

usam

como

moeda

corrente

(3°

parágrafo)

=

gastam-na

perdulariamente (D) o ingênuo acolhimento (4ºparágrafo) = a recepção incrédula (E) Disfarçar a mediocridade (4ºparágrafo) = dissimular a banalidade Leia o texto a seguir. 04088633822

Em fins do ano passado foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado a denominada Emenda Constitucional da Felicidade, que introduz no artigo 6º da Constituição Federal, relativo aos direitos sociais, frase com a menção de que são essenciais à busca da felicidade. Pondera-se também que a busca individual pela felicidade pressupõe a observância

da

felicidade

coletiva.



felicidade

coletiva

quando

são

adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. E a sociedade será mais feliz se todos tiverem acesso aos básicos serviços públicos Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, entre outros, ou seja, justamente os direitos sociais essenciais para que se propicie aos indivíduos a busca da felicidade. Pensa-se possível obter a felicidade a golpes de lei, em quase ingênuo entusiasmo, ao imaginar que, por dizer a Constituição serem os direitos sociais essenciais à busca da felicidade, se vai, então, forçar os entes públicos a garantir condições mínimas de vida para, ao mesmo tempo, humanizar a Constituição. A menção à felicidade era própria da concepção de mundo do Iluminismo, quando a deusa razão assomava ao Pantheon e a consagração dos direitos de liberdade e de igualdade dos homens levava à crença na contínua evolução da sociedade para a conquista da felicidade plena sobre a Terra. Trazer para os dias atuais, depois de todos os percalços que a História produziu para os direitos humanos, a busca da felicidade como fim do Estado de Direito é um anacronismo patente, sendo inaceitável hoje a inclusão de convicções apenas compreensíveis no irrepetível contexto ideológico do Iluminismo. Confunde-se

nessas

proposições

bem-intencionadas,

politicamente

corretas, o bem-estar social com a felicidade. A educação, a segurança, a saúde,

o

lazer,

a

moradia

e

outros

mais

são

considerados

direitos

fundamentais de cunho social pela Constituição exatamente por serem 04088633822

essenciais ao bem-estar da população no seu todo. A satisfação desses direitos constitui prestação obrigatória do Estado, visando dar à sociedade bem-estar, sendo desnecessária, portanto, a menção de que são meios essenciais à busca da felicidade para se gerar a pretensão legítima ao seu atendimento. O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do Mundo de Futebol, mas não há felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. A felicidade é um sentimento individual tão efêmero como variável, a depender dos valores de cada pessoa. Em nossa época consumista, a felicidade pode ser vista como a satisfação dos desejos, muitos ditados pela moda ou pelas Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 celebridades. Ter orgulho, ter sucesso profissional podem trazer felicidade, passível de ser desfeita por um desastre, por uma doença. Assim, os direitos sociais são condições para o bem-estar, mas nada têm a ver com a busca da felicidade. Sua realização pode impedir de ser infeliz, mas não constitui, de forma alguma, dado essencial para ser feliz. (Miguel Reale Júnior. O Estado de S. Paulo, A2, Espaço Aberto, 5 de fevereiro de 2011, com adaptações)

22. (INSS – 2012 - Perito Médico Previdenciário – FCC) Afirma-se corretamente que o autor (A) está convencido de que uma sociedade só poderá ser plenamente feliz se lhe for permitida a realização de todas as suas expectativas, principalmente quanto aos seus direitos básicos. (B) critica, tomando por base as obrigações do Estado de Direito e os conceitos de felicidade e de bem-estar coletivo, a proposta de Emenda Constitucional por considerá-la inócua e defasada. (C) defende a concessão, pelo Estado, de garantias constitucionais para que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindível à sensação de bemestar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral. (D) censura a tardia preocupação do Senado brasileiro em oferecer condições mínimas de qualidade de vida à população, com a oferta dos direitos básicos que venham a garantir a felicidade geral. 04088633822

(E) faz referência à necessária conscientização de que o bem-estar da população é um bem indiscutível, especialmente quanto à liberdade e à igualdade, a partir dos princípios que embasaram o Iluminismo. 23. (INSS – 2012 - Perito Médico Previdenciário – FCC) Em relação ao desenvolvimento textual, está INCORRETO o que consta em: (A) Os dois primeiros parágrafos introduzem o assunto que será analisado a seguir.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) Há passagens no texto que evidenciam o posicionamento do autor sobre o assunto em pauta. (C) No 4º parágrafo identifica-se a argumentação de que se vale o autor para embasar a opinião que será defendida no parágrafo seguinte. (D) O exemplo tomado à Copa do Mundo, no 6º parágrafo, compromete o encadeamento das ideias defendidas no texto. (E) O último parágrafo constitui uma conclusão coerente de toda a discussão apresentada.

24. (SER/PB – 2009 - AFTE –FCC) Leia as frases abaixo: I. O leitor perguntaria se as comissões são úteis e necessárias. II. Com essa CPI, acabaria tudo em pizza, novamente? III. “Os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na vida pública”, asseverou o colunista. Elas se encontram, respectivamente, em discurso

I

a) direto

II

III

indireto livre

b) indireto livre

direto

c) indireto

indireto indireto

indireto livre

direto

04088633822

d) indireto

direto

indireto livre

e) direto

direto

indireto livre

Filosofia de borracharia

O

borracheiro

coçou

a

desmatada

cabeça

e

proferiu

a

sentença

tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado murcho. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 − Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e enorme simpatia. O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato. Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu, embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos companheiros de viagem, me pus a teorizar. Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento para o 04088633822

corpo, quem sabe para a alma. *Camminando si sgonfia = andando se esvazia. Sgonfiato é vazio; sgonfiati é a forma plural. (Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86)

25. (SEFAZ/PI – 2015 – Analista do Tesouro Estadual – FCC) Atente para as seguintes afirmações:

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I. A frase dita pelo borracheiro nada indiciou aos jovens turistas, que não sabiam em que país estavam − o que só veio a se esclarecer durante a refeição tipicamente italiana.

II. A familiaridade que um dos jovens revelou ter com o idioma italiano permitiu-lhe deduzir da frase do borracheiro uma súmula filosófica.

III. Como conclusão do antigo episódio narrado, o cronista lembra o quanto a vida acaba por nos tornar necessitados de novo ânimo para seguir vivendo-a. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) III, apenas. (B) I, II e III. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I e III, apenas. 26. (SEFAZ/PI – 2015 – Analista do Tesouro Estadual – FCC) Atente para a seguinte construção: O borracheiro explicou-nos que os pneus haviam esvaziado com o uso, e que era fácil resolver aquele problema. Empregando-se o discurso direto, a frase deverá ser: O borracheiro explicounos: (A) − Com o uso os pneus estão esvaziando, problema este que seria fácil resolver. (B) − Os pneus com o uso tinham esvaziado, mas seria fácil resolver o 04088633822

problema. (C) − Os pneus se esvaziaram com o uso, é fácil resolver este problema. (D) − Com o uso os pneus terão se esvaziado, seria fácil resolver esse problema. (E) − Os pneus com o uso estavam vazios, vai ser fácil resolver seu problema

27.

(MPE/SP



2010 -

Analista

de Promotoria

– VUNESP)

Cumprimento a redação da revista pela brilhante reportagem sobre a situação da perícia no Brasil. Muito bem feita e didática, a matéria _____________ Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 ______________ e apresenta uma noção do trabalho dos peritos que, com certeza, ____________ muitos jovens a __________ a profissão. De novo, parabéns e continuem nessa linha editorial, que agrada muito aos leitores. (Galileu, julho de 2010. Adaptado)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente, com (A) dismitifica … tabus … incentivarão … seguir (B) dismistifica … tabus … incentivarão … seguir (C) desmistifica … tabús … incentivará … seguirem (D) desmitifica … tabus … incentivará … seguirem (E) demistifica … tabús … incentivarão … seguirem 28. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Leia a tira.

04088633822

Observe as frases produzidas com base no diálogo da tira:

I. Aceita, Dr. Quirino, um café? II. Primeiro, quero ver o paciente. III. Quando eu vi ele, estava no quintal, começou a chuva e… Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 IV. Puro e com pouco açúcar.

Apresenta vício de linguagem e, ao mesmo tempo, revela alteração em relação ao sentido da tira apenas o contido em (A) I. (B) III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) I, II e III.

Leia o texto para responder às questões de números 29 a 31.

Vigilantes não deveriam estar armados em ambientes como bancos e supermercados, simplesmente porque seu preparo de 160 horas e de poucas dezenas de tiros não os habilita a situações de estresse, sejam elas assaltos ou conflitos com clientes. Mesmo policiais, que recebem um treinamento mais intenso e com supervisão altamente profissional, mostram problemas de preparo nessas situações. Por um mero jogo de interesses comerciais, a obrigatoriedade de vigilância bancária imposta pelos governos militares no pacote de medidas “antiterrorismo” acabou sendo mantida, e o emprego de vigilantes armados se 04088633822

difundiu, com enorme perigo

para as pessoas que frequentam esses

ambientes. Ladrões não evitam locais com vigilantes armados, eles apenas chegam em maior número, aumentam o perigo de tiroteio e ainda levam a arma do segurança. Em 2006, só no estado de São Paulo, os assaltantes roubaram 160 armas de vigilantes. […] A função da segurança privada em proteger patrimônio não pode ser exercida com prejuízos à segurança dos cidadãos que deve ser preocupação cada vez mais competente das forças policiais. Sem uma boa polícia não há Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 salvação para a sociedade. E é ela que deve carregar armas; não seguranças privados. (Galileu, julho de 2010)

29. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) De acordo com o texto, pode-se concluir que (A)

tanto

policiais

quanto

vigilantes

devem

proteger

o

cidadão

desarmados. (B) o treinamento recebido pelos policiais é o mesmo dos seguranças privados. (C) a presença de seguranças armados corre à margem de interesses financeiros. (D) os seguranças armados são treinados para evitar ações terroristas. (E) a segurança armada é insuficiente para coibir a ação dos assaltantes. 30. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Assinale a alternativa em que a frase está isenta de vício de linguagem. (A) Assiste à polícia e não aos seguranças privados o direito de portar armas. (B) Os governos militares imporam a obrigatoriedade de vigilância bancária. (C) Clientes de bancos e supermercados pode ser vítima de tiroteios. 04088633822

(D) Se difundiu, em ambientes como bancos e supermercados, os vigilantes armados. (E) Pode ser perigoso se os governos manterem a obrigatoriedade de vigilância bancária. 31. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (A) Vigilantes, de bancos e supermercados, não deveriam estar armados pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (B) Vigilantes em bancos e supermercados, não deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (C) Vigilantes, em bancos e supermercados, não deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (D) Vigilantes, em bancos e supermercados não deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de estresse. (E) Vigilantes de bancos e supermercados, não deveriam estar armados

Leia o texto para responder às questões de números 32 e 33.

É fácil entender por que os advogados estão aprimorando suas técnicas de júri. Enquanto um juiz julga com base no código legal, o júri segue convicções pessoais. “Jurados são mais passionais. Analisam por consciência, não por ciência”, diz Mauro Otávio Nacif, criminalista que já trabalhou na defesa de 800 casos, como o de Suzane von Richthofen, condenada em 2006 pelo assassinato dos pais. Por isso, advogados têm de atingir a razão e também o coração dos jurados. Nos EUA, uma indústria se formou só para pesquisar como os jurados absorvem explicações e que tecnologias dariam mais credibilidade aos argumentos de advogados. Lá, processos envolvendo 04088633822

empresas também podem ir a júri, e uma decisão passional pode custar indenizações milionárias ao réu. Com dinheiro em jogo, os americanos trataram de criar armas sofisticadas para influenciar os jurados. (Superinteressante, julho de 2010)

32. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Conforme o texto, o aprimoramento das técnicas de júri está relacionado (A) ao barateamento de um processo, já que uma análise mais precisa dos jurados pode evitar que os réus paguem indenizações milionárias. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) à necessidade de se formalizarem procedimentos mais precisos, com julgamentos menos eivados da interferência das convicções pessoais. (C) à intenção de mobilizar os jurados, levando em consideração os aspectos subjetivos de sua análise dos argumentos

apresentados nos

processos. (D) a uma concepção de jurado que tenha mais informação tecnológica de um caso, julgando com mais ciência do que consciência. (E) a um novo procedimento ratificado pelo código penal, por meio do qual se evitará que os jurados julguem com base nas convicções pessoais.

33.

(MPE/SP



2010

-

Analista

de

Promotoria



VUNESP)

Considerando-se o emprego do acento indicativo da crase, no trecho – … e uma decisão passional pode custar indenizações milionárias ao réu. – a expressão ao réu pode ser corretamente substituída por (A) à um condenado pela lei. (B) à quem for condenado. (C) à uma pessoa que for condenada. (D) àquele que for condenado. (E) à alguém que seja condenado. 34. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Observe as 04088633822

frases, títulos de matérias da revista, e analise as afirmações.

Por que o Brasil toma tanto Rivotril Cores que enganam seu cérebro (Superinteressante, julho de 2010)

I. Na primeira frase, a figura de linguagem presente é a metonímia, já que o termo Brasil está empregado no lugar de brasileiros.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 II. Na segunda frase, a figura de linguagem presente é a hipérbole, já que o verbo enganar representa uma ação exagerada. III. Na primeira frase, sem alteração da ordem dos termos, também estaria correto o uso da forma Por quê.

Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 35. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Quando a diferença entre os limites de ordem sociopragmática _____________ por regras convencionais e as restrições que afetam valores mais fundamentais e ___________ da existência se ___________, a sociedade está pronta para a experiência totalitária. Isso pode acontecer por via de uma acomodação gradual da liberdade a diversos tipos de controle social, e essa transição muitas vezes é sutil e imperceptível na dinâmica da vida coletiva. (http://revistacult.uol.com.br/home/2010/04/etica-e-situacoes-limite/)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente, 04088633822

com (A) estabelecida … constitutivos … diluem (B) estabelecidos … constitutivos … dilui (C) estabelecida … constitutivas … dilui (D) estabelecidos … constitutivos … diluem (E) estabelecida … constitutivo … diluem

Deixar recipientes com água no chão Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08

Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão, local por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível contaminação da água. 36. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Nesse segmento há alguns problemas no emprego culto da língua. Na frase “Deixar recipientes com água no chão” há um problema de (A) mau emprego de forma verbal. (B) falta de concordância adequada. (C) existência possível de ambiguidade. (D) seleção de vocábulo inadequado. (E) ausência de pontuação correta. 37. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Já na frase “local por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da casa”, há um erro em (A) nas duas formas verbais (passa / é), que deveriam estar no plural. (B) na ausência da preposição “em” antes de “outras partes da casa”. (C) na falta de vírgulas antes e depois de “naturalmente”. 04088633822

(D) na falta de concordância da forma verbal “passa”. (E) no mau emprego da forma “onde”.

A partir do fragmento a seguir, responda à questão 38.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Diminuir a higiene pessoal Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água, porque não adianta optar por isso em troca da saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário. 38. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Na frase “Escolas de São Paulo vetam até escova de dente para economizar água.”, o emprego do até mostra um modalizador, ou seja, um termo em que o enunciador do texto expressa uma opinião. Nesse caso, a opinião é de que (A) há um exagero na medida. (B) mostra um cuidado exemplar na medida tomada. (C) indica uma dúvida sobre o efeito pretendido. (D) ocorrem inúmeros outros casos de economia de água. (E) demonstra um apoio à medida tomada.

Observe a charge a seguir. 04088633822

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39. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Sobre a charge, assinale a opção que indica a leitura inadequada. (A) A imagem do chão seco intensifica a seca. (B) O único pingo d’água indica falta de água. (C) A gota de água também pode indicar uma lágrima. (D) A ausência de água na torneira é uma crítica às autoridades. (E) A cor clara do céu mostra a presença do sol intenso. 04088633822

Texto 1 – “A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram cometidos

por

pessoas

bem-intencionadas

que

simplesmente

tomaram

decisões equivocadas e acabaram sendo responsáveis por grandes tragédias. Outros, gerados por indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de escolhas egoístas e provocaram catástrofes igualmente terríveis.” (As piores decisões da história, Stephen Weir)

40. (TJ/BA – 2015 – Analista Judiciário – FGV) No texto 1, a palavra “bem-intencionada” aparece grafada com hífen; o Novo Acordo Ortográfico diz Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 que “Nas palavras em que o primeiro elemento é bem-, a regra geral é o emprego do hífen, não importando se o segundo elemento começa por vogal ou consoante”. Sobre esse caso, a afirmação correta é: (A) a palavra foi mal grafada, pois deve ser escrita sem hífen; (B) a palavra foi bem grafada já que se trata da junção de um advérbio de modo + adjetivo; (C) a palavra foi bem grafada, pois se trata de um adjetivo composto com um elemento de valor prefixal; (D) a palavra foi mal grafada, visto que não se trata de um vocábulo, mas de dois; (E) a palavra foi bem grafada, pois houve mudanças nesse emprego, com as novas regras. 41. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos pensamentos (Millôr Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas é: (A) Guio bem, ............... o motor do meu carro sempre foi pra mim um mistério insondável. (B) Condenam-se muito os excessos, ............... também há um limite para o mínimo. 04088633822

(C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, ............... me enfrento todo dia. (D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, ............... há muito pobre sem vergonha. (E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, ............... acha aquele ambiente grã-fino demais para ela.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 42. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à concordância verbal recomendada pela norma culta é: (A) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, mostram profissões as mais estranhas possíveis. (B) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos meses apresentaram-se à Polícia. (C) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para outros países foi transferido para outras companhias. (D) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os ajuda a se deslocar de um lugar para outro. (E) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários. 43. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Observe a charge 1 abaixo, publicada por ocasião dos atos terroristas em Paris, em janeiro de 2015; a afirmativa INADEQUADA sobre a imagem é:

04088633822

(A) há uma referência clara aos ataques terroristas ocorridos nos Estados Unidos há algum tempo; Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 (B) as imagens dos lápis indicam metonimicamente a profissão de algumas das vítimas; (C) a presença do avião indica a rapidez da comunicação com apoio da tecnologia nos dias de hoje; (D) a imagem mostra um ataque a valores culturais, aqui representados pela arte do desenho; (E) a imagem representa uma situação temporal anterior aos atentados e às mortes. 44. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Observe, agora, a charge 2 a seguir; comparando-se essa imagem com a da charge 1, a afirmativa adequada é:

04088633822

(A) a bala à esquerda tem por alvo a Torre Eifell; (B) a imagem da Torre Eifell transfere a França para os Estados Unidos; (C) os lápis aqui representam as indústrias modernas; (D) a Torre Eifell situa os atentados na cidade de Paris; (E) as folhas de papel no meio da fumaça mostram a relatividade da arte.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 Observe a charge a seguir:

45. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Na fala da ovelha (charge 3) há alguns problemas de correção; o fato linguístico que se opõe à norma culta da língua, nesse caso, é a: (A) mistura de tratamentos; (B) conjugação errada de verbos; (C) falha na concordância; (D) utilização de grafia errada; (E) ambiguidade de construções. 04088633822

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 08 É isso, alunos! Que o estudo de cada um seja só alegria e satisfação! Gabarito a seguir.

Para finalizar, apaixonada que sou pelo grande Fernando Pessoa, deixo um poema lindíssimo do heterônimo Ricardo Reis, do genial poeta:

Entregue-se inteiro a seu objetivo, não pela metade, não desanimado, mas TODO, viva alto como a lua no céu e veja quão imenso e lindo é o reflexo que você produz!

Grande abraço a todos!

04088633822

Entrem em contato sempre que quiserem e/ou precisarem!

Rafaela Freitas.

Contato: [email protected]

Profª Rafaela Freitas

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1)

B

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C

2)

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10)

C

25)

A

40)

C

11)

A

26)

C

41)

E

12)

E

27)

D

42)

C

13)

A

28)

B

43)

C

14)

B

29)

E

44)

D

15)

B

30)

A

45)

A

04088633822

Profª Rafaela Freitas

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