Emergência na Clínica Odontológica
Controle de Vias Aéreas
Talvane Sobreira CD, CTBMF, MSc.
Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Vias aéreas
superiores Vias aéreas inferiores
Controle de Vias Aéreas e Ventilação Situações que necessitam de controle de VAS eficaz: - Estado de Inconsciência; - Bradpnéia; - Parada Respiratória; - Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE); - TCE de base de crânio; - TRM, entre outras...
Quando realizar o controle de VAS? Análise Primária A - Controle de vias aéreas e estabilização da coluna cervical - Estabilização manual da coluna cervical nas -
vítimas de trauma Desobstrução manual de vias aéreas (manobras manuais) Aspiração da cavidade oral Retirar objetos ou corpos estranhos Emprego da Cânula orofaríngea ou nasofaríngea USA: (Intubação endotraqueal, cricotireoidostomia,...)
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Causas de
obstrução: Queda da língua Corpos estranhos
OVACE Líquido e semilíquido Dano aos tecidos
• Tipos: –Parcial –Total
Sinais e sintomas Agitação Respiração ruidosa Tosse Palidez Cianose de extremidade Perda de consciência Queda abrupta
Sinal internacional do engasgo
Manobra de desobstrução de vias respiratórias causada pela língua
Obs: Manobra de extensão do pescoço exceto em vítimas com suspeita de trauma de coluna
Manobra de desobstrução de vias aéreas causada por corpo estranho em vitimas conscientes - OVACE
Manobra de Heimlich
Manobra de desobstrução de vias aéreas causada por corpo estranho em vitimas inconscientes - OVACE
Manobra de Heimlich
Manobra de Heimlich em crianças e bebês
Atenção Caso o socorrista não obtenha êxito na desobstrução, transportar a vítima ao hospital rapidamente, sem interromper a manobra de desobstrução das vias aéreas. No local, tentar uma única vez a seqüência completa; se for necessário realizar a segunda tentativa, fazê-la a caminho do serviço de emergência hospitalar, evitando retardar o atendimento. Em vítimas obesas e gestantes no último trimestre de gravidez, as compressões da manobra de Heimlich deve ser realizada no esterno, dois dedos acima do apêndice xifóide (mesmo local que se realiza a compressão torácica na RCP)
Manobra de desobstrução de vias aéreas causada líquido e semi-líquido Aspiração Método utilizado para drenar líquidos e semi-líquidos da cavidade oral, com a finalidade de evitar broncoaspiração e conseqüentemente asfixia e hipóxia.
Equipamentos Aspiradores de Secreção
Fixo
Portáteis
Aspiração Vítimas de trauma 1. Liberar vias aéreas com a manobra mais adequada. 2. Utilizar o aspirador de secreções. 3. Medir o catéter de sucção na distância entre o lóbulo da orelha e a comissura labial. 4. Introduzir o catéter pelo canto da boca, sem aspirar até o máximo da distancia medida. 5. Retirar o catéter aspirando em movimentos circulares; 5.1. Em vítimas conscientes, não gastar mais que 15 segundos para cada sucção; 5.2. Em vítimas inconscientes, não gastar mais que 5 segundos para cada sucção. 5.3. Na impossibilidade do aspirador, utilizar os dedos indicador e médio enrolados em uma compressa para absorver e retirar o conteúdo e/ou lateralizar a vítima em monobloco estabilizada em prancha longa fixada com tirantes e imobilizadores de cabeça.
Casos clínicos sem suspeita de lesão cervical 1. Liberar vias aéreas com a manobra mais adequada 2. Utilizar o aspirador de secreções com a cabeça da vítima virada para o lado; 2.1. na impossibilidade do aspirador, utilizar os dedos indicador e médio enrolados em uma compressa para absorver e retirar o conteúdo.
3. Observar que: 3.1. numa vítima consciente, cuidado com o reflexo do vômito ou mordida em seus dedos. 3.2. na ocorrência de vômitos, transportar a vítima na posição de recuperação.
POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO
Paciente Intubado 1. Requer procedimento estéril 2. Pré-oxigenar o paciente com 100% de O2 3. Introduzir o cateter sem aspirar. Aspirar continuamente por 15 a 30 segundos 4. Oxigenar novamente o paciente e realizar pelo menos 5 ventilações controladas
Técnica de aspiração orofaríngea
Técnica de aspiração nasofaríngea
Obs: não deve ser realizada em vítimas com suspeita de Trauma de Base de Crânio
OXIGENOTERAPIA Utilização do oxigênio para fins terapêuticos. Indicado especialmente quando a vítima apresenta hipóxia (Diminuição da quantidade de oxigênio nas células).
Equipamentos para oxigenoterapia Podem ser fixos, quando canalizados em
redes de abastecimento (hospitais) e em ambulâncias, portáteis quando em recipientes para o transporte.
Acessórios para oxigenoterapia
OXÍMETRO DE PULSO
Calculo para dosagem INDICAÇÃO NO FLUXÔMETRO
Acréscimo de sobre 2021%no ambiente
1 l/min
4%
2 l/min
8%
3 l/min
12%
4 l/min
16%
5 l/min
20%
Tabela comparativa de concentração de oxigênio SEM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR
CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
Boca a boca
16%
Boca a máscara
16%
Ressuscitador manual
21%
Tabela comparativa de concentração de oxigênio
COM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR
DOSAGEM
CONCENTR AÇÃO
Catéter nasal
3 l/min
32%
Máscara facial
10 l/min
60%
Ressuscitador manual
10 l/min
60%
Taxas recomendadas para administração de oxigênio TRATAMENTO (para emergências clínicas ou traumáticas) IDADE
MODO
FLUXO
0 a 28 dias
Máscara facial simples
10 l/min
28 dias a 8 anos
Máscara facial simples
10 l/min
Acima de 8 anos
Máscara facial simples
10 l/min
Acima de 8 anos
Cateter
3 l/min
Regras para escolha do modo de administração 1. Administração para vítimas de 0 a 8 anos: uso da máscara facial simples como única opção no APH; 2. Para vítimas que necessitam de alta concentração de oxigênio (traumatismos em cavidades, fraturas complicadas, envenenamentos, queimaduras extensas): uso da máscara facial simples; 3. Para vítimas que requerem ou toleram baixa concentração de oxigênio (DPOC): uso do cateter tipo óculos. 4. Para vítimas que não toleram a máscara (exceto pediátrico): catéter tipo óculos; 5. Para vítimas em depressão ou parada cardíaca e/ou respiratória: ressuscitador manual acoplado ao oxigênio.
OBSERVAÇÕES 1. Não utilizar catéter para administração de oxigênio em crianças e bebês devido ao risco de lesão direta, ressecamento de mucosas e infiltração de oxigênio no estômago com risco de regurgitação; 2. Estando a criança consciente, solicite ao familiar ou acompanhante que segure a máscara cerca de 5 cm da face da vítima até sua adaptação ao equipamento. A administração direta e/ou forçada pode provocar choro ou agitação na vítima pediátrica; 3. Para a administração em RN utilize 10 l/min, através de máscara facial mantendo um afastamento de cerca de 5 cm da face do RN. Evite dirigir o fluxo em direção aos olhos do RN;
4. No tratamento de vítimas intoxicadas, por CLORO, administre somente oxigênio SECO, desde que não ultrapasse 30 MINUTOS de administração; 5. Nos casos de vítimas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (enfisema pulmonar, bronquite crônica), não ultrapasse o fluxo de oxigênio de 3 l/min ( 32%), previstos na administração por catéter. Concentrações maiores podem ocasionar desequilíbrio (inversão) do estímulo respiratório da vítima.