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Aula 03 Português p/ TJ-PE (Com videoaulas) Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas

Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03

AULA 03 PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO. A Olá, estudiosos e aplicados alunos!! Animados?? Nesta

aula

vamos

trabalhar

uma

classe

gramatical

de

extrema

importância: PRONOMES. Estudo muito importante, pois aparece em quase 100% dos certames! Vou iniciar a aula com uma breve introdução sobre todas as classes de palavras, em seguida, vou focar apenas na identificação, emprego e uso dos pronomes! Não vamos perder tempo! Vamos para a aula!

SUMÁRIO INTRODUÇÃO SOBRE CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS....02 PRONOME............................................................................................04 COLOCAÇÃO PRONOMINAL.....................................................................18 QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................23 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................53 GABARITO............................................................................................76 09469404360

"O incentivo de viver é arriscar, deixe o medo para os fracos." Charlin Chaples

Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 MORFOLOGIA

Trata-se do estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. O objetivo da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período (disso trata a sintaxe). A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas:

VARIÁVEIS (sofrem flexões):

1.

SUBSTANTIVO: designa os seres reais ou fictícios Ex.:

pato, ave, Deus, lobisomem, alegria, Barbacena, dó, pé-de-moleque

2.

ADJETIVO: indica as características dos seres Ex.:

bela, selvagem, brasileiro, amarelo-claro,

famoso, azul

3.

ARTIGO:

acompanha

o

substantivo,

determinando-o

ou

generalizando-o Ex.:

o, a, os, as / um, uma, uns, umas 09469404360

4.

NUMERAL: indica quantidade ou ordem dos seres Ex.:

5.

um, dois, primeiro, décimo, meio, dobro

PRONOME:

é

a

palavra

que

substitui

ou

acompanha

substantivo (nome) em relação às pessoas do discurso Ex.:

6.

Ela veio à nossa casa.

VERBO: indica processo, exprimindo ação, estado ou fenômeno

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um

Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Ex.:

voar, cantar, sofrer, ser, estar, chover, nevar

INVARIÁVEIS:

7.

ADVÉRBIO: modifica essencialmente o verbo exprimindo uma

circunstância (modo, tempo, lugar) Ex.:

bem, mal, muito, meio, talvez, calmamente, hoje, logo, aqui, perto, sim, não

8.

PREPOSIÇÃO: liga duas palavras estabelecendo entre elas certas

relações (posse, companhia) Ex.:

A casa é DE Luís.

a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás

9.

CONJUNÇÃO:

liga duas orações coordenando-as, subordinando-

as Ex.:

Ele chora E ri ao mesmo tempo. 09469404360

É verdade QUE ele fala muito? Sairei QUANDO me pedirem.

10.

INTERJEIÇÃO: palavra ou locução que expressa apelos, emoções,

ou ideias mal estruturadas Ex.:

Ah!, Ai!, Olá!, Valha-me Deus! Macacos me mordam!

Quanto à função, pode-se agrupar as palavras em: Principais, Adjuntas, Conectivas, Classe Especial Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br

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 PRINCIPAIS:

Substantivo, Verbo

 PRINCIPAIS e ADJUNTAS:  ADJUNTAS (sempre):  CONECTIVAS:

Pronome e Numeral

Artigo, Adjetivo, Advérbio

Preposição e Conjunção

 CLASSE ESPECIAL:

Interjeição

PRONOME

Antes

das

demais

classificações,

precisamos

compreender

o

uso

pronominal em duas situações, veja:  Pronome Substantivo: quando ele substitui um substantivo, fica no lugar dele em uma frase, fazendo remissão textual.

Ex.: Tudo nos une, nada nos separa. 09469404360

Os pronomes em destaque substituem coisas e pessoas na frase.  Pronome Adjetivo: determina o substantivo, funcionando mesmo como um adjetivo.

Ex.: Todo homem é mortal Profª Rafaela Freitas

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O pronome todo está ligado ao substantivo homem. I – CLASSIFICAÇÃO: para entendermos o uso dos pronomes, vamos vêlos divididos em grupos.

Os pronomes podem ser: 1)

Pessoais: subdividem-se em retos e oblíquos.

a)

Retos: funcionam como sujeito ou predicativo.

1ª pessoa – eu / nós 2ª pessoa – tu / vós 3ª pessoa – ele (a) / eles (as)

Ex.:

Eu não sou ele. Sujeito

predicativo

O uso do pronome pessoal reto é como o sujeito da oração, posição que nenhum outro pronome pode assumir.

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b)

Oblíquos: funcionam como complementos (verbais e nominais) ou

adjuntos

Singular 1ª pessoa - Me 2ª pessoa - Te 3ª pessoa - Se Profª Rafaela Freitas Plural

mim comigo ti contigo si consigo o, a, lhe www.estrategiaconcursos.com.br

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Exemplos: Beijou–me com amor. O.D.

O verbo beijar é transitivo direto e pede um complemento, que, no caso, é quem foi beijado, me é o objeto direto!

Entregou–me o livro. O.I. O verbo entregar é transitivo direto e indireto, entrega-se alguma coisa (OD) a alguém (OI). No caso da oração, entregou o livro (OD) a mim (me OI)

Tenha–me respeito. C. Nominal

Analisando sintaticamente a oração, temos: ter... o quê? Respeito (OD). Respeito a quem? A mim (me – complemento nominal). 09469404360

Tapou–me a boca. Adjunto Adnominal

Vejam: tapou o quê? A minha boca. Minha é adjunto adnominal de boca.

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Os pronomes ele, nós, vós, eles serão considerados oblíquos

quando estiverem em funções sintáticas próprias do pronome oblíquo > O diretor convidará todos ELES (OD), se estiver na posição de sujeito, será classificado como reto > Ele convidará a todos. ELE é o sujeito, então é pronome reto.

Emprego de o, a, os, as

1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram. Exemplos: Chame-o agora. Deixei-a mais tranquila.

2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las.

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Exemplos: (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.

3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas. Exemplos: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa. Profª Rafaela Freitas

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4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, volo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)



O, A, OS, AS

 Objeto Direto =

Jamais O acompanharei.

 Sujeito do infinitivo =



Deixei – O ficar no quarto.

LHE, LHES - só não terá a função de Objeto Direto, podendo ser

Objeto Indireto, Complemento Nominal e Adjunto Adnominal.  O.I. (2ª pessoa) =

Façam o que LHES convêm.

 Compl. Nominal =

Tenho – LHE respeito.

 Adj. Adnominal =

Beijei – LHE o rosto.

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Uso de EU – TU / MIM – TI

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Existe grande confusão na língua falada sobre isso! Mas vejam:  Ele trouxe um presente para MIM. – CORRETO - Após preposição e em posição de complemento, usa-se o oblíquo.  Ele trouxe um presente para EU. – ERRADO - O EU e o TU são sempre retos.  Ele trouxe um presente para EU usar na festa. – CORRETO - O EU é sujeito do infinitivo usar.  Ele trouxe um presente para mim usar na festa. – ERRADO - Embora comum na linguagem falada, está errado de acordo com a gramática normativa: nada de oblíquo na posição de sujeito!  É fácil para MIM trabalhar aqui. – CORRETO - A frase está invertida, cuidado: Trabalhar aqui é fácil para mim.  O namoro acabou, nada mais há entre MIM e TI. – CORRETO - Não podemos usar os pronomes retos EU e TU nesse caso, pois não estão em posição de sujeito!  Pesam suspeitas sobre você e MIM. – CORRETO - Não podemos usar o pronomes reto EU no lugar de MIM, pois a posição não é de sujeito.

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O diretor ficou satisfeito CONOSCO. O diretor ficou satisfeito com NÓS todos.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Caso seja usado um determinante após o conosco, o pronome deve ser desmembrado: com nós.



SE, SI, CONSIGO – são sempre reflexivos

Ex.: Ele trouxe CONSIGO o irmão. Ele não SE dá com a irmã. Ele guardou o livro para SI.

c)

Tratamento:

usados

no

relacionamento

social

e

em

correspondências oficiais.

Você (V.) = para um ser igual Vossa Alteza (V.A.) = Príncipes e Princesas Vossa Majestade (V.M.) = Reis e Rainhas Vossa Eminência (V.Emª) = Cardeais Vossa Excelência (V.Exª) = Altas patentes Vossa Senhoria (V.Sª) = Linguagem comercial Vossa Santidade (V.S.) = Papas

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Cuidado com a concordância com relação ao uso dos pronomes de tratamento. Embora eles sejam usados para a segunda pessoa do discurso, os pronomes de tratamento fazem concordância em 3ª pessoa. Profª Rafaela Freitas

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1ª pessoa do discurso: emissor 2ª pessoa do discurso: receptor 3ª pessoa do discurso: o assunto

Ex.: Vossa Alteza soubeste do ocorrido? ERRADO! O verbo saber deverá concordar em terceira pessoa com o pronome de tratamento! Vossa alteza soube do ocorrido? CORRETO!

Emprego dos pronomes Vossa e Sua:



VOSSA - para falar com...



SUA – para falar de...

Ex.: Vossa Excelência gostaria de um chá? (falando com a própria Alteza) Sua Alteza, o príncipe, estará presente. (referindo-se à Alteza)

2)

Possessivos: indicam posse

1ª pessoa – meu (a) (s) / nosso (a) (s) 09469404360

2ª pessoa – teu (a) (s) / vosso (a) (s) 3ª pessoa – seu (a) (s) / seu (a) (s) 

O pronome SEU quase sempre traz ambiguidade.

Ex.: Chegaram Pedro, Maria e SEU filho.

De quem é o filho? De Pedro, de Maria ou seu?



Constitui pleonasmo vicioso usar pronome possessivo para

referir a partes do próprio corpo. Profª Rafaela Freitas

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se

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Ex.: Estou sentindo muita dor no MEU joelho.



Os pronomes pessoais podem funcionar como possessivos:

Ex.: Beijou-lhe a boca avidamente. Beijou a boca dela. Lhe = pronome pessoal usado como possessivo

Pegou-me a mão com força. Pegou a minha mão. Me = pronome pessoal usado como possessivo

3)

Demonstrativos: posição do ser no tempo e no espaço

1ª pessoa – este (a) (s) / isto 2ª pessoa – esse (a) (s) / isso 3ª pessoa – aquele (a) (s) / aquilo 09469404360

Emprego

a)

Em relação às pessoas

AQUI – Veja ESTES livros. (os livros estão perto do emissor) AÍ – Não carregues ESSA culpa. (a culpa é de quem ouve, do receptor) LÁ – AQUILO que vês em alto-mar é a salvação. (longe de quem emite e de quem recebe a mensagem) Profª Rafaela Freitas

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b)

Em relação ao tempo da mensagem

Sei apenas ISTO: nada somos. (o que ainda SERÁ falado) Estudar muito? ISSO não quero. (o que já FOI falado recentemente) AQUILO que disse é sério? (FOI falado há bastante tempo, passado remoto)

c)

Em relação ao tempo cronológico

PRESENTE – ESTE foi o século mais importante de todos. PASSADO e FUTURO – Uma noite DESSAS irei à sua casa. PASSADO e FUTURO distantes – AQUELE tempo era bom.

d)

Localizando termos da oração

ÚLTIMO da série (ESTE) – PRIMEIRO da série (AQUELE)

Ex.: Diálogo entre pais e filhos é difícil: ESTES não querem ouvir nada, e AQUELES querem falar muito. Estes: filhos 09469404360

Aqueles: pais



São também pronomes demonstrativos TAL, MESMO, PRÓPRIO,

SEMELHANTE, O.

Ex.: Pediram-me que voltasse, mas não O farei. As garotas MESMAS não disseram TAL coisa.

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Os Dêiticos Pode ser que a banca use a denominação dêiticos para se referir aos elementos linguísticos que fazem referência ao falante, à situação de produção de um dado enunciado ou mesmo ao momento em que o enunciado

é

produzido.

Nós

acabamos

de

estudar

os

pronomes

demonstrativos, não só eles, mas os pessoais e os advérbios de lugar e de tempo, em geral, funcionam como dêiticos, elementos que evidentemente se encarregam de "embrear" o enunciado, situando-o no contexto espaçotemporal em que se realiza. Trata-se, pois, da utilização de palavras apontando para a situação em que o discurso é materializado. Por isso, é indispensável que haja o conhecimento partilhado dessa situação de produção para que os elementos dêiticos façam sentido na interação comunicativa.

Dependendo da localização do referente, um elemento linguístico pode ser classificado como dêitico ou como anafórico. Se o referente se localizar no texto, então o elemento que é usado para referir-se a ele é uma anáfora. Neste caso, ocorre uma remissão a um referente anteriormente citado e, por 09469404360

isso, passível de ser reconhecido pelo interlocutor. Mas, estando o referente na situação comunicativa imediata, então o elemento linguístico de que se vale para apontá-lo é um dêitico.

Na prática: qual é a diferença entre dêiticos e as anáforas?

Basicamente, a diferença está no fato de que os dêiticos fazem referência ao contexto extralinguístico, enquanto os anafóricos retomam elementos já citados e situados no ambiente linguístico. Por exemplo: Profª Rafaela Freitas

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1- Chegamos a São Paulo hoje. Esta cidade me inspira!

2- Aquele livro sobre a mesa não é meu.

Em (1) o demonstrativo ESTA refere-se a um elemento linguístico já citado: anáfora, pois. Em (2) o pronome AQUELE faz referência a algo que não está no contexto linguístico, mas extralinguístico. Trata-se, portanto, de um dêitico.

4)

Indefinidos: refere-se à 3ª pessoa do discurso de maneira vaga

Principais indefinidos:  Algo, algum, bastante, cada, certo, mais, menos, muito, nada, qualquer, ninguém, alguém, vários

Ex.: Alguém sabe em que matéria paramos? Tenho bastantes livros. (vários – varia para o plural porque aqui é um pronome, não advérbio) 09469404360

 LOCUÇÕES PRONOMINAIS: cada um, cada qual, seja quem for, todo aquele que, qualquer um, quem quer que



Certos amigos nem sempre são amigos certos. Pronome indefinido



Adjetivo de amigos

Recebi muito apoio. Chorei muito.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Pronome indefinido

Advérbio

A classificação vai depender do uso!

5)

Interrogativos:

usado

em

frases

interrogativas

diretas

ou

indiretas

QUEM foi o maior jogador do mundo? QUE loucura é essa? QUANTOS candidatos foram aprovados? Não sei QUEM fez tal acusação. Gostaria de saber QUAL é seu nome.

6)

Relativos:

substitui

um

termo

comum

a

duas

orações,

estabelecendo uma relação de subordinação entre elas.

O banco não oferece produtos. (primeira oração) + Você não precisa de produtos. (segunda oração) O banco não oferece produtos de que você não precisa. (período composto unido pelo relativo que)

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Emprego:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 a)

QUEM: refere-se sempre a pessoas. Acompanhado de prep. “a”

com verbo transitivo direto (V.T.D.). Conheça a mulher A QUEM amo.

b)

QUE: refere-se a coisas ou a pessoas e ao antecedente mais

próximo. Você é a pessoa QUE sempre chega na hora. O estudo é o caminho QUE conduz ao sucesso.

c)

QUAL: refere-se a coisas ou a pessoas e ao antecedente mais

distante. Sempre é acompanhado de artigo “o” ou “a”. Aquele é o candidato do concurso O QUAL obteve o 1º lugar. Antecedente mais distante

d)

ONDE: indica lugar. Equivalente a “em que” ou “no qual”, mas

não pode ser substituído por eles. Visitaremos a casa ONDE nasceu Bilac. Ela sabe AONDE você quer chegar.

* quero o relatório onde falo da petrobrás. ERRADO = onde apenas 09469404360

para LUGAR! ATENÇÃO: “aonde” e “donde” são usados apenas com verbos de movimento. Aonde você está indo?

e)

QUANTO: após “tanto”, “todo” e “tudo”

Não gaste num dia tudo QUANTO ganhas no mês.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 f)

CUJO:

refere-se

a

um

antecedente,

mas

concorda

com

o

consequente, indicando POSSE. Sempre é pronome adjetivo.

ATENÇÃO: NÃO admite artigo (antes ou depois) Há pessoas CUJA inimizade nos honra. >> antecedente pessoas, concorda com inimizade.

g)

COMO: antecedentes sempre: maneira, modo, forma

Este é o modo COMO deves estudar.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase. Embora, na linguagem falada, a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.

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A ordem natural na Língua Portuguesa é o uso da ênclise, mas existe uma prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e, em último caso, ênclise.

Próclise

É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada: Profª Rafaela Freitas

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1) Quando o verbo estiver precedido de palavras atrativas, ou seja, que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:

a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais etc. Ex.: Não se esqueça de mim.

b) Advérbios Ex.: Agora se negam a depor.

c) Conjunções subordinativas Ex.: Soube que me negariam.

d) Pronomes relativos Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

e) Pronomes indefinidos Ex.: Poucos te deram a oportunidade.

f) Pronomes demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. 09469404360

2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. Ex.: Quem te fez a encomenda?

3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. Ex.: Quanto se ofendem por nada!

4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). Ex.: Que Deus o ajude.

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Mesóclise

Usa-se dizer que é a colocação pronominal no meio do verbo, mas, na verdade, é a colocação entre o verbo e a desinência. A mesóclise é usada:

1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.

Exemplos: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. (Verbo no futuro do presente) Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. (Verbo no futuro do pretérito)

Ênclise

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É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:

1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.

2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.: Não era minha intenção machucar-te.

3) Quando o verbo iniciar a oração. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Ex.: Vou-me embora agora mesmo.

4) Quando houver pausa antes do verbo. Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

5) Quando o verbo estiver no gerúndio. Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.

O pronome poderá vir proclítico ou não quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa. Exemplos: É preciso encontrar um meio de não o magoar. É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.

Colocação pronominal nas locuções verbais 09469404360

1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio:

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. Ex.: Haviam-me convidado para a festa.

b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. Ex.: Não me haviam convidado para a festa.

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Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.

2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio: a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Exemplos: Devo esclarecer-lhe o ocorrido. Devo-lhe esclarecer o ocorrido. Estavam chamando-me pelo alto-falante. Estavam-me chamando pelo alto-falante.

b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 09469404360

Exemplos: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. Não lhe posso esclarecer o ocorrido. Não estavam chamando-me. Não me estavam chamando.

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Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos. Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público.

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Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo. Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. (Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)

01. (SEFAZ-PE – 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – FCC) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: a) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência b) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente 09469404360

c) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la d) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras e) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía Comentário: na alternativa B, “eliminou-na” está errado, pois não justifica o uso do n antes do pronome a. Segundo a regra, recebem o n o pronome pessoal em verbos terminados em nasal. O correto seria: eliminou-a. As outras alternativas estão corretas. GABARITO: B Profª Rafaela Freitas

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Para

responder

a

questão,

considere

o

texto

abaixo,

conferência

pronunciada por Joaquim Nabuco, a 20 de junho de 1909, na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.

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02. (DPE-RS – 2014 - Defensor Público – FCC) Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. 09469404360

Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a norma padrão escrita: a) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar enclítico à forma verbal. b) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão após a palavra revelado. c) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na oração.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 d) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos comprometeram-lhe o texto". e) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido original da frase.

Comentário: o pronome lhes, na frese em questão, está em próclise por haver uma palavra atrativa antes do verbo (não). Por esse motivo, não é possível colocar o pronome após o verbo, mesmo que fosse na forma “à elas”. Sintaticamente, o pronome lhes foi usado como complemento indireto do verbo revelar (revelar alguma coisa a alguém) e não tem sentido possessivo. Tem importância essencial por ser complemento verbal, de maneira que não pode

estar

em

elipse

para

que

a

frase

não

fique

incompleta

e,

consequentemente, sem sentido. GABARITO: C

A cultura brasileira em tempos de utopia

Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar aspectos da tradição com temas e formas de expressão moderna. 09469404360

No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura erudita. Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para melhor expressar o “Brasil moderno”. Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da moderna música popular brasileira, a MPB. (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738)

03. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – 2014 - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação – FCC) As expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase: a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico ...... todos queriam alcançar e se realizar. b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões políticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente mergulhou.

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c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera política propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o novo presidente da República. d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já fora reconhecido. e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Comentário: o relativo onde só pode ser usado para referir-se a um lugar, não pode ser usado com verbos de movimento como o verbo ir, nem para indicar tempo, muito menos filme, dessa forma, as alternativas A, C e D não podem ser preenchidas por ele. Ficamos entre as alternativa B e E. Em cujo não pode preencher a segunda lacuna da alternativa E, pois a preposição em não é regida pelo verbo orgulhar. Já na alternativa B, o verbo mergulhar rege a preposição: mergulhar em + o = no calor. GABARITO: B

Novas fronteiras do mundo globalizado

Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites. Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas. Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, 09469404360

setores de países em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos ideais cultivados pela modernidade. (Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 220)

As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 04. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – 2014 - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação – FCC) Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas: a) lhes tomemos b) as tomemos

- lhes falta - falta a elas

c) lhes tomemos d) tomemos a elas

- falta-lhes

- as submeta - submeta-las - submeta-lhes

- lhes falta

- lhes submeta

e) as tomemos – falta-lhes – as submeta.

Comentário: a primeira substituição deve ser feita por as tomemos. A próclise é exigida pela força atrativa da palavra negativa “não”. A segunda substituição deve ser feita com o pronome lhes em ênclise, pois não há situação que exija a próclise. Já na terceira substituição, a próclise volta a ser exigida pela força atrativa da conjunção subordinativa que. GABARITO: E

DEPOIMENTO

Fernando Morais (jornalista) 09469404360

O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infância, não era o ouro dos altares das igrejas. Nem o casario português recortado contra a montanha. Isso eu tinha de sobra na minha própria cidade, Mariana, a uma légua dali. O espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prédio limpo, reto, liso, um monólito branco que contrastava com o barroco sem violentá-lo. Era “o Hotel do Niemeyer”, diziam. Deslumbrado com a construção, eu acreditava que seu criador (que supunha chamar-se “Nei Maia”) fosse mineiro - um marianense, quem sabe?

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 A suspeita aumentou quando, ainda de calças curtas, mudei-me para Belo Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele só podia mesmo ser mineiro. No bairro de Santo Antônio ficava o Colégio Estadual (a caixa d’água era o lápis, o prédio das classes tinha a forma de uma régua, o auditório era um mata- borrão). Numa das pontas da vetusta Praça da Liberdade, Niemeyer fez pousar suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos, um edifício de apartamentos cujo nome não me vem à memória. E, claro, tinha a Pampulha: o cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja. Com o tempo cresceram as calças e a barba, e saí batendo perna pelo mundo. E não parei de ver Niemeyer. Vi na França, na Itália, em Israel, na Argélia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo planeta aumentou minha confusão sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase meio século depois do alumbramento produzido pela visão do “Hotel do Nei Maia”, continuo sem saber onde ele nasceu. Mesmo tendo visto um papel que prova que foi na Rua Passos Manuel número 26, no Rio de Janeiro, estou convencido de que lá pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar Niemeyer, não tenham dúvidas, é mineira. (Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Cecília (coord.). Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 1998. p. 29)

05. (TRF - 1ª REGIÃO – 2014 - Analista Judiciário - Área de Apoio 09469404360

Especializado – FCC) No contexto do texto, o autor utiliza os pronomes seu (no primeiro parágrafo) e sua (no último) para se referir, respectivamente, a: a) Nei Maia e Oscar Niemeyer. b) Grande Hotel e Oscar Niemeyer. c) Ouro Preto e Hotel do Nei Maia. d) Mariana e Rua Passos Manuel. e) Hotel do Niemeyer e Rio de Janeiro.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Comentário: os pronomes são importantes elementos de coesão textual ao fazerem remissão anafórica (para traz) ou catafórica (para frente). O pronome seu fez remissão anafórica a Grande Hotel. O pronome possessivo sua refere-se anaforicamente a Oscar Niemeyer, a origem dele. GABARITO: B

ANTES QUE O CÉU CAIA

Líder indígena brasileiro mais conhecido no mundo, o ianomâmi Davi Kopenawa lança livro e participa da FLIP enquanto relata o medo dos efeitos das mudanças climáticas sobre a Terra. Leão Serva Davi Kopenawa está triste. “A cobra grande está devorando o mundo”, ele diz. Em todo lugar, os homens semeiam destruição, esquentam o planeta e mudam o clima: até mesmo o lugar onde vive, a Terra Indígena Yanomâmi, que ocupa 96 km2 em Roraima e no Amazonas, na fronteira entre Brasil e Venezuela, vem sofrendo sinais estranhos. O céu pode cair a qualquer momento. Será o fim. Por isso, nem as muitas homenagens que recebe em todo o mundo aplacam sua angústia. Ele decidiu escrever um livro para contar a sabedoria dos xamãs de seu 09469404360

povo, a criação do mundo, seus elementos e espíritos. Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria trajetória. “Não adianta só os brancos escreverem os livros deles. Eu queria escrever para os não indígenas não acharem que índio não sabe nada.” A obra foi lançada em 2010, na França (ed. Plon), e no ano passado, nos EUA, pela editora da universidade Harvard. Com o nome “A Queda do Céu”, está sendo traduzido para o português pela Companhia das Letras. No fim de julho, Davi vai participar da Feira Literária de Paraty/FLIP, mas a versão em português ainda não estará pronta. O lançamento está previsto para o ano que vem. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 O livro explica os espíritos chamados “xapiris”, que os ianomâmis creem serem os únicos capazes de cuidar das pessoas e das coisas. “Xapiri é o médico do índio. E também ajuda quando tem muita chuva ou está quente. O branco está preocupado que não chove mais em alguns lugares e em outros tem muita chuva. Ele ajuda a nossa terra a não ficar triste.” Nascido em 1956, Davi logo cedo foi identificado como um possível xamã, pois seus sonhos eram frequentados por espíritos. Xamã, ou pajé, é a referência espiritual de uma sociedade tribal. Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura dos doentes. Davi descreve assim sua vocação: “Quando eu era pequeno, costumava ver em sonhos seres assustadores. Não sabia o que me atrapalhava o sono, mas já eram os xapiris que vinham a mim”. Quando jovem, recebeu a formação tradicional de pajé. Com cerca de 40 mil pessoas (entre Brasil e Venezuela), em todo o mundo os ianomâmis são o povo indígena mais populoso a viver de forma tradicional em floresta. Poucos falam português. Davi logo se tornou seu portavoz. (Adaptado de: SERVA, Leão. Revista Serafina. Número 75. São Paulo: Folha de S. Paulo, julho de 2014, p. 18-19) 06. (TRF - 1ª REGIÃO – 2014 - Analista Judiciário - Área de Apoio Especializado – FCC) No período O livro explica os espíritos chamados 09469404360

‘xapiris’, que os ianomâmis creem serem os únicos capazes de cuidar das pessoas e das coisas (quarto parágrafo), a palavra grifada tem a função de pronome relativo, retomando um termo anterior. Do mesmo modo como ocorre em: a) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura. b) Eu queria escrever para os não indígenas não acharem que índio não sabe nada. c) O branco está preocupado que não chove mais em alguns lugares. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 d) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria trajetória. e) Não sabia o que me atrapalhava o sono.

Comentário: o relativo que no trecho destacado no texto tem como antecedente “xapiris”. O que pode assumir várias funções na Língua Portuguesa, entre elas: conjunção integrante (alternativas A, B e E) e conjunção coordenativa (alternativa C), além de pronome relativo. GABARITO: D

Por mais que em nosso discurso nós, os mais velhos, afirmemos que a tal da educação para a cidadania “supõe a boa convivência no espaço público, entre outras coisas", não temos conseguido praticar tal ensinamento com os mais novos, sobretudo porque não sabemos como fazer isso. Há muitas escolas com boa vontade nesse sentido, mas sem saber o que fazer para evitar que seus alunos se confrontem com grosseria e que aprendam a compartilhar respeitosamente o espaço comum. O instrumento mais utilizado pela escola ainda é a punição, em suas várias formas. Ações afirmativas nesse sentido são difíceis de ser encontradas no espaço escolar. Não sabemos ensinar às crianças a boa convivência no espaço público porque não a praticamos. Ora, como ensinar o que não sabemos, como esperar algo diferente dos mais novos, se eles não mais têm exemplos de 09469404360

comportamento adulto que os orientem?

(Adaptado de: SAYÃO, Rosely. Folha de S. Paulo, 17/06/2014)

07. (TCE-RS – 2014 - Auditor Público Externo - Engenharia Civil Conhecimentos Básicos – FCC) A educação para a cidadania é um objetivo essencial, mas comprometem essa educação para a cidadania os que pretendem praticar a educação para a cidadania sem dotar a educação para a cidadania da visibilidade das atitudes públicas. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por: a) comprometem-lhe - praticá-la - dotar-lhe b) comprometem ela - praticar-lhe - dotá-la c) comprometem-na - praticá-la - dotá-la d) comprometem a mesma - a praticar - lhe dotar e) comprometem a ela - lhe praticar - a dotar

Comentário: um texto repetitivo torna-se incoerente, diante disso, temos que usar recursos para evitar a repetição de termos. Um dos principais recursos é o uso dos pronomes. Relembre a regra para verbos terminados em m e em r:

Emprego de o, a, os, as

1) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 09469404360

2) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas. Exemplos: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa.

Sendo assim, temos como correta a alternativa C GABARITO: C

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 08. (MPE-AP – 2012 - Analista Ministerial - Administração – FCC) Fazendo-se as alterações necessárias, o termo grifado foi corretamente substituído por um pronome em: a) decidido a inventar uma noite = decidido a inventá-la b) expressar [...] seu fascínio pelo céu constelado = expressar-lhe c) tem diante de si a tela em branco = tem-a diante de si d) Imagino o momento = Imagino-lhe e) definiu uma paisagem noturna = definiu-na

Comentário: a substituição correta foi feita na alternativa A (inventar + a = inventá-la). Vejamos o erro nas outras alternativas: Em B: o pronome lhe, que, como complemento de verbo, deve ser Objeto Indireto,

complementando

o

verbo

transitivo

direto

“expressar”.

Logo:

“expressá-lo”. Em C: tem-na. Verbos terminados em ditongo decrescente nasal devem ter seu complemento no, na, nos, nas. Em D: o pronome lhe, que, como complemento de verbo, deve ser Objeto Indireto,

complementando

o

verbo

transitivo

direto

“imaginar”.

Logo:

“imagino-o”. Em

E:

Verbos

terminados

em

ditongos

(definiu)

devem

ter

seu

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complemento o, a, os, as. O complemento é substituído, corretamente, pelo pronome oblíquo adequado apenas na alternativa A. GABARITO: A

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09. (MPE-AP – 2012 - Promotor de Justiça – FCC) Ao se substituir um 09469404360

elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em: a) e têm a convicção = e têm-na b) que demonstra toda sua potência = que lhe demonstra c) alagam as planícies = alagam-nas d) só resta aos homens = só lhes resta e) providenciar barreiras e diques = providenciá-los

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 A única que apresenta erro em relação à substituição do complemento verbal pelo pronome oblíquo, uma vez que cita um verbo transitivo direto, cujo objeto direto é “toda sua potência” é a B; portanto, a substituição desse objeto direto só poderia ser pelo pronome oblíquo “a”. GABARITO: B

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10. (MPE-PE – 2012 - Analista Ministerial - Área Jurídica – FCC) Ao se substituir um elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em: a) e mantém seu ser = e lhe mantém b) é dedicado [...] a uma mulher = lhe é dedicado c) reviver acontecimentos passados = revivê-los d) para criar uma civilização comum = para criá-la e) que provê o fundamento = que o provê

Comentário: vejamos cada alternativa: Alternativa A – ERRADA, porque o pronome lhe exerce a função de objeto indireto; nessa frase, o verbo é transitivo direto. Alternativa B - CORRETA, pois “é dedicado [...] a uma mulher” exerce a função de complemento nominal, podendo ser substituído, assim, pelo pronome ”lhe”. Alternativa C, D e E - nas três alternativas, ocorre a presença de um verbo transitivo direto, podendo ser substituído, assim, pelos pronomes indicados em cada uma delas. GABARITO: A

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[Do espírito das leis]

Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro; e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a todo instante, esquecer seu criador - Deus. As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria reger as leis humanas. 11. (TRT – 2014 - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Administrativa – FCC) Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: a) desrespeitam a elas - destituem-nas - deveria reger-lhes b) desrespeitam-lhes - as destituem - deveria regê- las c) desrespeitam-nas - lhes destituem - lhes deveria reger d) lhes desrespeitam - destituem-lhes - deveria regê-las e) desrespeitam-nas - destituem-nas - as deveria reger

Comentário:

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Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS costumam sofrer alterações

quando pospostos ao verbo. Vejam:  Lo, la, los, las – quando ligados a verbos terminados em R, S, Z ESTUDAR + O = QUIS + A =

ESTUDÁ – LO QUI – LA

SATISFEZ + OS = SATISFÊ – LOS

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03  No, na, nos, nas – quando ligados a verbos terminados em sons nasais DÃO + O =

DÃO – NO

AMAM + A =

AMAM – NA



O, A, OS, AS

 Objeto Direto =

Jamais O acompanharei

 Sujeito do infinitivo =



Deixei – O ficar no quarto

LHE, LHES - só não terá a função de Objeto Direto, podendo ser

Objeto Indireto, Complemento Nominal e Sdjunto Adnominal.  O.I. (pessoa) =

Faça o que LHES convêm

 Compl. Nominal =

Tenho – LHE respeito

 Adj. Adnominal =

Beijei – LHE o rosto

Sendo assim, as substituições ideais são: os homens desrespeitam-nas (ênclise com uso pronome as indicador de objeto direto) e destituem-nas (ênclise com uso pronome as indicador de objeto direto) do sentido de uma 09469404360

profunda equidade que as deveria reger (próclise exigida pelo uso da conjunção subordinativa que. Pronome as como objeto direto de reger). GABARITO: E Da utilidade dos prefácios

Li outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 100% dos casos o prefaciador é convocado com o compromisso exclusivo de falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio ainda aponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefácio adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres. Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - o que não justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livros que li, a melhor coisa era o prefácio - fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistência das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto principal. Há casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observação de Machado de Assis: quando o prefácio e o texto principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto. Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como 09469404360

se fosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também linda). Não havia dúvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginação de um grande gênio poético. (Aderbal Siqueira Justo, inédito)

12. (TRT – 2014 - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário Contabilidade – FCC) As lacunas da frase Um prefácio ...... nossa inteira Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 atenção esteja voltada certamente conterá qualidades ...... força é impossível resistir preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos seguintes elementos: a) para o qual - a cuja b) ao qual - de cuja a c) com o qual - por cuja d) aonde - de que a e) por onde - das quais a

Comentário: para preencher corretamente as lacunas é necessário saber que a locução esteja voltada rege a preposição para, que virá antes do pronome relativo o qual. Resistir rege o uso da preposição a, que também deverá ficar antes do pronome relativa, mas, neste caso, do cuja. GABARITO: A

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13. (TRT - 2ª REGIÃO (SP) – 2014 - Analista Judiciário - Área Administrativa – FCC) A construção da frase eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar permanecerá correta caso se substitua o elemento sublinhado por a) perante o qual não sei avaliar. b) em cujo nada posso desconfiar. c) de cujo pouco posso prever. d) por quem nada posso antecipar. e) do qual nada me é dado esperar.

Comentário: contar com alguma coisa, no sentido figurado, é o mesmo que esperar por algo e bem diferente de avaliar, desconfiar, prever ou antecipar. Sendo assim, a oração em destaque no enunciado poderá ser substituída apenas pela oração da alternativa E. GABARITO: E 14. (SABESP – 2014 - Técnico em Gestão - Informática – FCC) As filmagens de Vidas Secas foram no sertão, em Palmeira dos Índios (AL),

cidade

......

o

escritor

morou

e

......

foi

prefeito.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: a) a qual – que

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b) em que - da qual c) no qual – onde d) onde - cuja e) que - a que

Comentário: Para referir-se à cidade na qual em que escritor morou só podemos usar o onde ou o em que/ na qual, pois tanto o pronome relativo (onde) quanto a

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 preposição (em) indicam lugar. A segunda lacuna deve ser preenchida por termo no feminino, pois o antecedente é cidade: As filmagens de Vidas Secas foram no sertão, em Palmeira dos Índios (AL), cidade em que o escritor morou e da qual foi prefeito. GABARITO: B

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 .. lamentei ver minha conterrânea... / ... atingi o vão da janela... / ... aos cabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos. 15. (TRT - 19ª Região (AL) – 2014 - Analista Judiciário - Oficial de Justiça



Avaliador

FCC)

Fazendo-se

as

alterações

necessárias,

os

segmentos grifados podem ser substituídos, respectivamente, pelos seguintes pronomes: a) -la - -lo - -lhe b) -a - -la - -os c) -la - -o - -lhes d) -a - -o - -lhes e) -la - -lo - -los

Comentário: com relação aos verbos ver e atingir, o pronome irá substituir os objetos diretos, sendo possível ser o, a, os, as. No caso: lamentei vê-la, com o l antes, e Atingi-o. Misturar é um verbo transitivo direto e indireto, rege dois complementos: um OD e um OI. Sendo assim: Misturavam-se lhes alguns fios brancos. O.I.

O.D.

GABARITO: C Saber é trabalhar

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Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de aprimorar a sua formação para obter um posto de trabalho. As empresas buscam os mais qualificados em cada categoria e excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não tem sido a lógica vigente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 sucessivas de 2005 para cá. O desemprego em nove regiões metropolitanas medido pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010. A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não só o desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o oculto (pessoas que desistiram de procurar ou estão em postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da própria pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados. A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em março, a pesquisa Carência de Profissionais no Brasil. A análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico e tático. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldades para contratar a mão de obra de que necessitam. (Língua Portuguesa, outubro de 2011. Adaptado)

16. (TJ/SP – 2012 - ESCREVENTE – VUNESP) No contexto em que se insere o período – A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. – (3.º parágrafo), entende-se que a expressão “A outra” refere-se a: (A) consequências. (B) lógica.

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(C) pesquisa. (D) situação. (E) metodologia.

Comentário: para entender esta remissão é importante voltar ao texto para contextualizar o trecho do enunciado: “Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da própria pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos.” A OUTRA CONSEQUÊNCIA... GABARITO: A 17. (BB – 2012 – Engenheiro de Segurança do Trabalho – FCC) Em uma correspondência oficial, em que se apuram o rigor e a formalidade da linguagem, deve-se atentar para o seguinte procedimento:

a) o verbo deve conjugar-se como se a pessoa gramatical fosse você no caso de tratamentos como Vossa Senhoria ou Vossa Excelência. b) o tratamento por vós (e não por tu) é o indicado no caso de interlocutores de alta projeção na esfera política e institucional. c) o tratamento por Sua Senhoria ou Sua Excelência revela menos solenidade do que os tratamentos em Vossa. d) apenas excepcionalmente o tratamento em Vossa Excelência levará o verbo a flexionar-se na 3a pessoa do singular. e) formas abreviadas, como V. Exa., devem reservar-se a autoridades com quem se tenha contato mais amiúde.

Comentário: vejamos o que há de errado em cada alternativa: b) Nenhumas das duas formas (tu e vós) é indicada. Para interlocutores 09469404360

de alta projeção o tratamento dispensado deve ser Vossa Senhoria ou Vossa Excelência. c) Não é verdade o que se afirma nesta alternativa. A diferença é que usamos o Vossa para falar com a própria pessoa e Sua para se referir a ela. d) TODAS as formas de tratamento fazem concordância em 3ª pessoa. e) O problema desta afirmativa é “quem se tenha contato mais amiúde”, o que faz com que esteja errada. Quanto a abreviaturas, não existe um consenso sobre isso, pois o MRPR não fala nada especificamente sobre esse assunto. Os exemplos que costumamos ver trazem as formas de tratamento Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 sempre na forma plena, mas alguns autores defendem a ideia de que isso deve ser regra apenas para a Presidência da República e para Governantes de Estado. GABARITO: A 18. (TRT/2 – 2012 - Apoio Especializado – TI – FCC) Considere o final de uma reivindicação dos moradores de um bairro, dirigida ao Prefeito da cidade:

Esperamos que ......, Senhor Prefeito, ...... verificar as condições por nós apontadas, e que sejam tomadas as medidas necessárias no sentido de solucionar tais problemas.

A ...... dispor, atentos às providências, Os moradores

As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) V.Sa. - mandeis – vosso b) V.Exa. - mande – seu c) V.Exa. - mandeis – seu d) V.Sa. - mande – vosso 09469404360

e) V.Exa. - mande - vosso

Comentário: Segundo o MRPR, o tratamento dispensado a Prefeito é Vossa Excelência, cuja abreviatura é V.Exa. ou V.Exª. O verbo e o pronome, que irão preencher as outras duas lacunas, devem concordar em 3ª pessoa (não em 2ª) ficando, assim, mande e seu. GABARITO: B 19. (TRE/SE – 2015 – Analista Judiciário – FCC) Está plenamente adequado o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 (A) Há vocábulos estrangeiros em cujo emprego se faz desnecessário, uma vez que nossa língua conta com termos de que o sentido traduz plenamente o daqueles. (B) O abuso no emprego de estrangeirismos, ao qual o autor se bate, é um mal em cujo reconhecimento pouca gente é capaz. (C) Nossas exportações de café, às quais tanto devemos, levaram a outros países um hábito cujo cultivo tornou-se parte de nossa identidade. (D) Um hábito ridículo, do qual muita gente se curva, está no emprego abusivo de palavras estrangeiras, nas quais se atribui um prestígio maior. (E) Há expressões estrangeiras, como “shopping center”, onde o uso se justifica

plenamente,

uma

vez

que

nomeiam

realidades

em

que

o

estabelecimento se deu em outros países. Comentário: levando em conta que o pronome ‘cujo’ somente é utilizado

no

sentido

de

posse,

fazendo

referência

ao

termo

antecedente e ao substantivo subsequente e que ele deve aparecer antecedido

de

preposição

sempre

que

a

regência

dos

termos

posteriores exigir; considerando também que o pronome ‘qual’ faz referência a pessoa ou coisa e que deve aparecer antecedido de preposição sempre que a regência dos termos posteriores exigir, prossigamos com os comentários. Na opção A, o primeiro termo em cujo 09469404360

não está correto, nesse caso deveria ocorrer de cujo, pois o termo emprego exige a preposição de. Na alternativa B, os dois termos sublinhados estão incorretos, o primeiro, ao qual, deveria ser no qual, já que o verbo bater, nesse contexto, exige preposição em; também a expressão em cujo está errada, uma vez que o termo reconhecimento rege a preposição de. Ambos os termos sublinhados na opção D estão incorretos, ou seja, em lugar de do qual deveria haver ao qual, devido à expressão curvar-se, que exige a preposição a, nesse caso. O termo onde, na alternativa E, está adotado incorretamente, pois seu uso só é permitido para indicar local, lugar, nesse contexto deveria ocorrer em que; a expressão em que deveria ser substituída por cujo. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 GABARITO: C 20. (TRE/SE – 2015 – Analista Judiciário – FCC) A frase redigida corretamente, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, é: (A) Santo Souza sempre identificou-se com a poesia, mas ainda garoto teve de abandonar os estudos e começou à trabalhar em uma farmácia. (B) Segundo alguns críticos, a obra de Santo Souza destacaria-se devido à uma linguagem universal, com elementos da cultura clássica. (C) Santo Souza começou a escrever cedo, mas foi com o livro Ode Órfica, vindo à público em 1955, que notabilizou-se entre os poetas brasileiros. (D) O sergipano Santo Souza, natural de Riachuelo, dedicou-se à poesia e também à música, além de escrever crônicas e novelas para o rádio. (E) Santo Souza, membro da Academia Sergipana de Letras, nunca esqueceu-se de sua cidade natal, Riachuelo, à 23 km de Aracaju.

Comentário: na alternativa A, está incorreto o uso da ênclise em “identificou-se”, aqui deveria ser usada próclise em função de o verbo ser antecedido de um advérbio; também está incorreto o uso do acento grave antes de um verbo em “começou à trabalhar”. Na letra B está incorreto o uso de ênclise quando se deveria usar mesóclise devido ao fato de o verbo estar conjugado no futuro do pretérito, a forma correta seria “destacar-se-ia”; 09469404360

também está incorreto o uso de acento grave antes de um artigo indefinido. O mesmo ocorre na opção C, em que há o uso incorreto de crase antes de palavra masculina e ênclise onde deveria haver próclise, diante do verbo “notabilizou”. Na alternativa E há crase usada de forma errada diante de um numeral e ênclise usada incorretamente em lugar de próclise, já que o verbo está precedido de advérbio de negação. GABARITO: D

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos. Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a 09469404360

unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. (Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)

01. (SEFAZ-PE – 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – FCC) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: a) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência b) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente c) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la d) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras e) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía 09469404360

Para

responder

a

questão,

considere

o

texto

abaixo,

conferência

pronunciada por Joaquim Nabuco, a 20 de junho de 1909, na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.

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02. (DPE-RS – 2014 - Defensor Público – FCC) Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a norma padrão escrita: a) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar enclítico à forma verbal. b) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão após a palavra revelado. c) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na oração. d) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos comprometeram-lhe o texto". e) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido original da frase.

A cultura brasileira em tempos de utopia

Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década 09469404360

de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar aspectos da tradição com temas e formas de expressão moderna. No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura erudita.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para melhor expressar o “Brasil moderno”. Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da moderna música popular brasileira, a MPB. (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738)

03. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – 2014 - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação – FCC) As expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase: a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico ...... todos queriam alcançar e se realizar. 09469404360

b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões políticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente mergulhou. c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera política propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o novo presidente da República. d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já fora reconhecido. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

Novas fronteiras do mundo globalizado

Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites. Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas. Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos ideais cultivados pela modernidade. (Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 220)

As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois 09469404360

falta às novas tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas. 04. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – 2014 - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação – FCC) Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas: a) lhes tomemos b) as tomemos Profª Rafaela Freitas

- lhes falta - falta a elas

- as submeta - submeta-las

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 c) lhes tomemos d) tomemos a elas

- falta-lhes

- submeta-lhes

- lhes falta

- lhes submeta

e) as tomemos – falta-lhes – as submeta. DEPOIMENTO

Fernando Morais (jornalista)

O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infância, não era o ouro dos altares das igrejas. Nem o casario português recortado contra a montanha. Isso eu tinha de sobra na minha própria cidade, Mariana, a uma légua dali. O espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prédio limpo, reto, liso, um monólito branco que contrastava com o barroco sem violentá-lo. Era “o Hotel do Niemeyer”, diziam. Deslumbrado com a construção, eu acreditava que seu criador (que supunha chamar-se “Nei Maia”) fosse mineiro - um marianense, quem sabe? A suspeita aumentou quando, ainda de calças curtas, mudei-me para Belo Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele só podia mesmo ser mineiro. No bairro de Santo Antônio ficava o Colégio Estadual (a caixa d’água era o lápis, o prédio das classes tinha a forma de uma régua, o auditório era um mata- borrão). Numa das pontas da vetusta Praça da Liberdade, Niemeyer fez pousar suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos, 09469404360

um edifício de apartamentos cujo nome não me vem à memória. E, claro, tinha a Pampulha: o cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja. Com o tempo cresceram as calças e a barba, e saí batendo perna pelo mundo. E não parei de ver Niemeyer. Vi na França, na Itália, em Israel, na Argélia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo planeta aumentou minha confusão sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase meio século depois do alumbramento produzido pela visão do “Hotel do Nei Maia”, continuo sem saber onde ele nasceu. Mesmo tendo visto um papel que prova que foi na Rua Passos Manuel número 26, no Rio de Janeiro, estou Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 convencido de que lá pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar Niemeyer, não tenham dúvidas, é mineira. (Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Cecília (coord.). Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 1998. p. 29)

05. (TRF - 1ª REGIÃO – 2014 - Analista Judiciário - Área de Apoio Especializado – FCC) No contexto do texto, o autor utiliza os pronomes seu (no primeiro parágrafo) e sua (no último) para se referir, respectivamente, a: a) Nei Maia e Oscar Niemeyer. b) Grande Hotel e Oscar Niemeyer. c) Ouro Preto e Hotel do Nei Maia. d) Mariana e Rua Passos Manuel. e) Hotel do Niemeyer e Rio de Janeiro.

ANTES QUE O CÉU CAIA

Líder indígena brasileiro mais conhecido no mundo, o ianomâmi Davi Kopenawa lança livro e participa da FLIP enquanto relata o medo dos efeitos das mudanças climáticas sobre a Terra. Leão Serva 09469404360

Davi Kopenawa está triste. “A cobra grande está devorando o mundo”, ele diz. Em todo lugar, os homens semeiam destruição, esquentam o planeta e mudam o clima: até mesmo o lugar onde vive, a Terra Indígena Yanomâmi, que ocupa 96 km2 em Roraima e no Amazonas, na fronteira entre Brasil e Venezuela, vem sofrendo sinais estranhos. O céu pode cair a qualquer momento. Será o fim. Por isso, nem as muitas homenagens que recebe em todo o mundo aplacam sua angústia. Ele decidiu escrever um livro para contar a sabedoria dos xamãs de seu povo, a criação do mundo, seus elementos e espíritos. Gravou 15 fitas em que Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 narrou também sua própria trajetória. “Não adianta só os brancos escreverem os livros deles. Eu queria escrever para os não indígenas não acharem que índio não sabe nada.” A obra foi lançada em 2010, na França (ed. Plon), e no ano passado, nos EUA, pela editora da universidade Harvard. Com o nome “A Queda do Céu”, está sendo traduzido para o português pela Companhia das Letras. No fim de julho, Davi vai participar da Feira Literária de Paraty/FLIP, mas a versão em português ainda não estará pronta. O lançamento está previsto para o ano que vem. O livro explica os espíritos chamados “xapiris”, que os ianomâmis creem serem os únicos capazes de cuidar das pessoas e das coisas. “Xapiri é o médico do índio. E também ajuda quando tem muita chuva ou está quente. O branco está preocupado que não chove mais em alguns lugares e em outros tem muita chuva. Ele ajuda a nossa terra a não ficar triste.” Nascido em 1956, Davi logo cedo foi identificado como um possível xamã, pois seus sonhos eram frequentados por espíritos. Xamã, ou pajé, é a referência espiritual de uma sociedade tribal. Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura dos doentes. Davi descreve assim sua vocação: “Quando eu era pequeno, costumava ver em sonhos seres assustadores. Não sabia o que me atrapalhava o sono, mas já eram os xapiris que vinham a mim”. Quando jovem, recebeu a 09469404360

formação tradicional de pajé. Com cerca de 40 mil pessoas (entre Brasil e Venezuela), em todo o mundo os ianomâmis são o povo indígena mais populoso a viver de forma tradicional em floresta. Poucos falam português. Davi logo se tornou seu portavoz. (Adaptado de: SERVA, Leão. Revista Serafina. Número 75. São Paulo: Folha de S. Paulo, julho de 2014, p. 18-19) 06. (TRF - 1ª REGIÃO – 2014 - Analista Judiciário - Área de Apoio Especializado – FCC) No período O livro explica os espíritos chamados Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 ‘xapiris’, que os ianomâmis creem serem os únicos capazes de cuidar das pessoas e das coisas (quarto parágrafo), a palavra grifada tem a função de pronome relativo, retomando um termo anterior. Do mesmo modo como ocorre em: a) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura. b) Eu queria escrever para os não indígenas não acharem que índio não sabe nada. c) O branco está preocupado que não chove mais em alguns lugares. d) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria trajetória. e) Não sabia o que me atrapalhava o sono.

Por mais que em nosso discurso nós, os mais velhos, afirmemos que a tal da educação para a cidadania “supõe a boa convivência no espaço público, entre outras coisas", não temos conseguido praticar tal ensinamento com os mais novos, sobretudo porque não sabemos como fazer isso. Há muitas escolas com boa vontade nesse sentido, mas sem saber o que fazer para evitar que seus alunos se confrontem com grosseria e que aprendam a compartilhar respeitosamente o espaço comum. O instrumento mais utilizado pela escola ainda é a punição, em suas várias formas. Ações afirmativas nesse sentido são difíceis de ser encontradas no espaço escolar. 09469404360

Não sabemos ensinar às crianças a boa convivência no espaço público porque não a praticamos. Ora, como ensinar o que não sabemos, como esperar algo diferente dos mais novos, se eles não mais têm exemplos de comportamento adulto que os orientem?

(Adaptado de: SAYÃO, Rosely. Folha de S. Paulo, 17/06/2014)

07. (TCE-RS – 2014 - Auditor Público Externo - Engenharia Civil Conhecimentos Básicos – FCC) A educação para a cidadania é um objetivo essencial, mas comprometem essa educação para a cidadania os que Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 pretendem praticar a educação para a cidadania sem dotar a educação para a cidadania da visibilidade das atitudes públicas. Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por: a) comprometem-lhe - praticá-la - dotar-lhe b) comprometem ela - praticar-lhe - dotá-la c) comprometem-na - praticá-la - dotá-la d) comprometem a mesma - a praticar - lhe dotar e) comprometem a ela - lhe praticar - a dotar

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08. (MPE-AP – 2012 - Analista Ministerial - Administração – FCC) Fazendo-se as alterações necessárias, o termo grifado foi corretamente substituído por um pronome em: a) decidido a inventar uma noite = decidido a inventá-la b) expressar [...] seu fascínio pelo céu constelado = expressar-lhe c) tem diante de si a tela em branco = tem-a diante de si d) Imagino o momento = Imagino-lhe e) definiu uma paisagem noturna = definiu-na

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09. (MPE-AP – 2012 - Promotor de Justiça – FCC) Ao se substituir um elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em: a) e têm a convicção = e têm-na b) que demonstra toda sua potência = que lhe demonstra 09469404360

c) alagam as planícies = alagam-nas d) só resta aos homens = só lhes resta e) providenciar barreiras e diques = providenciá-los

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 10. (MPE-PE – 2012 - Analista Ministerial - Área Jurídica – FCC) Ao se substituir um elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em: a) e mantém seu ser = e lhe mantém b) é dedicado [...] a uma mulher = lhe é dedicado c) reviver acontecimentos passados = revivê-los d) para criar uma civilização comum = para criá-la e) que provê o fundamento = que o provê

[Do espírito das leis]

Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro; e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...) O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser 09469404360

poderia, a todo instante, esquecer seu criador - Deus. As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria reger as leis humanas. 11. (TRT – 2014 - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Administrativa – FCC) Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: a) desrespeitam a elas - destituem-nas - deveria reger-lhes b) desrespeitam-lhes - as destituem - deveria regê- las Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 c) desrespeitam-nas - lhes destituem - lhes deveria reger d) lhes desrespeitam - destituem-lhes - deveria regê-las e) desrespeitam-nas - destituem-nas - as deveria reger

Da utilidade dos prefácios

Li outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 100% dos casos o prefaciador é convocado com o compromisso exclusivo de falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio ainda aponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefácio adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres. Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - o que não justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livros que li, a melhor coisa era o prefácio - fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistência das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto 09469404360

principal. Há casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observação de Machado de Assis: quando o prefácio e o texto principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto. Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como se fosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também linda). Não havia dúvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginação de um grande gênio poético. (Aderbal Siqueira Justo, inédito)

12. (TRT – 2014 - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário Contabilidade – FCC) As lacunas da frase Um prefácio ...... nossa inteira atenção esteja voltada certamente conterá qualidades ...... força é impossível resistir preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos seguintes elementos: a) para o qual - a cuja b) ao qual - de cuja a c) com o qual - por cuja d) aonde - de que a e) por onde - das quais a

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13. (TRT - 2ª REGIÃO (SP) – 2014 - Analista Judiciário - Área Administrativa – FCC) A construção da frase eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar permanecerá correta caso se substitua o elemento sublinhado por 09469404360

a) perante o qual não sei avaliar. b) em cujo nada posso desconfiar. c) de cujo pouco posso prever. d) por quem nada posso antecipar. e) do qual nada me é dado esperar. 14. (SABESP – 2014 - Técnico em Gestão - Informática – FCC) As filmagens de Vidas Secas foram no sertão, em Palmeira dos Índios (AL),

cidade

......

o

escritor

morou

e

......

foi

prefeito.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 a) a qual – que b) em que - da qual c) no qual – onde d) onde - cuja e) que - a que

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... lamentei ver minha conterrânea... / ... atingi o vão da janela... / ... aos cabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos. 15. (TRT - 19ª Região (AL) – 2014 - Analista Judiciário - Oficial de Justiça

Avaliador



FCC)

Fazendo-se

as

alterações

necessárias,

os

segmentos grifados podem ser substituídos, respectivamente, pelos seguintes pronomes: a) -la - -lo - -lhe b) -a - -la - -os c) -la - -o - -lhes d) -a - -o - -lhes e) -la - -lo - -los Saber é trabalhar 09469404360

Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de aprimorar a sua formação para obter um posto de trabalho. As empresas buscam os mais qualificados em cada categoria e excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não tem sido a lógica vigente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 sucessivas de 2005 para cá. O desemprego em nove regiões metropolitanas medido pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010. A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não só o desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o oculto (pessoas que desistiram de procurar ou estão em postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da própria pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados. A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em março, a pesquisa Carência de Profissionais no Brasil. A análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico e tático. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldades para contratar a mão de obra de que necessitam. (Língua Portuguesa, outubro de 2011. Adaptado)

16. (TJ/SP – 2012 - ESCREVENTE – VUNESP) No contexto em que se insere o período – A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. – (3.º parágrafo), entende-se que a expressão “A outra” refere-se a: (A) consequências. (B) lógica.

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(C) pesquisa. (D) situação. (E) metodologia. 17. (BB – 2012 – Engenheiro de Segurança do Trabalho – FCC) Em uma correspondência oficial, em que se apuram o rigor e a formalidade da linguagem, deve-se atentar para o seguinte procedimento:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 a) o verbo deve conjugar-se como se a pessoa gramatical fosse você no caso de tratamentos como Vossa Senhoria ou Vossa Excelência. b) o tratamento por vós (e não por tu) é o indicado no caso de interlocutores de alta projeção na esfera política e institucional. c) o tratamento por Sua Senhoria ou Sua Excelência revela menos solenidade do que os tratamentos em Vossa. d) apenas excepcionalmente o tratamento em Vossa Excelência levará o verbo a flexionar-se na 3a pessoa do singular. e) formas abreviadas, como V. Exa., devem reservar-se a autoridades com quem se tenha contato mais amiúde. 18. (TRT/2 – 2012 - Apoio Especializado – TI – FCC) Considere o final de uma reivindicação dos moradores de um bairro, dirigida ao Prefeito da cidade:

Esperamos que ......, Senhor Prefeito, ...... verificar as condições por nós apontadas, e que sejam tomadas as medidas necessárias no sentido de solucionar tais problemas.

A ...... dispor, atentos às providências, Os moradores 09469404360

As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) V.Sa. - mandeis – vosso b) V.Exa. - mande – seu c) V.Exa. - mandeis – seu d) V.Sa. - mande – vosso e) V.Exa. - mande - vosso 19. (TRE/SE – 2015 – Analista Judiciário – FCC) Está plenamente adequado o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 03 (A) Há vocábulos estrangeiros em cujo emprego se faz desnecessário, uma vez que nossa língua conta com termos de que o sentido traduz plenamente o daqueles. (B) O abuso no emprego de estrangeirismos, ao qual o autor se bate, é um mal em cujo reconhecimento pouca gente é capaz. (C) Nossas exportações de café, às quais tanto devemos, levaram a outros países um hábito cujo cultivo tornou-se parte de nossa identidade. (D) Um hábito ridículo, do qual muita gente se curva, está no emprego abusivo de palavras estrangeiras, nas quais se atribui um prestígio maior. (E) Há expressões estrangeiras, como “shopping center”, onde o uso se justifica

plenamente,

uma

vez

que

nomeiam

realidades

em

que

o

estabelecimento se deu em outros países. 20. (TRE/SE – 2015 – Analista Judiciário – FCC) A frase redigida corretamente, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, é: (A) Santo Souza sempre identificou-se com a poesia, mas ainda garoto teve de abandonar os estudos e começou à trabalhar em uma farmácia. (B) Segundo alguns críticos, a obra de Santo Souza destacaria-se devido à uma linguagem universal, com elementos da cultura clássica. (C) Santo Souza começou a escrever cedo, mas foi com o livro Ode Órfica, vindo à público em 1955, que notabilizou-se entre os poetas brasileiros. 09469404360

(D) O sergipano Santo Souza, natural de Riachuelo, dedicou-se à poesia e também à música, além de escrever crônicas e novelas para o rádio. (E) Santo Souza, membro da Academia Sergipana de Letras, nunca esqueceu-se de sua cidade natal, Riachuelo, à 23 km de Aracaju.

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1)

B

11)

E

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B

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E

4)

E

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B

5)

B

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C

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D

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A

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C

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A

8)

A

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B

9)

B

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C

10)

A

20)

D

Queridos alunos, espero que tenham gostado da aula! Até a próxima! Força, galera!! Meu contato para qualquer dúvida, além do fórum: [email protected]

Bons estudos! Rafaela Freitas.

09469404360

Hora de descansar!!!

Profª Rafaela Freitas

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