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Aula 06 Português p/ TJ-PE (Com videoaulas) Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas

Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06

AULA 06 Frase, oração e período Termos da oração Período composto: subordinação e coordenação A

SUMÁRIO FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO.....................................................................2 TERMOS DA ORAÇÃO...............................................................................4 TIPOS DE PREDICADO.............................................................................7 TRANSITIVIDADE VERBAL......................................................................10 ADJUNTO ADNOMINAL...........................................................................16 AGENTE DA PASSIVA.............................................................................18 ADJUNTO ADVERBIAL............................................................................18 APOSTO...............................................................................................19 VOCATIVO............................................................................................20 PERÍODO COMPOSTO.............................................................................20 ORAÇÕES SUBORDINADAS.....................................................................21 ORAÇÕES COORDENADAS......................................................................27 09469404360

ORAÇÕES REDUZIDAS...........................................................................28 RESUMO..............................................................................................30 QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................35 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................85 GABARITO..........................................................................................121 O MEU ATÉ BREVE...............................................................................121

Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06

Olá, alunos! Animados?

Nesta aula vamos falar sobre temas deliciosos da sintaxe: estrutura do período simples (termos da oração) e do período composto (orações)!! Vamos entender como o período simples funciona para estudarmos, em seguida, o período composto! Sou suspeita para falar, mas acho um dos assuntos mais interessantes e, melhor ainda, cai demais nos concursos! Vamos juntos!

"Se você está no rumo certo, cada passo, por pequeno que seja, o deixa mais próximo do seu objetivo." H. Jackson Brown

Para início de conversa, vamos diferenciar frase, oração e período:

Frase é um enunciado com sentido completo e capaz de estabelecer comunicação! A frase pode ser verbal (com uso de verbo) ou nominal (sem uso 09469404360

de verbo). Veja os exemplos: - Atenção! (Frase nominal) - Que frio! (Frase nominal) - Está fazendo frio! (Frase verbal) - A luva ficou bem em você. (Frase verbal)

As frases classificam-se em: Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida...” (Machado de Assis) Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” (Machado de Assis) Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis) Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto...” (Machado de Assis) Optativa: expressa um desejo. "Tomara que você passe na prova”. “Voume embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o que chamamos de oração.

Oração é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo. Então... na oração é preciso usar verbo ou uma locução verbal. Veja os exemplos: - A fábrica, hoje, produziu bem. - Homens e mulheres são iguais perante a lei.

Período Cada verbo é uma oração certo? Se na frase tiver apenas um verbo, temos uma oração e um período simples. A junção de duas ou mais orações configura um período composto. Assim: 09469404360

O período classifica-se em:

Simples: tem apenas uma oração. - “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)

Composto: tem duas ou mais orações. - “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de Assis)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Dito isso, podemos partir para o estudo do período simples e das partes (termos) que o compõe.

TERMOS DA ORAÇÃO

O estudo do período simples é o estudo dos termos que compõem uma oração. Separados em essencias, aqueles que não podem faltar para que a oração tenha sentido, e

acessórios, agregam sentido, mas não são

obrigatórios na oração. São eles:

A)

Termos Essenciais:



Sujeito



Predicado



Objeto Direto



Objeto Indireto



Complemento Nominal



Agente da Passiva

B)

Termos Acessórios:



Adjunto Adverbial



Adjunto Adnominal



Aposto

C)

Vocativo – categoria à parte.

09469404360

Vamos ver aqui cada um deles! I – SUJEITO –

é o ser do qual se declara algo e com o qual o verbo,

normalmente, faz a concordância. Pode ser:

1)

Simples: possui apenas um núcleo.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Ex.:

Todos os povos do mundo têm problemas

Atenção: “povos” núcleo do sujeito simples. Embora o núcleo esteja no plural, é apenas um!

2) Ex.:

Composto: possui mais de um núcleo. Jogarão amanhã Flamengo e Vasco

Atenção: “Flamengo” e “Vasco” são os núcleos do sujeito composto.

3)

Oculto ( também chamado de elíptico, desinencial, simples): não

vem expresso na oração, embora exista! Conseguimos identificá-lo pela desin~encia do verbo. Ex.: Saímos cedo para curtir o sol (suj. Implícito – nós)

Tico e Teço vieram à festa e comeram todas as nozes Sujeito do verbo “vir” = composto “Tico e Teco”. Sujeito do verbo “comer”: Oculto (Tico e Teco).

4)

Indeterminado : não pode ser identificado, embora também

exista. Existem duas maneiras de indeterminar um sujeito: verbo na terceira 09469404360

pessoa do plural ou verbo na terceira pessoa do singular + se (índice de indeterminação do sujeito).

Exemplos: Roubaram a mulher do Rui (verbo na 3ª pessoa do plural) Vive-se bem em Brasília (verbo na 3ª pessoa do singular + se) Nem sempre se está feliz (verbo na 3ª pessoa do singular + se) Precisa-se de balconistas (verbo na 3ª pessoa do singular + se)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Os verbos que fazem sujeito indeterminado com SE (índice de indeterminação do Sujeito) são Verbo Transitivo INDIRETO, verbo de lligação ou verbo intransitivo!

ATENÇÃO: com verbo transitivo direto não se faz sujeito indeterminado, mas voz passiva sintética:

Ex. Alugam–se apartamentos (apartamentos são vendidos)

Verbo T.D. + SE (pronome apassivador) “Apartamentos” é o sujeito posposto e o verbo deve concordar com ele: Alugam-se apartamentos ou aluga-se apartamento.

5)

Oração sem Sujeito: não existe sujeito na oração, nem explícito,

nem implícito.  HAVER: no sentido de existir ou de tempo decorrido. 09469404360

Ex.:

Ontem houve muitas faltas O concurso foi realizado há dias

 VERBOS DE FENÔMENO DA NATUREZA Ex.:

Choveu muito ontem

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 No sentido conotativo, os verbos de fenômenos da naturaza terão sujeito Ex.: Choveram dólares lá em casa (sujeito: DÓLARES)

 FAZER, SER, ESTAR, PASSAR: indicando tempo.

Ex.:

Eram seis horas da tarde Passava das quatro horas! Como está quente hoje! Faz séculos que não vou ao cinema

 BASTAR e CHEGAR: indicando cessamento.

Ex.: Basta de problemas / Chega de miséria

TIPOS DE PREDICADO

O que é predicado?

Predicado é tudo o que se fala sobre o sujeito, ou seja, é tudo que há na frase que não é o sujeito. 09469404360

Vamos aos tipos de predicado. São três.

1) Predicado Verbal

É aquele que possui obrigatoriamente um verbo significativo (não pode ser de ligação), ou seja, demonstra umaação, o qual é SEMPRE o núcleo do predicado. Exemplo:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Os professores estudam todos os dias para as aulas. Observe na frase que o verbo “estudam” evidencia uma ação: o ato de estudar, e diz respeito ao sujeito “os professores” ao mesmo tempo que é complementado pelo restante do predicado “todos os dias para as aulas”. Como o núcleo do predicado é o verbo “estudam”, chamamos o predicado de verbal. Sendo assim: Sujeito: “os professores” Predicado verbal: estudam todos os dias para as aulas.

2) Predicado Nominal

No predicado nominal o núcleo será um nome, o qual exerce a função de predicativo do sujeito.

E o que é predicativo do sujeito?

Predicativo

do

sujeito

é

um

termo

que



significado,

atributo,

característica ao sujeito ou, ainda, exprime seu estado ou modo de ser. O predicativo é conectado ao sujeito sempre através de um verbo de ligação. 09469404360

1ª. Ela está nervosa. 2ª. Os valores continuam elevados. Observe na primeira oração que “nervosa” é um atributo dado ao sujeito “Ela”. O sujeito “Ela” e o predicado nominal “nervosa” estão conectados pelo verbo de ligação “está”. Na segunda frase, observamos o mesmo processo anterior de análise: perguntamos quem continua? e continua o quê? E temos as respostas: “os valores” (sujeito) e “elevados” (predicado nominal), ou seja, o predicativo nominal só atribui significado ao sujeito quando ligado pelo verbo de ligação Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 (continuam).

A

oração



tem

sentido

pelo

complemento

(predicado)

“elevadas”, o qual é, portanto, o núcleo do predicado nominal. Se o núcleo do predicado é o nome adjetivo “elevadas”, o predicado é nominal. Assim, temos: Sujeito: “ela” Predicado nominal: “está nervosa” Sujeito: “os valores” Predicado nominal: “continuam elevados”

ATENÇÃO: os verbos de ligação NÃO podem ser o núcleo do predicado, pois são “fracos” de significação, ou seja, não fazem parte da cadeia significativa da oração. Tanto que podem ser retirados sem comprometer o sentido da frase (embora prejudique sintaticamente): Ela nervosa. Os valores elevados.

Predicado verbo-nominal

O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo nocional (que 09469404360

expressa ação – significativo), como vimos no predicado verbal, e um predicativo, que pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo.

Os candidatos estudaram cautelosos para o concurso.

Observamos na frase que há dois núcleos: o verbo nocional (estudaram), ou seja, o sujeito praticou uma ação. No entanto, há uma característica dada ao sujeito “cautelosos”, que é, portanto, uma predicação, uma qualidade concedida ao sujeito, logo, é o predicativo do sujeito. Poderíamos desdobrar a última oração em duas: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06

Os candidatos estudaram para o concurso. Eles foram cautelosos. Na primeira oração temos um predicado verbal “estudaram para o simulado”, no qual o núcleo é o verbo nocional “estudaram”. Já na segunda oração o núcleo do predicado é um nome “cautelosos” conectado por um verbo de ligação (foram) ao sujeito (Eles) e, portanto, é um predicado nominal. Na união das duas orações é que temos o predicado verbo-nominal: Sujeito: “Os candidatos”. Predicado verbo-nominal: “estudaram cautelosos para o concurso”.

VAMOS ALÉM... E se a oração fosse a seguinte:

Os candidatos cautelosos estudaram para o concurso.

Agora o predicado será apenas verbal: Sujeito: “Os candidatos cautelosos” Predicado verbal: “estudaram para o concurso”. O núcleo do predicado é “estudaram” e o “cautelosos” continua a ser 09469404360

predicativo do sujeito, embora não faça parte do predicado.

Trasitividade Verbal

Trata-se da parte da sintaxe que estuda a maneira como os verbos comportam-se nas orações. A melhor maneira de iniciar uma análise sintática é justamente pelo verbo. Temos que identificar que tipo de verbo temos (significativo ou de ligação), buscar o sujeito e, caso seja um verbo

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 significativo, logo vamos perceber se pede ou não um complemento. Vamos às análises! Todo verbo significativo é o centro das atenções! Ele é assim denominado porque traz a significação para a frase, sendo o núcleo do predicado. Apenas esse tipo de verbo possui transitividade.

São três transitividades verbais: - Verbo Transitivo Direto (VTD) = pede um cpmplemento sem auxílio de preposição. - Verbo Transitivo Indireto (VTI) = pede um complemento com auxíio de preposição (a, de, para, com, sobre...). - Verbo Intransitivo (VI) = não pede complemento. Sua significação não está “transitando”, está completa. Às vezes pede Adjunto Adverbial.

Alguns verbos pedem dois complementos, por isso são chamados de Verbos Transitivos Diteto e Indereto (VTDI) ou bitransitivo.

Com relação aos complementos verbais, são dois: Objeto Direto (OD) = completa Verbo Transitivo Direto (VTD) 09469404360

Objeto Indireto (OI) = completa Verbo Transitivo Indireto (VTI)

Não existe OD que complete um VTI, da mesma forma, pela lógica, não existe OI que complete um VTD!!

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Vejamos os exemplos que seguem (usarei as siglas para sistematizar a análise): 1) O bandido morreu. Sujeito

VI

2) Ele

foi

à minha casa.

Sujeito

VI

A djunto Adverbial de Lugar

3) Eles

amam

Sujeito

4) Eu

VTD

o trabalho ontem OD

gosto muito de você

Sujeito

VTI

OI

5) Ofereci um doce à criança VTDI

OD

OI

MACETE!! Para saber se um verbo é Transitivo Direto ou Indireto, sem erro, faça o 09469404360

seguinte: O menino comprou o livro. Comprou o quê? O livro! O menino conheceu o padrasto. Conheceu quem? O padrasto!

Comprar e conhecer são VTD!

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Fazemos apenas duas únicas perguntas para um VTD: “o quê?”

Ou

“quem?” Caso você faça qualquer outra pergunta para o verbo, saiba que está diante de um VTI, sem a menor dúvida!

Gosto muito de crianças Gosto de quê? De crianças! Refiro-me a você. Refiro-me a quem? A você! Gostar e referir-se são um VTI!

Resumindo: sugiro que decore apenas duas perguntas:

O quê?

Sempre

Quem?

VTD

Qualquer outra pergunta indicará tartar-se de um VTI! Faça o teste com outros verbos!

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Fique esperto! O verbo de ligação é fraco, serve apenas para ligar o sujeito ao seu predicativo, não é núcleo e NÃO tem transitividade, ou seja, NÃO PEDE COMPLEMENTO!!! O verbo de ligação indica apenas o estado em que o sujeito se encontra, seja ele permanente ou momentâneo.

Eu sou um rio de água limpa. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Eu = Sujeito Sou = verbo de ligação (estado permanente) Um rio de água limpa = predicativo do sujeito

Os alunos permaneceram calados Os alunos = sujeito Permaneceram = verbo de ligação (estado momentâneo) Calados = predicativo do sujeito

Não cometa o erro de chamar um verbo de ligação de VTD e o predicativo do sujeito de OD! Cuidado!

Principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, permanecer, continuar, tornar-se...

ATENÇÃO: casos especiais de OD e OI:  Objeto Direto Preposicionado – parece estranho, pois, como vimos, os objetos diretos não são precedidos de preposição, a não ser em três situações: 09469404360

1) Ofenderam a mim A preposição “a” foi exigida pelo pronome “mim”, caso contrário ficaria assim: ofenderam mim!

2) Matou ao leão o caçador A preposição “a”, antes do artigo “o”, foi necessária para evitar ambiguidade, caso contrário, não saberíamos quem matou quem: matou o leão o caçador.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 3) Ele sacou da arma A prepoosição “de” foi usada para reforçar uma construção enfática (para dar ênfase ao que se diz).  Objeto Direto Pleonástico – ocorre quando há repetição pronominal e sempre em oração invertida: Estas palavras, não as proferi OD

(não proferi estas palavras)

OD pleonástico

O “as” repete o OD, é chamado, então, de pleonástico.  Objeto Direto Interno – ocorre quando um Verbo Intransitivo se transforma em Transitivo Direto, resultando em uma construção pleonástica: Morrerás infame > Morrerás morte infame – Morte = OD Dorme tranquilo > Dorme teu sono tranquilo – Teu sono = OD  Objeto Indireto Pleonástico – assim como ocorre com o OD: Aos ricos, nada lhes devo (Não devo nada aos ricos) O.I.

O.I. pleonástico

COMPLEMENTO NOMINAL – tem a função de completar nomes: 09469404360

substantivos, adjetivos ou advérbios. Vem sempre com preposição.

a)

Substantivos –

Tenho medo de escuro Subst.

b)

C. Nom.

Adjetivos – Sempre fora obediente às leis Adj.

c)

Advérbios –Reagiu

bem

Advérbio

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C. Nom.

ao infortúnio C. Nom.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06  Complemento Nominal X Objeto Indireto Objeto Indireto – é ligado a verbo = Necessitamos de paz Verbo

O.I.

Complemento Nominal – é ligado a nome = Temos necessidade de paz Subst.

C. N.

ADJUNTO ADNOMINAL – função de caracterizar o substantivo

Ex.:

Esse assunto delicado pede outra conversa.

 Classes Gramaticais com função de Adjunto Adnominal

a)

Artigo –

b)

Adjetivo – A bela festa encantou a todos

c)

Locução Adjetiva – Ele tem um rosto de anjo

d)

Pron. Adjetivo – Minha irmã mora naquela casa

e)

Numeral – O primeiro lugar da fila

A

garota pediu

uma bebida no bar

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 Complemento Nominal X Adjunto Adnominal Complemento Nominal – completa o sentido do nome Ele tem medo da noite Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Subst. C. Nom. Adjunto Adnominal – caracteriza o substantivo Ele tem

aves

da noite

Subst. C. Nom.

DPE/RJ/2014/Técnico Superior Jurídico. A expressão sublinhada que exerce uma função sintática diferente das demais, por ser considerada um complemento, e não um adjunto é a) interesses das crianças. b) autonomia das mulheres. c) direitos de homossexuais. d) teses da esquerda. 09469404360

e) ampliação das liberdades.

Comentário: vejamos cada alternativa: a) interesses das crianças. – ERRADA. Notem que “das crianças” pode ser substituído pelo adjetivo qualificador “infantis”. Se está qualificando, trata-se de um adjunto adnominal. b) autonomia das mulheres. – ERRADA. Aqui ocorre o mesmo processo da alternativa A, “das mulheres” está qualificando “autonomia”, tanto que pode ser substituído por “feminina”.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 c) direitos de homossexuais. – ERRADA. “de homossexuais” pode ser substituído pelo adjetivo qualificador “homossexuais”, é, portanto, um adjunto adnominal. d) teses da esquerda. – ERRADA. Pelo mesmo motivo das outras alternativas, “da esquerda” é adjunto adnominal porque qualifica “teses”, podendo ser substituído por “esquerdistas”. e) ampliação das liberdades. – CORRETA. Um complemento nominal é exigido para completar o sentido do nome a que está ligado. Funciona ainda como Termo paciente: ampliar liberdades - as liberdades foram ampliadas. GABARITO: E

AGENTE DA PASSIVA – pratica a ação expressa pelo verbo na voz passiva (com preposição DE ou POR)

Ex.:

A cidade

A terra

estava cercada

pelo exército

V. Voz Pass.

Agente da Passiva

era povoada V. Voz Pass.

de selvagens Agente da Passiva

ADJUNTO ADVERBIAL - indica circunstância ao verbo, muito usado! 09469404360

Ex.:

Talvez

ele chegue

Dúvida



cedo

ao clube

Tempo

Lugar

Embora o Adjunto Adverbial seja termo ligado ao verbo, os

ADVÉRBIOS

DE

INTENSIDADE

modificam,

também,

adjetivos

e

outros

advérbios

Ex.:

Os concursandos

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estudam

muito

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Verbo

Aquela mulher era

Adv. Intens.

muito

Adv. Intens.

Os meninos falam

muito

Adv.Intens

bonita Adjetivo

alto Advérbio

APOSTO – termo ou expressão de função esclarecedora.

Ex.:

Única irmã de mamãe, Marcela morreu cedo Aposto

 Tipos de Aposto:

a)

Explicativo: Brasília, a capital do Brasil, fará 45 anos

b)

Enumerativo: Pedro necessita de três coisas: amor, paz e

carinho 09469404360

c)

Resumitivo (recapitulativo):

Poder, dinheiro, glória, nada o

seduzia mais

d)

Distributivo: Carlos e José são ótimos alunos; este em Física,

aquele em Biologia

e)

Especificativo (denominativo): O presidente Vargas cometeu suicídio A cidade de Curitiba é muito jovem

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06



Não

confundir

Aposto

Especificativo

com

Adjunto

Adnominal

A cidade de Brasília continua linda (aposto) (Nome da cidade)

O clima de Brasília continua péssimo (Adj. Adnominal) (Não é nome do clima)

VOCATIVO – Termo isolado (chamamento), indica com quem se fala.

Ex.:

Meninos, estudem para a prova! Falaram, João, mal de você no clube.



O Vocativo virá SEMPRE separado por vírgulas, quer no início, no

meio ou no fim da frase.

Queridos! Terminamos o estudo do período simples. Agora convido vocês a “mergulharem” no mundo das orações coordenadas e subordinadas!! Coisa 09469404360

linda é perceber sintaticamente como organizamos o nosso discurso, seja ele falado ou escrito!

PERÍODO COMPOSTO

Um período pode ser simples ou composto, depende do número de verbos que possui: para cada oração, um verbo.

Período simples: possui apenas uma oração (um verbo) Fizemos o melhor. Profª Rafaela Freitas

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Período composto: possui duas ou mais orações (mais de um verbo) Chegamos aqui para fazermos o melhor!

O período composto subdivide-se em:

1) Subordinação: reúne orações dependentes, ou seja, uma é função sintática da outra. Desejo / que você seja feliz Or. Principal

Or. Subordinada (função de OD do verbo da oração

principal)

2) Coordenação:

reúne orações independentes, isto é, uma não é

função sintática da outra. As orações existem independentemente. Você estuda em Brasília e mora em Taguatinga Oração Coordenada

Oração Coordenada

ORAÇÕES SUBORDINADAS

Tais orações podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais: 1. SUBSTANTIVAS: têm função equivalente a um substantivo – 09469404360

funcionam como: Sujeito, Objeto Direto, Objeto Indireto, Complemento Nominal,

Aposto,

Predicativo.

São

introduzidas,

normalmente,

pelas

conjunções integrantes que e se.

a)

Subjetiva - possui função de sujeito da oração principal.

Convinha a todos / que você partisse Oração Principal

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Or. Sub. Subst. Subjetiva

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b)

Objetiva Direta – possui função de Objeto Direto da oração

principal. Ela viu

/

que o dinheiro terminara

Or. princ.

Or. Sub. Subst. Objetiva Direta

Observe que a oração principal tem um VTD (ver)!

c)

Objetiva Indireta - possui função de Objeto Indireto da oração

principal. Todos gostaram / de que estivesse lá Or. Princ.

Or. Sub. Subst. Objetiva Indireta

Observe que a oração principal possui um VTI (gostar)!

d)

Completiva Nominal - possui função de Complemento Nominal da

oração principal.

Tive a impressão de que algo explodira Or. Princ.

Or. Sub. Subst. Completiva Nominal

Observe que a oração Completiva Nominal está completando o nome “impressão” da oração principal. 09469404360

e)

Apositiva - possui função de Aposto da oração principal.

Disse algo terrível: que ia casar Or. Princ.

f)

Or. Sub. Subst. Apositiva

Predicativa - possui função de predicativo do sujeito da oração

principal, que, é claro, deve possuir um verbo de ligação. O problema foi que chegaste tarde demais Or. Princ. Profª Rafaela Freitas

Or. Sub. Subst. Predicativa

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2. ADJETIVAS: Têm a função equivalente a um Adjetivo (Adjunto Adnominal). São introduzidas por um pronome Relativo

a)

Restritivas – são aquelas que limitam, restringem um ser ou

grupo. Nunca são colocadas entre vírgulas. As regiões que produzem laranjas foram premiadas Or. Sub. Adjetiva Restritiva A oração principal é: “as regiões foram premiadas”. A oração subordinada restringe o termo “regiões”, pois nem todas as regiões foram premiadas, apenas as que produzem laranjas.

b)

Explicativas - caracterizam o ser ou o conjunto a que se refere.

Explica algum termo da oração principal.

Estão SEMPRE entre vírgulas,

caso contrário, seriam restritivas.

Os Alunos, que leem,

sabem redigir

Or. Sub. Adj. Explicativa A oração principal é: “os alunos sabem redigir”. A oração explicativa “que leem” está dizendo que os alunos que não 09469404360

sabem ler, também não redigem.

2.

ADVERBIAIS:

Têm

função

equivalente

a

um

Advérbio.

São

introduzidas pro conjunções adverbiais. Indicam a circunstância em que ocorre a ação verbal da oração principal.

a) Causais: indicam a causa do fato expresso na Oração Principal. A aula foi interrompida porque faltou giz Or. Principal Profª Rafaela Freitas

Or. Sub. Adverbial Causal

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Observe: “A aula foi interrompida” – Or. Principal = CONSEQUÊNCIA “Porque faltou giz” – Or. Subordinada = CAUSA

Sempre temos tanto a causa quanto a consequência no período, mas a classificação é sempre da subordinada!

b) Consecutivas: indicam consequência do fato da Oração Principal. O professor falou tanto que ficou rouco Or. Princ.

Or. Sub. Adverbial Consecutiva

Observe: “O professor falou tanto” – Or. Principal = CAUSA “Que ficou rouco” – Or. Subordinada = CONSEQUÊNCIA

Vejam como exemplo uma questão de 2015:

09469404360

As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos vinte anos, fizeram-se sentir no âmbito do direito administrativo e, mais especificamente, na forma de administrar a coisa pública.

Diante

dessa

nova

realidade,

para

atender

às

necessidades

fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível, a administração pública precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da administração burocrática e adotando uma administração gerencial. A antiga forma de administrar empregada pela administração pública calcava-se essencialmente em uma gestão eivada de processos burocráticos, Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 criados para evitar desvios de recursos públicos, o que a tornava pouco ágil, pouco econômica e ineficiente. (...). Maria Denise Abeijon Pereira Gonçalves. A gestão pública adaptada ao novo paradigma da eficiência. Internet: <www.egov.ufsc.br> (com adaptações).

MP-ENAP/2015/Todos os cargos/CESPE. Há relação de causa e efeito entre as transformações políticas, sociais e culturais e as mudanças ocorridas no âmbito da administração pública.

Comentário: comprava-se que a assertiva está correta pelo trecho a seguir: “Diante dessa nova realidade, para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível (CAUSA), a administração pública precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da administração burocrática e adotando uma administração gerencial (EFEITO)”. GABARITO: CERTO.

c) Comparativas:

expressam relação de comparação entre os fatos

expressos nas orações. Nada dói tanto como um sorriso triste Or. Princ.

Or. Sub. Adverbial Comparativa 09469404360

e) Condicionais: expressam condição sob a qual se realiza a or. Principal. Iremos ao clube se não chover Or. Princ.

Or. Sub Adverbial Condicional

f) Concessivas: concedem ou admitem uma condição contrária ao que foi dito na Oração Principal. Amanhã haverá aula embora seja domingo Or. Princ. Profª Rafaela Freitas

Or. Sub. Adverbial Concessiva

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g) Conformativas:

indicam adequação ou conformidade com a or.

Principal. Tudo terminou conforme tínhamos previsto Or. Princ.

Or. Sub. Adverbial Conformativa

h) Finais: indicam a finalidade para a qual se destina a Oração Principal. Estudou muito para que fosse aprovado Or. Princ.

Or. Sub. Adverbial Final

As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos vinte anos, fizeram-se sentir no âmbito do direito administrativo e, mais especificamente, na forma de administrar a coisa pública.

Diante

dessa

nova

realidade,

para

atender

às

necessidades

fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível, a administração pública precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da administração burocrática e adotando uma administração gerencial. (...) 09469404360

MP-ENAP/2015/Todos os cargos/CESPE As vírgulas empregadas nas linhas 4 e 6 isolam segmento de natureza adverbial: “para atender (...) custo possível”.

Comentário: as vírgulas isolam uma oração adverbial final, ou seja, indica uma finalidade: “para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível”. GABARITO: CERTO

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 i) Proporcionais: indicam fatos direta ou inversamente proporcionais. A inundação aumentava à medida que subiam as águas Or. Princ.

Or. Sub. Adverbial Proporcional

j) Temporais: indicam em que tempo ocorreu o fato da Oração Principal. O rapaz ficou pálido quando viu a noiva Or. Princ.

Or. Sub Adverbial Temporal

ORAÇÕES COORDENADAS

1)

ASSINDÉTICAS:

São aquelas que se apresentam ligadas às outras apenas por sinais de pontuação – vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos – sem o auxílio de conjunções.

Síndeto = conjunção A + (s)síndeto = SEM conjunção 09469404360

Meu pai montava a cavalo, / ia para o campo Or. Coord. Assindética

2)

Or. Coord. Assindética

SINDÉTICAS:

São aquelas que se apresentam ligadas às outras com o auxílio de conjunção coordenativa.

a) Aditivas: expressam ideia de soma ou de sequência de ações. O major Camilo não ata / nem desata Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Or.coord.ASSINDÉTICA

Or.Coord.Sindética ADITIVA

b) Adversativa: dão ideia de oposição, contraste. Ele é rico,

/

mas veste-se com simplicidade

Or.Coord.

Or. Coord. Sindética ADVERSATIVA

ASSINDÉTICA

c) Alternativa: dão ideia de escolha ou alternância.

Fale baixo

/

Or. Coord.

ou acordará as crianças Or. Coord. Sindética ALTERNATIVA

ASSINDÉTICA

d) Conclusiva: expressam uma conclusão Tudo está em ordem, / por isso não devemos nos preocupar. Or. Coord.

Or. Cood. Sindética ALTERNATIVA

ASSINDÉTICA

e) Explicativa: exprimem um motivo, uma razão. Parem com esse troço, /

que eu vou descer

Or. Coord.

Or. Coord. Sindética

ASSINDÉTICA

EXPLICATIVA

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ORAÇÕES REDUZIDAS

Não constituem novos tipos de orações. São assim chamadas aquelas que apresentam verbos em formas nominais e não se iniciam por conjunções. Podem ser reduzidas:

a) De Infinitivo: Diziam acreditar em mim Or. Sub. Subst. Obj. Direta Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Reduzida de Infinitivo Desenvolvida, a oração seria: Diziam que acreditavam em mim.

b) De Particípio:

Abertas as portas, entramos Or. Sub.Adv. Temporal Reduzida de Particípio

Desenvolvida, a oração seria: quando as portas foram abertas, entramos.

c) De Gerúndio: Havia ali crianças pedindo esmolas Or. Sub. Adj. Restritiva Reduzida de Gerúndio Desenvolvida, a oração seria: havia ali crianças que pediam esmolas.

Nas orações coordenadas sindéticas e nas subordinadas adverbiais, as conjunções têm imensa importância, pois são elas que ligam as orações estabelecendo as relações de sentido necessárias. Uma conjunção usada de maneira inadequada, pode alterar completamente o sentido do período. As principais conjunções são:

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COORDENATIVAS:  Aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, como também, bem como  Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante...  Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja  Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, por conseguinte, pois (após o verbo)  Explicativas: porque, que, porquanto, pois (antes do verbo) Profª Rafaela Freitas

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SUBORDINATIVAS  Integrantes: que, se  Causais: porque, visto que, pois que, como, já que, ...  Comparativas: como, (mais) que, (menos) que, assim como, (tanto – tão) quanto  Condicionais: se, caso, uma vez que, desde que, salvo se, sem que, ...  Concessivas: embora, ainda que, se bem que, conquanto, mesmo que...  Conformativas: conforme, segundo, consoante, como  Consecutivas:(tão)...que, (tal)...que, de modo que,  Finais: para que, a fim de que, de sorte que, de forma que  Proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais...menos  Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sempre que, depois que...

Na aula de hoje, vimos tudo sobre a análise sitática do período simples e do período composto. Segue, então, um resumo do que estudamos: 09469404360

TERMOS DA ORAÇÃO

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Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Perspectiva de Montesquieu

O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais importantes

intelectuais

na

história

das

ciências

jurídicas.

A

grande

originalidade de sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revolução metodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos interrelacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e comparativa dos fatos sociais. Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moral

que

ainda

predominava

na

época,

segundo

o

qual

todo

o

desenvolvimento histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos. Montesquieu, ao contrário, reduz as instituições a causas puramente humanas. Segundo ele, introduzir princípios teológicos no domínio 09469404360

da história, como fatores explicativos, é confundir duas ordens distintas de pensamento. Deliberadamente, dispõe-se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandona tal projeto. Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contra um possível mal-entendido no que diz respeito à palavra "virtude", que emprega amiúde com significado exclusivamente político, e não moral. Para Montesquieu, o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser. Enquanto não forem abordados como independentes de fins Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 religiosos e morais, jamais poderão ser compreendidos. As ciências humanas deveriam libertar-se da visão finalista, como já haviam feito as ciências naturais, que só progrediram realmente quando se desvencilharam do jugo teológico. Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um provocador de alto nível. (Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973)

01. (TCE/PR – 2011 – Jurídica – FCC) A oração sublinhada exerce a função de sujeito dentro do seguinte período: a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar pelo finalismo religioso. b) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieu buscando apoio espiritual. c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis. d) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu com as ciências naturais. e) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o finalismo teológico e moral. 09469404360

Comentário: na alternativa B, “ler um filósofo como Montesquieu” é o sujeito oracional (uma oração com função de sujeito) da forma verbal “convém”. Como o sujeito está posposto ao verbo, é mais fácil perceber se colocarmos o período na ordem direta: ler um filósofo como Montesquieu buscando apoio espiritual não convém a um espírito sensível e religioso. Vejamos a função dos outros termos grifados nas outras alternativas: a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar pelo finalismo religioso. – oração subordinada substantiva objetiva direta. Exerce função de objeto direto do verbo preferir. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis. – oração subordinada

adjetiva

restritiva.

Funciona

como

adjunto

adnominal

de

“métodos”. d) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu com as ciências naturais. – oração subordinada adverbial comparativa. Funciona coo adjunto adverbial. e) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o finalismo teológico e moral. – oração coordenada sindética aditiva. GABARITO: B

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Como a Folha era o único veículo que mandava repórteres da sede em São Paulo para todos os comícios e abria generosamente suas páginas para a cobertura da campanha das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites nos discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados, e, em alguns lugares, dr. Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha presença no palanque. Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas coisas não pegariam bem para um repórter. Àquela altura, no entanto, não me 09469404360

importava mais com o limite entre as funções do profissional de imprensa e as do militante. Ficava até orgulhoso, para falar a verdade. Cevado pelas negociações de bastidores no Parlamento, em que tudo devia estar acertado antes de a reunião começar, o incansável Ulysses, que na Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer para ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. Impunha logo respeito, eu até diria que ele era reverenciado aonde quer que chegasse. A campanha das Diretas não tinha dono, e por isso crescia a cada dia. Mas, embora ele não tivesse sido nomeado, todos sabiam quem era o comandante.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Meu maior problema, além de arrumar um telefone para passar a matéria a tempo de ser publicada, era o medo de avião. "Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito formal de falar até em momentos descontraídos. Muitos anos depois, ele morreria num acidente de helicóptero, em Angra dos Reis, no Rio, e seu corpo desapareceria no mar para sempre. (Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter. São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120)

"Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses... 02. (TRE/SP – 2012 – Administrativa – FCC) O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que o elemento grifado exerce em: a) Como a Folha era o único veículo ... b) ... essas coisas não pegariam bem para um repórter. c) ... em que tudo devia estar acertado... d) Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados... e) ... quem era o comandante. 09469404360

Comentário: em primeiro lugar, vamos identificar a função sintática do termo “dr. Ulysses” na oração “procurava me tranquilizar dr. Ulysses...”. Observe que oração está invertida. Colocando na ordem direta temos: Dr. Ulysses procurava me tranquilizar. Sendo assim, quem está tentando, procurando tranquilizar alguém é sujeito da oração (dr. Ulysses). Sabendo disso, vamos às alternativas: a) o único veículo = predicativo do sujeito. b) para um repórter = complemento nominal do advérbio bem. c) em que = adjunto adverbial de lugar, por substituir “no Parlamento” Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 d) com os três líderes da campanha = adjunto adverbial de companhia. e) (todos sabiam) quem era o comandante = sujeito do verbo ser. EIS O GABARITO! GABARITO: E

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola, nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade do país. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade) que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho. Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil, ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de temas, a própria maneira de ver o mundo. Do

ponto

de

vista

estilístico,

pregaram

a

rejeição

dos

padrões

portugueses, buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de 09469404360

falar brasileiro. Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual. Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária, dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna. (Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, p.11-12)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 03. (TRE/SP – 2012 – Administrativa – FCC) Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. ... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.

Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função de a) adjunto adverbial. b) objeto direto. c) complemento nominal. d) predicativo. e) objeto indireto.

Comentário: sempre que tivermos um verbo de ligação a análise sintática será diferente e mais simples, pois esse tipo de verbo

NÃO possui

transitividade, NÃO pede complemento. Todo verbo de ligação é fraco de significado, indica um estado permanente ou momentâneo e tem como maior função unir o sujeito ao seu predicativo. Observe o exemplo: O cão é bravo. A informação principal é: cão bravo. Sendo “cão” o sujeito e “bravo” o predicativo. O verbo “ser” entra exclusivamente para ligar um ao outro (o cão é bravo) e para indicar o estado 09469404360

permanente do cão (ser bravo).

Voltando para a questão...

Diante disso, podemos de cara eliminar as alternativas B e E, pois nas duas orações em questão temos verbos de ligação “foi” e “é”, então os termos em destaque não podem ser nenhum tipo de complemento verbal. Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. – Sujeito: conceito. Predicativo: relativo.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 ... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. – Sujeito: contribuição maior. Predicativo: a liberdade de criação e expressão. O predicativo caracteriza o sujeito. Os termos em destaque são predicativos. GABARITO: D

Maias usavam sistema de água eficiente e sustentável

Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. Esse sistema hidráulico, aperfeiçoado por mais de mil anos, foi pesquisado por uma equipe norte-americana. As antigas civilizações têm muito a ensinar para as novas gerações. O caso do sistema de coleta e armazenamento de água dos maias é um exemplo disso. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica

nas

ruínas

da

antiga

cidade

de

Tikal,

na

Guatemala.

Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista científica PNAS, foram descobertas a maior represa antiga da área maia, a construção de uma barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatório de água 09469404360

em Tikal, a presença de uma antiga nascente ligada ao início da colonização da região, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a água dos reservatórios. No sistema havia também uma estação que desviava a água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das planícies maias ao sul. No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão pessoal Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram como uma ‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão severamente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que eram preenchidos pela chuva. É provável que a população tenha crescido muito além da

capacidade

do

ambiente,

levando

em

consideração

as

limitações

tecnológicas da civilização. “É importante lembrar que os maias não estão mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito viva na América Central”, lembra o pesquisador. (Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013, www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413)

04. (SABESP – 2014 - Analista de Gestão - Administração – FCC) Considerada a substituição

do

segmento

grifado

pelo

que está entre

parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá permanecer no singular está em: a) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores) b) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima) c) No sistema havia também uma estação... (várias estações) 09469404360

d) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central) e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser publicado)

Comentário: na alternativa A, B, D e E o verbo deverá concordar no plural com o sujeito, o que não ocorre na alternativa C, pois o verbo haver no sentido de existir é impessoal, ou seja, não possui sujeito, permanecendo no singular. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 GABARITO: C 05. (SABESP – 2014 – Advogado – FCC) ... e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em: a) ... os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal... b) .. que os maias não estão mortos. c) ... que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. d) ... o que de fato aconteceu. e) . .uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que... Comentário: o verbo “levaram”, na oração em questão, usado no sentido de conduzir, de acarretar, exige o uso da preposição a. O “ao” é a composição da preposição a com artigo o. Trata-se então de um verbo transitivo indireto e pede, por conseguinte, um complemento preposicionado. Temos

que

buscar

agora

um

verbo

que

pede

complemento

também

introduzido por preposição. Vejamos: a) ... os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal... – ERRADA. O verbo fazer é transitivo DIRETO. 09469404360

b) .. que os maias não estão mortos. – ERRADA. O verbo estar é de ligação, não pede complemento. c) ... que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. – ERRADA. O verbo ter é transitivo DIRETO. d) ... o que de fato aconteceu. – ERRADA. O acontecer é intransitivo, não pede complemento algum.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 e) . .uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que... – CORRETA. Verbo depender é transitivo INDIRETO e pede a preposição de antes de seu complemento. GABARITO: E

Ainda aluna de medicina, Nise da Silveira se horrorizou ao ver o professor abrir com um bisturi o corpo de uma jia e deixar à mostra, pulsando, seu pequenino coração. Esse fato define a mulher que iria revolucionar o tratamento da esquizofrenia e pôr em questão alguns dogmas estéticos em vigor mesmo entre artistas antiacadêmicos e críticos de arte. A mesma sensibilidade à flor da pele que a fez deixar, horrorizada, a aula de anatomia, levou-a a se opor ao tratamento da esquizofrenia em voga na época em que se formou: o choque elétrico, o choque insulínico, o choque de colabiosol e, pior do que tudo, a lobotomia, que consistia em secionar uma parte do cérebro do paciente. Tomou-se de revolta contra tais procedimentos, negando-se a aplicá-los nos doentes a ela confiados. Foi então que o diretor do hospital, seu amigo, disse-lhe que não poderia mantê-la no emprego, a não ser em outra atividade que não envolvesse o tratamento médico. - Mas qual?, perguntou ela. - Na terapia ocupacional, respondeu-lhe o diretor. A terapia ocupacional, naquela época, consistia em pôr os internados para 09469404360

lavar os banheiros, varrer os quartos e arrumar as camas. Nise aceitou a proposta e, em pouco tempo, em lugar de faxina, os pacientes trabalhavam em ateliês improvisados, pintando, desenhando, fazendo modelagem com argila e encadernando livros. Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos da arte brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje famosíssimo Museu de Imagens do Inconsciente do Centro Psiquiátrico Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio. É que sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros psiquiatras. Enquanto, para estes, a loucura era um processo progressivo de degenerescência cerebral, que só se poderia retardar com a intervenção direta Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 no cérebro, ela via de outro modo, confiando que o trabalho criativo e a expressão artística contribuiriam para dar ordem e equilíbrio ao mundo subjetivo e afetivo tumultuado pela doença. Por isso mesmo acredito que o elemento fundamental das realizações e das concepções de Nise da Silveira era o afeto, o afeto pelo outro. Foi por não suportar o sofrimento imposto aos pacientes pelos choques que ela buscou e inventou outro caminho, no qual, em vez de ser vítima da truculência médica, o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre capaz de criar um universo mágico em que os problemas insolúveis arrefeciam. (Adaptado de: GULLAR, Ferreira. A Cura pelo Afeto. Resmungos, São Paulo: Imprensa Oficial, 2007)

06. (TRT - 19ª Região (AL) – 2014 – Analista Judiciário – Contabilidade – FCC) Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos... O

segmento

cujo

verbo

possui,

no

contexto,

o

mesmo

tipo

de

complemento do grifado acima é: a)

...sua

visão

da

doença

mental

diferia

da

aceita

por

seus

companheiros... b)... em que os problemas insolúveis arrefeciam. c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência... d) ... e inventou outro caminho... 09469404360

e) .. o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

Comentário: o verbo saíram está pedindo a preposição de (saíram de). Basta agora procurarmos um verbo que pede complemento preposicionado também por esta preposição. Vejamos: a)

...sua

visão

da

doença

mental

diferia

da

aceita

por

seus

companheiros... – CORRETA. Diferir de.... está aí a preposição de no verbo transitivo indireto. Já encontramos o gabarito!! Vamos ver as outras: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b)... em que os problemas insolúveis arrefeciam. – arrefecer = verbo intransitivo, não pede complemento. c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência... – era = verbo de ligação, não pede complemento, muito menos preposicionado. d) ... e inventou outro caminho... – inventar = verbo transitivo direto, pede complemento, mas não rege uso de preposição. e) .. o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre... – tornar-se = verbo de ligação, não pede complemento, muito menos preposicionado. GABARITO: A

Atenção: Para responder à questão a seguir, considere o texto abaixo.

Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila de São Paulo como centro de amplo sistema de estradas expandindo-se rumo ao sertão e à costa. Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, quem pretenda servir-se desses documentos para a elucidação de algum ponto obscuro de nossa geografia histórica. Recordam-nos, entretanto, a singular importância dessas estradas para a região de Piratininga, cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico. Neste caso, como em quase tudo, os adventícios deveram habituar-se às soluções e muitas vezes aos recursos materiais dos primitivos moradores da terra. Às estreitas 09469404360

veredas

e

atalhos

que

estes

tinham

aberto

para

uso

próprio,

nada

acrescentariam aqueles de considerável, ao menos durante os primeiros tempos. Para o sertanista branco ou mamaluco, o incipiente sistema de viação que aqui encontrou foi um auxiliar tão prestimoso e necessário quanto o fora para o indígena. Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens, em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador inigualável nas entradas, sabiam os paulistas como transpor pelas passagens mais convenientes as matas espessas ou as montanhas aprumadas, e como escolher sítio para fazer pouso e plantar mantimentos. Eram de vária espécie esses tênues e rudimentares caminhos de índios. Quando em terreno Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 fragoso e bem vestido, distinguiam- se graças aos galhos cortados a mão de espaço a espaço. Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar uma pista. Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores para a volta. Era o processo chamado ibapaá, segundo Montoya, caapeno, segundo o padre João Daniel, cuapaba, segundo Martius, ou ainda caapepena, segundo Stradelli: talvez o mais generalizado, não só no Brasil como em quase todo o continente americano. Onde houvesse arvoredo grosso, os caminhos eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos. Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza. Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí: constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais, a maior metida na terra, e a outra, em ângulo reto com a primeira, mostrando o rio. Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal. (Sérgio Buarque de Holanda. Caminhos e fronteiras. 3.ed. S. Paulo: Cia. das Letras, 1994. p.19-20)

07. (DPE-SP – 2013 – Agente de defensoria – FCC) Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam os paulistas como... O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma função sintática que o elemento grifado em: a) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores para a volta. 09469404360

b) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam aqueles de considerável... c) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal. d) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar uma pista. e) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila de São Paulo como centro...

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Comentário: o termo destacado em “Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam os paulistas como...” funciona como sujeito posposto do verbo saber. Mesma função sintática encontramos na alternativa D: “uma sequência de tais galhos” é o sujeito do verbo da forma verbal “podiam”. Vejamos a função sintática dos termos grifados nas demais alternativas: a) Nas expedições breves = adjunto adverbial de lugar. Além disso, o sujeito não pode ser preposicionado (em + as = nas). b) nada = objeto direto que está antes do verbo “acrescentariam” c) perceptível = predicativo do sujeito. Observe que vem depois de um verbo de ligação, então só poderia ser predicativo! e) a vila de São Paulo = objeto indireto do verbo apresentar. GABARITO: D

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08. (DPE-RS – 2014 - Defensor Público – FCC) Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a norma padrão escrita: a) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar 09469404360

enclítico à forma verbal. b) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão após a palavra revelado. c) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na oração. d) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos comprometeram-lhe o texto". e) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido original da frase.

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Comentário: o pronome lhes, na frese em questão, está em próclise por haver uma palavra atrativa antes do verbo (não). Por esse motivo, não é possível colocar o pronome após o verbo, mesmo que fosse na forma “à elas”. Sintaticamente, o pronome lhes foi usado como complemento indireto do verbo revelar (revelar alguma coisa a alguém) e não tem sentido possessivo. Tem importância essencial por ser complemento verbal, de maneira que não pode

estar

em

elipse

para

que

a

frase

não

fique

incompleta

e,

consequentemente, sem sentido. GABARITO: C

A cultura brasileira em tempos de utopia

Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar aspectos da tradição com temas e formas de expressão moderna. No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto 09469404360

escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura erudita. Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para melhor expressar o “Brasil moderno”.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da moderna música popular brasileira, a MPB. (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738) 09. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – 2014 - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação – FCC) As expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase: a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico ...... todos queriam alcançar e se realizar. b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões políticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente mergulhou. c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera política propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o 09469404360

novo presidente da República. d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já fora reconhecido. e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

Comentário: o relativo onde só pode ser usado para referir-se a um lugar, não pode ser usado com verbos de movimento como o verbo ir, nem para indicar tempo, muito menos filme, dessa forma, as alternativas A, C e D não Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 podem ser preenchidas por ele. Ficamos entre as alternativa B e E. Em cujo não pode preencher a segunda lacuna da alternativa E, pois a preposição em não é regida pelo verbo orgulhar. Já na alternativa B, o verbo mergulhar rege a preposição: mergulhar em + o = no calor. GABARITO: B

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10. (TRT - 2ª REGIÃO (SP) – 2008 – Técnico Judiciário -

FCC)

modalidades do atletismo lembram as sofridas necessidades da subsistência, na era em que a espécie procurava se consolidar sobre o planeta – fugir, comer, enfrentar o inimigo, contornar os obstáculos, conquistar a fêmea. (3º parágrafo) A afirmativa INCORRETA a respeito do segmento acima é: a) O travessão introduz uma sequência enumerativa de ações humanas. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b) Por introduzir um segmento especificativo, o travessão pode ser corretamente substituído por dois-pontos, sem alteração do sentido original. c) Os verbos que aparecem no infinitivo podem ser corretamente substituídos pelos respectivos substantivos, como apostos à expressão as sofridas necessidades da subsistência. d) Como o pronome relativo que vem antecedido da preposição em, a redação também estaria correta com o emprego de onde para substituir "em que". e) A expressão da subsistência tem função sintática de complemento nominal, exigido pelo substantivo necessidades. Comentário: o termo “em que” está substituindo o “era”, que tem ideia temporal (época em que alo acontecia). Devemos saber que o onde e o aonde NÃO pode substituir palavras com ideia de tempo! A questão quer a alternativa INCORRETA a respeito do seguimento transcrito do texto. Vejamos as alternativas: a) O travessão introduz uma sequência enumerativa de ações humanas. – CORRETA. “fugir, comer, enfrentar o inimigo, contornar os obstáculos, conquistar a fêmea.” são ações humanas. b) Por introduzir um segmento especificativo, o travessão pode ser corretamente substituído por dois-pontos, sem alteração do sentido original. – 09469404360

CORRETA. O travessão pode ser substituído também por vírgula! c) Os verbos que aparecem no infinitivo podem ser corretamente substituídos pelos respectivos substantivos, como apostos à expressão as sofridas necessidades da subsistência. – CORRETA. Poderíamos tirar, por exemplo, “fugir” e colocar “fuga” sem o menor problema. d) Como o pronome relativo que vem antecedido da preposição em, a redação também estaria correta com o emprego de onde para substituir "em que". – INCORRETA. Não podemos substituir palavra com ideia temporal (era) por onde! Esse pronome é usado apenas para indicar lugar!

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 e) A expressão da subsistência tem função sintática de complemento nominal, exigido pelo substantivo necessidades. – CORRETA. Subsistência completa o nome necessidade, é, portanto, complemento nominal. GABARITO: D

Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua personalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor, enquanto gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do grande público. Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, 09469404360

subitamente, muito atual para a geração que nasceu no pós-guerra. O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para sinfonias. Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 casinhas de Mahler hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa. (Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006, p. 52-53. Disponível em: Acesso em: 22 dez. 2011)

11. (INSS – 2012 – Técnico do Seguro Social – FCC) Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, o termo sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em destaque na frase: (A) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui. (B) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. (C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas. (D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para grandiosas sinfonias. (E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais. 09469404360

Comentário:

a

expressão

destacada

em

“O

compositor

dedicava

inteiramente à criação musical os meses de verão” tem função de objeto direto do verbo “dedicava”. Colocando a frase na ordem direta, pois ela está invertida, fica mais fácil perceber isso: “o compositor dedicava inteiramente os meses de verão à criação musical”. Dedicava o quê? Os meses de verão (OD)... a quê? À criação musical (OI). Vamos encontrar nas alternativas outro objeto direto.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 (A) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui. – objeto direto do verbo ter. Teve o quê? Influência central... EIS O GABARITO! (B) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. – Sujeito do verbo descobrir. (C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas. – Adjunto adverbial de tempo. (D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para grandiosas sinfonias. – Complemento do nome “inspiração”. (E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais. – Sujeito do verbo transformar-se. GABARITO: A

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12. (TRF - 3ª REGIÃO – 2014 – Técnico Judiciário – FCC) Mas esse sentimento põe em relevo um contexto social... (2o parágrafo). O verbo que apresenta o mesmo tipo de complemento exigido pelo grifado acima está em: a) ... e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada. b) ... e desfrutar sossegadamente de seu espaço. c) ... como um invólucro que lhe é indiferente. d) ... e a música ambiente que toca no interior das lojas... e) O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas... Profª Rafaela Freitas

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Comentário: o verbo pôr em “Mas esse sentimento põe em relevo um contexto social...” tem como complemento “um contexto social”. “em relevo” não é complemento, é apenas um adjunto adverbial. O verbo em questão é transitivo direto, vamos procurar nas alternativas outro verbo com essa transitividade. a) ... e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada. – O verbo intensificar é transitivo direto. Intensificou isso, alguma coisa. CUIDADO! O complemento do verbo “intensificou” na oração é o pronome “o”, não a expressão “de maneira desmesurada”! EIS O GABARITO!!! b) ... e desfrutar sossegadamente de seu espaço. – Desfrutar de quê? Verbo transitivo indireto que rege a preposição de. c) ... como um invólucro que lhe é indiferente. – o verbo ser é um verbo de ligação, ou seja, não possui transitividade. d) ... e a música ambiente que toca no interior das lojas...- Vejam: tocar em

alguma

coisa

ou

em

algum

lugar.

O

verbo

pede

complemento

preposicionado, ou seja, é um verbo transitivo indireto. e) O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas... – o verbo caminhar é INtransivo, não pede complemento. “De mãos dadas” é o modo como caminhou. GABARITO: A 09469404360

Leia:

Ainda aluna de medicina, Nise da Silveira se horrorizou ao ver o professor abrir com um bisturi o corpo de uma jia e deixar à mostra, pulsando, seu pequenino coração.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Esse fato define a mulher que iria revolucionar o tratamento da esquizofrenia e pôr em questão alguns dogmas estéticos em vigor mesmo entre artistas antiacadêmicos e críticos de arte. A mesma sensibilidade à flor da pele que a fez deixar, horrorizada, a aula de anatomia, levou-a a se opor ao tratamento da esquizofrenia em voga na época em que se formou: o choque elétrico, o choque insulínico, o choque de colabiosol e, pior do que tudo, a lobotomia, que consistia em secionar uma parte do cérebro do paciente. Tomou-se de revolta contra tais procedimentos, negando-se a aplicá-los nos doentes a ela confiados. Foi então que o diretor do hospital, seu amigo, disse-lhe que não poderia mantê-la no emprego, a não ser em outra atividade que não envolvesse o tratamento médico. - Mas qual?, perguntou ela. - Na terapia ocupacional, respondeu-lhe o diretor. A terapia ocupacional, naquela época, consistia em pôr os internados para lavar os banheiros, varrer os quartos e arrumar as camas. Nise aceitou a proposta e, em pouco tempo, em lugar de faxina, os pacientes trabalhavam em ateliês improvisados, pintando, desenhando, fazendo modelagem com argila e encadernando livros. Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos da arte brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje famosíssimo Museu de Imagens do Inconsciente do Centro Psiquiátrico Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio. É que sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros 09469404360

psiquiatras. Enquanto, para estes, a loucura era um processo progressivo de degenerescência cerebral, que só se poderia retardar com a intervenção direta no cérebro, ela via de outro modo, confiando que o trabalho criativo e a expressão artística contribuiriam para dar ordem e equilíbrio ao mundo subjetivo e afetivo tumultuado pela doença. Por isso mesmo acredito que o elemento fundamental das realizações e das concepções de Nise da Silveira era o afeto, o afeto pelo outro. Foi por não suportar o sofrimento imposto aos pacientes pelos choques que ela buscou e inventou outro caminho, no qual, em vez de ser vítima da truculência médica,

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre capaz de criar um universo mágico em que os problemas insolúveis arrefeciam. (Adaptado de: GULLAR, Ferreira. A Cura pelo Afeto. Resmungos, São Paulo: Imprensa Oficial, 2007)

13. (TRT - 19ª Região (AL) – 2014 – Analista Judiciário – Contabilidade – FCC) Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos... O

segmento

cujo

verbo

possui,

no

contexto,

o

mesmo

tipo

de

complemento do grifado acima é: a)

...sua

visão

da

doença

mental

diferia

da

aceita

por

seus

companheiros... b)... em que os problemas insolúveis arrefeciam. c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência... d) ... e inventou outro caminho... e) .. o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

Comentário: o verbo saíram está pedindo a preposição de (saíram de). Basta agora procurarmos um verbo que pede complemento preposicionado também por esta preposição. Vejamos: a)

...sua

visão

da

doença

mental

diferia

da

aceita

por

seus

companheiros... – CORRETA. Diferir de.... está aí a preposição de no verbo 09469404360

transitivo indireto. Já encontramos o gabarito!! Vamos ver as outras: b)... em que os problemas insolúveis arrefeciam. – arrefecer = verbo intransitivo, não pede complemento. c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência... – era = verbo de ligação, não pede complemento, muito menos preposicionado. d) ... e inventou outro caminho... – inventar = verbo transitivo direto, pede complemento, mas não rege uso de preposição.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 e) .. o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre... – tornar-se = verbo de ligação, não pede complemento, muito menos preposicionado. GABARITO: A

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14. (TRT - 12ª Região / SC – 2013 – Analista Judiciário – FCC) ... e esses compositores estão obviamente vinculados um ao outro, embora seja fácil aos que estão familiarizados com a linguagem do período distingui-los. Sem qualquer outra alteração da frase, o elemento sublinhado acima pode ser corretamente substituído por: a) visto que Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b) à medida que c) de modo que d) desde que e) ainda que Comentário: a conjunção “embora” estabelece sentido de concessão, oposição entre as orações, podendo ser substituído por “ainda que”, da alternativa E, sem alteração de sentido. Outras conjunções possíveis, mas que não estão entre as alternativas são: apesar de, conquanto, mesmo que, ainda que, etc. É claro que uma conjunção pode alterar o sentido que estabelece dependendo do contexto, mas vamos ver qual sentido normalmente estabelece as outras conjunções: a) visto que - causal b) à medida que - proporcional c) de modo que - consecutiva d) desde que - condicional GABARITO: E

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15. (TRT - 12ª Região / SC – 2013 – Analista Judiciário – FCC) Para ele, como a população crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética, a fome se alastraria. O segmento grifado acima tem o sentido de: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 a) causa. b) consequência. c) temporalidade. d) finalidade. e) condição.

Comentário: observe que trata-se de uma questão de relação de causa/consequência entre duas orações. Cuidado, pois sempre que a relação é essa, temos tanto causa, quanto consequência entre as alternativas, não é? A chance de errar para aqueles que não estudaram é grande! Para facilitar, lembre-se de que sempre que houver uma consequência haverá uma causa, então as duas sempre estarão juntas em um período. Qual marcar então? Causa o consequência? Vejam as orações separadas:

como a população crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética, - CAUSA – oração subordinada adverbial causal. a fome se alastraria. - CONSEQUÊNCIA – oração principal

A classificação será sempre da oração subordinada (aquela que possui a 09469404360

conjunção), a oração principal nunca é classificada, ela é apenas a principal! Se a causa está na oração subordinada, esta será a resposta: causa. Se a consequência estivesse nela, a resposta seria outra. GABARITO: A

Atenção: A questão refere-se à crônica abaixo, publicada em 28/08/1991.

Bom para o sorveteiro

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo. À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos, com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés. Por ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a repartir os bifes. Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de sangue frio. 09469404360

Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, espero que salva, a baleia de Saquarema. O maior animal do mundo, assim frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo. (Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 16. (TRE/SP – 2012 – Assistente Judiciário – FCC) Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito. b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de indeterminação do sujeito. c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa, sendo umas bugigangas o objeto direto. d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para outra voz verbal. e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto adverbial de tempo.

Comentário: vejamos cada alternativa: Alternativa A – ERRADA. O sujeito da forma verbal “lembravam” é “muitos”. O núcleo do sujeito da forma verbal “foram disputados” é “toneladas”. Alterativa B – ERRADA. Trata-se de uma oração com sujeito determinado simples “todos”. Alternativa C – CORRETA. O sujeito ativo é “uma tripulação de camelôs”, a forma verbal “anunciava” tem como complemento direto “umas bugigangas”. Alternativa D – ERRADA. é possível fazer a conversão para a forma 09469404360

passiva analítica, assim: “A minha aflição já podia ser recolhida por mim”. Alternativa E – ERRADA. “Logo” exerce função adverbial, equivalendo semanticamente a “ainda mais”. GABARITO: C

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte.

"Proporcionar a quantidade de calorias é algo factível", diz Joachim von Braun, da Universidade de Bonn. "A grande questão é a nutrição." Nos últimos 30 ou 40 anos, as dietas melhoraram. Hoje, existe proporcionalmente um número menor de pessoas desnutridas no mundo do que antes (embora o número absoluto seja alto e continue crescendo). Um número menor de pessoas deixa de crescer até a altura e o peso adequados por causa de uma dieta fraca durante a infância. Mas, embora a maioria das pessoas consuma calorias suficientes, elas ainda sofrem de imensas deficiências de nutrientes, que trazem consequências de longo prazo para a sociedade. As crianças que sofrem de tais deficiências não conseguem se concentrar e têm pontuação mais baixa nos testes de habilidade cognitiva. E parece existir uma ligação entre nutrição na infância e renda na idade adulta. Em comparação, a epidemia de obesidade nos países ricos representa exatamente o problema oposto. Pela primeira vez na história, mais calorias não significam saúde melhor. Um grande grupo de pessoas nos países ricos também sofre de deficiência nutricional: os mais velhos. Com o avançar da idade, eles precisam de mais cálcio e vitaminas e muitos não obtêm esses nutrientes. 09469404360

A deficiência de nutrientes não é algo fácil de corrigir. Nos países pobres, os suplementos vitamínicos – um recurso comum – alcançam menos da metade daqueles que mais precisam deles, a população rural pobre. (Trecho da Reportagem especial de como alimentar o mundo, The Economist. In: CartaCapital, 23 de março de 2011, p. 55, trad. Ed Sêda)

17. (INSS – 2012 – Médico Perito - FCC) ... elas ainda sofrem de imensas deficiências de nutrientes... A relação entre verbo e complemento, grifada acima, se reproduz em: a) ... embora a maioria das pessoas consuma calorias suficientes ... Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b) ... e têm pontuação mais baixa nos testes de habilidade cognitiva. c) ... a epidemia de obesidade nos países ricos representa exatamente o problema oposto. d) ... e muitos não obtêm esses nutrientes. e) ... menos da metade daqueles que mais precisam deles ... Comentário: observe que o verbo “sofrer” foi utilizado como transitivo indireto, pedindo uso da preposição de em “... elas ainda sofrem de imensas deficiências de nutrientes...”. Nas alternativas A, B, C e D, as formas verbais “consuma”, “têm”, “representa” e “obtêm” foram usadas como transitivas diretas. Já na alternativa E, a forma verbal “precisam” foi usada de maneira transitiva indireta (precisam de), apresentando como objeto indireto o termo “deles”. GABARITO: E

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18. (TRT - 12ª Região / SC – 2013 – Analista Judiciário – FCC) As informações

sensíveis

a

que

temos

acesso,

embora

restritas,

não

comprometeram nossa sobrevivência no laboratório da vida. (5º parágrafo) 09469404360

Mantendo - se a correção e a lógica, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase acima, o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por: a) Conquanto. b) Contanto que. c) Entretanto d) Porém e) No entanto

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Comentário:

A

conjunção

“embora”

estabelece

relação

de

concessão/oposição entre as oração. Para responder à questão, devemos encontrar uma conjunção que também estabeleça tal relação para que se mantenha a coerência do texto original. Dentre as alternativas temos o “conquanto”, na A, conjunção ideal para substituir “embora” porque também é de natureza concessiva/opositiva. Na alternativa B, temos o “Contanto que” que estabelece relação de condição, não podendo ser a resposta. As demais alternativas trazem conjunções de caráter adversativo “entretanto”, “porém” e “no entanto”. GABARITO: A

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19. (TRT - 2ª REGIÃO/SP – 2008 – Técnico Judiciário – FCC) Não há dúvida de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências ao fazer uso dos meios de comunicação: querem se divertir ou se distrair, querem se informar ou tomar parte em debates públicos. (Início do texto). Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar: a) A oração principal do período é Não há dúvida. b) A oração subordinada de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências tem função sintática de objeto indireto. c) As orações que se seguem aos dois-pontos constituem um conjunto de quatro orações coordenadas, formando dois grupos de orações de sentido alternativo. d) A oração ao fazer uso dos meios de comunicação denota noção de tempo, sendo equivalente a quando fazem uso. e) O sujeito de querem – verbo repetido nas orações após os dois-pontos 09469404360

– está anteriormente expresso numa das orações subordinadas do período. Comentário: o trecho “Não há dúvida de que leitores, ouvintes e espectadores

seguem suas preferências

ao

fazer uso

dos meios de

comunicação: querem se divertir ou se distrair, querem se informar ou tomar parte em debates públicos”, possui nove orações, pois possui nove verbos. A questão pede que marque a alternativa ERRADA sobre o período inicial do texto. A única oração incorreta é a B, que diz:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b) A oração subordinada de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências tem função sintática de objeto indireto. Observe que tal oração completa o nome “dúvida” sendo, portanto, uma completiva nominal, já que o objeto indireto viria para completar um VERBO, o que não é o caso. GABARITO: B

Leia:

(...) Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a 09469404360

clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo. Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. (Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)

20. (SEFAZ-PE – 2014 – Auditor Fiscal – FCC) Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse

processo

de

criação

à

vulgaridade

dos

artistas

medíocres

que

condescendem com o fácil gosto do público. Na frase acima, a oração subordinada grifada tem valor a) condicional b) conformativo

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c) adversativo d) concessivo e) explicativo Comentário:

a

oração

“se

não

houvesse

nele

profundidade

de

pensamento, lirismo, ternura” é introduzida pela conjunção condicional “se”, marcando uma condição necessária para que o que está na oração principal “seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público” não ocorra. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 GABARITO: A

Os dentes na medicina popular e nas crenças brasileiras Daniel Korytnicki

Quem não tem informações corretas sobre as causas das doenças às vezes imagina que elas são provocadas por espíritos malignos. A medicina popular é rica em receitas feitas com elementos naturais e práticas mágicas que muitos acreditam serem capazes de proteger a saúde e curar. No Brasil, há várias dessas práticas relacionadas aos dentes, típicas de cada região: • Na Paraíba e em Minas Gerais, prepara-se um chá com o botão floral dessecado do cravo-da-índia para fazer bochechos e acalmar a dor de dente. • No Norte e no Nordeste, costuma-se deixar a casca de um arbusto de molho numa vasilha com água e sal por uma noite e, no dia seguinte, bochechar três vezes com aquela água. Ou retirar a pólvora de três palitos de fósforo usados e colocar sobre a cárie. Ou enrolar um dente de alho num chumaço de algodão e colocar dentro do ouvido do lado contrário ao dente que dói. • Em São Paulo, é costume cozinhar uma folha de pé de batata em água com sal e bochechar o mais quente que se possa suportar. Para branquear os dentes, recomenda-se esfregar um quarto de limão uma vez por semana nos dentes e na gengiva.

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Também são comuns as benzeduras (rezas supersticiosas) e fórmulas mágicas, que passam de geração para geração, às vezes como segredos de família. O uso de dentes humanos e de animais como amuletos e talismãs, que era frequente em tempos antigos, ainda tem seus adeptos... Achar que os sonhos trazem mensagens sobrenaturais é mais uma crendice popular que faz parte da cultura brasileira - e não só dela: a adivinhação e interpretação dos sonhos estão presentes no teatro grego da Antiguidade, na história de Buda, em relatos da Bíblia... No Brasil, diversos sonhos em que aparecem dentes são interpretados como mensagens. Por Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 exemplo, sonhar com dente que cai é mau presságio e indica a morte de um familiar muito próximo; dente que nasce é bom presságio e indica o nascimento de um filho; escovação dos dentes é um aviso de que uma situação vai se modificar; dentista significa insatisfação! Por tudo isso, embora as pesquisas indiquem que já não existem tantas cáries como antigamente, as pessoas que têm mais informações, sejam dentistas ou não, devem batalhar para divulgá-las entre a população mais carente. Neste país tão cheio de disparidades, cada um deve fazer a sua parte, para exercer de fato a cidadania. (Adaptado de: Korytnicki, Daniel. O livro do dentista. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004. p. 84-88)

21. (HEMOBRÁS – 2013 – Assistente Administrativo – FCC) As orações subordinadas adjetivas classificam-se como explicativas ou como restritivas. As primeiras isolam-se por vírgula; as segundas, não. A distinção entre umas e outras se faz, em grande parte, pelo significado que essas orações atribuem ao antecedente. Um exemplo de uso de vírgula em que se aplica a regra de pontuação exposta pode ser identificado no seguinte segmento do texto: a) Por tudo isso, embora as pesquisas indiquem que já não existem tantas cáries como antigamente, ... b) Neste país tão cheio de disparidades, cada um deve fazer a sua parte, 09469404360

para exercer de fato a cidadania. c) Na Paraíba e em Minas Gerais, prepara-se um chá com o botão floral dessecado do cravo-da-índia para fazer bochechos e acalmar a dor de dente. d) O uso de dentes humanos e de animais como amuletos e talismãs, que era frequente em tempos antigos, ainda tem seus adeptos... e) Para branquear os dentes, recomenda-se esfregar um quarto de limão uma vez por semana nos dentes e na gengiva.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Comentário: Na alternativa D, a oração “que era frequente em tempos antigos” classifica-se como adjetiva explicativa, uma vez que está entre vírgulas e explica o que se afirma na oração principal “O uso de dentes humanos e de animais como amuletos e talismãs ainda tem seus adeptos”. Entende-se que o uso de dentes como amuletos e talismãs é uma prática antiga, era frequente. GABARITO: D

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22. (DPE/SP – 2013 – Oficial de Defensoria Pública – FCC) Atenção: considere o trecho transcrito: É claro que, à medida que nosso corpo, nosso cérebro e nossas ferramentas

evoluíam,

evoluiu

também

nossa

habilidade

de

modificar

radicalmente o ambiente. (3o parágrafo) A noção introduzida pelo segmento grifado é de a) consequência. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b) proporcionalidade. c) finalidade. d) temporalidade. e) explicação. Comentário: a locução conjuntiva “à medida que” estabelece relação de proporção entre as orações. E no trecho destacado do texto, entende-se que, à proporção que o corpo, o cérebro e as ferramentas evoluíam, evoluía também a capacidade de modificar radicalmente o ambiente. Uma coisa segue em proporção a outra. GABARITO: B

Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905, de família de tradição e fortuna que repentinamente perdeu o poderio econômico. Malogrado, assim, um plano de estudar na Universidade de Edimburgo, viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres, até que se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre, para onde se transferiu definitivamente. Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932, sendo do ano seguinte o romance de estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua popularidade. Desde então passou a exercer uma intensa atividade literária, tendo estado mais de uma vez em missão cultural nos Estados Unidos. Faleceu 09469404360

em Porto Alegre em 1975. A obra do ficcionista, já perfeitamente definida, abrange duas etapas: uma que se estende de Clarissa a O resto é silêncio; outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento. No primeiro caso, podemos falar também numa realização seriada, unificando determinados romances que, não obstante, podem ser tomados isoladamente. Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada de certos personagens, destacadamente os pares Vasco-Clarissa e Noel- Fernanda, que se completam entre si e demonstram a solução ideal que o romancista pretende encontrar para as crises morais e espirituais do homem no mundo atual. Na segunda fase, o Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação do seu Estado natal. Realiza então a obra cíclica que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento, de proporções verdadeiramente épicas. Retoma a experiência técnica e expressiva da primeira fase, em que foi fecunda a influência de romancistas norte-americanos e ingleses. (Adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da Literatura Brasileira. II. Modernismo. 10.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. p. 366-7)

23. (DPE-RS – 2013 – Técnico de Apoio Especializado – FCC) O texto estabelece relação de causa e consequência entre estes dois segmentos: a) família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres. b) presença contínua e entrelaçada de certos personagens e crises morais e espirituais do homem no mundo atual. c) nasceu no Rio Grande do Sul e Malogrado [...] um plano de estudar na Universidade de Edimburgo. d) família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e crises morais e espirituais do homem no mundo atual. e) viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres e se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre.

Comentário: vejamos cada alternativa: 09469404360

a) CORRETA - família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres. CAUSA: que repentinamente perdeu o poderio econômico CONSEQUENCIA: viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres. Observe que a conjunção que une as duas oração é “e”, tradicionalmente aditiva, foi usada aqui para ligar a causa à consequência.

b) ERRADA - Presença contínua e entrelaçada de certos personagens e crises morais e espirituais do homem no mundo atual. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Ampliando a retomada do trecho desta alternativa, temos: “Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada de certos personagens”, observe que se trata de uma única oração que gira em torno do verbo “ser”.

c) ERRADA - nasceu no Rio Grande do Sul e Malogrado [...] um plano de estudar na Universidade de Edimburgo. “Malogrado” vem do verbo “malograr”, que significa perder, inutilizar. Como os pais ficaram pobres, malogrou-se o projeto de Veríssimo estudar na universidade de Edimburgo, como estava planejado, ou seja, o projeto não pode ser concretizado, estava impossibilitado. Mas cuidado!!! Isso é a consequência do problema financeiro dos pais (que é a causa), não dele ter nascido no Rio Grande do Sul.

d) ERRADA - família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e crises morais e espirituais do homem no mundo atual. Alternativa absurda, pois as orações não estão relacionadas, a primeira se encontra no primeiro parágrafo, enquanto a outra, no segundo.

e) ERRADA - viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres e se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre. 09469404360

Observe no texto que as duas oração desta alternativa estão ligadas pelo conectivo “até que”, estabelecendo relação de tempo: “Viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres, até que se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre, para onde se transferiu definitivamente GABARITO: A

Atenção: A questão refere-se ao texto apresentado abaixo.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 A história dos países atrasados nos séculos XIX e XX é a história da tentativa de alcançar o mundo mais avançado por meio de sua imitação. Os japoneses do século XIX tomavam a Europa como modelo; os europeus ocidentais, depois da Segunda Guerra Mundial, imitavam a economia norteamericana. A experiência da Europa Central e Oriental no século XX é, genericamente falando, a de tentar atualizar-se mediante a sucessiva adoção e fracasso de vários modelos. Depois de 1918, quando a maioria dos países sucessores constituía-se de países novos, o modelo foi o da democracia e do liberalismo econômico do Ocidente. O presidente Wilson - a estação principal de Praga está batizada novamente com o seu nome? - era o santo padroeiro da região, menos para os bolcheviques, que seguiam seu próprio caminho. (Na verdade, também eles tinham modelos estrangeiros: Rathenau e Henry Ford.) Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. A Grande Depressão acabou destruindo a democracia multinacional até mesmo na Tchecoslováquia. (Eric Hobsbawm, "Dentro e fora da história", In Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 15)

24. (MPU – 2007 – processual – FCC) Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. A relação estabelecida no texto entre as duas frases acima está corretamente expressa por:

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a) à proporção que. b) no entanto. c) por conseguinte. d) se bem que. e) uma vez que. Comentário: poderíamos unir as duas orações pelo conectivo “uma vez que”, já que existe uma relação de causa e efeito entre elas. Ficaria assim:

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Isso não funcionou, uma vez que, nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. Sendo: CAUSA: o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. EFEITO: Isso não funcionou Nas outras alternativas temos as seguintes relações estabelecidas: a) à proporção que. - proporção b) no entanto. - adversidade c) por conseguinte. - conclusão d) se bem que. – concessão GABARITO: E

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Paraty É do esquecimento que vem o tempo lento de Paraty. A vida vagarosa − quase sempre caminhando pela água −, o saber antigo, os barcos feitos ainda hoje pelas mãos de antepassados, os caminhos de pedra que repelem e desequilibram a pressa: tudo isso vem do esquecimento. Vem do dia em que Paraty foi deixada quieta no século XIX, sem razão de existir. 09469404360

Até ali, a cidade fervia de agitação. Estava na rota do café, e escoava o ouro no lombo do burro e nas costas do escravo. Um caminho de pedra cortava a floresta para conectar Paraty à sua época e ao centro do mundo. Mas, em 1855, a cidade inteira se aposentou. Com a estrada de ferro criada por D. Pedro II, Paraty foi lançada para fora das rotas econômicas. Ficou sossegada em seu canto, ao sabor de sua gente e das marés. E pelos próximos 119 anos, Paraty iria formar lentamente, sem se dar conta, seu maior patrimônio. Até que chegasse outro ciclo econômico, ávido por lugares onde todos os outros não houvessem tocado: o turismo. E assim, em 1974, o asfalto da BRProfª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 101 fez as pedras e a cal de Paraty virarem ouro novamente. A cidade volta a conviver com o presente, com outro Brasil, com outros países. É então que a preservação de Paraty, seu principal patrimônio e meio de vida, escapa à mão do destino. Não podemos contar com a sorte, como no passado. Agora, manter o que dá vida a Paraty é razão de muito trabalho. Daqui para frente, preservar é suor. Para isso existe a Associação Casa Azul, uma organização da sociedade civil de interesse público. Aqui, criamos projetos e atividades que mantenham o tecido urbano e social de Paraty em harmonia. Nesta casa, o tempo pulsa com cuidado, sem apagar as pegadas. (Texto institucional- Revista Piauí, n. 58, julho 2011)

25. (TRF – 2ª REGIÃO – 2012 – Analista Judiciário) Atente para estas frases, do 5o parágrafo do texto:

I. Não podemos contar com a sorte. II. Daqui para frente, preservar é suor.

Para articulá-las de modo a preservar o sentido do contexto, será adequado uni-las por intermédio deste elemento: a) no entanto. b) ainda assim. c) haja vista que.

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d) muito embora. e) por conseguinte. Comentário: “por conseguinte” é uma conjunção adversativa conclusiva (exprime ideia de conclusão), assim como o LOGO, PORTANTO, POR ISSO, ASSIM, ENTÃO, entre outras. Não podemos contar com a sorte, por conseguinte, então, daqui para frente, preservar é suor.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Vamos analisar cada alternativa, para identificarmos a relação que cada conjunção estabelece: a) no entanto. – conjunção coordenativa adversativa, que estabelece relação de oposição, contraste, adversidade. b) ainda assim. – locução conjuntiva coordenativa adversativa, que também estabelece relação de oposição, contraste, adversidade. c) haja vista que. – locução conjuntiva subordinativa causal e tem o mesmo sentido de “visto que”, “já que”, entre outras. d)

muito

embora.



locução

conjuntiva

subordinativa

concessiva,

estabelece mesma relação de “malgrado, conquanto e mesmo que”. GABARITO: E

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Perspectiva de Montesquieu

O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais importantes

intelectuais

na

história

das

ciências

jurídicas.

A

grande

originalidade de sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revolução metodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos interrelacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e comparativa dos fatos sociais. Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moral

que

ainda

predominava

na

época,

segundo

o

qual

todo

o

desenvolvimento histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos. Montesquieu, ao contrário, reduz as instituições a causas puramente humanas. Segundo ele, introduzir princípios teológicos no domínio da história, como fatores explicativos, é confundir duas ordens distintas de 09469404360

pensamento. Deliberadamente, dispõe-se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandona tal projeto. Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contra um possível mal-entendido no que diz respeito à palavra "virtude", que emprega amiúde com significado exclusivamente político, e não moral. Para Montesquieu, o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser. Enquanto não forem abordados como independentes de fins religiosos e morais, jamais poderão ser compreendidos. As ciências humanas deveriam libertar-se da visão finalista, como já haviam feito as ciências Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 naturais, que só progrediram realmente quando se desvencilharam do jugo teológico. Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um provocador de alto nível. (Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973)

01. (TCE/PR – 2011 – Jurídica – FCC) A oração sublinhada exerce a função de sujeito dentro do seguinte período: a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar pelo finalismo religioso. b) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieu buscando apoio espiritual. c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis. d) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu com as ciências naturais. e) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o finalismo teológico e moral.

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 09469404360

Como a Folha era o único veículo que mandava repórteres da sede em São Paulo para todos os comícios e abria generosamente suas páginas para a cobertura da campanha das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites nos discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados, e, em alguns lugares, dr. Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha presença no palanque. Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas coisas não pegariam bem para um repórter. Àquela altura, no entanto, não me

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 importava mais com o limite entre as funções do profissional de imprensa e as do militante. Ficava até orgulhoso, para falar a verdade. Cevado pelas negociações de bastidores no Parlamento, em que tudo devia estar acertado antes de a reunião começar, o incansável Ulysses, que na Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer para ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. Impunha logo respeito, eu até diria que ele era reverenciado aonde quer que chegasse. A campanha das Diretas não tinha dono, e por isso crescia a cada dia. Mas, embora ele não tivesse sido nomeado, todos sabiam quem era o comandante. Meu maior problema, além de arrumar um telefone para passar a matéria a tempo de ser publicada, era o medo de avião. "Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito formal de falar até em momentos descontraídos. Muitos anos depois, ele morreria num acidente de helicóptero, em Angra dos Reis, no Rio, e seu corpo desapareceria no mar para sempre. (Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter. São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120)

"Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses... 02. (TRE/SP – 2012 – Administrativa – FCC) O segmento em 09469404360

destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que o elemento grifado exerce em: a) Como a Folha era o único veículo ... b) ... essas coisas não pegariam bem para um repórter. c) ... em que tudo devia estar acertado... d) Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados... e) ... quem era o comandante.

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Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola, nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade do país. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade) que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho. Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil, ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de temas, a própria maneira de ver o mundo. Do

ponto

de

vista

estilístico,

pregaram

a

rejeição

dos

padrões

portugueses, buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro. Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual. 09469404360

Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária, dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna. (Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, p.11-12)

03. (TRE/SP – 2012 – Administrativa – FCC) Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. ... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. Profª Rafaela Freitas

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Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função de a) adjunto adverbial. b) objeto direto. c) complemento nominal. d) predicativo. e) objeto indireto.

Maias usavam sistema de água eficiente e sustentável

Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. Esse sistema hidráulico, aperfeiçoado por mais de mil anos, foi pesquisado por uma equipe norte-americana. As antigas civilizações têm muito a ensinar para as novas gerações. O caso do sistema de coleta e armazenamento de água dos maias é um exemplo disso. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica

nas

ruínas

da

antiga

cidade

de

Tikal,

na

Guatemala.

Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista científica PNAS, foram 09469404360

descobertas a maior represa antiga da área maia, a construção de uma barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatório de água em Tikal, a presença de uma antiga nascente ligada ao início da colonização da região, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a água dos reservatórios. No sistema havia também uma estação que desviava a água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das planícies maias ao sul.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão pessoal é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram como uma ‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão severamente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que eram preenchidos pela chuva. É provável que a população tenha crescido muito além da

capacidade

do

ambiente,

levando

em

consideração

as

limitações

tecnológicas da civilização. “É importante lembrar que os maias não estão mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito viva na América Central”, lembra o pesquisador. (Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013, www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413)

04. (SABESP – 2014 - Analista de Gestão - Administração – FCC) Considerada a substituição

do

segmento

grifado

pelo

que está entre

parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá permanecer no singular está em: a) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores) 09469404360

b) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima) c) No sistema havia também uma estação... (várias estações) d) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central) e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser publicado)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 05. (SABESP – 2014 – Advogado – FCC) ... e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em: a) ... os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal... b) .. que os maias não estão mortos. c) ... que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. d) ... o que de fato aconteceu. e) . .uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que...

Ainda aluna de medicina, Nise da Silveira se horrorizou ao ver o professor abrir com um bisturi o corpo de uma jia e deixar à mostra, pulsando, seu pequenino coração. Esse fato define a mulher que iria revolucionar o tratamento da esquizofrenia e pôr em questão alguns dogmas estéticos em vigor mesmo entre artistas antiacadêmicos e críticos de arte. A mesma sensibilidade à flor da pele que a fez deixar, horrorizada, a aula de anatomia, levou-a a se opor ao tratamento da esquizofrenia em voga na época em que se formou: o choque elétrico, o choque insulínico, o choque de 09469404360

colabiosol e, pior do que tudo, a lobotomia, que consistia em secionar uma parte do cérebro do paciente. Tomou-se de revolta contra tais procedimentos, negando-se a aplicá-los nos doentes a ela confiados. Foi então que o diretor do hospital, seu amigo, disse-lhe que não poderia mantê-la no emprego, a não ser em outra atividade que não envolvesse o tratamento médico. - Mas qual?, perguntou ela. - Na terapia ocupacional, respondeu-lhe o diretor. A terapia ocupacional, naquela época, consistia em pôr os internados para lavar os banheiros, varrer os quartos e arrumar as camas. Nise aceitou a proposta e, em pouco tempo, em lugar de faxina, os pacientes trabalhavam em ateliês improvisados, pintando, desenhando, fazendo modelagem com Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 argila e encadernando livros. Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos da arte brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje famosíssimo Museu de Imagens do Inconsciente do Centro Psiquiátrico Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio. É que sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros psiquiatras. Enquanto, para estes, a loucura era um processo progressivo de degenerescência cerebral, que só se poderia retardar com a intervenção direta no cérebro, ela via de outro modo, confiando que o trabalho criativo e a expressão artística contribuiriam para dar ordem e equilíbrio ao mundo subjetivo e afetivo tumultuado pela doença. Por isso mesmo acredito que o elemento fundamental das realizações e das concepções de Nise da Silveira era o afeto, o afeto pelo outro. Foi por não suportar o sofrimento imposto aos pacientes pelos choques que ela buscou e inventou outro caminho, no qual, em vez de ser vítima da truculência médica, o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre capaz de criar um universo mágico em que os problemas insolúveis arrefeciam. (Adaptado de: GULLAR, Ferreira. A Cura pelo Afeto. Resmungos, São Paulo: Imprensa Oficial, 2007)

06. (TRT - 19ª Região (AL) – 2014 – Analista Judiciário – Contabilidade – FCC) Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos... O

09469404360

segmento

cujo

verbo

possui,

no

contexto,

o

mesmo

tipo

de

complemento do grifado acima é: a)

...sua

visão

da

doença

mental

diferia

da

aceita

por

seus

companheiros... b)... em que os problemas insolúveis arrefeciam. c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência... d) ... e inventou outro caminho... e) .. o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Atenção: Para responder à questão a seguir, considere o texto abaixo.

Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila de São Paulo como centro de amplo sistema de estradas expandindo-se rumo ao sertão e à costa. Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, quem pretenda servir-se desses documentos para a elucidação de algum ponto obscuro de nossa geografia histórica. Recordam-nos, entretanto, a singular importância dessas estradas para a região de Piratininga, cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico. Neste caso, como em quase tudo, os adventícios deveram habituar-se às soluções e muitas vezes aos recursos materiais dos primitivos moradores da terra. Às estreitas veredas

e

atalhos

que

estes

tinham

aberto

para

uso

próprio,

nada

acrescentariam aqueles de considerável, ao menos durante os primeiros tempos. Para o sertanista branco ou mamaluco, o incipiente sistema de viação que aqui encontrou foi um auxiliar tão prestimoso e necessário quanto o fora para o indígena. Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens, em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador inigualável nas entradas, sabiam os paulistas como transpor pelas passagens mais convenientes as matas espessas ou as montanhas aprumadas, e como escolher sítio para fazer pouso e plantar mantimentos. Eram de vária espécie esses tênues e rudimentares caminhos de índios. Quando em terreno 09469404360

fragoso e bem vestido, distinguiam- se graças aos galhos cortados a mão de espaço a espaço. Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar uma pista. Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores para a volta. Era o processo chamado ibapaá, segundo Montoya, caapeno, segundo o padre João Daniel, cuapaba, segundo Martius, ou ainda caapepena, segundo Stradelli: talvez o mais generalizado, não só no Brasil como em quase todo o continente americano. Onde houvesse arvoredo grosso, os caminhos eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos. Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza. Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais, a maior metida na terra, e a outra, em ângulo reto com a primeira, mostrando o rio. Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal. (Sérgio Buarque de Holanda. Caminhos e fronteiras. 3.ed. S. Paulo: Cia. das Letras, 1994. p.19-20)

07. (DPE-SP – 2013 – Agente de defensoria – FCC) Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam os paulistas como... O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma função sintática que o elemento grifado em: a) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores para a volta. b) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam aqueles de considerável... c) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal. d) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar uma pista. e) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila de São Paulo como centro...

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08. (DPE-RS – 2014 - Defensor Público – FCC) Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a norma padrão escrita: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 a) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar enclítico à forma verbal. b) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão após a palavra revelado. c) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na oração. d) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos comprometeram-lhe o texto". e) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido original da frase.

A cultura brasileira em tempos de utopia

Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar aspectos da tradição com temas e formas de expressão moderna. No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto 09469404360

escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura erudita. Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para melhor expressar o “Brasil moderno”.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da moderna música popular brasileira, a MPB. (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738) 09. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – 2014 - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação – FCC) As expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase: a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico ...... todos queriam alcançar e se realizar. b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões políticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente mergulhou. c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera política propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o 09469404360

novo presidente da República. d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já fora reconhecido. e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

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10. (TRT - 2ª REGIÃO (SP) – 2008 – Técnico Judiciário -

FCC)

modalidades do atletismo lembram as sofridas necessidades da subsistência, na era em que a espécie procurava se consolidar sobre o planeta – fugir, comer, enfrentar o inimigo, contornar os obstáculos, conquistar a fêmea. (3º parágrafo) A afirmativa INCORRETA a respeito do segmento acima é: Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 a) O travessão introduz uma sequência enumerativa de ações humanas. b) Por introduzir um segmento especificativo, o travessão pode ser corretamente substituído por dois-pontos, sem alteração do sentido original. c) Os verbos que aparecem no infinitivo podem ser corretamente substituídos pelos respectivos substantivos, como apostos à expressão as sofridas necessidades da subsistência. d) Como o pronome relativo que vem antecedido da preposição em, a redação também estaria correta com o emprego de onde para substituir "em que". e) A expressão da subsistência tem função sintática de complemento nominal, exigido pelo substantivo necessidades.

Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua personalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o 09469404360

compositor, enquanto gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do grande público. Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a geração que nasceu no pós-guerra.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para sinfonias. Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa. (Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006, p. 52-53. Disponível em: Acesso em: 22 dez. 2011)

11. (INSS – 2012 – Técnico do Seguro Social – FCC) Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, o termo sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em destaque na frase: 09469404360

(A) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui. (B) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. (C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas. (D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para grandiosas sinfonias. (E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais.

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12. (TRF - 3ª REGIÃO – 2014 – Técnico Judiciário – FCC) Mas esse sentimento põe em relevo um contexto social... (2o parágrafo). O verbo que apresenta o mesmo tipo de complemento exigido pelo grifado acima está em: a) ... e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada. b) ... e desfrutar sossegadamente de seu espaço. c) ... como um invólucro que lhe é indiferente. d) ... e a música ambiente que toca no interior das lojas... e) O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas...

Leia: 09469404360

Ainda aluna de medicina, Nise da Silveira se horrorizou ao ver o professor abrir com um bisturi o corpo de uma jia e deixar à mostra, pulsando, seu pequenino coração. Esse fato define a mulher que iria revolucionar o tratamento da esquizofrenia e pôr em questão alguns dogmas estéticos em vigor mesmo entre artistas antiacadêmicos e críticos de arte. A mesma sensibilidade à flor da pele que a fez deixar, horrorizada, a aula de anatomia, levou-a a se opor ao tratamento da esquizofrenia em voga na época em que se formou: o choque elétrico, o choque insulínico, o choque de Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 colabiosol e, pior do que tudo, a lobotomia, que consistia em secionar uma parte do cérebro do paciente. Tomou-se de revolta contra tais procedimentos, negando-se a aplicá-los nos doentes a ela confiados. Foi então que o diretor do hospital, seu amigo, disse-lhe que não poderia mantê-la no emprego, a não ser em outra atividade que não envolvesse o tratamento médico. - Mas qual?, perguntou ela. - Na terapia ocupacional, respondeu-lhe o diretor. A terapia ocupacional, naquela época, consistia em pôr os internados para lavar os banheiros, varrer os quartos e arrumar as camas. Nise aceitou a proposta e, em pouco tempo, em lugar de faxina, os pacientes trabalhavam em ateliês improvisados, pintando, desenhando, fazendo modelagem com argila e encadernando livros. Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos da arte brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje famosíssimo Museu de Imagens do Inconsciente do Centro Psiquiátrico Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio. É que sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros psiquiatras. Enquanto, para estes, a loucura era um processo progressivo de degenerescência cerebral, que só se poderia retardar com a intervenção direta no cérebro, ela via de outro modo, confiando que o trabalho criativo e a expressão artística contribuiriam para dar ordem e equilíbrio ao mundo subjetivo e afetivo tumultuado pela doença. Por isso mesmo acredito que o elemento fundamental das realizações e 09469404360

das concepções de Nise da Silveira era o afeto, o afeto pelo outro. Foi por não suportar o sofrimento imposto aos pacientes pelos choques que ela buscou e inventou outro caminho, no qual, em vez de ser vítima da truculência médica, o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre capaz de criar um universo mágico em que os problemas insolúveis arrefeciam. (Adaptado de: GULLAR, Ferreira. A Cura pelo Afeto. Resmungos, São Paulo: Imprensa Oficial, 2007)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 13. (TRT - 19ª Região (AL) – 2014 – Analista Judiciário – Contabilidade – FCC) Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos... O

segmento

cujo

verbo

possui,

no

contexto,

o

mesmo

tipo

de

complemento do grifado acima é: a)

...sua

visão

da

doença

mental

diferia

da

aceita

por

seus

companheiros... b)... em que os problemas insolúveis arrefeciam. c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência... d) ... e inventou outro caminho... e) .. o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 14. (TRT - 12ª Região / SC – 2013 – Analista Judiciário – FCC) ... e esses compositores estão obviamente vinculados um ao outro, embora seja fácil aos que estão familiarizados com a linguagem do período distingui-los. Sem qualquer outra alteração da frase, o elemento sublinhado acima pode ser corretamente substituído por: a) visto que b) à medida que c) de modo que d) desde que e) ainda que

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 15. (TRT - 12ª Região / SC – 2013 – Analista Judiciário – FCC) Para ele, como a população crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética, a fome se alastraria. O segmento grifado acima tem o sentido de: a) causa. b) consequência. c) temporalidade. d) finalidade. e) condição.

Atenção: A questão refere-se à crônica abaixo, publicada em 28/08/1991.

Bom para o sorveteiro

Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela montanha de 09469404360

força a se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo. À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos, com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés. Por ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a repartir os bifes. Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de sangue frio. Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, espero que salva, a baleia de Saquarema. O maior animal do mundo, assim frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo. (Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo)

16. (TRE/SP – 2012 – Assistente Judiciário – FCC) Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito. b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de indeterminação do sujeito. c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa, sendo umas bugigangas o objeto direto. d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de 09469404360

transposição para outra voz verbal. e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto adverbial de tempo.

Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte.

"Proporcionar a quantidade de calorias é algo factível", diz Joachim von Braun, da Universidade de Bonn. "A grande questão é a nutrição." Nos últimos 30 ou 40 anos, as dietas melhoraram. Hoje, existe proporcionalmente um Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 número menor de pessoas desnutridas no mundo do que antes (embora o número absoluto seja alto e continue crescendo). Um número menor de pessoas deixa de crescer até a altura e o peso adequados por causa de uma dieta fraca durante a infância. Mas, embora a maioria das pessoas consuma calorias suficientes, elas ainda sofrem de imensas deficiências de nutrientes, que trazem consequências de longo prazo para a sociedade. As crianças que sofrem de tais deficiências não conseguem se concentrar e têm pontuação mais baixa nos testes de habilidade cognitiva. E parece existir uma ligação entre nutrição na infância e renda na idade adulta. Em comparação, a epidemia de obesidade nos países ricos representa exatamente o problema oposto. Pela primeira vez na história, mais calorias não significam saúde melhor. Um grande grupo de pessoas nos países ricos também sofre de deficiência nutricional: os mais velhos. Com o avançar da idade, eles precisam de mais cálcio e vitaminas e muitos não obtêm esses nutrientes. A deficiência de nutrientes não é algo fácil de corrigir. Nos países pobres, os suplementos vitamínicos – um recurso comum – alcançam menos da metade daqueles que mais precisam deles, a população rural pobre. (Trecho da Reportagem especial de como alimentar o mundo, The Economist. In: CartaCapital, 23 de março de 2011, p. 55, trad. Ed Sêda) 09469404360

17. (INSS – 2012 – Médico Perito - FCC) ... elas ainda sofrem de imensas deficiências de nutrientes... A relação entre verbo e complemento, grifada acima, se reproduz em: a) ... embora a maioria das pessoas consuma calorias suficientes ... b) ... e têm pontuação mais baixa nos testes de habilidade cognitiva. c) ... a epidemia de obesidade nos países ricos representa exatamente o problema oposto. d) ... e muitos não obtêm esses nutrientes. e) ... menos da metade daqueles que mais precisam deles ... Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 18. (TRT - 12ª Região / SC – 2013 – Analista Judiciário – FCC) As informações

sensíveis

a

que

temos

acesso,

embora

restritas,

não

comprometeram nossa sobrevivência no laboratório da vida. (5º parágrafo) Mantendo - se a correção e a lógica, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase acima, o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por: a) Conquanto. b) Contanto que. c) Entretanto d) Porém e) No entanto

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19. (TRT - 2ª REGIÃO/SP – 2008 – Técnico Judiciário – FCC) Não há dúvida de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências ao fazer uso dos meios de comunicação: querem se divertir ou se distrair, querem se informar ou tomar parte em debates públicos. (Início do texto). Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar: a) A oração principal do período é Não há dúvida. b) A oração subordinada de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências tem função sintática de objeto indireto. c) As orações que se seguem aos dois-pontos constituem um conjunto de quatro orações coordenadas, formando dois grupos de orações de sentido alternativo. d) A oração ao fazer uso dos meios de comunicação denota noção de tempo, sendo equivalente a quando fazem uso. e) O sujeito de querem – verbo repetido nas orações após os dois-pontos 09469404360

– está anteriormente expresso numa das orações subordinadas do período.

Leia:

(...) Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo. Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos 09469404360

artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. (Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 20. (SEFAZ-PE – 2014 – Auditor Fiscal – FCC) Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse

processo

de

criação

à

vulgaridade

dos

artistas

medíocres

que

condescendem com o fácil gosto do público. Na frase acima, a oração subordinada grifada tem valor a) condicional b) conformativo c) adversativo d) concessivo e) explicativo

Os dentes na medicina popular e nas crenças brasileiras Daniel Korytnicki

Quem não tem informações corretas sobre as causas das doenças às vezes imagina que elas são provocadas por espíritos malignos. A medicina popular é rica em receitas feitas com elementos naturais e práticas mágicas que muitos acreditam serem capazes de proteger a saúde e curar. No Brasil, há várias dessas práticas relacionadas aos dentes, típicas de cada região: • Na Paraíba e em Minas Gerais, prepara-se um chá com o botão floral dessecado do cravo-da-índia para fazer bochechos e acalmar a dor de dente. • No Norte e no Nordeste, costuma-se deixar a casca de um arbusto de 09469404360

molho numa vasilha com água e sal por uma noite e, no dia seguinte, bochechar três vezes com aquela água. Ou retirar a pólvora de três palitos de fósforo usados e colocar sobre a cárie. Ou enrolar um dente de alho num chumaço de algodão e colocar dentro do ouvido do lado contrário ao dente que dói. • Em São Paulo, é costume cozinhar uma folha de pé de batata em água com sal e bochechar o mais quente que se possa suportar. Para branquear os dentes, recomenda-se esfregar um quarto de limão uma vez por semana nos dentes e na gengiva. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Também são comuns as benzeduras (rezas supersticiosas) e fórmulas mágicas, que passam de geração para geração, às vezes como segredos de família. O uso de dentes humanos e de animais como amuletos e talismãs, que era frequente em tempos antigos, ainda tem seus adeptos... Achar que os sonhos trazem mensagens sobrenaturais é mais uma crendice popular que faz parte da cultura brasileira - e não só dela: a adivinhação e interpretação dos sonhos estão presentes no teatro grego da Antiguidade, na história de Buda, em relatos da Bíblia... No Brasil, diversos sonhos em que aparecem dentes são interpretados como mensagens. Por exemplo, sonhar com dente que cai é mau presságio e indica a morte de um familiar muito próximo; dente que nasce é bom presságio e indica o nascimento de um filho; escovação dos dentes é um aviso de que uma situação vai se modificar; dentista significa insatisfação! Por tudo isso, embora as pesquisas indiquem que já não existem tantas cáries como antigamente, as pessoas que têm mais informações, sejam dentistas ou não, devem batalhar para divulgá-las entre a população mais carente. Neste país tão cheio de disparidades, cada um deve fazer a sua parte, para exercer de fato a cidadania. (Adaptado de: Korytnicki, Daniel. O livro do dentista. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004. p. 84-88)

21. (HEMOBRÁS – 2013 – Assistente Administrativo – FCC) As 09469404360

orações subordinadas adjetivas classificam-se como explicativas ou como restritivas. As primeiras isolam-se por vírgula; as segundas, não. A distinção entre umas e outras se faz, em grande parte, pelo significado que essas orações atribuem ao antecedente. Um exemplo de uso de vírgula em que se aplica a regra de pontuação exposta pode ser identificado no seguinte segmento do texto: a) Por tudo isso, embora as pesquisas indiquem que já não existem tantas cáries como antigamente, ...

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b) Neste país tão cheio de disparidades, cada um deve fazer a sua parte, para exercer de fato a cidadania. c) Na Paraíba e em Minas Gerais, prepara-se um chá com o botão floral dessecado do cravo-da-índia para fazer bochechos e acalmar a dor de dente. d) O uso de dentes humanos e de animais como amuletos e talismãs, que era frequente em tempos antigos, ainda tem seus adeptos... e) Para branquear os dentes, recomenda-se esfregar um quarto de limão uma vez por semana nos dentes e na gengiva.

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22. (DPE/SP – 2013 – Oficial de Defensoria Pública – FCC) Atenção: considere o trecho transcrito: É claro que, à medida que nosso corpo, nosso cérebro e nossas ferramentas

evoluíam,

evoluiu

também

nossa

habilidade

de

modificar

radicalmente o ambiente. (3o parágrafo) A noção introduzida pelo segmento grifado é de a) consequência. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 b) proporcionalidade. c) finalidade. d) temporalidade. e) explicação.

Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905, de família de tradição e fortuna que repentinamente perdeu o poderio econômico. Malogrado, assim, um plano de estudar na Universidade de Edimburgo, viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres, até que se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre, para onde se transferiu definitivamente. Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932, sendo do ano seguinte o romance de estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua popularidade. Desde então passou a exercer uma intensa atividade literária, tendo estado mais de uma vez em missão cultural nos Estados Unidos. Faleceu em Porto Alegre em 1975. A obra do ficcionista, já perfeitamente definida, abrange duas etapas: uma que se estende de Clarissa a O resto é silêncio; outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento. No primeiro caso, podemos falar também numa realização seriada, unificando determinados romances que, não obstante, podem ser tomados isoladamente. Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada de certos personagens, destacadamente 09469404360

os pares Vasco-Clarissa e Noel- Fernanda, que se completam entre si e demonstram a solução ideal que o romancista pretende encontrar para as crises morais e espirituais do homem no mundo atual. Na segunda fase, o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação do seu Estado natal. Realiza então a obra cíclica que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento, de proporções verdadeiramente épicas. Retoma a experiência técnica e expressiva da primeira fase, em que foi fecunda a influência de romancistas norte-americanos e ingleses. (Adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da Literatura Brasileira. II. Modernismo. 10.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. p. 366-7)

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23. (DPE-RS – 2013 – Técnico de Apoio Especializado – FCC) O texto estabelece relação de causa e consequência entre estes dois segmentos: a) família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres. b) presença contínua e entrelaçada de certos personagens e crises morais e espirituais do homem no mundo atual. c) nasceu no Rio Grande do Sul e Malogrado [...] um plano de estudar na Universidade de Edimburgo. d) família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e crises morais e espirituais do homem no mundo atual. e) viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres e se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre.

Atenção: A questão refere-se ao texto apresentado abaixo.

A história dos países atrasados nos séculos XIX e XX é a história da tentativa de alcançar o mundo mais avançado por meio de sua imitação. Os japoneses do século XIX tomavam a Europa como modelo; os europeus ocidentais, depois da Segunda Guerra Mundial, imitavam a economia norteamericana. A experiência da Europa Central e Oriental no século XX é, 09469404360

genericamente falando, a de tentar atualizar-se mediante a sucessiva adoção e fracasso de vários modelos. Depois de 1918, quando a maioria dos países sucessores constituía-se de países novos, o modelo foi o da democracia e do liberalismo econômico do Ocidente. O presidente Wilson - a estação principal de Praga está batizada novamente com o seu nome? - era o santo padroeiro da região, menos para os bolcheviques, que seguiam seu próprio caminho. (Na verdade, também eles tinham modelos estrangeiros: Rathenau e Henry Ford.) Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. A Grande Depressão acabou destruindo a democracia multinacional até mesmo na Tchecoslováquia. Profª Rafaela Freitas

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 (Eric Hobsbawm, "Dentro e fora da história", In Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 15)

24. (MPU – 2007 – processual – FCC) Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. A relação estabelecida no texto entre as duas frases acima está corretamente expressa por: a) à proporção que. b) no entanto. c) por conseguinte. d) se bem que. e) uma vez que.

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Paraty É do esquecimento que vem o tempo lento de Paraty. A vida vagarosa − quase sempre caminhando pela água −, o saber antigo, os barcos feitos ainda hoje pelas mãos de antepassados, os caminhos de pedra que repelem e desequilibram a pressa: tudo isso vem do esquecimento. Vem do dia em que Paraty foi deixada quieta no século XIX, sem razão de existir. 09469404360

Até ali, a cidade fervia de agitação. Estava na rota do café, e escoava o ouro no lombo do burro e nas costas do escravo. Um caminho de pedra cortava a floresta para conectar Paraty à sua época e ao centro do mundo. Mas, em 1855, a cidade inteira se aposentou. Com a estrada de ferro criada por D. Pedro II, Paraty foi lançada para fora das rotas econômicas. Ficou sossegada em seu canto, ao sabor de sua gente e das marés. E pelos próximos 119 anos, Paraty iria formar lentamente, sem se dar conta, seu maior patrimônio.

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Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas Aula 06 Até que chegasse outro ciclo econômico, ávido por lugares onde todos os outros não houvessem tocado: o turismo. E assim, em 1974, o asfalto da BR101 fez as pedras e a cal de Paraty virarem ouro novamente. A cidade volta a conviver com o presente, com outro Brasil, com outros países. É então que a preservação de Paraty, seu principal patrimônio e meio de vida, escapa à mão do destino. Não podemos contar com a sorte, como no passado. Agora, manter o que dá vida a Paraty é razão de muito trabalho. Daqui para frente, preservar é suor. Para isso existe a Associação Casa Azul, uma organização da sociedade civil de interesse público. Aqui, criamos projetos e atividades que mantenham o tecido urbano e social de Paraty em harmonia. Nesta casa, o tempo pulsa com cuidado, sem apagar as pegadas. (Texto institucional- Revista Piauí, n. 58, julho 2011)

25. (TRF – 2ª REGIÃO – 2012 – Analista Judiciário) Atente para estas frases, do 5o parágrafo do texto:

I. Não podemos contar com a sorte. II. Daqui para frente, preservar é suor.

Para articulá-las de modo a preservar o sentido do contexto, será adequado uni-las por intermédio deste elemento: a) no entanto.

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b) ainda assim. c) haja vista que. d) muito embora. e) por conseguinte.

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1) B

10) D

19) B

2) E

11) A

20) A

3) D

12) A

21) D

4) C

13) A

22) B

5) E

14) E

23) A

6) A

15) A

24) E

7) D

16) C

25) E

8) C

17) E

9) B

18) A

É isso aí, alunos! Chegamos ao final da aula!

Não deixe de tirar as suas dúvidas! Os assuntos tratados são muito importantes!!

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Contatos: [email protected] Ou fórum de dúvidas. Será um prazer atendê-los! Até a próxima aula,

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