HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo, Cia. Das Letras. 1995. (Cap. 4: O semeador e o ladrilhador; Cap. 5: O homem cordial). Capitulo 4- O semeador e o ladrilhador Este capitulo nos apresenta de que forma ocorreu a colonização de Portugal no Brasil, e em como a colonização Espanhola e Portuguesa se diferenciam. E de como foi importante a construção das cidades como forma de dominação e de que forma elas se organizavam no processo de colonização. É discutido no texto que Portugal na construção das cidades não investiu em militarismo, nem criação de grandes centros e economia, diferente da Espanha. Que sempre se situava em localidades terras altas e no interior do continente. Por outro lado Portugal colonizou o litoral, pois mantinha uma conexão marítima, pois as coisas produzidas no Brasil chegariam mais facilmente em Portugal. Então somente no terceiro século de domino de Portugal que temos a emigração além da faixa litorânea. Isso se deve a descoberta de ouro das Gerais. Foi a partir desse descobrimento que Portugal começou a colocar ordem na colônia, para obter os benefícios da extração de ouro. Portugal ainda foi beneficiado com a sorte que na faixa litorânea de norte a sul tinha uma família de indígenas que falavam a mesma língua. É importante ressaltar que a colonização Portuguesa mas se pareceu com uma feitorização do que colonização. Pois o que faziam somente era exploração das terras nunca pensando em uma construção de uma sociedade. Admitiram-se estrangeiros no país, somente se dispusessem a trabalhar e pagar impostos. A igreja foi aliada de Portugal para contenção da sociedade, mas sempre havia um embate entre a coroa e o clero. As virtudes do catolicismo passados a diante pela igreja católica teve influência na formação da sociedade brasileira. Capitulo 5 – O Homem Cordial No capitulo homem cordial, já começa com a seguinte frase: “O Estado não é uma ampliação do círculo familiar nem uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particulares, de que a família é o melhor exemplo. Entre o círculo
familiar e o Estado existe uma descontinuidade e até uma oposição. Pertencem a ordens diferentes em essência”. p. 141. Isto quer dizer o Estado é diferente de sua família, que um é separado do outro. E em como o novo sistema industrial mudou a relação entre empregador e empregado e estimou as classes, pois para o moderno empregador o empregado agora seria só mais um número, fazendo assim a relação humana desaparecer. As famílias patriarcais tinham dificuldades de separar o publico do privado no Brasil. Pois acham o que aconteciam dentre da família e entre amigos deveria também ocorrer com a relação entre o Estado. Como no trecho a seguir: “Para o funcionário “patrimonial” a gestão política se apresenta como assunto de interesse particular, o que não deveria acontecer no verdadeiro Estado burocrático. Neste velho estado de coisas, a escolha das pessoas para exercer função pública se dá mediante confiança pessoal e não segundo critérios de capacidade. p. 146”. Então esse homem cordial que é dito no texto é um homem que não suporta viver consigo mesmo, é egoísta, é amigo de Deus, superficial.