Prof. Talvane SOBREIRA* Rodrigo de Azevedo RAMALHO**
* Especialista em CTBMF - UFRJ; Mestre em Diagnóstico Bucal UFPB/UFBA **Acadêmico de Odontologia UFPB
Núcleo de estudos do complexo Bucomaxilofacial
Ep id emio lo gia Em cr ian ças en tre 0 e 12 anos, 62 % dos tra umas facia is são do se xo mas culino . (I SL AM et al., 20 06)
Et iolog ia Aci de nte s recr ea tiv os, que da da própria al tura , aci de nte s auto mo bi líst ico s e a vi olên cia ur ban a.
O Trauma pode ocorrer: Lesão do tecido mole
Fig. 1 – Lesão em lábio superior
Fig.2 – Lesão em sulco gengivo-labial.
O Trauma pode ocorrer: Fratura óssea
Fig. 3 – Fratura da parede anterior da maxila.
Fig. 4 - Fratura da parede anterior da maxila (Vista lateral).
Características do paciente pediátrico Densidade óssea (Fratura em galho verde) Dentição decídua ou mista Resistência a infecção Centros de crescimento (Zi mmerm ann et a l., 2006 )
Diagnóstico
Apresenta-se mais complexo do que em pacientes adultos. O diagnóstico clínico é melhor confirmado com o auxílio da tomografia computadorizada. (Zi mmerma nn et al ., 2 006)
Tratamento Conservador Manobras cirúrgicas, devem possuir mínima manipulação, sem comprometimento do desenvolvimento dental e esquelético. A fixação interna rígida só é indicada para deslocamentos severos dos segmentos ósseos. (ISLAM et al ., 2 006 Zi mme rmann et al ., 2006)
Este trabalho objetiva relatar casos clínicos abordando traumas de face em pacientes pediátricos.
CASO I Paciente masculino, 06 anos, atendido no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, João Pessoa/PB, o mesmo foi vítima de disparo acidental com arma de fogo tipo espingarda de caça há cerca de trinta dias e cujo tratamento havia sido feito em outro serviço hospitalar.
Fig. 5 – Aspecto físico do paciente no pre-operatório.
Fig. 6 e 7 – Tomografia Computadorizada inicial
Fig. 8 – Acesso infraorbitário
Fig. 9 – Limpeza e debridamento da região
Fig. 10 – Fragmentos da bucha de compressão da arma
Fig. 11 – Fistula cutânea
Fig. 12 e 13 - Sonda de nelaton associada a um fio de aço nº 1 através do trajeto fistuloso.
Fig. 14 e 15 – Exame radiográfico com contraste
Fig. 17 – Osteotomia da mandíbula
Fig. 16 – Osteossíntese com fio de aço
Fig. 18 – Fragmentos residuais
Fig. 19 – Pós-operatório de 90 dias
Fig. 20 e 21 – Pós operatório de 90 dias
CASO II Paciente masculino, 07 anos, atendido no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, João Pessoa/PB, o mesmo foi vitima de acidente de bicicleta.
Fig. 22 - Aspecto físico da lesão
Fig. 23 – Acesso através da laceração da lesão
Fig. 24 – Colocação da placa e parafusos para osteossíntese
Fig. 25 – Sutura da lesão
Fig. 24, 25 e 26 – Pós operatório de
CA SO II Paciente masculino, xx anos, atendido no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, João Pessoa/PB, o mesmo foi vitima xxxxxxxxxxxxx.
Fig. 27, 28 e 29 – Paciente com extensas lesões de tecido mole
Fig. 30 e 31 – Sutura estética das lesões
O correto diagnóstico e tratamento dos traumatismos faciais em crianças é de extrema relevância, visto que a grande quantidade de seqüelas traumáticas imediatas e tardias associadas.
Na fixação interna rígida preconiza-se o uso de materiais bioabsorvíveis. (Choj , Oh, Ki m , 2 005; Ferrei ra e t al., 200 4; ISLAM et al ., 2006 Land es , L ip phard t, 20 06 ; Mont ov ani et al ., 2 006)
Um diagnóstico mais apurado, um melhor plano de tratamento e um melhor controle pós-operatório podem ser alcançados com o uso da tomografia computadorizada.
O tratamento conservador ou menos invasivo deve sempre que possível ser instituído. Um longo acompanhamento pós operatório associado a um atendimento multiprofissional qualificado são essenciais para um o correto diagnóstico e escolha do tratamento adequado.