Tribuna 07/15/09

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2 a Quinzena de Julho de 2009 Ano XXIX - No. 1067 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual

As vindimas estão por aí...

ANIVERSÁRIO

90 Anos a Servir de Vestíbulo para o Céu

Pelo S. Martinho prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano... pintura de Connie Bettencourt, no bar do FDES de Monterey

Portuguese Fraternal Society of America

Quatro das cinco Sociedades Fraternais Portuguesas com sede no Estado da California, IDES, SES, UPEC e UPPEC, estiveram reunidas numa Sessão Especial, no fim de semana de 20 e 21 de Junho de 2009, no Hilton Hotel, em Newark. Devido a ser uma sessão especial, só um tópico foi permitido para discus-

“Uma igreja para todo o cristão deve ser o vestíbulo para o Céu, nenhum lugar na terra nos deve merecer maior veneração”. Foi assim que Monsenhor Henrique Augusto Ribeiro, visionário fundador da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, se dirigiu aos paroquianos que a 13 de Julho de 1919 inauguraram aquela igreja.

Parabéns à NOSSA Igreja!

são e o assunto era a fusão destas quatro sociedades. IDES e UPPEC encontraram-se no Sábado e a UPEC e SES no Domingo. Em todas as quatro sessões esteve presente um representante do California Department of Insurance, David

Lagenbacher, que falou sobre os benefícios desta fusão. David Lagenbacher explicou com detalhe que as vantagens da fusão destas quatro sociedades assegurará longevidade e sucesso no caminho do futuro. A SES e a UPPEC fizeram-se representar por Chris Nowatarki e na representação da IDES e UPEC esteve Todd Martin, como seus advogados. Houve muita discussão sobre o assunto em cada encontro, como seria normal nestas circunstâncias, mas no fim prevaleceu a maioria, que aprovou a união das quatro sociedades. As emoções do momento foram compreendidas por todos, pois cada uma destas sociedades tem mais de 100 anos de actividade. O nome escolhido para a nova organização foi “Portuguese Fraternal Society of America” e a fusão terá lugar oficialmente no dia 1 de Janeiro de 2010.

[email protected] • www.portuguesetribune.com • www.tribunaportuguesa.com

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SEGUNDA PÁGINA

15 de Julho de 2009

Crónicas do Perrexil

J. B. Castro Avila

EDITORIAL Experiência única de vida Há tanta coisa para escrever e o espaço está-se a tornar pequeno. Tantos assuntos que nos chegam às mãos e que valem a pena discutir com todos vós. Gostaria de falar-vos hoje da nossa experiência como jurado no Tribunal de Modesto. É uma experiência que todos deveríamos ter. Pela primeira vez, compreendemos que a justiça dos jurados é muito mais sábia e mais valiosa, do que a justiça de um juíz, muitas vezes desfasado do mundo, e que só conhece parte da vida através dos livros de Direito que leu. Doze pessoas, de diferentes experiências profissionais, exercitam o seu direito constitucional de punir ou mandar em liberdade, quem prevaricou, ou quem, acusado foi injustamente. Convém dizer que hoje em dia com as provas do DNA, a justiça ficou mais justa, as deliberações mais científicas e racionais. Claro que há jurados e jurados. Toda a gente se lembra do que se passou com um célebre jogador de futebol americano. Quando um jurado age em razão da sua etnia e do nome do envolvido, então esses jurados estão a prestar um mau serviço à justica e deveriam ser punidos. Sinceramente aconselho todos a terem esta experiência de vida que é única.

Hoje vou apresent a r-vo s um jovem professor assistente de filosofia, Marcelo Pimentel, que já foi professor do ano em Orange County em 2004-2005, ganhando um cheque de $15,000 dolares, além de um troféu.

Já em 2004 tinha recebido o “Faculty Excellence Award” e em 2003 foi o “commencement speaker” do seu Colegio. Tem tido uma vida profissional extremamente rica e goza no dia-a-dia aquilo que faz. Bom exemplo. Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, e seus pais são da Terceira. É muito envolvido na sua escola, Santiago Canyon College na Cidade

de Orange, California, com 11 mil alunos, e sempre que pode assiste às nossas festas tradicionais do Sul da California. Tem sido um professor altamente reconhecido pela sua Escola e muito em especial pelos seus alunos. * Aproveito também para mostrarvos a foto da Filarmonica da Agualva de 1942, restaurada por José Enes. Conhecem alguém?

Normalmente falamos de gripes no Inverno, não em pleno verão. Infelizmente a nova gripe veio para ficar, e todo o cuidado é pouco. Ainda ontem lemos no Modesto Bee, o testemunho de uma senhora americana àcerca dos cuidados que recebeu ao chegar ao Aeroporto da Terceira. Ficou impressionada positivamente e perguntava porque é que não se faz a mesma coisa na America, sendo este País tão exposto à movimentação de pessoas de todo o mundo. Um bom exemplo vindo dos Açores. De aplaudir e de recomendar. jose avila

Year XXIX, Number 1067, July 15, 2009

COLABORAÇÃO

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

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em já dos tempos antigos a tradição atestando que a água está benta no dia de S. João, desde as ondas do mar embraçando as ilhas às gotinhas de orvalho do sereno enroupando a madrugada. Por isso, em prenúncios de alegria esfuziante, a gente das ilhas ia banhar-se no mar e dispersava-se por ribeiras e nascentes, lagoas e fontanários, numa peregrinação feita de cantorias e ramalhetes de flores. Nos quintais, era costume deixarse ao sereno um alguidar com água, cumprindo uma crendice de longa data que atributava a essa água grandes virtudes. Bebia-se, então, a água p’ra rejuvenescer a velhice e abater o quebranto. Era crença, igualmente observada, em amassar o fermento com essa água benta. Daí resultava um pão saborosíssimo, que não só nos regalava, mas também nos livrava das malditas doenças provocadas por maus olhados. Em chegando o mês de Junho, Mês da minha devoção, Vou festejar o meu Santo, Meu querido S. João. O vinte e quatro de Junho P’ra muitos é tradição, Pois se celebram as festas Em louvor de S. João.

Não há dia mais bonito Que o dia de S. João, É de todos o maior Que consegue ter o Verão. Pega lá nessa viola, Toca nela com paixão, Como tocava meu pai Nas noites de S. João. Neste momento estou a lembrarme da folia criada à volta das fogueiras na noite de S. João, com os rapazes saltando numa algazarra, enquanto as raparigas mais afoitas davam pulos e gritinhos semelhantes a guinchos de garajaus. A alegria desdobrava-se em rodos de gargalhadas sempre que o lume “pegava” no cú das calças dos rapazes e “pelava” as pernas das raparigas. Em noite de S. João Junto à fogueira te vi; O lume não me queimou, Mas ardi d’amor por ti. Vamos saltar as fogueiras Com grande satisfação, P’ra vermos qual de nós É que abraça o S. João. Dizer o sim certo dia Foi a minha perdição, Quando pulava contigo Na noite de S. João.

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Lembranças de São João Vai de roda, vai de roda, Da fogueira ao luar, À procura da donzela Que contigo irá casar. Num testemunho do saudoso Manuel Inácio de Melo obtive a informação que, antigamente as famílias organizavam uma burricada p’ra ir ao mato apanhar louro verde p’ra queimar nas fogueiras. Assim, “era rara a casa que, à noite, não tinha à sua porta uma fogueira feita só com louro do mato e do macho (folha larga) que estala melhor. As famílias saíam p’rà rua p’ra ver as fogueiras maiores ou menores e o rapazio a saltá-las. As ruas ficavam cheias de fumo cheiroso, que entrava nas casas de portas e janelas abertas, e servia p’ra as desinfectar das epidemias, da gripe, do sarampo, papeira, tosse convulsa, etc.” (Santos Tempos, Usos & Costumes Tradicionais, Edição 1993). Vamos, raparigas, todas, Ao rosmaninho que cheira, Na noite de S. João, A fazer uma fogueira. Donde vindes, S. João, Que vindes tão molhadinho? Venho de ver as fogueiras, De colher o rosmaninho. Ó S. João, donde vindes P’las calmas, sem chapéu?

Venho de ver as fogueiras, Que se acenderam no céu. Donde vindes S. João, Com uma capa de chita? Venho de ver as fogueiras Da Senhora Santa Rita. Lá vem S. João abaixo, C’o’a capa cor de fogo; Que vem de ver as fogueiras Da Senhora do Socorro. S. João é divertido, Amigo das brincadeiras, Abençoa as criancinhas Quando saltam as fogueiras. Tempos de inocência, certamente, sem maldade nestes e tantos outros divertimentos típicos da quadra anual de S. João quando, por exemplo, a gente “tirava as sortes” com uns papelinhos onde estavam escritos os nomes de namorados e desejados, que as raparigas escondiam cuidadosamente lá fora nos quintais. Na noite de S. João Põe sortes à madrugada, P’ra ver que nome te sai Na sorte desenrolada. Eu só vi nascer o Sol No dia de S. João, Quando recolhia as sortes Que tinha posto ao serão. Era crença, então, que o sereno da

manhã encarregar-se-ia de abrir este ou aquele papelinho com o nome do futuro noivo. Acontecia, no entanto, que alguns rapazes malcriados tinham a “mania” de, encobertos pela noite, andarem p’los quintais abrindo os bilhetinhos. Botei sortes ao sereno Na noite de S. João; Aquele que m’as roubou, S. João secai-lhe a mão. S. João não me deixes Na incerteza e na dor; Traz-me aquele que será P’ra sempre o meu amor. O extenso número e variedade de sortes revestia-se duma extraordinária curiosidade, perfazendo um rol de usos e costumes, tradições e superstições, revertendo em meiguice e garridice, desmotivando assim a monotonia das nossas ilhas de bruma e pacatez. Lá do céu caiu um cravo Na manhã de S. João; Tu é que és o meu bem, Descansa o teu coração. S. João era moreno, E moreno o seu amor; Anda ao sol, anda ao sereno, Nunca perde aquela cor.

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COLABORAÇÃO

15 de Julho de 2009

Da Música e dos Sons

Traços do Quotidiano

Nelson Ponta-Garça

Margarida da Silva

[email protected]

[email protected]

Joe Oliveira Quartet (conclusion) In the last article I described my visit to http://www.cafeborrone. com, where I found the Joe Oliveira Quartet playing great Jazz Tunes. Hereis a short Bio of the great musicians that accompanied him that night.

John Shifflett Acoustic & Electric Bass

John Shifflett almost received an M.A. in music from the University of Iowa, where he also taught Jazz Studies and directed big bands. He is currently an instructor at San Jose State University and The Jazz School Institute in Berkeley, teaching bass and small ensembles. He has done countless studio sessions ranging from radio and TV jingles to jazz and country and pop recordings. His show business experience includes tours with Frankie Avalon and the Ringling-Barnum & Bailey circus, several seasons with the San Jose Civic Light Opera, and many engagements with stars such as Dinah Shore, Mel Torme, Jerry Lewis, Dionne Warwick, the Smothers Brothers, etc. His primary focus, however, has always been jazz. He has performed with the likes of Dave Liebman, Toshiko Akiyoshi, Red Holloway, Ernie Watts, John Zorn, Kim Richmond, Madeleine Peyroux, Kurt Elling, Norma Winstone, Tom Harrell, Bobby Hutcherson, John Stowell, Harold Land, Kendra Shank, and others. In the Bay Area he can be heard with Boz Scaggs (and CD), Eric Crystal, the Mike Zilber/ Steve Smith quartet (and CD), the Scott Amendola Band (and CD), the Taylor Eigsti Trio (and CD’s), the Paul Nagel Trio (and CD), the Dave MacNab Trio (and CD), Ann Dyer & No Good Time Fairies (and CD’s), the Will Bernard Quartet (and CD), Anton Schwartz (and CD’s), Ray Brown’s Great Big Band, Ben Goldberg, Tim Volpicella (and CD), and many others.

Scott Sorkin (Guitar)

Is an active and sought-after guitarist and composer, Scott has been recording and touring since 1982. His expansive harmonic palette has been used to great effect writing and arranging for his current group Crossing Borders. He’s applied these skills as well to recording projects for diverse artists such as Paul Zarzyski, John Stowell, Renata Bratt, Gail Dobson, Don Stevenson (Moby Grape), Kristen Strom, and various feature and documentary film projects. Scott is a busy producer and engineer, working on various genrebending projects in the fields of classical, pop, jazz, rock, country, bluegrass, and avant-garde. His performance and recording credits include Ed Johnson & Novo Tempo, Count Basie Orchestra, Steve Turre & Michael Turre, Kristen Strom, Smith Dobson, Nneena Freelon, Louie Bellson, Anton Schwartz, Brilliant Corners, Dmitri Matheny, Kim Nalley, Royal Society Jazz Orchestra of San Francisco, and the touring company of “Dreamgirls”. Bons, Musicos, Boa Musica, Excelentes Pessoas! Assim dá gosto sair à noite...

Visita ao dentista Recentemente tive de consultar o meu dentista devido a um abcesso num dente. Mas, antes disso, resolvi clicar no google para obter mais informação. E, lá estava o que já suspeitava. Na maioria dos abcessos é necessário ser feito um canal radicular, ou seja, o malquisto “root canal”. Bem, não fiquei muito contente com a notícia mas podia ter sido pior. Ao visitar o dentista, e depois de tirarem uma radiografia, verificaram, de facto, que teria de sujeitarme, pela primeira vez, ao “root canal. O meu dentista recomendou um especialista, e lá fui consultá-lo. Como a secretária me havia dito, pelo telefone, que seria apenas uma primeira consulta para averiguar o problema, fui sem muita procupação. O dentista examinou o dente, explicou o processo, a assistente tirou mais uma radiogradia, que logo pude ver no computador ao lado, e ele perguntou-me se eu queria o trabalho feito naquela altura. Como já ouvi tantas estórias desagradáveis sobre o “root canal”, confesso que fiquei um bocado apreensiva, pois julgava ser apenas uma consulta naquele dia. Porém, em vez de regressar a casa e pensar mais no caso, resolvi, então, submeter-me à operação dental. O consultório tem o mais sofisticado e moderno equipamento e o dentista foi muito competente e amável. A não ser a reclinação da cadeira e o barulho da broca, não senti nenhum desconforto nem dor durante o “root canal” que levou mais ou menos uma hora. Foi menos insuportável do que quando vou ao dentista só para limpar os dentes. Por isso, caros leitores, não se enervem se tiverem que fazer

Nathalie Pires na Austria A Fadista de Perth Amboy, New Jersey, fiel intérprete da “Canção de Portugal” conta já com dez anos de carreira artística, e um álbum intitulado “Corre-me o Fado nas veias”, ao qual foi atribuído o “Prémio Lusíada” dos Artistas Unidos da América, como o melhor álbum de Fado gravado no ano 2007. www.nathaliepires.com foi lançado no princípio do ano 2007. Este sítio no espaço cibernético tem a finalidade de melhor comunicar com as audiências, manter uma informação sempre actualizada, assim como dar a conhecer mais sobre a artista. Orgulhosa das suas raízes, e combinando esforços entre os estudos universitários e e sua grande paixão pelo Fado, tem levado a nossa cultura às comunidades portuguesas dos Estados Unidos da América e Canadá, actuando ainda para audiências de outras nacionalidades e etnias, sempre com muita dignidade, obtendo assim grandes sucessos e reconhecimentos. A perseverança e

Anjolie Cristine Banderas Anjolie Cristine Marie Banderas, nasceu no Dia da Mãe, a 10 de Maio p.p., pesando 9 libras e 1 onça, e medindo 19 polegadas. Anjolie é filha de Christina Silveira e Malachi Banderas. Os avós maternos são Margie e Tony Silveira, de San José e paternos Robert e Maria Christina Vasquez. A avó da Anjolie, Margie Silveira, tem tido uma luta enorme contra o cancro da mama

há cerca de 9 anos e sempre pediu a Benção de Deus para poder ver a sua primeita neta, o que aconteceu no Dia da Mãe deste ano, para alegria de toda a familia. A força de vontade, o nunca desistir e a fé, conseguem mover moinhos, como se dizia nas nossas terras. Tribuna Portuguesa felicita o casal bem como os avós da Anjolie.

um “root canal”. Enquanto o dentista procedia ao “root canal”, lembrei-me da primeira vez que me tiraram um dente a “ferros” quando era criança.. Depois de passar um noite de dores de dentes horríveis, fui, logo pela manhã, ainda de “camona”, (kimono) o meu robe quentinho que tinha vindo da América, e, na companhia da minha madrinha Santos, fui a casa do tio-avô António Joaquim, mais conhecido pelo “Ferreiro” por exercer aquela profissão, para ele me arrancar o dente. Na cozinha que servia de ”consultório”, sentei-me num banquinho de madeira, o tio pegou, o que julgo ter sido um pequeno “alicate” e, mãos à obra... Quando ele começou a arrancar o dente, o meu corpo elevou-se, cairam algumas lágrimas, e, em poucos segundos, o trabalho ficou completo. Após algum derramamento de sangue e um certo desconforto aquele dente nunca mais me chateou... Não me recordo de como o tio António Joaquim começou a trabalhar como “dentista” mas sei que ele aliviou a dor de dentes a muita gente com a ajuda do seu pequeno “alicate...” É que, além de não haver dentistas nas redondezas, a maioria das pessoas não tinham posses para os consultar. O primeiro dinheiro que os meus pais, manos e eu ganhámos na Califórnia foi para tratar dos dentes, pois, como diz a minha mãe, que já usa dentadura há anos, não há nada melhor do que tratar e conservar os nossos próprios dentes.

dedicação deram frutos quando concluiu o seu curso de contabilidade, no passado mês de Maio. O convite para actuar na Áustria, surge à base do encontro entre a fadista e o saxofonista aquando de uma apresentação da nossa artista em Manhattan, dando lugar ao envolvimento da fadista em projectos de Jazz e apresentações ao vivo com Tim Ries e sua banda, como se verifica nas fotografias durante o ensaio e actuação no Highline Ballroom em New York, no passado dia 26 de Junho.Por sua vez e neste intercâmbio de talentos, o famoso artista participará musicalmente na

gravação do próximo álbum da Fadista, já em processo de composição e alinhamento dos temas, originais na sua maioria. O artista TIM RIES é sem lugar a dúvidas um dos mais conceituados saxofonistas e pianistas do mundo. Vencedor de um prémio “Grammy” e saxofonista da banda rock mais famosa de todos os tempos, os legendários “Rolling Stones”. Durante a sua carreira profissional gravou com mais de uma centena de artistas de todos os estilos musicais, actuando ainda em palcos com um imenso leque de artistas de grande craveira internacional.

COLABORAÇÃO

Muito Bons Somos Nós

Joel Neto [email protected]

N

o fim, é essa a pergunta que fica: “Quando?” Exactamente quando? Porque, mudar, um homem muda muitas vezes – e parte delas (embora não todas) até é bom que mude. Mas quando mudou ele, verdadeiramente? Como se operou nele essa mudança? Que pessoas, que acontecimentos – que pedras da calçada testemunharam essa ocorrência? Aliás: porque ocorreu ela? E sobretudo: porque não se apercebeu ele de que ela ocorria – o que nele resistia tanto a reconhecer essa mudança que ocorria, apesar de tudo, debaixo do seu nariz? Eis, quanto a mim, o cerne da questão. Por exemplo, esta história – e o impacto que ela teve em mim. Enquanto em Cascais se debatia a eventual necessidade de construir uma nova praça de toiros, nos Açores a conversa começou a girar em torno de algo bem mais radical: o possível regresso da lide picada – e, aliás, dos próprios toiros de morte. Aparentemente, e por ironia, o famigerado novo Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores vai tão longe quanto isso: o inimaginavelmente distante ponto em que passa a depender da Assembleia Legislativa Regional qualquer iniciativa destinada a aprovar o regresso ao arquipélago da chamada “sorte de varas”, há muito banida do ordenamento

jurídico nacional. E eu, de repente, dou por mim a resistir à ideia. Logo eu, a quem noutra altura ela teria parecido deliciosa. Mas porquê? Não, de certeza, por causa da previsível polémica nacional. Eu gosto de uma boa polémica, sobretudo quando têm epicentro na minha terra – e, aliás, há-de saber-me bem que, pelo meio, fiquem claras as razões por que Cavaco Silva resistiu tanto ao dito Estatuto, o que sempre fará engolir em seco todos quantos chamaram às comunicações presidenciais em torno do(s) veto(s) “uma manobra de dramatização a pretexto de uma questão menor”. Para além do mais, não nos enganemos: isto é coisa para irritar bastante os senhores do Bloco de Esquerda. Ora, quando eu não sei muito bem o que pensar sobre determinado assunto, vou ver o que pensam os senhores do Bloco de Esquerda, ponho-me a pensar exactamente o contrário – e, na esmagadora maioria das vezes, venho a verificar que tive razão. É divertido. Portanto: em princípio, eu estaria de acordo com uma iniciativa do género. Primeiro porque sou pela preservação das tradições – e, aliás, pela recuperação de tradições perdidas. Depois porque sou igualmente pelo desenvolvimento económico das ilhas. Ora, embora não tenha sido essa a principal preocupação do anti-

Pergunte a Judite

Judite Teixeira [email protected]

P

recisa um trabalho? Sabe o seu número do seguro social? Com o verão, milhões de estudantes procuram empregos. A primeira coisa que vão preguntar é peloseu numero do seguro social. Se você não pode achar o seu cartão do seguro social, não precisa pedir um novo. A coisa mais importante é que saiba o seu número do seguro social. Tenha a certeza que sabe o seu numero correcto. Por lei, os empregadores tem que tirar 6.2% do que o empregado ganha para pagar as taxas do seguro social. E o Medicare tem uma taxa de 1.45%. As taxas que paga e que beneficiao seguro social. Se alguém oferece para pagar “debaixo da mesa” ou em “cash”, pense bem. Assim sendo não está pagando as taxas do FICA e Medicare, mas também não vai receber crédito quando precisar receber os seus beneficios. Um conselho - nunca

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Olh’esse toir’aí! Enquanto em Cascais se debate a eventual necessidade de construir uma nova praça de toiros, nos Açores a conversa gira em torno de algo bem mais radical do que isso: o possível regresso da lide picada – e, aliás, dos próprios toiros de morte. go ministro dos Assuntos Parlamentares Álvaro Monjardino, o primeiro a levantar a questão, a eventual reinstituição dos toiros de morte traria claros benefícios económicos às ilhas açorianas – principalmente à Terceira, centro da actividade taurina do arquipélago –, transformando-as num local de romaria para um segmento turístico que não é tão despiciendo quanto isso. Porque resisto eu à ideia, pois? E quando se operou em mim a mudança que me pôs, de repente, a resistir a ela? Não sei quando. E, portanto, não sei como, perante quem, perante o quê – e provavelmente não sei porquê também. Sei que no outro dia, estava eu de passagem pela ilha, o meu pai convidou-me, orgulhoso, para comer uma galinha velha. Eu fui e comi com gosto. No dia seguinte, porém, precisei de ovos, fui à capoeira, encontrei outra galinha a pôr, peguei-lhe gentilmente pelo rabo, de forma a retirar os restantes ovos – e, de repente, estaquei. Lágrimas acorriam-me subitamente aos olhos, ao sentir o corpo quente daquela galinha branca que agora esperava, feliz, que eu lhe roubasse os ovos para continuar a sua tarefa. As mesmas lágrimas que no dia seguinte me acorreram ao reparar no bezerro castanho, a que chamamos Obama, e ao aperceber-me de que tinha o tornozelo levemente ferido pela corrente a

que está preso. As mesmas lágrimas que me acorreram quando vi a cadela Twittie pegar na malga com a boca para pedir água. E as mesmas lágrimas que me acorreram todos os dias a partir de então, ao sentar-me no sofá vermelho que sacrifiquei ao jardim e ao olhar para os melros pretos que me visitam, para a araucária que cresce, até para aquele cravo que não chegou a nascer antes de

eu partir. Sim, eu talvez saiba porquê. Estou há demasiado tempo em Lisboa – converti-me, enfim, a essa urbanidade tonta de quem vê um gatinho peludo e se desfaz em corações. O que eu não sei é quando ocorreu isso. Quando ocorreu isso – e quando eu podia tê-lo evitado ao ponto de poder agora a defender aqui os toiros de morte, como tanto me agradaria.

Não se esqueça do Medicare Parte D

leve o cartão do seguro social na carteira. O cartão é muito importante e deve ficar guardado. Você deve guardar o cartão do seguro social com os outros documentos, como o certificado de nascimento, passaporte, etc. Se precisar de um cartão, pode visitar www.socialsecurity.gov para a aplicação e levar consigo ao escritorio do seguro social, com a carta de condução e passaporte, cartão de emigração.

Não esqueça o Medicare Parte D. Você pode poupar $3,900 por ano em despesas de medicamentos. Como? Se recebe menos de $16,245 por individuo ou $21,855 por casal e tem de valor menos de $12,510 por individuo ou $25,010 por um casal, tal vez possa qualificar-se para a parte D do Medicare. Preencha a aplicação no www. socialsecurity.gov/precriptionhelp, tele-

fone para 1-800-772-1213 ou visite o escritorio do seguro social. Também pode saber mais sobre o Medicare Parte D, se chamar 1-800-633-4227 ou visitar www. medicare.gov Vou reformar-me, mas tenho propriedade de renda. Como vai afectar os meus beneficios do seguro social? O dinheiro da sua reforma não afecta os beneficios do seguro social. Só contamos com o que ganha do emprego para o seguro social. Eu recebi uma carta dizendo que o meu caso foi negado do seguro social. Preciso um advogado para apelar? Se quer um advogado isso é comsigo. De facto, pode apelar a decisão pela internet:

www.socialsecurity.gov/disability/appeal. Se prefere, pode telefonar para 1-800-7721213 ou visitar um escritorio do seguro social. Tem 60 dias da data da carta para apelar da decisão. A minha mãe recebe o SSI. Ela vai viver com o meu irmão. Será que ela precisa reportar isso ao seguro social? Sim, ela deve reportar nos 10 dias da mudança. Pode telefonar ou visitar o escritorio do seguro social.

COMUNIDADE

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15 de Julho de 2009

Cartas ao Editor Dear Sirs, I am an Italian American with no Portuguese background, but work as a nurse in a busy San Jose, CA Emergency Room with a diverse population of patients. It is very difficult sometimes for the older Portuguse men and women or the newly arrived to the States to feel comfortable and at ease with their care during a stressful situation. I am proud to say that I am a student in Mr. Salvadors’ Conversational Portuguese Class in Morgan Hill, CA. I noticed it was mentioned in your fine newspaper to which I am a 2 year subscriber. I cannot express how good it makes me feel to be able to use what I have learned to help make the medical process more comfortable, as well as, using simple instructions to do the tasks that I need to do during my job as a nurse. I will be a continuing student as I would

Comunicado

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No passado dias 20 e 21 de Junho, a UPEC, UPPEC, IDES e SES reuniram-se independente e no final desta histórica reunião, votaram para se juntarem e formarem uma nova organização a qual se chamará Portuguese Fraternal Society of America. A Luso American Life Insurance Society, felizes por este acontecimento não podia deixar de passar esta oportunidade sem enviar um abraço fraterno de felicitações e desejar a esta nova organização, muito sucesso. Desde há muito tempo, que a Luso American Life Insurance Society tem vindo a promover a junção das nossas organizações fraternais para assim podermos oferecer um melhor serviço aos nossos membros. Este histórico acontecimento é bem vindo e digno do nosso apoio. Cientes que ao principio, estas junções acarretam momentos de uma certa instabilidade, a Luso American Life Insurance Society, oferece-se para ajudar naquilo que estiver ao nosso alcance.

like to become more fluent in your beautiful language. As it stands, I am confident that I would be able to travel to mainland Portugal and the Azores and make myself understood. I do make some very humorous mistakes, but use them as a learning opportunity, Your wonderful culture lets my patients laugh and correct my mistakes without bad feelings or embarrassment. Thank you very much for recognizing this fine class. As I learn and make new friends, it has become an important part of my life’s journey. Thank you for your time. Sincerely, Lori Duffy P.S. This is written in English as I do not yet know all the words needed to express myself. Hopefully some day I will write to you in Portuguese.

Saudamos assim, os nossos irmãos com os votos de muito successo. On June 20 & 21st, 2009, UPEC, UPPEC, IDES & SES met independently and at the end of this historic meeting voted to all merge and form a new organization called Portuguese Fraternal Society of America. Luso-American Life Insurance Society is happy about this event and cannot let this opportunity pass by without sending our congratulations, wishing this new organization lot’s of success in the future. Our Society has been promoting the idea of merging all benefit societies for a long time, thus forming capabilities to better serve our members. This historic event is welcome and certainly a foot in the right direction that we support fully. With every merger, there’s always a time of uncertainly and Luso-American Life Insurance Society offers itself to help anywhere we may be able to. We salute our brothers and wish them lot’s of success. Luso American Life Insurance Society

Associação de Professores promovem Encontro no Mar A Associação de Professores de Português dos EUA e Canadá (APPEUC), promove de 10 a 17 de Julho, o XVII Encontro de Professores de Português dos EUA e Canadá. Subordinado ao tema : Cruzando os Mares com a Língua Portuguesa, este encontro visa reunir docentes, directores escolares, comissões de pais e amigos da língua portuguesa no continente norte-americano. O encontro, que após 16 edições vira uma página importante da sua existência, será realizado abordo do navio Spirit da NCL e no Clube Português Vasco da Gama das Bermudas. Ao longo de sete dias os professores das nossas escolas comunitárias, e do ensino oficial americano, terão oportunidade de convívio, de troca de experiências e metodologias, e de frequentarem várias sessões de trabalho sobre técnicas do ensino da língua portuguesa como língua estrangeira e o papel da mesma nas nossas comunidades. António Oliveira, professor na escola Infante Dom Henrique de Nova Iorque e vice-presidente da APPEUC apresentará uma sessão sobre o acordo ortográfico; Diniz Borges,

professor de português e director do departamento de línguas da escola Tulare Union High School e professor no College of the Sequoias, assim como presidente da APPEUC apresentará uma sessão subordinada ao tema: Poesia e Herança Cultural numa aula de Português como Língua Estrangeira. O professor Raul Rodrigues, da Durfee High School em Fall River, MA, apresentará uma sessão sobre a música popular portuguesa. É que nas nossas aulas de língua e cultura portuguesas a música e as actividades lúdicas são cada vez mais importantes. No Clube Português das Bermudas, Vasco da Gama, haverá uma sessão pela Professora de língua e cultura portuguesas da Universidade de Toronto, Manuela Marujo, subordinada ao tema: Ensinando a Cultura das Ilhas e pelo Leitor do Instituto Camões na mesma universidade José Abreu Ferreira intitulada: O Portinglês na Sala de Aula: Vocabulário, Língua e Cultura. Nas Bermudas haverá ainda o tradicional debate sobre o ensino da língua e cultura portuguesas no continente norte-americano. Porque

se quer que este seja um debate alargado, pede-se aos directores escolares, professores e pais interessados em participarem o favor de mandarem qualquer depoimento ou questão para a associação pelo e-mail: [email protected]. Todas as questões, depoimentos, opiniões terão de ser recebidas antes do dia 12 de Julho e todos serão tratados durante o debate. Ao longo dos sete dias teremos ainda apresentações sobre o papel da imprensa comunitária no ensino da língua e cultura pelo director do jornal Portuguese Times, Adelino Ferreira e do Conselho das Comunidades Portuguesas pelos conselheiros Manuel Carrelo e João Pacheco. O XVII Encontro terá ainda uma sessão especial em que os professores, directores escolares e pais formarão grupos de trabalho para estudarem estratégias que motivem o ensino da língua e cultura portuguesas nas nossas comunidades e no mundo norte-americano em geral. Mais, este Encontro/Cruzeiro está inserido no Portuguese Festival at Sea da companhia NCL e terá a participação de artistas da nossa diáspora.

COLABORAÇÃO

Rasgos d’Alma

Luciano Cardoso

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Praia da Gente e do Mar

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N

os nossos lindos Açores, chegado o Verão, o convivio aquece e as festas multiplicamse de ilha para ilha com cartazes aliciantes que o povo abraça e aproveita para se divertir à grande e à boa maneira portuguesa. Na ilha Terceira, festeira por excelência, como toda a gente sabe, e sem qualquer menosprezo para as demais, as festas ganham sempre um colorido muito especial. Que o diga a pitoresca e mui notável Praia da Vitória. Em cada Agosto que passa, normalmente com a preciosa ajuda do bom tempo, a jovem cidade terceirense excede-se como excecional anfitriã duma festiva semana a não perder. De ano para ano a qualidade da oferta aumenta e quem lá vai não regressa desiludido, antes pelo contrário. Este ano, para alem do ambicioso programa das festividades que decorrem de 31 de Julho a 9 de Agosto, paira nos ares saudosos cá da diáspora uma curiosidade imensa em ver e pisar a nova Avenida Marginal. Consta tratar-se mesmo duma obra magnifica que promete indubitavelmente emprestar aos festejos uma dimensão extra. Pouco a pouco, em múltiplas vertentes, a Praia tem vindo a

crescer com obra sòlidamente feita para a posteridade. Integrada nesse pendular ritmo de crescimento aparece a aposta cultural da autarquia a merecer tambem o aplauso geral. Ainda recentemente foi inaugurada a impressionante Casa das Tias, um distinto marco local a associar para sempre o saudoso Vitorino Nemésio à rica realidade cultural do fabuloso Ramo Grande. Ciente disso, o atual vereador da Cultura do municipio praiense, Paulo Codorniz, como prelúdio às Festas, achou por bem promover um oportuno Curso de Férias a realizar de 20 a 23 de Julho em continua homenagem ao eximio poeta/escritor e com a honrosa participação de consagrados académicos como, Luiz Fagundes Duarte, António Machado Pires, Fernando Cristovão, Maria Lúcia Lepecki e Margarida Maia Gouveia. Filho legitimo do meio rural mas há muito radicado no ambiente urbano, amplo conhecedor de ambas as realidades, Paulo Codorniz tem procurado implementar hàbilmente no concelho uma politica cultural de subtil aproximação entre o erudito e o popular com o intento claro de não deixar ninguem atrás. Uma abordagem, diga-se desde já,

extremamente louvável. Nada menos louvável continua tambem a ser o seu contributo anual à Marcha Oficial dos festejos como inspirado autor da Letra que anda de boca em boca a animar a Praia nestes festivos dias de farra intensa. Em sua homenagem, aqui vai a deste ano:

“Praia da gente e do mar” Quando Agosto chega à cidade Rasga-se a vontade, Solta-se a alegria. A Praia abraça o mar, Amam-se ao luar Até vir o dia. Saltam-lhe beijos da boca, A Praia vem louca E isso contagia… O povo na rua Contente delira Diz que a Praia é sua Que ninguem a tira. Ela deita-se ao luar, Na areia que lhe faz cama, Diz que é de quem a amar: Que é nossa e do mar Que tambem a ama A Praia animada de festa Entende que é desta Que vai ser diferente; Carrega o corpo de lume E traz um perfume De amor indecente,

Porque agora apesar De nossa e do mar É de toda a gente. Que ninguem a mande Mudar ou parecer, Que ela é muito grande Para se prender. Deitado no seu calor Quando lhe digo, sorri: Oh Praia és o meu amor Seja como for Eu gosto de ti Quando a Praia quer, Transforma-se, ainda, Naquela mulher Que temos, mais linda. Para encantar Torna-se sereia, Conchinda de mar Aberta n’areia. Búzio, cofre de aventura, Noite de loucura Que o dia retira.

Espelho, pasmado, de água Onde não há mágoa Que a Praia é mais gira. A Praia é uma cidade nova E que se renova Sempre que nos chama Do Sol, do Mar e da Lua, É minha e é tua, E de quem a ama. É esta a briosa Praia da Vitória, e de todos nós que jamais deixaremos de a vitoriar.

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FESTAS

15 de Julho de 2009

PATROCINADORES

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COMUNIDADE

15 de Julho de 2009

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz Borges

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A reforma da saude

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omeçou o debate sobre a reforma do sistema de saúde nos EUA. Se é certo que o debate está repleto de controvérsias, nenhuma das propostas está a ser mais polémica do que a possível criação dum plano nacional de saúde administrado pelo estado. A ideia, em termos simplistas, é criar um programa de saúde nacional administrado pelo governo federal, semelhante ao já existente para os reformados, o Medicare. Um plano nacional pelo qual o cidadão comum poderia optar, se não tiver seguro ou estiver satisfeito com o que possui. E embora estejamos apenas a dar os primeiros passos no debate sobre a reforma do sistema de saúde nos EUA, os Democratas, particularmente os mais progressistas dizem que um plano nacional tem que fazer parte da nova legislação, enquanto os Republicanos utilizam tal possibilidade para venderem o seu tabu preferido: medicina nacionalizada e o fim da saúde no país. Na realidade 73% dos norte-americanos querem uma mudança significativa na saúde. O cidadão comum, quando bem informado, não tem nenhum receio dum programa nacional administrado pelo governo federal. Porém, a direita americana já começou a sua nefasta campanha com anún-

cios televisivos que tentam amedrontar os americanos. Num repugnante anúncio televisivo, pago por organizações conotadas com a direita americana, aplica-se o papão que o governo vai determinar o que se poderá ou não fazer em caso de doença. Que um burocrata qualquer irá decidir quando se visita o médico, que médico se consultará e que medicina tomar-se-á. Escusado será dizer que quem porventura conhece alguém no plano Medicare sabe que isso é uma farsa. Mais, todo o mundo sabe que todos os dias as companhias de seguro colocam entraves. Ainda há tempos estive num consultório médico (duma clínica conceituada no sul da Califórnia) mais de duas horas enquanto a enfermeira e o médico tentavam convencer a companhia de seguro para um medicamento que um membro da minha família precisava. É mais do que sabido que as companhias de seguro empregam consultores cujo objectivo principal é recusar serviços. Na verdade, o objectivo da reformulação anunciada pelo Presidente Obama, aberta a vários planos, é melhorar as condições dos serviços de saúde no país mais rico do mundo, mas onde cerca de 20% dos seus cidadãos não possuem seguro de saúde. Há que caminhar, como disse re-

Memorandum João-Luís de Medeiros [email protected] ... a geração que “tomou conta” da nossa freguesia, logo após a II Grande Guerra, faz parte do eco da nossa herança comum, ou seja, o ressonar do passado não acorda o presente. Poucos se recordam do famigerado “chicote” do regedor Carvalho Valério que deixou cicatrizes na memória rural da época; depois, temos o testemunho singular do padre Jacinto Monteiro, cujo perfil varonil continua vivo na mente dos paroquianos mais idosos. Por outro lado, espero ainda exista meia dúzia de velhotes capazes de recordar o padre João Borges Amorim, apóstolo da homeopatia que, até finais da década de 30 do século XX, desempenhou as funções de “fiel de armazém” dos pecados cometidos na pacatez paroquial do seu tempo (ele e a dona “margaridinhas”, que na época não apreciava o azedume rasteiro de quem encontrava as fivelas de prata dos sapatos eclesiásticos esquecidas na proximidade do parapeito da janelita clandestina que facilitava a afoiteza romântica da moquenca tia “Antonina da Teresa”). Enfim, ecos que existem calados no prateleiro do esquecimento... As considerações que acabo de alinhavar estão isentas de beliscadura da exemplaridade cívica daqueles que foram promovidos a referências que o tempo não apaga. Uma dessas referências seria a do antigo reitor liceal, Dr. Eduardo de Andrade Pacheco. Não conheço ninguém da minha geração capaz de trivializar o indiscutível talento da sua vocacão pedagógica ou duvidar da solidez da ética do seu carácter: a serenidade cristã da sua humildade cívica, sempre ao serviço da simplicidade do apostolado católico; a convicta (aliás, elegante) posição de neutralidade autonómica em relação à discutível fidelidade servidiça

centemente o Presidente Barack Obama, para um plano em que todos os cidadãos deste país possam conseguir serviços de saúde sem ficarem economicamente arruinados, sem a saúde ser um peso nos ombros das famílias e da sociedade. Um plano que melhore a qualidade do serviço, um plano que permita que os doentes melhorem e que enfoque na medicina preventiva. Os Republicanos, e alguns Democratas (como o Senador Bem Nelson de Bebraska que recebeu mais de 2 milhões de dólares das industrias seguradoras e farmacêuticas) deveriam preocupar-se mais com a saúde dos seus constituintes do que os donativos que recebem das grandes seguradoras. Mais do que ser o Partido Não, os Republicanos deveriam investigar vários planos existentes em outros países que combinam a industria privada com a função pública. Se é verdade que os Republicanos preferem atirar à cara de quem fala num plano nacional de saúde, alguns dos dilemas existentes em países europeus com medicina nacionalizada, ou mesmo no Canadá, não é menos verdade que a maioria dos cidadãos desses países dizem-se satisfeitos com o plano equitativo que possuem. Mais, há dois países europeus, com planos nacionais administrados por seguradoras

privadas: a Suiça e a Holanda. Daí que chegou o momento para os Estados Unidos debaterem, seriamente, e sem os papões da direita, a actual situação da saúde pública. Há que partir para um diálogo abrangente que envolva todos os parceiros, mas que acima de tudo tenha como objectivo primordial criar condições para que todos os cidadãos tenham oportunidade de participar num plano justo, com qualidade e inovação. Há que libertar as famílias, e a sociedade em geral, do estrangulamento executado pelas grandes seguradoras. A democracia americana tem que voltar ao serviço do povo soberano e não das grandes multinacionais. Recentemente tive o privilégio de visitar o estado de Alasca. Com familiares e amigos tive o grato prazer de ver algumas das belezas mais espantosas que a mãe-natureza nos oferece. Num pequeno povoado, onde estive cerca de 8 horas, denominado Icy Strait Point. Uma espécie de paraíso onde os deuses repousam e onde 900 pessoas coabitam com os ursos, os veados, as baleias (que nas suas águas vão passar o verão) e as águias entre outros animais, com uma fauna e flora riquíssima e uma tradição indígena com milhares de anos. Nesse pequeno canto do mundo,

quase no fim do mundo, tivemos como guia uma mulher, na casa dos seus cinquenta anos, que ao ser questionada por um elemento do “tour” sobre a super-estrela do Partido Republicano, a governadora do estado onde está este pequeno povoamento, Sara Palin, disse uma das mais interessantes frases sobre a governadora: “Percebo pouco de política, e cada vez há menos a perceber. É que o Sr. pergunta-me que penso dela. Apenas posso dizer que não sei que faz como governadora deste estado, doutros talvez, deste não compreendo. É que ela (Sara Palin) não compreendo os indígenas, não respeita os animais selvagens, nem estima o meio-ambiente. Agora pergunto: que faz ela como governadora deste estado. É que nós somos isso que ela não compreende, não estima, não respeita. O Alasca é, acima de tudo, o seu povo indígena, os seus animais o seu meio ambiente.” Acho que depois desta voz, de quem vive naquele espaço único, e com raízes milenares naquele mundo, está tudo dito sobre Sara Palin.

em São Roque, o ressonar

do passado não acorda o presente

da sua época... são valores que não se contentam com o preciosismo de cortesia protocolar – porque são substantivos ditados pela autenticidade da natureza humana. .../.../... Quando atrás referia à era e ao estilo do padre João Borges Amorim (que, em São Roque, precedeu o exercício do saudoso epicurista, padre Jacinto Monteiro), estive à beira de recordar o irrequietismo temperamental de “ti” Antóne Roque... Quem ainda se lembrará dele? Isso mesmo: um “gajo” de feitio ríspido, herdeiro do fervor anticlerical inaugurado na alvorada republicana. Nunca foi surpreendido a “embocar” quartilhos de vinho. Mas era capaz de despejar uma pipa, usando os “calzins” geralmente utilizados para saborear aguardente... Consta que “ti” Roque, perante o cortejo fúnebre do padre João Borges de Amorim, não hesitou em vir à rua para ostentar a sua vistosa camisola encarnada, como expressão de desagravo pelas saborosas “petiscadas” de sabor sexual, supostamente atribuídas ao sacerdote que na circunstância ia a enterrar. Se conhecesse o latim, “ti” Roque teria porventura exclamado: timeo hominem unius libri (arreceio-me do homem de um só livro). Mas já que estamos a conversar, sem pretensões denegridas de escárneo, sobre o perfil do paroquialismo são-roquense (período1934-74), falta talvez fazer uma referência breve e prudente ao enigmático padre Adriano, personalidade típica do feudalismo diocesano pré-concílio vaticano II.

Não vamos cometer a ligeireza de aspergir dúvidas éticas sobre o múnus sacerdotal do supracitado servo do catolicismo. O que os paroquianos da minha geracão reconhecem é que padre Adriano residia (sózinho?) numa das mais invejadas propriedades da freguesia – um prédio cerca de 20 alqueiros de terreno cultivado (entre a canada do Açougue e o Beco dos Diogos) encimado por uma soberba vivenda de silhueta feudal. Como mecenas endinheirado, embora sem paróquia designada, consta que o sacerdote mantinha alguns seminaristas micaelenses apoiados no seu “invisível” capital... Há anos, tive acesso a um testemunho muito curioso: em vésperas de Natal, um casal oriundo da Ribeira Grande viajara até à vivenda do famoso “benfeitor” para entregar a modesta oferta de uma galinha e uma dúzia de ovos frescos, em sinal de apreço pelo apoio oferecido ao seu filho seminarista. Consta que padre Adriano ficou “boquiaberto” perante a manifesta ingenuidade daquele casal. Convidou-os a dar uma volta pelo prédio, onde todos viram os galinheiros com centenas de galinhas, patos, e dúzias de ovos frescos. Claro que o casal regressou à Ribeira Grande com a galinha e a dúzia de ovos que levara. Consta que, naquele Domingo, a família teve um jantarinho mais acrescentadinho... .../.../... Naquele tempo, a prática do bem-comum não era tarefa exclusiva de sacerdotes, de médicos, regentes escolares, de mulheresparteiras. No Concelho de Ponta Delgada, havia alguns médicos (e não só) que eram

“bons-samaritanos”. Há gente que ainda se recorda do Dr. José Maria de Medeiros, médico e humanista excelso, dedicado amador de violino, residente na rua d’Alegria, em Ponta Delgada. Vou interromper esta conversa, para narrar em poucas palavras um episódio tipico do quotidiano da vida do Dr. Filipe Álvares Cabral (médico micaelense digno da sua classe profissional). Consta que de certa vez, o Dr. Filipe foi chamado de urgência, por pessoa dita “importante” de São Roque, para acudir uma das suas assalariadas, na circunstância aflita em trabalhode-parto. O médico não tardou em responder à chamada. Ao presenciar in loco a extrema pobreza daquele lar, e depois de cumprir a tarefa para que fora chamado, o Dr. Filipe deslocou-se à própria casa, para “retirar” às escondidas alguns lençóis e meia dúzia de toalhas, e assim minimizar o desconforto da infeliz parturiente, residente algures na canada das Maricas... No dia seguinte, a esposa do Dr. Filipe, ao dar pela falta das tais peças retiradas na véspera, desconfiou da criada, expulsando-a de imediato, semi-afogada no estertor verbal, apelidando de “ladra desavergonhada” aquela que jamais falhara presença em doze anos de serviço... ... claro que o carácter emocional do Dr. Filipe não se fez rogado para descortinar uma solução “fidalga” para devolver a honra devida à inocência da sua valorosa empregada.

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Temas de Agropecuária

Egídio Almeida [email protected] Junho foi “National Dairy Month 2009, um ano como nenhum outro na Indústria de Lactícinios Tradicionalmente em anos anteriores dedicamos este nosso espaço para homenagear esta prestigiosa industria no mês de Junho, em que a atenção nacional tem focado o prestigio e indiscutível sucesso da mesma. Este ano infelizmente, não há muitas razões para celebrar, ou esperança de melhores dias num futuro próximo, excepto que alguns peritos analistas nos dizem que os preços do leite devem ser 50% mais altos no quarto trimestre do ano cerrente. Melhores dias são esperados numa industria que por vezes parece não oferecer futuro. Oxalá, até porque a corrente situação pode ser desastrosa não só para a industria de lacticinios, mas sim para todas aquelas que directa ou indirectamente dependem desta. Aqueles que directamente estão em conflito com os produtores de leite são os seus próprios parceiros, aqueles que directamente beneficiam dos baixos preços pagos à produção. Como pode isto acontecer? Vejamos os factos. O preço do leite para os produtores tem flutuado entre 50% e 75% menos de que era entre os ultimos 12 e 24 meses passados. Preços do leite a retalho eram certamente os mais altos da historia quando produtores estavam recebendo $18 e $ 20

por cada 100 libras do seu leite. Mas agora, que o leite baixou para $9 por cada 100 libras, o preço de leite “ice Cream” Queijo, manteiga ou outros produtos do leite no mercado não estão, nem perto de reflectir os baixos preços pagos à producao. A razão é simples - segue o dinheiro (follow the money)! Pensamos nós que os processadores ou retalhistas têm desejo de que os precos subam. Será esse o seu desejo? Necessáriamente não. Quanto mais altos forem os preços a retalho e mais baixos a produção maior fatia fica no meio, e o meio é que está a pouco e pouco destruindo a industria de lactícinios e a agricultura em geral. Produtores Agrícolas têm por muitos anos depositado a sua confiança naqueles que abusam da sua boa fé, amassando grandes fortunas, levando a maior fatia dos dolaers gastos na alimentação. A maior inquietação dos consumidores americanos deve ser pelas famílias, que são a fundação desta industria de $20 biliões de dolares, com um impacto total de $450 biliões nacionais nas industrias de suporte. Esta é uma industria que em parte sustenta e veste mais de 450.000 familias no Oeste dos Estados Unidos, Não há nada mais importante que encontrar uma solução imediata para esta crítica situação. A simples e infinda lei da oferta e procura “Supply and Demand” deveria e poderia resolver os problemas da industria de

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Sabores da Vida Quinzenalmente convidaremos uma pessoa a dar-nos a receita do seu prato favorito, com uma condição - que saibam cozinhá-lo.

lacticinios, se o A nossa convidada nesta quinzena é Isabel Castro, viuva, residenmercado é que te em Atwater, nascida na California. fosse a força de condução. Se Kookie Cookies este mercado não estivesse a 1 pacote (10 1/2 onças) de “corn chips” ser manipula1 copo de “corn syrup”, light do, os precos 1 copo de açucar de leite “Ice 1 copo de manteiga de amendoim em crecream” e outros me produtos do leite estariam Espalham-se os “chips” num tabuleiro untado. Num tacho, misturam-se o “corn hoje ao mais syrup” e o açucar, até ferver. baixo nível dos Tira-se do lume, mistura-se a manteiga de amendoim e mexe-se ultimos 20 anos até ficar macio. nas prateleiras Despeja-se o creme sobre os “chips”. Deixa-se arrefecer e parte-se dos supermeraos bocados. Dà à volta de 3 dúzias. cados. Em contrapartida que Gozem bastante estes “kookitos” e até daqui a quinze dias. temos nós? Nós temos os mais baixos preços à produção e alguns “National Dairy Month 2009” devia ser dos mais altos preços experimentados a re- um mês como nenhum outro, num ano talho. É certo que os preços baixaram um como nenhum outro, mas para tal a inpouco nos retalhistas, mas muito áquem dustria teria que, sinceramente tomar as dos sacrifícios exigidos à produção. rédeas do seu proprio destino, se quiser Se nós pensamos que o consumidor, reta- chegar a bom termo. Onde estão tantas lhista ou processador, vai alimentar, orde- organizações patrocinadas pela produção, nhar ou amamentar vitelos para o futuro, que estão ficando burocratizadas e cujas estamos enganados, especialmente quan- promessas e resultados só chegam tarde e do perdendo $5 dolares por dia, por vaca. a más horas? Os únicos que o têm feito por anos e anos são os produtores

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FESTAS

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Coisas da Vida Maria das Dores Beirão [email protected]

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mês de Junho tem sido sempre um mês especial para nós. Foi na década dos setenta, que depois duma ceia em honra do saudoso artista Tony de Matos, que teve lugar num restaurante português em San Pablo, alguns dos amigos que lá se encontravam, vieram até Napa para mais umas cantigas e salutar convivência. Quando a hora da partida se aproximava, um dos nossos amigos lembrou-se que era a noite de S. João, logo pediu ao nosso filho para trazer um fardo de palha para o terreiro e acender a fogueira. Foi um momento inesquecível, alegria, tradição, euforia de ver e saltar pela primeira vez, uma fogueira de S. João, longe da ilha, no vale de Napa. Como tudo foi espontâneo e ninguém pensou em estabelecer regras, o iniciador da fogueira e

o nosso filho saltaram ao mesmo tempo em sentido contrário e encontraram-se no ar, não podendo evitar o encontro que crespou cabelos e sobrancelhas. Assim nasceram as fogueiras de S. João em Napa, iniciadas pelo amigo de então e de agora, Dr. Décio de Oliveira. Foi ainda a 23 de Junho de 1979, que a nossa ermida foi consagrada pelo Rev. Padre Albano de Oliveira, e como não podia deixar de ser a noite fechou com as fogueiras e segundo as fotografias que existem dessa noite, pode ver-se a perícia e bravura dos amigos Isidro Espínola, Franklin de Oliveira e Helder Castro, saltando sobre o fogo. Depois de tantos anos, foram as fogueiras de S. João que mais marcaram a juventude e as crianças daquele tempo, que eram os nossos, e os filhos dos nossos amigos.

Comunidades do Sul

Fernando Dutra

I

ntegrado nas nossas comemorações do quinquagésimo aniversário matrimonial, resolvemos apreciar um cruzeiro ao Alaska, via Vancouver - Canadá. Tantos anos a escrever “Férias em Portugal”, já era tempo de mudar o título. Muitos anos a ouvir falar nos cruzeiros, normalmente ouve-se dizer, “fui num cruise”, metade dito em inglês e metade em português. A maioria opta pelos cruzeiros para o Mexico ou para as Caraíbas, todos são agradáveis, “mas realmente um cruzeiro ao Alaska é caso unico no mundo”, ouvi alguns que já tinham ido e agora posso confirmar. Partindo de Los Angeles na Air Alaska até Vancouver, cerca de duas horas e meia, como é do conhecimento geral, com todos os inconvenientes, incluindo o tirar os sapatos, no entanto usando todas as precauções e mais uma, será tudo mais seguro para todos. O mais apreciado é a entrega das malas no aeroporto e ir encontrálas dentro do nosso camarote. Do aeroporto de Vancouver para o navio, uma viagem num luxuoso autocarro, em que o condutor,com muita paciência, dá várias voltas pela cidade, explicando pormenorizadamente os pontos principais de uma das mais lindas cidades do Continente Americano. Depois de abandonarmos o “bus”, são cerca de duas horas até entrar no navio, tudo passado a pente fino, uma identificação com foto e o passaporte tem de estar sem-

pre presente, e à saída do Canada e entrada na America, porque o destino é o Alaska, de vez em quando - documentos, eu dizia... again, só me diziam - “cumprindo ordens”. Tem de ser assim porque os bandidos andam por todos os cantos e todos os cuidados nunca serão de mais. Uma vez dentro do navio, dá-nos a impressão de estarmos numa ilha, tudo uma maravilha, três mil e cem pessoas a bordo, incluindo a tripulação. Apenas à saida de Vancouver, sentiu-se uns pequenos balanços, depois, tanto na ida, como no regresso, tanto na costa Canadiana, como os dias à volta da costa do Alaska, julgávamos que andavamos dentro de um lago. Primeiro porto de paragem - Capital do Estado - Juneau, uma cidade com cerca de trinta mil habitantes, o edificio mais bonito é o Palácio do Governo, e uma capital com pouco aspectos de tal, tem um pouco de movimento em dia de navio - cruzeiro, como nos Açores antigamente, dia de são - vapor. Da capital existem algumas alternativas, com partidas de autocarros para algumas localidades, uma é para o primeira glaciar, a bordo venderam os bilhetes, a quarenta dólares para aquela visita. Nós optámos por comprar em terra, assim foi e pagámos a catorze dolares por pessoa. Nestes casos e noutros é necessário muita calma e observação, nada de precipitações, tudo muito lindo, mas quem se alargar, a carteira ficará mais leve

... onde repousam memórias e vestígios do melhor que somos Muitos Junhos se passaram, sempre marcados pelas festividades, pelas recordações e certamente pelas celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Este ano, pela primeira vez a comunidade de Sausalito celebrou o Dia de Portugal, com uma exposição de pintura, musica, folclore, bordados e rendas antigas e os sabores da cozinha portuguesa. Foi uma tarefa ambiciosa e dificil, mas que penso eu, compensou, a ver pela presença notável da comunidade, local e não só. São estas surpresas que nos dão a certeza que a cultura está viva, mesmo quando a língua tende a enfraquecer. Ainda dentro das comemorações, fomos até S. Leandro, à U.P.E.C. para o Symposium sobre a “ História, Evolução e Globalização da Lingua Portuguesa” numa apresentação de alto nível, pelo

Dr Heraldo da Silva e pela Dra Virginia da Luz Tarver. Ainda a delicia de alguma poesia do poeta José Luis da Silva. No entanto foi no dia 13 de Junho que a comunidade celebrou em massa o seu dia. O dia estava lindo e resolvemos ir até ao Kelly Park não apenas para celebrar o Dia de Portugal e das Comunidades, mas sobretudo para estar com a nossa gente, para ver pessoas há muito ausentes do nosso convívio, devido às distâncias, enfim para estar presente, para celebrar a vida. E foi isso mesmo que aconteceu. Visitámos o Museu, onde repousam memórias e vestígios do melhor que somos, numa harmonia que acolhe, delicia e informa. No Park deparamos com a neta dos nossos amigos Guiomar e Damasceno Leal, que num abraço de mel e num sorriso nublado

nos transmitiu a ausência forçada dos avós. Depois foram momentos de alegria, espanto e abraços sem medida, anos passados e agora o encontro desejado. Foi o passeio ameno pelas barracas, o cheiro dos petisco conhecidos, o som dos nossos artistas, o sorriso da nossa gente, o murmúrio da nossa lingua à mistura com outras, enfim tudo o que dá prazer e nos faz sorrir. Foi dificil a escolha do almoço, mas decidimos, pela raridade, por umas iscas de figado que estavam fabulosas, não sei quem as preparou, mas está de parabens. Enfim, foi um dia bonito e bem vivido. Viemos para casa com a certeza que celebramos o Dia de Portugal e das Comunidades, mas sobretudo celebramos vida. Aos amigos que não vimos, um abraço do peito. Até à volta

Férias no Alaska

Glacier Bay

rápidamente. Como todos sabem, a bordo é tudo pago com cartão de crédito e o mais barato que se bebe, é uma garrafa de água que custa dois dólares e dezanove cêntimos. Da capital partimos para a Glaciar Bay - National Park. A cada hora que o navio navega vemos constantemente diferentes e inéditos panoramas, como dizem, caso no mundo, nesta baía, não há explicação, só visto, os montes de gelo que constantemente racham e caem, causando enormes trovões que chegam a assustar. Saindo da baía, navegando por rios e canais, sempre chegados às inumeras ilhas e já no regresso, parámos na ultima cidade do percurso, Ketchikan, cerca de sete mil habitantes. Os sistemas das cidades, negócios e maneiras de viver são idênticos. Embora digam que no Alaska chove trezentos dias por ano, tivemos sorte porque fomos incluidos nos outros sessenta e cinco. No unico sítio onde choveu ali, foi apenas uma pequena ameaça de chuva ou a convidar-nos para irmos para bordo porque a hora da partida já se aproximava e como disse o responsavel de bordo, “é preferível chegar a bordo uma hora mais cedo que um minuto mais tarde...”

Mais uma noite e um dia com rumo a Vancouver. A bordo encontramos entretenimentos por todos os lados, incluindo o casino. Quase todos queixavam-se das máquinas, incluindo os familiares. Por mim não posso dizer mal, a sorte esteve do meu lado, foi magnífico. Parte da tripulação, incluindo o comandante, todos nos deram congratulações, pela celebração do nosso quinquagésimo aniversário matrimonial e ofereceram o bolo e velas para a cerimónia na mesa do jantar, onde um grupo cantou à volta da mesa, uma simpatia que jamais poderemos esquecer. Novamente no aeroporto de Vancouver e as mesmas praxes,

vindo de território americano, entrada em territorio canadiano e novamente para entrar em territorio americano, com destino a Los Angeles, passaportes e identificações, tirar os sapatos e abrir a mala de mão e deitar no caixote do lixo varios artigos nomeadamente higiénicos. Mesmo assim com as partes mais aborrecidas, valeu a pena e foram umas férias inesquecíveis.

COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena Rocha [email protected]

Little Portugal Chamam-lhe O Portugal Pequenino, (The Little Portugal). Ainda vi quando lhe deram o nome e até lhe colocaram bandeirolas nesta área, com desenhos de hortências e cachos de uvas pintadas. Algumas o vento já levou. De resto, como tanta coisa que o tempo leva, quando o vento aqui, mesmo o de pouca feição que nunca vem na forma de tufão, graças a Deus, nos vai levando o que já pelo tempo de presença marcou espaço e fez história. Mas estas demarcações ainda não são nome de rua e não creio que algum dia o cheguem a ser. Pelos anos que neste lugar tenho vivido, já vi negócios começar e acabar, e outros ainda continuam, talvez por uma questão de Amor; amor-próprio, amor à profissão, amor à tradição, amor à camisola, amor à arte, e tanto outro amor desentendido, até por aqueles que sendo do mesmo país e raça, não se interessam nem contribuem para que todo esse amor tenha futuro. Não sejamos tão bairristas que não possamos ou não queiramos ver que não é necessário ser-se Português de quatro costados para ter em conta que há pessoas no bairro que passam a fazer parte da nossa história de imigrantes. Algumas não vieram das Ilhas nem do Continente Português como a maioria de nós, mas vivem há tanto tempo entre nós que passam a fazer parte do nosso pequeno mundo, do nosso expólio. Conhecem os nossos usos, costumes e tradições e apreciam o nosso modo de viver, pacato, ordeiro, acanhado, muito conservador, ao mesmo tempo festeiro, muito cioso das suas raízes, e também por vezes muito egoísta, taiçoeiro e sobretudo invejoso. Ao ponto de tanta vez já ter ouvido dizer: quem ao pé do invejoso morou, unca cresceu nem medrou. Provérbios… Ditados do Povo que nasceram por algum motivo. Seja como for, enquanto o tempo consolida a história, pessoas há, que pela sua constância, se agarraram a este lugar e que ficarão como um marco importante na memória da nossa vida diária, tornando nossa a sua própria história. Fazem parte do nosso itinerário de vida. Porque fui eu quem chegou quase por último, passei a observar o presente pelo passado. Piso pedras da rua que outros com sacrifício aconchegaram para que ninguém resvalasse,,, (Algumas, já saíram do ladrilho, de gastas pelo tempo e cansaço de tanto serem pisadas…) Escutei histórias de vida que me cativaram, admirei a persistência do sonho tornar-se realidade, e enquanto houver tempo e Água Viva, contar-vos-ei algumas dessas histórias. As que valerem a pena serem contadas para matar a sede das caminhadas que já fiz..

Clube Português - 10 anos No passado dia 15 de Maio, o salão da Banda Portuguesa de São José enfeitou-se para receber condignamente os Finalistas do Clube Português da San Jose High Academy, que festejaram o 12-º ano de fundação, com um suculento jantar, confeccionado por Mariana Flores, ao qual acudiram não só os pais e outros familiares dos estudantes, como muitos simpatizantes do Clube e antigos alunos daquela Escola, que aproveitaram para conviver de novo com seus professores também presentes e ao mesmo tempo poderem congratular o Professor José Luis da Silva, responsável pelo ensino de Português, por sinal no último ano de leccionador, antes de entrar na reforma. Neste evento, aos jovens finalistas foram entregues bolsas de estudo,

atribuídas em nome de algumas organizações e também em memória do saudoso jóvem Jeffery Paz, que outrora fez parte da mesma escola. Houve ainda o reconhecimento de estudantes que apresentaram com orgulho, excertos de dança folclórica, de carnaval e ainda uma rábula em diversos quadros hilariantes que dispuseram bem todos os presentes. Não faltaram os discursos da praxe e alguns já com uma mescla de saudade, palavras de admiração e apreço tanto dos colegas como dos seus mestres, cujos nomes ficaram imprimidos no pequeno livro de memórias, feito especialmente para a ocasião. Decididamente, houve talento dos nossos jovens portugueses que é preciso ser aproveitado, a começar por estes pequenos momentos e através da Rádio, neste caso na

KSQQ, no programa mensal, cujo principal responsável é o Dr. Manuel Bettencourt, e muita emoção e alegria de que é feita a vida. Ao Professor José Luis da Silva foi dirigido um pequeno discurso por um antigo aluno, David Garcia e ainda pelos finalistas foi-lhe entregue um quadro com fotografias para recordar. Jantares com momentos destes vale a pena serem repetidos, porque une a juventude à cultura Portuguesa pelo idioma, pelo conhecimento, pela amizade que se faz que é sempre saudável em termos de futuro. Por tudo isso, foi muito bom ter estado aí a representar esta Tribuna. Texto e fotos de Filomena Rocha

Angra do Heroísmo é o melhor concelho do País para viver O Instituto de Tecnologia Comportamental (INTEC) realizou um estudo em que foi avaliada a qualidade de vida em 20 concelhos portugueses, em dez domínios diferentes. A cidade de Angra do Heroísmo foi considerada como o melhor município do País para viver. O prémio resultou de um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia Comportamental (INTEC), em que foi avaliada a qualidade de vida em 20 concelhos em dez domínios diferentes. Os domínios analisados foram o ambiente, urbanismo e habitação, acessibilidades e transportes, ensino e formação, economia e emprego, saúde, cultura e lazer, turismo, felicidade e tolerância e segurança. Angra do Heroísmo obteve três primeiros lugares em áreas como a felicidade, cultura e lazer e tolerância e segurança. O prémio foi entregue em Lisboa, no Museu da Electricidade, pelo coordenador nacional do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, no âmbito da realização da I conferência “Qualidade de Vida nos Municípios” subordinada ao tema “Estratégias para o Desenvolvimento”, organizada pelo Instituto de Tecnologia Comportamental. A distinção mereceu, no entanto, reparos por parte de um dirigente local do CDS/PP. “Angra é a cidade mais feliz e os angrenses são os mais optimistas do País, rezam as conclusões de um estudo feito à medida e que custou aos cofres da autarquia milhares de euros que poderiam e deveriam ter sido aplicados em prol da melhoria da qualidade de vida”. parcial in expressodasnove

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1600 Colorado Avenue Turlock, CA 95382 Telefone 209-634-9069

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15 de Julho de 2009

U.P.E.C. 123RD ANNUAL CONVENTION Wyndham Palm Springs Hotel, Palm Springs 888 East Tahquitz Canyon Way, Palm Springs, CA 92262 AUGUST 1, 2009 - AUGUST 4, 2009 Saturday, August 1, 2009 5:00-6:30PM…..Delegates Registration 7:00PM………..Youth Testimonial Dinner and “Shinning Stars” Hollywood Night



Monday, August 3, 2009



7:30-8:30AM…….. Delegates Registration 9:00AM………….. Business Session 12 Noon……..……..Lunch Break and Youth Activities - Youth Variety Show 1:00PM…………….Business Session



Sunday, August 2, 2009

7:00PM…………... Supreme President’s Reception “A Groovy Gala”





Tuesday, August 4, 2009

7:30AM………....Past Supreme Presidents Meeting 7:30-9:15AM…. Delegates Registration 10:00AM…….... Mass at Hotel 12PM-3PM…….Lunch/Visitors Hour 3:30PM……….. State Youth Meeting “Next generation” Meeting 4PM-6PM……..Delegates Registration 7:30PM……….. Presentation of Supreme Officers, Queen Coronation, and Grand Ball. Music by Chico Avila



9:00AM…………... Business Session



12 Noon…………....Youth Outing and Lunch Break



1:00PM………… ..Business Session



6:00PM…………..Social Hour



7:00PM…………...Installation Banquet and Dance Music by “Chico Avila”

RESERVE UNDER UPEC GROUP: (760) 322-6000

PATROCINADORES

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FESTAS

15 de Julho de 2009

I.E.S, a festa maior da Área da Baía

Aia Kylee Gonzalez, Rainha Grande Ashley Meneses, aia Frankie Crabtree, rodeadas por dois elementos de Knights of Columbus

Rainha Pequena April Marie de Rosa, acompanhada pelas aias Kali Ulick e Natalai Fulga Embaixo: coroação da Rainha Pequena April Marie de Rosa

A Festa da Irmandade de San José é conhecida pela sua grandeza e pela participação de cerca de uma centena de outras organizações que nesse dia se deslocam a San José para partilharem o dia maior da Área da Baía.

Além da parada sempre muito bonita, um dos seus pontos altos é a Missa da Festa na Igreja Nacional das Cinco Chagas, sempre muito bem engalanada. É uma Igreja que merece ser visitada.

Rainha Junior Jessica Oliveira, aias Joclynn Souto e Alyssa Torres Padre Mancuzo dá a beijar o ceptro a Jessica Oliveira

FESTAS

Dir/ Esq: Presidente Henrique e Elizabeth Oliveira, com toda a sua direcção

Aspectos da Igreja Nacional das Cinco Chagas. Coroação do Presidente Henrique e Elizabeth Oliveira e da Rainha Grande Ashley Menezes

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FESTAS

15 de Julho de 2009

Livingston no dia maior do ano

Fotos de Jorge Avila “Yauca”

Rainha Grande Julie Silveira, aias Natalie Fagundes e Michelle Coelho

Realizou-se nos dias 4 e 5 de Julho a Festa do Espírito Santo em Livingston, que teve a comparência de organizações vindas de muitas cidades da California.

No dia 4, depois do Terço, houve baile com o Alcides Machado e apresentação das Rainhas e Oficiais. No Domingo, dia 5, Missa da Festa celebrada por Monsenhor

Harvey Fonseca na Igreja de São Judas Tadeu. Sopas e carne foram servidas e durante a tarde houve arrematações e à noite baile com Chico Avila.

FESTAS

Outside Guard Nelson e Cindy Costa; Secretária, Eunice Pinto; Vice P Carlos e Michelle Fagundes; Jocelyn e Mathew Mendonça, Presidente; Eldini e Antonio de Jesus, Tesoureiro.

Rainha Pequena Jocelyn Silveira, aias Sylvana Vieira e Mila Alves Caras lindas

Monsenhor Harvey Fonseca e alguns seminaristas que o ajudaram na Missa O princípio da Coroação com o guião de Livingston e as Bandeiras Nacionais

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COLABORAÇÃO

15 de Julho de 2009

Sabor Tropical

Elen de Moraes

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[email protected]

s festas juninas fazem parte do legado que nos deixou Portugal, país de crença reconhecidamente católica. Com grande facilidade as incorporamos, com suas tradições religiosas e seu folclore. Há várias hipóteses para suas origens. Umas dão conta que elas já existiam no Egito, antes do Cristianismo: por ocasião da colheita os deuses do sol e da fertilidade eram cultuados e com o domínio do Império Romano sobre os egípcios, a tradição foi trazida para a Europa. Outras fundamentam o seu começo ao culto à deusa Juno, da mitologia romana. Os festejos em sua homenagem eram chamados “junônias”. No entanto, alguns historiadores afirmam que elas tiveram origem na França, no século XII quando o povo festejava com fogueira, dança e cantoria, o solstício de verão, véspera do início das colheitas. Uma festa pagã importante para muitos povos e que a Igreja Católica, inteligentemente, ao invés de condenar, deu-lhe sentido religioso, associando-a ao aniversário de São João Batista. No século XIII os portugueses incorporaram ao calendário da “festa joanina” os Santos Antonio e Pedro. No Brasil recebeu o nome de “festa junina” por acontecer no mês de junho. Como é notório, tais festas chegaram-nos com os portugueses,

na época da colonização, mas só em 1603 temos as primeiras referencias, quando um frade Jesuíta, Vicente do Salvador, escreveu: “os índios acudiam a todos os festejos dos portugueses com muita vontade, porque são amigos de novidades, como no dia de São João Batista, por causa das fogueiras e capelas”. Dançar em torno da fogueira tinha muito a ver, para os índios, com suas danças sagradas que também eram realizadas em volta do fogo. No Brasil, na véspera de Santo Antonio comemora-se o dia dos namorados por ser o Santo considerado casamenteiro e temos hábito de trocar presentes nessa época. É uma festa mais caseira. Os devotos vão à Missa prestar suas homenagens, pedir e agradecer as bênçãos e levar os pães que simbolizam fé e garantem fartura à mesa. Pelo lado da crendice popular, quem quer se casar faz simpatias e neste ano, uns dias antes dos festejos, tivemos até uma passeata de solteiros protestando pelo motivo de estarem sozinhas. Brincadeira, claro. São João é festejado com fogos de artifícios, tiros, balões e bandeiras coloridas. Erguem fogueiras, dançam, servem comidas típicas e entoam louvores ao Santo. Subir no pau de sebo com o objetivo de pegar os presentes amarrados no topo é a brincadeira que diferencia as comemorações de São Pedro. O Santo também é o protetor dos pescadores e por isso

Ao Sabor do Vento

José Raposo [email protected]

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ia de Portugal em Sausalito? Sim! Foi há poucos meses atrás que o Sr. Cônsul Geral de Portugal em São Francisco me telefonou para saber as possibilidades de fazer uma exposição de pintura em Sausalito. As pinturas seriam obras do Padre Manuel Bernardo, Helia Sousa, Goretti Carvalho e Fernanda Simões. Infelizmente o Padre Manuel Bernardo faleceu antes de ver as suas obras expostas. Os Directores da Irmandade apoiaram e aprovaram a ideia do Sr. Consul e o que era para ser só uma exposição de pintura, tornou-se numa festa e celebração do dia de Portugal. Depois das eloquentes palavras de boas vindas do Sr. Consul, em que enalteceu a I.D.E.S.S.T. e o esforço de todos os seus Directores, o grupo coral jovem da Igreja

Festas juninas: origens e “guerras de espadas” no seu dia são feitas procissões marítimas em sua homenagem. As comidas servidas nas festas são uma gostosa mescla dos quitutes portugueses, da cozinha africana e indígena: sopa, bolo, pão doce, canjica de milho, arroz doce, broa de milho, batata doce assada, milho cozido, paçoca, péde-moleque, cocada, aipim frito, etc. e dependendo da região também são servidos pratos típicos e até “hot dog”. A quadrilha era a dança típica da festa. Hoje em dia está restrita a apresentações e premiações e para dançá-la, roupas bonitas e até dispendiosas são confeccionadas no melhor estilo “caipira”. De origem francesa, chegou ao Brasil com a Família Real no século XIX e era dançada nos salões da corte e da aristocracia. Com o passar do tempo foi assimilada e incorporada aos festejos populares. As festas juninas são importantes no calendário das festas brasileiras, principalmente para os Estados do norte e nordeste. Algumas Prefeituras organizam-nas e dão aos turistas uma ótima infra-instrutura. Contratam artistas famosos para animá-las e os conjuntos de “forrós” dão o toque especial aos bailes. Alguns lugares criaram suas próprias atrações, como é o caso da “guerra de espadas” da festa de São João em Cruz das Almas, cidade do interior do Estado da Bahia. Lá, como nos conta Jor-

ge Ferreira Silveira (Jota), Diretor do Departamento de Eventos Populares, a “guerra” nasceu da vontade do povo, por essa vontade ainda permanece e é conhecida mundo afora. As espadas são pedaços de bambus cozidos, de uns 30 cm, amarrados com barbantes encerados, recheados com pólvora, barro e limalha de ferro, material que confere efeito brilhante às faíscas, dando um espetáculo de luzes fascinantes. Quando soltas das mãos, desenham movimentos de rara beleza e de grande perigo para quem assiste aos duelos sem a proteção recomendada ou para quem dele participa sem experiência e a devida prudência. Os duelistas, atualmente, têm local demarcado pela prefeitura para seus espetáculos e são expressamente proibidos fora dessa área. Porém, de acordo com Reinadi Sampaio, outra moradora da cidade, que desenvolveu o trabalho “O conflito: sua natureza e suas manifestações”, para sua Uni-

versidade, mostrando os efeitos maléficos da brincadeira com as espadas, o numero de duelistas acidentados é elevado e alguns não resistem aos ferimentos. Sem falar do barulho ensurdecedor e do prejuízo que sofrem as casas riscadas pelo fogo das espadas. Ainda segundo Jota, “guerra” é um nome inadequado porque não há brigas e tudo não passa de uma competição para ver quem tem maior destreza no manejo das espadas e a rivalidade fica por conta da coragem de lançá-las e depois persegui-las e devolvê-las acesas para o lado oposto, entretanto ele estuda alternativas para por fim à inegável violência gerada pelos duelos e para que se mantenha a tradição da bonita festa da “guerra das espadas”. Pesquisa: CARVALHO, Hernani de – No Mundo Maravilhoso do Folclore LIRA, Mariza – Migalhas Folclóricas

“Um Dia de Portugal em cheio

das Cinco Chagas actuou e todos ficaram impressionados com as bonitas vozes dos participantes. O grupo Folclórico Tradições da Nossa Terra, com as suas cores garridas e os seus cantares populares, animou muito bem a festa. O meu amigo Hélio Beirão, a Julia e David Borba mostraram, mais uma vez, a perfeição com que sabem tocar os seus instrumentos e o número Trindades fez-me lembrar o badalar dos sinos da minha aldeia. A Hilda Maria mostrou que sabe cantar bem tanto em Português como Inglês. O espectáculo fechou com o grupo Sete colinas e se bem que o Helder Carvalheira é um mestre na guitarra Portuguesa, o Manuel Escobar no seu violão e o João Cardadeiro, no baixo fazem uma completa harmonia digna de ser escutada em qualquer parte. Além destes artistas que muito bem tocaram e dos pintores cujas obras são excelentes na minha maneira de ver, também houve uma exposição de artesanato onde não faltou toalhas, mantas, vestidos e bordados de várias espécies, alguns deles com mais de 100 anos. Foi uma festa que

contou com a colaboração de muita gente. Não posso deixar de mencionar minha cunhada Margarida e a ajuda que a I.D.E.S.I., de Novato, deu para usarmos a máquina para amassar as malassadas e o uso do salão para as preparar. O Presidente de Novato, Sr. Bill Teixeira, sua esposa e uma grande parte de Directores e membros, muito nos têm ajudado. A Fátima Freitas, a Eduarda Nunes, minha irmã Luisa e minha mulherf, contribuíram com a organização dos bordados. Eu sei que me vou esquecer de mencionar alguém, portanto, para os esquecidos, vai também o meu reconhecimento. A padaria Nove Ilhas, o restaurante La Sallete, o H.G.C. Imports, Viños Unicos, Matos Cheese Factory, Morey Winery, prestaram grande contribuição e a todos estamos muito gratos. Fiquei agradavelmente surpreendido ao ver o meu amigo Décio e a Helena, sua esposa, assim como o Tony Goulart e Judy e mais uns quantos amigos da área de San José que provaram que conhecem o caminho para Sausalito. Foi com satisfação que recebemos o Sr. Osvaldo Palhinha, da R.T.P.i, que embora desconhecesse que havia um Salão Português em Sausalito, conseguiu cá chegar e assim os Portugueses espalhados pelos quatro cantos do mundo terão oportunidade de fazer contacto, pelo menos visual, com os seus irmãos desta cidade banhada pelas águas da baía do Golden Gate. Em 1922, 20% da população de Sausalito era Portuguesa ou de descendência Portuguesa. Com o decorrer dos tempos e o aumento exorbitante do valor das proprie-

dades, aos poucos venderam o que tinham e foram-se mudando para outros lugares mais acessíveis. Não sei se neste momento teremos dez Portugueses a viver em Sausalito. O novo grupo de Directores da I.D.E.S.S.T. tem feito todo possível para que a organização cresça e neste momento até temos pessoas de várias nacionalidades que participam das nossas festas, o que acho que é um orgulho para todos nós. Na página que a organização tem na internet houve um senhor de Portugal que nos criticou por celebramos o dia de Portugal no dia 6 de Junho, quando em Portugal é celebrado no dia 10. O que essa pessoa não sabe nem nunca saberá é que para nós imigrantes, que saímos de Portugal com o “E” da esperança e entramos nesta terra com o “I” da incerteza, todos os dias são dias de Portugal. Enquanto que o dia 10 de Junho é feriado nacional em Portugal, aqui mesmo que calhe num Domingo é dia de trabalho para muita gente. Não há um só dia que não nos lembramos da terra onde nascemos, quer tenhamos vindo dos Açores, da Madeira, das serras ou cidades entre Monção e Albufeira ou das lezírias, entre Cabo da Roca e Campo Maior, estamos todos metidos dentro do barco da saudade. Foi pena que o José Ávila, Director desta Tribuna Portuguesa, não pudesse estar presente, pois ele faria uma narrativa muito melhor do que a minha. Mas, para o ano que vem, tenho a certeza que ele virá, nem que para isso tenhamos que fazer uma tourada em Sausalito e então será um dia de Portugal em cheio. .

COLABORAÇÃO

Lufada de Ar Fresco

Paul Mello

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“Gripe Suina” nos Açores

[email protected]

A

confirmação do primeiro caso da tão falada Gripe Suína nos Estados Unidos pelos laboratórios do Center for Disease and Control(CDC) remonta ao dia 15 de Abril de 2009. Os casos foram-se multiplicando e no dia 3 de Junho de 2009, cada Estado dos Estados Unidos já tinha confirmado a existência de pelo menos um caso da Gripe A (vírus H1N1). Devido ao alastrar da gripe e do rápido crescimento no número de casos a nível mundial, a Organização Mundial de Saúde elevou de 5 para 6 o nível de alerta de pandemia no dia 11 de Junho de 2009. Até à data da elaboração deste artigo (6 de Julho), o número de casos a nível mundial já se encontrava acima dos 94,500, com particular destaque para os Estados Unidos com cerca de 33,900, o México com 10,200, e o Canadá com mais de 7,900. Até ao momento, o número de casos da Gripe A (vírus H1N1) em Portugal é de 71. A chegada desta Gripe ao arquipélago dos Açores tinha uma probabilidade “muito reduzida” como fez questão de afirmar o secretário regional da Saúde, Miguel Correia e tal apenas aconteceria “via Continente e não Base das Lajes”, como frisou o mesmo ao Diário dos Açores no dia 28 de Abril de 2009. No entanto, no passado dia 1 de Julho de 2009, deu-se a confirmação do primeiro caso da Gripe A (vírus H1N1) no arquipélago dos Açores.

De acordo com o Diário dos Açores, o primeiro caso da Gripe A foi encontrado numa menina de três anos, que viajou no dia 29 de Junho do Canadá para a ilha Terceira e acabou por ser internada no Hospital do Santo Espírito de Angra do Heroísmo. As várias análises que foram feitas confirmaram de que se tratava de um caso da Gripe Suína. O Secretário Regional da Saúde fez questão de afirmar que a menina se encontra numa situação de saúde estável. No dia 3 de Julho, surgiu a confirmação de mais dois casos da Gripe, desta vez nas ilhas de São Miguel e Graciosa. Na Graciosa, um homem de oitenta e quatro anos de idade está a ser observado de perto no Centro de Saúde de Santa Cruz. De acordo com o Diário dos Açores, este senhor também estava abordo do avião proveniente do Canadá. O caso de São Miguel referese a uma mulher de vinte e nove anos de idade, que também viajou no mesmo voo do Canadá e que presentemente está a ser observada de perto no Hospital Divino Espírito Santo em Ponta Delgada. Até ao dia 3 de Julho, foram confirmados um total de cinco casos da Gripe A nos Açores, quatro dos quais a corresponderem a pessoas que viajaram no mesmo voo proveniente do Canadá e, segundo o Diário dos Açores, este número poderá aumentar caso se confirmem outros tantos casos suspeitos. O Secretário Regional da

Saúde, Miguel Correia afirmou que “não há uma evidência de que exista transmissão na comunidade local” e que “o vírus é de baixa virulência o que tem permitido que pessoas que possuem outras patologias reajam bem aos tratamentos e fiquem curadas”. Mas afinal, o que é o novo vírus da Gripe A(H1N1)? Trata-se de um novo subtipo de vírus que afecta os seres humanos e que apresenta uma combinação de variantes genéticas humanas, aviárias e suínas. A novidade prende-se no facto deste vírus ser transmissível entre seres humanos. Um dos grandes problemas encontra-se na dificuldade de distinção entre a Gripe A H1N1 e a gripe sazonal, pois os sintomas de ambas são muito semelhantes. Sintomas como a febre, tosse, dores de garganta, dificuldades respiratórias, dores corporais ou musculares, dores de cabeça, fadiga, arrepios, vómitos ou diarreia têm sido observados na maioria dos casos da Gripe A H1N1. Para além da semelhança de sintomas, a Gripe A (H1N1) e a gripe sazonal também partilham o modo de transmissão. Para que o vírus seja transmitido basta uma pessoa infectada falar, tossir, ou espirrar junto de outra. O perigo também prendese na capacidade que o vírus tem de sobreviver durante várias horas em superfícies como por exemplo nas maçanetas de portas, corrimãos ou teclados das caixas de

Multibanco e daí que seja necessário manter essas superfícies desinfectadas. Pese embora ainda não existir uma vacina para proteger o ser humano contra o novo vírus da Gripe A (H1N1), existem medicamentos que têm sido extremamente eficazes no combate ao vírus e como prova disso, dos cerca de 94,500 casos mundiais, apenas 429 até ao momento resultaram na morte do portador, resultando numa percentagem de sobrevivência superior a 99%. Numa altura em que muitos emigrantes estão a fazer as malas par viajarem para o paraíso Açoriano, convém andar informado relativamente a este vírus. A Organização Mundial da Saúde recomenda aos viajantes para evitarem contacto com pessoas doentes; lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou com toalhetes com solução de álcool; evitar tocar com as mãos nos olhos, nariz e boca; cobrir a boca quando espirrar ou tossir, utilizando um lenço de papel sempre que possível; limpar superfícies sujeitas a contacto manual. Enfim, façam como se estivessem a tentar evitar a gripe sazonal, mas não deixem de gozar as suas férias e também não deixem de comer uns torresmos de porco, pois ao contrário do que muitos julgam, o vírus não é transmitido através do consumo da carne suína.

COMCAST lança novo plano de ligações internacionais Clientes do Comcast Digital Voice® Economizam com Carefree Minutes™ Worldwide 300 Filadélfia, 25 de junho de 2009 – Comcast Corporation (Nasdaq: CMCSA, CMCSK), a maior provedora de produtos e serviços de entretenimento, informações e comunicações do país anunciou hoje o lançamento do Carefree Minutes Worldwide™ 300 que oferece tarifas ainda mais competitivas para localidades populares ao redor do mundo. O plano Carefree Minutes Worldwide™ 300 proporciona 300 minutos de chamadas para 100 países, em qualquer horário, por $14,95 por mês. “Nosso objetivo é fornecer aos nossos clientes planos que permitem a fácil comunicação com a família e os amigos em qualquer lugar do mundo, por um custo baixo e através de chamadas de alta qualidade,” afirma Cathy Avgiris, Vice Presidente Sênior e Gerente Geral, Serviços de Voz da Comcast. “Nosso plano de ligações internacionais é outro exemplo de como continuamos a reinventar o serviço de telefonia, oferecendo ao mesmo tempo uma redução de custo competitiva”.

O Plano de Ligações Carefree Minutes Worldwide™ 300 inclui:

41 países na Europa Albânia, Andorra, Armênia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, França, Geórgia, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Cazaquistão, Latvia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Mônaco, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, România, Rússia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquemenistão, Ucrânia, Reino Unido, Uzbequistão, Vaticano 26 países no Caribe e nas Américas Central e do Sul Antígua, Argentina, Bahamas, Barbados, Bermuda, Brasil, Ilhas Caimã, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guadalupe, Haiti, Jamaica, México, Panamá, Peru, Saint Kitts e Nevis, Santa Lúcia, Saint Vincent, Uruguai, Venezuela 20 países na Ásia e no Pacífico Austrália, Bangladesh, Camboja, China, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Quirguistão, Macau, Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul, Sri Lanka, Taiwan, Tailândia, Vietnam 8 países no Oriente Médio Bahrain, Brunei, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Arábia Saudita, Turquia 5 países na África República de Camarões, Malawi,

África do Sul, Zâmbia, Zimbábue Além das opções do plano de chamadas e das tarifas internacionais competitivas, os clientes do Comcast Digital Voice se beneficiarão de uma variedade de produtos e recursos novos e inovadores para telefones residenciais como: •Identificador de Chamadas Universal – Os clientes do Triple Play Comcast podem ver a informação de quem está ligando na televisão ou no computador enquanto assistem a um filme ou navegam na Web. •Centro de Comunicações SmartZone™ – esta aplicação online oferece simplicidade e comodidade, permitindo aos clientes gerenciar email, mensagens de voz e o livro universal de endereços em um só lugar. •Qualidade Aprimorada de Telefone Sem Fio – telefone residencial com múltiplos recursos que oferece todas as funções populares do Comcast Digital Voice além de serviços integrados e funcionalidade avançada como a possibilidade de visualizar emails, visualizar/encaminhar/ gerenciar o correio de voz através do telefone ou computador, ler notícias, esportes e horóscopo, acessar o livro universal de endereços e fazer buscas através da ajuda do diretório online. Para melhor complementar os recursos oferecidos pelo Comcast Digital Voice, um estudo realizado pela empresa de consultoria

econômica Microeconomic Consulting and Research Associates (MiCRA) constatou que consumidores já economizaram $23.5 bilhões, inclusive $13 bilhões apenas no ano de 2007, devido à concorrência no setor de telefonia de companhias como a Comcast. Usuários podem economizar de 20 a 30 por cento, ou acima, com o Comcast Digital Voice, o que prova o sucesso das políticas pró-competitivas que garantem opções para o consumidor. Para mais informações sobre o Carefree Minutes Worldwide™ 300, visite: http://www.comcast. com/internationalcalling/ e para mais detalhes sobre o Comcast Digital Voice, visite: www.comcast.com/comcastdigitalvoice/ Nota: 300 minutos por mês, em qualquer horário, para 100 países determinados. Não pode ser usado em combinação com nenhum outro plano Carefree Minutes. Disponível apenas para clientes do Comcast Digital Voice. Não há transferência de minutos – minutos devem ser usados em cada ciclo de cobrança e para ligações feitas apenas para telefone fixo, excluindo-se serviços de operadora e de assistência de guia telefônico. Se o número de minutos permitido for excedido, o cliente pagará as tarifas internacionais padrão de ligações feitas para telefone fixo. Equipamentos, impostos, sobretaxas e outros encargos telefônicos são cobrados adicionalmente.

Sobre a Comcast Corporation A Comcast Corporation (Nasdaq: CMCSA, CMCSK) (www.comcast.com) é a maior provedora de produtos e serviços de entretenimento, informações e comunicações do país. Com 24.1 milhões de clientes de serviços por cabo, 15.3 milhões de clientes de serviços de Internet de alta velocidade e 6.8 milhões de clientes do Comcast Digital Voice, a Comcast dedica-se principalmente ao desenvolvimento, gerenciamento e operação de sistemas de cabo e ao suprimento de conteúdo de programação. As redes de conteúdo e investimentos da Comcast incluem E! Entertainment Television, Style Network, Golf Channel, VERSUS, G4, PBS KIDS Sprout, TV One, dez redes dedicadas a esportes e operadas por Comcast Sports Group e Comcast Interactive Media, que desenvolve e opera os negócios da área de Internet, inclusive Comcast.net (www.comcast.net). Além disso, a Comcast é também proprietária majoritária da Comcast-Spectacor, cujos maiores investimentos incluem o Philadelphia Flyers, time de hockey da NHL (National Hockey League), o Philadelphia 76ers, time de basquetebol da NBA (National Baskteball Association) e dois grandes estádios usados para várias finalidades em Filadélfia.

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PATROCINADORES

15 de Julho de 2009

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TAUROMAQUIA

15 de Julho de 2009

Grupo de Forcados de Turlock vai a Portugal

Quarto Tércio

José Ávila [email protected]

Tiro o meu chapéu a todos

aqueles que aficionadamente tem dado o rosto na defesa da nossa festa, participando em encontros para a constituição de uma organização que nos defenda dos ataques fundamentalistas anti-qualquer coisa.

Tiro o meu chapéu à Tertulia Tauromáquica Terceirense por continuar a

publicar a unica revista taurina açoriana. A Festa na Ilha deve estar a chegar à California. Mais uma vez poderemos ler bons artigos sobre toiros, além de ter a oportunidade de apreciar fotografias antigas da nossa festa brava da Terceira. A não perder nunca. Comprar sempre.

Esta fotografia ficará na história da Grupo de Forcados de Turlock na Corrida do seu 33° Aniversário

O Grupo de Forcados de Turlock, que há pouco tempo comemorou os seus 33 anos de actividade taurina, recebeu um convite para pegar toiros em duas corridas em Portugal - no dia 20 de Agosto na Praça do Campo Pequeno em Lisboa e no dia 26 do mesmo mês em Albufeira, Algarve.

festa brava da California. Os dois Grupos de Forcados de Turlock pegaram juntos pela primeira vez na I Corrida da Feira da Festa de Stevinson e Paulo Ferreira ofereceu a lide a Jorge Martins e a Tony Machado, cabos de forcados. Bonito.

Recordemos que este grupo já pegou toiros nos seguintes lugares: 1988 - Terceira (Sanjoaninas) e Albufeira (Algarve) 1995 - Canadá 1996 - Terceira (Sanjoaninas) 2007 - Feira de São Jorge 2008 - Feira da Graciosa

Michael Lopes na Corrida de Santo Antão

Queremos crer que o Grupo de Forcados de Turlock será mais uma vez um bom representante da nossa Festa Brava, como sempre tem sido em todas as suas digressões fora do País. Para aqueles que não andam a par do mundo dos toiros, podemos dizer que o grupo está em forma e conta com uma mão cheia de bons pegadores e boas ajudas. Fará figura, concerteza. Deixo-vos, neste espaço taurino, algumas das boas pegas que este ano efectuaram em diversas corridas onde actuaram. Donald Mota na Corrida de Patterson

Gary Rocha na I Corrida de Stevinson

Kyle Parker na Corrida de Santo Antão

Esta gravata preta ficará aqui até que as nossas organizações taurinas aprendam a devolver os bilhetes dos toiros depois dos porteiros os cortarem. O que acontece na California desde há anos, é que os patrocinadores pagam para que os seus serviços sejam publicitados nos bilhetes de toiros e depois mal se compram entrega-se ao porteiro, este fica com ele e no fim da corrida vai tudo para o lixo. Alguém pode compreender isto? Por lei, todo o cidadão, em qualquer país do mundo, tem direito a ter o seu recibo, mesmo que o bilhete seja oferecido.

Nao faremos mais críticas de Corridas de Toiros até que a nossa Comunidade Taurina acorde deste sonho mau que tem tido. Já estou a ficar farto desta brincadeira.

Anthony Martins na II Corrida de Stevinson

ÚLTIMA HORA No final da reunião havida em Thornton no dia 10 de Julho, para discussão da necessidade de se constituir uma organização para defesa e preservação da nossa cultura e tradições, ficou aprovado o seguinte: a. Aceitação por unanimidade da constituição da orga - nização em causa. b. Escolha de um comité de 5 pessoas para avançar com o projecto em termos jurídicos. Mais notícias na próxima edição.

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ARTES & LETRAS

15 de Julho de 2009

O bando da burra – humor, crónica e sátira social Urbano Bettencourt

Diniz Borges [email protected]

N

a Piedade (ilha do Pico), a 3.ª feira de Entrudo é dia de bando. A freguesia converge para o Curral da Pedra, onde a partir do Coreto (muito antes, era do muro do Manuel Gonçalves) se procede à leitura do testamento de cada burra ou burro falecido na freguesia no decurso do último ano. Testamento burlesco, bem se vê, que parodia o texto jurídico formal num vocabulário desbragado e solto, e ao longo do qual cada animal se “desfaz” das suas peças ou membros, deixados em herança a testamentários escolhidos de acordo com um propósito cómico e satírico. A tradição do bando perde-se no tempo. Agora, três jovens da Piedade, Carlos Freitas, Fábio Vieira e Filipe Costa, lançaram mãos ao trabalho e recolheram alguns desses testamentos, que reuniram em livro, com o apoio da Junta de Freguesia da Piedade e da Câmara Municipal das Lajes do Pico: O Bando da Burra é o título do livro, a que Fábio Vieira deu ainda um contributo suplementar com algumas ilustrações perfeitamente integradas no espírito dos textos, entre a (falsa) ingenuidade e a perversidade. Um livro como O Bando da Burra levanta questões de vária natureza. Em primeiro lugar, o modo de ser do ritual que está na origem dos materiais nele recolhidos e que ano após ano se repete, ou seja, o acto de botar o bando, de apresentar perante um auditório espontâneo um texto que acaba por «contemplar» alguns dos espectadores e não nos termos mais delicados, como se sabe (que os espectadores se prestem a entrar nesse jogo é ainda um outro elemento a considerar). Em segundo lugar, a natureza dos próprios textos ou bandos: a sua organização interna, de anúncio e relato de um acontecimento, a morte da burra com todas as suas peripécias e, de imediato, a leitura do suposto testamento deixado pelo bicho. O mais particular, no entanto, é a linguagem em que isso se faz, uma linguagem liberta de peias e amarras e sem medo de sujar as mãos (ou a língua) naquela zona que o recato e o pudor desaconselham durante os restantes dias do ano. Um ponto relativamente pacífico e consensual quanto a estas manifestações da cultura popular prende-se com a sua origem remota. Admite-se que práticas como esta do testamento da burra possam representar a sobrevivência de rituais comuns na Idade Média e ainda nalguns séculos imediatos – práticas não limitadas aos chamados três dias chamados do Carnaval, mas que decorriam ao longo de todo o ano. Tinham em comum o facto de pretenderem provocar o riso e a diversão, pondo a ridículo determinadas práticas sociais e religiosas. É assim possível encontrar manifestações como a festa dos loucos (aos quais tudo era permitido dizer) ou a festa dos burros. Em que consistia esta? Paramentava-se um burro com as vestes de padre e depois fazia-se perante ele uma paródia da liturgia católica ( e nem é bom pensar no que aconteceria hoje se alguém se lembrasse de recuperar esse ritual). Outras formas con-

Apenas Duas Palavras

(à maneira do “pranto” ou “lamentação” medieval). Lá estão, preto no branco, os nomes reais, e conhecidos à época, dos diferentes beneficiários do testamento com a indicação daquilo que a cada um cabe e na linguagem muito própria do género, mas imprópria do autor do livro e do seu estatuto. E outros testemunhos desse século falam-nos ainda do testamento do galo.

sistiam em imitar de forma cómica certos textos sérios, como os sermões, hinos, orações, salmos ou decretos e testamentos. O propósito de tudo isso era provocar o riso, já se disse. Essas manifestações tinham ainda em comum o facto de se desenvolverem totalmente à margem das instituições e dos poderosos. Constituíam uma espécie de “mundo de pernas para o ar”, em que os pobres e “os de baixo” se apoderavam da palavra e do espaço público e impunham a sua ordem e em que, embora de forma breve e ilusória, anulavam as diferenças sociais entre ricos e pobres, entre poderosos e súbditos, derrubavam as barreiras entre o sagrado e o profano. Era uma espécie de momento de libertação, nivelado pela visão do mundo dos de baixo e numa linguagem também ela baixa e insultuosa que era ainda uma forma de afirmação de liberdade e de poder perante os outros, os de cima, os poderosos. O testamento da burra é um modelo de texto (e prática) que talvez possa entender-se como vago parente desses rituais, que deixaram algum rasto no Cancioneiro Geral (de 1516), e a que poderíamos associar também a festa dos cornos, ainda em vigor nalgumas zonas do Pico e de que possuímos descrições pormenorizadas que atestam a sua natureza de paródia de práticas religiosas. Um bom exemplo da existência destes testamentos no século XIX nos Açores é-nos trazido por um livrinho da autoria do Padre Camões, natural das Flores. O livro intitula-se Testamento de D. Burro, pai dos asnos e consiste precisamente num texto que segue rigorosamente todos os passos de um autêntico testamento, mas que antes disso conta toda a vida de miséria e de pancada que foi a do testador

Serve isto para dizer que O Bando da Burra recolhe e guarda para leitura futura um conjunto de textos que têm atrás de si uma longa tradição – longa e saudável, porque afirma a nossa condição humana, o facto de sermos o único animal que ri. A questão mais complexa, no entanto, prende-se com outro aspecto: o de explicar como a tradição se tenha mantido apenas neste espaço da Piedade, constituindo ao longo dos anos um acontecimento único e capaz mesmo de motivar a curiosidade e a deslocação de pessoas de outros lados, como o atestam alguns livros de Dias de Melo. Não tenho resposta para isso, por isso não posso dá-la. Mas gostaria apenas de deixar uma pequena anotação lateral, que talvez possa constituir, um dia, uma achega para quem quiser ocupar-se destas coisas com mais tempo. A minha colega e amiga Ângela Furtado-Brum publicou há cinco anos um livro intitulado Contos Tradicionais Açorianos, onde reuniu 91 histórias populares ouvidas nas diversas ilhas. Encontramos lá um conjunto de histórias recolhidas na Piedade cujo tom se poderá aproximar daquele que caracteriza os bandos de carnaval: histórias marcadas por um humor anti-clerical que não poupa a beatice nem a religião nas suas miopias e numa linguagem que não conhece constrangimentos; esses contos efectuam uma banalização do divino, dos seus símbolos e agentes, e acabam por dar-nos a imagem de um mundo dessacralizado, mais igualitário e mais humano, enfim. O Bando da Burra reúne 15 bandos/testamentos ditos e ouvidos na Piedade entre 1982 e 2008; vai buscar ainda um bando recolhido na Ribeirinha em 1936 e editado por Manuel Dionísio em Costumes Açorianos ; no final, apresenta excertos de outros bandos e alguma poesia popular. Não é caso para me deter aqui no esquema e nos moldes destes bandos, pois isso é matéria por demais conhecida. O que a leitura destes textos permite detectar de imediato é a actividade recorrente da dupla António Macedo/Ilídio Areias, que assina a maior parte dos textos, ao lado de um de autoria anónima, outro de Manuel Pereira Vargas, um de Rui Fontes e ainda outro de António Macedo em parceria com Ana Machado. Numa outra perspectiva, a leitura deixa ainda ver um aspecto relevante destes textos, muito para lá da sua natureza satírica e da sua dimensão de divertimento: enquanto textos muito próximos do quotidiano e de alguns acontecimentos locais que são trazidos à memória pública em jeito de balanço, os bandos constituem (e particularmente agora no seu registo escrito) uma certa forma de crónica social,

Após um breve interrupção, preenchida graças ao editor deste jornal, José Ávila, aqui estamos em pleno verão de 2009 com mais uma Maré Cheia. É um trabalho do nosso amigo e colaborador o poeta Urbano Bettencourt. É um texto magnífico, como só o Urbano o podia escrever. Abraços, com votos que continuem a ter um bom verão, recheado de boas leituras e bons passeios. diniz

onde é possível recuperar situações, figuras, episódios de um determinado tempo, o descontentamento e algum mal-estar social, mesmo sabendo nós que tudo isso é visto através do filtro deformador da sátira e do exagero – mas o exagero e o excesso não deixam de ser uma estratégia de pressão e de chamada de atenção. Através destes bandos torna-se possível inventariar diversos alvos de crítica ou temas, de natureza habitual ou tradicional, chamemos-lhe assim: a inevitável política e os políticos, o pessoal do Matos Souto e o do Ambiente, os trabalhadores do furo da água, os calhetas (repisando velhas tricas de vizinhança), a rádio, a televisão. Mas outros temas atravessam ainda estes bandos: termos como a Sida, o preservativo, o aborto, a pedofilia, o stress, a NASA, situações como as das máquinas de lavar roupa que despejam a água para a rua, os cultivadores de liamba, entre outros – marcam o texto dos bandos, traduzindo a atenção a uma contemporaneidade que se vai introduzindo no tecido social não necessariamente pelas melhores razões. Por todas estas razões, e seguramente por várias outras, eu gostaria de felicitar mais uma vez o Filipe Costa, ao Carlos Freitas e ao Fábio Vieira por nos trazerem este livro, que constitui a parte importante de um facto social pertencente à história da Piedade, ao seu património simbólico. É pena, no entanto, que eles não tenham conseguido recuperar textos mais antigos, que nos permitiriam hoje ter uma imagem mais precisa do passado e até mesmo confrontar a linguagem actual dos bandos com a dos tempos do Estado Novo, e ver até que ponto a censura política e a auto-censura dos autores actuava sobre a palavra. Bem sei que a culpa dessa lacuna não lhes pertence, antes deve ser atribuída àqueles que, como eu, nunca tiveram a ideia de recolher os textos que em cada ano iam sendo produzidos. A partir de agora, está aberto o caminho para que se dê mais atenção a esses textos no sentido de resguardá-los, por aquilo que representam de manifestação social e simbólica da vida de uma comunidade.

Tribuna Portuguesa

Custo: $150,000.00 dolares. Aceitam-se ofertas

FESTAS

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ENGLIH SECTION

15 de Julho de 2009

serving the portuguese–american communities since 1979

portuguese

Ideiafix

Miguel Valle Ávila

• ENG L ISH SECTION

[email protected]

“Grande Entrevista” with Cosmetic Entrepreneur Scott-Vincent Borba:

Don’t give up on yourself - confidence is key to my launching the BORBA nutraceuticals and topical skin care products. How did you go from being raised in a small town in Central California to building your own company and supplying products to Hollywood stars? I have a very strong work ethnic; I really enjoy what I do and therefore it pretty much consumes all of my time. I never sit around waiting for things to happen – whether I need to make cold calls to potential partners, answer questions from my loyal consumer following, or fly across the country for a personal appearance I’m always up for the task at hand. Having worked in multiple cosmetic companies, why did you decided to start your own company? Why did you call it BORBA? I come from a family that always looked to natural ingredients in all that we do – I grew up on a farm! I wanted to share the wonders of natural things like exotic fruits and put them in efficacious products that offer amazing results. When my father was diagnosed with pancreatic cancer I realized I needed to stop procrastinating and start my company NOW. He’s an entrepreneur with a dream, and I wanted to follow in his footsteps. What are the biggest risks you face in your business? What are your biggest ambitions in life?

Who is Scott-Vincent Borba? Where were you born, raised, educated? What is your educational and professional background? I’m the youngest of five children in a very close, very Catholic family from a small farming town in Central California, Visalia. I was raised in Central California, and worked as a model to put myself through school. I did runway shows for designers like Calvin Klein and Versace and used the money to go to Santa Clara University where I earned my B.S. How and when did you start working in the beauty and skincare industry? How supportive was your family of your career choice? I’ve always had a philosophy of building beauty from the inside-out. That treating skin and health at the same time would be so much more beneficial and rewarding that just practicing either individually. My family was very supportive in helping me create a niche that didn’t exist prior

My biggest risk is that BORBA is my namesake, it could never be something I could see fail since I’m so connected to it. I also aim to launch products that no one’s ever seen before – I’d never do a copy cat product. So sometimes being a visionary can make me vulnerable until consumers realize, “oh, that is something I want to try!” My biggest ambition is to change the way people feel about themselves – for the better. Why did you get involved in non-profit organizations? I’ve always been a child advocate and I’ve always donated to charities I felt gave back the most. When I developed BORBA, my voice wasn’t just heard on the local level, but the global level. BORBA was my opportunity to support Covenant House California and to act as their spokesperson on both the grassroots and global levels to help gain awareness of their many initiatives and programs. What are your fondest memories of growing up in a Portuguese-American household? The warmth of growing up in a Portuguese-American household is something I cherish most. There was always lots

of love and the result was a family that will do anything for each other. We are a very tight-knit Catholic family who will go to great lengths to be with each other all the time (not just during Christmas when we eat bolo rei). Also the food… my favorite dish of all time is homemade cozido! Sometimes we all gather in the kitchen and cook together. Those are the memories I cherish most. Do you ever connect to your Portuguese-American roots? If so, how? All the time! I am a proud Portuguese-American! I’ve been to Portugal a few times (even visited the town of Borba), and eventually would love to retire in Portugal. Eu falo um pouco Português, but that’s something I’m working on. What type of questions do you get on your “Ask ScottVincent Borba Anything” page (http://www.borba. com/ask_scott_vincent)? This has really been a great way to connect to all of the women and men who love the products. The questions are usually centered around very specific skin care and health concerns. Based on my long history in beauty and with my healthy skin from within approach, I am able to first let them know that they are not alone then provide solutions that will not conceal but really treat the nature of their concern. I also offer very broad advice too – not just related to the BORBA products and I think consumer appreciate that so they can learn to practice a healthy “inside out” approach for themselves at home. What would you say to a Portuguese-American youth who dreams of being a successful entrepreneur? Don’t give up on yourself – confidence is key! Portugal is a small country that has accomplished a lot. But it didn’t happen overnight. It took hard work and perseverance. The best advice I can give it to try your best and work hard. And if at first you don’t succeed…keep trying! Não magoa nada ser Português. For more information on Scott-Vincent Borba and the BORBA products, go to www.borba.com.

FESTAS

O Grupo “Voz da Saudade” de Quebec, Canada, actuará pela primeira vez em terras da California, na Festa de Nossa Senhora da Assunção. Grupo “Voz da Saudade” estreou-se em Outubro de 1998, por ocasião da Festa do Imigrante, que é realizada anualmente no Centro Comunitário Português “Amigos Unidos”, na cidade de Hull, província de Québec, perto da cidade de Ottawa, capital federal do Canadá.

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O Grupo é composto por trinta elementos, incluíndo músicos, vozes femininas e masculinas. O seu reportório é todo ele revestido de uma originalidade surpreendente, com músicas e letras da autoria do seu director, António Fernando Ázera da Silva, músico, compositor e intérprete. Sejam bem-vindos.

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ENGLISH SECTION

The Morning After The morning after, she swallowed her heart and combed the stars from her hair. The morning after, everything was different.

15 de Julho de 2009

Marissa Sousa, Scholar-Athlete

The house surrendered to the rising temperature of saudade. Water ran hot then cold then hot again cafezinho was bitter, no matter how much sugar was added, and she drowned in waves of fado. Staring at the kitchen table, her heavy gaze discerned a ship leaving port never to returnthe one boat she was meant to be on borne away by deep currents. The weeping was born softly in one corner of her soul then grew moaning, heaving, echoing and sailing: the constant tears of those left behind.

Lisabeth Castro-Smyth

Five Wounds Portuguese National Church 90 years being a vestibule to Heaven

Marissa Sousa is a 4.0 GPA student at Santa Clara High School, where she maintained a 4.0 GPA all throughout freshmen and sophomore years. She played on the varsity volleyball team as a middle blocker. Her team was the league champions of SCVAL, went to CCS playoffs, but lost in the first round. Marissa played on the varsity basketball team as a forward and guard. She played on the varsity softball team as the right fielder. Her team was the SCVAL league champs, went to the CCS playoffs, won first round against Los Gatos Club Volleyball. Marissa played for Precision Sports as an outside hitter in Club Volleyball. She played on the The Blaze Team as a short stop and pitcher in PAL Softbal. She also played centerfield and is the captain in the PAL Softball Tournament Team — the Santa Clara PAL Sparks. The team took first place at the Davis/Dixon softball tournament and is going to the Nationals in Lancaster at the end of July. Congratulations to Marissa Sousa, a great example that a student-athlete can also be a scholar-athlete. From top to bottom: Santa Clara PAL Sparks, ready for the Nationals (Marissa is #14); Santa Clara High School Bruins Varsity Basketball (Marissa #11); Santa Clara Club Voleyball (Marissa spiking); Santa Clara Bruins Softball.

4th of July brings out Rose G Parade Five Wounds Portuguese National Church had its grand opening on Sunday, July 13, 1919. In his sermon, Monsignor Henrique Augusto Ribeiro, a native of Cedros, Faial Island, stated that “the church must be a vestibule to Heaven.” 90 years later, this church celebrates its dedication. Even though the parish was approved by the Archdiocese of San Francisco on November 8, 1914, the land for the church had been bought the previous year on November 16, 1913 with the great assistance of Mr. Manuel Teixeira de Freitas of San Rafael, CA. On November 15, 1914, Monsignor Henrique A. Ribeiro celebrated the first Mass as Pastor of the new parish in the Holy Spirit chapel. On October 1, 1916, Archbishop Edward Hanna of San Francisco blessed the first stone. On Assumption Day 1917, there was an “abundant” lunch served to celebrate the first shingles in the church’s roof. On June 29, 1918, the first Mass was celebrated in the new church. The official dedication would take place on July 13, 1919 of the new Church of the Five Wounds of Our Lord Jesus Christ (as described in the official booklet). In the “Lembrança,” Msgr. Ribeiro describes the struggles and attitude of the Portuguese community of the early 20th century. How much things have changed, but how much they have remained the same. Monsignor Ribeiro further stated that “a church for ALL Christians is a vestibule to Heaven.” May it continue like this for many more years.

For the second year in a row, San Jose’s The Alameda Business Association sponsored the Rose, White, and Blue Parade. About twice as long as its predecessor, this year’s parade started from West San Carlos at Shasta

Avenue weaving through the Rose Garden and ShastaHanchett neighborhoods to end in a festival atmosphere at The Alameda.

FESTAS

Hayward novamente em Festa

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Photos by Ray JD Photography e Lidiana Pereira

IDES, Hayward - Aia Simone Allenbach, Rainha Grande Emily Garcia, aia Sierra Loura

Padre Antonio Reis coroando a Rainha Emily Garcia

Coroação do Presidente Manuel Costa e Vice-Presidente Roger Brum, e respectivas esposas

Esq/dir: Séquito da Rainha Pequena - Aia Breanna Da Rosa, Rainha Pequena Melissa Da Rosa, Aia Shayla Da Rosa. À direita pode-se ver a Rainha Santa Isabel, Jessica Meneses

Rainhas, Presidente e Directores, numa festa sempre bonita nos dias 20 e 21 de Junho

Presidente do Conselho Hayward N° 14 I.D.E.S. , Manuel & Fatima Costa,

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