Tribuna - 06 / 15 / 09

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  • Pages: 32
QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2 a Quinzena de Junho de 2009 Ano XXIX - No. 1065 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual

M a n u e l E d u a r d o Vi e i r a premiado em Lisboa

DESPORTO

Pág. 22

Ronaldo no Real Madrid por 93 milhões de euros

Manuel Eduardo Vieira recebendo das mãos do Presidente da Republica Cavaco Silva, o Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa instituído pela COTEC. Foto de Antonio Freitas Página 4

Eleições Europeias fora de Portugal 97.8 % de abstenção - uma lição Esta é a resposta do povo Português residente fora de Portugal, à lei inventada por cabeças “brilhantes” do partido socialista que impuseram o voto presencial, fazendo gato sapato de todos nós. Esta é uma grande vitória da democracia em resposta a uma lei fascizante, reacionária e muito pouco inteligente. José Sócrates o que deveria fazer agora, era limpar o seu partido dessa escumalha que só faz mal a Portugal e põe-nos a pensar cada vez pior dos políticos do nosso País de origem.

Bem haja Cavaco Silva por ter vetado tal lei. Essas cabeças “brilhantes” desses deputados proponentes de tal lei, não valem meia duzia de milhas que possamos conduzir para votar neles. A lição foi dura. É uma vergonha para Portugal, mas é uma grande vitória para nós, haver 97.8 % de abtenção. Continuamos a dizer BASTA a todos aqueles que tentam pensar por nós. Aqui na California os resultados foram desastrosos para quem pensava que fazer leis em Portugal sem ouvir a voz do nosso povo ausente, por interesses partidários, seria possível. Não foi, nem nunca será. Houve 26 votos na California, num horizonte de 197 recenseados, ou seja 86,80 % de abtenção. Passados 35 anos do 25 de Abril ainda há muita gente que não merece a nossa atenção, nem merece representar o povo Português, quer na Europa, quer em Portugal. O oportunismo, a falta de classe, a aldrabice política, um dia vai acabar. Quem semeia ventos, colhe tempestades...

[email protected] • www.portuguesetribune.com • www.tribunaportuguesa.com

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SEGUNDA PÁGINA

15 de Junho de 2009

Mensagem do Presidente da República dirigida às Comunidades Portuguesas por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

EDITORIAL Reflectir o futuro Há um fenómeno na nossa comunidade muito interessante, mas preocupante. O primeiro exemplo vem de há cerca de vinte anos, quando o Portuguese Athletic Club, abriu as suas portas a mais gente, provocando assim um choque social muito significativo. Quando se elegia o Presidente A, mais de metade dos sócios saíam, e o novo Presidente trazia consigo mais uma centena de pessoas. No ano seguinte, entrava o Presidente B, e o fenómeno acontecia na mesma. Saíam muitos, entravam outros. Devemos ser sócios de uma sociedade pela amor que temos a ela e não por ser dirigida por este ou por aquele. As nossas organizações do Espirito Santo e afins tem uma característica diferente - os Presidentes mais conhecidos atraem mais donativos e mais pessoas a participar. Um Presidente menos conhecido não atrai tantos donativos e as pessoas não participam na festa no mesmo número que anteriormente. Sendo o Portuguese Atlhetic Club um club privado não religioso, pode-se compreender esse movimento de pessoas, muito embora não faça sentido algum. No respeitante às festas tradicionais, isso nunca deveria acontecer, porque a festa, sendo religiosa, nada tem a ver com os Presidentes escolhidos. Afinal onde está a fé no Espírito Santo? O que é que quer dizer tudo isto que temos observado em algumas das nossas festas do Vale de San Joaquin? Dá que pensar e é assim que se afugenta muita malta nova que gostaria de prosseguir todo o trabalho feito pelos pais e amigos. Merece uma certa reflexão.

jose avila

Portugueses e lusodescendentes,

directo com as comunidades da diáspora.

Neste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, saúdo os Portugueses que vivem ou trabalham fora do seu País, bem como os lusodescendentes que, nas sete partidas do mundo, mantêm acesa a chama da portugalidade.

É fundamental conhecermos a realidade concreta dos Portugueses que emigraram. Só assim estaremos a par dos seus anseios, das suas necessidades, do seu amor à Pátria, do seu profundo e comovente desejo de preservar os laços que os unem a Portugal.

«Quanto mais longe vou, mais perto fico», foram palavras que Miguel Torga nos legou, num inesquecível poema. Torga conheceu e viveu a realidade da diáspora, sabia do que falava.

Mas estes laços têm de ser materializados em acções concretas. Não bastam meras palavras de apreço nem simples discursos de ocasião.

É essencial sabermos do que falamos, quando falamos da diáspora portuguesa. Por isso me tenho esforçado para contactar de perto as comunidades portuguesas dispersas pelo mundo. Sempre que me desloco em visitas oficiais ao estrangeiro – como sucedeu este ano, na viagem que fiz à Alemanha –, procuro que o programa oficial inclua momentos de diálogo

rado de forma plena. Não esqueçamos que, como disse o escritor Mia Couto, a identidade dos emigrantes é uma «identidade fugidia». É imprescindível que a identidade dos nossos emigrantes não seja fugidia e que, com o passar dos anos, não se percam os elementos essenciais que ligam as comunidades da diáspora à terra de onde vieram. Porque essa terra tem um nome: Portugal.

Não é possível construir uma relação autêntica com as comunidades tendo por base apenas proclamações retóricas sobre os afectos ou os sentimentos.

E, como Portugueses que todos somos, temos um dever colectivo e patriótico: tornar real o que pode ser fugidio, construir uma identidade própria, capaz de superar as distâncias e as saudades.

Deve garantir-se que os Portugueses da diáspora mantenham laços efectivos com o Portugal de onde partiram. Entre eles, avulta, naturalmente, o vínculo da cidadania. Por isso, defendi, através de actos concretos, que o exercício dos direitos cívicos pelos emigrantes fosse assegu-

No século XXI, em que as distâncias diminuem num mundo global, as questões relacionadas com a diáspora não podem continuar a ser tratadas através do tradicional discurso saudosista e passadista, em que se enaltecem os afectos mas se esquecem as realizações concretas.

Não por acaso, ainda ontem tive o gosto de distinguir com o “Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa” um jovem que, na Holanda, criou uma empresa de aplicações de «software» para telemóveis que factura 2 milhões de euros por ano e tem 70 milhões de utilizadores, e um português, residente na Califórnia, presidente de uma empresa agro-alimentar, a maior produtora mundial de batata-doce biológica, que factura 36 milhões de euros por ano e emprega 700 pessoas. Orgulho-me de ter contribuído para que a política da diáspora esteja mais atenta à necessidade imperiosa de manter intocados os direitos cívicos dos emigrantes. Orgulho-me de Portugal e de ser Português. E, neste dia 10 de Junho, quero dizer muito vincadamente: orgulho-me de todos os que querem continuar a ser Portugueses.

Year XXIX, Number 1065, June 15, 2009

PATROCINADORES

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COLABORAÇÃO

Da Música e dos Sons

Nelson Ponta-Garça [email protected]

Joe Oliveira Quartet

L

ast month, by invitation of Joao de Brito, I witnessed a wonderful Jazz Quartet at Cafe Barrone Menlo Park web site: http://www.cafeborrone.com

After a great cup of tea and and a great conversation with Joao de Brito and the owner, the possibility of having a Fado night for “Non Portuguese” audience at this great venue was something that will, perhaps, happen in the near future. Leading the Qaurtet, I found, Joe Oliveira, the sun and manager of the very well known artist “Nathan Oliveira”. Growing up with art and music all around him, gave Joe Oliveira nochoice but to follow his jazz path. His father, renowned American painter, and Stanford Professor, Nathan Oliveira would play everything from Count Basie, to Duke Ellington, to Stan Getz, Coleman Hawkins the works. His father gave him a trumpet at age 4, the same horn he had played as a boy. Joe made quick work of it, tearing the bell right off the trumpet after seeing Dizzy Gillespie on TV. “I was impressed with that horn of Diz’s… that bell pushed straight up like that…” “I already had my first great Jazz story, and I was just 4”! A week later he had been moved to clarinet, where he flourished. Joe would later meet Dizzy, 1985, when Dizzy came through the Stanford Jazz Workshop. “telling him that story was an incredible moment, a life moment”. Moving over to the tenor sax just before high school, Joe found his calling. By this time he was competing and wining soloist awards at many California high school jazz festivals, to include the Monterey “High School” Jazz Festival. Knowing his passion, Joe went on to become a music performance major at California State University at Fresno, where he made it to lead tenor in the renowned CSUF “A Band”, placing top 3 in the state at that time. That band toured through Europe, summer 1985, playing in every major jazz festival, to include the prestigious Montreux Jazz festival. After college, Joe held positions at Stanford University, as the coordinator for the committee for Jazz – and was assistant to the director, and assistant director for over a decade at the Stanford Jazz workshop. At the same time, Joe was booking various forms of the Joe Oliveira Group, always gigging around the bay area. In the mid 80’s, Joe had the great fortune to study his craft with the late great saxophonist Stan Getz. He had the honor of knowing, studying and being friends with Stan from 1983 – 1991 up until his death. Stan’s influence is evident as soon as you hear Joe play. “To be in a room by yourself and hear Stan, even if it was a scale, it’s as if the heavens opened up… to get that sound” ! Stan included Joe in many of his local performances, one of which came when Joe was in living in London, playing in various jazz/r&b/blues groups from 1986 – 1988. Stan was coming through London, and called him on the phone “Joe, I want you to sit in with my quartet at the Royal Festival Hall..”, “I almost passed out then, I don’t know how I didn’t that night..” Joe continues to play locally, in various groups, to include being a member of the Way Back Machine, a Hammond Organ quartet. “Jazz is more than a style of music, it’s America’s own indigenous art form that the world shares...” Joe’s musical style crosses through the idiom. His versatility on the saxophone has many voices, always including a bluesy soulfulness, Joe enjoys performing everything from straight ahead, modal, Bossa, funk, to new age. Perhaps we will be able to see Portuguese Music, with Quality, at http://www.cafeborrone.com

15 de Junho de 2009

Quo Vadis Cinco Chagas (III)

P

ara além das actividades do currículo escolar da praxe, o passatempo costumário dos fins de semana para a malta jóvem do meu tempo, era inexorávelmente o futebol e o cinema. Um dos grandes clássicos da sétima arte que Hollyood produzíu no início da década de 50 foi o filme “Quo Vadis”, baseado no encontro de Jesus Cristo com o apóstulo Pedro, quando este fugia das perseguições desencadeadas pelo neurótico imperador romano Nero. A Igreja Nacional Portuguesa de S.Jose da California encontra-se novamente numa encruzilhada de caminhos,em que a comunidade terá que escolher a rota mais certa a seguir. Tem novamente um novo pastor-Padre Donald Morgan, que assumirá o seu múnus sacerdotal oficialmente a 1 de Julho de 2009.Vai substituir o P. Tony Mancuso, que durante 2 anos serviu esta paróquia,com muito zêlo e dedicação. Era estimado por todos, incluindo a camada jovem.Numa simples sinopse histórica...esta que eu penso ser a unica igreja com a designação de nacional portuguesa, pelo menos na costa ocidental dos Estados Unidos,foi fundada a 13 de Novembro de 1914, durante a I guerra mundial, pelo faialense Monsenhor Henrique Ribeiro, natural da freguesia dos Cedros ilha do Faial. De acordo com o seu diário pessoal...« na cidade de S. Jose e nas povoações próximas,não creio que haja uma única familia portuguesa, que

Entre o Pacifíco e o Atlântico

Rufino Vargas não tenha deixado de auxiliar esta construção tão grandiosa. Foi solenemente dedicada no dia 13 de julho de 1919 e o que mais faz sobressair a majestade deste templo é o seu feitio genuino que nos faz recordar com saudade,a grandeza e magnificiência das nossas principais igrejas açorianas»...É um ex-libris e joia da coroa para todos os portugueses na diáspora,independentemente do seu grau religioso ou localização geográfica. É de realçar o facto que esta igreja, para além de ser o templo do Senhor, tem servido ao longo dos anos de sala de visitas e salão nobre da comunidade, sempre que entidades representativas do governo regional ou central nos visitam. Sob a liderança do padre Mancuso e imprescindível ajuda dos paroquianos e outras almas santas, foi instalado um tecto novo. Já não chove na Casa do Senhor.Também foram efectuadas várias obras de jardinagem, que muito embelezaram o passal e o recinto da igreja. É imperativo, não esquecer que não obstante esta igreja ter sido fundada por Portugueses e manter o privilégio de nacional, está subordinada à autoridade canónica da Diocese de S. Jose. Actualmente a imigração proveniente de Portugal e mormente das ilhas é práticamente inexistente. A verdade nua e crua é que os velhos da primeira camada emigratória, estão paulatinamente a juntar-se ao Reino celestial e se pretendemos assegurar a existencia da nossa igreja no futuro,é condição “sine qua

DISH NETWORK® APRESENTA UMA OFERTA FLEXIVEL PARA NOVOS CLIENTES Ideal para clientes internacionais com residência temporária ENGLEWOOD, Colo., – A DISH Network® (NASDAQ: DISH) anunciou uma oferta para novos clientes que oferece acesso a tecnologia de ponta DISH Network e aos melhores pacotes de programação através de um sistema fácil de pagamento de faturas. A oferta, que teve início em 13 de maio, e ideal para clientes internacionais com residência temporária, pois não requer cartão de credito, numero de Seguro Social (Social Security), ou contrato. Os clientes que assinarem aos serviços de televisão DISH Network através da nova oferta pagarão $149 pelo equipamento, taxa de ativação e instalação. Os novos clientes podem escolher entre uma grande variedade de pacotes de programação à partir de $9.99/mês, incluindo os canais internacionais e americanos. Alem disso, os clientes que aderirem a esta oferta, levam os canais americanos locais grátis por um ano e podem assinar a cinco canais de filmes premiums da Cinemax por apenas 1 centavo por 12 meses. “A DISH Network e a líder de programação internacional, e estamos contentes de oferecer esta nova maneira de assinar os serviços de televisão e acesso fácil às ofertas e promoções sem pedir por cartão de credito ou numero de Seguro Social,” disse Chris Kuelling, Vice-Presidente de Programação Internacional da

non” (indispensável) abrir as portas aos nossos vizinhos de porta e outras etnias. Acima de tudo a Igreja Católica Romana é universal, abrangendo o mundo inteiro. O Tribuna Portuguesa verdadeiro arauto Português no «Far-West» Americano, na sua edição de 15 de novembro de 2007, foi mencionado por este escriba a preocupação do Padre Mancuso sobre a situação problemática da escola das 5 Chagas, causada primáriamente pela escassez de matriculas e descalabro financeiro. Após 49 anos de existencia será encerrada neste ano de 2009. Foi fundada em 1960, pelo Rev. Mário Cordeiro. Foi inevitável o seu encerramento, mas como diz o povo “Deus não fecha uma porta que não abra outra”. Qual será o destino daquelas instalações? O ideal seria criar e implementar um projecto em beneficio da paróquia e comunidade. Não posso deixar de congratular,a direção do Tribuna Portuguesa pela cobertura assaz oportuna e imparcial dos assuntos em epígrafe, incluindo a sondagem electrónica sobre o futuro da escola. O meu reconhecimento é extensivo ao jornal «Ilha Maior» da pictoresca Vila da Madalena no Pico, pela publicação deste e muitos outros artigos respeitantes à diáspora, em que alguém chamou “Décima Ilha” e um autarca de uma cidade Micaelense, mui sábiamente declarou: Não há emigrantes, somos todos açorianos. Bem Hajam.

DISH Network. “Esta nova oferta dá maiores opções para os clientes e assegura os direitos de escolher a melhor forma de ter acesso a TV internacional.” A oferta requer que novos clientes paguem pelo serviço adiantado. Para maiores informações, ligue para 1-800-333-DISH. DISH Network A DISH Network (Nasdaq: DISH), terceira maior companhia de TV por assinatura do país é líder em televisão digital, fornece seus serviços para aproximadamente 13.79 milhões de residências. A DISH Network ‘e líder em sua indústria em satisfação do consumidor, dominando por oito anos consecutivos, comparado a provedoras via cabo. A DISH Network também fornece aos seus consumidores premiados serviços de HD e tecnologia DVR, os quais receberam o premio Editor’s Choice (Escolha do Editor) da CNET e PC Magazine. Alem disso, assinantes tem acesso a centenas de canais de vídeo e áudio, o maior numero de canais internacionais no pais, aplicações interativas de liderança no mercado, programação latina, e o melhor do esporte e filmes em alta definição. A DISH Network oferece uma variedade de pacotes e opções de preço, incluindo o menor preço em TV 100% digital nos Estados Unidos, alem do DishDVR Advantage Package, serviço de internet de alta velocidade, e um upgrade grátis para o melhor DVR em Alta Definição na industria (HD DVR). A DISH Network esta no índice Nasdaq-100 (NDX) e ‘e uma empresa Fortune 300. Para maiores informações, visite HYPERLINK “http://www. dishnetwork.com/aboutus” www.dishnetwork.com/ aboutus ou ligue 1-800-333-DISH (3474).

COLABORAÇÃO

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

A

pós ter rabiscado, previamente, uma ligeira crónica àcerca da manjerona, decidi dar continuidade à minha investigação, auscultando outras fontes de informação à procura de mais curiosidades, entrelaçando referências históricas com respigos folclóricos. Embora mais conhecida e estimada pelas suas qualidades aromáticas e cosméticas, bem como pelo seu uso diversificado na culinária e na medicina, a manjerona registou igualmente determinada influência em várias superstições. Assim, temos a notícia de que, antigamente, foi tradição plantar manjerona junto às sepulturas, com base na suposta crendice que isso concorria p’ra assegurar aos defuntos eterno descanso e tranquilidade às almas. Na Idade Média, nas cerimónias nupciais, coroavam-se os noivos

com manjerona, como símbolo de amor mútuo, honra e felicidade. Era costume perfumar o interior das casas com manjerona, bem como aromatizar a cerveja com manjerona. A manjerona foi considerada benéfica na cura de sinusites e laringites. Um chá de manjerona com mel tornava adocicada e maleável a voz dos cantadores e cantadeiras. E quem cuidava ungir-se com manjerona, seria recompensado em sonhar com quem viria a casar. No livrinho “A Pocket Guide to Herbs”, Jenny Linford aludiu ser a manjerona oriunda da Europa Meridional, Norte d’África e Turquia. Como produto medicinal, a manjerona é usada em casos de bronquites, dores de cabeça e insónias. No entanto, devido ao aroma delicado das suas folhas, a manjerona é utilizada particularmente na culinária, incluindo salsichas, bolinhos,saladas, ome-

Na companhia da Manjerona (2) letas e molhos. Hipócrates (460-377 AC), natural da Grécia e considerado o mais proeminente médico da antiguidade, reconheceu a eficácia da manjerona, prescrevendo-a em muitas das suas receitas. John Gerard (1545-1612), autor do livro “General Histoire des Plants”, publicado em 1597 e mundialmente mais conhecido ao título “The Herbal”, recomendou a manjerona no tratamento de pessoas em apuros com a chamada “doença dos soluços”. Gerard, natural de Nanwich em Cheshire (Inglaterra), foi um notável ervanário cujo jardim em Londres tornou-se famoso pela raridade das suas plantas. O livro “The Herbal” destaca-se como sendo a primeira publicação dum catálogo de plantas e contém mais de mil espécies. Entre outras curiosidades relacionadas com a manjerona, adicio

narei o factodo uso da manjerona em “fabricar rapé” e alegadamente com o mastigar de folhas da manjerona poder-se-á obter lenitivo das dores de dentes, reumatismo, indigestão e tosse. E agora num àparte tardio, mas legítimo, seja-me permitido trazer à lembrança que, aqui há tempos, numa crónica àcerca da Salsa e da Salva, referi que a salsa identificava-se com o culto dos heróis e com a morte dos mártires, estendendo-se à tradição cristã sugerindo que “a salsa só devia ser plantada em SextaFeira Santa”. A verdade dos factos, porém, impõe a seguinte corrigenda: A salsa pode ser plantada em qualquer dia do ano, excepto em Sexta-Feira Santa, por esse ser o dia em que se comemora a morte de Cristo na Cruz. Em despedida, deixo-vos com um aromático ramalhete de quadras com o cheirinho da mimosa manjerona... Manjerona c’o pé na água, Bota raminhos de prata; Não é nada o ter amores, O apartar é que mata. A manjerona no adro Deita cheiro na igreja; Nestas eras em que estamos, Ninguém logra o que deseja. Não cuidei que a manjerona

No fundo do mar pegasse, Nem cuidei que o meu amor Por outro alguém me deixasse. Aplantei a manjerona À dianteira da cama; Se a manjerona crescer, Há-de cobrir-me c’o’a rama. Apanhei murta, que é dor, Da manjerona fiz molhos; P’ra te ver torço caminhos, Querido amor dos meus olhos. Ó pessegueiro, ouvi-me, Ó damasqueiro, escutai-me, Manjerona, dai-me alento, Ó cravo roxo, falai-me. Manjerona bate à porta, Alecrim: quem está aí? É o cravo mais a rosa Quem vem em cata de ti. Manjerona bate à porta Alecrim vai ver quem é: É um açafate de rosas, Com uma açucena ao pé. Manjerona com seus galhos, Alecrim com seus enleios, Quando eu tomei amores, Logo foi com meus receios. Meu amor, eu não declino, Eu não posso declinar; Manjerona à tua porta, Sem ninguém a aprantar.

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COMUNIDADE

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15 de Junho de 2009

Coisas & Loisas Boas Notícias - este ano foi o Manuel Eduardo Vieira, para o

ano será outro. Uma grande geração de portugueses empreendedores está espalhada por esse mundo fora. Portugal tardiamente vai reconhecendo os filhos que deixou partir. Uma grande vitoria da California, mas também de todo o mundo onde vivem portugueses.

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades - vai ser um grande dia para milhares de pessoas, que

encherão mais uma vez o Kelley Park em San Jose, onde vão gozar a nossa comida, a nossa música, e principalmente a amizade de toda uma comunidade. A não perder.

Bolsas de Estudo - 38 jovens de descendência portuguesa

aplicaram para 7 Bolsas de Estudo oferecidas pela Portuguese Historical and Cultural Society, de Sacramento. Os premiados foram: Roy Boone, de Corning; Marko Sohrakoff, de Wheatland (cada um recebeu $1000 dólares); cinco bolsas de $500 dolares foram atribuídas a Tony Silva, de Redding; Amy Leach, de Maxwell; Maya Biery, de Cloverdale; Cole Correia, de Pleasant Grove e Amanda Woods, de Camino. Os responsáveis pela selecção foram Mary Ann Marshall, Olivia Lage, Lionel Holmes e Herb Perry.

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Manuel Eduardo Vieira distinguido com o Prémio Empreendedorismo Lisboa, 08 Jun (Lusa) - Manuel Eduardo Vieira, distinguido com o prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa pela COTEC - Associação Empresarial para a Inovação afirma que “é sempre bom ver o trabalho e o esforço reconhecidos.” “Este prémio significa muito. É sempre bom quando vemos alguém a reconhecer o nosso trabalho e o nosso esforço, sobretudo quando está presente o Presidente da República”, disse Manuel Eduardo Vieira, presidente da A.V. Thomas Produce, uma empresa dedicada à cultura de batata-doce orgânica e convencional. O empresário de 64 anos foi com 17 para o Rio de Janeiro, onde fez formação na área comercial, e emigrou para os Estados Unidos em 1972 para integrar a empresa do tio A.V. Thomas Produce que adquiriu cinco anos depois. “No ano passado, vendemos 50 milhões de quilos não só dos 1.300 hectares que temos mas também das plantações de outros produtores”, afirmou Manuel Eduardo Vieira, sem revelar o montante respectivo dos lucros. A empresa de Manuel Eduardo Vieira, líder na distribuição de batata-doce na Califórnia, EUA, ocupa-se de todo o processo de cultivo da batata-doce desde a selecção de sementes até aos processos de colheita, técnicas de conservação, embalagem e transporte. O objectivo do empresário português, que recebeu hoje pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, é “aperfeiçoar as últimas iniciativas” que a A.V. Thomas Produce desenvolveu. A empresa de Manuel Eduardo Vieira é pioneira na criação de embalagens de batata-doce próprias para microondas em dose “individual e em tabuleiros de cinco batatas-doces pequenas que ficavam na terra”, disse o empresário, garantindo que a A.V. Thomas Produce foi “a primeira empresa a comercializar estas batatas-doces mais pe-

quenas através de embalagens em vácuo.” O empresário, natural da Silveira, na Ilha do Pico, Açores, comercializa a sua produção nos Estados Unidos da América, Canadá e México, abastecendo 460 milhões de consumidores. “Não precisamos pensar (na expansão a novos mercados) porque os mercados norte-americano, canadiano e mexicano são suficientes para dar conta da produção. Não temos necessidade de enviá-la para portos mais longínquos, onde o risco pode ser grande”, disse à Lusa Manuel Eduardo Vieira. Manuel Eduardo Vieira está também a construir, em parceria com um amigo de infância, um hipermercado nas Lajes do Pico, nos Açores, que deverá abrir ao público até ao final deste ano, prevendo-se a criação de cerca de 70 postos de trabalho directos. O Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, que tem o patrocínio do Presidente da República, destina-se a galardoar e divulgar publicamente cidadãos portugueses que se tenham distinguido pelo seu papel empreendedor, inovador e responsável, no contexto das sociedades de acolhimento, que reflectem a diversidade e a riqueza da diáspora portuguesa no mundo actual. Dos 67 candidatos ao Prémio Diáspora 2009, cuja faixa etária se situa entre os 36 e 69 anos, houve representantes de todos os continentes, sendo a Europa e o continente americano os de maior expressão em termos de número de candidaturas. No que respeita à actividade desenvolvida pelos candidatos, denota-se uma grande diversidade em termos de sectores abrangidos, destacando-se o empresarial e financeiro, a restauração e turismo e a investigação. NYD/EL. Lusa/fim.

COLABORAÇÃO

Rasgos d’Alma

Luciano Cardoso

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Chapéus e Capas Negras

[email protected]

D

esfilar em passo lento no calor do mês de Junho em circuito escolar com chapeu aos quatro bicos e capa negra até aos pés, como todos bem sabemos, não é pròpriamente desfile de moda chique mas é por certo uma sensação única, um prémio sem rival. Nunca tive esse prazer. Lá, na terra que me viu nascer, entre a escola primária e o ensino secundário a namorar ao longe um curso superior, dos seis até aos vinte, fui estudante com muito mérito, porem, sem nunca ter conseguido subir ao pódio. Cá, nos States que nos acolhem e proporcionam as melhores oportunidades, é um dos momentos de especial significado que muito gosto de presenciar. Felizmente, os meus filhos habituaram-me a essa alegria de os ver receber com um sorriso nos lábios os diplomas que continuam a merecer na suas vibrantes carreiras estudantis, a caminho dum futuro risonho. É tambem parte do meu sonho. Vê-los desfilar…faz-me delirar. É pena o delirio comunitário neste e em todos os outros Junhos não ser mais bem retratado nas páginas deste jornal. Nesta altura do ano, o orgulho imenso festejado com amplo regozijo no seio de tantos lares imigrantes transborda sem medida. As festarolas e os convivios a premiarem à grande os nossos filhos e netos pelas suas honrosas “graduações” devem ser das festas mais bonitas que um agregado familiar pode celebrar em comum. Acho que ninguem devia ter receio de

partilhar sem reservas o sucesso efusivo dos seus filhos e filhas no meio académico local. Já com apreciável abundância, temos por aí professores, engenheiros, advogados, médicos e demais profissionais de alto gabarito com distintos cursos superiores que muito nos orgulham como etnia presunçosa cujos limitados numeros minoritários não dizem tudo. De forma alguma me atrevirei a implicar que a de carpinteiro, eletricista, canalizador ou duma qualquer agente imobiliária – para não mencionar outras – sejam profissões de menor importância ou prestigio. Nada disso! Nada de peneiras nem de megalomanias despropositadas. Na America – felizmente e em português bem claro – a gente todos faz a diferença. Um certificado, um diploma, um “canudo” – seja lá de que tamanho for – são valorizações simbólicas que não se devem ignorar. Para mim, uma das maiores belezas do arrastado processo migratório que cá nos trouxe, com sonhos e planos nem sempre concretizados à medida ambicionada, é ver filhos de familias do nada…ao quase tudo. Gente boa e humilde, que na lá na terra de origem estaria pràticamente condenada a rastejar sem remissão, chorando por aí de alegria nestes dias ao verem os filhos pisarem triunfantentemente o pódio das suas magnânimas ilusões. Claro está que um qualquer curso superior não é necessàriamente sinónimo automático de sucesso garantido nem muito menos fórmula mágica de felicidade prolongada. Contudo, no curto percurso terreno de qualquer ser humano, o grau de educação formal quanto mais aperfeiçoado e galar-

ALUGA-SE Casa de moradia toda mobilada com 4 quartos, cozinha, casa de banho, sala de estar com quarto de jantar em comum, máquinas de lavar e secar roupa, com vista espectacular para toda a baia de Angra e Monte Brasil, localizada na cidade de Angra do Heroismo junto ao Monumento da Memória, nos meses de Junho, Julho e Agosto do corrente ano. Para mais informações e outros detalhes, chamar os numeros (408)-981-228 ou (408)-249-6369.

doado…melhor. O que não quer dizer que – por mais “estudo” que tenha e em português que a gente se entenda – um qualquer doutorzinho formado à pressa não passe dum burrico carregado de livros. É triste quando uma pessoa supostamente “muito educada”, ao fim e ao cabo, acaba por não ter mesmo educação nenhuma. No Portugal moderno dos nossos dias é uma realidade indesmintivel essa dos doutorzinhos – os tais com um “d” minúsculo – formados à pressa (com um bacherelato ou pouco mais) e às vezes sem fundamento. Dá a impressão nitida de haver cada vez mais essa ridicula mania dos titulos, bem patente nos debates públicos da televisão que cá nos chega. As pessoas esquecem-se que tem nome, antes de mais. Fica feio a qualquer nivel social pretenderse ser-se mais do que realmente se é. De facto, lá na nossa terra farta de presunções e água benta, não deve haver maior insulto para um doutor leg it i ma mente laureado do que quando o atrevidinho Zé Povinho o apelida dum burro carregado de livros. Por cá, em paralelo semelhante, na diáspora onde nos

integramos e alguns de nós acabamos por nos endinheiramos em fortunas invulgares, tambem não deve haver ofensa maior para um milionário bem sucedido do que ouvir o descarado Ze Migrante rotulá-lo de pobre de espirito. São barretes incómodos que ninguem gosta de enfiar. Bem ao contrário dos vistosos chapeus de quatro bicos e das clássicas capas negras que, independentemente do que o povo diga, ficam bem seja lá a quem for. Parabens a todos esses fabulosos lusodescendentes que orgulhosamente as envergam nestes festivos dias que Junho anualmente nos convida a celebrar!

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COLABORAÇÃO

15 de Junho de 2009

PATTERSON

PROGRAMA

Festa do Divino Espirito Santo

Quarta-feira, 17 de Junho até Sexta-feira, 19 de Junho

1917 - 2009

7:30 pm Reza do Terço na Igreja do Sagrado Coração.

Sábado, 20 de Junho

10:30 am Formação do Bodo de Leite. Depois, ser servido todos os presentes. 2:00 pm Arrematações e bazar durante o dia. 7:30 pm Reza do Terço na Igreja do Sagrado Coração. 8:30 pm Baile com o Conjunto “Sem Duvida” 9:00 pm Cantoria 10:00 pm Apresentação das Rainhas

Domingo, 21 de Junho

9:30 am Formação do Cortejo para a Igreja do Sagrado Coração. 11:00 am Missa na Igreja do Sagrado Coração. Depois, será servido sopas a todos os presentes. 2:00 pm Arremataçoes e bazar durante o dia. 7:00 pm Sopas será servido 8:30 pm Baile com Conjunto “Sem Duvida” 9:00 pm Tocadores de violas para os tradicionais bailes de roda e chamarritas. 10:00 pm Apresentação das Rainhas

Presidente Guilhermina e Aldevino Azevedo

Segunda-feira, 22 de Junho

8:00 pm Corrida de Toiros na Bella Vista Park, Gustine. Cavaleiros: Alberto Conde, Paulo Ferreira e Sario Cabral.

Traços do Quotidiano

Margarida da Silva [email protected]

PERGUNTA À AMY O Marin Independent Journal, publica diariamente uma coluna intitulada, “Ask Amy”, da responsabilidade da Amy Dickinson, em que ela responde às cartas que lhe são dirigidas pedindo o seu conselho sobre os mais variados assuntos. Julgo, até, que se lhe pode chamar uma jornalista-psicóloga. Gosto sempre de ler as suas colunas que acho interessantes por demonstrarem, por vezes, quão frívolo é o ser humano. Achei piada a uma carta que a Amy recebeu recentemente e resolvi descrevê-la, especialmente, para as caras leitoras que, como eu, estão a caminho dos 60, ou seja da terceira idade. Confesso que detesto este termo, pois prefiro usar cidadão sénior por não ser tão sinistro... Uma senhora, já na casa dos 50, ficou muito perturbada quando, ao frequentar um restaurante, lhe deram o desconto próprio para pessoas da terceira idade, o chamado “senior discount”. Julgando ter havido engano na conta, talvez pertencia a outra pessoa mais velha, a senhora chamou a atenção da jovem empregada de mesa que lhe disse ser regra do restaurante oferecer desconto às pessoas que aparentavam ter 60 ou mais anos de idade. Ora, a senhora ficou muito muito aborrecida, pois cuida bem de si e parece ser mais nova do que aparenta e achou aquilo um grande insulto. Foi para casa chorar e esteve deprimida por alguns dias. Ela queria saber a opinião da Amy sobre este intolerável episódio e o que deveria ter feito para não ter ficado tão magoada. A Amy disse-

lhe que talvez a senhora já se tinha esquecido de, quando era jovem e via pessoas de 50 ou 60 anos de idade julgava que fossem já velhas o que, possivelmente, tinha acontecido com a empregada de mesa. Que chorar, ficar irada e deprimida só por causa do desconto de “senior” não ajudava nada a resolver o incidente. Embora compreendesse a situação da senhora, o melhor que ela podia ter feito era ter comprado uma oferta para si com o desconto recebido. Isto fez-me lembrar o que escrevi já há anos sobre pessoas que sofrem do complexo de envelhecimento e tudo fazem para que a sua aparência física não denuncie o decorrer dos anos. Uma das regras de etiqueta, é nunca se perguntar a idade a ninguém, especialmente às senhoras que são mais sensíveis nesta matéria. Porém, também, há homens que não gostam de revelar a sua idade. Graças à ciência médica e ao “milagre” da cirurgia plástica, muitas pessoas conseguem esconder a sua verdadeira idade mas não podem dissimular o peso dos anos. Esta preocupação com o rejuvenescimento afecta todas as classes sociais sendo, no entanto, mais proeminente no meio artístico e nas camadas mais ricas que, pelo peso das suas carteiras, podem gastar o que for necessário para aparentarem mais jovens. Algumas pessoas chegam, mesmo, legalmente, a alterar a sua idade. Enfim, esconder a verdadeira idade é mais uma futilidade a adicionar a tantas outras que fazem parte do nosso quotodiano.

Do Real para Virtual

O

Verão está ao virar da esquina. Os dias estão a ficar mais longos, as temperaturas estão a aumentar progressivamente e para alguns, Verão é sinónimo de férias. Para o jovem estudante, o Verão não é apenas uma simples estação. Trata-se da altura do ano em que a pausa académica é preenchida com diversas formas de divertimento, as quais têm sido modificadas com o passar dos anos em parte devido à evolução tecnológica. Convém mencionar que neste artigo, a palavra “jovem” servirá para definir todos aqueles com menos de 18 anos de idade. Quando eu era um miúdo, passava o ano inteiro aguardando ansiosamente a chegada do tão desejado Verão. Num calendário marcava os dias que faltavam para a escola terminar e noutro marcava os dias que faltavam para as Sanjoaninas começar. As festas do Verão eram, sem dúvida, os momentos mais aguardados do Verão. Mas, para além das festas também haviam as maravilhosas “futeboladas”. O termo “futebolada” servia para designar um grupo de jovens a jogar futebol o que acontecia com frequência durante o ano mas predominava no Verão quando os jovens estavam de férias. Na maioria dos dias de Verão, após o almoço, os jovens da freguesia começavam a concentrar-se à volta da escola onde se encontrava o mini-campo de futebol em que jogávamos. Por volta das duas ou três da tarde a campainha da minha casa costumava tocar e eu nem precisava de ver quem era pois eu

Lufada de Ar Fresco

Paul Mello [email protected] já sabia que se tratava do sinal para ir jogar à bola. Enfim, para um miúdo naquele tempo(há poucos anos), o dia perfeito seria composto por “futeboladas” de dia e uma ida à festa à noite. Naquela altura julgava que as “futeboladas” eram um simples acto de divertimento. Hoje, sou capaz de interpretar as tais “futeboladas” como algo muito mais importante do que simplesmente um grupo de jovens a dar uns pontapés numa bola. Enquanto jogávamos uns com os outros e uns contra os outros, estávamos a aprender a competir, dialogar, discutir e argumentar; estávamos a aprender com os nossos erros e com os erros dos adversários…Enfim, com uns pontapés na bola, estávamos a socializar; estávamos a desenvolver atributos que no futuro se poderiam tornar bastante úteis. Para além de nos tornar seres mais capazes de socializar e enfrentar o mundo lá fora, as “futeboladas” também traziam um enorme beneficio a nível físico. Hoje, apesar de apenas terem passado alguns anos, as “futeboladas” já não são o que eram. Eu apercebi-me deste facto quando fui passar férias aos Açores no passado Verão. O campo de futebol atrás da escola estava, como diria o senhor Luciano Cardoso “à mosca”. Durante duas semanas não vi um grupo de jovens aparecer por lá para dar uns pontapés numa bola…ao que parecia, estes estavam muito ocupados a jogar jogos nos computadores e a falar com amigos (ou pessoas que mal conheciam) pela Internet. Eu confesso que isto apanhou-me um pouco de surpresa

devido à rapidez desta evolução. Quando eu estava no sétimo ano de escola (há 9 anos atrás), apenas haviam 2 alunos que tinham computadores na minha turma de 25 alunos. Hoje, quase todos alunos têm computadores nas suas casas e alguns até têm mais do que um. Lembro-me que os meus pais compraram o nosso primeiro computador por duas razões: para facilitar comunicações a longas distâncias através de email e para facilitar alguns dos nossos trabalhos académicos. Hoje, a compra de computadores a torto e direito não tem apenas por base a “necessidade”, mas também a capacidade de entretinimento pois o jovem de hoje está cada vez mais dependente de tecnologia para se entreter. As longas horas de Verão que o jovem antes passava a jogar à bola, a brincar com amigos, ou simplesmente a dar uma volta de bicicleta são hoje substituídas por horas e mais horas passadas à frente de um ecrã de computador (ou televisão). A interacção que o jovem antes tinha com o mundo real é agora substituída pela interacção com um mundo virtual onde o jovem não tem vários amigos para brincar e jogar jogos, mas tem um computador. O jovem não só cresce afastado da realidade como também cresce sem se preparar para enfrentar a realidade no futuro como adulto. Para além de tornar o jovem num ser anti-social, o crescimento da influência dos computadores e da tecnologia em geral, também tem outro enorme efeito colateral, a obesidade.

COLABORAÇÃO

Perspectivas

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“Cheating” e “Cheaters”

Fernando M. Soares Silva [email protected]

A

palavra inglesa “cheating” intitula este estudo por ser muito mais abrangente do que os termos portugueses plágio ou plagiato, vigarice, intrujice, traição, e outros vocábulos com similares significados específicos, mas igualmente menos inclusivos. . Qualquer que seja a maneira usada ou o nome que se lhe queira dar, “cheating”, na realidade, é mentira, fraude, decepção impostura, burla, velhacaria ou intrujice, sendo em certos casos, como, por exemplo, em assuntos de infidelidade conjugal ou amorosa, inegável traição. Caracteristicamente, a pessoa que comete qualquer modo de “cheating” ludibria e abusa da vítima ou vítimas dos seus truques e das suas manobras enganadoras com o objectivo específico de tirar imerecida, e por vezes cruel, vantagem que lhe possa ser imediatamente proveitosa ou benéfica. Seria quase impossível, e quiçá irrelevante, comentar aqui todas as formas de “cheating” verificadas na vastidão do mundo actual. Este artigo abordará somente os modos mais comuns e notórios nas sociedades em que vivemos. Comecemos pelas esferas académicas.

“Cheating” nos ensinos secundários e superiores Vários estudos abalizados, ilustrados e corroborados com abundantes sondagens efectuadas em escolas do ensino secundário e em diversas universidades norteamericanas. usam o adjectivo “epidémico” para descrever e acentuar a gravidade do plagiato no mundo estudantil dos EUA. Esses estudos têm sido reproduzidos em inúmeros jornais por todo o país. Em Junho de 2005, Rutgers University publicou um pormenorizado estudo feito para o Center for Academic Integrity pelo Professor Donald McCabe. Este estudo, que foi corroborado por várias sondagens Gallup, bem como por outras investigações, revelou que mais de 70% dos alunos das escolas e universidades públicas participantes nas sondagens admitiram a comissão de plágio,--acto de apropriação ou de copiar indevidamente, e sem permissão, o trabalho de outra pessoa---, em diversos testes, e 60% desses estudantes confessaram haver plagiado as suas composições escritas e, em certos casos, até mesmo teses requeridas para a concessão de graus académicos. Só 50% dos estudantes de escolas e universidades privadas admitiram o uso de plagiato. Essas sondagens e os estudos efectuados há 4 anos, por muito lastimosos que tenham sido, não surpreenderam ninguém. Já não continham segredos, pois era sobejamente conhecido que alunos, sobretudo em instituições dedicadas a estudos superiores, usavam furtivamente aparelhos electrónicos tais como MP3 e fototelemóveis durante pontos e testes para copiarem fórmulas matemáticas ou científicas, e outra vasta e diversificada informação digitalizada. A “epidemia” de plagiato chegou a tal ponto que muitas universidades agora usam digitalizadores

(“scanners”) capazes de detectar materiais e informação indevidamente colhida e usada pelo aluno. Durante os exames, o uso de todos e quaisquer aparelhos electrónicos é agora rigorosamente proibido. Muitos professores nem autorizam o uso de qualquer relógio. Estudos e sondagens mais recentes indicam que esta forma de “cheating” continua desenfreada. Numa reportagem da Associated Press reproduzida pelo grande diário San Francisco Chronicle em 1 de Dezembro de 2008, opina-se serem os norte-americanos “excessivamente “apáticos” ou indiferentes em relação às normas éticas. Mais de 64% dos alunos sondados admitem frequente ou repetido uso de plagiato, mas afirmam que o cometem “porque todos os outros assim fazem”, e que eles próprios não vêem no uso ou hábito do plagiato ou da furtiva utilização do trabalho de outros qualquer imoralidade ou coisa censurável. (!?) Tentando explicar o sobejamente conhecido problema do incontido e alastrante plagiato académico, educadores e representantes da National Association of Secondary School Principals, --- rejeitando a implicação de desonestidade atribuída aos praticantes do plagiato,--- asseveram que, na realidade, os alunos se sentem impelidos ao uso de plagiato devido às intensificadas pressões e à tremenda competição que eles têm de enfrentar nas complexas esferas académicas da actualidade e no exigente mundo contemporâneo. Por outras palavras, segundo esses educadores, o problema não provém de falta de honestidade e de moralidade... Talvez seja uma questão “genética”, a favorita resposta de muitos “pseudo peritos” quando querem “esquecer” ou dissimular a realidade! O plagiato é também facilitado pela Internet; 36% dos alunos sondados no ano lectivo de 2006 confessam haver plagiado muitos dados e várias composições colhidas “online”. Esta lamentável situação tem levado vários superintendentes no ensino secundário e muitos presidentes de instituições de ensino superior a não só realçarem a importância da integridade académica, como também à implementação de severos castigos contra a prática de todos os modos de plagiato. Mas o plagiato académico não é a única forma de “cheating” que avassala a sociedade norte-americana ou qualquer outra dos países industrializados. Como veremos em seguida, existem outros tipos. Vejamos, por exemplo, algumas das múltiplas áreas do Desporto.

“Cheating” no Desporto Quem segue os noticiários quotidianos na Imprensa, na Televisão, ou na Rádio, tem notado, talvez com espanto, a frequência sempre crescente de abusos e escândalos cometidos por atletas e jogadores, amadores ou, com maior incidência, profissionais, ansiosos de vitórias, aplausos e fama, por mais balofos que sejam. E eles, ou elas, fazem-no violando normas e regulamentos nacionais e internacionais, isto é, mediante propositada decepção ou “cheating” que lhes facilite ultrapassarem os seus competidores nas arenas e nos estádios.

Arriscando, por vezes irremediavelmente, a sua própria saúde ao ingerirem ou ao injectarem-se substâncias banidas que lhes possam dar proibidas doses de extra vigor e redobrada energia que os propelem às cimeiras cobiçadas, esses atletas não hesitam no jogo da decepção... As desculpas, envergonhadas e lacrimosas só se ouvem mais tarde quando eles, ou elas, são apanhados” nas teias da desilusão... Doping é um grave problema em muitos desportos contemporâneos, sobretudo nos maiores e mais populares. Basta só recordar os escândalos no football, baseball e atletismo norte-americano, e os abusos no futebol e no ciclismo internacional, entre outros, onde o número de praticantes dopados é elevado.. Como exemplos de notórios escândalos ventilados nos órgãos de comunicação social nacionais e internacionais, mencionem-se aqui apenas o bem conhecido caso de Ben Johnson, desqualificado por doping nos Jogos Olímpicos de 1980, bem como as confissões de uso de esteróides de várias “estrelas” tais como a corredora olímpica Marion Jones, destituída das 3 medalhas de ouro conquistadas nos Jogos Olímpicos de Sidmey, Austrália, e ainda as tristes admissões dos astros de baseball norte-americano José Canseco, Ken Caminti e Alex Rodriguez. No entanto, saliente-se que propositada decepção ou “cheating” em desportos significa muito mais do que o uso de substâncias nocivas ilegais ou proibidas. Além de doping, existem outros meios, subtis ou descarados, de “cheating” em muitas modalidades desportivas. Ao nível profissional recorde-se, por exemplo, a famosa manobra feita pelo habilidoso futebolista Diego Maradona no jogo Inglaterra-Argentina para o campeonato da Taça Mundial de Futebol (World Cup) de 1986), quando, num salto com um rápido e subtil toque de mão, esse jogador dirigiu a bola para o fundo das redes do guardião britânico, dando assim a vitória à sua equipa argentina. O ardiloso jogador negou haver cometido qualquer falta e o golo foi validado pela equipa de arbitragem que não conseguira detectar a sub-reptícia violação de Maradona. No entanto, várias câmaras de televisão que rodeavam o campo registaram para sempre o seu repreensível acto de decepção e “cheating”. No baseball, verifica-se ocasionalmente, entre outros truques, a manobra deceptiva de certos “pitchers” que untam a bola com grafite ou vaselina para a tornarem escorregadia para os jogadores adversários... O mundo do popular desporto de basquetebol norte-americano ficou atónito perante a revelação, feira em 2007 pela própria National Basketball Association, de que vários árbitros costumavam fazer ilícitas apostas em certos jogos muitas vezes por elas oficiados. O escândalo foi tão grande que dezenas de “referees” foram para sempre expulsos da NBA. E mais se poderia dizer de estes e de outros desportos.

“Cheating” em “Gambling” ou jogos a dinheiro Os jogos “à sorte” ou “a dinheiro” pressupõem vantagens e ganhos de uma forma ou outra. Inerente é também o uso de “cheating”, isto é, de fraudulentos truques e “ba-

totas” tendentes a colocarem os oponentes em desvantagem que, eventualmente, os leva à derrota e à perda de apostas e, com frequência, de avultadas somas de dinheiro, ou de outros valores. Gambling, quer individual ou organizado, como em “casinos”, tem sempre o mesmo objectivo: lucro incompassivo e ilimitado. Os incautos e ingénuos caem vítimas da cruel fraude e da abominável decepção de matreiros cujo prazer é a ilusão conducente à desilusão de outros... Que o diga quem já foi tosquiado nas plastificados e dourados salões dos casinos... Todos os modos de “gambling” envolvem batoteiros e batotas... Por exemplo, em póquer e em outros jogos de cartas, estas são manipuladas de tal maneira que permite ao “cheater” ou ao casino saber ou predizer a sequência de certas denominações. No jogos da “roullette” e de “craps” o ludíbrio e a decepção ocorrem com o uso de “dice” ou dados previamente programados para darem a vantagem ao casino ou ao “cheater”. Nem o mundo do desporto escapa às garras do “gambling”. Acrescente-se apenas a não-infrequente manobra de se dopar cavalos de corrida, ou de um boxista ser forçado a aceitar a artimanha de “take a dive” ou, em outras palavras, de se deixar cair ou bater no encontro, permitindo assim aos impostores que “apostaram” no desfecho da luta ganhar elevadas somas.

“Cheating” em Relacionamentos Pessoais Com a possível excepção de algumas subculturas poliamorosas ou permissivas, e de culturas onde a poligamia é ainda praticada, --- e a exclusividade amatória, sexual ou afectiva, não é pré-requisito, ---, em relacionamentos amorosos, normalmente a tendência monogâmica predomina, sendo as expectativas de exclusividade na demonstração de atenção, dedicação e amor consideradas deveres e obrigações mútuas, quer no âmbito conjugal, quer no âmbito de serio namoro. Nestes contextos culturais, “cheating” ocorre quando o relacionamento amoroso é perturbado ou abalado, intencionalmente, por atitudes ou por actos de infidelidade que, em situações conjugais, pode culminar em adultério. Embora os contextos de infidelidade variem segundo os declarados ou implícitos entendimentos e as expectativas do respectivo par, a realidade é que a infidelidade --física, emocional, verbal, abusiva ou por omissão --- muitas vezes resulta na eventual destruição de relacionamentos amorosos, conjugais ou de caracter namoratório. E é com grande frequência conducente ao divórcio. Como o confirmam os inumeráveis estudos feitos através dos tempos em muitos países, quase todos os divórcios são causados por uma ou mais formas de infidelidade, sendo o adultério a mais comum. O analista Frank Pittman, baseado na sua longa experiência de terapeuta, diz-nos que 65% dos casos de adultério resultam em divórcio. As consequências do divorcio são sobejamente conhecidas: não só arruinam e desmancham casamentos, como também devastam famílias e ocasionam grandes prejuízos sociais, económicos, emocionais,

psicológicos e espirituais. Realce-se que,--- referindo-se a recentes abusos e escândalos provocados pelo uso abusivo da Internet por muitos dos seus viciados,--- vários sociólogos e psicólogos nacionais e internacionais opinam que numerosos divórcios têm a sua origem precisamente nesse desenfreado uso abusivo. Segundo a conhecida jornalista brasileira Daniela Pinheiro, “a Internet criou uma nova maneira de ser infiel: começa com mensagens, evolui para confidências, logo entra no reino das fantasias sexuais. Quando menos se espera, o marido ou a mulher já estão teclando sem parar com um desconhecido. Mesmo que nunca se transfira para a vida real, a traição machuca do mesmo jeito” ... “Qualquer envolvimento emocional mesmo sem contacto físico é definido como infidelidade”, conclui a escritora. “Cheating” e corrupção nas esferas corporativas A medonha crise económica e financeira, que agora abala e aflige muitas nações espalhadas pelo nosso globo terráqueo, pela sua extensão e magnitude, bem como pelos complicados e excruciantes problemas que apresenta e lega às gerações contemporâneas e vindouras, é sem precedentes na longa e muitas vezes conturbada história da Humanidade. Uma das causas fundamentais desta caótica situação é, sem dúvida alguma, a enormidade da complexa e abusiva corrupção que se alastrou pelo mundo, e sobretudo pelos denominados países industrializados. Para ilustrar este ponto, aqui se reproduz o depoimento de Hans-Ludwig Zachert, director da Agência Federal Alemã de Investigação Criminal, o qual assevera que a corrupção no seu país não é rara, mas, pelo contrário, é já verificada em todos os sectores da vida germânica. Nas suas próprias palavras: “Não obstante apologistas governamentais possam dizer o contrário, a ocorrência da corrupção nos sectores públicos não é infrequente, mas acontece diariamente na Alemanha”. Esses casos de corrupção contam-se aos milhares, frisa ele, acrescentando ainda que quem mais lucra com estas violações ilegais e criminosas são as organizações que, com a colaboração, explícita ou implícita, dos serviços públicos, que partilham dos lucros, obtêm enorme influência nos meios oficiais a todos os níveis ao ponto de não haver nenhum sector ilibado de culpa e corrupção no sistema alemão, conclui Zachert. Não só na industrializada Alemanha e em outras nações europeias, como a França, a Itália, a Bélgica, Portugal, a Espanha, a Holanda, a Inglaterra e a Rússia, e nos poderosos sistemas económicos da China e do Japão no vasto continente asiático, a corrupção e a praga do “cheating” económico, financeiro e político campeiam desenfreadas. Outras nações, dentro e fora do orbe industrializado, também têm sido abaladas por grandes e frequentes incidentes de escandalosa corrupção. Conclui na pag. 11

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COLABORAÇÃO

Comunidades do Sul

Fernando Dutra

15 de Junho de 2009

Torneio de Futebol de Artesia

O

tradicional torneio de futebol realizado anualmente pelo Artesia D.E.S., este ano foi levado a efeito nos dias 23 e 24 de Maio. Durante a semana houve eventos desportivos com campeonatos de ping-pong, sueca e dominó. As actividades desportivas terminaram na segunda-feira, Memorial Day, com um torneio de volleyball. Este torneio, conhecido pela festa da bola, teve início no Sábado, com o sorteio pelas oito horas da manhã, pelas nove horas houve o desfile das dez equipas, árbitros, rainhas e respectivas aias, directores, repressentantes da cidade, filarmónica e público em geral. Tomaram parte neste torneio as seguintes equipas: Artesia D.E.S., Artesia D.E.S. reservas, F. C. Portugal de San Diego, P.C.C. de Half Moon Bay, Azoreanos de Turlock, Tulare Angrense, Santa Maria Futebol Club, Club Sport Maritimo de Santa Clara, Azoriano de Escalon e F.C. Chino D.E.S.. Após dois dias contínuos a jogar futebol, sem graves problemas para jogadores e árbitros, apenas imensa canseira, o torneio terminou no Domingo, cerca das sete horas, tempo que todos ansiavam para um bom banho e um excelente jantar. Depois de todas aquelas horas de futebol, ficaram apurados para o jogo final o F.C. Portugal de San Diego e o P.C.C. de Half Moon

O P.C.C. de Half Moon Bay, vencedor do Torneio de Artesia

Bay. Foi uma final muito bem disputada, com clara evidencia de muito cansaço, no entanto mais notado na equipa de San Diego. Já no intervalo era prevista a vitória do clube do Norte, e com o passar do tempo o Half Moon Bay foi tomando controle e comando do jogo e terminou com uma merecida vitória de 6-0. As equipas ficaram classificadas da seguinte maneira: 1- P. C.C. de Half Moon Bay, 2- F.C. Portugal de San Diego,

3- Santa Marlia F. Club, 4- Club S. Maritimo de Santa Clara, 5- Artesia D.E.S., 6- Azoreanos de Turlock, 7- Artesia D.E.S. reservas, 8- Tulare Angrense, 9- F.C. Chino D.E.S., 10- Azoreanos de Escalon. Ainda fazendo parte do início do torneio, com todas as equipas formadas em frente a tribuna, os capitães das equipas, arbitros e directores, receberam ramos de

flores, entregues pelas rainhas e aias. Antonio Martins interpretou o Hino Nacional Americano, David Costa, o Hino Portugues e a Filarmónica, o Hino da Sociedade. O Presidente da Sociedade Ercílio Cardoso, dirigiu algumas palavras a todos os presentes e desejou um agradável espectaculo desportivo. Todos os dias houve serões dançantes muito animados, mas não aconselhados para atletas, nomeadamente de futebol. No Sábado houve tourada com toiros da ganadaria de Candido Costa e na segunda-feira houve vacada. Até esta data tudo tem corrido bem com as touradas, desta vez, durante o intervalo um desconhecido violou o sítio onde são guardados as bandarilhas, agarrou cerca de uma

dúzia e ao abandonar o recinto, não obedeceu as ordens do director para abandonar os artigos retirados sem autorização, o que deveria ser considerado roubo. Foi necessário chamar a Polícia e esta depois do sujeito se identificar, autorizou-o a levar os ferros. No Domingo estiveram estacionados em frente à sociedade, cinco estações de televisão de Los Angeles e seis carros da Policia. A missão seria filmar entrevistas, mas não foram autorizadas, falou apenas o Vice-Presidente Tony Martins e seu irmão João Martins, vereador e ex-mayor da Cidade, que deram explicações relacionadas com o supracitado. Agora é aguardar qualquer despacho judicial com as respectivas consequências. Estão de parabéns o P.C.C. de Half Moon Bay, campeões do torneio e a Direcção do Artesia D.E.S. pelo magnífico programa elaborado e os êxitos obtidos.

F.C. Porugal de San Diego - honroso segundo lugar Embaixo: desfile das equipas

David Costa cantando o Hino Nacional de Portugal

COLABORAÇÃO

Temas de Agropecuária

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Quais são as opções que restam?

Egídio Almeida [email protected]

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epois de várias meses de turbulência financeira na agropecuária e uma série de notícias de primeira página na comunicação social local, parece-nos oportuno trazer aos nossos leitores do TRIBUNA opiniões de alguns considerados (peritos) nesta industria com ideias diferentes Os produtores de leite da California, tem por tempo indeterminado sido um cavalo de cor diferente. Por muitas décadas tem sido orgulhosos em construirem um império na produção de leite nunca igualado em qualquer parte da Nação ou do globo. Eles aperfeiçoaram o modelo da produção de leite em larga escala, enviando a produção de cereais e forragens para os Estados vizinhos, para se poderem dedicar apenas na produção de leite e ordenhar mais vacas. Usando de “State Marketing Order” para preços mais baixos dos mercados nacionais e trazer capacidade de processar leite para a Costa Oeste dos Estados Unidos, estando práticamente isolados do resto da Nação, mas como diz o ditado, nada na vida dura para sempre e os tempos estão mudando. As paredes que utilizaram para se proteger do resto do País estão vagarosamente derrubando, grandes explorações e fábricas de transformação estão sendo construídas fora das fron-

teiras da California pela simples e especifica razão de explorar as ordens Estaduais da California, que é legalmente incapaz de regular o Comercio Entre-Estados “Interstate Commerce”. O Departamento da Agricultura da California (CDFA) reconhece esta vulnerabilidade e clarificou que não vai ficar sem acção, enquanto o mercado da classe I está a ser roubado por produtores de fora do Estado, e aparentemente está usando a única decisão conscienciosa ao seu alcance, que é baixar a classe I da California até que não seja economicamente viável importar leite dos Estados vizinhos. Para os produtores da California isto quer dizer que os dinheiros normalmente recebidos pela classe I e distribuidos pelo” Pool” para todos os produtores desapareceram, e isto são milhões de dólares. E aconteceu numa altura em que os custos de produzir leite na California continuam aumentando e deixaram de ter vantagens sobre outros Estados, práticamente impossível para competir com Estados tais como, Texas, New Mexico e Idaho. Quais são as opções que restam a industria? Continuar a vender leite por preços muito áquem dos custos de produção, enquanto que os retalhistas a pouco e pouco vão ficando milionários, porque esses normalmente não baixam significamente os precos, ou ex-

ploramos a possibilidade de uma “California Federal Marketing Order”? Por largos anos a chefia deste Estado, e os representantes da industria tem sido contrários a esse movimento. As razões apresentadas são muitas e diversas, mas a conclusão geral de todas elas acaba por ser sentimental. Há um indiscutível orgulho nos dirigentes desta industria sobre a independência da California, mesmo quando aparentemente lhes custou o preço da classe I. Segundo alguns analistas agora não é tempo para emoções. No ano passado a industria experimentou uma enorme ruptura, sem precedentes no mercado ordeiro da California. Não só a produção excedeu a capacidade de fabrico dos produtos do leite ao ponto de não haver solução, e se ter perdido quantidades de leite, ao mesmo tempo que uma nova fabrica, construida em Nevada para a possibilidade de captar a classe I na California, começava a operar. As acções destas fabricas no mercado bem assim como o potencial de outras em Nevada, Arizona e Oregon continuam a pôr uma tremenda pressão para baixa de preços na California para os distribuidores de leite liquido, estes também estão sentindo o intenso calor das baixas do mercado. Este infelizmente não é um problema novo, em décadas passadas havia uma quantidade de ordens Estaduais no Leste dos Estados Unidos, iguais ou semelhantes à da California, mas tal como esta,

não conseguiram controlar o leite dentro das suas fronteiras de Estado, e para solucionar o problema estabeleceram o programa das ordens Federais (FMMO). A pergunta mais frequente é como resolver o problema do sistema de quota da California numa possivel transição da corrente Ordem Estadual para as ordens Federais? A Lei da Agricultura de 1996 incluiu previsões que tinham autorizado a California a ser parte das Ordens Federais e manter o seu sistema de quota intacto. A California ignorou essa e outras ofertas que já expiraram, mas não quer dizer que o Con-

Cheating

(conclusão da página 9) Na realidade, a corrupção é agora universal, sem fronteiras e sem limites! Por outras palavras, usando o favorito termo das corporações multinacionais, a corrupção e o corruptivo “cheating” parte do mundo a corrupção e o omnímodo “cheating” atingiram os níveis verificados aqui nos Estados Unidos da América, que costumavam apregoar-se os autênticos padrões de integridade e honestidade para o resto do mundo... A tendência, e talvez a filosofia, de certas corporações, sobretudo de várias das maiores e multinacionais, tem sido a ambição megalomaníaca de poder mediante programada, sistemática e desmedida ganância de imensos lucros financeiros.

gresso não estivesse inclinado a repetir a oferta. Isto nao é um editorial, a nossa opinião pessoal não esta aqui em jogo, mas é um outro lado da agropecuaria que raras vezes é oferecida como alternativa aos dificeis caminhos que a industria da California está percorrendo. Iniciativas radicais no passado têm provado ser contra-produtivas e não são aconselháveis, numa altura em que a crise financeira que atravessamos ultrapassa fronteiras industriais e internacionais.

Com estes dois primários objectivos, essas corporações, abusando do seu poder, estendem os seus tentáculos pelos sectores mais influentes, sufocando pouco a pouco indesejáveis competidores tais como pequenos negócios, e absorvendo, ou eliminando, os de maior estatura que as queiram confrontar. Os eventuais resultados não têm sido positivos, como já o corroboram os vergonhosos escândalos de muitas instituições financeiras e bancárias, bem como várias das maiores indústrias de diversos países, agora mergulhados em águas escaldantes....Certas corporações têm conseguido influenciar e manipular governos!.. E mais se poderia dizer de outros tipos de “cheating”....

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FESTAS

15 de Junho de 2009

111° Festa Anual do Divino Espírito Santo Promovida pelo Conselho Hayward N° 14 I.D.E.S. 1105 “C” Street, Hayward, CA. 94541

Junho 20 e 21, 2009

COMISSÃO

Presidente, Manuel Costa; Vice-President, Roger Brum; Secretario, Joe Menezes; Tesoureiro, João Soares; Marshal, José Cardoso; e todos os Oficiais e Directores do Conselho No. 14: Manual Tavares, Orlando Tavares, Jaime Dias, Ofélia Garcia, Tiberio Garcia, Antonio Bernardo, Alvarina Bernardo, Tony Furtado; Maria T. Mauricio, Luis Alexandre. Esq: Presidente Manuel Costa Dir: Santa Isabel, Jessica Menezes Senior Queen - Emily Garcia, aias Simone Allenbach, Sierra Loura Little Queen - Melissa da Rosa, aias Breanna da Rosa, Shayla da Rosa.

PROGRAMA DA FESTA Recitação do Terço - Diáriamente dos dias 15 até 19 de Junho, na Capela da I.D.E.S., 1105 “C” Street, Hayward, pelas 7:30 da noite.

Sábado, 20 de Junho 7:45 p.m. - Procissão da Capela até à Igreja de Todos os Santos, acompanhada pela Filarmónica Artista Amadora de San Leandro. Na Igreja as Rainhas do ano passado entregão as suas Coroas às Rainhas deste ano. 9:00 p.m. até a 1 a.m. - Dança com Gilberto Amaral 10:00 p.m. - Apresentaçáo das Rainhas, Pais, e Comissão do I.D.E.S.

Domingo, 21 de Junho 11:00 a.m. -Formação da Parada, incluindo as Rainhas antigas e Presidentes em comemoração da Fundação e Primeira Festa em Louvor as Divino Espirito Santo há 111 anos (1898). A Parada de irmandades visitantes será acompanhada pela 2 Filarmónicas Portuguesas: Sociedade Filarmonica Uniao Popular de San Jose, e Filarmonica Artista Amadora de San Leandro. 12:30 p.m.—Missa na Igreja de Todos os Santos pelo Rev. Antonio dos Reis, com a presença do Coro Português da nossa área. Sopas e Carne, o nossa tradicional jantar, será servido a todos, Leilão das Ofertas durante a tarde. 5:00 p.m. às 9:00 p.m.-Dança com Gilberto Amaral

1600 Colorado Avenue Turlock, CA 95382 Telefone 209-634-9069

FESTAS

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I.E.S. of San José 95 Anos de Celebração ao Divino Espírito Santo 26, 27 e 28 de Junho de 2009

Presidente Henrique e Elizabeth Oliveira Irmandade do Espírito Santo de San José 1401 E Santa Clara Street San Jose, CA 95116 408-294-6343 PROGRAMA Sexta-feira, 26 de Junho 7:30 pm 9:00 pm

Rosário na Capela em frente ao IES Hall Baile em frente ao Hall com O Progresso

Senior Queen Ashley Meneses, aias Frankie Crabtree e Kylee Gonzalez Junior Queen Jessica Oliveira, aias Joclynn Souto e Alyssa Torres Small Queen April Marie de Rosa, aias Natalai Fulga e Kaeli Ulick

Sábado, 27 de Junho 5:00 pm

Missa campal em frente à Capela do IES, com partici- pação do Grupo Coral “Saudades da Terra”. 6:30 pm Grupo Folclórico Mar Alto, de Turlock 7:00 pm Grupo Folclórico Tempos de Outrora, San José 7:30 pm Espectáculo com Mauricio Morais, vindo de Massachussetts 9:30 pm Cantoria no Salão principal, com António Azevedo, de Hilmar; Carlos Nunes, de Merced; Vital Marcelino, de Delhi e José Ribeiro, de Modesto, acompanhados por Jorge Reis e Manuel Mendes. 9:30 pm Dança com o Conjunto Rapaziada 10:00 pm Apresentação das Rainhas 2008-2009 10:10 pm Apresentação das Rainhas 2009-2010

Domingo, 28 de Junho 10:00 am 11:00 am 12:00 pm 1:30 pm 1:45 pm 2:00 pm 2:45 pm 3:30 pm 4:30 pm

Formação da Parada em frente ao Salão do IES Tradicionais Sopas do Espírito Santo Missa na Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas com participação dos Coros da mesma Igreja Volta à Capela do IES, distribuição de Esmolas e Tocada do Hino do Espírito Santo Benção das Tradicionais Rosquilhas do IES Concerto pela Banda Portuguesa de San José Concerto pela Filarmónica União Portuguesa de Santa Clara Arrematações Grupo Movimento Cultural Anahuac

5:00 pm 5:00 pm 5:00 pm 5:45 pm



Concerto pela Filarmónica União Popular de San José Dança com Chico Avila no Salão Distribuição das Tradicionais Rosquilhas do IES de San José Concerto pela Filarmónica Nova Aliança de San José Durante estes dias de festividade, haverá variedades de comidas, bebidas, quermesse e arrematações Diáriamente pelas 7:30 pm será rezado o Terço que começou a 24 de Maio

Desde já agradecemos a todos o seu auxílio, donativos, como igualmente serviços prestados. O nosso muito obrigado. Com cumprimentos, Henrique Oliveira, Presidente e respectiva Direcção Vice-Presidente, Joe e Jennifer Goulart Secretaria, Marie e Lino Bettencourt Tesoureira, Anna e Leo Gonzalez Marechal, Joe e Maria Lopes Directores, Manuel e Fatima Avila Lino e Marie Bettencourt Jorge e Lidia Rosa Joe e Mary Meneses Luis e Josefina Rosa



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FESTAS

15 de Junho de 2009

Modesto - do Bodo de Leite à Coroação Os tempos vão mudando e hoje em dia já vemos Presidentes das nossas festas que mal falam Português, o que não tem nada de mal. É o sinal dos tempos e o futuro vai ser assim. O importante é que se consiga manter as nossas tradições. A Língua vaise internacionalizar e não vem nenhuma desgraça ao mundo quando isso acontecer. O importante é que as pessoas não desistam da sua relação com o Espirito Santo e com a festa, só porque este ou aquele já não fala Português. Temos que dar a volta a este sentimento que já está a invadir as nossas festas a pouco e pouco. Pensem no grande exemplo do Hawaii e o resto virá por encomenda. A Festa de Modesto é sempre bem preprada para que todos se sintam à vontade e se revejam na tradição que já era dos seus pais e avós. Este ano, o Bodo de Leite não foi tanto concorrido como em anos anteriores, mas a Coroação estava muito bonita e participada. Passar pela baixa de qualquer cidade desperta sempre a curiosadade das pessoas, o que é bom sinal. Continuamos a não compreender a razão porque se pára em frente ao edificio da Câmara de Modesto. Espirito Santo e politica é como a água e o azeite. Nunca se misturam.

Aspectos do Bodo de Leite com o carro alegorico de Santa Maria a dar nas vistas. Os cantadores Jose Ribeiro, Vital, Adelino e Manuel Santos sempre prontos a servir

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FESTAS

15 de Junho de 2009

Modesto em dia de festa

Linda e Joe Sousa, Past President; Raechel e Joseph Bairos, Presidente, Vice-Presidente Julio e Judy Teixeira

Monsenhor Ivo Rocha e Padres Ramon e Dutra

Aia Kylie Costa, Rainha Grande Lynzie Bairos, aia Stephanie Brasil Aia Inês Bettencourt, Rainha Pequena Ana Bettencourt, aia Julia Hunt

Igreja de Santo Stanislaus de Modesto, onde se realizou a Missa e a Coroação

Azorean Band of Escalon

Fotos de Jorge Avila “Yauca”

FESTAS

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Festa de Turlock em Louvor ao Divino Turlock vestiu-se mais uma vez de gala para louvar o Espirito Santo. A festa começou na Sexta-feira com uma noite muito agradável de fados - Jesualda Ferreira, Chico Avila e Piedade Fernandes, acompanhados por Chico Avila, Manuel Escobar e João Cardadeiro. No Sábado e depois do Terço, houve animada cantoria com José Plácido, José Borges, Manuel dos Santos, Adelino Toledo e José Ribeiro, acompanhados por Victor Reis, Dimas Toledo, Manuel Avila e George Reis. No Domingo a bonita parada desfilou pela baixa da Cidade até à Igreja, onde foi rezada Missa pelo Monsenhor Ivo Rocha. As Sopas estiveram a condizer com a beleza da festa. Até para o ano. Past President Arlindo e Selicia Aguiar; Maria e António Mendes, Presidente; Diana e Tony Diniz, Vice-Presidente

Presidente e Vice Presidente beijam a Pomba, simbolo do Espirito Santo antes de as entregar às Rainhas

Aia Daly Cheek, Rainha Pequena Alyce Silva e aia Makena Sousa

Aia Cristina Reis, Rainha Grande Lauren Borges, aia Stephanie Gomes A capa da Rainha era muito bonita, como se pode ver na foto Embaixo: aspectos das Rainhas a serem coroadas por Monsehor Ivo Rocha, na bonita Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Turlock

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15 de Junho de 2009

Em Turlock também houve Fado

Em pé - Tony e Diana Diniz; Jesualda Azevedo, Piedade Fernandes, Maria e António Mendes. Sentados - Chico Avila, Manuel Escobar e João Cardadeiro Embaixo - Rainha Santa Isabel, a menos fotografada em todas as festas

Por detrás de uma boa festa, uma grande equipa de cozinheiros - a familia Olsen

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COMUNIDADE

15 de Junho de 2009

Características do Folclore Português Em busca de uma explicação mais erudita da origem e conceito do “folclore” vim a encontrar este excerto que transmito por considerar de importância para o meu tema de hoje. Por isso com a devida consideração transcrevo: “Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. Todos os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções. Para se determinar se um acontecimento é folclórico, ele deve apresentar as seguintes características: a) Tradicionalidade: vem se transmitindo geracionalmente; b) Oralidade: é transmitido pela palavra falada; c) Anonimato: não tem autoria; d) Funcionalidade: existe uma razão para o facto acontecer; e) Aceitação colectiva: há uma identificação de todos com o facto; f) Vulgaridade: acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites; g) Espontaneidade: não pode ser oficial nem institucionalizado. As manifestações folclóricas são: músicas, danças, usos e costumes, artesanato, crendices, superstições, festas, jogos, lendas, religiosidade, brincadeiras infantis, provérbios, mitos, adivinhações e outras actividades culturais que nasceram e se desenvolveram com o povo.” Neste minha assertação, quero abordar o tema Características do Folclore Português na Califórnia e a sua manifestação mais geral que é a realização anual do Festival, com a participação de vários grupos Californianos. Os portugueses residentes nas diversas partes do mundo parecem vibrar mais intensamente com tudo o que é Português do que pròpriamente os portugueses residentes em Portugal, sejam nos Açores, na Madeira ou no Continente. A Califórnia ocupa um lugar privilegiado na diáspora lusa com toda uma série de manifestações portuguesas sejam em celebrações religiosas como também em manifestações sócio-e-culturais. - O Festival das Filarmónicas Portuguesas (um total de 14) na Califórnia, este ano celebrando o 5º. aniversário, é um exemplo vivo de que a música na verdade une os portugueses. - O Festival de Folclore Português, já no seu 26º. aniversário, tem sido uma tentativa de trazer até nós um aroma e um sabor do nosso torrão natal. É sobre este assunto que quero expandir: - O folclore necessita de ser visto não só como um acontecimento de socialização entre os portugueses, mas também e so-

bretudo com o seu aspecto informativo da cultura bem popular que demarca as diferentes regiões. Além disso, também tem um papel informativo e formativo das novas gerações ligando-as à ‘cultura’ de origem. Pimeiramente, fica desde já aqui presente a minha sugestão Além de continuar a difundir o folclore já existente das várias localidades dos Açores, da Madeira e do Continente, poderá cada grupo sentir que tem o direito e a autoridade de representar a vivência dos portugueses nas regiões onde actualmente vivem e consequentemente criar folclore genuíno daqui na Califórnia? Quero com isto perguntar se poderá ser perfeitamente aceitável se por exemplo o Grupo Cultural Português Recordando Portugal de Chino tencionar criar uma manifestação sócio-cultural que fale da vivência dos portugueses nesta ârea de Chino, na letra que interpretarem, na música que tocarem, nos instrumentos musicais que usarem, no movimento das danças que actuarem e nos trajes que representarem? - Este será um tema interessante para futura dissertação Hoje quero principalmente apresentar as manifestações do Folclore Português, interpretado e vivio pelos grupos luso-californianos. Todos nós sabemos que o folclore é uma celebração e vivência de uma cultura popular regional e por isso específica e demonstrativa de usos e costumes, de tradições e do modo de viver de um povo unificado por essa necessidade e desejo de partilhar e promover esta vivência. Informar e explicar estas demonstrações torna-se etapa crítica na divulgação apropriada A difusão do Folclore tem sido conseguido com êxito durantes todos estes anos) procurando reflectir com fidelidade as tradições da regiões que se representa – e neste aspecto a recentemente formada Associação (Portuguese Folklore Association of California) parece tentar garantir uma maior aproximação. Evidentemente, estas celebrações mesmo que únicas e peculiares a uma determinada região não são exclusivas, pois existem muitos pontos em comum entre as várias regiões. Como é do conhecimento geral, existem vários elementos demarcantes nos diversos grupos foclóricos, mas eu gostaria de realçar vários aspectos integrantes e presentes em quase todos eles, abraçados pela Língua Portuguesa como o elo de ligação às nossas origens Há os elementos visuais (trajes regionais, instrumentos musicais, artefactos e utensílios) que imediatamente captam a atenção e existem também outras facetas de exibi-

ção (música, letra, cantares e danças) que fazem parte dessa manifestação. E a minha sugestão fica aqui gravada para que durante o festival cada grupo explique brevemente estas características existentes em cada grupo. 1. Os Trajes Regionais Sem dúvida, os trajes regionais são o primeiro indicativo da região que se representa, com os seus variados e as suas cores diversas Seria pois ponto obrigatório que durante o festival cada grupo explique o traje do seu grupo como representativo do típico traje regional da ârea representada. 2. Os Instrumentos Musicais Estes são tão demarcantes de cada região como os trajes, sendo por exemplo a concertina um símbolo minhoto, como as violas um instrumento comum, e como tal deveriam ser mencionados também durante a actuação de cada grupo. 3. Artefactos e Utensilios Também imediatamente visíveis e característicos de cada região são os artefactos e utensílios regionais usados no trabalho. Quero realçar o Grupo Folclórico Tempos de Outrora de San Jose que se apresentou a primor no último Festival de Folclore, realizado em Artesia – Parabéns! 4. Letra, Cantares & Vozes Poder entender a letra de cada cantiga e apreciar as vozes e cantares inerentes a cada dança é algo que enche o coração de saudade e a alma de regozijo. Perfeitamente aceitável se cada grupo decidir mencionar o tema principal da letra

5. Música A vivacidade ou lentidão… a alegria ou nostalgia das músicas interpretadas são também características da região. 6. Danças Os movimentos das danças com as suas voltas ou cruzamentos, a sincronizacao de pares são aspectos peculiares a cada região mesmo se se tratar da mesma dança e por isso exigência para ser devidamente informado. Explicar, esclarecer, informar e instruir todos os presentes acerca do típico de cada grupo deveria ser oficialmente encorajado durante o Festival de Folclore, ou pelo menos, deveria ser incluído na breve descrição de cada grupo no Programa do Festival. Façamos pois cada festival uma manifestação viva e genuína em cada ano, com o intuito informativo e formativo para todos os presentes - De louvar a coragem e o saber do Grupo Cultural Português Recordando Portugal de Chino ao apresentar no último festival realizado em Artesia algo diferente, único, informativo e formativo para que as pessoas presentes pudesem compreender e assim mais plenamente admirar as características de cada dança apresentada – Parabéns!

Manuel A. De Faria

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DESPORTO

15 de Junho de 2009

Transferência Milionária - 93 milhões de euros

Ronaldo vai para o real madrid O Manchester United aceitou a proposta recorde de quase 94 milhões de euros do Real Madrid para adquirir o futebolista português Cristiano Ronaldo, que se tornará o jogador mais caro da história do futebol. ‘O Manchester United recebeu uma oferta recorde de 80 milhões de libras (94 milhões de euros) do Real Madrid pelo Cristiano Ronaldo. A pedido do Cristiano - que voltou a expressar o desejo de sair - e depois de conversações com os seus representantes, o United concordou em permitir ao Real Madrid que negoceie com o jogador’, pode ler-se no comunicado no site do Man.United. Na nota aos adeptos do United é feita referência que o negócio deverá estar concluído até dia 30 de Junho. A confirmar-se esta será a maior transferência da história do futebol, ultrapassando a de Ziinedine Zidane da Juventus para o Real e que na altura custou 76 milhões de euros, em 2001. Caso se concretize o negócio, Cristiano Ronaldo pode render aos cofres do Sporting cerca de três milhões de euros correspondente à percentagem pela formação do atleta.

Reacções

10 Transferências mais caras no Futebol 1. Cristiano Ronaldo (Por), do Manchester Unitedpara o Real Madrid (2009): 93 milhões de euros. 2. Zinedine Zidane (Fra), da Juventus para o Real Madrid (2001): 75 milhões de euros. 3. Kaka (Bra), do AC Milan para o Real Madrid (2009): 65 milhões de euros. 4. Luís Figo (Por), do Barcelona para o Real Madrid (2000): 61 milhões de euros. 5. Hernan Crespo (Arg), do Parma para a Lázio Roma (2000): 56 milhões de euros. 6. Gaizka Mendieta (Esp), do Valência para a Lázio (2001): milhões de euros. 7. Rio Ferdinand (Ing), do Leeds United para o Manchester United (2002): 47 milhões de euros. 8. Andrei Shevchenko (Ucr), do AC Milan para o Chelsea (2006): 46 milhões de euros. 9. Juan Sebastian Veron (Arg), da Lázio Roma para o Manchester United (2001): 46 milhões de euros. 10. Ronaldo (BRA), do Inter Milão para o Real Madrid (2002): 45 milhões de euros.

“Estou feliz pelo Cristiano Ronaldo, que vai entrar na história como o jogador mais caro”, Deco jogador do Chelsea “Com estes grandes jogadores vamos precisar de ser humildes o suficiente para correr dentro do campo e sermos uma equipa unida”, Pepe jogador do Real Madrid.

In CM

Derlei sai do Sporting Djalma no Benfica

A Sporting SAD enaltece as qualidades pessoais e profissionais reveladas por Derlei ao longo dos dois anos em que vestiu a camisola do Sporting e deseja-lhe as maiores felicidades.” Chegou assim ao fim a ligação entre o avançado e os leões, tal como o Correio da Manhã adiantou na última semana. O clube anunciou ontem, através do seu site, a saída do jogador de 33 anos. Paulo

Bento e José Eduardo Bettencourt desejavam a sua permanência no plantel, mas Derlei não foi sensível aos apelos. O CM apurou que na proposta, apresentada ‘logo a seguir ao último jogo’, os leões pretendiam reduzir o salário de Derlei, na ordem dos 50 mil euros, mas o luso-brasileiro foi inflexível. As eleições, realizadas no dia 5, atrasaram o processo, mas foram as divergências financeiras a provocar a ruptura. Após ter ponderado o fim da carreira, Derlei mostra-se agora disposto a jogar mais um ano e tem convites de Brasil e Médio Oriente. A sua saída abre portas aos possíveis regressos de Carlos Saleiro e Rui Fonte, mas o Sporting deverá tentar contratar mais um avançado. in CM

O extremo angolano do Marítimo Djalma está muito perto de tornar-se jogador do Benfica. O futebolista, de 22 anos, é muito apreciado por Jorge Jesus, que tentou levá-lo para Braga no início da época passada e foi indicado pelo próprio ao clube encarnado, na esperança de trabalharem juntos neste ano. Ao Marítimo já chegou uma proposta concreta a rondar os dois milhões de euros (cláusula é de quatro milhões) que prevê ainda a inclusão de dois jogadores, cedidos a título de empréstimo pelo clube da Luz. Djalma é internacional A angolano e destacou-se na última época ao serviço do Marítimo (seis golos em 26 jogos). Tido como sendo um jogador pouco disciplinado – foi, inclusive, afastado dos trabalhos da selecção por Manuel José, por ter che-

gado quatro horas atrasado ao estágio que se realiza no Algarve. Djalma não é caso único que comprova que Jesus já trabalha para os encarnados tendo em vista a próxima época. Tixier, ex- jogador de Jesus na U. Leiria, admitiu ontem à Antena 1 que o técnico já sondou o seu empresário . “Seria um sonho jogar no Benfica”, disse o lateral-esquerdo, de 28 anos. in CM

Cissokho no Lyon O Lyon definiu Cissokho como uma prioridade para a nova temporada e deve subir nos próximos dias a proposta de dez milhões de euros já apresentada ao FC Porto. A imprensa francesa avança que as boas relações entre o tetracampeão nacional e o Lyon deverão conduzir a um acordo pelo lateral gaulês por uma verba de cerca de 13 milhões de euros, negócio que estará concluído até ao fim-de-semana. Lisandro é também uma forte possibilidade para o Lyon, mas só a saída de Karim Benzema para um colosso europeu permitirá atacar o argentino.

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Casal Mendes - Rosé e Branco $1.99

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TAUROMAQUIA

15 de Junho de 2009

Afinal quem é que nos protege das invasões?

Quarto Tércio

José Ávila [email protected]

Enfio o meu chapéu até aos pés, quando

vejo a Polícia presente na Praça de Thornton a não responder devidamente à invasão de propriedade privada, dando azo a casos que nunca deveriam ter acontecido, caso eles tivessem parado em devido tempo o activista da ACI. Este activista, o único direito constitucional que tem é de pagar $20.00, sentarse na bancada e se não gostar do que vê, protestar de viva voz, como nós fazemos quando vemos penalties mal marcados no futebol. Ele não tem o direito de invadir a trincheira, nem de entrar na arena, nem sequer entrar no espaço reservado aos cavaleiros e aos toiros. A Polícia deveria ter feito o seu papel e tudo o resto (prisão de dois jovens) nunca teria acontecido.

Enfio o meu chapéu até ao umbigo

O que é que faz este activista a correr na Praça de Thornton? Onde é que estava a Polícia que não o expulsou quando ele saltou das bancadas para a trincheira? Invadir propriedade privada ainda é crime neste País. Será que este activista vai aos rodeos, à caca dos javalis, à caca dos bisontes, dos ursos, dos veados, etc. e faz a mesma coisa? Meu caro activista, não seja hipócrita.

Você ja viu a beleza de uma faena? Já viu a beleza de um toiro a ser lidado por um cavaleiro? Você ja viu a beleza e a elegância de uma pega? Se não houvesse corridas de toiros, este lindo animal já estava extinto há muitos anos. Você já apreciou como o toiro é tratado durante toda a sua vida? Já apreciou o amor que os ganaderos tem por eles? Pense antes de agir. Você pode vir com todas as fardas que quiser, pode ter todos os distintivos que quiser, mas nunca poderá invadir propriedade alheia. Alguns tem-lhe facilitado a vida, mas isso já acabou. A beleza da Festa Brava está muito além da vossa compreensão. Leia muito sobre a festa e poderá até ficar aficionado. Quem sabe? Não era o primeiro.

Leia Ernest Hemingway, página a página, parágrafo a parágrafo, palavra a palavra e sinta-se apaixonado como ele se sentiu. Foi este grande escritor americano que colocou a America no mapa, como um dos Países mais apaixonados pela Festa Brava. Leia também Kenneth Tynan, John McCormick, Leslie Charteris, Barnaby Conrad, Eamonn O’Neil, James F. Dwyer, Rex Smith, Vincente J-R Kahoe, Larry Collins, James Michener, Edward Lewine, para não falar nos milhares de autores de língua espanhola e portuguesa. Se não encontar livros destes autores americanos, eu posso emprestá-los. Tenho-os todos. Você sabe quantas Tertúlias Taurinas tem na America? Você nem sonha o número delas e nem eu lhe digo. Investigue e fale com eles. Convido-o a ir à Internet e ver as grandes obras artísticas de escritores, pintores, escultores, filósofos, que dedicaram parte da sua vida a compreenderem esta Festa Brava, que é bela, estonteante, apaixonante, inacreditável. Comprendo e aceito que hajam pessoas que, devido à sua educação, vivência, não conseguem compreender o mundo dos Toiros. É normal, e até nos Países mais taurinos, há muita gente que não compreende este fenómeno. A vida não é perfeita, nunca foi, nem nunca será. A vossa organização seria mais proveitosa se ajudasse a compreender melhor o mundo animal e o defendesse racionalmente. Por sorte e por amor, o toiro é o animal mais bem tratado à face da Terra. A vossa organizacao teria muito que aprender com a Festa Brava, se a tentasse compreender. Infelizmente a Festa Brava não é para todos.

Esta gravata preta ficará aqui até que as nossas organizações taurinas aprendam a devolver os bilhetes dos toiros depois dos porteiros os cortarem. O que acontece na California desde há anos, é que os patrocinadores pagam para que os seus serviços sejam publicitados nos bilhetes de toiros e depois mal se compram entrega-se ao porteiro, este fica com ele e no fim da corrida vai tudo para o lixo. Alguém pode compreender isto? Por lei, todo o cidadão, em qualquer país do mundo, tem direito a ter o seu recibo, mesmo que o bilhete seja oferecido.

Nao faremos mais críticas de Corridas de Toiros até que a nossa Comunidade Taurina acorde deste sonho mau que tem tido. Já estou a ficar farto desta brincadeira.

quando vejo que a organização da Corrida de Modesto deixou entrar este mesmo activista no terreno reservado aos cavaleiros e toiros na Praça de Stevinson. Porquê? Só porque ele vinha vestido com uma farda que me recordou a Legião Portuguesa? Assim não pode ser. Uns a puxarem para um lado e outros a puxarem para o outro .

Atiro o meu chapéu contra a parede,

irritado, chateado, quando, ao sair da Praça de Stevinson, no fim da Corrida da Festa de Turlock, vi um caixote de papelão cheio de bilhetes para irem para o lixo. Estamos todos tolos ou quê? Porque é que não deram os bilhetes aos seus verdadeiros donos? Porquê esta ideia de deitar para o lixo, bilhetes que custaram a fazer, quer a artistas, quer a patrocinadores? Em que País é que vivemos? Quem é que pára com esta idiotice? Já agora agradeço ao Tony Meirinho ter tentado mudar isso na Corrida de Modesto, mas o Presidente da Festa não gostou da ideia. Triste, muito triste, mesmo. Ainda por cima na Festa da minha cidade.

Tiro o meu chapéu pela maneira correcta como os oficiais do Animal Control visitaram o Rancho Los Acres em Stockton, onde se realizou um festival taurino. Assim se trabalha bem. Tiro o meu chapéu a todos aqueles que se tem interessado na defesa da nossa festa. Não é fácil, porque a incompreensão

pode ser atrevida e quando se mistura com a televisão, o caldo pode derramar em pouco tempo. Já tivemos exemplos deste tipo de acção. Devemos manter a cabeça fria e deixar a quem de direito tomar conta dos acontecimentos.

Fico com o meu chapéu no ar à espera de o atirar para o céu, quando souber dos triunfos das Sanjoaninas. A Terceira merece ter triunfos todos os dias em que hajam corridas de toiros.

Tiro o meu chapéu aos dois Grupos de Forcados de Turlock por terem decidido pegar juntos pela primeira vez. E muitas outras vezes acontecerão. A camaradagem, a galhardia e as casacas da forcadagem merecem um copo de bom vinho de saudação.

Fiquei com o meu chapéu meio fora meio dentro, quando vi que a organização da

Festa de Modesto decidiu reduzir o copo da cerveja (o que melhora a sua frescura), mas mantendo o mesmo preço. Ideia brilhante, mas um tanto atrevida. Tirem-lhe 50 cêntimos no preço e já falamos.

Tenho muita esperança que neste fim de

semana da festa de Stevinson, talvez possamos ver toda a gente com o seu bilhete na mão, a que têm direito. Será desta vez? Se for, é uma grande alegria para muita gente e pôr-nos-a em igualdade com todas as praças do mundo.

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Junho

VISITAS OFFICIAIS & OUTRAS ACTIVIDADES Junho de 2009 June 20: June 21: June 28:

6:00PM – Sacramento, Council #11 Tel: (916) 428-3883 Special Convention Tel: (209) 835-4341 Family Day Picnic Casa da Fruta (510) 483-7676

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ARTES & LETRAS

15 de Junho de 2009

Apenas Duas Palavras

Dia de Camões

Quanto mais longe vou, mais perto fico... Miguel Torga A Saudade do Imigrante

ESTE POVO DA ILHA

Aos portugueses que imigraram para a America do Norte, e não puderam voltar à sua terra E um mal que não se entende nem preocupa ninguém, mas um farol que se acende como luz que vai e vem. Ilumina a longa estrada da vida do imigrante que, na dura caminhada, é como urn judeu errante. E, da luz, esse clarão que desperta a noite escura, entra no seu coração, descobre a sua amargura. Castelo de sonhos feito que o destino derrubou torcendo tudo a seu jeito, só a saudade ficou. Como a chaga sem conforto, como a dor sem lenitivo, num vivo que está morto, num morto que ainda é vivo...

Este o povo que nasceu no mar. Veio-lhe o sangue do sal. Suas veias boiaram outrora entre cabeleiras de algas e fungos de basalto. Abriu-se-lhe a boca no remoto esquecimento dos búzios. Memória são as conchas desertas o calhau rolado arenoso silêncio sobre rocha. Gerado talvez entre o grito enfermo das baleias e o rasto dos navios. Pois este o povo se (re)conhece entre areia e mar no preciso instante em que a pedra e o corpo se tocam e amam a água E por isso os peixes nos atravessam os olhos a nado

Francisco do Canto e Castro

(Poemas)

Recebi esta carta hoje. From Joe Simas San Francisco P. O. Box 87 California 90405 United States of America Fala-me de muitas coisas. Manda-me um abraço grande como o seu coração. E conta-me sobretudo coisas que não se contam. Sua carta diz-me pura e rica como sua voz de mechins para um tudo de chtôas e de tães do Chinatão à noite e de Frank Soisa nas Festas de Gestinas. Que o vale de S. Francisco é um céu incarnado. Conta-me de brigas notícias de Norioque que veio na talaveija e os papeles troiveram de fitas faladas que viu em amaricano ákcidents no far-uei charefas leitarias e diz que na América o passadio é outro. E fala-me ainda de muitas porquidades por aquela América sem pontos sem vírgulas e jamais acento em sua aventura Joe Simas San Francisco Valley. Vale de São Francisco onde não há paredes e o sonho ribomba pela campina fora. Sua carta conta-me coisas que só visto e com amizade termina em cruzinhas e círculos.

Marcolino Candeias

In Diário Insular, Angra do Heroísmo, 31 de Maio de 1973

Viajam entre nós e a certeza do corpo.

João de Melo

(in Navegação da Terra)

ROCHA DO MAR Ao Armando Santos, primo e poeta Já uma vila dos Açores Loze ligeira no horizonte. Será num alto das Flores, No Pico ou logo de fronte, Espraiadinha num cume Ou encolhida em Calheta? O ser nossa é que resume Seus amores de pedra preta. Para vila da Lagoa Falta-lhe a cidade ao pé, A distância de Lisboa Já não me lembro qual é. Para Vila Franca ser Falta-lhe o ilhéu à ilharga, É airosa pra se ver, Mais comprida do que larga. Povoação não me parece, Nos padieiros não condiz, Aos camiões estremece, Mas não aguenta juíz. Pra Ribeira Grande falta-lhe O José Tavares no quintal, Rija cantaria salta-lhe Dos cunhais, branca de cal, Mas não é Ribeira Grande: Essa merecia foral! No dia em que haja quem mande Será cidade mural. Nordeste - só enganada Na vista da Ilha Terceira, Longe de Ponta Delgada, Sua sede verdadeira. Nem Vila do Porto altiva, A mais velha da fiada, Em suas ruas cativa Como princesa encantada. De cimento a remendaram, Coroaram-na de aviões, Mas eternos lhe ficaram

Diniz Borges

Os bojos dos seus tàlhões. Se é a Praia da Vitória Não lhe reconheço a saia: Enchem-lhe a areia de escória, Ninguém diz que é a mesma Praia. Talvez seja Santa Cruz Da Graciosa, ou a sua Praia, Com o Carapacho e a Luz Cheirando a lenha de faia. De S. Jorge a alva Calheta Ou a clara vila das Velas, E o alto, alvadio Topo Com um monte de pedra preta Dando realce janelas. As Lajes ou o Cais do Pico, A escoteira Madalena Vilas são de vinho rico, Qual delas a mais morena. Santa Cruz das Flores seria Essa vila açoriana Ou as Lajes de cantaria Do bom Pimentel soberana. Finalmente, só o Rosário, Que do Corvo vila é, Pequena como um armário Ou um chinelinho de pé. Mas não é nenhuma delas, Nem Água de Pau, que o foi, S. Sebastião, ou Capelas, Da Terceira arca de boi Como a nossa Vila Nova, Que nem chegou a ser vila, Tão branca na sua cova, Tão airosa, tão tranquila. Ah, já sei! É delas, fundo, Que o muro alvo se perfila Contra os corsários do mundo Que invejam a nossa vila, Nosso povo, na folia De uma rocha de mar bravo, Que o Guião da autonomia Só por morte torna escravo. 24 de Abril de 1976

Vitorino Nemesio

ILHA Só isto: O céu fechado, uma ganhoa pairando. Mar. E um barco na distância: olhos de fome a adivinhar-se, à proa, Califórnias perdidas de abundância.

Pedro da Silveira

in A ilha e o Mundo, Lisboa, 1952

Ilhas de Bruma Ainda sinto os pés no terreiro Onde os meus avós bailavam o pezinho A bela Aurora e a Sapateia É que nas veias corre-me basalto negro E na lembrança vulcões e terramotos Por isso é que eu sou das ilhas de bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra Se no olhar trago a dolência das ondas O olhar é a doçura das lagoas É que trago a ternura das hortênsias No coração a ardência das caldeiras. É que nas veias corre-me basalto negro

[email protected] O nosso amigo Diniz Borges anda ocupadíssimo com o fim da temporada escolar e aqui estou eu para nas vésperas do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, partilhar convosco esta poesia açoriana de primeira água e para recordar as nossas Ilhas de Bruma. Um Bom dia de Camões para todos. jose avila No coração a ardência das caldeiras O mar imenso me enche a alma E tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança.

José Ferreira

Morte que mataste Lira Morte que mataste lira Mata-me a mim que sou teu Mata-me com os mesmos ferros Com que a lira morreu A lira por ser ingrata Tiranamente morreu A morte a mim não me mata Firme e constante sou eu Veio um pastor lá da serra À minha porta bateu Veio me dar por notícia Que a minha lira morreu

Popular

Saudade Eu tenho dentro de mim, tenho dentro do peito, uma saudade, que enfim, me esquece o que tens feito. Eu tenho dentro de mim, tenho cá dentro em verdade, aquela saudade, enfim, do que me deste em saudade. Esta saudade, saudade, esta saudade sem fim como eu a tenho em verdade bem dentro, dentro de mim, é talvez, só a verdade que deva sair de mim em bem estranha saudade.

Gilberto de Vasconcelos

(Natural de São Miguel, Nascido em 1924. Falecido em 1971.)

s e r v i n g t h e p o rt u g u e s e – a m e r i c a n c o mm u n i t i e s s i n c e 1 9 7 9

Ideiafix

Miguel Valle Ávila

portuguese

• ENG L I S H S E C T ION

[email protected]

Aliança and SES Mission Chamber Orchestra, Deo Gloria Last May 31, Aliança Jorgense celebrated its annual Festa in honor of the Holy Spirit. One of the few organizations that still keeps its celebrations in the traditional Azorean way — no “queens” (pictured above and below). Mass was held at Five Wounds Portuguese National Church in San Jose, just a few blocks from the organization’s hall.

On June 7, the Sociedade do Espirito Santo of Santa Clara held its annual Holy Ghost Festa with a parade to and from the SES Hall on Lafayette Street and Mass at St. Clare’s Catholic Church (pictured below)

Choir marvel Dia de Portugal Concert

The 2009 Dia de Portugal in California kicked off on May 31 with a classical music concert by the Mission Chamber Orchestra presenting Portuguese composer João Domingos Bomtempo’s “Requiem to the Memory of Camões” at Five Wounds Portuguese National Church in San Jose. The 50-piece orchestra was accompanied by the Deo Gloria Choir directed by Sharon Xavier de Sousa, soprano Sepideh Moafi, mezzo soprano Amanda Villegas, tenor Pedro Betancourt, and baritone Paul Murray. The program started with Alexandre Delgado’s “Prelúdio” was composed when the author was just 16 and premiered in Lisbon in 1982. It resembles the sweet waves of the Atlantic washing ashore on a Portuguese beach during a late summer sunset. The “Missa de Requiem, Op. 23” dedicated to Portuguese poet Luis Vaz de

Camões was composed in Paris in 1819. The Kyrie sung by soprano Sepideh Moafi was most likely the most beauti

ful ever sung at the 90-year-old church. This Requiem filled the soul reaching to the Heavens.

The Luso-American Education Foundation (LAEF) celebrated its 46th anniversary and hosted its traditional Dia de Portugal luncheon on Sunday, June 7 at the Hilton Newark Hotel in Newark, California. The Luso-American Education Foundation was organized by a group of citizens of Portuguese origin in 1963. The Foundation’s goals are to foster, sponsor and perpetuate the Portuguese language and culture in the United States. The Foundation provides scholarships and educational grants in various categories to qualified residents of California. and sponsors student exchange programs, annual education conferences, summer youth educational camps and Portuguese Day activities. At this year’s luncheon, the Dia de Portugal Award was presented to Lionel

Goularte for his dedication to the Portuguese-American community of California. Mr. Goularte was accompanied by his wife Bernadine in receiving the

award. The keynote speaker was outgoing Consul General of Portugal in San Francisco, António Alves de Carvalho.

Soprano Sepideh Moafi performing with the Mission Chamber Orchestra and Deo Gloria Choir at Five Wounds Portuguese National Church

LAEF Dia de Portugal Luncheon

Portuguese Exhibit Open House at SJSU’s K ing Librar y Opened since May 21, the second floor of the King Library serves host to a special exhibit — “Portugal: Age of Discoveries and the Story of a Volcano.” The Portuguese Discoveries panels exhibit provides a comprehensive and interesting story of the role that the Portuguese mariners played in opening communication and trade between Europe and many other parts of the world. The Capelinhos Volcano exhibit describes aspects of the eruption on the island of Faial, beginning on September 27, 1957 and lasting more than a year, destroying villages in a section of the island and dislocating a large number of families. The exhibit tells how, as a consequence of this dislocation, a new group of Portuguese immigrants were brought to the United States. These new immigrants helped revitalize interest in Portuguese heritage and culture throughout California. As part of the Dia de Portugal celebrations, an Open House took place on Saturday, June 6. Several hundreds of visitors enjoyed the exhibit along with hors d’oeuvres and Port wine.

The exhibit is open through September 30, 2009 during normal library hours. For more information about the Portuguese exhibit, please contact Lionel Goularte at (510) 7977585. This exhibit is sponsored by the Portuguese Heritage Society of California. About the Library The Dr. Martin Luther King, Jr. Library is the largest, all-new library west of the Mississippi, an innovative collaboration which has created an invaluable community resource open and free to all. A feast for the mind, as well as the eyes, the King Library boasts a collection of roughly 1.5 million items as well as delightful public art installations awaiting your discovery on every floor. Dr. Martin Luther King, Jr. Library 150 E. San Fernando St. San José, CA 95112 (408) 808-2000 May 26 - August 23, 2009 Monday - Wednesday 8:00 AM 8:00 PM Thursday - Saturday 9:00 AM 6:00 PM Sunday 1:00 PM - 5:00 PM

Exhibit organizers and visitors pose for The Portuguese Tribune

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ENGLISH SECTION Pela Primeira Vez Nesta Praça

Jim Verner

15 de Junho de 2009

Corrida de Cavaleiros em Laton

[email protected] A good sized crowd braved a cool and windy evening in Laton on May 11 to watch Alberto Conde and Miguel Duarte, along with the forcado groups from Artesia, Aposento de Turlock, and Merced face three bulls from Candido Costa and three from Joe Pacheco. The bulls made for an interesting evening. Two, one from each ganadaria, were outstanding. The others were brave, but complicated, for the horsemen and a challenge for the forcados. Mário Teixeira and João Santos handled the brega well throughout the evening. The crowd enjoyed the performances, and after every bull, the cavaleiro, the forcado, and the peones de brega took a turn of the ring to applause. Alberto Conde’s first toiro had an aggressive, but rough, charge. It ended up taking a querença in the middle of the ring, making it difficult for Conde to position the

bull for the ferros. David Correia made a good pega, and Paul Toledo took the tail as he spun the bull dangerously near the fence. Conde’s second was a brave animal that charged from afar and allowed the cavaleiro to work the bull with style, placing five ferros compridos. The strong bull was a challenge for the forcados from Turlock. Fabio Vieira made the grab on the second try, and Dennis Espinola took the tail. Conde’s third bull would only charge the horse when the cavaleiro was in the terrains of the bull, making spectacular work impossible. But, when the forcados came out, the bull charged from afar and Jason Vieira made a spectacular pega. Miguel Duarte’s first bull was complicated, charging from a distance. The bull caught Duarte’s horse several times, but as Duarte began to understand the bull and the bull began to settle down,

the cavaleiro was able to place several good ferros compridos. Joe Machado and Raymond Oliveira from Turlock handled the pega and tail with good style. Duarte’s second bull, the smallest of the evening, was noble and smooth charging, allowing the cavaleiro to put on an excellent show. Even though the bull was smaller than the other, it was still a challenge for the forcados due to its bravery. On the second try, Paul Toledo made a good grab, and Manuel Coelho took the tail. The final bull of the evening charged readily but rather than stay focused on the horse it would become distracted and wander off. Duarte worked hard to keep the bull’s attention with limited success. Yet, when the forcados entered the ring, the bull readily charged from a distance. Dan Nunes and Dennis Espinola from Merced made a successful pega and tail on the second try.

FLAD no longer funds Citizenship

Do meu Jardim

Alicia Filomena Cota [email protected]

Eu Tenho Saudades

O

ften times with my Middle Eastern friends, I ask them to translate an Arabic word for me. Sometimes they cannot find a word in English that describes the word correctly. The same can go for many words in any language, including Portuguese. In a similar case, the Portuguese word saudade is a difficult word to translate in English. In fact, upon researching saudade, I found plenty of words that graced the meaning but did not capture its depth. For instance, in a Portuguese blog at www.transparent.com, one writer listed the following words to translate saudade: longing, hope, fatality, nostalgia, yearning, missing, fondness, endearment, loneliness, feeling, emotion. Even more, a BBC article written in 2004 states that saudade is the seventh most difficult Portuguese word to translate. Because saudade is an important staple of the Portuguese culture, I wanted to look closer at its origin, significance and interpretation. Originally, saudade came from the thirteenth century. According to wiki, saudade derives from the Great Portuguese Discoveries where men went off on journeys with women left behind in agonizing fret. Sauda-

de is said to describe the longing, sadness and loneliness felt during this period by both the men at sea and women left behind. Some call it a “Portuguese way of life.” Leandrof (2007), author of Aesthetics of Saudade finds that the word saudade has evolved from its original meaning in the thirteenth century. Circa 1910, poets António Nobre and Teixeira de Pascoais were the first pioneers of Saudosismo. Saudosismo originated from the Portuguese Renaissance or Renascença Portuguesa. (Yes, we had one too!) The Portuguese Renaissance was a cultural movement that sought to reinvent Portuguese society after the degeneration of the monarchy. Saudosismo developed as a theory to describe a human attitude towards the world based on nostalgia. Camões relates Saudosismo to a lyrical attitude found in Portuguese literature of the period that reflected a yearning for “good things of the past.” Probably the most widely used reference to saudade is A.F.G. Bell’s book titled In Portugal and written in 1912. He wrote: “The famous saudade of the Portuguese is a vague and constant desire for something that does not and probably cannot exist, for something other than

the present, a turning towards the past or towards the future; not an active discontent or poignant sadness but an indolent dreaming wistfulness.” The most widely accepted explanation of saudade is Bell’s example above. In a sense, the only people who can determine whether this explanation is relevant are those experiencing saudade. To me, it is one of those feelings you can’t find the words for but know the feeling the instant it sweeps you. Reviewing the literature available on saudade, one would find one common theme. Saudade is a Portuguese word that describes the soul and human nature of Portuguese people. This word is special in that no other Romance Language says saudade. A word that is uniquely Portuguese, saudade must not be taken for granted.

About Alicia: After graduating from the University of California, Irvine with a degree in Political Science, Alicia starts on her first internship with aicep Portugal Global on June 17 and in late July she will begin a three-month internship at the Portuguese Consulate. Congratulations to our future diplomat.

Tony Goulart to speak in San Mateo Tony Goulart, vice president of the Portuguese Heritage Publications of California and coordinator of Capelinhos: A Volcano of Synergies, is a guest speaker at the Docket Series, a monthly series of lectures and performances exploring different themes in local history held in the San Mateo County History Museum’s historic Courtroom A. This event will

take place Saturday, June 20, at 1 PM; admission is free with paid museum admission ($4 for adults and $2 for students and seniors). Tony Goulart will present on “The Portuguese American Community in Northern California: Waves of Immigration from the Azores.” The topic will cover the history, the occupations and the social and cultural activities

Alberto Conde

of the Portuguese people in Northern California..The San Mateo County History Museum is located at 2200 Broadway in Redwood City, California. For more info call the Museum at 650-299-0104 or visit the website www.historysmc.org

LISBOA (LUSA) - The LusoAmerican Development Foundation (FLAD in Portuguese) will stop financing a project to foster political and civic participation of the Portuguese community in the United States because of a lack of funds, said Rui Machete, FLAD’s president. Machete said the foundation has at this time “a real difficulty because of the crisis,” and that, “even because of a matter of principal,” the project cannot continue to be 99 percent funded by FLAD. “Dramatizing things a bit, helps because if not people would not pay attention, it’s good to explain that this could not be maintained the way it was,” said FLAD’s President, offering that the Portuguese-American community should assume the costs of the 10 year old “Portuguese American Citizenship Project.” “If they give $10 or $15 it’s perfectly possible that the project has the means to sustain itself,” he said. According to Machete, the 10 years of the project cost the foundation, “between 7.5 and 8 million euros ($10.27 to $10.95 million dollars), which is a considerable amount.” Since its inception, the project tallied the participation of 49 cultural, fraternal and religious organizations in 21 Portuguese communities in the United States, including various in Massachusetts and Rhode Island. Twentyfive catholic churches also participated in the project. To FLAD’s president, the success of the project, which encourages immigrants of the benefits of becoming American citizens and of voting, has shown itself in a higher political participation and in advantages, special in highly dense Portuguese zones - California, Newark, N.J., Massachusetts and Rhode Island. “If they have the means of their voice being heard in political context in those states, they could be important agents in the inter-

national relations between the Portuguese civil society and the American civil society, helping in cultural and economic aspects and in the way that the United States sees Portugal,” added Machete. The project coordinator, James McGlinchey, son of an Irish father and an Azorean mother, said that he has plans to change his life and leave his post. “Even if there wasn’t a question about the money, it needs to change because you can’t do these things forever,” said McGlinchey. However, he considered that, “even if you can’t fundraise the necessary funds, there are parts of this project that will survive and the local coordinators will continue to do the work.” While analyzing the decade long project, he admitted that he failed in the current issue at hand: “I have never been good at fundraising.” According to McGlinchey, the project enabled the percentage of voter in the Portuguese community to grow 10 to 15 percent. The president of the commission that manages the project, Elmano Costa, an Azorean from Terceira, who emigrated to the United States when he was 10 years, said with conviction that the “project will not die.” “We already changed the idea in many communities that the Portuguese don’t vote, but that they participate in equal percentages with Americans in elections,” said Costa. The consul of Portuguese communities in California had doubts about the possible contribution of Luso-Americans to finance the project. “To gather funds in California saying that the money will also be used in New Jersey, Massachusetts, Rhode Island, people will say ‘Why do I care about what’s going on in Massachusetts? I’m Californian and I want the benefits to go to California,” said the consul.

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ENGLISH SECTION

Joel Sousa

15 de Junho de 2009

Illegal Culture!?!

[email protected]

N

ão me digas! This was my reaction to the Stockton Record article about the altercation with an Animal Cruelty investigator at a recent bullfight in Thornton. Someone publicly stated that our Portuguese bullfights, our culture, our religious traditions are criminal activities. Well, if being Portuguese is illegal then lock me up and throw away the key because I’m going to be Portuguese for life. The main issue with the Animal Cruelty Investigators is the treatment of our bulls during the bullfights. For that I say there are no problems, there are only solutions. Portuguese bullfights have been around for many years be-

cause they are all permitted and legal by California state law. We too care about the well being of all animals and it is our symbiotic relationship with them that helps us shape who we are as a people. Azoreans especially come from an agricultural background where tending to animals was a way of survival and a way of life. My parents, even today, still won’t build a pool in our backyard because we apparently need eighty percent of it to grow feed for our free flying pigeons. Not to mention the couves, favas and green cebolas we cultivate just in case Safeway closes down. The economy is bad you know. My point is that our Portuguese culture is our identity and bull

fights happen to be a big part of that. Socially speaking, bullfights create a time and place where all types of people from all places can enjoy a culture which displays its bravery, dedication and traditions with an unsurpassed level of respect. So when ACI says that our “illegal activities” should be stopped, I realize that they have missed the picture and they have ignored all the cultural positivity that the bullfights promote. I think that what they do is very noble and I personally commend them. I believe all animals should be treated well. I also feel that if they had done their research they would know that these symbolic animals are well taken

care of. So let us take a look at our bullfights through a communal lens. First of all, from what I know they are not very profitable and the companies who produce the spectacle merely make enough money to repeat the show. The people who raise the bulls, train the horses, practice the pegas, practice the marchas, take the photos and so on and so forth. All these people do it out of love and passion for our culture and community. They do it for the nostalgia it gives them, remembering the land they left behind in search of a better quality of life here in the U.S. At the core of our culture we can find these people making great sacrifices of time,

Tipton SPDES 60th Anniversary The Holy Ghost Festivity was held on June 7, to celebrate the 60th Aniversary of SPDES of Tipton. The 2009 Officers are: President, Christopher J. Borba; Vice-President, Brian Roche; Secretary, Anthony LX Bettencourt; Treasurer, Tony Sozinho. Senior Queen Elyse Borba; sidemaids, Marisa Silva and Alexandria Alves. Junior Queen Brandi Borba; sidemaids Allison Tristo and Katlin Limas The SPDES was organized on June 14, 1949. The Portuguese Community of Tipton have had a Holy Ghost celebration since 1917. From 1917 to 1948 the host committee was the IDES Council 112 of Tipton. Special thanks to Mario Maciel for the beatiful photos.

money, sweat and tears. The best part about these people is that they do it with no expectations of getting anything in return. This display of unconditional love is very visible in our Portuguese culture. These people exemplify our Portuguese values that get us through an ever changing world. This claim by the ACI in the Stockton record has to be taken with a grain of salt. The truth is that our culture brings many positive attributes to the community, those should be highlighted rather than criminalized. If Portuguese bullfights, our culture and our religious traditions are criminal activities than lock us all up because we are all going to be doing life for being Portuguese.

Photos by Maciel’s Photography Studio, Tulare

FESTAS

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Festa do IDES de Alvarado St., San Leandro

Senior Queen Lindsaycom as suas aias Kristina e Angelica Embaixo: Rainha Junior com aias Baby Queen Isabellade Melo e aias Josefina e Embaixo: um cozinha de peso. Caras cansadas, mas bem dispostas

A Festa Anual em Louvor ao Divino Espírito Santo do IDES em Alvarado Street, San Leandro, teve lugar desde o dia 10 de Maio a 17. Do dia 10 a 16 houve a habitual reza do terço. No Sabado, dia 16, abertura oficial da festa comMissa, danças folclorica, conctos de musica e jantar de caçoila, seguido de baile com Alcides Machado e apresentação das Rainhas e dos Directores da festa. No Domingo, a Coroação saíu da Sociedade para a Igreja de St. Leander, acompanhada pelas Ban-

das, Sociedade Filarmónica Recreio do Emigrante Português e Sociedade Filarmónica União Popular, de San José, para assistirem à missa. Coroadas as rainhas houve o regresso da procissão à Sociedade onde foram servidas Sopas e Carne. Durante a tarde houve arrematações e concertos musicais.

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15 de Junho de 2009

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