Oleos Essenciais - Daniela E Joana 2003

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Universidade dos Açores – Departamento de Ciências Agrárias Curso Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas Fitoquímica e Farmacognosia II– 2008/2009

Óleos Essenciais

Docente: Professora Doutora Maria Adelaide Lobo Discentes: Daniela Paiva & Joana César

Terra Chã, 24 de Março de 2009

Sumário Propriedades Farmacológicas: Toxicidade Plantas Melissa Eucalipto Melaleuca Anis Anis-estrelado Tomilho

Toxicidade o Os óleos essenciais são produtos de extracção de uma espécie vegetal e portanto mais concentrados, apresentando toxicidade mais elevada que a da planta de origem . o O uso abusivo e sem orientação não é aconselhado. o

A toxicidade pode ser considerada aguda, crónica ou por interacção medicamentosa entre os inúmeros componentes do óleo com certos medicamentos utilizados pelo indivíduo.

o A toxicidade dos óleos é, normalmente, dose-dependente. Assim quanto maior a dose maior o efeito tóxico. o Os óleos voláteis que apresentam alto teor de compostos insaturados são, geralmente, os mais tóxicos.

Toxicidade o alergias de contacto e fototoxicidade, podem ocorrer mesmo em doses baixas.

No entanto, muitas reacções, como as

Como exemplos, tem-se os frutos cítricos que devem essa acção à presença de defuranocumarinas. A via de administração também é um o

factor importante para ser observado nos casos de intoxicação. o principalmente se o óleo ingerido não for diluído.

A via oral é aquela que mais oferece risco,

Quanto à toxicidade crónica, ainda não o existem muitos estudos, principalmente sobre as propriedades mutagénicas, teratogénicas e/ou carcinogénicas, sendo, por isso, necessário avaliar melhor essas propriedades.

Toxicidade Alguns exemplos de óleos essenciais: • Os óleos de canela (com alto teor de cinamaldeído), de alho podem ocasionar uma sensibilização, tipo de reacção alérgica que ocorre na primeira exposição à substância, causando um efeito leve até mesmo não detectável na pele. No entanto, uma reexposição ao mesmo material ou algo similar, pode ocasionar uma reacção inflamatória grave.

•  

O óleo essencial de noz-moscada pode produzir excitação, alucinações visuais e distorções de cores, devidas, possivelmente, à presença de miristicina e elemicina.

Toxicidade o Os terpenos abrangem uma grande variedade de substâncias de origem vegetal e a sua importância ecológica como defensivos de plantas está bem estabelecida. o Os monoterpenos são constituintes dos óleos voláteis, actuando na atracção de polinizadores. o Os sesquiterpenos, em geral, apresentam funções protectoras contra fungos e bactérias, enquanto muitos diterpenóides dão origem a hormonas de crescimento vegetal. o Os triterpenóides e seus derivados, os esteróides, apresentam uma gama de funções. Muitos têm funções de protecção contra herbívoros, alguns são antimitóticos, e outros actuam na germinação das sementes e na inibição do crescimento da raiz

Toxicidade o Todas as plantas são tóxicas, o que as diferencia é o grau de toxicidade. o Plantas consideradas medicinais também são tóxicas, pois se ingeridas em excesso, sob a forma de chás, principalmente, num período breve ou longo (intoxicação crónica) poderão acarretar sintomas de intoxicação, irredutivelmente!

É bom que nunca se esqueça: " A única diferença entre o veneno e o remédio é a dose"

Melissa o Nome Científico: Melissa officinalis L.

o Sinonímia: Erva-cidreira; Chá-de-França

o Família: Lamiaceae

o Origem: Planta herbácea das regiões meridionais da Europa, Ásia e Norte de África.

o Parte activa da Planta: Folhas ou ramos floridos, secos

o Constituição Química:

Melissa

Derivados hidroxicinâmicos: • ácido cafeico  ácido rosmarínico 

O

O

óleo essencial com aldeídos monoterpénicos: • geranial  neral   Citronelal

OH

OH

HO

Flavonóides: • campferol  Quercitina  •

OH

COOH

O

Ácido Rosmarínico OH OH

OH

Quercitina

Triterpenos: ácido ursólico e ácido oleanólico

Geranial

O

Neral

Citronelal

Ácido Ursólico

OH H

H HO

O

Melissa o Aplicações Farmacêuticas • As folhas de melissa são usadas pelas propriedades sedativas e antiespasmódicas, sob a forma de tisanas. • Problemas de origem nervosa (estados de nervosismo, irritabilidade e agitação) • Problemas de perturbações de sono • Problemas gastrointestinais de origem nervosa (espasmos, e anorexia ) • Acção espasmolítica • Anti-inflamatório • Propriedades antioxidantes e destruidoras da formação de radicais livres, devidas ao ácido rosmarínico • Acção antiviral, antibacteriano, antifungicida

Eucalipto o Nome Científico: Eucalyptus globulus Labillardiére

o Família: Mirtaceae

o Origem: Austrália, mas muito cultivada em Portugal

o Parte activa da Planta: Folhas secas, inteiras ou cortadas, obtidas dos ramos mais idosos.

Eucalipto o Constituição Química da Folha: • Taninos • Compostos flavónicos • Derivados de cumarina • Constituintes amargos • Substâncias resinosas • Óleo essencial

o Aplicações: • As folhas, através do óleo essencial, são utilizadas em inalações e em balneoterapia para descongestionar as vias respiratórias. • A madeira é usada na construção e na obtenção de pasta e papel.

Óleo Essencial de Eucalipto o Obtenção: arrastamento pelo vapor de água das folhas recentes ou dos ramos terminais recentes de varias espécies de eucaliptos ricas em 1,8-cineol, seguido de refinação.

o Constituição Química do Óleo Essencial: • 1,8- cineol (≥ 70,0%) • Limoneno ∀ α -pineno ∀ α -felandreno ∀ β -pineno • Cânfora

O

Nota: Deve estar isento ou possuir um baixo teor de aldeídos gordos , em especial isovaleral, composto capaz de fazer com que o óleo essencial provoque tosse e tenha um cheiro desagradável . 1,8-cineol

Limoneno

α -pineno

αfelandreno

β -pineno

cânfora

Óleo Essencial de Eucalipto o Aplicações Farmacêuticas: • Composição de pomadas, pastilhas, gotas usadas pela sua acção anti-séptica e descongestionante das vias respiratórios • Relaxante bronquico • Expectorante e mucolítico • Inalação de vapor e balneoterapia

Efeitos secundários / Toxicidade: • Não aplicar na face, ou no nariz em crianças com menos de 6 anos, podendo originar broncospasmo • Não se conhecem efeitos secundários e toxicidade nas doses terapêuticas. • Evitar em doentes com glaucoma. o

Óleo Essencial de Melaleuca

o Obtenção: arrastamento pelo vapor de água das folhas e dos caules terminais de Melaleuca alternifolia . o Família: Myrtaceae o Constituição Química do Óleo Essencial: • Terpineno-4-ol (≥ 30,0%) ∀ γ -terpineno • 1,8-cineol ∀ α -terpineno ∀ α -terpineol • P-cimeno • Aromadendro ∀ α -pineno • Terpionoleno • Limoneno • sabineno

Óleo Essencial de Melaleuca o Aplicações Farmacêuticas: • Usado em fitoterapia, externamente, como anti-séptico e descongestionante das vias respiratórias. •      

Aplicação terapêutica em diversas áreas tais como: Queimaduras pequenos ferimentos Herpes Ulcerações bucais Gengivites Picadas de insectos

• Cosmética:  limpeza cutânea e tratamento para o acne  elaboração de cremes para as mãos e o corpo

Anis o Nome Científico: Pimpinella anisum L.

o Sinonímia: anis-verde ou erva-doce

o Família: Apiaceae

o Origem : planta anual da região mediterrânica oriental

o Parte activa da planta: diaquénios maduros e secos.

Anis o • • • • •

o

Constituição química dos frutos: óleo gordo (8,0 – 11,0%) glúcidos variados substâncias resinosas compostos polifenólicos óleo essencial (trans-enetol)

Aplicações farmacêuticas : • Usado em tisanas para tratamento de dispepsias hiposecretoras, flatulência e espasmos gastrointestinais. • Externamente em inflamações orofaríngeas

Anis-Estrelado o Nome Científico: Illicium verum Hooker fil.

o Família: Iliciácea

o Origem : Sudoeste da Ásia ,muito cultivada no Sul da China e Vietname

o Parte activa da planta: frutos múltiplos de folículos, secos

Anis-Estrelado o Constituição química dos frutos: • Óleo fixo • Resinas • Glúcidos • Taninos • Ácidos orgânicos diversos (siquímico e o quínico) • Óleo essencial, predomina o aldeído trans -anetol.

o Aplicações farmacêuticas: • O anis-estrelado tem uma actividade semelhante à do anis, sendo muito usado para obtenção do respectivo óleo essencial.

Óleo Essencial de Anis & Óleo Essencial de AnisEstrelado o Obtenção: arrastamento pelo vapor de água: • dos frutos maduros e secos de Pimpinella anisum L. – Óleo essencial de anis • dos frutos de Illicium verum – Óleo essencial de anis-estrelado

o Constituição Química dos Óleos Essenciais: • Composição muito semelhante e com um teor elevado em trans-anetol:  Anis: 87,0-94,0%  Anis-estrelado: 86,0-93,0%

Óleo Essencial de Anis & Óleo Essencial de AnisEstrelado o

Aplicações farmacêuticas:

Qualquer um dos óleos essenciais é usado como aromatizante e anti-séptico, principalmente em produtos dentífricos. Usados na preparação de licores e outras bebidas. • Propriedades aperitiva, carminativa e espasmolítica. • •

o • •

Efeitos secundários / Toxicidade: Efeito tóxico, com efeitos narcóticos, delírio, anestesia e convulsões. Existe um grave perigo de intoxicação pela falsificação dos frutos do Anis-estrelado que possuem abundância de alcalóides tóxicos com acção estupefaciente e cardiotóxica.

Tomilho o Nome Científico: Thymus vulgaris L.

o Família: Lamiaceae

o Origem: espontânea dos terrenos quentes e secos da região mediterrânica

o Parte activa da planta: folhas e folhas inteiras, destacadas dos ramos, secos

o Aplicações Farmacêuticas : • Em fitoterapia, são usadas tisanas em afecções respiratórias, como anti-séptico e expectorante.

Óleo Essencial de Tomilho

o Obtenção: arrastamento pelo vapor de água das partes aéreas floridas recentes de Thymus vulgaris L.

o Constituição Química do Óleo Essencial: • Timol (36,0 – 55,0 %) • p-cimeno ∀ γ -terpineno • Linalol • Carvacrol ∀ β -mirceno • Terpineno-4-ol

Timol p-cimeno

Óleo Essencial de Tomilho

o Aplicações farmacêuticas:

• Entra na formulação de preparações usadas para combater a inflamação da orofaringe ou para atenuar a tosse irritativa. • Externamente, em infecções cutâneas e dores reumáticas. • Actividade anti-bacteriana e antifungica.

o Aplicações Industriais: • Condimento e antioxidante • Para perfumar o ambiente • Industria de detergentes e de saboaria.

Referências Bibliográficas

o

A.Proença da Cunha. 2005. Farmacognosia e Fitoquímica. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa

o

A.Proença da Cunha; Frederico Teixeira; Alda Pereira da Silva; Odete Rodrigues Roque. 2007.Plantas na Terapêutica – Farmacologia e ensaios clínicos. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa

o

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422003000300017&script=sci_arttext&tlng=pt

o

http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_62.pdf

o

http://pensologosou.no.sapo.pt/etnobotanica/oleosessenciais.htm

OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!!!

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