“Mercado Imobiliário Brasileiro: Qual o Próximo Passo?”
Celso Luiz Petrucci
Diretor Executivo do Secovi-SP
9/Set/2008
PERFIL DA POPULAÇÃO
Fatores que projetam à nova realidade - Maior concentração da população na faixa etária produtiva - PIRÂMIDE ETÁRIA DO BRASIL – 1980 -
- PIRÂMIDE ETÁRIA DO BRASIL – 2010 -
(milhões de habitantes)
(milhões de habitantes)
80 e +
80 e +
70 a 74
70 a 74
60 a 64
60 a 64
50 a 54
50 a 54
40 a 44
40 a 44
30 a 34
30 a 34
20 a 24
20 a 24
10 a 14
10 a 14
00 a 04
00 a 04 10
5
0
5
10
Mulher Homem
10
5
0
5
10
FONTE: IBGE
ASCENSÃO DA CLASSE MÉDIA
Segmento econômico “Nos dois últimos anos, mais de 20 milhões de brasileiros saíram das camadas sociais mais baixas – as chamadas classes D e E – e alcançaram a classe C, a porta de entrada para a sociedade de consumo.”
Edição de: 2/4/2008
Fonte: Instituto de Pesquisas Ipsos
Renda da população CLASSE DE RENDA A/ B 15%
• A classe C é hoje o extrato social mais numeroso do país. São 86,2 milhões de
D/ E 39%
pessoas, o equivalente a 46% da população brasileira (em 2005, a participação era C 46% Fonte: Revista Veja - 2/4/2008
de 34%).
Fonte: Instituto de Pesquisas Ipsos
Definição de classes sociais por renda domiciliar (CPS, Ibre, FGV e IBGE) Classe Pobre (classe E) Remediado (classe D) Classe Média (classe C) Elite (classe A e B) Fonte: JB 6/8/2008, CPS, Ibre, FGV e PME/IBGE
Renda Domiciliar Abaixo de R$ 768 De R$ 768 a R$ 1.064 De R$ 1.064 a R$ 4.591 Acima de R$ 4.591
Classe média já é maioria 55
Participação da classe média no total da população pesquisada
50
51,89
48,59
48,87
46,7
% 45
44,19 42,49
40 2002
2003
42,26
2004
2005
2006
2007
2008
De 2002 a 2006, famílias com renda entre R$ 1.064 e R$ 4.591 passaram de 44% para 52% Fonte: OESP, 6/8/2008 – CPS, Ibre, FGV e IBGE
Perspectivas de mudanças na base da Pirâmide Social Distribuição das famílias por classe de renda
RENDA EM R$
Em milhões famílias
Crescimento
2007
2030
(% a.a.)
Até 1.000
31,7
29,1
-0,4%
De 1.000 a 2.000
15,5
27,6
2,5%
De 2.000 a 4.000
8,4
21,8
4,2%
De 4.000 a 8.000
3,3
11
5,4%
De 8.000 a 16.000
1,1
4,3
6,1%
De 16.000 a 32.000
0,3
1,3
7,4%
Mais de 32.000
0,0
0,3
10,1%
TOTAL
60,3
95,4
2,0%
Fonte: Ernst & Young IBGE e FGV
FONTES DE FINANCIAMENTOS
Financiamentos habitacionais SBPE - Valores contratados por ano
35 30
Em R$ bilhões
% 724 De 2003 a 2007
28 / 30 18,3
25 20
9,34
15 10 5
4,85 2,22
3
2003
2004
0 2005
2006
2007
2008e
OBS: Jan/2008 a Jun/2008 e previsão para Dez/2008 Crescimento previsto de 36,6% - de 2007 para 2008 Fonte: Banco Central Brasil/ABECIP
Financiamentos habitacionais SBPE – Unidades por ano
350
Milhares
300
% 578 De 2002 a 2007
280/300 196
250 200 116
150 100 50
29
36
54
61
0 2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008e
OBS: Jan/2008 a Jun/2008 e previsão para Dez/2008
Crescimento previsto de 28% - de 2007 para 2008 Fonte: Banco Central Brasil/ABECIP
Financiamentos habitacionais 266,9 258,7
280 / 300
35,8 28,9 36,4 53,9 60,8
35,5 39,4 35,1 36,4
61,4 46,6 38,3
64,9 53,7
68 75 41
44,6 42,8 34,7 62,3
132
113,9
196
181,8
260,5
Em mil unidades
SBPE Volume de unidades anuais - Brasil
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08*
Volume de financiamento representa soma dos destinados à CONSTRUÇÃO e AQUISIÇÃO Fonte: BACEN
*jan/2008 a jun/2008 = 128 mil unidades
Mais de duas décadas se passaram... INDICADORES
1982
2007
124 MM
189 MM
PIB Per Capita R$ (mil)*
10,6
13,5
PIB R$ (Trilhão)*
1,32
2,56
Inflação (IGP-DI)
99,8%
7,9%
Salário Mínimo **
R$ 387,57
R$ 398,50
População
* Preços de 2007 ** Deflator INPC
Fonte: IPEADATA
Ano da virada FGTS • Redução de juros (0,5% ao ano) para cotistas • Facilidade para pagamento parcial das prestações (inclusive em atraso) • Programa Pró-Cotista (R$ 1 bilhão) sem limites de renda e valor imóvel
Ano da virada FGTS • Orçamento 2007: R$ 9 bilhões • Orçamento aprovado 2008: R$ 14 bilhões • Recursos Crédito Habitacional: – CAIXA : R$ 5,4 bilhões – Bancos iniciativa privada: R$ 3 bilhões
MERCADO DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS NOVOS
LANÇAMENTOS
Lançamentos residenciais Cidade de S. Paulo – Janeiro a Junho 20000
% 2007 e 2008 = 25,7%
16539 13161
15000 10000
8710
9194
9617
2005
2006
5000 0 Fonte: Embraesp
2004
2007
2008
Lançamentos residenciais RMSP – Janeiro a Junho 35000 30000
30.598
A RM passou de 17% em 2004 para 46% em 2008
25000
46% 18.720
20000 15000 10000 5000
12.852 10.477 17%
29%
13.922
30%
31%
83%
71%
69%
2004
2005
2006
70%
54%
2007
2008
0
Fonte: Embraesp
Ranking de Unidades Lançadas - RMSP 2007 Nº
Zona de Valor
Unidades Lançadas
1º
São Bernardo do Campo
4.999
2º
Morumbi
3.543
3º
Guarulhos
3.454
4º
São Caetano do Sul
2.925
5º
Santo André
2.302
6º
Cotia
2.162
7º
Vila Prudente
1.963
8º
Alphaville/Tamboré/Barueri
1.648
9º
Tatuapé
1.585
10º
Perdizes
1.570 Fonte: Embraesp
Unidades lançadas por tipo de imóvel - RMSP - Janeiro a Junho 2007 4 ou mais 22%
2008
1 dorm 1%
4 ou mais 20%
2 dorms 39%
3 dorms 38% Fonte: Embraesp
1 dorm 3%
2 dorms 35%
3 dorms 42%
VGV dos lançamentos por tipo de imóvel - RMSP - Janeiro a Junho 2007 1 dorm 1%
2008 2 dorms 17%
1 dorm 2%
2 dorms 17%
3 dorms 33%
3 dorms 31% 4 ou mais 51% Fonte: Embraesp
4 ou mais 48%
Valores médios dos lançamentos - RMSP – Jan. a Jun. Valores em R$
643.210
4 ou Mais
639.921
209.740 216.675
3 Dorms
124.085
2 Dorms
118.255
149.307
1 Dorm
141.598 0
Fonte: Embraesp
200.000
400.000 2007
2008
600.000
800.000
Valores médios por m² área útil dos lançamentos – RMSP – Jan. Jun. Valores em R$
3.840 3.590
4 ou Mais 2.643 2.562
3 Dorms
2.292 2.158
2 Dorms
2.795 3.171
1 Dorm 0 Fonte: Embraesp
1.000
2.000 2007
3.000 2008
4.000
5.000
PERFIL DE EMPRESAS
Segmento econômico • Construtoras especializadas em imóveis de alto padrão, anunciam a criação de empresas para a classe C. • Há razões de sobra para tanto interesse. De acordo com a consultoria Data Popular, a classe C apresentou o maior crescimento de renda em comparação com as demais classes. • Desde 2002, houve um aumento de 31% nos rendimentos desse grupo – acima da média nacional de 21%. • Até o ano passado, foram aproximadamente 100 bilhões de reais a mais na massa de renda dessas pessoas. Fonte: Revista Veja - 2/4/2008
Empresas criaram subsidiárias para o segmento econômico
BAIRRO NOVO
Segmento Econômico Ainda não há padronização no conceito
Cyrela Gafisa Klabin Segall MRV Rodobens Tenda
PRÓXIMOS PASSOS
Enfrentar a “crise” da Bolsa
POSIÇÃO DIÁRIA DAS AÇÕES DAS EMPRESAS DO RAMO IMOBILIÁRIO – 5/Set/2008 Ação
Fonte: Economática Elaboração: Secovi-SP
Cotação
Variação
Fechamento
Diária
Mensal
12 Meses
Abyara
5,05
-0,98%
-61,09%
-82,10%
Agra
7,45
-3,25%
-16,29%
-47,16%
Brascan
6,00
-6,83%
-9,09%
-47,19%
CCDI
5,40
-1,10%
-27,90%
-60,52%
Company
9,81
-3,25%
-12,02%
-41,33%
CR2
8,60
3,61%
12,33%
-62,86%
Cyrela
18,15
-2,89%
-16,74%
-1,71%
Even
5,06
-2,32%
-31,62%
-66,50%
EzTec
3,03
1,68%
-23,87%
-69,19%
Gafisa
22,70
1,79%
-10,77%
-3,00%
Gafisa NY
26,30
0,31%
-18,25%
9,83%
Helbor
4,20
-10,64%
-35,38%
n.d.
Inpar
3,00
-3,54%
-25,19%
-83,32%
JHSF
6,20
-5,20%
-7,32%
-36,39%
Klabin Segall
7,77
-0,89%
-13,57%
-57,17%
MRV
28,17
5,51%
-15,66%
-7,41%
PDG
17,67
4,87%
-19,32%
-31,39%
Rodobens
18,88
-0,11%
-6,49%
-5,06%
Rossi
8,47
1,07%
-31,42%
-62,76%
Tecnisa
5,98
-0,33%
-14,69%
-44,01%
Tenda
3,15
22,09%
-67,69%
n.d.
Trisul
4,20
-4,55%
-35,29%
n.d.
IBOVESPA
51.939
1,03%
-8,02%
-4,54%
DOW JONES
11.221
0,29%
-3,40%
-15,67%
Desafio: Faltam Estatísticas Pesquisas de Mercado Imobiliário: • Nacionalizar - iniciativa CII/CBIC de padronização das pesquisas nas principais cidades do País • Interiorizar – expansão da Pesquisa Secovi para o interior do Estado de São Paulo • Internacionalizar - informações sobre Países – por intermédio da Fiabci/Brasil
Desafio: Setor Imobiliário • Concentração das informações na Matrícula e Registro eletrônico • Cadastro positivo – Câmara Deputados • Padronização de contratos • Desenvolvimento de tecnologia e processos industrializados na produção
Desafio: Setor Imobiliário • Atração de outras fontes de recursos para financiamento à comercialização • Institucionalização e massificação do financiamento imobiliário • Mecanismos equilibrados de transição do SFH para SFI – Tendência de securitização das carteiras
Desafio: Governo • Vontade política para articular entes federativos, subsídios e programas para combater o déficit habitacional no país - Campanha Nacional pela Moradia Digna • Desoneração tributária para HIS – Habitação de Interesse Social – 38% de incidência de taxas, emolumentos e impostos na habitação social
Desafio: Agentes Financeiros • Maior desconcentração da aplicação dos recursos do FGTS • Processos mais “simples” de desligamento de unidades • Encarar a nacionalização do MI como fato consumado – Regiões Norte e Nordeste • Investir em RH e treinamento de pessoal
OBRIGADO!
[email protected]