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  • Words: 61,244
  • Pages: 240
Tradução César Luís Pagani

21331 - Guia para ministros

Preparado pela Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia

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Casa Publicadora Brasileira Tatuí, SP

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Título original em inglês: Seventh-day Adventist Minister’s Handbook Copyright © da edição em inglês: Ministerial Association of the General Conference of Seventh-day Adventists, Silver Spring, EUA. Direitos internacionais reservados. Direitos de tradução e publicação em língua portuguesa reservados à Casa Publicadora Brasileira Rodovia SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 – 18270-000 – Tatuí, SP Tel.: (15) 3205-8800 – Fax: (15) 3205-8900 Atendimento ao cliente: (15) 3205-8888 www.cpb.com.br 6ª edição: 5,1 mil exemplares Tiragem acumulada: 14,6 milheiros 2010 Editoração: Zinaldo A. Santos e Paulo Roberto Pinheiro Revisão: Ranieri Barreto Sales Programação Visual: André Rodrigues Capa: André Rodrigues IMPRESSO NO BRASIL / Printed in Brazil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)



Guia para Ministros Adventistas do Sétimo Dia / p reparado e publicado pela Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia ; tradução César Luís Pagani. – Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2010. Título original: Seventh-day Adventist minister’s handbook. 1. Adventistas do Sétimo Dia 2. Igrejas E  vangélicas – Cerimônias e práticas 3. Ministros do culto – Manuais, guias etc. I. Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.

10-00500

cdd-286.732 Índices para catálogo sistemático:



1. Adventistas do Sétimo Dia : Ministros do culto : Ministério : Manual : Cristianismo 286.732

A menos que haja menção em contrário, os textos bíblicos deste livro foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada, segunda edição. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora. Tipologia: Fairfield, 11/15 – 5194/21331 – ISBN 978-85-345-1281-7

Sumário 1. O Chamado .......................................................................... 10 2. Formação Espiritual . ............................................................ 14 3. Relacionamentos Interpessoais ............................................. 18 4. Administração do Tempo ...................................................... 22 5. Saúde Pessoal . ...................................................................... 26 6. Aparência Pessoal ................................................................. 29 7. Finanças Pessoais . ................................................................ 31 8. Vida Familiar ........................................................................ 34 9. Ética Pastoral ........................................................................ 37 10. Desenvolvimento Profissional . ............................................. 44 12. Serviços Departamentais ...................................................... 50 13. Normas da Igreja . ................................................................. 76 14. Credenciais e Licenças . ........................................................ 78 15. Ordenação.............................................................................. 82 16. Cerimônia de Ordenação....................................................... 87

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11. Relacionamento com a Organização da Igreja . ..................... 46

17. Implantação, Organização, União e Dissolução de Igrejas ..... 93 18. Liderança da Igreja . .............................................................. 99

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19. Ministério de Todos os Membros ........................................ 105 20. Grandes Distritos . .............................................................. 111 21. Crescimento da Igreja ......................................................... 114

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22. O Culto de Adoração .......................................................... 119 23. Companheirismo e Visitação . ............................................. 128 24. Aconselhamento . ................................................................ 133 25. A Comunidade Eclesiástica . ............................................... 136 26. Finanças da Igreja ............................................................... 144 27. Instalações da Igreja ............................................................ 149 28. Disciplina Eclesiástica ........................................................ 155 29. A Escola da Igreja . .............................................................. 160 30. Batismo . ............................................................................. 162 31. O Rito da Comunhão .......................................................... 167 32. Casamento .......................................................................... 173 33. Dedicação de Crianças ....................................................... 184 34. Unção e Libertação ............................................................. 188 35. Funerais .............................................................................. 193 36. Lançamento de Pedra Fundamental, Inauguração e Dedicação de Igrejas ........................................................ 203 37. Bênção Para o Lar ............................................................... 215 38. Admissão em um Novo Distrito .......................................... 219 39. Jubilação ............................................................................. 226 Índice Geral . ....................................................................... 230

Por muito tempo no passado, o Guia Para Ministros tem sido um instrumento valioso para a instrução e referência rápida do pastor adventista do sétimo dia. Em 1992, o título deste trabalho foi mudado para Manual Para Ministros, e novamente renomeado como Guia Para Ministros no Concílio Anual de 1994. Floyd Bresee, então secretário ministerial da Associação Geral (1985-1992), trabalhou como o principal redator da edição de 1992, a qual contribuiu de modo muito significativo por quase duas décadas para o ministério mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em razão das rápidas mudanças na sociedade e na tecnologia, bem como do crescimento da igreja durante esse tempo, a Associação Ministerial da Associação Geral decidiu novamente revisar e atualizar a edição anterior, para refletir as necessidades presentes do ministério pastoral. Com gratidão reconhecemos a ajuda daqueles que contribuíram para a preparação deste Guia. Pesquisa. Os secretários ministeriais das Divisões mundiais buscaram conselho de pastores em seus Campos, os quais contribuí­ ram com ideias para inclusão no Guia. Edições anteriores da revista Ministry foram pesquisadas. A edição anterior do Guia foi estudada, juntamente com o Manual da Igreja e o Livro de Regulamentos da Associação Geral, a fim de focalizar assuntos de interesse e preocupação dos pastores. Redação. Trabalhando com base na edição de 1992, Gary Patterson escreveu este manuscrito, com a assistência de Rae Patterson. Myrna Tetz fez a editoração principal. Leitura. O manuscrito foi enviado a uma comissão mundial de revisão e leitura, composta de pastores, secretários ministeriais e administradores para sugestões e mudanças, com menção especial para Israel

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Agradecimentos

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Olaore, Ranieri Barreto Sales e Bonita Shields. A aprovação final foi realizada pela equipe da Associação Ministerial da Associação Geral: Jonas Arrais, James A. Cress, Sharon M. Cress, Willie E. Hucks II, Anthony R. Kent, Cathy Payne, Peter J. Prime e Nicolaus Satelmajer. Publicação. Em relação à edição original em inglês, Cathy Payne dirigiu o processo de programação visual gráfica, James Cavil revisou o manuscrito, Erika Miike atuou como designer e o Centro de Recursos Ministeriais da Associação Geral coordenou a impressão e distribuição do Guia. Muitos outros contribuíram dando conselhos e dedicando tempo na preparação deste Guia. A cada um estendemos nosso sincero agradecimento.

Prefácio

Recursos A fim de atuar efetivamente nessas áreas do ministério, o pastor adventista precisa ser bem versado nos quatro seguintes recursos essenciais, que a igreja provê para a liderança ministerial e eclesiástica: 1. O  Manual da Igreja, votado em uma sessão plenária da Associação Geral. 2. O  Guia Para Ministros, que fornece diretrizes para o trabalho do pastor. 3. O  Guia Para Anciãos, que ajuda o pastor na capacitação dos anciãos locais como associados na obra e ministério da igreja. 4. Pastoral Ministry, uma compilação dos escritos de Ellen G. White especificamente voltados ao trabalho do pastor. Num esforço de prover esses materiais para o pastor e enfatizar

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Cristo convoca todos os Seus seguidores ao ministério, e todo cristão tem o privilégio e o dever de servir no ministério como parte do estilo cristão de vida. Mas alguns recebem um chamado adicional para o ministério de tempo integral como uma vocação, para atender especificamente às necessidades da igreja e conduzi-la no trabalho de ministrar às necessidades mais amplas da sociedade, dando testemunho, cuidado amoroso e graça salvadora a um mundo agonizante. Este Guia foi preparado especificamente para esses ministérios, que se dividem principalmente em três categorias: 1. M  inistério pastoral provido tanto para indivíduos como para o corpo da igreja. 2. Testemunho evangelístico e proclamação do evangelho. 3. Liderança administrativa na estrutura da igreja.

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a importância de seu uso no ministério, a Associação Ministerial publicou em inglês esses quatro volumes, no mesmo tamanho e formato, a fim de compor uma coleção para uso fácil. Visto que este Guia pressupõe que o pastor tenha acesso ao Manual da Igreja, as referências a ele serão limitadas em extensão. No entanto, sendo que o Manual da Igreja permanece como fonte autoritativa para o funcionamento da igreja, essas referências aparecerão com frequência em algumas seções deste Guia. Todos os Ministros A ênfase essencial do Guia Para Ministros está no ministério pastoral. Porém, ela se aplica amplamente a todos os ministérios, e aqueles que servem em ministérios especializados e na administração também serão beneficiados com sua utilização. A Igreja Adventista do Sétimo Dia conta com os serviços de homens e mulheres e, em reconhecimento desse ministério inclusivo, o Guia busca usar linguagem abrangente em gênero. Unidade sem Uniformidade Sendo que os ministros adventistas têm crescido em número, são capacitados e servem a uma multidão de etnias, culturas e linguagens diferentes ao redor do mundo, é indispensável que a igreja trabalhe com sensibilidade nas culturas em que atua. Conquanto este Guia deva ser traduzível em muitos idiomas e adaptável às condições e costumes locais, há também necessidade de haver uma coordenação adequada de planos e programas pastorais para criar um ministério unido em nível mundial. Este Guia foi inicialmente preparado para incrementar a unidade do ministério pastoral em todo o mundo e é agora apresentado em forma revisada. Embora nenhuma ordem fixa seja estabelecida para as várias cerimônias da igreja, a unidade deve ser mantida na ordem geral dos cultos e formas de adoração. “Tudo, porém, seja feito com

decência e ordem” (1Co 14:40). Por causa da diversidade da igreja mundial, o Guia não prescreve um modelo rígido, mas provê um padrão geral para cada área do ministério. Onde a cultura for imperiosa, as Divisões podem incluir adaptações adicionando notas de rodapé ou apêndices. Embora a ênfase dos manuais e guias tenda a focalizar as técnicas, a maior necessidade que temos como pastores é de um constante relacionamento com nosso Senhor. Parte do preparo deste Guia envolveu muita oração para que seu uso fortaleça espiritual e profissionalmente o ministério da Igreja Adventista.

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James Cress Secretário Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia1

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1 Nota dos editores: o pastor James Cress faleceu em novembro de 2009.

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O Chamado Aqueles que receberam um chamado

para o ministério evangélico também recebem, ao mesmo tempo, um chamado pessoal de Cristo. Além disso, eles aceitam um convite da comunidade da igreja, que reconhece o chamado e o reafirma empregando e credenciando o indivíduo para o ministério pastoral. Em ambos os casos, o chamado vem de Cristo e inclui três qualificações espirituais distintas. 1. Colaboradores de Cristo O ministério é um privilégio. Pregar o evangelho de Jesus Cristo deve ser considerado um alto privilégio concedido à humanidade pelo próprio Senhor, porque o chamado não é de origem humana, mas divina. “A maior obra, o mais nobre esforço em que se possam homens empenhar, é encaminhar pecadores ao Cordeiro de Deus. Ministros fiéis são colaboradores do Senhor na realização de Seus desígnios” (Obreiros Evangélicos, p. 18). Ministério: uma designação divina. “Deus tem uma igreja, e ela tem um ministério designado por Ele” (Testemunhos Para Ministros, p. 52). Existem muitas oportunidades de trabalho no mundo empresarial e estão abertas à escolha do indivíduo. Por causa da singularidade de sua designação divina, o ministério é mais do que uma profissão. Ele é uma vocação. “Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão” (Hb 5:4). Preparo ministerial. Ter recebido um chamado ao ministério não exclui a necessidade de cuidadosa capacitação e preparo para o serviço. Antes, ele motiva e impele os vocacionados para

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2. Relação Pessoal com Cristo Os primeiros apóstolos foram bem-sucedidos no encaminhar outros a Cristo porque eles próprios já haviam se achegado ao Senhor. Os homens podem dar aos outros apenas o que eles mesmos possuem. A fim de partilhar as boas-novas da salvadora graça de Cristo, é preciso tê-la experimentado e viver diariamente nela. Depois dos discípulos aceitarem o convite de Cristo, eles passaram os três anos seguintes em relacionamento pessoal com Ele, aprendendo Sua maneira de servir e alcançar as pessoas. Somente então se acharam preparados para ministrar com sucesso. Saulo teve uma visão de Cristo na estrada de Damasco, e isso o levou a perguntar: “Senhor, que queres que faça?” (At 9:6, ARC). Depois de muita oração e busca, ele recebeu o nome de Paulo e, como aconteceu com os demais apóstolos, descobriu que o poder de apelar aos corações humanos resulta do relacionamento pessoal e experiência com Cristo. Servir como Ele serviu. Viver como Cristo viveu significa servir como Ele serviu. Jesus viveu para abençoar os outros. Ele viveu para amar. Por natureza, a humanidade já nasce egoísta, e somente

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despender tempo e esforços indispensáveis ao cumprimento do chamado. Moisés empregou muitos anos no preparo para a liderança e serviço a Israel. Mesmo nosso Senhor Jesus Cristo despendeu décadas preparando-Se para o Seu ministério. Os ministros de Deus não se devem considerar “autoconvocados”. Como ocorreu com o apóstolo Paulo, a iniciativa não é do indivíduo, mas do Senhor. Paulo não optou pelo ministério evangélico, mas Deus o escolheu para essa tarefa. A escolha de Paulo era atender ou não ao chamado divino. Um chamado para o ministério evangélico é uma convocação para tornar-se embaixador de Cristo. Ele exige comprometimento pleno do indivíduo com sua alta vocação.

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12 | Guia Para Ministros pela graça podemos aprender a viver como Cristo viveu e ministrar como Ele ministrou. O ministério de êxito segue o lema de João Batista: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30). “Os que possuem mais profunda experiência nas coisas de Deus são os que mais se afastam do orgulho e da presunção. Como tenham elevada concepção da glória de Deus, sentem que lhes é demasiado honroso ocupar o mais humilde lugar em Seu serviço” (Obreiros Evangélicos, p. 142). Gostar de servir é gostar do ministério. Todavia, os ministros precisam sentir que o ministério evangélico não os torna mais importantes do que os outros, ou que essa seja a única vocação para a qual as pessoas são chamadas. Para um indivíduo, o trabalho mais importante é qualquer trabalho que Deus lhe pedir para fazer, servindo à maior causa no mundo. Deus chama a todos, cada membro de cada congregação, para alguma forma de ministério e serviço. 3. Capacitação Pessoal Concedida por Cristo Ministros precisam apresentar uma variedade de características, como fidelidade, pureza moral, integridade, liderança espiritual, inteligência, bom senso, habilidades relacionais e capacidade para ensinar. Aqueles que são chamados por Cristo serão por Ele fortalecidos. A todos os que Cristo chama Ele capacita. Ele não chama para o fracasso. Nem todos possuem os mesmos dons, mas Ele proverá a capacitação necessária para a obtenção do sucesso no cumprimento do que ordena fazer. Como declarou Paulo: “Sou grato para com Aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério” (1Tm 1:12). “Os inexauríveis depósitos celestes acham-se à sua disposição. Cristo lhes concede o fôlego de Seu Espírito, a vida de Sua própria

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vida. O Espírito Santo desenvolve a máxima energia para operar no espírito e no coração. A graça de Deus dilata e multiplica-lhes as faculdades, e toda perfeição da natureza divina lhes vem em auxílio na obra de salvar almas. Mediante a cooperação com Cristo, tornam-se perfeitos nEle, e, em sua fraqueza humana, são habilitados a praticar as obras da onipotência” (Obreiros Evangélicos, p. 112, 113).

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Formação Espiritual O discipulado tem de se tornar uma disciplina espiritual pessoal, resultando numa dimensão particular antes que possa exercer influência pública. Como resposta à iniciativa de Deus, não podemos iniciar o discipulado por nossa própria conta. Esse compromisso nos leva a nos centralizarmos nEle, enquanto Cristo Se torna a paixão de nossa vida. O estudo reservado da Palavra de Deus, a meditação e a oração são elementos essenciais à vida pessoal do pastor. Essencial à liderança. O fervoroso pedido do salmista: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Sl 51:10) pode ser descrito como o essencial básico para a liderança pastoral. Sem essa dimensão espiritual, a liderança ministerial torna-se pouco mais do que a implementação de teorias psicológicas, métodos organizacionais e técnicas motivacionais. O poder real no ministério brota da espiritualidade resultante de um encontro pessoal com Cristo. Essencial ao evangelismo. Cristo instruiu Seus discípulos: “E Eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim mesmo” (Jo 12:32). Conhecer Jesus e exaltá-Lo diante das pessoas resulta na essência do êxito na conquista de almas. Essencial à pregação. A preparação de sermões requer significativo tempo de estudo da Bíblia e oração. Ela tem de estar de mãos dadas com a devoção pessoal e o estudo. Ninguém pode, convincente e honestamente, prover material espiritual para a congregação a menos que o poder desse material derive da experiência pessoal com o Senhor.

Barreiras à Experiência Espiritual 1. Falta de dependência. “Há risco de confiar em planos e métodos humanos. Vem a tendência de orar menos e ter menos fé. Como os discípulos, arriscamo-nos a perder de vista nossa dependência de Deus, e fazer de nossa atividade um salvador” (O Desejado de Todas as Nações, p. 362). Mas perder a trilha da fonte de poder resulta em fracasso na busca da guia divina. Através de Jeremias, Deus assegurou aos cativos em Babilônia que tinham perdido o senso da Sua direção: “Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13). 2. Falta de tempo. Achar tempo para a disciplina espiritual é, basicamente, uma questão de prioridades. Todos dispõem da mesma quantidade de tempo cada dia. O problema é como administrar o tempo e o que selecionamos como prioridade para empregá-lo. Se a oração, o estudo da Palavra de Deus e a devoção particular são coisas consideradas importantes do ministério e da vida pessoal, então tempo será separado para esse fim. Jesus advertiu o povo que O ouvia: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33). 3. Falta de privacidade. Nem sempre é possível fixar horários rígidos e lugares para a devoção particular. Porém, mesmo sob pressão das necessidades da família e da igreja, os ministros precisam assegurar-se de separar tempo para estudo e oração. “Todos quantos se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranquila para comunhão com o próprio coração, com a natureza e com Deus. [...] Devemos, individualmente, ouvi-Lo falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e, em sossego, esperamos diante dEle, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus” (A Ciência do Bom Viver, p. 58). 4. Falta de planejamento. Sem um plano específico, não será possível progredir muito na vida devocional. Dentro da agenda

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16 | Guia Para Ministros normalmente diversificada do pastor, o plano, é claro, precisa ser flexível. De fato, sem um objetivo específico e planejamento, é fácil permitir que a devoção pessoal seja posta de lado. Em acréscimo ao estudo particular, um grupo de apoio espiritual pode prover oportunidade para compartilhar com outros as experiências espirituais. 5. Falta de disciplina. O crescimento espiritual requer autodisciplina. Como qualquer atividade que requeira aptidão ou responsabilidade, seja ela espiritual, física ou voltada para a família, cumprir a tarefa requer disciplina. A vida devocional não deveria ser considerada um fim em si mesma. O foco não deve ser posto na quantidade de tempo despendido, ou no número de páginas lidas ou nos sentimentos espirituais. Antes, o crescimento espiritual precisa estar fundamentado na comunhão com Deus. “E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3). Métodos Devocionais Leitura. A leitura ajuda a manter o relacionamento com Deus renovado e vívido. Considere a Escritura como a forma física de Sua comunicação com a humanidade e a fonte principal de estudo devocional e oração. Seu plano de leitura não deve ignorar a valiosa contribuição de Ellen White e também deve incluir alguns dos grandes clássicos devocionais cristãos, bem como publicações ministeriais práticas. Oração e meditação. Enquanto a oração dá ênfase à conversação, a meditação na Palavra de Deus dá relevo ao ouvir e concentrar o pensamento em Deus. “Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito” (O Desejado de Todas as Nações, p. 83).

Oração de louvor. A oração deve começar com louvor. Pode-se aprender muito da vida de Jesus sobre a importância e a eficácia da oração. Ele orava bem cedo de manhã (Mc 1:35). Passava noites inteiras em oração (Lc 6:12). Algumas vezes retirava-Se de Seu ministério direto para orar (Lc 5:16). Seu poder para o ministério provinha de uma vida de oração (Lc 3:21, 22). A oração O preparou para a hora mais escura de Sua vida (Mt 26:36-46). Oração penitencial. Oração e confissão nas devoções particulares não podem ser consideradas da mesma forma que a oração pública, onde as pessoas normalmente oram muito sobre generalidades com relação às preocupações dos ouvintes. O arrependimento devocional deve ser muito pessoal e específico, reconhecendo as falhas individuais e a necessidade de vitória sobre o pecado. Oração intercessória. Muitos são os pedidos de oração que chegam à igreja e ao pastor. Em seu ministério, Paulo instruiu Timóteo: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1Tm 2:1). Cristo, nosso exemplo, orou até por aqueles que O estavam crucificando.

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Relacionamentos Interpessoais A instrução de Cristo a Seus discípulos antes da ascensão foi dirigida ao cuidado pelas pessoas. E essa diretriz estendese a todos os aspectos do ministério pastoral. O supremo interesse do pastor deve estar em servir às pessoas. Por importantes que sejam o estudo, a pregação, a administração, o ensino ou outro aspecto do ministério, se o serviço não estiver centralizado nas pessoas, o ministro de Jesus Cristo não terá sucesso. As pessoas são a especialidade do pastor. Nesse trabalho, as características pessoais de integridade e cordialidade superam em muito as habilidades profissionais. “O tato e o critério centuplicam a utilidade do obreiro” (Obreiros Evangélicos, p. 119). Amar as Pessoas Os pastores têm de amar as pessoas. Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). Cristo empregou a figura do pastor de ovelhas para descrever Sua relação com Seu povo e a obra do ministério. Ele declarou: “Eu Sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas” (Jo 10:11-13). O mercenário vê a obra de pastorear apenas como um trabalho que pode ser facilmente abandonado sob pressão. Moisés, suplicando por seu povo no Monte Sinai, demonstrou notavelmente o ideal do amor pastoral. Depois de Israel haver

adorado o bezerro de ouro, ele intercedeu junto a Deus em seu favor. “Intercedendo Moisés por Israel, desapareceu-lhe a timidez ante seu profundo interesse e amor por aqueles em favor dos quais havia sido, nas mãos de Deus, o meio para se fazerem tão grandes coisas. [...] Seu interesse por Israel não se originara em qualquer intuito egoísta. A prosperidade do povo escolhido de Deus eralhe mais valiosa do que a honra pessoal, mais apreciada do que o privilégio de tornar-se o pai de uma poderosa nação” (Patriarcas e Profetas, p. 319). Amando pessoas desagradáveis. Amar a humanidade em geral é um conceito amplamente aceito sem hesitação. Mas amar pessoas defeituosas em particular pode ser categorizado como uma das mais difíceis tarefas de vida pastoral. Os pastores devem ser capazes de ver as pessoas tais como são, e ainda não perder de vista aquilo em que podem se tornar pela graça de Deus. Para ser um verdadeiro pastor, os pastores necessitam servir como Cristo serviu. “Vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9:36). Ser compassivo como Jesus significa ir além da mera simpatia pela decaída natureza humana. Essa compaixão não apenas aceita as pessoas como são em suas imperfeições, como também busca ajudá-las a alcançar a vitória em Cristo. Amando pessoas perturbadoras. Cristo incluiu amar pessoas perturbadoras e más em Sua exortação para o bom pastorado. Às vezes, quando as pessoas criticam, entendem mal, e até acusam falsamente, o exemplo de Cristo demonstra claramente a resposta de amor do verdadeiro pastor. Mesmo quando suspenso na cruz, Cristo perdoou aqueles que o pregaram nela. Assim, Ele demonstrou que o verdadeiro perdão está baseado não numa mudança de ações e atitudes daqueles que estão errados, mas na atitude de alguém que perdoa voluntariamente.

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20 | Guia Para Ministros Perdoar genuinamente aqueles que se ocupam de maltratar os outros descreve melhor o teste do amor cristão. Se esse perdão for ou não recebido por eles, fica sob sua própria escolha. Realmente, há consequências que resultam de um comportamento pecaminoso irreversível; no entanto, no ato de perdoar, a pessoa não precisa estabelecer quem agiu errado, mas considerar o perdão como uma questão de “suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente [...]. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3:13). Amizades As amizades existem naturalmente e são um dom de Deus. Entre os discípulos, Pedro, Tiago e João desfrutavam relacionamento único e especial com Cristo. Semelhantemente, os pastores encontrarão e desfrutarão a amizade de pessoas com quem trabalham e servem. Amizades fidedignas e íntimas não são apenas aceitáveis, mas indicam competência relacional e maturidade emocional da parte do pastor. Todo o mundo precisa de amigos íntimos. As amizades ajudam no desenvolvimento de uma visão realística de nossas virtudes e limitações pessoais. Um amigo não apenas oferece apoio, como também provê percepção adicional à vida e ao ministério. A pessoa pode abrir-se e comunicar-se francamente com um amigo íntimo e, obviamente, a esposa se torna uma fonte ideal desse tipo de amizade. Todavia, a esposa não pode ser tudo o que um amigo precisa ser, a menos que a comunicação de ideias, ideais, planos, temores, fracassos e frustrações seja aberta, honesta e devotadamente partilhada um com o outro. Embora a amizade com o cônjuge deva ser a mais completa, se ela é a única confidente, isso torna muito pesada a carga sobre ela. A Associação Ministerial da Associação Geral deseja que o secretário ministerial da Associação/Missão seja a pessoa disponível para

ser amigo íntimo dos pastores. Porém, frequentemente os ministros e suas esposas não se sentem confortáveis confiando particularidades àqueles que estão envolvidos com as questões de disciplina ministerial. Nesses casos, um colega pode servir como amigo e confidente. Tais pastores amiudadamente partilham problemas e frustrações similares e compreendem a vida uns dos outros mais completamente que qualquer outra pessoa. Amigos íntimos na congregação. Embora seja natural encontrar amigos íntimos na congregação, há algumas precauções que precisam ser observadas em tais relacionamentos. Os pastores precisam manter um espírito saudável entre todos os membros da congregação, evitando parcialidade com qualquer pessoa. Pastores têm de saber da importância de se esforçar para manter relacionamento amável com os indiferentes e desinteressados, assim como têm com aqueles que são entusiastas e cooperadores. Também, a necessidade de confidencialidade restringe a partilha de problemas com outros na congregação. Amizades íntimas com anciãos normalmente fogem à crítica, porque os membros esperam que esses associados pastorais desfrutem tal relacionamento. Relacionamentos com a comunidade. As comunidades adventistas que procuram enaltecer valores e cumprir uma missão não reconhecida pelo mundo em geral podem, às vezes, ser tidas como isoladas das comunidades dentro das quais existem. Essas comunidades podem interpretar esse foco como indiferença inamistosa e uma noção de superioridade espiritual. Os pastores devem estar ativamente envolvidos com a comunidade, buscando fazer parte de associações locais de pastores e organizações de serviços à comunidade. Não somente existem muitos itens de interesse comum, mas esses podem gerar valiosas amizades profissionais que abrem oportunidades para ministrar e testemunhar.

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Administração do Tempo O Dom do Tempo O tempo é concedido como um dom a todas as pessoas. A questão não é se temos mais tempo do que os outros, mas como cada um administra esse dom. A razão de alguns parecerem realizar mais do que outros, está nas prioridades que escolhem e como usam o tempo. Jesus enfatizou a importância da administração do tempo quando declarou: “É necessário que façamos as obras dAquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:4). O Sábio Uso do Tempo 1. Planeje. O planejamento aumenta a eficiência. Fixe as metas e os objetivos priorizando as coisas mais necessárias, e então faça um esquema de tempo para atingir essas metas. Sem tal plano, a pessoa pode facilmente ser conduzida de tarefa em tarefa, frequentemente seguindo o prazer e evitando a dificuldade, enquanto negligencia as tarefas mais importantes. “Quando vos levantardes pela manhã, considerai, tanto quanto possível, o trabalho que deveis efetuar durante o dia. Caso seja necessário, tende um bloco de anotações em que escrevais as coisas a serem feitas, e estabelecei-vos o tempo em que deveis realizar o trabalho” (Evangelismo, p. 652). Os planos devem ser flexíveis. Não planeje de forma tão rígida que as exceções e as emergência não possam ser tratadas. A falha em atender a emergências em nome da administração de tempo, torna-se ofensiva àqueles que se acham em necessidade. Um plano tão preciso e detalhado que não possa ser seguido de modo realista provavelmente será abandonado.

O planejamento de tempo precisa ser comunicado aos colaboradores e também à congregação. Discuta o plano de trabalho pastoral e as responsabilidades com a comissão da igreja, e então o apresente à congregação. Comunique com clareza que o pastor sempre estará disponível para emergências, porém, num esforço para fazer o melhor uso do tempo disponível, são necessárias algumas limitações. O horário do pastor pode ser afixado na porta de seu gabinete e também incluído no boletim ou em outro meio de comunicação da igreja. Que ele faça todo esforço possível para estar disponível nos horários marcados. Gerenciar o uso do telefone é muitíssimo importante para as pessoas que chamam e as secretárias eletrônicas não devem assumir essa importância. As ligações para o pastor e para o escritório da igreja precisam ser respondidas pessoalmente. Portanto, quando são usados dispositivos de atendimento automático, deixar de responder prontamente é atitude inadequada e grosseira. As chamadas também podem ser reencaminhadas a outro ramal, em que alguém foi designado para atendê-las. A correspondência escrita e os e-mails podem se transformar em significativos consumidores de tempo do pastor. Equilibrar a importância de responder e a massa de comunicação não é tarefa pequena, e alguém pode facilmente chegar a extremos gastando muito tempo em correspondência trivial ou em simplesmente não responder a solicitações legítimas. Evite o trivial, mas respeite o legítimo. É preciso cuidado naquilo que o pastor comunica, seja em cartas ou e-mails. O que o pastor escreve tem longa vida após o momento da escrita. Esteja certo de que as palavras registradas continuarão a contribuir para o ministério e não para miná-lo. 2. Crie o seu horário nobre. Os níveis de picos de trabalho e energia criativa variam de pessoa para pessoa. Para alguns, eles podem ser a primeira coisa pela manhã; para outros, podem ocorrer à

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24 | Guia Para Ministros noite. Nesse ponto, ninguém é melhor que o outro. É apenas questão de individualidade. Todavia, não procrastine. Faça um trabalho criativo e bem pensado quando o nível de energia para sua realização estiver bem elevado. 3. Procure a ajuda de outros. Auxiliares de escritório, se disponíveis, aumentam em muito a eficiência do pastor ao lidarem com os detalhes do trabalho da igreja, como atender a chamadas telefônicas, preparar boletins, marcar entrevistas, fazer anotações e contatos. Poucas igrejas podem arcar com auxiliares de escritório de tempo integral, mas alguém em meio período ou obreiros voluntários podem estar disponíveis para assistir o pastor nesses esforços. 4. Agrupe os compromissos. Agrupe geograficamente as visitas para tornar as viagens mais eficazes. O telefone pode ser uma ferramenta útil para muitos contatos e também para aumentar a atividade. A visitação hospitalar é importante para aqueles que estão enfermos e suas famílias. Essas visitas, embora possam ser breves, ainda são de grande significado. A expectativa cultural pela visita do pastor varia significativamente em diferentes locais e grupos etários diversificados. 5. Use o tempo duas vezes. No ministério, viajar exige muito tempo. Tanto as Escrituras como outros livros estão disponíveis em gravações e podem ser ouvidos durante as viagens. Além disso, disciplinar a mente para pensar, planejar, orar e mesmo preparar sermões durante o tempo de viagem, proporciona momentos de tranquilidade para esses propósitos. O tempo de espera nos compromissos, por exemplo, pode ser utilizado para planejar alguma atividade produtiva. 6. Delegue. “É grande erro manter um pastor, que tem o dom de pregar com poder o evangelho, constantemente ocupado com assuntos comerciais. O que proclama a Palavra da vida não deve permitir que demasiados encargos sejam colocados sobre ele” (Evangelismo,

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p. 91, 92). Os apóstolos aprenderam que, quando tentavam fazer todo o trabalho da igreja por si mesmos, a obra não era realizada por completo. Assim, eles delegaram a parte para a qual não foram diretamente chamados, dizendo: “Não é razoável que nós abandonemos a Palavra de Deus para servir às mesas. E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra” (At 6:2, 4).

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Saúde Pessoal Como recurso para o ministério, a boa saúde provê a capacidade de realizar uma boa obra e exemplificar um viver prudente e abstêmio. Estudos feitos pela Universidade de Loma Linda comprovam claramente as vantagens do estilo de vida adventista, não apenas no aumento da expectativa de vida, mas também na melhora da saúde. “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Pv 17:22). Saúde Física Embora saibamos que o estilo de vida adventista seja uma escolha sábia, ele não imuniza seus praticantes contra enfermidades. Um check up físico feito regularmente pode detectar problemas que precisam ser tratados prontamente, evitando assim resultados posteriores danosos à vida. Os empregadores denominacionais proporcionam uma variedade de opções de saúde que devem ser seguidas no melhor interesse tanto do indivíduo como da igreja. Manter bom estado de saúde também envolve a sábia observância de três práticas fundamentais: dieta adequada, exercício e repouso. 1. Dieta. Ingira os alimentos certos e nas quantidades certas. “Muitos de nossos pastores estão cavando suas sepulturas com os dentes” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 408). “Deus não pode deixar que Seu Espírito Santo repouse sobre os que, embora sabendo o que devem comer para ter saúde, persistem numa conduta que enfraquecerá o corpo e a mente” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 55, 56). A abundância de bons conselhos sobre dieta adequada e alimentação não deveria ser apenas lida, mas seguida.

2. Exercício. Visto que grande parte do ministério pastoral resulta numa vida sedentária, esforços determinados precisam ser feitos para manter um corpo forte e em forma. “O organismo inteiro necessita da revigoradora influência do exercício ao ar livre. Umas poucas horas de trabalho braçal cada dia ajudariam a renovar o vigor físico e fazer repousar e relaxar a mente. Por este meio, a saúde em geral poderá ser promovida e maior soma de trabalho pastoral realizada” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 264, 265). 3. Descanso. Há ocasiões em que as exigências ministeriais tornam difícil desfrutar o descanso apropriado. Todavia, permitir que isso se torne um hábito permanente irá reduzir – por causa da exaustão, incapacidade ou mesmo a morte – o volume de ministério que pode ser realizado. Descanso e lazer são cruciais, não apenas para o bem-estar físico, mas também para a estabilidade da família. Porque as exigências do repouso variam de pessoa para pessoa, conhecer as próprias necessidades pessoais e dormir suficientemente cada noite não podem ser atitudes opcionais. Reserve um dia de folga cada semana. Tire proveito das férias anuais que a Obra propicia. Excesso de trabalho não indica grande devoção à causa, mas insensatez. Depois de tarefas intensas e estressantes, Jesus convidou os discípulos: “Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham” (Mc 6:31). Saúde Mental O ministério é reconhecido como um trabalho estressante. A natureza intrapessoal do ministério não apenas proporciona oportunidade para alegre intercâmbio com outros, mas também ocasiões de lutas e tristeza. Falar em público, liderança administrativa, atender aos doentes e enlutados – tudo contribui para o estresse. Embora um pouco de estresse possa ajudar a concentrar os esforços na tarefa,

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28 | Guia Para Ministros a tensão contínua, elevada e não resolvida é debilitante. Considerando que a capacidade de absorver a tensão varia para cada pessoa, conhecer os próprios limites e desenvolver métodos de lidar com ela é vital para um ministério efetivo. Esgotamento, definido como reação à exaustão física, emocional e mental, é frequentemente o produto de estresse emocional repetido decorrente do constante envolvimento com pessoas. Além disso, as expectativas da congregação e da liderança do Campo podem diferir, colocando o pastor em situações embaraçosas. Buscar conselho e encorajamento de outros, muitas vezes, impede o esgotamento. Esse aconselhamento pode ser feito com o secretário ministerial, um colega de trabalho, um amigo, um grupo de apoio ou na própria família do pastor. Alguns Campos dispõem de aconselhamento anônimo com conselheiros profissionais, quando necessário.

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Aparência Pessoal A aparência pessoal definitivamente exerce gran-

Normas de Vestuário Realmente, existe uma infinidade de estilos e opções de vestuário disponíveis, e muitos desses estilos são tidos como aceitáveis. Contudo, pelo fato de que o ministério tem a reputação de ser uma profissão de alto nível, as pessoas esperam que as roupas do pastor correspondam ao padrão profissional. Uma clara indicação dessa expectativa em certas culturas pode facilmente ser determinada pela observação do traje usado por outros profissionais na comunidade. Vestir-se com roupas de segunda classe, em comparação a outros profissionais na comunidade, dará a impressão de que seu ministério também é de segunda classe. A cultura e os costumes variam amplamente em diferentes lugares, e a idade influencia também os estilos. Mas os exageros da moda devem ser evitados. Muitas vezes, o que é visto fala mais audivelmente do que o que é verbalmente expresso.

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de impacto. Quando um pastor se encontra com alguém pela primeira vez, essa pessoa faz um julgamento imediato, detalhado ou não, com base na aparência. Além disso, a aparência torna-se uma influência contínua no ministério. “Deus espera que Seus pastores, em maneiras e vestuário, representem devidamente os princípios da verdade e a santidade de seu ofício” (Obreiros Evangélicos, p. 174). “O pastor que é negligente em seu traje frequentemente ofende os que têm gosto e fi nas sensibilidades” (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 613).

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30 | Guia Para Ministros A Aparência Deve Atrair Para Cristo A aparência pessoal abrirá ou fechará as portas para o ministério. “O Deus do Céu [...] é honrado ou desonrado pelo vestuário dos que oficiam em honra Sua” (Obreiros Evangélicos, p. 173). 1. Bom gosto. O gosto no vestir-se, incluindo os calçados, deve ser apropriado para a ocasião. Trajes formais, como terno e gravata, cabem melhor no púlpito bem como em casamentos e funerais. Mas não hesite em vestir-se informalmente quando a ocasião o exigir. 2. Asseio. O asseio envolve não apenas as vestes, mas a pessoa toda. Boa aparência da pele, dentes, cabelos e unhas deve ser considerada tão importante quanto o vestir-se bem. Não apenas os trajes devem ser conservados limpos, mas também a pessoa. Tenha a higiene pessoal e o asseio como vitais para representar adequadamente a igreja. A Aparência não Deveria Ser Evidente Demais Trajes que atraem a atenção para o eu podem resultar de muitas causas. Vestimentas sujas, aparatosas ou impróprias para a ocasião podem difamar tanto o ministério como a mensagem. É melhor que a aparência passe sem ser notada, exceto por sua modéstia, adequação e bom gosto.

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Finanças Pessoais significativo potencial tanto para a influência positiva como para a negativa, na congregação e na comunidade. Mesmo com a melhor das intenções, o pastor pode frequentemente ser malcompreendido na área das finanças. Se bem que as expectativas do pastor não incluam viver na pobreza, ao mesmo tempo, um estilo de vida de claro consumismo e opulência arruinará o que de outro modo poderia ser um ministério bemsucedido. Confie na provisão do Senhor: “E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4:19). 1. Honestidade absoluta. Os procedimentos financeiros devem ser claramente abertos e honestos para evitar até mesmo a aparência do mal. A igreja conta com a absoluta honestidade financeira do pastor (e com razão), e os membros esperam o mesmo dos recursos da igreja, bem como dos recursos pessoais. Os membros precisam saber que os recursos da igreja continuarão a ser geridos com grande senso de integridade e responsabilidade. Proveito pessoal derivado da posição e influência pastoral sobre decisões financeiras equivale a conflito de interesse e não deve ser permitido sob nenhuma circunstância. 2. Vida responsável. O ministro cristão, como servo divinamente chamado e líder da congregação, deve viver no nível econômico geral da membresia como um todo, com o sistema de dízimos e a escala salarial da igreja designada a tornar isso possível. Embora ninguém deva esperar ficar rico com o salário do ministério, ao mesmo tempo, a renda fiel e estável provida pela igreja torna possível para o

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As finanças pessoais têm

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32 | Guia Para Ministros ministro viver com segurança, sabendo que suas necessidades pessoais serão atendidas. 3. Pagamento pontual das despesas. Não somente a reputação pessoal, mas também a da igreja, é influenciada pelo pagamento pontual e fiel das contas. 4. Comprar com inteligência, mas sem egoísmo. Cuidadoso planejamento nas compras faz com que os recursos limitados rendam melhor. Mas evite procurar descontos por ser pastor, como se os ministros merecessem tratamento especial. Se uma empresa deseja oferecer à igreja preços especiais para compras, isso deve ser considerado um presente para a igreja. Esperar receber favores pessoais destrói o respeito pela igreja e seu ministério. 5. Pedir e conceder empréstimos. Somente peça empréstimos se for extremamente necessário e ao mais baixo custo e pelo período mais curto possível. Pedir dinheiro emprestado ou procurar doações dos membros da igreja deve ser evitado. O potencial para desentendimentos e perturbação do relacionamento com quem empresta é grande, e o favoritismo para com ele torna-se uma fácil armadilha. Viva dentro do orçamento. Seja inteligente e cuidadoso no uso do crédito, pagando as contas mensalmente. Evite ser avalista ou fiador de empréstimo de outros. Os pastores são aconselhados: “Guardemse com uma cerca de arame farpado contra a inclinação de entrar em dívidas” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 235, 236). 6. Poupança. Planeje para emergências, como necessidade de transporte, reparos, substituição de aparelhos e despesas médicas imprevistas. A poupança deve ser planejada e acumulada a fim de prover fundos para itens maiores como educação dos filhos, aquisição de automóvel, redução de pagamento na compra de uma casa e preparo para a aposentadoria. Mesmo quando tentar poupar grandes somas e não conseguir, estabelecer o hábito de poupar é mais importande do que a quantia poupada.

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7. Seguro. Um seguro apropriado é necessário para proteger as finanças pessoais, a propriedade e as responsabilidades. 8. Empregos paralelos. Os administradores da igreja são responsáveis em prover aos ministros um salário digno. Os ministros em tempo integral são responsáveis por viver com esse salário, a fim de dedicar toda a sua energia em servir a igreja, não buscando outros trabalhos ou rendas, nem procurando receber por pregação em outros lugares. “O pastor que está integralmente consagrado a Deus recusa empenhar-se em negócios que poderiam impedi-lo de se dar inteiramente ao sagrado ofício” (Atos dos Apóstolos, 366). 9. Família. As finanças pessoais são de responsabilidade da família toda. 10. Ser um doador exemplar. Assim como a fidelidade na devolução do dízimo é uma expectativa bíblica e da organização que o emprega, a generosidade do pastor na doação de ofertas promove um positivo exemplo de liderança para os membros.

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Vida Familiar O Ministério e o Lar Reconheça as limitações da família como um modelo. Frequentemente, os membros da igreja olham para a família do pastor como padrão de vida familiar, e esperam que seus membros representem o que a igreja ensina sobre comportamento familiar e pessoal. Conquanto essa expectativa tenha alguma validade, precisa ser reconhecido o fato de que todas as famílias estão sujeitas às fragilidades e imperfeições humanas, e que somente pela graça de Deus e a escolha de cada indivíduo sua vida poderá harmonizar-se com a vontade divina. Encontre tempo para a família. A urgência do serviço ministerial, como uma tarefa interminável de consequências eternas, pode colocar o trabalho da igreja acima das necessidades familiares. Além disso, frequentes alterações nas tarefas pastorais podem conduzir a um senso de solidão e isolamento. A despeito disso, a família do pastor tem prioridade máxima na vida do ministro. Porém, isso não significa que mais tempo deve ser dedicado às preocupações familiares do que ao trabalho, mas que, em todo o planejamento e trato com os interesses ministeriais e o cuidado da igreja, as necessidades da família devem ser primordiais. O cuidado extremoso com a família tem ligação direta com o trato da igreja. “Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” (1Tm 3:5). “Os deveres do pastor jazem em torno dele, próximos e distantes; mas seu primeiro dever é para com seus filhos. [...] O mundo não precisa tanto de grandes espíritos, como de homens bons, que sejam uma bênção na própria família. Coisa alguma pode desculpar

o pastor de negligenciar o círculo interior, pelo mais amplo círculo externo. O bem-estar espiritual de sua família vem em primeiro lugar” (Obreiros Evangélicos, p. 204). Dedique tempo suficiente à família. Quando o tempo para a família é frequentemente interrompido ou cancelado por causa do trabalho da igreja, ela pode sentir-se como secundária e em competição com a igreja. Evite cancelar ou adiar compromissos com a família. Quando isso acontecer, restabeleça o compromisso familiar na primeira oportunidade que houver. Façam coisas juntos. Participe das tarefas diárias juntamente com os membros da família. Envolva-se nas recreações e entretenimentos que cada membro da família aprecia. Comunique-se. As coisas mantidas em comum com a família relacionam-se à qualidade e quantidade de esforço no sentido da comunicação. A comunicação verbal inclui tanto conversar quanto ouvir. Filhos e pais precisam conservar canais abertos de comunicação, sem restrições de ameaças ou condenação. Compartilhar os acontecimentos da vida diária, as experiências e percepções espirituais, tanto em relação aos triunfos como aos fracassos, às alegrias e tristezas do dia, une a família em devotada comunhão. Expresse-se livremente. Procure algo bom e belo em sua esposa e filhos cada dia e fale algo sobre seu respeito e apreciação por eles. Diga somente coisas amáveis e elogiosas sobre a família quando estiver no púlpito. Ore diariamente. Faça do culto familiar uma experiência criativa e feliz. Seja o líder espiritual da casa, mas não pretenda saber todas as respostas. Pelo fato de que o cristianismo é uma experiên­ cia intensamente pessoal, ninguém tem todas as respostas. As famílias necessitam conversar acerca de suas crenças e padrões, e não simplesmente aceitá-los como imposição das tradições da família ou regras da igreja.

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36 | Guia Para Ministros Vantagens das Famílias Pastorais Embora existam tensões peculiares às famílias pastorais, há também vantagens especiais, como mais ampla exposição às pessoas e ideias, oportunidades de viagens e um ambiente espiritual familiar mais seguro, comprometido em fazer o amor cristão operar. Essas vantagens tendem a prover: • Forte senso de propósito e missão na vida. • Oportunidade de trabalhar como equipe em tarefas de significado eterno. • Vocação dirigida para as pessoas e voltada ao atendimendo das necessidades humanas. • Satisfação em levar pessoas para a família de Deus. • O amor de amigos cristãos. A manutenção de uma família pastoral exemplar e feliz proporciona tanto alegrias presentes como recompensas eternas no reino de Deus. “Uma família bem ordenada, bem disciplinada, fala mais em favor do cristianismo do que todos os sermões que se possam pregar” (O Lar Adventista, p. 32).

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Ética Pastoral

Código de Ética do Pastor Adventista do Sétimo Dia Reconheço que o chamado ao ministério evangélico da Igreja Adventista do Sétimo Dia não tem o propósito de conceder privilégio especial ou posição, mas requer uma vida de devoção e serviço a Deus, Sua igreja e ao mundo. Afirmo que minha vida pessoal e atividades profissionais estarão alicerçadas na Palavra de Deus e sujeitas ao senhorio de Cristo. Estou totalmente comprometido com as crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Dedico-me à manutenção de altos padrões de conduta profissional e competência em meu ministério. Proponho-me a estabelecer relacionamentos baseados nos princípios expressos na vida e ensinos de Cristo. Devo, pela graça de Deus, aplicar esses padrões em minha vida, de forma a incluir o seguinte: 1. Manter vida devocional significativa para mim mesmo e minha família. 2. Dedicar tempo integral e atenção ao ministério como minha única vocação. 3. Comprometer-me a um contínuo crescimento profissional. 4. Iniciar e manter relacionamentos de apoio profissional com meus colegas de ministério.

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Código de Ética A Associação Ministerial da Associação Geral, em conselho com os pastores e administradores da igreja, preparou e recomenda a cada pastor adventista observar o seguinte código de ética:

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38 | Guia Para Ministros 5. Praticar a mais estrita confidencialidade profissional. 6. A  poiar minha organização empregadora e a igreja mundial. 7. A  dministrar as finanças da igreja e pessoais com integridade e transparência. 8. E  ntender e tratar minha família como parte fundamental de meu ministério. 9. Praticar um estilo de vida saudável. 10. R  elacionar-me dignamente com homens e mulheres. 11. R  espeitar a personalidade de cada indivíduo, sem parcialidade ou preconceito. 12. A  mar aqueles a quem eu ministro e comprometer-me com seu crescimento espiritual. Ética e Companheiros de Ministério Companheiros de ministério. A obra do ministério predispõe os ministros a um companheirismo compartilhado e à compreensão dos interesses e preocupações uns dos outros. Apoiar o ministério de um colega, partilhando ideias e conceitos ministeriais, fortalece o ministério. Ninguém tem toda a criatividade e a sabedoria que o ministério necessita. Em vez de considerar outros membros do ministério como competidores, os pastores deveriam vê-los como apoiadores. Os concílios pastorais deveriam não apenas prover inspiração e instrução em habilidades ministeriais, mas também ocasiões para caloroso companheirismo. Pastores supervisores. Quando dois ou mais pastores trabalham juntos, como em grandes igrejas ou distritos, os papéis da responsabilidade ministerial devem ser claramente expostos e entendidos. Embora o serviço individual não deva ser obscurecido, a responsabilidade final pelo ministério total repousa sobre o pastor supervisor. Os pastores precisam se apoiar mutuamente no cumprimento das metas estabelecidas no programa da igreja. Qualquer tentativa

de colocar um pastor contra o outro e arruinar o relacionamento de trabalho da equipe deve ser repudiada. O programa de aspirantes ao ministério proporciona uma oportunidade única para o ministério em equipe. Colocar aspirantes nesse papel, visando à educação contínua, permite-lhes aprender enquanto trabalham com um ministro experiente e amadurecido. Além disso, o pastor experiente tem a oportunidade de aprender com o aspirante, que pode ter tido contato mais recente com os círculos educacionais. Para ajudar nessa relação e no processo de capacitação, a Associação Ministerial da Associação Geral preparou o Guia de Procedimentos Para Aspirantes ao Ministério, disponível no Centro de Recursos Ministeriais. O antecessor. Quando designado para uma nova igreja, não descarte apressadamente o programa já estabelecido. Tenha em mente que aqueles que passaram por ela conheceram as necessidades locais, desconhecidas de início pelo novo pastor. Avance cuidadosa, sábia e respeitosamente, dando prosseguimento àquilo que funciona bem, introduzindo gradualmente novos conceitos e ideias que expandirão e formarão o programa da igreja mais adiante. O sucessor. Quando for transferido de seu posto de serviço, deixe atrás de si bons registros na igreja, tais como um livro de registros (incluindo oficiais e comissões), relatórios financeiros, atas das comissões, lista de endereços dos membros, mapas assinalados com os territórios missionários da comunidade e interesses evangelísticos. Compartilhe informações pessoais úteis sobre compras, unidades de saúde, livrarias e outras localidades que o pastor tenha necessidade de acessar. Pastores de outras igrejas. Em alguns distritos, pode haver várias igrejas adventistas próximas. Comunicação aberta, cooperação e respeito entre os pastores dessas igrejas são vitais para o sucesso de todos. Além disso, cultive bons relacionamentos com os colegas

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40 | Guia Para Ministros de ministério de outras denominações que trabalham na área. Muito pode ser compartilhado com esses pastores, incluindo serviços à comunidade e preocupações e crenças similares. Um espírito competitivo e hostil prejudica o trabalho que pode ser feito na comunidade. Às vezes, existe alguma associação ou organização de pastores disponível para um ministério compartilhado. Ética e Posição na Obra Busca de posição. A meta de ministério inclui serviço e não posição. Na obra de Deus a promoção se torna assunto dEle. “Se alguns são classificados para uma posição mais alta, o Senhor deporá o fardo não apenas sobre eles, mas sobre aqueles que os escolheram, que conhecem seu valor e que podem com conhecimento de causa incentivá-los para a frente” (A Ciência do Bom Viver, p. 477). Buscando um alto padrão. Tenha alvos elevados, mas almeje um alto padrão e não uma alta posição. Trabalhe diligentemente na atribuição que lhe foi dada e deixe a promoção com Deus. Ética e Raça O sucesso da Igreja Adventista do Sétimo Dia na missão de alcançar o mundo pode ser visto no aumento do número de sua membresia ao redor do mundo: “a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6). Com tal amplitude, não existe lugar para discriminação racial. “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3:27, 28). Ética e Responsabilidade Moral Depósito sagrado. Como um depósito sagrado, o chamado ao ministério envolve respeito à integridade humana. Qualquer rompi-

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Ética nos Relacionamentos Relacionamento conjugal. Que fique claramente demonstrado e seja amplamente observado que um forte laço de relacionamento amoroso familiar está estabelecido entre marido e mulher. Trabalhe diligentemente para tornar sua vida doméstica alegre e bem-sucedida. Tal relacionamento fortalece os laços internos de amor e repele a tentação externa. Reconhecimento de vulnerabilidade. Negar vulnerabilidade às tentações sexuais é perigoso. Brincar com flertes e fantasias é um jogo perigoso. Se regularmente nutridos, os desejos eróticos e românticos haverão de suplantar o pensamento racional. Perceber os sentimentos de uma pessoa e combatê-los no início da atração pode repelir a tentação. Aconselhamento. Sendo que o aconselhamento espiritual faz parte da responsabilidade do pastor, muita cautela deve ser observada nesse trabalho. Certos aconselhamentos podem requerer um local reservado, mas não privacidade de visibilidade. Os pastores em sua maioria não são conselheiros profissionais. De fato, os pastores não foram chamados para isso. Na maior parte dos casos, quando não se trate de aconselhamento espiritual, aqueles que precisam de aconselhamento devem ser encaminhados a conselheiros cristãos profissionais.

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mento da confiança nessa área traz opróbrio sobre o ministério, a igreja e Deus. É irrazoável pedir que os membros confiem nos pastores que se envolvem em práticas como adultério, pedofilia, homossexualismo, fornicação e outros atos sexuais impróprios. Perdão e restauração. Conquanto a violação desses padrões se torne motivo para o encerramento do serviço e emprego no ministério pastoral, o pastor despedido deve experimentar a restauração da graça perdoadora e do amor de Deus. A igreja deve procurar restaurar e apoiar tais pessoas em seu relacionamento espiritual e familiar.

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42 | Guia Para Ministros Ética e Lei Implicações legais. Servidores da igreja, congregações e vítimas precisam estar atentos para o potencial do comportamento sexual impróprio. Em certas circunstâncias, as exigências legais incluem relatório de delito sexual. Em algumas jurisdições, certos indivíduos podem ser requisitados a relatar algumas formas abusivas (como abuso de menores ou de idosos), mesmo se o conhecimento de tal ato foi obtido em caráter confidencial. Deve-se procurar aconselhamento legal sobre as exigências nessa área. Contudo, o comportamento sexual impróprio não está limitado a menores. Ele também pode ocorrer entre adultos com suposto consentimento. Cuidado especial deve ser tomado ao tratar com indiví­duos entre os quais existe um real ou perceptível desequilíbrio de poder. Danos. No que concerne a danos, geralmente a lei considera as igrejas responsáveis apenas por danos que resultem de negligência. Passos conscientes devem ser dados para manter as instalações em condições seguras, a fim de proteger os frequentadores da igreja. Supervisão negligente. A supervisão negligente trata de assuntos que dizem respeito ao exercício de cuidado suficiente na supervisão de empregados ou obreiros voluntários. A igreja pode ser responsabilizada por supervisão negligente (ou falha de supervisão) de um empregado ou voluntário, se essa pessoa for culpada de agravo. Admissão de pessoal. Quando um indivíduo é colocado numa função de confiança, é preciso tomar cuidado para garantir que ele seja digno dela. As igrejas deveriam estabelecer uma política de checagem do histórico de indivíduos que ocupam funções potencialmente susceptíveis à prática de abuso e produção de danos. Consulte sua Associação/Missão, agente de seguros ou um advogado, quando desenvolver e implementar essa política. Se você receber um relatório referente ao histórico de um indivíduo que esteja sendo considerado para uma posição de confiança,

Ética Pastoral | 43 e você é alertado sobre algum comportamento impróprio ligado ao passado dessa pessoa, ou comentários a seu respeito, consulte o escritório de sua Associação/Missão ou um advogado. Deve-se ter cuidado de proteger tanto a pessoa sobre quem há algum questionamento quanto a qualquer pessoa que possa ser prejudicada por uma futura má conduta da pessoa em observação.

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Ética na Administração Financeira Políticas e procedimentos para o gerenciamento de assuntos financeiros estão claramente delineados no Livro de Regulamentos da Associação Geral e no Manual da Igreja. As falhas em cumprir essas políticas não apenas produz riscos de atentado contra a reputação do obreiro e da igreja, mas também coloca o servidor em condição de possível demissão.

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Desenvolvimento Profissional O Desenvolvimento Como Oportunidade Enquanto o crescimento físico alcança um ponto final, o desenvolvimento profissional provê a oportunidade de continuar crescendo e se desenvolvendo no ministério, contanto que se deseje. A razão para o crescimento profissional não deve ser a obtenção de posições, mas estar mais bem equipado para o serviço. Obrigação da Educação Contínua O Concílio Anual de 1986 tomou a iniciativa de “estimular as mesas administrativas das organizações adventistas do sétimo dia a tornar possível aos pastores adventistas obter pelo menos 20 horas anuais de educação contínua para o ministério, ou uma média de 20 horas para cada ano de licenciamento. (Por exemplo, se a credencial pastoral for válida por três anos, ele deve, durante esse tempo, acumular 60 horas de crédito.) Cursos feitos pelo pastor para obtenção de créditos acadêmicos, em conexão com o programa de educação formal aprovado pela organização empregadora, podem ser aceitos em lugar das unidades de educação contínua (UEC). Se no tempo da renovação da credencial ou licença do pastor, a média anual de sua UEC for menor do que o padrão indicado de 20 horas, um representante da organização onde o obreiro serve deve pessoalmente aconselhá-lo e incentivá-lo a se envolver no Programa de Educação Contínua Para o Ministério”. Essa educação contínua pode ser em forma de um programa de graduação aprovado, classes intensivas individuais ou reuniões ministeriais

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Como Desenvolver-se Leitura. Leia intensamente. Uma biblioteca local tem um significativo acervo de livros e revistas úteis, e, se não estão disponíveis ali, em geral, são franqueados através de empréstimos entre bibliotecas. Partilhe livros com companheiros pastores. Visite livrarias, incluindo aquelas que oferecem livros usados. Fixe um tempo para leitura e coloque uma meta mensal de livros e artigos de revistas para ler. Com um volume significativo desses materiais úteis publicados nos círculos adventistas, e também selecionados de outras fontes, os pastores podem facilmente encontrar um suprimento adequado. A revista Ministério e o Clube do Livro da Associação Ministerial também proporcionam uma riqueza de materiais para o crescimento profissional. Inclua também alguma leitura secular nesse índice de materiais a fim de manterse a par dos eventos atuais e tendências na sociedade. Avaliação. As capacidades pastorais são mais bem desenvolvidas mediante a prática seguida de avaliação e acompanhadas de um plano de melhorias. A avaliação, às vezes, pode parecer ameaçadora, mas recusá-la não apenas esconde fraquezas, mas também potenciais. Ela proporciona encorajamento, destacando áreas de talento e sucesso, ao mesmo tempo em que detecta áreas de fraqueza e falhas que podem ser trabalhadas de tal modo que melhorem o desempenho ministerial. Crescimento espiritual. No ministério, “o segredo do êxito está na união do poder divino com o esforço humano. Aqueles que levam a efeito os maiores resultados são os que mais implicitamente confiam no braço todo-poderoso. [...] Os homens de oração são os homens de poder” (Patriarcas e Profetas, p. 509).

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que incluam cursos de educação contínua. Além disso, a Associação Ministerial da Associação Geral preparou cursos para esse propósito. Os recursos estão disponíveis no Centro de Recursos Ministeriais da Associação Geral, ou através da Associação Ministerial das Divisões.

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Relacionamento com a Organização da Igreja A Organização é Necessária Estrutura e organização, uma realidade observável tanto no mundo físico quanto no social, permanecem como a base de toda a criação. Desde as minúsculas partículas do átomo ao grande projeto do cosmos, a estruturadora mão de Deus pode ser vista. “A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra” (Testemunhos Para Ministros, p. 26). Base bíblica para a organização da igreja. Ao longo da história bíblica, Deus busca promover ordem e estrutura para Seu povo. Ele deu ao antigo Israel um sistema complexo de organização, chamando-o da escravidão anômala do Egito para se tornar Sua nação escolhida. Jesus fundou a igreja designando Seus discípulos como líderes, e o Espírito Santo guiava a igreja do Novo Testamento enquanto ela se desenvolvia em sua missão e estrutura. Cristo chamou a igreja à existência e, embora seja evidente que ela existe como uma organização imperfeita (sendo constituída de pessoas imperfeitas), “por débil e defeituosa que seja, é o único objeto sobre a Terra a que Ele confere Sua suprema atenção” (Testemunhos Para Ministros, p. 15). Ser cristão significa amar a igreja, pois “Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela” (Ef 5:25). Base prática para a organização da igreja. Uma nação, um negócio ou mesmo o corpo humano fracassariam sem organização. A igreja, com a tarefa de proclamar a graça salvadora de Deus ao mundo, certamente também falharia sem organização. No início da história adventista, a necessidade de estrutura pôde ser claramente

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Benefícios da Organização Muitas e variadas formas de estrutura eclesiástica podem ser encontradas na igreja cristã. A menos que uma igreja opere como uma unidade autônoma, haverá necessidade de liderança e associação entre as igrejas de certa denominação. O regime administrativo da Igreja Adventista está baseado na forma representativa de governo, com a unidade da igreja como parte da irmandade de igrejas em uma Associação/Missão, conforme exposto no Manual da Igreja e no Livro de Regulamentos da Associação Geral. As Associações/Missões dependem quase que totalmente dos pastores para o crescimento e a nutrição da igreja, uma vez que os fundos da Associação/Missão procedem das igrejas. O evangelismo e o desenvolvimento da igreja acontecem nas congregações locais. Os pastores e anciãos lideram a congregação local e pastoreiam o rebanho. “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual Ele comprou com o Seu próprio sangue” (At 20:28). Apoio administrativo. Através das ações da comissão diretiva da Associação/Missão, os administradores assumem a responsabilidade de providenciar pastores para as igrejas de seu território. No modelo administrativo adventista, as instituições empregadoras têm a responsabilidade de manter um sistema salarial seguro para seus pastores.

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observada. “Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que, sem alguma forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção dos pastores, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os pastores, para a conservação das propriedades da igreja, para a publicação da verdade pela imprensa, e para muitos outros fins” (Testemunhos Para Ministros, p. 26).

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48 | Guia Para Ministros Recursos departamentais. Os diretores de departamentos servem como especialistas e disponibilizam sua capacitação aos pastores, enquanto trabalham juntos na capacitação dos membros das igrejas. Eles não têm poder hierárquico sobre os pastores, mas servem como conselheiros e provedores de recursos. Os departamentais devem manter os pastores informados acerca dos programas e materiais disponíveis para o ministério da igreja, que os apoiarão no desenvolvimento dos objetivos e planos do pastor. Secretário ministerial. O secretário ministerial é o pastor dos pastores e oferece serviços específicos que incluem: disposição para ouvir, supervisão dos aspirantes ao ministério, capacitação em ministérios pastorais e evangelísticos, oportunidades de educação contínua, assistência na capacitação e apoio familiar para os anciãos da igreja, apoio à família do pastor e assinatura da revista Ministério.2 Ministério Cooperativo O ministério, como um serviço essencialmente pessoal, deve ser executado sob a guia do Espírito Santo e de acordo com a consciência individual. Todavia, não é dada ao pastor uma licença para dirigir a igreja contra os princípios desta ou assumir posições contrárias ao que está declarado nas crenças fundamentais da igreja. “Nunca deve um obreiro considerar virtude a persistente conservação de sua atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 260). Um pastor adventista pode fazer uma escolha individual em aceitar dedicar-se ao serviço da igreja. No entanto, ao se tornar servidor e líder na igreja, deve acatar certas obrigações para com o corpo da igreja. 1. Confie na liderança. Embora a liderança da igreja não possa ser descrita como perfeita, ela permanece como autoridade devidamente 2 Na Divisão Sul-Americana, a Associação Ministerial atende também os diáconos e diaconisas da igreja. O atendimento é feito em cooperação com o Ministério da Mulher.

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constituída na igreja. Enquanto dialoga, as variedades de opinião são tanto boas quanto permissíveis; quando as decisões são tomadas, torna-se responsabilidade do pastor apoiar a liderança. “Nutramos o espírito de confiança na sabedoria de nossos irmãos” (Testemunhos Para Ministros, p. 500). 2. Consulte a liderança. Aconselhe-se com a liderança antes de começar qualquer atividade que invada o tempo normalmente dedicado ao ministério regular. Será útil pedir conselho antes de comprar ou vender uma casa, envolver-se num programa acadêmico de estudos ou convidar pessoas para falar na igreja. 3. Considere a liderança responsável. A forma adventista de governo eclesiástico é representativa e não congregacional, provendo assim um processo democrático que é um privilégio e uma obrigação para seus membros. Conquanto sensível às necessidades e desejos individuais da igreja, ela leva em conta uma perspectiva mais ampla, tanto da irmandade das igrejas como da obra mundial.

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Serviços Departamentais A Associação Geral oferece

muitos serviços departamentais destinados a prover programas e recursos para assistência aos pastores e igrejas. A maioria desses departamentos tem representantes nos âmbitos da Divisão, União e Associação/Missão, embora tais departamentos devam inicialmente ser contatados na Associação/Missão. Se não estiverem disponíveis, o contato deve ser feito na instância seguinte da estrutura organizacional da igreja. O Yearbook (Anuário Adventista), disponível on-line (adventistyearbook.org), propicia um diretório das organizações da igreja mundial, como: Sede da Associação Geral: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600. Fone: (301) 680-6000. Site da AG: www.adventist. org. Site da Associação Ministerial: www.ministerialassociation.com. Segue-se uma lista de departamentos, em ordem alfabética, com uma breve declaração do propósito de cada um. Para atualizações dos vários departamentos, acesse www.adventist.org e procure então o departamento específico. Ministérios Adventistas de Capelania Propósito. O Departamento de Ministérios Adventistas de Capelania (MAC) estende a presença da igreja em lugares além da igreja local, onde as pessoas estão em crise e carentes das boasnovas do evangelho. Esse departamento incentiva e ajuda a equipar a igreja para cuidar efetivamente das necessidades da comunidade e seus ministros, bem como de populações específicas, tanto dentro como fora da igreja. Elas incluem estudantes de instituições

educacionais adventistas e não adventistas, internos de prisões, pacientes em hospitais, militares e outros. Programas/recursos.3 Os Ministérios Adventistas de Capelania endossam e apoiam pastores adventistas licenciados e credenciados para servirem como capelães em instituições educacionais, instituições prisionais, hospitais, divisões militares, serviços de voluntariado e outros setores, bem como provê várias funções de apoio. Endosso eclesiástico. Esse processo é um programa formal que concede endosso aos capelães: a afirmação votada pela igreja, requerida por muitos empregadores e organizações credenciadas. Educação. O departamento fornece e/ou coordena muitas atividades de educação contínua para capelães do mundo todo, e trabalha para estabelecer nas Divisões programas de capacitação em capelania indígena. Os pastores também podem participar com frequência desses programas. Todas essas facilidades educacionais são providas sob os auspícios do Instituto de Educação de Capelania – um currículo de oportunidades educacionais oferecidas através da igreja mundial. A Capelania Adventista (publicada em inglês) é uma publicação trimestral destinada aos capelães e líderes da igreja. O Manual de Capelania é uma publicação que proporciona uma visão geral dos princípios do ministério de capelania numa variedade de ambientes. Um DVD interativo apresenta uma síntese da capelania para seminaristas, pastores, líderes de igrejas e outros. Programas educacionais são oferecidos para ajudar os capelães a atender os requisitos de um desenvolvimento profissional contínuo. Além disso, outras revistas e materiais são produzidos para atender às necessidades à medida que elas surgem. Em algumas Divisões, os membros do serviço militar também são considerados. 3 A maioria dos materiais mencionados nesta seção é produzida em inglês. Os interessados poderão obter esses recursos através da área responsável na Associação Geral.

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52 | Guia Para Ministros Por Deus e Pela Pátria é uma publicação que proporciona recursos educacionais impressos e eletrônicos tratando de assuntos relacionados à vida militar. Adicionalmente, os membros da Igreja Adventista que são militares podem dispor de outras publicações e programas de cuidado espiritual disponíveis. O Ministério Adventista de Capelania oferece diretrizes de carreira para capelães e aspirantes à capelania, conselho e educação para jovens com vistas ao serviço público e militar, e outros assuntos relacionados. O MAC provê assistência aos pastores na ajuda aos membros leigos envolvidos com esses assuntos. O departamento trabalha frequentemente com pastores e outros departamentos como: Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa e o Gabinete do Conselho Geral, para solucionar impasses enfrentados pelos adventistas em ambientes nos quais o capelão trabalha. Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Presente em 125 países, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) serve às pessoas que precisam ter atendidas suas necessidades básicas tais como alimento e água, proporcionar-lhes condições de sustento próprio, acesso a cuidados médicos e hospitalares, alfabetização e conhecimentos aritméticos, de sobrevivência e proteção contra calamidades, mesmo depois que a atenção do mundo é desviada para outras coisas. Os projetos visam à sustentabilidade como o princípio fundamental de desenvolvimento. Além de prover alívio temporário, a Adra trabalha também para criar soluções em longo prazo. Através desses programas, as pessoas reivindicam o direito de desenvolvimento próprio, que leva a uma estabilidade e prosperidade duradouras. Alimento e água. Trabalhando em parceria com as comunidades, a Adra procura disponibilizar uma provisão suficiente de ali-

mentos, incluindo milho, feijões, arroz, óleo vegetal, conservas e biscoitos nutritivos, que ajudam a suplementar o aporte de calorias. Além disso, a Adra provê informação e instrução relativas à produção de colheitas seguras e a disponibilidade de água potável pura através da perfuração de novos poços, reformando os velhos e melhorando os sistemas de irrigação, para permitir às pessoas e seus rebanhos um adequado suprimento de água. Alfabetização e aritmética. Romper o ciclo autoperpetuado de pobreza de muitos, requer alfabetização e aulas de aritmética. Os programas da Adra têm demonstrado e ensinado essas habilidades básicas, incluindo leitura, escrita e matemática, transformando radicalmente a vida da população, enquanto desenvolve a competência de trabalho para as atividades cotidianas. Estabelecendo meios de vida. Trabalhar com indivíduos, especialmente mulheres pobres a quem usualmente é negado crédito, ajuda e o devido respeito, transforma-lhes literalmente a vida, melhorando também sua capacidade de desincumbir-se das tarefas do dia a dia. Ao conceder pequenos empréstimos e ensinando-os a criar e dirigir pequenos negócios, é oferecida a oportunidade de prosperar, permitindo-lhes assumir o controle de seu próprio bem-estar financeiro. Isso produz um efeito dominó, provendo-lhes mais oportunidades de empreendimento e estimulando a economia regional. Cuidados médicos. Tratamentos básicos e instrução sobre cuidados com a saúde abrangem assuntos como altas taxas de mortalidade infantil, saúde maternal, Aids, malária, tuberculose e acesso precário a cuidados médicos. Os temas de saúde são abordados por voluntários especializados em ensinar as comunidades sobre a prevenção da Aids, planejamento familiar, alfabetização e os efeitos da saúde deficiente sobre o bem-estar financeiro da família. Essa visão integral age como um catalisador para melhorar a consciência sobre saúde e tomada de atitudes em toda a comunidade.

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54 | Guia Para Ministros Ações de emergência. Calamidades, sejam naturais ou provocadas pelo homem, podem ocorrer a qualquer momento. Por essa razão, a Adra prepara-se antecipadamente para dar assistência com alimentos, roupas, água, abrigo e atendimento médico, antes que os problemas surjam. Depois da ocorrência dos sinistros, ela providencia ajuda na reconstrução de casas, infraestrutura e no desenvolvimento de programas que amparam as vítimas, visando a resgatar sua independência financeira. Missão Adventista Propósito. O Departamento de Missões Adventistas (DMA) procura estabelecer a presença adventista em todos os grupos populacionais, onde ela não existe, com o objetivo de levar esperança aos não alcançados. A DMA cria uma consciência de missão através de materiais, recursos e programas destinados a informar e incentivar os membros da igreja, com relação ao amplo alcance das atividades missionárias da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Isso inclui informar os membros sobre os resultados das ofertas missionárias, e a importância vital do contínuo apoio dessas doações. Programas/recursos.4 São disponibilizados recursos aos pastores a fim de partilharem o desafio e as oportunidades da missão mundial. Esses recursos incluem agendas missionárias, fotografias, podcasts, apresentações em PowerPoint, produções em vídeo, boletins informativos, Global Mission Pioneer e histórias de missões. O DVD trimestral A Missão Adventista, enviado gratuitamente a cada Divisão para distribuição às igrejas locais, contém relatórios de con­teú­do variado sobre os projetos das ofertas do décimo terceiro sábado, bem como a ampla diversidade da obra missionária apoiada pelas ofertas para as missões. 4 A maioria dos materiais mencionados nesta seção é produzida em inglês. Os interessados poderão obter esses recursos através do site www.adventistmission.org.

O Informativo Mundial das Missões Para Menores e o Informativo Mundial das Missões Para Jovens e Adultos são informes trimestrais que contêm histórias de missão, com foco especial nas ofertas do décimo terceiro sábado. Eles são publicados em formato que pode ser apresentado nos programas da Escola Sabatina. Três folhetos informativos coloridos da Missão Global – Frontline Edition, Prayer Calendar e Picture Story – contêm histórias, relatórios e fotos do trabalho da Missão Global ao redor do mundo. O Mission Week é um histórico de cinco programas devocionais diários, com ênfase na missão e criados para crianças de cinco a quatorze anos. Esses programas contêm vídeos de histórias, roteiros e atividades destinadas a ensinar, inspirar e motivar as crianças a se envolverem na obra missionária da igreja. As preleções da SEEDS são dirigidas anualmente na Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan, Estados Unidos, e em outras localidades, a convite. O propósito da SEEDS é prover a visão e os recursos para implantar igrejas e para os ministérios que as apoiam. As palestras de ChurchWorks são realizadas sob convite das Associações/Missões locais. Esses programas destinam-se a pastores e equipes de liderança leiga da igreja. A ChurchWorks expõe a visão e ajuda os líderes a criarem estratégias para alcançar cada pessoa em seu território, usando os dons espirituais de cada membro da igreja e de cada pastor. Cinco Centros de Estudo Religioso da Missão Global estão desenvolvendo métodos e ferramentas para ajudar a igreja a testemunhar efetiva e apropriadamente às pessoas de outras confissões religiosas, incluindo judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo, secularismo e pós-modernismo. Disponíveis aos pastores, missionários, pioneiros de Missão Global e outros membros da igreja, esses serviços incluem programas, aulas de capacitação, seminários, sites e vários materiais eletrônicos e escritos.

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56 | Guia Para Ministros Rádio Mundial Adventista Propósito. A Rádio Mundial Adventista, o braço radiofônico da Igreja Adventista do Sétimo Dia, usa ondas curtas, AM/FM, satélites, divulgação pela internet e podcasts ou arquivos de áudio. Esses programas levam a mensagem a pessoas de difícil acesso por causa das restrições políticas, barreiras culturais contra o cristianismo e obstáculos geográficos. A missão centraliza-se na transmissão da esperança adventista em Cristo para os grupos de mais difícil alcance no mundo, em seu próprio idioma. O objetivo fundamental é partilhar o evangelho com pessoas que vivem em 72 países dentro da janela 10/40, que inclui dois terços da população mundial, dos quais menos de dois por cento são cristãos. As transmissões também atingem a África, a Europa e a América Latina. A programação, desenvolvida por uma equipe que se comunica no idioma nativo em cada país, objetiva conectar-se com ouvintes não cristãos. Programas/recursos. Horários dos programas podem ser encontrados no site da Rádio Mundial Adventista: www.awr.org. O horário pode ser procurado por país ou obtido integralmente. Podcasting oferece várias transmissões no idioma requerido em qualquer lugar do mundo por meio da internet. Suas informações podem ser anunciadas amplamente ou partilhadas pessoalmente como forma de testemunhar. Também estão disponíveis histórias missionárias inspiradoras e emocionantes, que podem ser divulgadas nos programas da Escola Sabatina, cultos ou em outras ocasiões. O informativo eletrônico Inspirations está disponível no site, bem como o informativo impresso Transmissions e DVDs. Os recursos promovendo a oferta anual estão à disposição na sede da Rádio Adventista Mundial ou em seu site. Contate a sede da RAM para providenciar um orador para os programas da igreja, reuniões campais ou outras ocasiões, ou ainda por

Serviços Departamentais | 57 meio de panfletos, vídeos ou programas em PowerPoint para apresentação pública, folhas de atividades para crianças ou outros novos recursos. Os pastores que trabalham em territórios acessíveis às transmissões da RAM podem receber nomes de ouvintes interessados para acompanhamento.

Propósito. O Instituto de Pesquisa Bíblica (IPB) promove o estudo e prática da teologia e estilo de vida adventista como entendidos pela igreja mundial. Ele provê recursos teológicos para a administração e os departamentos da Associação Geral e a igreja. O IPB identifica áreas de discussão doutrinária e teológica, buscando aprimorar a compreensão e firmar compromissos com as verdades das Escrituras. O IPB estimula e facilita o diálogo com a comunidade adventista do sétimo dia, empenhando-se em fortalecer a unidade teológica e doutrinária na igreja mundial. O Instituto também dirige a obra da Comissão do Instituto de Pesquisa Bíblica, que é composta de membros de todo o mundo. Programas/recursos. O Instituto de Pesquisa Bíblica proporciona muitos recursos aos pastores, incluindo obras da livraria do site.5 Também no site estão ao dispor dos interessados documentos que tratam da doutrina e teologia adventista e outros assuntos de interesse dos pastores. Além disso, o instituto realiza seminários de estudos bíblicos e teologia. Ministério da Criança Propósito. O Departamento de Ministério da Criança busca orientar as crian­ças, desde o nascimento até 14 anos de idade, num relacionamento de amor e serviço com Jesus mediante desenvolvimento 5 www.biblicalresearch.gc.adventist.org

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Instituto de Pesquisa Bíblica

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58 | Guia Para Ministros de (1) ministérios voltados para a graça, onde as crianças aprendem a desenvolver amor incondicional por Cristo; (2) ministérios inclusivos que valorizam todas as crianças e voluntários independentemente de raça, cor, gênero, idioma e capacidades; (3) ministérios de liderança, nos quais os voluntários são fortalecidos, capacitados e equipados para um ministério eficaz com as crianças; (4) ministérios voltados para o serviço, onde as crianças prestam serviços para alcançar a comunidade; (5) ministérios cooperativos, nos quais o departamento trabalha ligado com outros ministérios para atingir outras metas compartilhadas; (6) ministérios de segurança, segundo os quais as igrejas adotam meios de proteção para resguardar as crianças de abusos físicos, espirituais, emocionais e sexuais, e (7) ministérios evangelísticos em que as crianças não envolvidas com a igreja são apresentadas a Jesus através de programas de alcance como “Escola Cristã de Férias” e “Hora de Histórias”. Programas/recursos. O Ministério da Criança uniu-se à Associação Ministerial para publicar o Manual de Pastores e Anciãos Para os Ministérios Infantis. Esse guia prático provê ajuda, apoio e motivação para os líderes de crianças, com a finalidade de desenvolver seus dons e tempo, visando ao desenvolvimento da fé nas crianças da igreja. A publicação Deus Me Ama de 28 Maneiras serve como ferramenta útil para pastores que estão dando estudos bíblicos ou estudando as doutrinas fundamentais da igreja com as crianças. O site contém informações complementares sobre outros recursos do departamento, bem como instruções para ajudar na capacitação de coordenadores dos ministérios infantis, para trabalhar na igreja local. Comunicação Propósito. O Departamento de Comunicação busca construir pontes de esperança, enquanto se empenha em criar uma imagem favorável da igreja e de sua missão, vida e atividades que encorajem

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Educação Propósito. Responsável pela coordenação, promoção e qualidade do programa educacional da igreja, o Departamento de Educação trabalha em cooperação com os diretores de educação das Divisões. O propósito do departamento é realizado mediante a coordenação das funções da Comissão Internacional de Educação, da Comissão Internacional de Educação Ministerial e Teológica, e da Associação Credenciada das Escolas, Faculdades e Universidades Adventistas do Sétimo Dia. Essas três comissões autorizam novas instituições e programas e avaliam a extensão em que as escolas apoiam a missão e os padrões autorizados da igreja. O departamento presta serviços às comissões, administradores e ao corpo docente das faculdades e universidades adventistas, provendo-lhes confiabilidade e realizando seminários para professores, congressos para administradores e aconselhamento às instituições. O departamento ajuda os líderes das igrejas e escolas ao tratarem de assuntos referentes à comissão diretiva da escola, planejamento estratégico e credenciamento.

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as pessoas a se tornarem seguidoras de Cristo. Esses elos podem ser realizados pela criação de confiança entre grupos de pessoas, por meio de informações precisas com a utilização de tecnologia e métodos modernos de comunicação, objetivando alcançar audiências diversas tanto dentro como fora da igreja, com um programa de comunicação esclarecedor, responsável e pleno de esperança. Programas/recursos. A Rede Adventista de Notícias transmite informações sobre a denominação internacional que existe além das paredes de uma igreja. Pastores, administradores e membros da igreja recebem e apresentam as notícias do progresso da igreja, seus desafios e oportunidades. Essas notícias podem ser usadas para informar e inspirar os membros da igreja, bem como conectar-se às comunidades atendidas.

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60 | Guia Para Ministros As publicações do Departamento de Educação (o Jornal da Educação Adventista, que provê informações com relação aos assuntos mais importantes para os professores e administradores adventistas; e a revista Diá­logo Universitário, dirigida a estudantes de faculdades e universidades que frequentam ou não as faculdades e universidades adventistas) servem mundialmente de elos entre a igreja, os estudantes e professores. Essas publicações estão disponíveis em inglês, espanhol, português e francês. O departamento trabalha em cooperação com os departamentos dos Ministérios Jovem e de Capelania, para manter contato com estudantes adventistas de nível superior, em instituições educacionais não ligadas ao sistema adventista. Esse trabalho é mais bem executa­do em cooperação com os pastores das igrejas locais vizinhas das instituições de ensino superior que possuem alunos adventistas. Programas/recursos. O departamento proporciona vários recursos: (1) Manual Adventista do Sétimo Dia de Educação Ministerial e Teológica; (2) Guia de Criação e Implementação de Planos-Mestres Espirituais em Campi de Educação Superior Adventista do Sétimo Dia; (3) Administração de Qualidade em Ensino Superior; (4) Planejamento Estratégico em Ensino Superior; (5) Portadores de Luz: A História da Igreja Adventista do Sétimo Dia; (6) Paixão Pelo Mundo: A História da Educação Adventista do Sétimo Dia; (7) uma série de publicações intituladas Cristo na Sala de Aulas: Uma Abordagem Adventista Para a Integração Fé e Ensino. Em ligação com a Universidade Andrews, o departamento gerencia o banco de dados de recursos humanos de profissionais adventistas do sétimo dia, possuidores de bacharelado e/ou pós-graduação. Ministério da Família Propósito. O Departamento de Ministério da Família procura fortalecer o lar como ambiente básico no qual os valores espirituais e vivenciais e o desenvolvimento de relacionamentos íntimos com

Deus e as pessoas sejam aprendidos. O Ministério da Família focaliza as ligações relacionais do casamento, vínculos entre pais e filhos, e entre irmãos e outros no círculo familiar mais amplo. Como um ministério de graça, o Ministério da Família se empenha em capacitar as famílias a fim de que alcancem os ideais divinos, sabendo que padecerão aflições num mundo caído. O Ministério da Família busca ajudar no crescimento integral de famílias emocionalmente saudáveis, resultando em famílias capazes de formar igrejas fortes e apresentar um testemunho cativante à sociedade. O Ministério da Família estimula a competência nas capacidades interpessoais, necessárias nos relacionamentos, e provê oportunidades de crescimento através da educação e enriquecimento da vida familiar. Embora não seja responsável pelo aconselhamento, o departamento estimula indivíduos, casais e famílias a procurar ajuda profissional quando necessária. Programas/recursos. Um ministério apropriado para as famílias inclui guia pré-conjugal disponível a todos os casais; programas regulares para o fortalecimento do casamento; educação de pais; ministério especial de necessidades relacionais de adultos solteiros, pais solteiros e famílias compostas de membros de outros casamentos; instruções de evangelismo de família para família, e ministérios de apoio para ajudar famílias com necessidades especiais. A fim de realizar tal ministério mais efetivamente, a comissão da igreja pode estabelecer um grupo diretivo de ministérios familiares. Visando a ajudar os pastores, líderes de igreja e comissões de ministérios familiares, o departamento oferece o seguinte: Manuais de Ministério da Família. O Departamento de Ministério da Família da Associação Geral e suas divisões associadas produziram esses manuais para orientar o ministério. Um dos títulos disponíveis é Cuidando das Famílias Hoje. O Manual de Pastores e Anciãos

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62 | Guia Para Ministros Para o Ministério da Família (publicado pela Associação Ministerial) provê orientação e guia para facilitar o ministério da família na igreja. Currículo de livros de apoio. O departamento coordena o desenvolvimento de um currículo de apoio para educação da vida familiar, apresentado em livros que resumem o conteúdo do ensino central na vida familiar para pastores e líderes de família, tais como Sexua­ lidade Humana: Compartilhando a Maravilha do Belo Dom Divino com Seus Filhos. Plano Anual Literário. Um livro de recursos que contém sermões, minisseminários, histórias, artigos sobre liderança e revisões de livros é produzido cada ano pelo departamento, para apoiar as igrejas no planejamento e programação para a Semana Anual do Lar Cristão e Casamento (fevereiro) e Semana da União Familiar (setembro). Recursos de programas específicos. O departamento produziu um programa específico de recursos que os pastores ou líderes da igreja podem adaptar para uso local, tais como: Preparando-se Para o Casamento (guia pré-matrimonial); Cuidando do Casamento (enriquecimento conjugal); Você Não Está Sozinho (ministério junto a pessoas solteiras); Paz e Cura: Libertação dos Abusos Domésticos (violência familiar); Fortalecendo as Ligações (breves roteiros para minissermões, transmissões radiofônicas, etc.). Desenvolvimento de liderança. O departamento provê o desenvolvimento de liderança através do programa de certificação em educação de vida familiar. Os fundos do curso para os diretores de departamento na Divisão, União e Associação/Missão estão disponíveis na Associação Geral. Faça contato com o departamental do Ministério da Família a respeito da disponibilidade para o desenvolvimento do programa e certificado para líderes leigos. Mais informações. Para mais informações sobre o departamento e recursos disponíveis, faça contato com o diretor do Ministério da Família da Associação/Missão ou com os escritórios do Ministério

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Ministério de Saúde Propósito. As metas do Ministério de Saúde envolvem a revelação da compaixão e cuidado de nosso Senhor Jesus, em Sua preocupa­ção com o bem-estar integral do ser humano. A bênção da saúde deve ser ensinada, compartilhada e celebrada entre os membros e a comunidade. O Ministério de Saúde, parte integrante do ministério evangélico, incorpora pregação, ensino e cura. Enquanto parte desse trabalho ajuda a recobrar a saúde, a essência desse ministério revela Cristo em toda a Sua beleza. O Ministério de Saúde é a expressão ativa de cuidado pelo indivíduo, procurando envolver a congregação e toda a comunidade na qual está inserida. Programas/recursos. O Departamento de Ministérios de Saúde, em cada nível organizacional, produz e fornece uma variedade ampla de recursos. Eles incluem programas de aconselhamento aos jovens, abandono do fumo, mudança de estilo de vida, materiais de exposição, preparo de conferências e cursos educativos. Mais informações. Visite o Departamento de Saúde da Associação Geral ou o site Health Connection (www.healthconnection.org) para conhecer centenas de materiais, como DVDs, CDs e outras ajudas à promoção da saúde. Associação Ministerial Propósito. A Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia disponibiliza apoio, educação contínua, incentivos e recursos para os obreiros do ministério, realização e participação de seminários, concílio de pastores e uma variedade de recursos.

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da Família da Associação Geral: Family Ministries Department, General Conference of Seventh-day Adventists, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904, USA.

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64 | Guia Para Ministros Programas/recursos. Um resumo dos recursos providos pela Associação Ministerial é disposto a seguir. Faça contato com a Associação Ministerial para obtenção da listagem mais atual. Aos pastores estão disponíveis recursos e material de apoio ao seu trabalho de evangelismo e crescimento de igreja. O Centro de Recursos Ministeriais publica livros, folhetos, CDs e DVDs sobre vários assuntos. Na maioria dos casos, os Campos ou instituições precisam enviar os pedidos com antecedência, para minimizar os custos. A revista Ministério, uma publicação internacional para pastores, vem sendo editada desde 1928 e está presentemente disponível tanto para ministros adventistas como para clérigos de outras denominações. Os pastores adventistas normalmente obtêm a revista através do Campo ou instituição a que estão filiados. Seminários de Crescimento Ministerial e Profissional são realizados via satélite e disponibilizados em sites para pastores de todo o mundo. Através desse programa, a revista Ministério é distribuída entre pastores de outras denominações. O setor de recursos para anciãos é responsável pela produção de recursos para anciãos de igrejas, incluindo a Revista do Ancião, uma publicação disponível em todo o mundo através das Associações/ Missões locais. Também realiza seminários de capacitação para anciãos, em cooperação com outras instâncias da igreja. A Área Feminina da Associação Ministerial (Afam) realiza seminários e disponibiliza recursos para as esposas e famílias dos pastores. Além de promover eventos ao redor do mundo, ela publica a Revista da Afam, disponível nos Campos e instituições. Mais informações. Cada entidade da Associação Ministerial pode ser contatada diretamente, ou contate os escritórios da Associação Ministerial central, a fim de que seu pedido chegue às mãos da pessoa apropriada.

Testamentos e Legados Propósito. O Departamento de Testamentos e Legados, um ministério altamente especializado, ajuda os membros e amigos da igreja a preparar instrumentos de doação planejada, como testamentos, legados, anuidades e doações integrais. A missão estimula e facilita a expansão da obra de Deus através de doações planejadas, adaptadas às juridições locais dos doadores. Com o propósito de ajudar os membros a realizarem suas metas financeiras e de doações, o pessoal do Departamento de Testamentos e Legados trabalha em cooperação com outros profissionais, incluindo advogados, contabilistas, planejadores financeiros e outros. Há dois tipos principais e gerais de testamentos: (1) revogável e (2) irrevogável. O testamento revogável permite ao outorgante retirar parte ou o todo da propriedade, bem como ter pleno desfrute dela durante toda a sua vida. Após seu falecimento, a propriedade passa diretamente aos beneficiários, poupando custos testamentários e administrativos. Um testamento irrevogável titula os ativos para a igreja, provendo benefícios imediatos de impostos. A legislação, naturalmente, varia de um país para o outro. Programas/recursos. Uma série de oito brochuras intituladas Planejamento Para o Ciclo de Vida aborda diferentes situações familiares, etárias e existenciais, e como o departamento pode ajudar. Acompanha as brochuras uma série de anúncios publicitários de vários tamanhos, desde página inteira até 1/8 de página, e também sugestões para o boletim da igreja, boletim da comissão e envelopes de dízimo, periódicos da igreja e outros meios de comunicação. O departamento dispõe de ampla gama de seminários adequados para reuniões pastorais, campais, e fins de semana planejados sob o tema finanças familiares e testamentos, para igrejas e outras jurisdições. Na realização desses seminários, pode-se contar com o auxílio de profissionais como advogados, contabilistas, planejadores financeiros e outros profissionais da área.

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66 | Guia Para Ministros Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa Propósito. O Departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa procura promover e defender a liberdade religiosa. Liberdade religiosa inclui o direito de ter ou adotar a religião de escolha própria do cidadão, mudar de crenças religiosas de acordo com sua consciência, manifestar sua religião individualmente ou na comunidade junto aos companheiros crentes, nos cultos, na prática, testemunho e ensino, tudo sujeito ao respeito equivalente dos direitos dos outros. Envolvido com as relações governamentais e contatos interdenominacionais, o departamento também estabelece uma rede de contatos com organizações não governamentais que possuem objetivos semelhantes na defesa da liberdade religiosa. Ele não apenas trabalha pelas liberdades religiosas, como também apoia a liberdade de crença para todas as pessoas em todos os lugares. Em vista da compreensão adventista do sétimo dia do grande conflito e dos eventos culminantes da história humana, envolvendo união entre Igreja e Estado, que eliminará o livre exercício da religião, resultando em perseguição do remanescente fiel, o departamento procura monitorar e interpretar as tendências atuais que possam refletir o cenário profético. Programas/recursos. Enumeramos os seguintes: festivais de liberdade religiosa; congressos regionais; jantares anuais de Prêmio da Liberdade; encontro de especialistas da Associação Internacional de Liberdade Religiosa; apresentação televisiva de Fé e Liberdade Global; congresso mundial de Liberdade Religiosa; conferências/seminários; sábados de ênfase em liberdade religiosa; Manual de Líderes de Liberdade Religiosa, Fides et Libertas (Fé e Liberdade), revista da Associação Internacional de Liberdade Religiosa; Relatório Mundial de Liberdade Religiosa, e a revista Liberty.

Publicações Propósito. O Departamento de Publicações atende aos membros da igreja e o mercado em geral, provendo nutrição espiritual e alcance evangelístico da comunidade. Para cumprir esses objetivos, o departamento trabalha para (1) motivar os membros da igreja para distribuir literatura, como parte da missão evangelística; (2) estimular o conceito do evangelismo com literatura como um ministério de tempo integral, para isso promovendo capacitação e supervisão; e (3) animar os membros na aquisição e estudo de livros devocionais, para seu crescimento e nutrição espiritual. Programas/recursos. O pessoal do Departamento de Publicações promove seminários de conscientização da literatura e jornadas de evangelismo nas igrejas, visando ao envolvimento dos membros com a literatura evangelística. Os programas de Seminário do Ministério da Literatura propiciam capacitação para evangelistas de publicações, sobre como apoiar os pastores na liderança da igreja e no evangelismo. Jovens estudantes são recrutados nas instituições educacionais para se unirem às campanhas de evangelismo com literatura durante as férias. Cada ano, o departamento, em coordenação com as casas publicadoras adventistas, seleciona o livro missionário do ano que é disponibilizado ao mundo todo para divulgação evangelística. As igrejas também são encorajadas a estabelecer uma biblioteca que empreste livros com essa finalidade. Eventos de vendas de livros são patrocinados através das casas publicadoras e do Serviço Educacional Lar e Saúde (Sels) em reuniões campais e nas igrejas, proporcionando literatura adventista a preços especiais. Os livros de interesse particular para o evangelismo impresso incluem: O Colportor-Evangelista, Ministério de Publicações e Milagres da Graça, um livro de ilustrações para sermões com 365 experiências com literatura evangelística.

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68 | Guia Para Ministros Outros instrumentos disponíveis incluem manual para coordenadores de publicações da igreja, materiais de capacitação para o ministério de evangelismo via publicações, apresentações em PowerPoint, apresentação em vídeo das maneiras de distribuir livros e revistas, e vídeo com o tema de recrutamento de colportores regulares e estudantis. As revistas referentes ao ministério de publicações incluem O Colportor-Evangelista e Revista dos Líderes de Publicações. Escola Sabatina e Ministério Pessoal Propósito. O Departamento da Escola Sabatina centraliza-se tanto na Escola Sabatina como no Ministério Pessoal, através da ênfase equilibrada e interrelacionada em companheirismo, evangelismo, estudos bíblicos e missão. O departamento também proporciona liderança, recursos, capacitação, criatividade e inspiração para o preparo dos membros da igreja local, mediante ministérios pessoais sinérgicos de educação religiosa para todas as idades. Programas/recursos. O recurso mais amplamente conhecido e utilizado provido por esse departamento é a Lição da Escola Sabatina para todas as idades. As lições incluem: Rol do Berço (desde o nascimento até dois anos); Jardim da Infância (de três a cinco anos); Primários (de seis a nove anos); Juvenis (de 10 a 14 anos); Fé em Tempo Real (alternativa para adolescentes de 13 a 14 anos); Adolescentes (de 15 a 18 anos); e Jovens (de 19 a 35 anos). Cada uma dessas publicações tem um guia para professores e outros recursos. O Departamento de Escola Sabatina e Ministério Pessoal atua como consultor no desenvolvimento da Lição de Adultos. Enriquecendo a Escola Sabatina, vídeo acompanhado de guia para líderes, proporciona total exploração e desenvolvimento de quatro focos integrados à Escola Sabatina de Adultos. Outras mídias disponíveis abrangem a Universidade da Escola Sabatina, um vídeo semanal com programa de 30 minutos, acessível através de transmissão via satélite, pela internet e arquivos de vídeo e áudio.

Os recursos para programar a Escola Sabatina são providos através do Cool Tools for Sabbath School, disponíveis no site do Departamento6 para ajudar especificamente a liderança no desempenho de suas responsabilidades. Os temas incluem: superintendência, ensino, secretariado, investimento, escolas sabatinas filiais, música, oração, companheirismo, evangelismo e missão. O Departamento também proporciona seminários de capacitação e de melhoria do ensino nas classes da Escola Sabatina. O Instituto Internacional de Ministérios Cristãos fornece cursos especiais e certificações em educação religiosa para adultos, para crianças, para a liderança da igreja local, evangelismo pessoal, evangelismo público e educação religiosa para a juventude e jovens adultos. A série de folhetos Alcançando e Conquistando disponibiliza uma abordagem completa e sistemática de meios mediante os quais se pode trabalhar com membros de um grupo específico de fé. Atualmente há folhetos para os que testemunham junto aos mórmons, hindus, budistas, etc. E mais opções estão sendo preparadas regularmente para essa série. Programas de capacitação em técnicas de testemunho pessoal, em como conduzir estudos bíblicos, liderança da igreja e outras formas de ministério são apresentados em grupos de discussão e seminários. Seminários e grupos de discussão com relação aos Serviços Adventistas à Comunidade estimulam a motivação, a capacitação e os recursos que ajudam os líderes e membros da igreja a envolver-se mais com suas comunidades. O Manual de Serviços à Comunidade e a seção Serviços Comunitários no site do Departamento oferecem recursos adicionais. Escolas bíblicas por correspondência produzem lições bíblicas via rádio, televisão, internet, outras mídias, e vários meios de publicidade. Os estudantes desses cursos são postos em contato com 6 www.sabbathschoolpersonalministries.org

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70 | Guia Para Ministros os ministérios evangelísticos da igreja. As igrejas podem estabelecer escolas bíblicas locais (Escolas de Descobertas Bíblicas) para esse propósito. Essas escolas bíblicas são um meio através do qual os membros matriculam os estudantes no programa e lhes proveem lições para contato pessoal, pequenos grupos, vídeos pela internet e correspondência via correio. O departamento oferece recursos, consultoria e capacitação. Mordomia Cristã Propósito. O Departamento de Mordomia Cristã prepara e promove uma abordagem integrada da educação em mordomia, que se centraliza no Senhorio de Jesus Cristo. Dentro dessa moldura teológica, a mordomia identifica-se com uma vida de serviço, sacrifício e parceria com Deus. Ela abarca mordomia financeira, que busca informar, encorajar e lembrar os membros da igreja sobre sua responsabilidade espiritual de devolver o dízimo e dar ofertas de gratidão a Deus, como consequência de seu concerto de relacionamento com Ele. Essas ações de fidelidade e gratidão são a expressão exterior da obra de Deus no coração dos crentes, e uma resposta de amor que reconhece Deus como Criador, Proprietário e Mantenedor da vida. Programas/recursos. O departamento proporciona recursos que podem ser usados para estudo pessoal ou como instrumentalidades para o ensino de mordomina na igreja. Esses recursos estão catalogados como livros e folhetos, materiais para seminários ou perió­ dicos no site do departamento7, que também apresenta recursos adicionais e atualizados. Tais materiais também podem ser solicitados ao Departamento de Mordomia da Associação Geral. Os livros compreendem Raízes da Mordomia, uma teologia da mordomia, dízimo e ofertas, e Dizimar nos Escritos de Ellen G. White, um estudo sobre a influência das Escrituras que modelaram 7 www.adventiststewardship.com

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Patrimônio White Propósito. O Patrimônio Ellen G. White foi criado por força do testamento de Ellen White por ocasião de sua morte, para servir como guardador de seus escritos. Seus cinco depositários cuidam de suas cartas e manuscritos, mantêm seus direitos autorais, promovem suas obras em inglês, providenciam sua tradução em outras línguas e produzem compilações quando necessárias. Adicionalmente, a pedido da Associação Geral, o Patrimônio White fornece à igreja informações sobre Ellen G. White e a história adventista. O Patrimônio White também opera centros de pesquisa em cada uma das Divisões mundiais da igreja. Programas/recursos. Como proprietário dos escritos de Ellen G. White, o Patrimônio White trabalha com as editoras adventistas, para manter a impressão de livros e incentivar sua circulação. Desde 1990, o Patrimônio White também disponibiliza os escritos da Sra. White eletronicamente em CD-ROM e, desde 1995, num site da internet.8 A equipe de membros do Patrimônio está à 8 www.whiteestate.org

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a compreensão de Ellen White sobre o dízimo. Dizimar no Novo Testamento e a Igreja Cristã aborda o tema do apoio da igreja primitiva ao ministério evangélico através do dízimo. Finanças Estratégicas da Igreja: Uma Abordagem Bíblica, material baseado num seminário de dois dias que explora o enfoque estratégico para as finanças da igreja, fundamentado na compreensão da mordomia bíblica. O seminário de mordomia que tem por título Deixe Deus Ser Deus: Fundamentos da Mordomia Bíblica apresenta-se numa série de três DVDs dirigida à base bíblica da mordomia. O periódico Mordomia Dinâmica é uma publicação trimestral com artigos, sermões, resenhas de livros e outras instrumentalidades desse ministério que se centralizam num tópico e tema específico.

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72 | Guia Para Ministros disposição para falar em concílios de obreiros, reuniões campais e outras reuniões similares. Anualmente, o Patrimônio White prepara um sermão, uma história para crianças e outros materiais que os pastores podem usar no Dia do Espírito de Profecia, em outubro. Esses materiais estão disponíveis no site do Patrimônio White (White Estate). Ademais, o site contém guias de estudos para muitos livros de Ellen White, acesso a um grande banco de dados, fotografias históricas e um acervo acessível e completo das obras publicadas da autora. Outras características incluem leitura devocional diária e o pensamento do dia, recursos para crianças e jovens, áudios de histórias dos pioneiros e uma extensa coleção de materiais sobre Ellen White e o Dom de Profecia, inclusive informações com relação às acusações feitas por seus críticos. Ministérios da Mulher Propósito. O Departamento dos Ministérios da Mulher apoia, estimula e desafia as mulheres adventistas do sétimo dia em sua caminhada diária como discípulas de Jesus Cristo, e como membros de Sua igreja mundial. Há seis temas desafiadores que orientam esse propósito: saúde da mulher, abusos, pobreza, carga de trabalho feminino, falta de capacitação de liderança, educação e analfabetismo. Esses assuntos afetam as mulheres de todas as culturas, posições sociais e países. Os objetivos do departamento incluem a educação de mulheres na igreja e na comunidade, ao mesmo tempo em que as fortalecem para se tornarem poderosas mulheres de Deus nas áreas de estudo bíblico, oração e crescimento pessoal, promovendo também seu envolvimento com as mulheres da comunidade. Programas/recursos. Um programa de capacitação de quatro níveis, chamado Programa de Certificação de Liderança Feminina,

busca capacitar as mulheres em liderança e outros assuntos relacionados, enquanto proporciona também confiança na liderança da igreja. O Programa de Bolsas de Estudos Para os Ministérios da Mulher dá apoio a mulheres que buscam atingir educação universitária. O Dia de Ênfase na Prevenção de Abusos é programado, anual­ mente, para o quarto sábado de agosto. O Ministério da Mulher encabeça esse programa departamental anual e conjunto, com destaque para a quebra do silêncio sobre abusos. O departamento providencia uma série de brochuras para suplementar os materiais anuais preparados para esse dia especial. A série de Assuntos Desafiantes composta de seis brochuras fornece informação sobre vários temas significativos para as mulheres em geral. O conjunto de recursos enfoca especificamente assuntos de interesse da mulher solteira, das adolescentes e jovens. Três boletins informativos estão disponíveis no departamento: Mosaico, noticiário mundial atualizado do ministério da mulher; Bolsas de Estudos Para Nossas Irmãs, que trata do levantamento de fundos de sustento para bolsas escolares; e o panfleto Toque um Coração, Diga ao Mundo, um boletim informativo sobre os projetos do ministério da mulher e auxílio no levantamento de fundos. Um quadro de exposições didáticas sobre HIV/Aids conta a história do vírus e apresenta informações com relação ao cuidado para com os doentes infectados. Também está disponível uma variedade de seminários destinados a ajudar as mulheres na área de desenvolvimento pes­soal. Todos os anos, o departamento publica um novo livro devocional, com textos preparados por mulheres, cuja renda é revertida em benefício do Programa de Bolsa de Estudos dos Ministérios da Mulher.

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74 | Guia Para Ministros Ministério Jovem Propósito. O Departamento do Ministério Jovem, fundamentado na salvação e serviço, procura facilitar e apoiar o ministério dos pastores e igrejas na conquista, capacitação, manutenção e recuperação dos jovens. Ele presta apoio à igreja na formação de objetivos, metas, planos e capacitação para equipar a congregação a fim de salvar sua juventude e prepará-la para o ministério. Também se especializa em atividades que estimulam a compreensão cristã e a participação na vida da igreja e serviços à comunidade, através de quatro focos principais: discipulado, liderança, testemunho e serviço. Programas/recursos. O departamento disponibiliza os seguintes materiais: Manual do Ministério da Juventude Para Pastores e An­ciãos, Manual do Ministério da Juventude, História dos Desbravadores, História do Jovem Adventista, História do Aventureiro, Guia do Professor, além do Troféu de Liderança Jovem e do Prêmio de Liderança de Desbravadores. O livro oficial do Ministério Jovem para as igrejas adventistas é Getting It Right, publicado pela Review and Herald.9 As funções para os vários grupos etários incluem: Liderança Para o Programa de Líder Master e Master Avançado, para a faixa etária entre 22 e 30 anos; Clube do Embaixador, para a faixa etária dos 16 aos 21 anos; Programa dos Desbravadores, para idades entre 10 e 15 anos, Programa Para os Aventureiros, para idades entre seis e nove anos. Ação Jovem é uma revista trimestral destinada ao uso dos pastores e líderes de jovens da igreja. Os materiais para a Semana de Oração da Juventude são preparados anualmente para a igreja, trazendo matérias úteis para programas semanais da juventude. Manuais múltiplos proveem informação para a implementação dos programas dos jovens, e organização do Clube de Desbravadores 9 Uma versão condensada desse material, sob o título Acerte o Alvo, está sendo preparada em português pela Casa Publicadora Brasileira.

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e Clube do Embaixador. Materiais para programas evangelísticos jovens e missão/serviço também estão disponíveis. Uma Conferência Mundial sobre Jovens e Serviço Comunitário é realizada a cada cinco anos num local ou país selecionado. O Programa Para os Ministérios de Campus é promovido através da organização de associações estudantis nos centros universitários. Esses ministérios treinam os estudantes para o evangelismo, para impedir seu isolamento, e desenvolver materiais para uso local.

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Normas da Igreja A igreja, em seu sentido mais

amplo, existe quando as pessoas individualmente respondem ao chamado de Deus. Mas Deus não chama Seu povo para o isolamento. Ele o convoca para a comunidade, para que não deixemos de nos congregar, conforme declara a Escritura (Hb 10:25). Nesse modelo de ajuntamento, a igreja, como estrutura, vem à existência. Para que isso aconteça, é natural e necessário que alguma forma de estrutura consensual deva ocorrer. A fim de orientar essa estrutura, a denominação adventista do sétimo dia tem estabelecido normas e procedimentos visando à operação harmoniosa da igreja como instituição. Três publicações fundamentais estabelecem esses processos: o Manual da Igreja, o Livro de Regulamentos da Associação Geral e o Guia Para Ministros. Manual da Igreja O Manual da Igreja institui diretrizes para a operacionalidade denominacional. Estabelecido e revisado pela Associação Geral em assembleia mundial, o Manual da Igreja serve como voz autorizada da igreja em matéria de organização e operação, e pode ser mudado somente pela Associação Geral reunida em assembleia. Os pastores são responsáveis pela aplicação de suas diretrizes nas igrejas. “Quando, numa assembleia geral, é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo mundial, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 260). O Manual da Igreja tem flexibilidade, permitindo adaptações às variadas culturas e cenários sociais, conforme refletidos nas edições

Normas da Igreja | 77 da Divisão. De tempos em tempos, quando a necessidade se torna clara, é bom e necessário mudar essas diretrizes. Tais mudanças surgem de evidentes necessidades da igreja e são sugeridas à Associação/Missão local que as encaminha, através da estrutura organizacional da igreja, para a Associação Geral.

Guia Para Ministros O Guia Para Ministros propicia diretrizes ministeriais complementares para a operação da igreja. Preparado pela Associação Ministerial da Associação Geral, em consulta com pastores e outros líderes da igreja do campo mundial, o Guia Para Ministros é atualizado quando se faz necessário.

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Livro de Regulamentos10 O Livro de Regulamentos da Associação Geral (e as adaptações que lhe são feitas pelas Divisões, Uniões e Associações/Missões) proporciona diretrizes operacionais em vários níveis da organização da igreja. Essas normas são revisadas, modificadas e atualizadas por ocasião do Concílio Anual da Associação Geral e nas reuniões de fim de ano das Divisões.

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10 A Divisão Sul-Americana publica periodicamente uma versão atualizada do Livro de Regulamentos Eclesiástico-Administrativos, contendo todos os regulamentos, votos e deliberações a serem seguidos dentro do território da Divisão.

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Credenciais e Licenças Propósito O agrupamento de igrejas, através da Associação ou Missão, confere a certos homens autoridade para representar a igreja e falar em nome dela como ministros autorizados, pela concessão de credenciais e licenças. Juntamente com a administração da União, a administração do Campo local tem a responsabilidade de supervisionar a emissão dessas crendenciais e licenças. “A União, as Associações ou Campos partilham a responsabilidade de salvaguardar a integridade do ministério, e deles se exige mediante ação e prática denominacional, que garantam que as credenciais emitidas em seus respectivos territórios sejam realmente certificadas e que seus possuidores estejam em boa e inquestionável posição, e legitimamente livres para aceitar convites de qualquer outro campo de serviço” (Livro de Regulamentos da AG, L 60 05).11 Proteção. As credenciais e as licenças protegem as congregações daqueles que podem iludir, deturpar ou ofender a igreja. Para que o acesso ao púlpito seja salvaguardado, é imperioso que somente aqueles que possuem credencial e licença ou membros constatados da igreja sejam convidados a falar. Todavia, há vezes em que outras pessoas como oficiais do governo, líderes cívicos ou convidados especialmente reconhecidos podem falar às congregações. Disciplina de Ministros. Os ministros podem ser disciplinados por queda moral, infidelidade, apostasia, deslealdade, desfalque ou roubo, por apoiar atividades subversivas contra a denominação, enquanto se recusa a reconhecer a autoridade da igreja, ou continuada 11 Item L 60 05 do Livro de Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana.

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Para Quem São Emitidas Obreiros. “Credenciais ou licenças deverão ser emitidas apenas para servidores denominacionais de tempo integral e para aqueles sob a supervisão das Associações/Missões, campos ou instituições da denominação. Elas expirarão quando o período de serviço terminar. Em casos especiais, uma credencial ou licença poderá ser concedida a um indíviduo não empregado denominacionalmente, enquanto estiver a serviço da igreja e sob a supervisão da organização denominacional” (ibid., E 10 80). Credenciais e licenças também podem ser conferidas a capelães e pastores que trabalham nas escolas (ibid., E 10 85-90). Qualquer organização com autoridade para emitir credenciais e licenças tem poder para cancelar os documentos concedidos.

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e impenitente dissidência com relação às crenças fundamentais da Igreja Adventista (ver ibid., L 60 20). Tal disciplina pode afetar os ministros mediante (1) retirada da credencial ou licença, (2) anulação da ordenação, (3) perda do vín­culo de membro da igreja, e (4) perda do emprego no ministério evangélico, no magistério ou na liderança denominacional. “Onde for conveniente, a organização envolvida deverá providenciar um programa de aconselhamento e orientação profissional para que o ministro e sua família sejam assistidos na transição” (ibid., L 60 30). Vencimento da credencial. As credenciais e licenças são emitidas com duração de tempo determinada pela organização empregadora e renovadas apenas por voto da comissão apropriada. Se um indivíduo credenciado ou licenciado deixar de ser empregado pela organização emissora, ou se a credencial ou licença não for renovada por um novo termo de serviço pela comissão autorizada, o obreiro cessará suas funções como obreiro autorizado. A posse de uma credencial ou licença vencida ou desatualizada não autoriza o ex-obreiro a trabalhar em qualquer das funções para as quais foi antes autorizado.

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80 | Guia Para Ministros Jubilados. “Credenciais honorárias eméritas serão emitidas pelas Uniões12 para funcionários denominacionais jubilados que fazem jus a elas e que residem no território de suas Uniões, exceto para aqueles cujas provisões são feitas em E 10 65” (ibid., E 10 60). Na maioria dos casos, “os servidores que recebem benefícios do plano de jubilação e capelães militares aposentados que recebem pagamento de aposentadoria militar, se tiverem direito a credenciais ou outros documentos, devem recebê-los da União/Associação em cujo território residem” (ibid., E 10 70). Os pastores jubilados portadores de credencial honorária comumente são membros de uma igreja próxima de sua residência, e devem apoiar o pastor quando for necessário. Seu relacionamento com a igreja é o mesmo de qualquer outro membro, exceto que eles ainda podem ser chamados para batizar, realizar cerimônias matrimoniais, ordenar líderes locais e cumprir várias funções de um ministro ordenado. Tipos de Credenciais e Licenças Credenciais e licenças são conferidas a servidores denominacionais, de acordo com a categoria de serviço na qual se empenham. Uma licença é emitida para obreiros novos; depois de um período de serviço satisfatório, suas credenciais são fornecidas. Credencial ministerial. As credenciais ministeriais só são concedidas a pastores ordenados. Licença ministerial. As licenças ministeriais são concedidas a pastores não ordenados, evangelistas e professores de Bíblia, que estão a caminho da ordenação. “A responsabilidade e autoridade do pastor licenciado podem, sob certas circunstâncias, ser ampliadas para incluir o desempenho de funções específicas do pastor ordenado nas igrejas para as quais foi designado. A autoridade de concessão dessa responsabilidade pertence à Comissão da Divisão, que 12 No território da Divisão Sul-Americana, as credenciais honorárias são conferidas aos jubilados pelas Associações/Missões, e não pelas Uniões.

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Programa de Aspirantes ao Ministério Os aspirantes ao ministério recebem uma licença antes da credencial, indicando que seu preparo ministerial ainda está em progresso. Isso “quer dizer um período de serviço dedicado à capacitação ministerial prática, a ser efetivada após a conclusão do curso teológico; esse período de capacitação será feito sob supervisão da Associação/Missão, com um salário limitado, a fim de confirmar o divino chamado ao ministério” (ibid., L 10 10). A administração da Associação/Missão deve assegurar-se de que seus aspirantes recebem uma experiência variada, supervisionada e adequada, sob a liderança de pastores experientes. A Associação Ministerial da Associação Geral desenvolveu um Manual Para Aspirantes e Supervisores de Aspirantes. Esse manual tem como objetivo capacitar supervisores dos aspirantes e assisti-los em seu preparo.

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definirá claramente para o território as funções que podem ser delegadas a pastores licenciados” (Ibid., L 25 05). “A Comissão Executiva da Associação/Missão/Campo indicará, em harmonia com a diretriz da Divisão, que funções de pastor ordenado o ministro licenciado pode desempenhar” (Ibid., L 25 15). As exigências mínimas a serem cumpridas pelos ministros ou pastores licenciados, que devem ser atendidas antes da concessão das funções ministeriais extras, incluem: conclusão do programa de capacitação ministerial, posse de uma licença ministerial atualizada, qualificação para uma responsabilidade pastoral ou ministerial, eleição e ordenação como ancião local em cada igreja para a qual foi designado. Credenciais e licenças missionárias. Os servidores não envolvidos nas categorias listadas acima, que não atuam na linha ministerial, recebem uma credencial ou licença missionária baseada em critérios similares. Instrutor bíblico. Os instrutores bíblicos geralmente possuem licença missionária por até cinco anos, e então recebem a credencial missionária.

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Ordenação O rito espiritual da ordenação constitui-se no reconhecimento por parte da igreja, daqueles que foram chamados e escolhidos para servir em posições de liderança e serviço na igreja. Tais ritos espirituais se estendem ao serviço no ministério evangélico bem como a outros trabalhos da igreja. Ordenação para serviços particulares. Conquanto todos os cristãos sejam chamados para prestar serviço espiritual, o Novo Testamento retrata uma igreja organizada, administrada e nutrida por pessoas que são especialmente chamadas por Deus e separadas pela imposição das mãos para determinado serviço. Anciãos e diáconos apontados pela igreja com base em sua capacidade e experiência espiritual (Tt 1:5; At 6:3), e aqueles que servem no ministério evangélico, são reconhecidos como receptores de um chamado divino especial. Além da indicação e ordenação dos doze apóstolos para seu papel singular e exclusivo (Mc 3:13, 14), as Escrituras distinguem três categorias de oficiais ordenados: (1) O ministro do evangelho cujo papel pode ser entendido como pregação, ensino, administração das ordenanças e cuidado pastoral da igreja (1Tm 4:14; 4:1-5). (2) O ancião que exerce supervisão sobre a congregação local, realizando também algumas funções pastorais (At 14:23; 20:17; Tt 1:5, 9; 1Tm 3:2, 5). (3) O diácono, a cujos cuidados são confiados os pobres e a obra de beneficência da congregação (Fp 1:1; At 6:1-6; 1Tm 3:8-13). Ordenação ao ministério evangélico. Assim como os profetas, sacerdotes e reis eram ungidos com azeite para funções especiais,

o ritual da ordenação por imposição das mãos reconhece que Deus chama alguns para propósitos exclusivos. O ato da ordenação reconhece o chamado de Deus e separa o indivíduo para servir à igreja numa função especial. O indivíduo escolhido torna-se um representante autorizado da igreja. Por esse ato, a igreja delega sua autoridade aos pastores para proclamar o evangelho publicamente, administrar suas ordenanças, organizar novas congregações e, dentro dos parâmetros estabelecidos pela Palavra de Deus, orientar os crentes. A ordenação não é sacramental no sentido de conferir algum traço característico especial, poder ou autorização para formular doutrinas. O fundamento bíblico do ritual indica que ele foi uma forma de reconhecimento de autorização para certo cargo e da competência da pessoa para o exercício dele. Por esse meio, a igreja coloca sua aprovação sobre a obra de Deus realizada através dos seus ministros. No ato da ordenação, a igreja invoca publicamente a bênção de Deus sobre aqueles a quem Ele escolheu e dedicou a essa obra especial do ministério. Qualificações para a ordenação. Uma vez que os ministros ou pastores desempenham seu ministério em uma organização terrestre, ela precisa determinar se há realmente um chamado genuíno ao ministério evangélico. O chamado divino e Sua capacitação constituem o primeiro passo para o ministério. O reconhecimento e a confirmação desse chamado por parte daqueles que foram credenciados a estimar sua validade constituem o segundo passo. Os candidatos ao ministério devem evidenciar: Experiência espiritual. Eles precisam ter um conhecimento profundo, vivencial, e devoção à pessoa do Senhor Jesus Cristo, que se revela mediante um estilo de vida e reputação exemplares, em são juízo, numa vida familiar exemplar e em traços de caráter positivos. Conhecimento das Escrituras. Os pastores cristãos são chamados primeiramente para o ministério da Palavra. Portanto, os candidatos

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84 | Guia Para Ministros devem ter a mente abastecida com a verdade, ser absolutamente sujeitos à Palavra de Deus e preparados para penetrar e tornar claro seu sentido correto. Deverão dar evidência de que estão habilitados e são capazes de aplicar a disciplina da teologia em sua pregação, seu ensino e aconselhamento. Competência para tarefas ministeriais. Os candidatos devem demonstrar que Deus os equipou com os dons necessários para o ministério – dons intelectuais e de expressão que os capacitam a proclamar, defender e ensinar a fé, e também o dom da liderança para que possam guiar, motivar e capacitar as congregações que foram confiadas ao seu cuidado. Um ministério frutífero. Conquanto Cristo chame naturalmente e prepare Seus servos, abençoando seus esforços, os candidatos devem revelar seu chamado ao ministério tanto no êxito em ganhar almas, quanto na capacidade de alimentar aqueles que estão sob seus cuidados. Responsabilidade da ordenação. Embora a ordenação não conceda nenhum poder especial ao recebedor, esse ato impõe solenes responsabilidades. Por essa razão, não deve ser considerada com pouca seriedade. Os ministros do evangelho não pertencem a si mesmos, mas a Deus. Eles dedicam sem reservas seu tempo, talentos e vida a Ele, pois são Seus porta-vozes e representantes de Sua igreja, com o cuidado e a salvação de almas como pesado encargo a eles confiado. Ordenação Autorizada O Livro de Regulamentos da Associação Geral, seção L 35-50, clara e amplamente estabelece os padrões e procedimentos a serem obedecidos no processo de ordenação ao ministério evangélico. Algumas Divisões autorizam a ordenação para homens e comissionamento para as mulheres no ministério.13 Embora a diretriz L 35-50 seja dirigida principalmente para a ordenação de homens, ela é 13 A Divisão Sul-Americana não pratica o comissionamento de ministros, nem de homens nem de mulheres.

aplicada com sensatez ao comissionamento de mulheres também. A seção em sua íntegra não é aqui reproduzida; todavia, alguns de seus princípios são reproduzidos. Preparação. Reconhecendo que as Divisões estabelecem uma norma para o processo de ordenação, recomenda-se que cada Divisão requeira de quatro a seis anos de trabalho no Campo, além do padrão educacional aprovado para a formação pastoral. O tempo desejável para a ordenação está compreendido num roteiro de dez anos, desde a faculdade de Teologia até o trabalho no campo, incluindo quatro anos de estudo universitário, dois anos de estudos de licenciatura e quatro anos de trabalho no Campo.14 Uma alternativa para esse esquema é quatro anos de educação formal seguidos por seis anos de trabalho no Campo. Se ao término desse calendário for determinado que o candidato não se encontra devidamente preparado para a ordenação, ele deve passar por uma reavaliação. Se houver uma falha comum por parte da Associação/Missão no preparo de candidatos à ordenação no tempo aprazado, a União precisaria analisar a situação. Processo de autorização. Ordenação ao ministério evangélico é a separação de um obreiro para um chamado sagrado. Esse processo não é uma recompensa por serviços prestados nem oportunidade para acrescentar título e prestígio a um obreiro. Ele precisa ser realizado sob ampla deliberação e atendimento aos procedimentos estabelecidos no Livro de Regulamentos da Associação Geral L 45 0515. Os pastores ainda não ordenados devem ser avaliados anualmente por uma comissão composta de administradores da Associação/Missão, do secretário ministerial e de outras pessoas apontadas pela comissão, com respeito ao seu progresso rumo à ordenação. Orientações 14 Nas sedes do Seminário Latino-Americano de Teologia (SALT), o programa de graduação em teologia tem a duração de quatro ou cinco anos, e o período de experiência prática no ministério antes da ordenação é de quatro a seis anos. 15 Item L 45 05 do Livro de Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana.

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86 | Guia Para Ministros úteis nesse processo estão disponíveis no Manual de Avaliação, preparado pela Associação Ministerial da Associação Geral. Processo de exame. “O exame de candidatos à ordenação é feito por ministros ordenados. Representantes ordenados de Associações, Missões, Campos, Instituições, Uniões, Divisões e Associação Geral, que estejam presentes, podem ser convidados a assistir ao exame. Onde for considerado aconselhável pela comissão executiva da Associação/ Missão, um ou mais membros leigos podem ser selecionados para participar” (Ibid., L 50). Estes são os passos dados no processo de ordenação: 1. Exame realizado por uma comissão composta de administradores da Associação/Missão, secretário ministerial e outras pessoas indicadas pela comissão executiva.16 a. Recomenda-se que o secretário ministerial da União – ou outro representante designado pela administração da União, se o ministerial não estiver disponível – faça parte desse processo examinador. b. Durante o processo, é recomendado também, se o candidato for casado, estender um convite à sua esposa para participar do exame, visto que uma ordenação ao ministério evangélico envolve mais do que o candidato. 2. Consideração pela comissão da Associação/Missão e recomendação à comissão da União. 3. Aprovação pela comissão da União. a. A comunicação oficial de aprovação deve ser feita ao candidato, juntamente com a data e o local da cerimônia de ordenação. b. Q  uaisquer exames adicionais devem focalizar-se, antes de mais nada, na afirmação e encorajamento do candidato. 16 Em alguns casos, a ordenação pode ocorrer em outros níveis da estrutura eclesiástica, tais como Uniões, Divisões e Associação Geral, ou em instituições educacionais. Assim sendo, devem ser seguidos os procedimentos similares envolvendo o pessoal dessas instituições, conforme orientado pelo Livro de Regulamentos da Associação Geral L 45 05.

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Cerimônia de Ordenação A ordenação inclui a dedicação

Ministros A cerimônia da ordenação ocorre tanto num evento da Associação/ Missão, como num concílio, campal ou congresso, ou na igreja em que o ministro está servindo. Embora uma reunião campal proporcione ampla e representativa audiência da irmandade das igrejas, ela tende a limitar a oportunidade de participação da congregação à qual o ministro serve. Ordem de serviço. O que vem a seguir é uma ordem típica do ato de ordenação: • Hino de abertura • Oração • Apresentação do(s) candidato(s) • Música especial • Sermão • Resposta do candidato • Oração de ordenação • Ordenação • Boas-vindas

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formal pela igreja de pessoas colocadas em funções de liderança e serviço. Na Igreja Adventista, ela inclui ministros do evangelho, anciãos e diáconos. Para os pastores, o serviço é instituído pela organização empregadora e, para anciãos e diáconos, pela igreja na qual foram eleitos para servir. Embora semelhante em muitos aspectos, a cerimônia para os pastores é geralmente mais longa e separada, enquanto a para anciãos e diáconos é normalmente incluída como parte do culto sabático.

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88 | Guia Para Ministros • Bênção • Fila de cumprimentos Oração de ordenação. A congregação normalmente permanece sentada, em reverente atitude de oração, enquanto ministros e candidato se ajoelham, tendo o ordenando no meio do grupo. Aqueles que tomam parte no ato e outros tantos que possam assim fazer, ajoelham-se próximo ao candidato de forma a unir-se aos celebrantes na imposição das mãos. A oração de ordenação reconhece o chamado de Deus ao ministro para a sagrada obra, e a necessidade do poder divino para cumprir esse chamado. Essa oração suplica que, assim como as mãos dos ministros estão postas sobre o candidato em reconhecimento do divino chamado por parte da igreja, o Senhor possa conceder a bênção do poder do Espírito Santo. Ao ser o ato de imposição das mãos mencionado na oração, cada ministro ordenado coloca a mão sobre o candidato, ou sobre as mãos impostas sobre o ordenando, para que todos estejam unidos na imposição de mãos. Ordenação. Levantando-se da oração, os ministros se conservam em pé enquanto a ordenação é assim pronunciada: Deus o chamou ao trabalho do ministério, e a igreja, em reconhecimento desse chamado o separou pela imposição das mãos. Agora, você está investido de plena autoridade eclesiástica. Nenhuma honra maior pode advir a qualquer pessoa. Porém, tal honra também envolve grande responsabilidade. Eu o ordeno ao ministério como servo, fazendo do Mestre o estudo de toda a sua vida. Despendendo tempo com Jesus, você se tornará como Ele, pois é pelo contemplar que somos transformados. “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor” (Mt 10:24, 25). “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo

Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens” (Fp 2:5-7). “Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou” (2Tm 2:3, 4). “Torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1Tm 4:12). Eu o ordeno ao ministério como pastor. Jesus disse “Eu Sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge” (Jo 10:11, 12). Eu o ordeno ao ministério como sentinela. “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela Sua manifestação e pelo Seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2Tm 4:1, 2, 5). Eu o ordeno ao ministério como mestre. “Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1Tm 4:6, 16). “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual Ele comprou com o Seu próprio sangue” (At 20:28). Ao terminar seu trabalho, você poderá dizer com Paulo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda” (2Tm 4:7, 8).

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90 | Guia Para Ministros Boas-vindas. Os participantes da plataforma permanecem em pé durante as boas-vindas. Elas podem ser dadas por uma pessoa ou pelos representantes dos vários grupos mencionados. Palavras sugestivas: É meu privilégio dar-lhe as boas-vindas às fileiras do ministério evangélico. Dou-lhe as boas-vindas em nome de sua Associação/ Missão e da igreja mundial. Seja leal à sua liderança. Faça uso de seus serviços para apoiá-lo em seu trabalho. Dou-lhe as boas-vindas em nome de seus companheiros pastores, que partilham com você as alegrias, as compensações e as cargas do ministério. Havendo-as vivenciado antes, eles são uma fonte de sábios conselhos e experiência que o auxiliarão em seu ministério. Dou-lhe as boas-vindas em nome das congregações às quais você serve e daquelas que ainda servirá. Elas têm o direito de esperar muito de nós. É inspirador e confortante lembrar que suas orações ascendem em nosso favor, enquanto nós, por nossa vez, as temos como coobreiras no trabalho divino. Como soldado de Cristo, você não estará livre de ferimentos e cicatrizes. Nenhum de nós a eles pode fugir. No entanto, quando afinal estivermos em pé, vitoriosos, junto ao mar como que de vidro, com aqueles pelos quais labutamos, a palma da mão marcada de nosso Comandante pousará suavemente sobre essas cicatrizes. Nossos ferimentos então parecerão insignificantes, comparados aos dEle, enquanto ouvirmos a voz do Redentor dizer: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21). Fila de Cumprimentos • Oficiais da Associação/Missão, União, Divisão ou Associação Geral entregando os certificados de ordenação. • Pastores • Anciãos das igrejas atualmente pastoreadas. • Família e convidados especiais • Auditório

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Anciãos e Diáconos Logo após a igreja eleger novos anciãos e diáconos, deve-se marcar uma cerimônia de ordenação para dedicá-los aos seus encargos. Tais cerimônias devem ser realizadas por um pastor ordenado. Anciãos e diáconos devem ser pessoas de experiência e escolhidas com sabedoria. Por ato do Concílio Anual de 1975, reafirmado no Concílio Anual de 1984, tanto homens como mulheres são elegíveis para servir como anciãos e receberem a ordenação para essa posição de serviço na igreja.17 Anciãos. A forma apropriadada de ordenação de anciãos envolve as seguintes características: 17 A Divisão Sul-Americana adota a prerrogativa conferida pelo mesmo voto mencionado aqui de não aprovar a ordenação de mulheres como anciãs em seu território.

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Boas-vindas à esposa. Embora as esposas não sejam ordenadas, é bom reconhecer sua efetiva parceria durante a cerimônia de ordenação, e dar-lhes boas-vindas na sociedade das esposas de pastores com simpatia, flores e um presente apropriado. Exemplo: Bem-vinda à família de mulheres cujos maridos são ordenados ao ministério. No Éden, Adão e Eva deveriam representar adequadamente a imagem de Deus. No pastorado, o casal é necessário para representar Cristo perante a igreja. Até onde seja possível, una-se a seu esposo para desenvolver um ministério que traga realização a ambos. Sua unidade será um exemplo para a juventude, uma atração aos descrentes e uma fonte de auxílio aos que os procurarem. Concentre-se nas coisas positivas: viver com um marido cristão, partilhar o evangelho de Jesus, saber que seus amigos a amam e estão orando por você. E lembre-se sempre de que pode confiar totalmente em Jesus. A força dEle lhe dará tudo o que você necessita para se preparar, bem como sua família e a comunidade, para o lar definitivo no Céu. Deus a abençoe!

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92 | Guia Para Ministros Com um ministro ordenado na liderança, outros ministros ordenados e anciãos da congregação são convidados a participar nesse ritual. No tempo aprazado, comumente durante o culto matutino do sábado, os candidatos e participantes são convidados a se unirem ao ministro diante da congregação. Passagens bíblicas apropriadas como 1 Timóteo 3:1-7 devem ser lidas, acompanhadas de breves comentários sobre o trabalho de um ancião na igreja. O candidato e os participantes ajoelham-se em conjunto. O ministro pede para que Deus abençoe o reconhecimento da igreja de que o Espírito Santo chamou o candidato para tal ofício. As mãos da ordenação são impostas sobre a cabeça do candidato durante a oração. Os pastores assistentes e anciãos juntam-se ao pastor oficiante na imposição das mãos. Depois da oração, o ministro e aqueles que o assistem apertam a mão do candidato e compartilham palavras de encorajamento. Um certificado de ordenação deve ser entregue nessa ocasião. O recémordenado pode então retornar à congregação ou sentar-se à plataforma para tomar parte da continuidade do serviço. Uma vez ordenado como ancião da igreja, o oficial não precisa ser ordenado novamente, após cada eleição como ancião de alguma outra igreja. Aquele que foi ordenado pode ainda exercer a função de diácono sem qualquer ordenação. Diáconos e diaconisas. A cerimônia de ordenação de um diácono é muito semelhante à do ancião. A passagem escriturística sugerida é 1 Timóteo 3:8-13. De acordo com o Manual da Igreja, p. 58, “a igreja pode fazer arranjos para uma adequada cerimônia de admissão das diaconisas em seu cargo, a ser dirigida por um pastor ordenado com credenciais da ativa”. A passagem bíblica sugerida é Romanos 16:1 e 2.

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Implantação, Organização, União e Dissolução de Igrejas demografia, membresia da igreja e finanças podem tornar necessário o estabelecimento de igrejas para servir outras áreas geográficas. Como resultado dessas variáveis, pode ser conveniente fundar uma nova congregação e, em seguida, organizar uma nova igreja. Unir duas ou mais igrejas numa congregação pode ser o mais sábio curso de ação, ou, por vezes, pode ser necessária a dissolução de uma igreja existente. O Manual da Igreja apresenta detalhadamente essas normas e procedimentos. Para a finalidade deste manual, serão abordados principalmente os aspectos programáticos dessas atividades. Implantando uma Nova Igreja Um dos métodos mais produtivos de crescimento de igreja é a implantação de novas congregações. As igrejas estabelecidas que decididamente buscam fomentar novas congregações como meios de alcance evangelístico são fortalecidas nesse processo. Quando uma igreja alcança o tamanho no qual seus oficiais podem executar melhor suas tarefas de pastoreio, alimentação e capacitação de membros, a igreja pode muito bem fundar uma nova congregação. Sob circunstâncias comuns, igrejas que têm atingido de 300 a 500 membros, geralmente são grandes o suficiente para considerar o estabelecimento de uma nova congregação.

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Com a passagem do tempo, mudanças na população,

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94 | Guia Para Ministros Implantar uma nova igreja terá o duplo efeito de envolver mais membros no trabalho e estabelecer uma congregação numa nova área que precisa ser atendida. Geralmente, pessoas não frequentadoras de igreja dificilmente vão a uma igreja que esteja a mais de meia hora distante de sua residência. Estudos em crescimento de igreja também indicam que novas igrejas tendem a reavivar membros inativos mais prontamente do que as igrejas mais antigas. De maneira ideal, a implantação de novas igrejas deve estar baseada num ministério de ganho de almas e não em interesses próprios ou divisões de uma igreja existente. Como Começar uma Nova Igreja Em estreita cooperação com a Associação/Missão local, determine um lugar que tenha grande necessidade de uma nova igreja, através do estudo demográfico e crescimento populacional. Localize a nova igreja num lugar acessível a uma parte significativa de pessoas não alcançadas, e projete sua cultura e serviços para atender às necessidades desse grupo populacional. Desenvolva o interesse na área visada através de estudos bíblicos nos lares e ministérios de pequenos grupos, que podem se tornar igrejas nos lares. Comece uma Escola Sabatina filial. Mantenha reuniões evangelísticas na área e forme um grupo de voluntários de uma igreja estabelecida, que se disponham a atender e apoiar a nova organização por um tempo específico, talvez dois ou três anos. O Manual da Igreja provê procedimentos específicos para a organização de um novo grupo de pessoas. Preparação Para a Organização de uma Nova Igreja Quando se torna evidente que uma nova igreja tem condições de obter sucesso, deve-se encaminhar um pedido para que a administração da Associação/Missão a organize formalmente. A organização da

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Organizando o Culto Para a Nova Igreja A seguinte ordem de culto apresenta o processo esquematizado no Manual da Igreja, para a organização de igrejas: • Hino de abertura • Oração • Breve resumo das doutrinas fundamentais • Formação de núcleos • Aceitação dos membros por votação do núcleo • Formação de uma comissão de nomeações • Canto congregacional e testemunho (enquanto a comissão de nomeações trabalha) • Votação dos novos oficiais • Ordenação de novos anciãos e diáconos • Desafio à nova igreja e seus membros • Resposta da igreja • Oração de dedicação

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igreja deve ser presidida por um ministro ordenado. Embora a autorização para formar novas igrejas seja concedida a todos os ministros ordenados, o presidente da Associação/Missão “sempre que possível, deve ser convidado para estar presente” (Manual da Igreja, p. 209). Provisões devem ser feitas para que haja uma listagem de assinaturas dos membros. As transferências de membros que desejarem unir-se à nova igreja a partir das congregações já estabelecidas, devem ser processadas através dos canais regulares. Devem estar disponíveis os necessários livros de registro e materiais para o novo tesoureiro, contador e outros oficiais escolhidos. Providencie todo o material para a Santa Ceia. Considerando que a realização da Santa Ceia no dia da organização de uma igreja pode exigir um programa muito longo, ela deve ser feita imediatamente, talvez no primeiro culto regular de adoração.

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96 | Guia Para Ministros Se for conveniente, podem ser realizadas várias reuniões para organizar uma nova igreja. Nelas, pode-se convidar a igreja estabelecida a celebrar uma Santa Ceia, sexta-feira à noite; no sábado pela manhã, um ritual de ordenação para demonstrar o reconhecimento da igreja aos membros indicados; uma cerimônia sabática vespertina de organização, enquanto a nova igreja é estabelecida; jantar de confraternização. Unindo Igrejas A união de igrejas envolve mais que apenas a transferência de membros de uma igreja para outra e o fechamento das antigas instalações. Na união de igrejas, as congregações anteriores deixam de existir e uma nova igreja é formada. O processo para esse ato está registrado no Manual da Igreja. Antes da reunião para a unificação das igrejas, a questão deve ser cuidadosamente discutida pelas igrejas unificadas com a Associação/Missão, para que a fusão possa ter lugar. As igrejas envolvidas devem se engajar individualmente num extenso exame da opção pela unificação e estar de acordo em que este se constitui num sábio e desejável plano de ação a ser adotado. Somente numa reunião administrativa devidamente convocada pode a escolha ser feita. Depois de feita a decisão mútua para a união, as igrejas podem requerer autorização da comissão executiva da Associação/Missão para realizar a unificação. Depois de receber a recomendação da comissão diretiva da Associação/Missão, as igrejas preparam um documento de acordo de unificação que inclui as razões para a unificação, planos para disponibilidade de bens, arranjos financeiros, um novo nome para a igreja e itens relevantes para a união. Numa reunião conjunta presidida por um ministro ordenado, as igrejas votam a aceitação do documen­ to de unificação consumando-a desse modo. Uma solicitação é,

Implantação, Organização, União e Dissolução de Igrejas | 97

Dissolução de Igrejas A ação de desativar igrejas raramente acontece nas congregações adventistas. As razões para a dissolução incluem perda de membros, disciplina eclesiástica e apostasia ou rebelião. Quando tal ação se torna necessária, é importante ter certeza de que todo esforço foi feito para evitar esse processo. Deliberação cuidadosa com a liderança da Associação/Missão deve ser levada em conta. Nenhum critério preciso existe para decidir quando uma igreja se torna muito pequena para continuar existindo efetivamente. O Manual da Igreja sugere que isso ocorre quando “são perdidos tantos membros por mudança de suas cercanias ou por morte, ou por apostasia, que a existência da igreja se vê ameaçada”. Todavia, se os membros estão contentes e profundamente apegados à sua igreja, a dissolução se torna muito difícil e talvez imprópria. Membros, cujo potencial em liderança não esteja sendo atualizado em outra congregação, podem estar dispostos a transferir sua filiação e ajudar na direção. Quando a dissolução for a forma escolhida, os membros procurarão transferir-se para outras igrejas, ou, se não for possível, para a igreja da Associação/Missão. Com todos os membros transferidos, a igreja é efitivamente dissolvida. Normalmente, igrejas que apostataram têm alguma dissidência teológica ou de procedimento com a igreja. Entre elas pode haver

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então, submetida à seguinte assembleia da Associação/Missão, para a aceitação da nova igreja na irmandade de igrejas dessa instituição. Com a formação da nova igreja, todos os cargos oficiais das igrejas anteriores ficam vagos, com uma comissão de nomeações escolhida para a seleção dos novos oficiais da igreja, a fim de preencher as posições de liderança para o restante do ano eclesiástico. Os registros, livros e contas bancárias das duas igrejas tornam-se parte da nova igreja.

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98 | Guia Para Ministros indivíduos cuja dissidência seja extrema e cuja influência tem produzido confusão. Todo esforço deve ser feito para trazê-los à harmonia e ao companheirismo com a igreja. Se esses esforços forem inúteis, a comissão diretiva da Associação/Missão, após cautelosa consideração, recomendará à assembleia da Associação/Missão que a igreja seja retirada da irmandade. A questão da membresia individual será tratada de acordo com a diretriz da igreja.

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Liderança da Igreja ças do mal, ao mesmo tempo em que cuida da realização integral desse reino, em seu triunfo final na segunda vinda de Cristo, constitui-se o propósito da igreja. Tendo isso como razão para sua existência, a igreja não se torna estática, mas dinâmica em seu crescimento e movimento. A igreja tem uma visão do futuro e direção em sua obra. Como qualquer grupo que trabalha unido, existe necessidade de liderança a fim de atingir os objetivos de modo coeso. Na igreja, o pastor é nomeado e esperado como tal líder. Essa nomeação autoriza os ministros a atuar em todas as áreas de responsabilidade pastoral, tanto pessoalmente como por delegação e administração de outros líderes da igreja. “Todos os ramos da obra têm a ver com os pastores” (Testemunhos Para a Igreja, v 5, p. 375). Isso não significa que eles pessoalmente têm de realizar todo o trabalho da igreja, mas que toda obra está sob sua supervisão. Eles são responsáveis por supervisionar e apoiar cada departamento e programa, trabalhando em cooperação com os anciãos locais e outros oficiais devidamente eleitos pela congregação. Liderança servidora. A liderança cristã é uma liderença de serviço. Igrejas saudáveis e prósperas normalmente têm uma liderança pastoral forte e efetiva. Mas forte não significa liderança dominadora ou manipuladora. “Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva” (Mt 20:25, 26).

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Estabelecer o reino de Deus na Terra e rechaçar as for-

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100 | Guia Para Ministros Personalidade e estilo de liderança estão intimamente relacionados ao modo natural com que os ministros dirigem; todavia, os líderes devem se adaptar às diferentes situações e necessidades daqueles a quem servem em seu ministério. A liderença servidora exige adaptação e flexibilidade. O apóstolo Paulo dá um exemplo dessa adaptação, dizendo: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus [...]. Fizme fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co 9:19, 20, 22). Visualização. Sem ter uma visão de sua missão e de seu futuro, uma igreja tende a estagnar e repetir ritualisticamente seu comportamento passado. Mas a visão do futuro não ignora o passado. A igreja deve visualizar tanto o que é como o que deve ser. A liderança pastoral requer uma visão que não somente trate do que a igreja precisa ser, mas também mova os membros a alcançar o objetivo. Mediante a poderosa pregação da Palavra e uma motivação atraente da membresia, isso pode ser conseguido. Organização. Uma igreja visualiza onde está e para onde deseja ir pela conscienciosa organização de seus recursos e pessoal, para a realização de planos e objetivos específicos. Há pouco valor em fazer planos, a menos que a igreja tenha pessoas com capacidade e interesse em os levar a cabo. Isso requer recrutamento, capacitação e compromisso com a tarefa. Delegação. Muito do trabalho da igreja pode e deve ser realizado por seus membros. A liderança servidora não se torna comprometida em compartilhar autoridade. Frequentemente a liderança na igreja falha em delegar, porque o pastor acha mais fácil fazer o trabalho do que recrutar, motivar e capacitar a liderança. Essa pode ser uma noção válida se os negócios primordiais da igreja

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Estabelecer Objetivos Os objetivos esclarecem o que a igreja precisa fazer e como seus membros planejam atingi-los. Pelo menos uma vez por ano, e preferivelmente uma vez por trimestre, a igreja deve revisar as metas que estabeleceu para si mesma e como tais metas estão sendo alcançadas. O tempo mais importante para a revisão dos objetivos previamente escolhidos e a adição de novos é por ocasião da eleição de novos oficiais. Os líderes escolhidos e as comissões formadas devem depender não apenas do que foi feito no passado, mas também do que se planejou para o futuro. Os objetivos são mais bem atingidos a partir de um diálogo com a congregação. Pastores e membros da comissão diretiva devem procurar a participação congregacional com relação às aspirações e necessidades da membresia, obtendo assim subsídios da congregação. Objetivos alcançáveis. Estabeleça objetivos que sejam atingíveis. Projetar planos financeiros irreais não apenas provoca dívidas, como também cria desapontamento entre os membros. Semelhantemente, promover expectativas irreais no programa de aumento de membros e realizações da igreja produzirá desestímulo e anulará a participação congregacional.

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forem uma obra já realizada. Mas seu objetivo essencial é o crescimento espiritual e o bem-estar de seus membros, e membros envolvidos na obra da igreja têm mais probabilidades de permanecer espiritualmente fortes. Supervisão. Uma vez que o trabalho tenha sido delegado, é preciso que haja supervisão não de maneira invasiva e controladora, mas mediante apoio estimulante e avaliação de desempenho. Recompense e reconheça o bom trabalho. Ajude e apoie, quando necessário, e esteja disposto a permitir que outros recebam o crédito quando o trabalho for bem feito.

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102 | Guia Para Ministros Objetivos mensuráveis. Nem todos os aspectos da vida da igreja e sua espiritualidade são facilmente mensuráveis. Por causa da dificuldade de avaliar o sucesso ou fracasso sem mensurabilidade, procure alguma forma de indicação da realização dos objetivos. Comissões O apóstolo Paulo evoca a metáfora do corpo humano ao retratar a função da igreja. A cooperação harmoniosa das várias partes do corpo ou da igreja é igual a sucesso. Assim como o corpo, a igreja tem diversidade de funções e opiniões, mas através do sistema de comissões essas várias funções e opiniões podem contribuir para um todo harmonioso e produtivo. “Ao dar conselho para o avanço da obra, homem nenhum sozinho deve ser um poder dominante, uma voz por todos. Os métodos e planos que forem propostos devem ser considerados com cuidado, de modo que todos os irmãos possam pesar os méritos relativos e resolver que métodos e planos devem ser seguidos (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 259). Semelhantemente ao corpo, a igreja funciona na base de participação em grupo. “Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11:14). Juntos, todos nós somos mais sábios do que qualquer um de nós sozinho. Estrutura da comissão. A reunião administrativa da igreja é a mais alta autoridade da igreja local. Essas reuniões “podem ser rea­ lizadas uma vez por mês ou uma vez por trimestre, de acordo com as necessidades da igreja” (Manual da Igreja, p. 87). Além disso, a votação dos assuntos pelos membros é frequentemente feita durante o culto de adoração no sábado. A comissão da igreja é a mais elevada autoridade seguinte do sistema de comissões da igreja local. O pastor geralmente preside a comissão da igreja, mas pode transferir sua posição a outro membro da igreja. Além dessas duas posições, o pastor deve evitar presidir

grande número de comissões adicionais, mas ele ou um ancião designado pode servir como membro ex-officio de cada comissão. O quorum para a realização dos negócios deve ser estabelecido para o trabalho das várias comissões e conselhos da igreja. Níveis de tomada de decisão. As decisões devem ser tomadas pela comissão mais apropriada. Cada comissão precisa ter bem definidos os termos de referência e autoridade e operar dentro desses limites. Por causa do desperdício de tempo e talentos para duplicar a responsabilidade pela tomada de decisão entre duas comissões, cada uma delas deve conhecer suas respectivas áreas de atuação e autoridade, para agir ou recomendar a aprovação por outra instância. Presidindo comissões. As comissões atuam melhor quando os membros são informados de seus propósitos e da agenda a ser tratada. A seguir estão algumas sugestões para a preparação e funcionamento de comissões: Preparação da agenda. Uma lista contém os itens para consideração da comissão e sobre os quais debater. Cada membro da comissão deve receber uma cópia da agenda. Se a agenda for estabelecida com antecedência, ela só poderá ser modificada por voto de comissão. Pontualidade. As comissões devem ter um horário fixado. Tanto o início quanto o término dentro do tempo preestabelecido fortalece a frequência pelos membros da comissão. As comissões que esgotam os limites físicos e emocionais dos membros frequentemente não chegam a boas decisões. “Com a esperança de chegar a uma decisão, prolongam suas reuniões até altas horas da noite. [...] Se forem concedidos ao cérebro períodos apropriados de repouso, os pensamentos serão claros e incisivos, e os trabalhos serão feitos com rapidez” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 256). Cooperação. Os membros devem ser levados a possuir espírito de equipe e cooperação. A presidência tem muito que fazer para criar esse tipo de espírito. O diálogo deve fluir livre e diretamente de

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104 | Guia Para Ministros pessoa para pessoa. Compreenda e siga pelo menos informalmente as regras de procedimentos parlamentares, estabelecendo um senso de justiça e um processo democrático. Participação. Procure garantir participação ampla e encoraje cada membro a se unir à discussão. Evite o domínio do processo por qualquer indivíduo ou grupo. Busque especificamente a inclusão dos mais tímidos, convidando-os a expressar sua opinião. Respeito pelas ideias. Como presidente da comissão, o pastor deve se posicionar com a maior imparcialidade e neutralidade possível. Se não puder agir dessa maneira em relação a algum ponto, pode ser oportuno transferir a presidência a outra pessoa, a fim de entrar na discussão mais diretamente. Defenda e pratique a confidencialidade da comissão. A discussão franca de assuntos delicados não deve ultrapassar as fronteiras da comissão. Foco no assunto. Às vezes, a atenção da comissão é desviada do assunto que está sendo discutido, e um debate sobre itens não relacionados acaba tendo lugar. A presidência precisa levar a comissão de volta ao assunto em pauta. Sumário. Repita e sumarize a discussão e o trabalho, no sentido de obter consenso. Geralmente haverá acordo sobre um assunto quando todos os ângulos forem analisados. O chamado à votação não tem o propósito de reprimir a discussão, mas atingir o consenso sobre uma decisão. Registro e realização de atas. As atas da reunião devem ser lidas e aprovadas pela comissão na reunião seguinte. Os registros devem ser mantidos como lembrança de quais ações e tarefas são necessárias para a implementação após a reunião, e como fonte de avaliação da efetividade da comissão e suas decisões. Apoio à decisão. Quando uma ação é tomada, é dever de todos os membros da comissão apoiá-la, a despeito de alguns terem votado favoravel ou desfavoravelmente.

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A Grande Comissão foi dada claramente a todos os cristãos e não apenas aos discípulos a quem ela foi primeiramente endereçada, nem a um seleto grupo de ministros profissionais. Igualmente, os dons do Espírito são concedidos a todos, “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4:12). Cada um que recebe o Espírito Santo é dotado de dons ministradores destinados ao uso no ministério para Cristo. A palavra grega laos, da qual deriva o vocábulo “leigo”, nada tem que ver com estado amadorístico e secundário dentro da igreja. Antes, ela inclui todo o povo de Deus. Uma distinção falsa e artificial separa a obra da igreja dos leigos, e a coloca nas mãos do clero, como se a obra do ministério fosse responsabilidade exclusiva de um profissional assalariado. A liderança na igreja se torna responsabilidade daqueles que foram chamados e designados para funções específicas, todavia, a tarefa de ministrar no sentido mais amplo deve ser reconhecida como de todos os membros da igreja. “Não somente sobre o ministro ordenado repousa a responsabilidade de sair a cumprir esta missão. Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela salvação de seus semelhantes” (Atos dos Apóstolos, p. 110). O desafio. Ao tempo de Sua ascensão, Jesus comissionou a igreja nos seguintes termos: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). Ao Seu pequeno grupo de seguidores essa missão deve ter parecido uma tarefa impossível, até que eles

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106 | Guia Para Ministros compreenderam Seu plano para o cumprimento. A obra deve ser rea­lizada, não por nossa própria vontade individual ou grande talento, mas pelo Espírito Santo trabalhando através de nós. Nesse plano não existe hierarquia, pois todos são ministros desempenhando algum ministério para o qual foram especialmente dotados. É fácil pensar primeiramente na igreja como uma organização ou instituição, em vez de um lugar de companheirismo e comunidade de fé, que é o significado predominante de “igreja” no Novo Testamento. Às vezes, nós entendemos que o papel de membros da igreja é meramente ajudar os ministros profissionais a fazer seu trabalho, quando, de fato, a função da liderança ministerial inclui ajudar o povo a trabalhar. “Se os pastores dessem mais atenção a pôr e manter seu rebanho ativamente ocupado na obra, haveriam de realizar mais benefícios, ter mais tempo para estudar e fazer visitas missionárias, e também evitar muitas causas de atrito” (Obreiros Evangélicos, p. 198). A cada um que recebe o Espírito Santo é concedido um dom de ministério, mas nem todos recebem o mesmo dom. Cada pessoa deveria aceitar a responsabilidade pelos dons que Deus proveu para o ministério. Presumir que todos devam se empenhar no mesmo ministério é não compreender os dons do Espírito. “A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja participem do trabalho e unam os seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja” (Serviço Cristão, p. 68). A prova do evangelismo não é apenas quantos vêm à igreja para os cultos, mas quantos saem à comunidade para servir. Motivando Voluntários Liderar voluntários na igreja é muito diferente de gerenciar empregados remunerados, que têm de fazer um trabalho quer queiram, quer não, a fim de ganhar a vida. Líderes servidores não presumem

ter autoridade sobre os obreiros da igreja. Esses obreiros trabalham espontaneamente. O sucesso na liderança pastoral está ligado à capacidade de motivar voluntários. Pregue com inspiração. A pregação centralizada em Cristo e biblicamente fundamentada inspira as pessoas a fazer a obra da igreja por razões espirituais e altruísticas. O serviço cristão deve ser realizado não com o propósito de obtermos a salvação, mas porque fomos salvos. A verdadeira motivação para o serviço está baseada na gratidão e não na culpa. Envolva os membros no planejamento. Tarefas impostas sobre pessoas que não participam do planejamento geram resistência. Se elas forem envolvidas no planejamento, tratarão o projeto como um desafio pessoal. O ato de planejar deixa claros o propósito e a missão do projeto, fazendo com que as pessoas se envolvam neles. Quando o processo de planejamento entusiasma os membros em relação ao programa, eles desejarão ajudar em sua realização. Defina as tarefas. Sem a clara compreensão do que uma determinada tarefa requer, é pouco provável que as pessoas aceitem o trabalho. Tarefas mal definidas conduzem à frustração, tanto para aqueles que estão tentando realizá-las, como para os que tentam motivá-los ao trabalho. As descrições do que se requer de cada função de serviço na igreja devem ser muito bem esclarecidas. Reconheça e aprecie o serviço fiel. Os líderes de igreja podem não estar buscando elogios, mas procurando indicadores com relação ao sucesso de seu trabalho e apreciação de seu serviço. Eles necessitam saber que seu trabalho é valorizado. Proteja os líderes da sobrecarga. Frequentemente, os auxiliares que revelam maior disposição para o trabalho na igreja são sobrecarregados até a exaustão. São pessoas com muitas ocupações e trabalho, além das responsabilidades com a comunidade e a família. Trabalho excessivo colocado sobre elas pode levá-las a querer deixar de ajudar.

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108 | Guia Para Ministros Compartilhe a responsabilidade. Trabalhar com voluntários sobre quem o pastor tem pouco controle direto se torna um desafio. Às vezes, pode parecer mais fácil apenas cumprir uma tarefa específica do que depender do trabalho de voluntários. Mas o ministério da igreja pertence a todos. Ellen White declara: “A carga do trabalho da igreja deveria ser distribuída entre os membros individualmente” (Review and Herald, 9 de julho de 1895). Trabalhando com os Líderes da Igreja A igreja como um corpo. Com o vasto alcance do trabalho da igreja e as tantas habilidades para ele requeridas, nenhuma pessoa, incluindo o pastor, tem todos os dons necessários para realizá-lo. Mas os dons do Espírito de Deus satisfazem as necessidades da igreja. Nenhum indivíduo sozinho representa o todo do corpo de Cristo. “Se forem dirigir setores de trabalho para os quais não estão aptos, seus esforços para apresentar a Palavra serão malsucedidos” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 246). Trabalho com os anciãos. “O pastor não deverá monopolizar todos os setores de responsabilidade, mas partilhá-los com o(s) ancião(s) local(is) e outros oficiais. [...] O(s) ancião(s) deve(m) participar da responsabilidade pastoral, a qual abrange visitar os membros da igreja, atender aos enfermos, preparar ou dirigir cerimônias de unção e dedicações de crianças, e encorajar os que estão desanimados” (Manual da Igreja, p. 51, 52). Dons e atribuições combinados. Quando o programa da igreja é planejado, deve-se dar atenção aos dons que estão disponíveis na congregação. Identifique as capacidades e combine-as com o programa. O trabalho com a comissão de nomeações da igreja provê oportunidade de estruturar um grupo de oficiais, combinado com os planos e programas que serão realizados. Quando a comissão se reúne, os planos e as descrições dos trabalhos devem estar à mão,

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Líder: Oficiais: Líder:

Oficiais: Líder:

Para a adoração de Deus e o trabalho da igreja... Nós nos dedicamos. Para o cumprimento dos deveres a nós designados sob a guia divina, e para a edificação e liderança de jovens e idosos… Consagramos os nossos serviços. Para dar um exemplo reto de viver cristão em nossos lares, em nosso trabalho e diante de todos com quem entramos em contato… Empenhamos nossa vida.

Oficiais: Líder (dirigindo-se à congregação): Irmãos, todos ouviram seus líderes prometer cumprir fielmente, pela graça de Deus, os deveres para os quais foram eleitos. Os irmãos se comprometem a unir-se aos oficiais, dando-lhes apoio e assistência, e orando por eles enquanto trabalham junto com vocês, fazendo a obra de Cristo na igreja? Congregação: Nós nos comprometemos. Líder: [oração de dedicação]

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provendo assim a comissão com listas do tipo de pessoal necessário para ocupar os diferentes cargos. Investidura de oficiais. Uma cerimônia de investidura formal para os líderes da igreja no início do ano eclesiástico enfatiza o significado das funções para as quais foram nomeados e proporciona uma ocasião para a igreja reconhecer e dedicar sua liderança. O seguinte diálogo litúrgico de dedicação é um exemplo do que pode ser feito:

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110 | Guia Para Ministros Capacitação de Membros “Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos. Seus membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos não convertidos. Deve haver cursos de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de serviço no auxílio cristão. Não somente deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores experientes” (A Ciência do Bom Viver, p. 149). Recursos da Associação/Missão. A liderança da Associação/ Missão e a estrutura departamental dispõem de materiais e pessoal de apoio para a capacitação dos membros. Eles são especializados em seus campos de atuação e muito podem ajudar na condução de seminários e cursos de capacitação. Recursos congregacionais. Use as habilidades disponíveis na congregação. Alguns irmãos podem ter ocupado por muitos anos vários cargos de liderança na igreja. Essa experiência pode ser compartilhada e transmitida aos novos oficiais. Outros podem ter sido especialmente capacitados em áreas úteis aos cargos da igreja. Esses também podem fazer parte do processo de capacitação.

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Grandes Distritos configuração distrital de múltiplas igrejas; poucas igrejas relativamente permanecem isoladas. Em algumas Divisões, um pastor e seus associados podem ser designados para liderar até mais de vinte congregações. A liderança pastoral em tal estrutura exige capacidades especiais em delegação, capacitação e administração. Nesses casos, os pastores podem se reunir com a congregação apenas poucas vezes por ano, e não podem relacionar-se intimamente com cada congregação. Por isso, cuidadosa atenção deve ser dada à localização da residência pastoral, a fim de otimizar tanto as viagens como os interesses da família. Capacitação de liderança. Nessas igrejas, torna-se necessária a capacitação dos oficiais e a delegação de responsabilidades de liderança a eles. Esses líderes fazem a maioria dos sermões, conduzem o evangelismo, alimentam espiritualmente os membros de sua congregação e administram várias funções eclesiásticas. Os pastores desses distritos atuam basicamente nas áreas de planejamento, administração, fi xação de alvos e educação. Capacitar esses oficiais e trabalhar com eles é de importância vital. Dessa capacitação devem constar os seguintes itens: • Preparo e apresentação de sermões • Como conduzir comissões • Visitação • Departamentos da igreja • Cuidados com a propriedade da igreja • História adventista e sua mensagem • Cuidado de novos membros

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A maioria das igrejas adventistas é disposta em alguma

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112 | Guia Para Ministros Recomenda-se que as congregações ou Associações/Missões ministrem, no mínimo, um seminário de capacitação para anciãos a cada ano. As congregações devem cobrir as despesas de viagem dos anciãos que participarem desses encontros. Além disso, os pastores devem planejar reuniões trimestrais com os anciãos do distrito. Essas reuniões focalizarão os planos para o distrito, bem como para as congregações individuais, abordando assuntos como evangelismo, preparo e apresentação de sermões, visitação, metas da igreja e do distrito, e o itinerário do pastor. A capacitação de anciãos pode também ser dirigida durante esses encontros trimestrais. Itinerário pastoral. O itinerário do pastor deve ser planejado com antecedência suficiente para que cada congregação saiba quando esperar a visita e o sermão do pastor. Isso proporcionará oportunidade para contato pessoal com os membros, e agendar batismos durante a visita pastoral. Haverá ocasiões em que emergências como enfermidades e funerais interferirão no itinerário planejado, mas outras cerimônias especias podem ser fixadas com antecedência e incluídas na agenda. Reuniões Distritais Um encontro trimestral durante o qual a membresia do distrito seja reunida durante um fim de semana permite uma oportunidade a mais para o pastor experimentar companheirismo com os membros das suas igrejas. Essas reuniões são semelhantes às reuniões campais, provendo chances para: • Companheirismo entre os membros das várias congregações. • Coordenação de planos evangelísticos no distrito. • Compartilhamento das alegrias e preocupações dos membros das várias igrejas. • Fortalecimento do trabalho dos departamentos da igreja.

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•P  lanejamento de empreendimentos conjuntos tais como a construção de um edifício ou a implantação de uma campanha evangelística. • Programa para as crianças e grupos de jovens. Os membros do distrito escolhem os líderes participantes dessas reuniões. Juntamente com o pastor, esses líderes fazem planos para a reunião distrital. Os líderes da Associação/Missão devem ser convidados a participar, exercendo sua influência, compartilhando suas especialidades e orientações no planejamento desses eventos.

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Crescimento da Igreja Novos Membros As igrejas continuam a existir somente por um consistente aumento de novos membros. Sem esse crescimento, a membresia diminuirá, não apenas pelo motivo de mudança das pessoas para outro lugar, mas, ao longo do tempo, pelo envelhecimento e morte de seus membros idosos, até finalmente não ficar ninguém na congregação. Sem novos membros, a igreja está sentenciada à extinção. Há três fontes de crescimento numérico de membros: biológica, transferência e evangelismo, e cada uma é vital e importante ao futuro da igreja. Crescimento biológico. As crianças da igreja são seu mais valioso recurso. O desejo mais afetuoso da família da igreja e da família sanguínea centraliza-se em seus filhos, com a oração de que eles sejam parte do reino de Deus tanto no presente como no porvir. Por mais importantes que outros meios de crescimento possam ser para o futuro da igreja, nenhum pode ser mais importante que salvar os próprios filhos. Seria uma imitação caricata se a igreja empenhasse seus esforços para salvar o mundo, às custas da salvação de suas crianças. Aqueles que crescem sob os cuidados da igreja preservarão muito bem a sua herança. Por isso, a igreja provê os programas da Escola Sabatina e materiais para suas crianças desde a mais tenra idade, e continua trabalhando em favor delas com a educação cristã e os ministérios jovens, para assegurar seu crescimento na graça. A igreja precisa estar atenta e tem de exercer vigilância intencional sobre suas crianças em desenvolvimento, enquanto propicia, a seu tempo, a preparação para o batismo e sua plena aceitação como membros. “As crianças de oito, dez ou doze anos já têm idade

suficiente para serem dirigidas ao tema da religião individual. Não ensinem seus filhos com referência a um tempo futuro em que eles terão idade suficiente para se arrependerem e crerem na verdade. Caso sejam devidamente instruídas, crianças bem novas podem ter ideias corretas quanto a seu estado de pecadores, e ao caminho da salvação por meio de Cristo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 400). Em lugares onde exista escola disponível na igreja, é bom preparar uma classe batismal em conexão com o culto e ênfase espiritual no programa da escola. Caso não haja escola na igreja, deveriam ser feitos arranjos para instituir uma classe batismal em conexão com as atividades da igreja e das famílias. Crescimento por transferência. Quando os membros se mudam de um lugar para outro, deve ser feito contato com eles mediante a assistência em sua transição para a membresia da igreja irmã na nova área. Os procedimentos para a transferência de membros são dados no Manual da Igreja. Tanto a igreja como o membro individualmente são beneficiados quando um plano ativo e bem esquematizado é posto em ação para facilitar a transferência de membros. A notificação da mudança de um membro para um novo local deve ser dada à igreja mais próxima, a fim de manter contato e assisti-lo em sua recepção na nova comunidade de fé. Crescimento por evangelismo. O pastor é um evangelista; e a igreja, um centro evangelístico. No culto de adoração, na Escola Sabatina e em cada programa, a igreja precisa manter sempre em mente os visitantes e convidados que não são membros. Tudo o que é dito deve passar pelo filtro ganhador de almas. “Como isso soa a alguém que não é membro? Como isso é percebido por alguém que não é cristão?” Embora a compreensão doutrinária e bíblica seja da mais alta importância, o terno companheirismo é mais importante. Em tal ambiente, a pessoa passa de uma nova conversão ao pleno discipulado.

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116 | Guia Para Ministros Os membros da igreja do Novo Testamento iam a todos os lugares contando a história de Jesus. A maioria dos novos conversos foi ganha por membros companheiros de trabalho e também em sua vizinhança. Isso pode ser realizado por meio de um amplo quadro de programas evangelísticos, incluindo aulas de culinária, programas de saúde e atividades recreativas. “Que os membros da igreja cumpram fielmente durante a semana a sua parte, e narrem no sábado suas experiências. A reunião será então como alimento a seu tempo, trazendo a todos os presentes nova vida e vigor” (Obreiros Evangélicos, p. 199). Se cada programa da igreja – Escola Cristã de Férias, aulas de arte culinária, eventos de saúde, programas da Escola Sabatina para crianças e jovens, iniciativas missionárias da Adra, eventos sociais da igreja, envolvimento com a comunidade, programas jovens – fosse considerado e consolidado como evento evangelístico, as reuniões evangelísticas seriam muito mais produtivas. Esteja atento às pessoas na comunidade que estejam passando por experiências como nascimentos, falecimentos e formaturas. Aproveite a ocasião para enviar um cartão de felicitações, pêsames, ou de amizade. Obtenha informações com relação às pessoas recém-chegadas ao bairro, e envie-lhes uma carta dando-lhes as boas-vindas à comunidade, incluindo uma lista de serviços oferecidos pela igreja e um convite para assistir aos cultos de adoração. Envolva-as regularmente em alguma forma de reuniões evangelísticas ou seminários. Preocupação com membros inativos. Membros ativos, especialmente anciãos, podem ser úteis na recuperação de membros inativos, porque eles foram amigos no passado e entendem algumas das razões que os levaram a se afastar. Aqueles que trabalham com membros inativos precisam estar preparados para ouvir coisas desagradáveis sem ficar desanimados ou na defensiva. As pessoas geralmente se afastam

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Confirmando Novos Membros A Grande Comissão de Cristo para Sua igreja ordena: “Fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28:19). Os membros mal preparados tornam fracas as igrejas. “A aquisição de membros que não foram renovados no coração e reformados na vida é uma fonte de fraqueza para a igreja. Esse fato é muitas vezes passado por alto. Alguns pastores e igrejas acham-se tão desejosos de assegurar um aumento de membros, que não dão testemunho fiel contra hábitos e costumes não cristãos. Aos que aceitam a verdade não é ensinado que eles não podem, sem perigo, ser mundanos em sua conduta, ao passo que de nome são cristãos” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 172). Instrução antes do batismo. Os que pretendem congregar na igreja necessitam conhecer os princípios que a dirigem. Eles não devem ser animados a se comprometer sem saber com o que estão se comprometendo. A instrução batismal deve abranger múltilas facetas – leitura pessoal e estudo, estudos bíblicos, reuniões públicas e classes batismais. Um dos meios mais produtivos de instrução no programa evangelístico da igreja centraliza-se na classe bíblica do pastor. A classe frequentemente tem lugar durante o tempo regular de funcionamento das unidades da Escola Sabatina, e se destina especificamente a novos membros e interessados. A classe estuda lições doutrinárias especiais e assuntos da vida espiritual. A mesma série pode ser repetida de tempos em tempos, uma vez que os membros da classe, enquanto crescem na experiência cristã, passam a frequentar as unidades da Escola Sabatina. Cada candidato ao batismo deve ser examinado com respeito às crenças fundamentais da Igreja Adventista, conforme registradas no

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por causa de alguma possível coisa desagradável que ela observou ou experimentou dentro da igreja, ou por influências externas. Com frequência, elas precisam de um ouvido amigo e um coração amoroso.

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118 | Guia Para Ministros certificado de batismo. Nenhuma pessoa ou grupo externo à congregação tem autoridade de acrescentar ou tirar nomes do rol de membros da igreja. Essa responsabilidade é exclusiva da igreja em uma reunião administrativa. Guardiões dos novos membros. O companheirismo cristão e a comunidade se destacam como essenciais para a estabilidade da igreja. Todavia, os novos membros podem não conhecer ninguém na igreja e achar difícil integrar-se a uma bem estabelecida ordem social. Para superar essa desvantagem, a igreja precisa de um programa de guardiões espirituais para os novos membros – um sistema de amizade onde cada novo membro é acompanhado por um membro mais experiente. “Os recém-chegados à fé devem receber um trato paciente e benigno, e é dever dos membros mais antigos da igreja cogitar meios e modos para prover auxílio, simpatia e instrução para os que se retiraram conscienciosamente de outras igrejas por amor da verdade, separando-se assim dos cuidados pastorais a que estavam habituados” (Evangelismo, p. 351). Incentive a participação. Anime o novo membro a descobrir seus dons espirituais e a se envolver no ministério que mais se adapta a esses dons. Quando as pessoas se convertem, devem ser postas a trabalhar imediatamente. E, ao trabalharem segundo sua capacidade, se tornarão mais fortes” (ver Evangelismo, p. 355). Os recémconvertidos estão numa posição especial para alcançar sua família e amigos que não fazem parte da comunidade adventista. O efeito combinado da influência dos novos membros sobre os velhos amigos e o exemplo atrativo de uma vida transformada torna-se um poderoso instrumento para atrair novos crentes. Esse tipo de oportunidade nos reporta a Jesus enquanto instruía o ex-endemoninhado: “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” (Mc 5:19).

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Culto Congregacional Ao longo da Bíblia, Deus convoca Seu povo à adoração, e essa experiência deve ser tanto individual como corporativa. Uma pessoa não tem necessariamente de fazer parte de uma congregação para adorar a Deus. Contudo, a Bíblia claramente recomenda a adoração coletiva. A fim de adorar juntos, são necessários ordem e planejamento. Os modelos bíblicos de culto de adoração apresentam quatro ações básicas da parte dos adoradores: cantar, orar, doar e pregar. Elas contribuem para a experiência de adoração pessoal num ambiente corporativo. Tal culto enfatiza tanto a transcendência como a imanência de Deus. Deus é grande e está ali; Deus está acima de nós e está entre nós. Embora o culto não deva ser um entretenimento religioso, ele deve cativar e prender o interesse da congregação, enquanto ela é levada ao encontro com Deus. Embora o culto não deva ser apenas para exposição doutrinária, a pureza e clareza da doutrina devem ser parte integrante da verdadeira adoração. Ainda que não deva ser apenas para propósitos de fazer apelos evangelísticos, ele deve levar os adoradores a comprometer a vida com Deus. O propósito da adoração corporativa é simplesmente entrar em comunhão com Deus, nosso Criador e Redentor, com oração, regozijo, contrição e humildade. Culto inspirador. O anjo de Apocalipse 14:7 declara: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.” Isso convoca os adoradores a respeitar, reverenciar e temer; o culto

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O Culto de Adoração

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120 | Guia Para Ministros congregacional leva o povo à sala do trono divino. “A menos que aos crentes sejam inculcadas ideias precisas acerca da verdadeira adoração e da verdadeira reverência, prevalecerá entre eles uma crescente tendência para nivelar o que é sagrado e eterno ao que é comum. E os que professam a verdade serão uma ofensa a Deus e uma lástima para a religião” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 500). Adoração prazerosa. O Salmo 100 nos convida: “Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dEle com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele quem nos fez, e dEle somos” (versos 1-3). A emoção sincera é parte integrante do verdadeiro culto, e sua expressão pode ser aberta e francamente demonstrada. Adoração significativa. O culto de adoração apela à mente e é sempre intelectualmente saudável. Deus convida Seu povo: “Vinde, pois, e arrazoemos” (Is 1:18). Adoração experimental. O culto não é prestado por procuração; ele é experimental. Ninguém pode adorar em lugar de outro. O culto não deve ser uma rotina ou cerimônia realizada para nós através de outras pessoas. Ele não é uma tradição, nem evento para um espectador passivo. A adoração compreende uma interação pessoal entre o Criador e a criatura – um encontro com Deus. Adoração participativa. Aqueles que dirigem o culto de adoração devem envolver o máximo possível de participantes, incluindo jovens e crianças. Os oficiantes do culto devem ser representantes dos princípios adventistas do sétimo dia e de seus valores. Quando os membros sentem que os líderes têm um ministério a oferecer à congregação, eles intensificam seu compromisso com a igreja e seus programas. Os anciãos não devem achar que é sua obrigação apresentar e realizar cada aspecto do culto de adoração. O envolvimento de todos aumentará o espírito de alegria. A juventude deve ser convidada a fazer orações, introdução para ofertas, leitura bíblica, etc.

Elementos de Adoração A adoração congregacional pede o melhor e mais cuidadoso planejamento, e quanto melhor o planejamento, mais confortável e restaurador será o serviço de culto. Embora o propósito do planejamento não deva ser o estabelecimento de formatos rígidos, deve prover uma sequência suave dos elementos do culto. “Não é seu dever colocar alguma habilidade, estudo e planejamento na questão de dirigir reuniões religiosas, imaginando como elas deveriam ser conduzidas de forma a produzir a maior quantidade de bem, e deixar a melhor impressão sobre todos os que assistem?” (Ellen G. White, Review and Herald, 14 de abril de 1885). O pastor tem responsabilidade direta pela adoração sabática e deve recrutar o auxílio dos líderes da igreja tanto na preparação como na execução do programa, envolvendo-os como coordenadores do culto e membros da comissão de adoração. Premido pela responsabilidade primordial de pregar o sermão, o pastor pode delegar a associados competentes os detalhes de preparo do pessoal e instalações da igreja para o culto. Uma lista de checagem para o sábado de manhã é muito útil para revisar as partes, como o preparo das músicas selecionadas, as condições do serviço de som, do pessoal componente da plataforma, dos arranjos da plataforma e outros detalhes. Preparo da congregação. Quando o povo entra no templo, poderá haver algum movimento e conversação como parte do companheirismo e atividade da congregação. Um prelúdio musical gravado ou executado ao vivo pode ajudar a tornar esse tempo mais confortável. Tentativas de abafar essa atividade em nome da reverência às vezes se tornam desnecessárias e irreais, podendo criar tensão entre os adoradores. Todavia, uma atitude reverente em preparação para o culto deve ser mantida. O período de saudações e anúncios pode servir para direcionar a atenção dos congregantes e atraí-los para uma atitude de adoração.

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122 | Guia Para Ministros Tais anúncios devem focalizar a vida da igreja, evitando que sejam promocionais ou campanhas de levantamentos de fundos. Que os anúncios criem uma atmosfera de afeto e companheirismo, tornando-os uma parte da vida da igreja. Então, encerre-os com um chamado à adoração. Canto. O canto congregacional e a música especial são partes vitais na experiência de culto. A inspiração surge não apenas das palavras empregadas e do poder emocional da música, mas da experiência de cantar como uma comunidade de adoração. As músicas para crianças e juventude devem ser incluídas, possibilitando-lhes envolvimento e participação importante no culto. “A música deve ter beleza, suavidade e poder” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 71). Os corais, conquanto sejam uma bênção no culto, não devem substituir o canto congregacional. “A aptidão de cantar é um talento que exerce influência, a qual Deus deseja que todos cultivem e empreguem para glória de Seu nome” (Evangelismo, p. 504). Com a grande variedade de gostos musicais e tradições refletida nos diferentes grupos etários, nas características da igreja e experiências culturais, a tentativa de estabelecer padrões e fórmulas rígidos para a música aceitável, frequentemente, se torna um ato divisor e inócuo. O que alguém pode achar apropriado para o culto, outro pode considerar inadequado. Embora se deva evitar o máximo possível causar desgosto a alguém, as congregações devem reconhecer a importância de ter variedade de opções musicais que atendam aos diferentes grupos na igreja. A música escolhida deve refletir os princípios e ensinos bíblicos. Oração. No culto de adoração existem várias oportunidades para a oração. Cada uma tem propósito e significado específicos, que têm de ser considerados com antecedência e ser refletidos na linguagem usada na oração.

Invocação. O culto é normalmente iniciado com uma oração breve de invocação, com a congregação em pé, reconhecendo e convidando a presença de Deus. Oração pastoral. Mais adiante no culto, normalmente em seguida a um hino congregacional ou leitura bíblica, alguém faz a oração pastoral. Os elementos dessa oração incluem louvor e gratidão a Deus por Sua graça e Suas bênçãos; confissão de pecado e busca de perdão; pedidos gerais e específicos por direção, graça e misericórdia curativa; intercessão nos assuntos da igreja, na comunidade e no país, e comprometimento no serviço. Normalmente, essa oração é a mais longa das orações do culto. Conforme frequentemente exemplificado na Escritura, a congregação se ajoelha para a oração. Todavia, pode haver ambientes e situações em que ajoelhar não seja uma opção prática. Alguns, por causa de sua condição física não podem fazê-lo, e esses não devem ser considerados inferiores ou sacrílegos ao manter outra postura na oração. “Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos” (A Ciência do Bom Viver, p. 510). O cuidadoso planejamento antecipado da oração possibilita estabelecer o que nela será incluído bem como seu tempo de duração. “Um ou dois minutos é tempo suficiente para qualquer oração habitual” (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p.  581). “Não se exigem orações verbosas, com caráter de sermão, e que são fora de lugar em público. Uma oração breve, feita com fervor e fé, abrandará o coração dos ouvintes; mas, durante as orações longas, eles esperam impacientemente, como se desejassem que cada palavra fosse o final da mesma” (Obreiros Evangélicos, p. 179). Ações de graças. A oração de ação de graças pode ocorrer antes do ofertório ou depois dele, enquanto os diáconos levam à frente as ofertas da congregação. A oração, normalmente curta, inclui louvor pelas bênçãos recebidas pela congregação como um todo e individualmente.

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124 | Guia Para Ministros Se a oração for feita antes da oferta, a congregação costumeiramente permanece sentada. Se em seguida à oferta, algumas congregações ficam em pé e cantam a doxologia enquanto as ofertas são levadas à frente, acompanhadas pela oração de ação de graças. Bênção. Essa oração tem propósito definido: despedir a congregação com a bênção de Deus. Ela não é um resumo do sermão ou uma ocasião para pedidos específicos que já devem ter sido feitos na oração pastoral. Essa oração deve ser breve e pode provir diretamente das Escrituras. O hinário contém declarações de bênçãos que servem apropriadamente a esse propósito. Ofertas. Como parte direta da adoração, as ofertas têm grande potencial para ensinar os conceitos cristãos de abnegação, sacrifício e confiança. O apelo para as ofertas precisa enfatizar uma motivação espiritual. Também deve explicar a necessidade financeira e como apoiar o trabalho da igreja. Ele deve ser breve, inteligente e reverente. Mais que uma campanha para levantamento de fundos, a oferta é uma oportunidade para que a congregação expresse louvor a Deus devolvendo a Ele um dízimo de Suas bênçãos, e ofertas de apreciação por Sua graça mantenedora. Através do dízimo e das ofertas, a congregação reconhece as bênçãos de Deus recebidas durante a semana; que Ele é Senhor e que tudo o que temos pertence a Ele. Essas dádivas indicam que nosso amor por Ele flui livremente de um coração agradecido. Sermão. O culto, centralizado na autorrevelação de Deus através das Escrituras, torna-se um ato racional porque o divino está sendo revelado em palavras inteligíveis à mente humana. Aprendemos com essas palavras e recebemos instrução no serviço cristão e na disciplina. E nos regozijamos nas boas-novas de salvação. Essa revelação de Deus coloca pesada responsabilidade sobre o culto, tanto naqueles que a proclamam como nos que a ouvem. A pregação permite que a congregação ouça a mensagem do Senhor através das Escrituras.

Preparação. A fim de atender devidamente às necessidades espirituais da congregação, os líderes devem planejar um calendário anual de sermões. Isso envolve considerar não apenas o que deve ser apresentado no futuro, mas também o que foi apresentado no ano anterior, ou mesmo antes disso. Procure saber o que foi abordado, o que foi negligenciado e o que foi superenfatizado. Os temas devem coincidir com os eventos do calendário, com os programas da igreja e da escola. O planejamento anual produz vários benefícios. Ele proporciona equilíbrio na seleção dos assuntos e permite estabelecer, com antecedência, arranjos para a cerimônia de culto em áreas como música, leitura bíblica e histórias para crianças. O planejamento antecipado dá oportunidade para aqueles que costumam levar visitas ao culto, no sentido de selecionarem os serviços que apelem para cada público específico. Além disso, o planejamento anual dá aos pregadores tempo para desenvolver os temas planejados, reduzindo a pressão do preparo dos sermões na última hora. Obviamente, esse plano anual deve ter certa flexibilidade, por causa de eventos especiais e emergências que possam ocasionalmente interferir no cronograma. Procure meios criativos de expor o material do sermão. Às vezes, a criatividade parece brotar de uma singular inspiração. Porém, com muita frequência, é fruto de esforços diligentes. Pode ser mais fácil utilizar modos de expressão com os quais estamos familiarizados, mas esses também podem se tornar enfadonhos para os ouvintes, semana após semana. No fator criatividade, a comissão de cultos pode fazer bom trabalho. Nenhuma pessoa tem todas as novas ideias, mas na troca de pensamentos, a criatividade floresce. Escrituras. A leitura da Bíblia como proclamação tem significativo poder no culto e apresenta a palavra do Rei do Universo à congregação. Ela também convoca, de modo poderoso, à adoração e dirige a mente para o tema e ênfase do culto de adoração do dia. Cuidadoso

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126 | Guia Para Ministros planejamento, seleção e repetição precisam ser feitos com relação à leitura da Palavra de Deus. Leituras responsivas envolvem diretamente a congregação, dando-lhe oportunidade tanto de ouvir como de repetir as Escrituras. Há muitas leituras assim no hinário, mas pode haver leituras especificamente preparadas no boletim da igreja ou projetadas numa tela, que se refiram diretamente à mensagem do dia. Ministrando às crianças. O interesse das crianças deve ser tido em mente com relação ao culto. Obviamente, com o distanciamento etário entre adultos e crianças, nem sempre se pode atingir de uma só vez cada nível. No entanto, com planejamento cauteloso, mesmo as crianças pequenas podem desfrutar momentos de interesse no culto. Alguns descobriram que uma história para crianças antes do sermão atende a essa preocupação. As crianças são convidadas para ir à frente e sentar-se durante o tempo da historinha, e essa pode apropriadamente estar ligada ao tema do sermão do dia. Somente pessoas que tenham amor particular pelas crianças e capacidade de contar histórias podem com propriedade ajustá-las ao tema do dia. O tempo para essa parte precisa ser cuidadosamente observado para não passar de cinco minutos. Muitas igrejas recebem as ofertas das crianças durante o momento da história e usa os fundos arrecadados para apoiar os programas educacionais e infantis na igreja. Alguns podem ser avessos a receber mais de uma oferta no culto, mas outros gostam de dá-las às crianças e vê-las levar à frente. Esse gesto contém a vantagem adicional de orientar as crianças no hábito de dar. O sermão. O sermão deve sempre ser centralizado na Bíblia. Sermões bíblicos não apenas incluem a Bíblia, mas começam com ela. Os pregadores bíblicos vão primeiro à Bíblia na preparação de seu sermão. A pregação bíblica não procura um texto que concorde com o que o orador deseja dizer, mas busca descobrir o que a Bíblia diz. Muitos temas bíblicos são úteis para se fazer séries de pregações,

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Ordem no Culto Costumamos pensar em adoração como consistindo no pastor como agente, em Deus como inspirador e a congregação como auditório. Na verdade, o culto legítimo consiste na congregação como protagonista, o pregador como inspirador e Deus como o auditório. “Muitos dos cultos públicos a Deus consistem em louvor e oração, e cada seguidor de Cristo deveria envolver-se nessa adoração” (Ellen G. White, Signs of the Times, 24 de junho de 1886). Assim, para cada adorador, a adoração se torna um evento participativo. Modelos de cultos de adoração podem ser encontrados no Manual da Igreja.

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particularmente estudos de um livro, ou tópicos tais como os dez mandamentos, as sete derradeiras palavras de Cristo, ou as bemaventuranças. Mas, em geral, é mais sábio manter a série de pregações dividida em três ou quatro sermões. No caso de uma série mais longa, ela pode ser intercalada com outros temas. Embora a mensagem do sermão deva ser considerada de importância fundamental, mesmo as melhores mensagens, se pobremente proclamadas, são ineficazes. Além de reconhecermos que entretenimento não é o objetivo do culto de adoração, usá-lo como excusa para pregações fracas não é aceitável.

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Companheirismo e Visitação Para a comunidade da primitiva igreja neotestamentária, o conceito de amizade compartilhada ou koinonia era essencial. Sobre o crescimento dos membros da igreja, Lucas relata: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (At 2:42, 46, 47). Nessa associação de companheirismo cristão, tanto o indivíduo como a igreja são fortalecidos. Embora a importância da frequência à igreja não deva de modo algum ser minimizada, precisamos reconhecer que essa atividade, em si mesma, não é suficiente para atender às necessidades de contato e interação entre os membros. Associar-se por uma ou duas horas no culto de sábado não representa todos os benefícios e alegrias da experiência cristã de companheirismo. O autor de Hebreus nos adverte: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10:23-25). O companheirismo cristão e a visitação envolvem aspectos vitais do ministério da igreja e devem ser considerados não como dever a ser cumprido por um só indivíduo, mas um estilo de vida a ser desfrutado por toda a comunidade eclesial. De certo modo, as

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Companheirismo cristão. Uma ampla variedade de atividades sociais e espirituais pode ser agrupada sob o título de companhei­ rismo cristão. Essas atividades servem ao propósito de não apenas manter companheirismo com os membros da igreja, mas também alcançar a comunidade maior. Incluídas nesse contexto estão as ati­ vidades em grupo como estudo bíblico, oração, recreação, passatem­ pos, música, serviços à comunidade, clubes de jardinagem, e muitas outras atividades limitadas apenas pela imaginação. A igreja serve como ponto de convergência para o companheirismo, fortalecendo seus membros e alcançando também a comunidade. Necessidades espirituais e encorajamento. Os anciãos nomea­ dos para auxiliar o pastor no apoio aos membros devem manter estrita vigilância sobre as necessidades espirituais dos membros, visitando e animando aqueles que estão desanimados ou negligen­ ciando sua experiência cristã e seu compromisso com Cristo. O tra­ balho feito pelos anciãos não dispensa a visitação pastoral. Membros ausentes. Membros que não têm condições de fre­ quentar os cultos e participar das atividades de companheirismo da igreja podem facilmente ser negligenciados. Um planejamento

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igrejas menores podem naturalmente encontrar companheirismo mais inclusivo de todos os membros, enquanto que em igrejas gran­ des pode ser necessário instituir redes de pequenos grupos que in­ cluam membros que, de outra maneira, seriam despercebidos. Há cinco preocupações básicas em relação às quais a igreja e o pastor precisam estar atentos: (1) Companheirismo cristão (2) Necessidades espirituais e encorajamento (3) Membros ausentes (4) Visitação hospitalar (5) Luto e apoio a quem está no fim da vida

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130 | Guia Para Ministros cuidadoso deve ser feito para manutenção de contatos regulares com eles, proporcionando-lhes informação, estímulo e materiais de interesse da igreja. Eles devem receber regularmente exemplares do boletim e do jornal da igreja, e um áudio ou vídeo dos cultos de adoração (ou, onde possível, apresentações de mídia eletrônica ao vivo dos serviços de culto). O serviço trimestral de Santa Ceia deve ser providenciado pela igreja para esses irmãos. Visitação hospitalar. Quando os membros estão enfermos, particularmente durante uma hospitalização, a visitação feita pelo pastor e os anciãos se torna altamente importante. Quando for necessário, o pastor e os anciãos devem realizar um serviço de unção, conforme descrito no capítulo 34. Frequentemente, o pastor não sabe quando os membros estão hospitalizados. Assim sendo, deve ser estabelecida uma boa rede de infirmações para possibilitar esse conhecimento. A internação hospitalar tende a ser curta, o que requer ação rápida para fazer contato antes que os pacientes recebam alta. As visitas hospitalares devem ser breves, particularmente quando o paciente está sofrendo dor, recuperando-se de cirurgia ou sob a in­fluên­ cia de medicação pesada. Fale poucas e bem escolhidas palavras de apoio e encorajamento, seguidas de uma leitura da Escritura e oração. Não obstante a permanência em hospital ser comumente estressante para os pacientes e seus familiares, o nascimento de uma criança é usualmente uma ocasião festiva na qual o pastor pode visitar a família a dar graças pelo novo ser. Luto e apoio a quem está no fim da vida. Antes da segunda vinda de Cristo, todos enfrentarão o momento do fim da vida neste mundo. Para alguns, a morte acontecerá num instante, mas para a maioria haverá um tempo de declínio e reconhecimento de que a vida está-se esvaindo. Especialmente durante esse tempo, o apoio e a segurança da família da igreja são necessários. Esses são tempos de tristeza e perda que devem ser reconhecidos e aceitos, embora

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Leituras Bíblicas Sugeridas Durante a Visitação Textos gerais da Bíblia: Salmos 23; 46; 103; 121 Jeremias 30:17 Mateus 11:28-30; 15:30, 31 Romanos 5:3-5; 8:16-39 Tiago 5:13-16 3 João 2 Antes de cirurgia: Salmos 91; 103:1-5 Isaías 43:1-3; 58:8, 9 No sofrimento: Isaías 26:3, 4 Mateus 11:28, 29 João 14:27

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no companheirismo cristão não nos entristeçamos “como os demais, que não têm esperança” (1Ts 4:13). A garantia da salvação e restauração encontrada nas Escrituras e palavras de conforto por parte do pastor e dos membros da igreja são os últimos e melhores dons de amor que alguém pode receber. Na hora da perda de um ente querido, o apoio pastoral e dos anciãos e a visitação se tornam vitais para a família. Os costumes para a prática dos arranjos funerários variam muito, e o pastor deve saber como, quando e onde atender as necessidades dos enlutados. Em geral, uma visita à casa do membro é apropriada para levar conforto e apoio à família. Pessoas reprimem sua dor de diversas maneiras. A sensibilidade a essa realidade ajuda a encorajá-los a pôr sua esperança e confiança no amante Pai celestial. O capítulo 35 trata dos serviços fúnebres.

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132 | Guia Para Ministros Enfrentando a morte: Salmos 23; 90:1-6, 10 Isaías 56:11 João 3:14-16; 14:1-4, 25-27 Romanos 8:35-39 2 Coríntios 5:1-4 Na recuperação: Salmos 34:4-8; 107:1-9 Lucas 17:12-18 Nascimento de criança: Mateus 18:1-6 Marcos 10:13-16 Lucas 1:46-49 Visitação Pastoral Muitos membros da igreja entendem a visitação no lar como uma das responsabilidades do pastor. Realmente, tal prática ajuda a estimular a vida espiritual dos membros e ter em primeira mão o conhecimento das necessidades espirituais da igreja. Em algumas situações, por causa do tamanho da congregação ou distrito, ou da distância geográfica, o pastor necessitará de assistência na manutenção do programa de visitação com os membros. Em algumas grandes cidades, muitos membros vivem em edifícios ou condomínios fechados, fazendo a visitação parecer mais desafiadora. Em tais situações, um plano que organize os membros em unidades, sob a direção de um ancião assistido por diáconos e diaconisas, torna essa visitação mais praticável. O ancião lidera o planejamento de visitação e os grupos reunidos que elevam a força espiritual dos membros. De tempos em tempos, o pastor pode ser convidado a encontrar-se com o grupo a fim de partilhar informações e confraternizar com eles.

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Aconselhamento principalmente recursos espirituais para aqueles que buscam conselho, também podem ser requisitados para orientar em outras áreas de interesse. Muitos veem os pastores como pessoas de experiência e sabedoria em áreas que podem incluir preocupações familiares, decisões sobre planejamento do futuro, assuntos financeiros, assuntos sociais e estresse emocional, só para mencionar alguns. Embora a experiência e a orientação espiritual sejam de grande importância nesses assuntos, os indivíduos precisam reconhecer claramente que o aconselhamento profissional não faz parte do chamado do pastor. Fazer clara distinção entre as preocupações pastorais e a necessidade de orientação de um conselheiro profissional torna-se vital, na medida em que os pastores interagem com membros em dificuldade. Quando os pastores oferecem aconselhamento além de sua capacidade e especialidade, põem em perigo a pessoa aconselhada e também arriscam-se a enfrentar problemas legais. Doenças mentais e comportamento psicótico, por exemplo, não estão na área do aconselhamento pastoral. Poucos pastores são capacitados nessas áreas, e tais assuntos devem ser levados aos profissionais de saúde mental. Aconselhamento nas Crises Geralmente, o aconselhamento dos pastores deve estar limitado a crises de curto prazo. Dar apoio e encorajamento para os membros que estão enfrentando decisões difíceis ou estresse em sua vida é parte do ministério.

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Embora os pastores ofereçam

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134 | Guia Para Ministros Ouça. O ato de ouvir mostra ao aconselhado que alguém se preocupa com ele. Falar de problemas com alguém que tem outra perspectiva ajuda a esclarecer a questão para o aconselhado. Ao verbalizar seus sentimentos, as pessoas se deslocam das respostas emocionais para um nível mais racional de pensamento, e começam a descobrir respostas para si mesmas. Um ouvir atencioso também esclarece o problema para o conselheiro. No caso de problemas relacionais, todavia, evite assumir que aquilo que apenas uma pessoa diz fornece uma completa e precisa compreensão do problema. Concentre-se nas soluções. Gaste o tempo de aconselhamento na busca de soluções e não em repetir os problemas. Algumas pessoas tendem a repetir várias vezes o problema, querendo apenas simpatia, e resistem a qualquer ajuda no sentido das soluções. Mesmo assim, não tente resolver os problemas das pessoas. Esclareça e defina o problema real e ajude-as a trabalhar no sentido de encontrar uma solução. Oriente na escolha de um plano. As pessoas aconselhadas acharão mais fácil concentrar-se na solução, se puderem ver várias opções. Ajude-as a decidir qual a melhor opção e faça um plano para colocá-la em prática. A tarefa do pastor deve ser encorajá-las a pôr em prática sua própria decisão. Se o aconselhado não seguir o plano definido, será mais sábio questionar o gasto adicional de tempo em aconselhá-lo. Ore com os aconselhados. Oração focaliza a atenção do aconselhado na fonte mais segura, mais duradoura de ajuda, mediante compromisso de sua vida com o serviço e a vontade de Deus. Pratique a confidencialidade. A confidencialidade não é somente ética, mas uma exigência legal. Todavia, em algumas situações, há exigências legais de relatar certas atividades que o consulente possa revelar numa sessão de aconselhamento, tais como abuso de idosos ou crianças, etc., a fim de evitar a prática de certos crimes. Os conselheiros também podem ser responsabilizados por falhar em advertir acerca de uma ameaça contra a vida de alguém.

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Aconselhamento Partilhado Profissionais. Em algumas congregações pode haver membros profissionalmente capacitados em alguma área de aconselhamento. O pastor pode explorar essas especialidades e valer-se de tais pessoas não apenas para consultar os aconselhados, mas também para capacitar os membros dispostos a partilhar as necessidades de aconselhamento da igreja. Congregação. Os membros da igreja têm a responsabilidade cristã de assistir outros membros. “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6:2). Alguns na congregação podem já ter enfrentado e resolvido problemas que os consulentes estão vivendo. Os grupos de apoio são úteis quando pessoas com necessidades semelhantes não apenas partilham e buscam soluções para seus problemas, mas oram e apoiam-se umas às outras. Além disso, um centro de recursos da igreja pode providenciar livros, panfletos e apresentações em vídeo com informação prática e orientações sobre como lidar com problemas típicos.

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A Comunidade Eclesiástica As comunidades eclesiásticas resultam de indivíduos que respondem ao chamado de Deus para fazer parte de Seu povo e edificar Seu reino. Embora o culto coletivo possa ser a mais visível e mais frequentada atividade de grupo da igreja, ele certamente não é o único empreendimento. A diversidade de interesses e dons espirituais na igreja não é acidental. Assim, os vários grupos se reúnem naturalmente em torno de diferentes atividades e ministérios da igreja. A fim de atender a essa necessidade, esforço contínuo e consciente precisa ser feito para criar uma rede de atividades nas quais os membros sejam atendidos, e aqueles de fora da comunidade da igreja também sejam atraídos. O amor cristão produz unidade. “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). “Quando houver ação harmoniosa entre os membros individuais da igreja, quando houver manifesto amor e confiança de um irmão para com outro, haverá proporcional força e poder em nossa obra, para a salvação dos homens” (Testemunhos Para Ministros, p. 188). Comunicação com os Membros O companheirismo cresce quando as pessoas mantêm coisas em comum. Algumas pessoas vão à igreja não tanto por razões doutrinárias, mas para encontrar um sistema de apoio cristão. Por outro lado, outras pessoas deixam de frequentar a igreja, não por que descreiam das doutrinas, mas por não encontrarem o apoio e companheirismo que buscam. A boa comunicação entre os membros facilita melhor compreensão e convivência entre eles, aumentando o companheirismo.

Boletim semanal da igreja. Os boletins impressos da igreja proporcionam o resumo dos programas do sábado, anúncios e informações referentes ao programa da igreja durante a semana, e informações padronizadas como a lista da equipe diretiva da igreja, meios de contato e um resumo das doutrinas. Os boletins contêm ainda uma seção própria para comunicação de informações e necessidades ao pastor. Uma seção ou página do boletim pode incluir artigos de interesse das crianças, apresentando um quebra-cabeça para resolver, um desenho para colorir ou um esboço de sermão que estimule fazer anotações. Telefone. Sistemas de mensagens telefônicas automáticas apresentam muitas opções de comunicação. Quando a rápida comunicação de uma mensagem pré-gravada se torna necessária, a transmissão eletrônica é rápida e eficiente. Porém, os membros organizados em sistema de ramais telefônicos dão um toque mais humano. Os celulares também podem ser instrumentos úteis. Jornal informativo da igreja. Algumas igrejas têm o hábito de fazer jornais informativos mensais. Eles ajudam os membros a se manter atualizados com o programa da igreja, seus planos e atividades, e também são um meio de comunicação de itens que podem ser de natureza mais secular do que aqueles ajustáveis à programação de sábado pela manhã. Esses boletins podem ser distribuídos pelo correio ou por e-mails (estes são muito menos dispendiosos e não consomem muito tempo). Enviar uma carta via correio pode também ajudar a manter atualizados os endereços dos membros. Ademais, o site da igreja pode ser um dos mais eficientes e econômicos meios de comunicação. Mensagem de saudação do pastor. Ela pode incluir um desafio espiritual, palavras de estímulo, um relatório das atividades da igreja ou uma história inspiradora. Mas precisaria ser breve e atraente.

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138 | Guia Para Ministros Calendário. Um calendário contendo as atividades a ocorrer durante o mês não apenas serve como lembrete do horário desses eventos, mas também ajuda a despertar o interesse em comparecer. Visto que alguns podem levar esse calendário para casa para não perder tais atividades, ele deveria ser preparado num formato atrativo. Você até poderá incluir nesse calendário os títulos dos sermões. Isso prepara os adoradores para o tema do dia, e pode também ajudar a despertar o interesse de assistir e convidar visitantes. Notícias. As notícias dos eventos da igreja e os pessoais são de interesse dos membros, incluindo assuntos como casamentos, nascimentos, dedicações de crianças, batismos, formaturas, aniversários, enfermidades e mortes. Uma lista de aniversariantes anima os membros a enviar congratulações e a fazer planos para a comemoração conjunta. A exatidão das notícias deve ser confirmada antes da publicação e, no caso de enfermidades, aqueles que estão enfermos devem ser consultados antes da divulgação. Assuntos para crianças e jovens. Informações referentes às realizações de crianças e jovens, particularmente as escolares, atraem a atenção de boa audiência e mantém a familia da igreja informada sobre o desenvolvimento de suas crianças. Quando possível, fotos acompanhando os eventos publicados e informações dão vida à história. Isso também comunica aos mais jovens o amoroso e cuidadoso interesse de sua família da igreja. A página das crianças com enigmas, quebra-cabeças bíblicos e jogos amplia o interesse no boletim informativo. Anuário da igreja. O anuário da igreja desenvolve e estimula efetivamente o companheirismo na comunidade eclesial, especialmente quando é ilustrado. A publicação dos nomes dos membros da igreja faz com que eles se tornem mais familiarizados uns com os outros. Uma boa ocasião para publicar o anuário é após as eleições na igreja e durante o planejamento para o ano seguinte.

A Comunidade Eclesiástica | 139

Ministérios em Grupos “A formação de pequenos grupos, como uma base de esforço cristão, é um plano que tem sido apresentado diante de mim por Aquele que não pode errar. Se houver grande número na igreja, os membros devem ser divididos em pequenos grupos, a fim de trabalharem não somente pelos outros membros, mas também pelos descrentes” (Evangelismo, p. 115). O interesse na formação de tais ministérios em grupos pode variar amplamente em diferentes localidades. Interesse e criatividade abrirão oportunidades a inúmeras possibilidades para o trabalho da igreja e a irmandade. A lista seguinte inclui algumas das mais comuns categoriais de pequenos grupos. Grupos de oração. A tradicional reunião noturna de oração no meio da semana, conhecida como a mais antiga tradição de ministério

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Pode ser incluído um resumo do programa anual, contendo estes itens: • Declaração de missão da igreja. • Um resumo histórico da igreja. •U  ma mensagem do pastor, que pode incluir os objetivos para o novo ano. • Horário das reuniões de sábado, incluindo cerimônias de comunhão. • Eventos especiais, seminários, programas, e quando serão realizados. • Nomes dos oficiais da igreja. • Horários regulares das reuniões de comissões. • Datas de aniversário dos membros (omitir o ano do nascimento). • Itinerário do pastor. • Números de telefones e e-mails mais usados. •N  omes dos líderes da Associação/Missão (administradores e diretores de departamentos). •E  ndereços e número dos telefones de instituições locais, empresas ou instituições dirigidas por membros da igreja.

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140 | Guia Para Ministros de grupo, permanece como ideal para muitos. Porém, a programação e os formatos podem não se ajustar bem ao interesse de muitos que gostariam de estar presentes a, por exemplo, um desjejum de oração, antes de ir para o trabalho. Outros podem querer um grupo de oração na hora do almoço. Estimular várias ocasiões e opções para o ministério da oração aumentará grandemente a participação. Grupos de estudo da Bíblia. O mais antigo grupo de estudo da Bíblia nos círculos adventistas é o estudo da lição nas unidades da Escola Sabatina. Estendendo-se convenientemente além da reunião de sábado pela manhã, esse companheirismo funciona como um pequeno grupo ideal para a descoberta das necessidades de seus membros. Como ocorre com os grupos de oração, outros também podem frequentar os gupos de estudos bíblicos em outros locais, dias e horas durante a semana. Alguns grupos podem se desenvolver tendo como base assuntos de interesse comum, laços de amizade ou conveniência de horários e localidades. Grupos de seminários e apoio. As pessoas tendem a mostrar interesse em frequentar a igreja depois de eventos como casamento, nascimento de uma criança, mudança de residência, divórcio, morte de um ente querido e outros pontos de mudança de vida. Tais pessoas podem ser facilmente atraídas para assistir a um programa regular de seminários sobre vida familiar, classes de pais, encontro de casais e muitos outros programas versando sobre atendimento a necessidades espirituais, mentais e físicas. A base da sociedade sempre foi a família, tanto a família biológica como a família da igreja e da comunidade. Deus criou a família no Jardim do Éden e lhe ordenou: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a” (Gn 1:28). Enriquecer o casamento e a família não apenas cumpre essa responsabilidade, como também fortalece a igreja. Evangelização e serviço à comunidade. Depois de se fazer uma pesquisa sobre necessidades e interesses da comunidade, pequenos

grupos podem ser formados para desenvolver companheirismo e instrução direcionados a essas necessidades. Nem todos os membros são dotados ou se empenham no mesmo tipo de ministério. Aqueles que têm os mesmos talentos e interesses podem multiplicar sua efetividade num esforço conjunto. A Sociedade de Dorcas é um dos mais antigos grupos nessa categoria. As opções de serviço são vir­ tual­mente ilimitadas, tais como formar grupos que reúnam famílias com crianças para recreação e companheirismo, jardinagem, conserto de automóveis, visitação a idosos e doentes, entre outras opções. Reuniões sociais. A força do companheirismo pode ser encontrada numa refeição conjunta, num recital ou num piquenique. Reuniões sociais não necessitam ter qualquer motivo especial para ser desfrutadas. Fomos criados como seres sociais e a celebração dessa índole concedida por Deus é razão suficiente para o companheirismo. Programas da escola, igreja e comunidade são ocasiões ideais para essas reuniões. Recreação e passatempos. Alguns gostam de correr. Outros gostam de caminhar. Outros, de nadar. Ainda outros apreciam atividades esportivas. Há pessoas que gostam de colecionar selos, de jardinagem, costurar, ou observar pássaros. A lista é ilimitada. Mas a maioria aprecia envolver-se nessas atividades com outras pessoas. O companheirismo na igreja deve ser amplo o suficiente para unir as pessoas nessas atividades e assim aprimorar o gozo do companheirismo cristão. Uma igreja acolhedora. Quando visitantes vão à igreja, eles estão procurando algo, e a sua frequência à igreja se torna uma oportunidade e uma responsabilidade de ajudá-los a achar o que procuram. Os programas da igreja devem ser planejados com a intenção e a compreensão de que os visitantes estarão presentes. Embora seja bom e apropriado saudá-los à entrada, a hospitalidade pode ir bem além das portas. Ajuda para encontrar vaga no estacionamento pode ser

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A Comunidade Eclesiástica | 141

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142 | Guia Para Ministros necessária em igrejas maiores. Quando o tempo é inclemente, cuidado especial deve ser dispensado para manter as pessoas secas e aquecidas enquanto saem do veículo para entrar na igreja. As crianças devem ser encaminhadas para sua divisão própria na Escola Sabatina, e os nomes dos convidados anotados no livro de visitas. Embora genuíno afeto e companheirismo não possam ser organizados nem fabricados, a existência de um plano que os permita fluir de maneira fácil e confortável deixará os visitantes à vontade e estimulados a participar do companheirismo da igreja. Os almoços de confraternização. Os almoços sabáticos de confraternização proporcionam aos convidados hospitalidade e companheirismo por parte dos membros da igreja. Nem todos os membros desejarão participar de um almoço assim toda semana, mas, dividindo-se os membros em equipes dentro de um sistema de rotatividade, a responsabilidade se torna uma alegria e um privilégio. Promoção de Programas Para tirar proveito do amplo conjunto de atividades e programas disponível, é necessário fazer escolhas que se ajustem à missão da igreja. Também é preciso planejar as várias atividades, de tal modo que não prejudiquem o sucesso umas das outras ou cansem os membros com muita promoção. No entanto, sem promoção, poucos se tornarão cientes das atividades e isso resultará em falta de participação. O que é promovido é apoiado. A questão não é promover, mas como promover. Planejamento de programas. Ao fazer os planos anuais para a igreja, reúna-se com a comissão da igreja e prepare o calendário que inclua os principais programas. Então, através dos vários meios de comunicação disponíveis, mantenha os membros interessados nos eventos futuros, com o apropriado tempo para prepará-los. Os detalhes são mais fáceis de entender quando escritos e repetidos.

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Faça com que as informações estejam disponíveis através do boletim da igreja e do jornal informativo da igreja, ou talvez com um dispositivo de metas visível na igreja. Promoção no culto. Visto que o culto sabático é geralmente a reunião mais assistida da igreja, as pessoas responsáveis pelos vários programas podem divulgá-los durante o momento dos anúncios. As atividades de alguns departamentos podem ser promovidas durante todo o culto. Embora evitando o excesso promocional, deve ser lembrado que o trabalho da igreja se desenvolve como resultado do culto. A promoção nunca deve estorvar a espiritualidade, mas as atividades da igreja como Escola Cristã de Férias, Sábado dos Desbravadores ou de Liberdade Religiosa podem muito bem ser realizadas de modo a trazer benefício espiritual a todos os membros.

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Finanças da Igreja A mordomia cristã como princípio bíblico ensina que a vida é uma oportunidade dada por Deus para aprendermos a ser fiéis mordomos nos assuntos temporais, sendo assim preparados para exercer a mordomia mais elevada nos assuntos eternos. Esse foi o princípio ensinado por Jesus na parábola dos talentos: “Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25:21). Dízimos e ofertas não devem ser resposta a campanhas de levantamento de fundos para a igreja, mas um reconhecimento voluntário do senhorio divino em todas as coisas e de Suas bênçãos sobre Seu povo. Motivação Para Dar Motivação do evangelho. As pessoas dão quando são motivadas pela graça de Deus e o dom da salvação. As despesas da igreja devem ser atendidas por aqueles cujo coração foi transformado, não por persuasão humana, mas pelo evangelho. A maior motivação é o amor. A pessoa agradecida tem um coração generoso. Ato de adoração. As pessoas entregam suas oferendas como um ato de adoração. Qualquer outro motivo, como medo, culpa ou tentativas de obter favores, desvirtua e distorce a vontade de Deus. Apoio à missão. As pessoas serão liberais, se entenderem e crerem na missão da igreja, e veem que seu apoio faz avançar tanto a missão local como a mundial. “A doação sistemática não se deveria tornar compulsão sistemática. É a oferta voluntária que é aceitável a Deus” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 396).

Maneiras de Doar Doação sistemática. Como acontece no âmbito pessoal, o modo mais efetivo de cuidar das finanças da igreja é ter um plano e um orçamento. Mediante cuidadoso planejamento com antecedência, a obra da igreja no lar e ao redor do mundo funciona eficiente e efetivamente. Com esse plano transmitido à membresia da igreja, as pessoas são capazes de fazer sábias escolhas nas doações. A doação sistemática através de um sistema de ofertas é a maneira ideal de apoiar os ministérios da igreja. “Fazer apelos urgentes não é o melhor plano para levantar recursos” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 511). Doações pospostas. Os planos de mordomia de longo prazo devem também incluir informações com respeito a testamentos e legados, estimulando assim os membros a deixar uma doação para a igreja em seu testamento ou legado. Projeto de doações. De vez em quando, surgem necessidades e projetos especiais, e apelos devem ser feitos solicitando o apoio da igreja. Conquanto uma necessidade ocasional seja frequentemente oportunidade para dar, apelos reiterados debilitam a missão mais ampla da igreja e dirigem os fundos de maneira desequilibrada para os projetos que têm melhor apresentação ou mais forte atratividade emocional. Doações por impulso. Quando necessário, alguém pode doar por impulso. Mas, assim como o impulso retira dos fundos pessoais de alguém, ele pode conduzir a um esgotamento de finanças que poderiam ter sido usadas mais sabiamente. Cuidado no Gerenciamento dos Fundos da Igreja Os pastores devem ser vistos como modelos da mordomia cristã cuidadosa e fiel, que promove um gerenciamento financeiro sólido na igreja. Embora reconhecendo as ofertas como fruto de adoração a Deus, elas precisam ser administradas de maneira que Ele possa

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146 | Guia Para Ministros aprovar. Os membros da igreja que possuem habilidades de administração financeira e contábil devem ser convocados para supervisionar o manuseio de fundos da igreja. Controle interno. Um sistema de controle interno reduz o risco de desvio de ativos, remove a tentação desnecessária, melhora a precisão dos registros financeiros e protege tesoureiros e pastores de falsas acusações. As ofertas devem ser contadas por duas ou mais pessoas sem ligação com a tesouraria, e registradas separadamente por elas. Todos os fundos têm necessidade de ser registrados nos livros da tesouraria, e ninguém deve tomar empréstimos das ofertas. Despesas incursas no orçamento aprovado devem ser reembolsadas pelo tesoureiro após a entrega dos recibos devidos, declarando que fundo deve ser debitado e a quem elas deveriam ser pagas. Despesas não incluídas no orçamento devem ser aprovadas pelo tesoureiro ou pela comissão da igreja, dependendo das importâncias preestabelecidas. Tesoureiro de igreja. A primeira responsabilidade do tesoureiro é com a comissão da igreja. O tesoureiro reporta-se à comissão para aprovação de relatórios financeiros regulares e claros. Algumas igrejas podem ter uma comissão financeira, que fornece orientações ao tesoureiro, mas essa comissão também deve estar sujeita à comissão da igreja. O pastor também deve trabalhar em conjunto com o tesoureiro, mas, como a comissão financeira, está sujeito à comissão da igreja em matérias financeiras. Além dos relatórios à comissão, o tesoureiro também tem a responsabilidade de prestar relatório à igreja na reunião de negócios. A comissão pode votar certos fundos a ser usados a critério do pastor, mas os pastores não estão livres para usar os fundos da igreja fora desses parâmetros. Preparo de orçamentos. O planejamento do programa anual da igreja tem de preceder à preparação do orçamento. Essa providência evita que o orçamento se baseie em “progresso circular” – usando o programa do ano anterior para determinar o novo programa e

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Declaração de Compromisso Pessoal com a Integridade e Transparência Financeira da Igreja O papel da liderança é crítico para o desenvolvimento da confiança dos membros em sua igreja e no fortalecimento de seu relacionamento com Deus. É responsabilidade da liderança da igreja ser transparente e crível em todas as suas lides. O apóstolo Paulo proporciona um exemplo bíblico desse tipo de liderança: “E, com ele, enviamos o irmão cujo louvor no evangelho está espalhado por todas as igrejas. E não só isto, mas foi também eleito pelas igrejas para ser nosso companheiro no desempenho desta graça ministrada por nós, para a glória do próprio Senhor e para mostrar a nossa boa vontade; evitando, assim, que alguém nos acuse em face desta generosa dádiva administrada por nós; pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só perante o Senhor, como também diante dos homens” (2Co 8:18‑21). Ellen G. White declara, no contexto do trato com os dízimos e

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também o orçamento. O orçamento deve ser votado na reunião administrativa, na qual todos os membros têm oportunidade de expressar seus pontos de vista e aceitar a propriedade do plano. Um modelo simples de orçamento é fornecido no Manual da Igreja. Obrigações da igreja. As diretrizes referentes à incorrência de débitos pela igreja são dadas no Manual da Igreja. Seguir cuidadosamente as orientações ajuda a prevenir o endividamento da igreja em longo prazo. A implementação dessas recomendações promove condições financeiras saudáveis, conducentes ao prosseguimento da missão da igreja no mundo. Compromisso. A seguinte Declaração de Compromisso Pessoal com a Integridade e Transparência Financeira da Igreja, votada pelo Concílio Anual da Associação Geral em 2002, deve ser lida e assinada por todas as pessoas em posição de liderença na igreja.

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148 | Guia Para Ministros o aspecto financeiro da liderança da igreja, que “aqueles em cargos de responsabilidade devem agir de tal modo que as pessoas tenham firme confiança neles. Esses homens não deveriam temer levar a público tudo o que diz respeito ao gerenciamento da obra” (Manuscript Releases, v. 13, p. 198). A liderança da igreja considera-se responsável diante de Deus, de Sua igreja e das orientações publicadas da igreja quanto à utilização dos recursos financeiros. Assim, a igreja está comprometida com a integridade e a liderança transparente, o que estimulará a confiança em Deus e em Sua igreja. É responsabilidade da liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia prover informações referentes aos movimentos financeiros da organização, de modo que sejam claras e compreensíveis. Detalhes concernentes ao indivíduo e suas finanças devem ser respeitados e mantidos em confidencialidade. Todos os outros procedimentos e informações financeiras apropriadas das organizações da igreja, devem ser reportados regular e completamente aos respectivos grupos organizacionais constituídos. Reconhecendo que a igreja me confiou uma função de liderança, aceitando minha participação como modelo para outros membros, e reconhecendo minha responsabilidade perante Deus e a igreja, confirmo a Declaração de Compromisso Pessoal Com a Integridade e Transparência, e conservarei esse documento como lembrete de meu compromisso pessoal. Assinatura: _ __________________________________________ Organização: __________________________________________ Data: ________________________________________________

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Instalações da Igreja Falando tecnicamente, um edifício pode ser chamado

Instalações Existentes Os diáconos estão encarregados de cuidar do prédio da igreja. Embora trabalhadores de manutenção e segurança possam ser empregados para cuidar das instalações, os diáconos devem assumir a responsabilidade de supervisionar esse trabalho. Instalações em estado precário não são atraentes aos visitantes e à comunidade próxima, e causam impacto negativo sobre a percepção externa da igreja. As pessoas facilmente podem se tornar tão acostumadas à aparência do edifício, que os cuidados e a manutenção necessários são passados por alto. Normalmente, as igrejas não são atraentes, não tanto por causa de serem antigas ou não tão bem construídas, mas em virtude da manutenção deficiente. Ordem, limpeza e bom gosto na decoração devem ser cuidadosamente observados. Os diáconos e outros líderes da igreja necessitam vistoriar periodicamente o edifício, como se fossem visitantes

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de uma estrutura física. Todavia, com a passagem do tempo, o prédio de uma igreja consagrada assume um significado maior do que meramente uma construção. O investimento de finanças e esforço pessoais, as experiências de companheirismo e adoração, as dedicações de crianças, batismos, formaturas, casamentos, funerais e a experiência espiritual da congregação, tudo contribui para amar e respeitar as instalações muito além de sua simples estrutura. Como o lar físico da congregação, o prédio da igreja deve ser tratado com cuidado e respeito.

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150 | Guia Para Ministros tendo sua primeira impressão das instalações. Uma lista de itens a ser conferidos ajuda na avaliação. Os itens considerados incluem terreno, placas, acabamento exterior, hall de entrada, decoração interior, banheiros, proteção contra incêndios e outros. As instalações da igreja devem ser seguradas de acordo com a orientação da Associação/Missão. Instalações Alugadas Às vezes, congregações adventistas acham necessário alugar prédios. Visto que o uso adventista do edifício da igreja acontece, maiormente no sábado, existe a oportunidade de partilhar o uso com aqueles que usam basicamente a igreja aos domingos, seja alugando para esses grupos, ou deles mesmos. Se bem que alugar instalações de outras igrejas seja uma solução temporária para congregações adventistas em transição, os membros normalmente veem isso, em longo prazo, como uma providência insatisfatória. Com o passar do tempo, o desejo e a conveniência de ter sua própria igreja leva a congregação a adquirir uma propriedade. Porém, se outro grupo da igreja na comunidade perdeu seu lugar de adoração, permitir-lhes ou mesmo convidá-los a alugar uma igreja por certo período de tempo, pode ser a coisa mais cristã a fazer. Em tais circunstâncias cada parte do contrato de aluguel deve ser claramente registrada num documento legal obrigatório, assinado pelos inquilinos e pelo departamental da Associação/Missão designado para cuidar das propriedades da igreja e com a aprovação da Associação/ Missão. O advogado da Associação/Missão deve ajudar na elaboração desses documentos. A renda do aluguel pode ser passível de taxação sob certas circunstâncias. Esteja certo de que a empresa seguradora da igreja tenha conhecimento desse contrato de aluguel e tem plano de cobertura. Os locatários devem fazer um seguro para cobertura para a eventualidade de um acidente enquanto estão alugando a propriedade.

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Novas Instalações Por várias razões, de vez em quando as igrejas precisam se mudar para nova localidade. Nessa situação, elas devem consultar a liderança da Associação/Missão local. A congregação pode ter crescido de tal modo que seja forçada a procurar instalações maiores, ou implantar uma nova igreja. Pode estar procurando atender melhor aos frequentadores, ou talvez tenha perdido a posse da propriedade. Essa transição pode ser realizada quer pela construção de novas instalações ou pela aquisição de uma já existente. Qualquer que seja o caso, os assuntos tratados na decisão são quase os mesmos. Centralidade e acessibilidade. Um estudo demográfico vai avaliar se o terreno está bem localizado entre as pessoas a quem a igreja planeja ganhar e servir, focalizando-se mais nas pessoas a serem alcançadas do que nos membros atuais. As questões a serem consideradas incluem padrões de crescimento, estabilidade da vizinhança, disponibilidade de transporte público e área de estacionamento. A correta localização pode tornar as instalações da igreja utilizáveis nos dias de semana como creche ou clínica médica, lugar para seminários, aconselhamento e outros programas. Visibilidade. Um edifício atraente e bem visível numa rua movimentada é uma propaganda constante e positiva da igreja e o que ela representa.

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Aluguel de edifícios em longo prazo para outras igrejas ou organizações deve ser tratado com cautela. As práticas e reputação de alguns grupos podem afetar tanto o nível de conforto da congregação quanto a visão da comunidade. Esses aluguéis podem levar a mal-entendidos, produzir gastos extras nos edifícios e aumentar os custos de manutenção e utilidade. As congregações que alugam suas igrejas a fim de conseguir rendas adicionais ficam frequentemente desapontadas com os resultados.

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152 | Guia Para Ministros Acessibilidade. Conquanto seja importante trabalhar dentro de uma variedade do que a congregação possa dispor, permitir que os custos excedam a todas as outras considerações expõe um método míope de planejamento. Construir uma igreja em um lugar pobre, porque o terreno foi doado ou adquirido a baixo preço, pode ser, no final das contas, mais dispendioso do que erigir a igreja em um terreno melhor. Tamanho. Um edifício muito pequeno não deixa lugar para expansão; instalações muito grandes exigem manutenção dispendiosa. Os planos de longo prazo da congregação precisam ser levados em consideração. O potencial para outras instalações no local deve ser discutido, tais como uma escola, um centro de serviços à comunidade e instalações recreativas. Restrições. Regulamentações de zoneamento, acordos e restrições de construção são coisas que precisam ser cuidadosamente pesquisadas e registradas. Na organização adventista, as propriedades da igreja precisam ser mantidas em nome de uma instituição legal criada pela Associação/Missão para esse propósito. A transferência de propriedade deve ser feita com a ajuda de um advogado ou outro profissional credenciado, ou entidade reconhecida pela legislação local e licenciada na jurisdição da propriedade. Projeto Atraente. O equilíbrio entre atratividade e extravagância no projeto deve ser cautelosamente mensurado. “Orgulho vão, que é exibido em vistosos adornos e ornamentos desnecessários, não agrada a Deus. Mas Aquele que criou para o homem um mundo formoso e plantou um lindo jardim no Éden, com toda variedade de árvores frutíferas e ornamentais, que decorou a Terra com as mais encantadoras flores de inúmeras espécies e matizes, deu provas tangíveis de que Ele Se agrada com o que é belo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 258).

Funcionalidade. Além da funcionalidade para a adoração, devem ser considerados outros serviços que o edifício pode oferecer. Ampla provisão deve ser feita para reuniões sociais e necessidades evangelísticas da igreja, bem como as das crianças e da juventude. Um bom arquiteto deve ser contratado para evitar futuros desapontamentos com o projeto de um edifício tido como belo e funcional. As necessidades dos adoradores com deficiências devem ser consideradas. Flexibilidade. O estilo tradicional de bancos fixos e piso inclinado torna o uso do templo inviável para qualquer tipo de atividade, exceto uma palestra ou reunião do tipo de um concerto. Bancos permanentes para corais na galeria também inibem o uso desse espaço para outros propósitos. Uma audiência pequena num grande salão abafa o entusiasmo e torna a reunião um fracasso. Quando o tamanho do salão é compatível com o tamanho da audiência, o espírito do encontro é grandemente aumentado. O templo ideal tem partes que podem ser abertas ou fechadas, dependendo do tamanho da audiência. Salas menores para grupos menores servem como classes da Escola Sabatina. A amplificação de som deve ser flexível. Música e pregação tendem a competir uma com a outra em suas necessidades sonoras. A acústica deve ser boa o suficiente para que a música seja brilhante e as pessoas cantem com entusiasmo, mas atenuada o bastante para que a pregação não crie eco desagradável. Devem ser tomadas providências para um sistema atrativo de projeção de vídeos, sem a necessidade de elevar ou baixar o equipamento de projeção. Projetado para adoração e companheirismo. Até poucos anos atrás, os templos costumavam ser longos, retangulares e estreitos, separando assim os adoradores uns dos outros e de seus líderes no culto. Parte da adoração compreende companheirismo, pessoas reunidas umas com as outras e com Deus. Idealmente, os templos

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154 | Guia Para Ministros deveriam ser projetados para que os adoradores fiquem bem juntos uns dos outros e próximos de seus líderes. Normalmente localizado no centro da plataforma, o púlpito das igrejas adventistas enfatiza a centralidade da pregação da Palavra no culto.

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Disciplina Eclesiástica disciplina na igreja. Deus os identifica como “atalaias” no livro de Ezequiel: “A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca e lhe darás aviso da Minha parte. Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniquidade, mas o seu sangue Eu o demandarei de ti. Mas, se falares ao perverso, para o avisar do seu caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, morrerá ele na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma” (Ez 33:7-9). A disciplina na igreja requer delicado equilíbrio entre a firmeza de princípios, a concessão do perdão e amorosa bondade. “Precisamos guardar-nos contra a indevida severidade no trato com os que erram; mas precisamos também ser cuidadosos para não perder de vista a excessiva malignidade do pecado. Há necessidade de mostrar-se paciência e amor semelhantes aos de Cristo pelo que erra, mas há também o perigo de se mostrar tão grande tolerância pelo seu erro que ele se considerará não merecedor de reprovação e a rejeitará como inoportuna e injusta” (Atos dos Apóstolos, p. 503, 504). A Importância da Disciplina Em uma sociedade permissiva, a igreja precisa reconhecer que os padrões não obrigatórios são desprezados. Na disciplina da igreja, dois extremos são frequentemente praticados: negligência da parte de alguns e aspereza e severidade por parte de outros. Mas nenhum

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Os pastores e as congregações são responsáveis pela

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156 | Guia Para Ministros desses dois extremos consiste de uma justificativa para falhar no exercício da disciplina na igreja. A disciplina é essencial para preservar a integridade da igreja. Propósito da Disciplina A disciplina deve ser considerada não um ato de punição, mas uma tentativa de restaurar as pessoas ao discipulado. A disciplina funciona como salvaguarda da igreja, a fim de preservar a pureza da doutrina e do comportamento em seus membros. A disciplina honra a Cristo. “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6:1, 2). A disciplina restaura pecadores. O Bom Pastor deu prioridade a uma ovelha que estava perdida. Ele foi atrás dela não para culpá-la ou puni-la, mas para levá-la de volta ao aprisco. O ato de disciplinar deve ser um meio de alguém que está desviado voltar ao rebanho. A disciplina revela cuidado. O amor precede o castigo. Deus diz: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Ap 3:19). Administrando a Disciplina O Manual de Igreja trata extensivamente da disciplina, expondo definições, causas e procedimentos a serem seguidos. Sem repetir essas informações em detalhes, as seguintes diretrizes proporcionam conselhos na direção do processo de disciplina na igreja. Siga o Manual da Igreja. O Manual da Igreja representa a compreensão adventista dos princípios bíblicos de disciplina e sua sabedoria, desenvolvidos através de experiência e discussão. Ignorar o Manual significa ir na contramão da posição oficial da igreja mundial. Use-o tanto como guia e também como proteção para

aqueles que precisam lidar com assuntos disciplinares. A falha em seguir esses procedimentos pode, em alguns casos, ser passível de responsabilidade legal. Enfatize o perdão. As pessoas que são disciplinadas podem ver esse processo como rejeição e punição, antes que uma tentativa de restauração. Podem achar difícil crer que Deus as perdoa quando os membros da igreja aparentemente não o fazem. Assim, qualquer ato de disciplina precisa ser acompanhado da ênfase no perdão. “Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe” (Lc 17:3, 4). “Se seus irmãos erraram, você tem de perdoá-los. Você não deveria dizer, como alguns o tem feito, que deveriam saber melhor do caso: ‘Não acho que eles sentem suficiente humilhação. Não penso que eles sentem sua confissão.’ Que direito tem você de julgá-los, como se lhes pudesse ler o coração?” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 15, p. 184). Disciplina bíblica. As palavras de Jesus registradas em Mateus 18:15-17 esboçam o procedimento a ser seguido no trato com o pecado na igreja. Primeiramente, dirija-se à pessoa e trate do assunto diretamente com ela. Se isso não resolver, faça-se acompanhar de uma ou duas testemunhas. Se o problema persistir, leve o assunto à igreja. Se o culpado não ouvir a igreja, considere-o como excluído da igreja. “Nenhum oficial da igreja deve aconselhar, nenhuma comissão recomendar e igreja alguma votar a eliminação dos livros do nome de alguém que haja cometido falta, sem que as instruções de Cristo a esse respeito sejam fielmente cumpridas” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 262). Sob certas circunstâncias, existe o risco de integridade física; nessas ocasiões, pode ser desaconselhável para a parte agravada ir sozinha em busca da solução. Disciplina no tempo certo. Enfrentar o pecado com prontidão pode levar ao arrependimento. Todavia, por causa da aversão ao

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158 | Guia Para Ministros confronto, o assunto pode não ser tratado até que meses ou mesmo anos se passem. Então, quando o indivíduo pede transferência para outra congregação, a igreja nega a carta de recomendação com base no que aconteceu muito tempo antes. A igreja, indisposta a agir quando o pecado se tornou claro, coloca-se a si mesma numa posição negligente e implacável. “Não se deve recorrer a medidas drásticas ao se lidar com os que erram; medidas mais suaves produzirão muito mais efeito. Depois de todos os melhores meios terem sido tentados sem sucesso, espere pacientemente e veja se Deus não mudará o coração do errante” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 15, p. 197). Disciplina voluntária. Se a disciplina parecer inevitável, o ofensor, tendo oportunidade, poderá escolher retirar-se voluntariamente. Sob tais circunstâncias, isso poupa discussão pública desnecessária sobre o assunto e constrangimento ao indivíduo. A disposição pessoal do ofensor em retirar-se da igreja pode fazer com que ele se sinta menos rejeitado do que quando forçado a agir assim. Pode acontecer, entretanto, que seja necessário para a igreja assumir uma posição contra uma violação flagrante e conhecida dos padrões eclesiásticos. Isso deve ser feito de maneira firme, o mais bondosamente possível. Disciplina imparcial. A disciplina não deve ser baseada sobre quantos amigos ou que posição o ofensor tem na igreja e na comunidade. Aqueles que estão envolvidos com seu problema ou estejam intimamente associados com ele não devem participar da decisão do caso. Somente uma reunião administrativa da igreja está autorizada a tomar as decisões disciplinares finais. Defenda a confidencialidade. Numa reunião administrativa, os membros têm o direito de fazer perguntas detalhadas. Normalmente, porém, eles farão com que os detalhes constrangedores permaneçam com o grupo menor, tal como o de anciãos da igreja ou a

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comissão. O pastor não deve estar sozinho ao inteirar-se de todos os detalhes dos assuntos disciplinares. O procedimento no trato de tais matérias, esboçado em Mateus 18, declara que “pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça” (v. 16). A confissão pública tem seu lugar se a ofensa foi pública, mas a igreja deve recebê-la no espírito de perdão e aceitação, em vez de punição. Mantenha contato. Se bem que o objetivo da disciplina cristã inclua atrair o membro errante de volta à comunidade congregacional, às vezes um coração rebelde pode rejeitar os mais amáveis esforços de reconciliação. De vez em quando, membros atenciosos deveriam empenhar-se em manter contato com os membros afastados e fazer com que saibam que são lembrados e sua falta sentida. Isso pode ser especialmente importante quando a transgressão resultar em aprisionamento.

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A Escola da Igreja A igreja administra um sistema educacional para garantir que seus filhos possam receber uma equilibrada educação física, mental, espiritual, social e vocacional, em harmonia com os padrões e ideais denominacionais, tendo Deus como fonte de todos os valores morais e da verdade. O interesse da igreja inclui a restauração da imagem de Deus na humanidade, resultando num excelente desenvolvimento integral da pessoa, tanto para esta vida como para a vida futura. O verdadeiro conhecimento de Deus, o companheirismo e a amizade com o Senhor no estudo e no serviço, e a semelhança com Ele no desenvolvimento do caráter, são a fonte, os meios e o alvo da educação adventista. Escolas gerenciadas pela igreja farão seus melhores esforços para prover aos alunos uma educação dentro da moldura da ciência da salvação, incluindo a ordem fundamental dos processos de aprendizado, capacidades vocacionais, educação cívica e maturidade ética. Eles podem apontar para o alcance dos objetivos de dedicação espiritual, autorrealização, ajustamento social, autossuficiência econômica, responsabilidade cívica e missão e serviço mundiais, mediante ensino de alta qualidade centralizado em Jesus Cristo. A Importância da Educação Cristã O que a igreja faz com suas crianças é de importância suprema para Cristo, porque Ele instruiu Seus discípulos: “Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a Mim, porque dos tais é o reino dos Céus” (Mt 19:14). O apóstolo Paulo admoesta os pais: “Criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6:4). “No mais alto sentido, a obra da educação e da redenção são uma” (Educação, p. 30). Em algumas

A Escola da Igreja | 161

Promoção da Educação Cristã na Igreja Sábado Anual da Educação Cristã. Antes do começo do ano escolar, faça um culto sobre a educação cristã. Convide professores da escola da igreja a comparecerem perante a congregação para uma oração de dedicação. Os alunos da escola adventista e seus pais também devem ser incluídos nessa cerimônia de dedicação. Além desse sábado anual de educação, os estudantes individualmente e grupos da escola devem ser regularmente apresentados como parte do culto. Apoio de professores. Pastores e professores são parceiros no ministério. Os pastores devem se envolver com o programa da escola, visitando as salas de aula com frequência, ensinando classes bíblicas e participando dos programas e atividades da escola. As crianças em idade escolar são de interesse prioritário para o batismo. Trabalhando com os professores na condução de classes batismais e ênfase espiritual, capitalizarão na primeira idade o compromisso da vida das crianças com Cristo. Os filhos do pastor deveriam frequentar a escola da igreja, como indicação do apoio à escola por tarte da família pastoral. Creches. Muitos pais procuram um lugar bem qualificado e confiável para cuidar de seus filhos, enquanto eles vão trabalhar. A igreja e a escola podem ter instalações utilizáveis para esse propósito. Manter uma creche pode ser um mecanismo para fomentar a frequência à Escola Sabatina. As amizades resultantes e a boa vontade produzida provarão ser uma forte influência evangelística também para os pais. Educação religiosa paralela. Em ambientes onde a disponibilidade de escolas adventistas não existe, providencie-se um programa estrutural que reúna as crianças antes e depois da escola, ou nos finais de semana, para receber instrução bíblica e a nutrição espiritual que deveriam ter se houvesse uma escola disponível na igreja.

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congregações, o funcionamento da escola da igreja receberá a maior parte do orçamento da igreja, a fim de prover esse serviço vital às suas crianças.

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Batismo Em Suas derradeiras palavras aos discípulos, Jesus os instruiu a ir e fazer discípulos de todas as nações, com o batismo servindo como símbolo de união com o reino de Deus. Esse ritual sagrado de iniciação envolve ensino (Mt 28:20), arrependimento (At 2:38), fé (At 8:12), nova vida em Cristo (Rm 6:4) e companheirismo com Seu povo (At 2:46, 47). Como tal, esse evento se torna de magna importância tanto na vida do indivíduo como na da igreja, e deve receber o devido reconhecimento, digno do significado que ele representa. Dois compromissos são vivenciados no ritual do batismo: o candidato se entrega a Cristo e à Sua igreja, e a congregação se compromete a amar, proteger e envolver o candidato na igreja. Quando realizado como parte do culto sabático de adoração, deve-se dar ao batismo a maior importância para que os candidatos compreendam plenamente o significado do ato. Quando o batismo é feito como cerimônia separada, um breve sermonete sobre o significado da ordenança é proveitoso. Antes do Batismo Horário. O batismo requer uma decisão individual. A experiência de Filipe e o tesoureiro etíope indica o imediatismo da decisão pelo batismo. “Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco” (At 8:36-38).

Talvez não muitos batismos ocorram com tal imediatismo, dada a necessidade de preparações apropriadas, entre as quais um provimento suficiente de água. Contudo, a longa demora nesse preparo não é indicada no modelo bíblico. As igrejas não apenas devem agendar regularmente os batismos, mas também estar preparadas para realizar um batismo em curto prazo. Um horário regular e o planejamento dos batismos na igreja não apenas abrem caminho para aqueles que procuram esse sagrado rito, mas estimulam a igreja a alcançar pessoas para batizá-las. As igrejas devem planejar pelo menos um batismo a cada trimestre e as igrejas grandes poderiam fixar o batismo uma vez por mês ou mais. Local. O batismo consiste de um evento individual e comunitário. Familiares e amigos dos batizandos geralmente desejam celebrar o evento com eles. Embora muitos batismos ocorram no batistério da igreja, diante da congregação, alguns preferem ser batizados em outros lugares, como um rio ou lago. Outros preferem ser batizados sozinhos; outros, ainda, escolhem fazer parte de um batismo em massa de centenas e mesmo milhares de pessoas. Preparação das instalações. No preparo para a cerimônia batismal, o pastor, os diáconos e as diaconisas têm a responsabilidade de atender às necessidades físicas da ocasião. No batistério, a água deve ser provida e aquecida com antecedência. Um cuidado especial precisa ser tomado relativamente aos equipamentos elétricos próximos à água. Equipamentos de som e de vídeo, luzes e aquecedores precisam ser checados e instalados de tal modo que não sejam alcançados por aqueles que estão no batistério. Roupões batismais, toalhas e recintos para troca devem ser providenciados. Embora as instalações possam ser bastante diferentes nos batismos ao ar livre, o mesmo nível de cuidado e apoio tem de ser providenciado tanto quanto possível. Aqueles cujas deficiências demandem assistência ou mesmo transporte para a água talvez

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164 | Guia Para Ministros possam ser imersos sentados numa cadeira. Em situações médicas extremas, a cerimônia pode acontecer dentro de uma residência ou hospital, utilizando-se uma banheira. Preparação pessoal. Os procedimentos de batismo devem ser claramente ensaiados com os batizandos. Alguns ficam receosos de estar perante a congregação. Outros têm medo de ser submersos na água. A segurança com relação a essas questões é vital e importante para eles, e saber exatamente o que vai acontecer ajuda a aliviar essas preocupações. Traje batismal. Onde for possível, a igreja deve providenciar trajes batismais apropriados, como becas. São sugeridos roupões escuros, uma vez que os brancos são mais transparentes quando molhados. Pesos fixos nas bainhas evitam a flutuação do traje no momento da entrada na água. Os candidatos devem vestir roupas de baixo ou trajes de banho sob o roupão. Se não houver roupões disponíveis para o batismo, os candidatos devem levar um conjunto completo de roupa para vestir na hora do batismo. Autorização para batizar. O Manual de Igreja estipula: “Na ausência de um ministro ordenado, o ancião deverá solicitar que o pastor geral do Campo local tome as devidas provi­dências para a rea­lização do batismo dos que desejam unir-se à igreja.” A determinação de quem, além do ministro ordenado, pode ser autorizado a realizar um batismo é regida pelo Manual da Igreja e o Livro de Regulamentos da Associação Geral.18 Recebimento dos novos membros. A votação para receber os candidatos ao batismo como membros da igreja deve ser realizada antes do batismo. Pode-se pedir aos candidatos que fiquem à frente enquanto se processa a votação, e depois recebê-los e saudá-los como membros da igreja. 18 Item L 25 15 do Livro de Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana.

Durante o Batismo Apresentação do candidato. Enquanto o candidato entra no batistério e o oficiante da cerimônia o apresenta à congregação, familiares e amigos que foram decisivos em sua vida podem ser convidados a ficar em pé em honra à ocasião. Algumas poucas palavras sobre a experiência do candidato e como ele aceitou a Cristo são apropriadas. Quando vários membros de uma família são batizados na mesma cerimônia, é bom que eles entrem na água juntos, se as dimensões do tanque forem adequadas o suficiente para acomodá-los. Imergindo o candidato. O oficiante do batismo precisa reconhecer a importância de segurar bem o candidato que está sendo imerso, enquanto lhe permite agarrar-se firmemente ao seu braço. Isso proporciona sensação de segurança particularmente para aqueles que têm medo de água. Colocar cuidadosamente um lenço sobre o nariz e a boca do batizando evita o desconforto da penetração da água nas narinas e boca enquanto ele estiver submergindo. Dadas as naturais propriedades da flutuação, o peso do indivíduo não representa preocupação nem para imergi-lo nem para trazê-lo de volta à posição vertical, quando realizadas num movimento lento e suave. Os indivíduos de estatura elevada podem ser instruídos a dobrar seus joelhos para ajudar o ato de imersão. Identifique o compromisso do batizando numa breve declaração tal como: “Em virtude de sua profissão de fé em Cristo como seu Salvador e desejo de viver uma nova vida nEle, eu o batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Apelo. O encerramento do batismo oferece oportunidade para um apelo a ser feito àqueles que gostariam de ser incluídos no próximo batismo e para anunciar a data de sua realização. A cerimônia batismal é então encerrada com uma oração feita desde o batistério.

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166 | Guia Para Ministros Em Seguida ao Batismo Boas-vindas. No final da cerimônia deve ser definido um local onde todos passam saudar os recém-batizados e recebê-los no companheirismo da igreja. Refeição de confraternização. Quando for possível, a realização de uma refeição de confraternização em homenagem aos batizandos oferece oportunidade para uns minutos adicionais de apresentação e celebração da família. Designando mentores espirituais. Os novos membros precisam de apoio, amizade e estímulo por parte dos membros mais antigos da igreja. Particularmente os anciãos devem assumir essa responsabilidade como mentores espirituais para velar pelos recém-batizados. Mas outras pessoas com o dom de assistência e encorajamento podem também ser incluídas.

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O Rito da Comunhão pulos, a cerimônia de comunhão funciona como oportunidade para relembrar o sacrifício de Cristo e para edificação da comunidade eclesiástica. A solenidade da ocasião e o companheirismo que ela proporciona fazem dela um incentivo para renovação espiritual e ânimo da congregação. Realizar a cerimônia de comunhão é um dos mais sagrados deveres do pastor e do ancião. “Todas as coisas relacionadas com este rito devem sugerir um preparo tão perfeito quanto possível” (Evangelismo, p. 277). As tradições relativas à observação desse sagrado serviço variam de lugar para lugar e, embora essas possam não ter necessariamente base ou ordem bíblicas, é atitude inteligente e apropriada conduzir a cerimônia de tal maneira que seja confortável para os participantes. Frequência. Habitualmente, as igrejas adventistas realizam a cerimônia de comunhão no culto de adoração, uma vez por trimestre, normalmente no primeiro ou último sábado do trimestre. Porém, essas não são datas rigidamente fi xadas. A Escritura não determina a frequência ou tempo para esse serviço; apenas diz: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha” (1Co 11:26). Além das cerimônias trimestrais, a Santa Ceia pode ser realizada em outras ocasiões, como à noite, à luz de velas, no culto de anonovo, ou no encerramento de uma semana de oração. A Santa Ceia deve ser incluída no calendário anual da igreja e anunciada com bastante antecedência, permitindo aos líderes

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Instituída por Cristo na última ceia com Seus discí-

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168 | Guia Para Ministros da igreja tempo suficiente para os arranjos quanto aos emblemas e equipamento necessário à programação. Oficiantes. Os pastores ou anciãos ordenados estão autorizados a dirigir o serviço da Comunhão, assistidos pelos diáconos e diaconisas no manuseio e distribuição dos elementos e provisão do material necessário para a ordenança da humildade. Participantes. Os adventistas praticam a comunhão aberta, convidando à participação aqueles que se entregaram a Cristo. “O exemplo de Cristo proíbe exclusão da ceia do Senhor. Verdade é que o pecado aberto exclui o culpado. Isto ensina plenamente o Espírito Santo (1Co 5:11). Além disso, porém, ninguém deve julgar. Deus não deixou aos homens dizer quem se apresentará nessas ocasiões. Pois quem pode ler o coração?” (O Desejado de Todas as Nações, p. 656). A consciência individual é o árbitro da participação. Não há autoridade para a imposição de outras restrições. De acordo com o apóstolo Paulo, “aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor” (1Co 11:27). Essa referência trata particularmente da maneira pela qual essa comemoração é observada. Embora o companheirismo seja parte da ocasião, ela é espiritual. É uma oportunidade para os membros renovarem sua fé em Jesus e seu companheirismo com outros crentes. Nenhuma idade específica é estabelecida segundo a qual as crianças devem ser estimuladas a participar. A época de conscientização do significado da cerimônia varia para cada pessoa. A Igreja Adventista do Sétimo Dia concorda coletivamente que as crianças estão autorizadas a participar ativamente do serviço da comunhão quando tiverem feito sua entrega a Jesus no batismo. Para informações adicionais referentes à participação de crianças nos serviços da comunhão, o Manual da Igreja deve ser consultado. O sermão. Por causa dos elementos adicionais da Santa Ceia no culto sabático de adoração, a ordem regular do culto pode ser

abreviada, inclusive o sermão, a fim de se ajustar ao tempo fixado para o serviço. Isso é particularmente importante em igrejas que realizam múltiplos cultos de adoração, requerendo-se a fixação do tempo de cada um deles. O sermão da Santa Ceia é normalmente proferido antes da participação na ordenança da humildade, e não deveria exceder a dez minutos. A Santa Ceia não é fundamentalmente um culto de pregação. A cerimônia da humildade (lava-pés). A narrativa do lava-pés, registrada no Evangelho de João, é parte integrante da Santa Ceia. Jesus “levantou-Se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-Se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido” (Jo 13:4, 5). Completando essa tarefa, Ele retornou à mesa e disse: “Ora, se Eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também” (v. 14, 15). Devem ser tomadas providências para que homens e mulheres participem da ordenança em salas separadas se assim for determinado, ou, conforme declarado no Manual da Igreja, p. 94: “Em lugares onde for socialmente aceitável e onde o vestuário for tal que não haja imodéstia, podem-se fazer arranjos separados para que marido e esposa ou pais e filhos batizados participem juntos da cerimônia do lava-pés.” Deve-se cuidar de prestar assistência àqueles portadores de limitações para que sua participação não seja impedida ou dificultada. Os diáconos e diaconisas são responsáveis por providenciar bacias, água e toalhas para esse serviço. Além disso, devem prover um lavabo, juntamente com sabonete e toalhas, para que todos possam lavar as mãos após a cerimônia. Os participantes retornam ao templo logo após o término do rito.

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170 | Guia Para Ministros Se o templo ficou vazio durante o lava-pés, e se os visitantes foram convidados a permanecer ali, deve ser planejada uma sequência para manter a reverência. Podem ser tocadas algumas músicas. Pode ser contada uma história para crianças não batizadas. Designe alguém para contar histórias que ilustrem as lições da Comunhão. Essa cerimônia deve ser uma ocasião em que as crianças se sintam especialmente incluídas, embora não participem do rito. A Santa Ceia O cântico de hinos relacionados com a Santa Ceia por parte da congregação, ou a execução de outras músicas apropriadas, ajuda a criar um espírito de silenciosa contemplação, enquanto os líderes se preparam e tomam seu lugar à Mesa da Comunhão, seguidos pelos diáconos e diaconisas que tomam assento na primeira fila de bancos. Os emblemas da Santa Ceia devem ser cobertos antes e depois da cerimônia. O pastor oficiante ou os anciãos descobrem o pão, seguindo-se a leitura de um texto apropriado como 1 Coríntios 1:23, 24. A congregação permanece sentada em atitude de reverência, e aqueles que estão à frente ajoelham-se enquanto um ancião pede a bênção de Deus sobre o pão. Erguendo-se da oração, o pastor e os anciãos simbolicamente partem o pão, que já foi, em sua maior parte, fragmentado antes da cerimônia. Como indicação do cuidado com a higiene, uma bacia e um recipiente com água e uma toalha devem ser colocados sobre a mesa para a lavagem das mãos, antes do partir do pão. Então, as bandejas são entregues aos diáconos, que distribuem o pão à congregação. Quando os diáconos voltarem de servir à congregação, os anciãos e o pastor servem-se uns aos outros. O oficiante repete uma frase apropriada como as palavras de Jesus em 1 Coríntios 11:24, e pede à congregação que participe do pão com oração silenciosa. Em seguida, o líder cobre o pão e descobre os cálices de vinho, lendo um texto como 1 Coríntios 11:25 e 26. Um ancião profere uma

oração de bênção sobre o vinho e o processo de distribuição é repetido. O líder repete uma frase como as palavras de Jesus em 1 Coríntios 11:25, e pede à congregação que participe do vinho, com oração silenciosa. Se houver suportes nos bancos, os cálices usados são colocados no lugar pelos participantes. Se não estiverem disponíveis, os diáconos retornam à congregação para o recolhimento dos cálices, trazendo-os de volta à mesa da Ceia, onde são novamente cobertos. Alguns utensílios do serviço da Santa Ceia são projetados para servir tanto o pão como o vinho simultaneamente. Em tais circunstâncias, a cerimônia prossegue conforme o que já foi dito anteriormente, com oração de bênção pronunciada sobre ambos os emblemas antes da distribuição, e os participantes recebendo-os ao mesmo tempo. Recomenda-se que sejam usados cálices individuais da Santa Ceia, fazendo com que toda a congregação participe do vinho ao mesmo tempo, como medida higiênica e preventiva para a saúde. No encerramento da cerimônia, é cantado um hino, conforme o padrão da Santa Ceia feita com os discípulos, durante a qual todos cantaram um hino e saíram. Frequentemente, é usada uma estrofe de um hino bem conhecido cantada sem acompanhamento, dando mais espontaneidade ao cântico. Enquanto a congregação deixa o recinto, é costume de muitas igrejas que os diáconos fiquem à porta e recebam uma oferta destinada aos pobres. Depois da Santa Ceia Emblemas da Ceia não utilizados na cerimônia devem ser dispostos de maneira respeitosa. Não há instrução bíblica ou ordem formal para o processo dessa disposição, mas é costume que o vinho seja derramado no solo e o pão seja queimado. Anciãos, diáconos e diaconisas são responsáveis por servir a Comunhão ou Santa Ceia para os doentes ou fisicamente incapazes de

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172 | Guia Para Ministros estar presentes no templo. O rito do lava-pés pode não ser incluído nesse serviço se as circunstâncias indicarem não ser próprio. Preparação do Emblema Pão sem fermento e suco de uva não fermentado devem ser usados na Ceia do Senhor. Onde for impossível obter uvas ou suco de uva, pode ser usado suco feito com passas. Em áreas isoladas onde nenhum deles se acha prontamente disponível, a Associação/Missão providenciará informações com relação aos substitutos corretos. Receita do pão. As congregações podem ter uma receita de pão para a Santa Ceia que seja de sua preferência, mas os ingredientes são basicamente os que dispomos abaixo: 1 xícara de farinha (preferivelmente integral) 1/4 de colher (chá) de sal (opcional) 2 colheres (sopa) de água 1/4 de xícara de azeite ou óleo vegetal Peneire a farinha e o sal juntos. Coloque a água no óleo, mas não mexa. Acrescente a eles os ingredientes secos e misture com um garfo até que toda a farinha seja umedecida. Estenda a massa até atingir uma espessura de 1/8 de polegada ou três milímetros. Coloque numa bandeja não untada e marque a massa em quadradinhos pequenos. Asse a 230oC por dez a quinze minutos ou até que a massa fique levemente dourada. Preste atenção, durante os últimos minutos, para evitar a queima do pão. A porção da receita dá para 50 pessoas.

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Casamento O casamento é uma das mais alegres celebrações da

Aconselhamento Pré-Conjugal Embora diferentes circunstâncias de tempo e distância possam tornar difícil para o pastor conseguir um horário de aconselhamento pré-conjugal, esse passo vital na preparação para o casamento não deve ser negligenciado. Os noivos normalmente planejam e programam seu casamento com antecedência suficiente para que o pastor ou algum outro conselheiro qualificado tenha chance de realizar esse trabalho que é parte do planejamento matrimonial. O Departamento dos Ministérios da Família da Associação Geral dispõe de material suficiente para aconselhamento pré-conjugal, o qual está disponível nos SELS e livrarias adventistas. “A adoração de Deus, a observância do sábado, a recreação, a associação, o uso de recursos financeiros e a educação dos filhos são componentes responsáveis por ditosos relacionamentos familiares. Visto que as divergências nestes aspectos frequentemente podem conduzir à deterioração desses relacionamentos, a desânimo e mesmo a perda completa da experiência cristã,

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igreja e uma deleitosa responsabilidade pastoral. É uma oportunidade de ministrar numa celebração alegre e espiritual para os casais, suas famílias e amigos. “O vínculo da família é o mais íntimo, o mais terno e sagrado de todos na Terra. Foi designado a ser uma bênção à humanidade. E assim o é sempre que se entre para o casamento inteligentemente, no temor de Deus, e tomando em devida consideração as suas responsabilidades” (O Lar Adventista, p. 18).

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174 | Guia Para Ministros a preparação adequada para o casamento deve incluir o aconselhamento pastoral nessas áreas, antes do enlace matrimonial” (Manual da Igreja, p. 183). Com a prática difundida de contato sexual pré-marital, a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis estão espalhadas pelo mundo. A virgindade antes do casamento e a fidelidade aos votos matrimoniais após o casamento são vitais na proteção do casal contra esses perigos. Se não observaram no futuro cônjuge total honestidade nem fizeram cuidadoso exame médico, devem ser aconselhados a isso antes das núpcias. Requisitos Legais Quem oficia um casamento tem a responsabilidade de estar informado com relação às leis e aos requisitos conjugais na jurisdição sob a qual o casamento ocorre, cumprindo os prerrequisitos para o registro e obtenção da licença. Em lugares onde o pastor não tem autorização para realizar a cerimônia civil, os noivos podem realizar esse ato e, em seguida, a cerimônia religiosa dirigida pelo pastor.19 Exigências Denominacionais Oficiantes autorizados. “Nesta cerimônia, a exortação, os votos e a declaração de casamento são dados unicamente por um pastor ordenado, exceto nas áreas em que a Mesa da Divisão tomou um voto aprovando que ministros licenciados ou comissionados, escolhidos, que foram ordenados como anciãos locais, realizem a cerimônia de casamento” (Manual da Igreja, p. 52, 53). Matrimônios desaconselhados. “É mais provável que o casamento perdure e a vida familiar cumpra o plano divino se o marido e a esposa estão unidos e vinculados pelos mesmos 19 No território da Divisão Sul-Americana, os pastores são orientados a realizar a cerimônia de casamento após os noivos terem consumado o casamento civil, demonstrando isso através da certidão legal.

valores espirituais e estilos de vida. Por estas razões, a Igreja Adventista do Sétimo Dia desaconselha energicamente o casamento entre um adventista do sétimo dia e uma pessoa que não o é, e recomenda com muita insistência que os pastores adventistas do sétimo dia não realizem tais casamentos” (Manual da Igreja, p. 183, 184). “A felicidade e prosperidade da relação matrimonial depende da unidade dos cônjuges; mas entre o crente e o incrédulo há uma diferença radical de gostos, inclinações e propósitos. Estão a servir dois senhores, entre os quais não pode haver concórdia. Por mais puros e corretos que sejam os princípios de um, a influência de um companheiro ou companheira incrédula terá uma tendência para afastar de Deus” (Patriarcas e Profetas, p. 174). Novo casamento não recomendado. O capítulo 15 do Manual da Igreja trata do assunto do casamento, divórcio e novo casamento, anotando dez requisitos relacionados à propriedade do novo casamento após um divórcio. Seguindo-se a essa lista, temos a seguinte declaração: “Nenhum pastor adventista do sétimo dia tem o direito de oficiar em uma cerimônia de segundas núpcias de pessoa que, sob a estipulação dos parágrafos precedentes, não tenha o direito bíblico de tornar a casar-se.” Cerimônia imprópria. O casamento na igreja é, primeiramente, um compromisso espiritual e um ato litúrgico. Uma cerimônia nupcial na qual interesses seculares obscurecem as questões espirituais caracteriza-se como cerimônia inadequada para um pastor realizar. Requerimentos da Igreja Diretrizes para a cerimônia de casamento. A igreja deve reconhecer a prudência e a conveniência de estabelecer diretrizes para uma cerimônia nupcial no uso de suas instalações. Essas condutas devem ser fornecidas àqueles que solicitam o uso da igreja para uma

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176 | Guia Para Ministros cerimônia de casamento. As normas de procedimento podem variar muito em diferentes localidades, mas devem incluir questões como estas: • Quem pode usar as instalações. da igreja para uma cerimônia nupcial. • Quem deve oficiá-la. • Decoração adequada. • Música apropriada. • O que constitui padrão para o vestuário apropriado. • Orientações para os fotógrafos. • Diretrizes de recepção festiva, se for realizada na igreja. • Cobrança de taxas. • Equipamentos e serviços disponíveis. Participantes. De todas as cerimônias e eventos da igreja, mais do que qualquer outra função, o casamento pode envolver mais pessoas que não sejam membros da igreja. Amigos e membros da família podem ser convidados a participar da cerimônia como parte da festa nupcial ou em apresentações musicais. Desde que essa participação atenda aos padrões da igreja, não há restrições para ela. Planejando o Casamento Simplicidade. Embora o ministro não deva procurar controlar os detalhes e o planejamento da cerimônia de casamento, a simplicidade e a economia devem ser incentivadas. “Seja todo passo em direção ao casamento caracterizado pela modéstia, simplicidade, e sincero propósito de agradar e honrar a Deus” (A Ciência do Bom Viver, p. 359). Planejamento antecipado. Logo no início do planejamento, o pastor deve discutir com a noiva e o noivo os planos específicos para a cerimônia nupcial, assistindo-os numa bem planejada ordem do programa. Alguns casais já possuem planos detalhados para a

cerimônia; outros não têm ideia do que está envolvido. O pastor deve evitar o papel de coordenador do casamento, embora a sequência da cerimônia possa ser um passo de muito significado a ser influenciado pelo pastor, provendo aconselhamento com respeito a assuntos como a colocação dos familiares no auditório, a posição dos participantes na plataforma e outros detalhes afins. Ensaio. A maioria dos participantes de uma cerimônia matrimonial não está acostumada a aparecer perante um auditório e pode se sentir insegura e nervosa na ocasião. Muitos deles podem também não ser conhecidos uns dos outros. O ensaio pode reduzir grandemente essas tensões e promover a segurança da celebração do casamento. A cooperação com o coordenador do casamento, reunidos os participantes para a organização do processo, cria senso de companheirismo e dá orientação espiritual para que os procedimentos se tornem valiosos. Depois das palavras encorajadoras de abertura, uma leitura bíblica e oração, a abordagem mais fácil pode ser colocar todos os participantes nos devidos lugares em que estarão durante a cerimônia, ao mesmo tempo em que cada parte do serviço é explicada. Depois dessa explanação, eles devem dirigir-se aos seus lugares, dos quais sairão para a cerimônia e, então, fazer a entrada em suas devidas posições. O pastor deve uma vez mais repassar a sequência da cerimônia e, então, o casal deve sair como se estivessem no encerramento da cerimônia. Ordem do Serviço Os adventistas não prescrevem nenhuma liturgia nupcial. Os costumes referentes às cerimônias de casamento variam largamente de acordo com as tradições culturais. Em ambientes nos quais os costumes matrimoniais diferem daquele sugerido mais adiante, as Divisões ou Uniões podem sugerir adaptações que produzam mais apropriada ordem na cerimônia. Casamentos realizados nas casas são muito mais simples do que as cerimônias realizadas em igrejas, que, por isso, são

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178 | Guia Para Ministros planejadas de acordo com o gosto e as circunstâncias das partes envolvidas. Casamentos em domicílio normalmente incluem convites pessoais, enquanto a audiência de um casamento realizado em igreja está aberta a todos. A seguinte ordem sugestiva talvez não seja usada integralmente ou na exata ordem definida, mas pode ser adaptada para uso, quando necessário e apropriado: Prelúdio musical Livro de assinaturas dos convidados: O livro de convidados é geralmente assinado pelos convidados no hall. Quando houver grande número de convidados, as páginas podem ser separadas e assinadas em diferentes locais, reduzindo assim o atraso para os que entram na igreja. Lugar dos convidados: Os coordenadores geralmente colocam os amigos e a família da noiva sentados no lado esquerdo; e os amigos e familiares do noivo, à direita. Um assento especial pode ser reservado à frente dos bancos para os pais e avós da noiva e do noivo. Entrada dos pais: A entrada dos pais da noiva e do noivo assinala o início da cerimônia. Música especial Entrada do pastor e do noivo: Normalmente, o pastor entra de uma sala do lado direito, posicionando-se no centro da plataforma de frente para o auditório. Em seguida, entra o noivo e permanece em pé, ao lado esquerdo do pastor, com os padrinhos ocupando seus lugares à esquerda do noivo. O pastor deve assumir a responsabilidade de dirigir calmamente as núpcias nas várias partes da cerimônia. Entrada dos acompanhantes da noiva: As damas de honra, o menino com a Bíblia e a menina com as flores (se estiverem incluídos) entram pelo corredor central da igreja.

Entrada da noiva: A noiva entra conduzida pelo braço direito do pai ou tutor. Embora não seja obrigatório a audiência ficar de pé nesse momento, se a mãe da noiva assim o fizer, todos devem acompanhá-la. O noivo recebe a noiva: O noivo caminha até o corredor para encontrar-se com a noiva, onde ela e seu pai estão ao lado do banco da família. Apresentação da noiva: veja abaixo nesta página. Música especial A noiva e o noivo se dirigem à plataforma: Enquanto o processional continua, a noiva e o noivo rumam para a plataforma, colocando-se no centro e de frente um para o outro, diante do pastor. Sermão: veja a página 180. Votos: veja a página 181. Declaração de casamento: Os costumes e procedimentos legais variam com relação à declaração de casamento como uma afirmação espiritual ou legal, ou uma combinação de ambas. Oração: Tendo comprometido seu amor e fidelidade um ao outro, o casal se ajoelha enquanto o pastor ora pedindo a ajuda e o poder de Deus para habilitá-los a manter seu juramento e encher seu coração e lar com o amor divino, alegria e paz. Música especial: Enquanto a noiva e o noivo permanecem ajoelhados, peças musicais como o “Pai Nosso” e “Oração de Casamento” são particularmente apropriadas. Abraço de matrimônio Apresentação do casal: Apresentar a noiva e o noivo agora pela primeira vez como marido e mulher. Convidar os presentes para a recepção, se a noiva assim pedir. Recessional: A noiva e o noivo saem pelo corredor central assim que a música de encerramento começa a ser tocada.

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180 | Guia Para Ministros Os acompanhantes os seguem na ordem inversa de sua entrada, com o pastor saindo por último. Saída dos pais: Os pais da noiva e do noivo saem na ordem inversa de sua entrada. Saída da audiência: A saída da audiência é feita segundo a ordem dos bancos. Entrega da Noiva Alguns casais ou suas famílias podem preferir omitir essa tradição, entendendo-a uma humilhação da mulher como sendo possessão de seu pai ou marido. Para aqueles que desejam preservar esse ponto tradicional, o oficiante pergunta: “Quem oferece esta mulher para casar-se com este homem?” A resposta pode ser dada pelo pai, dizendo: “Eu”. Ou pelos pais em uníssono: “Nós”. Sermão O sermão de casamento deve durar não mais do que cinco ou dez minutos e centralizar-se no plano de Deus para o casamento e a unidade da família, o amor de um para com o outro no casamento e a imagem do amor de Cristo pela igreja como modelo desse amor. Embora possa ser válido partilhar alguma informação pessoal, devese lembrar que essa é uma cerimônia sagrada que não admite comportamento jocoso e secular. Algumas passagens úteis da Escritura sobre o tema do amor e casamento são: Gênesis 1:26-28 Criado à imagem de Deus. Gênesis 2:18-24 O primeiro casamento. Cantares de Salomão 2 Uma canção de amor. Cantares de Solomão 8:6, 7 Muitas águas não podem extinguir o amor. Marcos 10:6-9 Eles não são mais dois, mas uma só carne.

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Votos A noiva e o noivo dão-se as mãos para a troca de votos. Eles podem formalmente unir a mão direita ou, de maneira mais íntima, juntar ambas as mãos. Votos tradicionais. No voto tradicional, o ministro se dirige ao noivo: “Diante de Deus e na presença destas testemunhas, você [nome do noivo] aceita esta mulher [nome da noiva], para ser sua legítima esposa, para viverem juntos segundo a ordem divina no sagrado estado do matrimônio? Promete amá-la, confortá-la, honrá-la, cuidar dela na doença e na saúde, na prosperidade e na adversidade e, recusando todas as outras, conservar-se apenas para ela enquanto ambos viverem? Você promete?” O noivo responde: “Sim.” Então o pastor se dirige à noiva: “Diante de Deus e na presença destas testemunhas, você [nome da noiva] aceita este homem [nome do noivo], para ser seu legítimo esposo, para viverem juntos segundo a ordem divina no sagrado estado do matrimônio? Promete amá-lo, confortá-lo, honrá-lo, cuidar dele na doença e na saúde, na prosperidade e na adversidade e, recusando todos os outros, conservar-se apenas para ele enquanto ambos viverem? Você promete?” A noiva responde: “Sim.” O ministro põe uma das mãos sobre as mãos unidas dos noivos, dizendo: “Visto que [nome do noivo e nome da noiva] consentiram em se unir pelos sagrados laços do matrimônio e dão testemunho

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João 2:1-10 As bodas de Caná. João 15:9-12 Amar um ao outro para que sua alegria seja completa. 1 Coríntios 13 O amor nunca falha. Efésios 5:22-28 O dever de maridos e esposas. Hebreus 13:4 Digno de honra seja o matrimônio.

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182 | Guia Para Ministros disso diante de Deus e de todos os que aqui se acham presentes, comprometendo-se a ser fiéis um ao outro, e o confirmaram unindose as mãos, eu, como ministro do evangelho e pela autoridade da lei de [nome da jurisdição legal], os declaro marido e mulher. O que Deus uniu não o separe o homem.” Voto responsivo. Se for desejável, os mesmos votos podem ser usados em formato responsivo, com interrupções por parte da noiva e do noivo para repetição das mesmas frases logo após o pastor, conforme indicado na seguinte apresentação: “Eu, [nome do noivo ou da noiva], diante de Deus e na presença destas testemunhas... tomo você [nome da noiva ou do noivo], como meu legítimo(a) esposo(a)... para vivermos juntos segundo a ordem divina... no sagrado estado do matrimônio. Prometo amá-lo(a)... honrá-lo(a)... e cuidar de você, na doença e na saúde... na prosperidade ou na adversidade... e, recusando todas(os) os(as) outras(os), conservar-me para você... enquanto ambos vivermos.” Votos pronunciados pelo casal. Alguns casais gostam de preparar seus próprios votos e repeti-los de memória. É bom que eles escrevam com antecedência esses votos e deem uma cópia ao pastor. Isso tem dois propósitos: proporcionar oportunidade para sugestões sobre o texto e alertá-los caso tenham se esquecido de algum detalhe. Os votos assim feitos devem incluir que o compromisso é total e permanente, invocando a ajuda e a bênção de Deus para cumpri-los. Os votos tradicionais devem servir de guia no preparo dos votos pronunciados pelo casal. Declaração de Casamento “Pelo poder a mim concedido como ministro do evangelho de Jesus Cristo, e pela [jurisdição legal], declaro que [noivo e noiva] são marido e mulher, segundo a ordem de Deus e de acordo com as leis de [jurisdição legal]. ‘O que Deus uniu não o separe o homem.’”

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Taxas e Despesas As igrejas devem estabelecer claramente a diretriz para o uso das instalações do templo nessas ocasiões. Geralmente, os membros da congregação estão isentos da cobrança de taxas pelo uso da igreja no casamento. Mas, de outros que tenham interesse de usá-la, pode-se cobrar uma taxa para cobrir as despesas da igreja pelo uso do edifício e aquelas exigíveis para o trabalho tanto do preparo antecedente à cerimônia, como pela limpeza depois dela. Embora os pastores adventistas não cobrem nenhuma taxa pela realização da cerimônia de casamento, quando viagens se lhes tornam necessárias, é justo aceitar reembolso pelas despesas. O casal também pode querer dar um presente ao pastor por seus serviços e se sentirão insultados se for recusado esse sinal de gratidão. O discernimento pessoal deve ser cautelosamente utilizado para avaliar essa questão.

20 A Divisão Sul-Americana recomenda enfaticamente que seus pastores realizem a cerimônia religiosa apenas depois de todos os trâmites legais, solicitando dos noivos a apresentação antecipada da certidão civil antes da cerimônia religiosa.

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Assinatura da Certidão de Casamento20 Em certas jurisdições nas quais a assinatura da certidão de casamento é requerida após a cerimônia, isso pode ser feito na recepção. Na maioria dos casos, a noiva e o noivo assinam, juntamente com as testemunhas e o oficiante. As testemunhas escolhidas geralmente incluem a primeira dama de honra e o padrinho principal. Em tais situações, o ministro está investido da responsabilidade legal do registro da licença de casamento, dentro de certas limitações de tempo. Geralmente, o casal recebe uma cópia; outra deve ser enviada à jurisdição competente e, em alguns casos, fica outra cópia para os registros do oficiante.

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Dedicação de Crianças A dedicação de crianças a Deus é uma prática estabelecida na Escritura e na história da Igreja Adventista do Sétimo Dia. É realizada por pastores ou anciãos ordenados. Diferentemente das igrejas que praticam o batismo infantil, a dedicação de crianças segue o exemplo bíblico de Maria e José dedicando o menino Jesus no Templo (ver Lc 2:22). Ellen G. White escreveu: “O sacerdote fez a cerimônia de seu serviço oficial. Tomou a criança nos braços, e ergueu-a perante o altar. Depois de a devolver à mãe, inscreveu o nome ‘Jesus’ na lista dos primogênitos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 52). Numa ocasião em que abençoou crianças, Jesus deu exemplo dessa prática ao dizer: “Deixai vir a Mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Mc 10:14). “Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava” (Mc 10:16). “Tomem os ministros do evangelho as crianças nos braços, e abençoem-nas em nome de Jesus. Sejam dirigidas palavras do mais terno amor aos pequeninos; pois Jesus tomou os cordeiros do rebanho nos braços, e os abençoou” (Evangelismo, p. 349, 350). Essa cerimônia enfatiza a gratidão a Deus pelo milagre do nascimento, compromete os pais em criar a criança no amor de Cristo, compromete a congregação a prover apoio aos pais nesse mister, e dedica a criança ao serviço de Deus. Planejando a Dedicação da Criança Ao planejar a cerimônia, é importante considerar o seguinte: Lugar. Em algumas culturas, essa dedicação pode acontecer em

casa ou outros ambientes. Todavia, na maior parte das circunstâncias, o ideal seria fazer a dedicação da criança como parte do culto sabático. Uma vez que o compromisso da congregação significa um dos propósitos da dedicação, ela deve ser realizada quando a maior representação possível da irmandade esteja presente. Programação. A cerimônia de dedicação de crianças pode ser programada e anunciada com boa antecedência, possibilitando bastante tempo para os pais planejarem a ocasião. Com muita frequência, todavia, o serviço é programado segundo a data preferida pela família envolvida na dedicação. Pela natureza do evento, a família e os amigos que não são membros da congregação provavelmente serão convidados. A esses devem ser expressados reconhecimento e saudações especiais. Às vezes, alguns que não são membros da igreja podem ser atraídos a solicitar tal cerimônia de dedicação para seus filhos. Por causa dessa solicitação, e talvez durante a cerimônia, eles podem ser levados a um companheirismo com a congregação. A Escritura declara: “Um pequenino os guiará” (Is 11:6). Certificado de dedicação. Para comemorar a ocasião, o certificado de dedicação da criança deve ser preparado com antecedência e apresentado aos pais por ocasião da cerimônia. Esses certificados estão disponíveis na Associação Ministerial do Campo ou nos SELS. Idade. As crianças podem ser dedicadas tão cedo quanto desejem os pais. Crianças além da idade de um ou dois anos raramente participam do serviço de dedicação; todavia, não há limite de idade fixado a esse respeito. Celebrando a Dedicação de uma Criança Abaixo estão as partes sugeridas da cerimônia de dedicação de crianças: Convite. Os pais são convidados a estar diante da congregação com a criança a ser dedicada. Em alguns casos, outros membros e

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186 | Guia Para Ministros amigos da família podem acompanhá-los, dependendo do espaço disponível e do número de crianças dedicadas. Enquanto as famílias vêm à frente, um hino apropriado pode ser cantado pela congregação. É preciso lembrar que o tempo desse evento deve ser curto, reconhecendo-se o potencial para ansiedade e choro das crianças. Sermonete. Algumas poucas palavras devem enfatizar o concerto dos pais e o compromisso da congregação, empenhando-se em educar a criança “na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6:4). Sugestões escriturísticas que podem ser utilizadas: Deuteronômio 6:4-7 “Tu as inculcarás a teus filhos.” Salmo 127:3-5, ARC “Os filhos são herança do Senhor.” Provérbios 22:6 “Ensina a criança no caminho em que deve andar.” Isaías 8:18 “Eis-me aqui, e os filhos que o Senhor me deu.” Mateus 18:2-6, 10 “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos.” Mateus 19:13-15 “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse.” Marcos 10:13-16 “Deixai vir a Mim os pequeninos, não os embaraceis.” Lucas 2:22-38 “Levaram-nO [Jesus] a Jerusalém.” Lucas 18:15-17 “Traziam-Lhe também as crianças, para que as tocasse.” No fim das breves considerações, uma declaração de compromisso tal como a que se segue pode ser usada: “Ao trazer esta criança para dedicação, vocês estão aceitando uma sagrada responsabilidade. Por este ato simbólico, vocês buscam

expressar sua crença de que esta criança não pertence somente a vocês, mas também a Deus. A congregação une-se a vocês nesta dedicação e se compromete a assisti-los em seu trabalho visando ao dia em que este ato de dedicação será seguido pelo batismo e a plena entrada desta criança na família dos membros da igreja.” “Vocês, portanto, devem prometer fazer tudo ao seu alcance para que esta criança cresça na doutrina e admoestação do Senhor. Vocês se comprometem com Deus?” Oração. Durante a oração de dedicação, se for só uma criança a ser dedicada, o pastor pode desejar segurá-la nos braços. Mas, para algumas crianças que têm medo de estranhos, é melhor que os pais a segurem enquanto o pastor põe a mão sobre a cabeça da criança, dedicando-a. Quando houver várias crianças para dedicação, o pastor e os anciãos que auxiliam na cerimônia podem colocar as mãos da mesma forma sobre as crianças. Uma atmosfera individualizada, relacional, deve prevalecer durante a dedicação. A menção do nome da criança na oração acrescenta um toque pessoal que os pais reconhecem como importante. Certificados de dedicação. Os certificados de dedicação são dados aos pais após a oração, bem como as expressões de amor e apoio dos anciãos para as crianças e suas famílias. Os líderes das divisões infantis da Escola Sabatina podem também ser envolvidos nessa expressão.

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Unção e Libertação Na Escritura, o ato de ungir com óleo e outras substâncias está ligado a muitas funções diferentes, como coroação de reis, ordenação de sacerdotes e profetas, aplicação de óleos aromáticos e perfumes relacionados com banho e limpeza, administração, acompanhada de fricção, de óleos medicinais no corpo, massagem e o embalsamamento dos mortos. Tanto a higiene pessoal como o embalsamamento são praticados na sociedade atual sem significado religioso, e, embora a ordenação ainda seja praticada nas comunidades religiosas, ela é geralmente realizada sem uso de substâncias unguentárias. Na esfera da oração pelos doentes, a unção é presentemente praticada na igreja, mas, às vezes, seu significado original tem sido distorcido ou perdido no uso corrente. Ela era praticada na igreja primitiva, junto com a oração, e tornou-se reconfortante prática médica, bem como símbolo da bênção do poder curador do Espírito Santo. Tiago instrui o doente a chamar “os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5:14, 15). A unção não se aplica apenas a doenças, mas também ao perdão. É tempo de séria reflexão e compromisso com a vontade de Deus, e é em resposta à oração de fé que Seu poder restaurador e graça são conferidos. A unção não está reservada como o último rito para os moribundos, nem há poder místico no óleo em si. Tanto Tiago como a igreja primitiva estavam cientes de que eles se estavam colocando nas mãos de Deus através da fé, confiando que Sua vontade seria feita na vida deles. É nesse sentido que a igreja continua a praticar esse sagrado rito.

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Preparando-se Para a Cerimônia Unção solicitada. O doente é instruído a chamar “os anciãos da igreja”. Conquanto a prática seja de que o próprio indivíduo enfermo solicite a unção, pode ser que a doença impeça a pessoa de fazer um pedido. Em tais casos é aceitável que a família ou os amigos façam a solicitação. Geralmente esse pedido vem dos membros da congregação, mas, dependendo da ocasião, outros também podem fazê-lo. Não cabe ao pastor julgar o mérito do indivíduo e da solicitação, mas fazer como a Escritura estabelece em orar pelos doentes. O ato da unção é um evento intensamente pessoal, dirigido às necessidades específicas e pedidos de uma pessoa. Ele não se destina a atrair grandes auditórios. Essa é uma distorção da verdade. Celebração. O pastor normalmente a conduz, assistido pela presença e orações dos anciãos. Os anciãos da igreja podem oficiar a cerimônia da unção na ausência do ministro, mas só devem fazer isso com a aprovação do pastor, sempre que possível. Aqueles que oficiam precisam ter um sério compromisso com Cristo, crendo firmemente na cura divina e o coração preparado para a ocasião. Local. O ritual da unção pode ser feito na igreja, em casa, no hospital, enfermarias ou onde surgir a necessidade. Se for administrado num hospital, deve-se ter cuidado para não interferir no trabalho da equipe médica. A extensão e a formalidade do serviço dependem do lugar onde é realizado e da condição do recebedor.

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Os antigos líderes adventistas frequentemente se envolviam na prática da unção. Ellen White e sua família foram ungidas muitas vezes por causa de diversas enfermidades. Essa era a regra e não uma exceção. A unção é um ato de fé para curar os vivos. Ela reconhece os graves problemas de saúde e os enfrenta através da confiança em Deus.

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190 | Guia Para Ministros Participantes. Além do pastor e dos anciãos, o recebedor da unção pode querer convidar amigos e membros da família. Geralmente, os presentes devem ser de confissão cristã, todavia, os que não o são, mas desejam estar presentes, não devem ser solicitados a retirar-se. O recebedor. Pode ser que alguém que esteja sendo ungido não deseje revelar detalhes de sua enfermidade. Essa reticência deve ser respeitada. O enfermo precisa ser encorajado a fazer um autoexame, antes da unção, sendo-lhe garantidos o amor, a graça e o perdão de Deus. No preparo para o ritual, será útil sugerir a leitura do capítulo “Oração Pelos Doentes”, do livro A Ciência do Bom Viver (p. 225). Sempre é bom ter cuidado com o que é dito sobre a enfermidade na presença do doente, mesmo quando se imagina que está inconsciente e não pode ouvir a conversa. Embora não haja indícios de reconhecimento, ele pode ser capaz de compreender o que está sendo dito no quarto. Ordem do Serviço Observações preliminares. O oficiante deve começar com uma explicação do propósito da unção e como ela acontece. O enfermo pode desejar comentar o seu pedido de unção e testificar de sua fé em Deus. A leitura da Escritura deve confirmar: • Que Deus pode curar e o faz. • Confissão e perdão dos pecados. • Que Deus pode escolher curar através daqueles a quem Ele concedeu dons de cura. • Que a oração pela cura é sempre respondida afirmativamente àqueles que creem, quer imediatamente, quer com o tempo, ou na restauração de todas as coisas na segunda vinda de Cristo; mas sempre é positiva.

Unção e Libertação | 191 Leitura da Bíblia. Antes do ato da unção, devem ser lidos textos selecionados, tais como:

A oração de unção. Embora ajoelhar-se em oração seja apropriado e preferível em muitas situações, pode ser que fazê-lo ao redor de um leito hospitalar seja impraticável. Se o enfermo desejar orar, que lhe seja permitido fazê-lo primeiro, seguido por outros do grupo que solicitem a oportunidade de orar. O pastor ou ancião deve orar por último e, na conclusão da oração, colocar o óleo sobre a testa do enfermo, simbolizando o toque do Espírito Santo de um modo específico e especial. Geralmente, costuma-se usar óleo de oliva para esse propósito. Todavia, isso não é obrigatório. O óleo deve ser aplicado na fronte e não na parte afetada do corpo. Ministério de Libertação O serviço da unção, conforme descrito na epístola de Tiago, refere-se primariamente a enfermidades físicas e perdão. Mas há também um ministério na Escritura direcionado à questão de possessão demoníaca. “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6:12). Embora essa luta não se manifeste igual em todos os lugares, há ocasiões durante as quais os poderes demoníacos se tornam claramente evidentes.

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Tiago 5:14-16 “Façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo.” Salmo 103:1-5 “Sara todas as tuas enfermidades.” Salmo 107:19, 20 “Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e Ele os livrou das suas tribulações.” Marcos 16:15-20 “Se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.”

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192 | Guia Para Ministros A suposição de que alguém saiba como esse poder surgirá e a metodologia certa para lidar com ele ignora a variedade de meios pelos quais ele se manifesta e como foi enfrentado no ministério de Cristo e na igreja primitiva. No início de Seu ministério na sinagoga de Cafarnaum, Jesus enfrentou um homem possuído por um demônio que O reconheceu como “o Santo de Deus” (Mc 1:24). Com uma simples declaração, mandou que o demônio se calasse e se retirasse (verso 25). O homem foi curado. Posteriormente, naquela mesma noite “trouxeram a Jesus todos os enfermos e endemoninhados. E Ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios” (versos 32, 34). O endemoninhado de Gadara estava possuído, como ele mesmo declarou, por uma “legião” de demônios (Mc 5:1-20), e Lucas relata a expulsão de um demônio que era mudo (Lc 11:14). Em todos os casos, o padrão é repetido. Jesus simplesmente ordena que saiam e eles obedecem à Sua palavra. Com esse poder, os discípulos continuaram o mesmo ministério. “Tendo Jesus convocado os doze, deulhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas” (Lc 9:1). “Como os doze apóstolos, os setenta discípulos a quem Cristo enviou mais tarde receberam dons sobrenaturais como selo de sua missão. Quando sua obra estava concluída, voltaram com alegria, dizendo: ‘Senhor, pelo Teu nome, até os demônios se nos sujeitam’ (Lc 10:17)” (A Ciência do Bom Viver, p. 94). No nome de Jesus esse ministério continuou na igreja primitiva. Novos crentes traziam “doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados” (At 5:16). Em resposta à pregação de Filipe, “espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz” (At 8:7). Em suas manifestações modernas, a possessão demoníaca precisa ainda ser tratada com a mesma ordem direta: sair em nome de Jesus. Para uma discussão mais ampla da possessão demoníaca, ver nota adicional sobre o capítulo um do Evangelho de Marcos, no Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 5, p. 575.

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Funerais Totalmente contrária à natureza de Deus como Criador e

Tradição e Cultura O ministério pelos enlutados exige respeito às tradições e cultura no trato com a morte, mas sempre no contexto dos princípios cristãos e da compreensão bíblica sobre o assunto. Ao lidar com funerais, as igrejas tendem a estabelecer costumes e procedimentos que também precisam ser respeitados e observados. Alguns entregam alimentos na casa da família enlutada, enquanto outros providenciam a refeição na igreja após o funeral. Outros, ainda, preferem o serviço fúnebre em salões de instituições funerárias locais. Alguns expõem o falecido no caixão, enquanto as pessoas chegam para o serviço fúnebre, outros o fazem um pouco antes das pessoas saírem e outros não seguem nenhuma dessas opções. O pastor deve reconhecer a importância de conhecer as tradições da congregação com relação às cerimônias de funerais. Por causa da grande variedade de culturas e congregações, apenas são dadas aqui diretrizes básicas que podem exigir considerável adaptação às situações locais.

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Doador da vida, a morte é comparada ao último inimigo de tudo o que é bom, uma intrusão produzida pelo pecado na perfeição do Éden, que passou a toda a humanidade. Assim, a morte reina como invasora extemporânea que interrompe todas as alegrias e planos da vida, exigindo atenção imediata. Todavia, mesmo essa dificílima e indesejada responsabilidade do ministro proporciona oportunidade de honrar a memória de um ser amado e confortar os enlutados em sua perda, apontando-lhes o dia da feliz reunião quando “o último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15:26).

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194 | Guia Para Ministros Antes da Cerimônia Visitando a família. A visitação imediata em apoio à família se torna uma oportunidade para proferir palavras de conforto e encorajamento, leitura da Bíblia e oração, não para discurso teológico. Os enlutados podem se lembrar muito pouco do que o pastor disse durante o choque inicial da perda, mas se lembrarão do carinho demonstrado pelo apoio da presença. Oferecendo a ajuda da igreja. Sugestões específicas devem ser dadas sobre como a igreja pode ajudar, como prestar assistência na notificação aos parentes e amigos, atendendo ao telefone ou à porta, cuidando das crianças, da alimentação ou preparando a casa para receber os visitantes. Oferecendo assistência pastoral. Poucos têm tido a responsabilidade de planejar um serviço fúnebre e, em face a uma morte súbita, pode ser difícil para os enlutados considerar claramente as opções e os detalhes do funeral. Se o processo da morte foi demorado, talvez algumas sugestões possam ser apresentadas com antecedência. Todavia, mesmo nessas situações, bondosa assistência e direção são necessárias. A escolha de quem oficiará o funeral pode ser influenciada por ligações com aqueles que pastorearam a família em tempos passados, particularmente se o pastor atual está na igreja há pouco tempo. Não deve ser considerado agravo pessoal ao pastor se a família escolher outra pessoa para oficiar. Pode ser necessária ajuda fazendo-se arranjos e contatos com aqueles que serão chamados para servir como carregadores do ataúde, providenciar música e ajudar o pastor durante a cerimônia. Quando atuando como pastor convidado na igreja de outro ministro, o pastor visitante deve lembrar-se da importância de trabalhar ao lado do pastor local, motivando a família a envolver também seu pastor na cerimônia fúnebre. Oficiando os funerais. A ordenação não é requerida para a

ministração de funerais. Na ausência do pastor, um ancião pode tomá-la a seu cargo. Frequentemente, um amigo ou membro da família pode ser chamado para ajudar o pastor no serviço, lendo o obituário, a Escritura, fazendo oração, etc. Geralmente, o agente funerário que cuida do corpo do falecido se encarregará dos detalhes do sepultamento e da documentação legal necessária na jurisdição em que o funeral acontece. Os pastores adventistas do sétimo dia não cobram taxas pela realização de funerais. Todavia, é razoável receber um reembolso por despesas de viagem. Exposição do corpo. A sabedoria da cultura deve ser respeitada na exposição do corpo. Em algumas situações, a família e os amigos são convidados para ir à funerária ver o morto. Algumas famílias preferem manter o corpo em casa, onde recebem as pessoas num ambiente devidamente preparado. Outras dão preferência a que as exéquias sejam oficiadas à noite, ao redor do caixão, até o dia do sepultamento. Qualquer que seja a forma de exposição, ela serve para um propósito útil. A morte precisa ser aceita antes de se iniciar o processo de recuperação. Nas cerimônias fúnebres, o corpo pode ficar exposto para que as pessoas prestem suas homenagens póstumas ao entrarem no recinto. O caixão é então fechado e a cerimônia, focalizada na esperança e segurança, não é interrompida por uma exposição final do corpo. Outras culturas e congregações preferem ter a visualização do corpo no encerramento dos serviços, antes do fechamento do caixão e da saída do féretro. Programa Típico Para um Funeral Oficiando o funeral. Em situações nas quais a família opta por uma instituição funerária para o serviço, quem está no comando do funeral deve ficar encarregado dos arranjos; e o pastor se responsabiliza pelos aspectos religiosos do serviço. O funeral é conduzido em

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196 | Guia Para Ministros conjunto entre o pastor e o encarregado dos trabalhos fúnebres. Prontidão e planejamento na condução de um serviço funeral são vitais. Atrasos e indecisão aumentam a tensão num ambiente já difícil por si. Auxiliando os enlutados. Os enlutados normalmente são reunidos numa sala lateral, antes de serem conduzidos a seus assentos na sala onde se encontra o caixão. Umas poucas palavras de encorajamento, uma oração e o apoio mútuo do grupo ajudam os enlutados a se preparar para a finalidade do serviço. Esse ministério também serve como uma medida da reação de dor normalmente esperada dos parentes do falecido. Ordem do serviço. A ordem do serviço fúnebre deve ser direta e simples. Eis uma sequência sugestiva que pode ser adaptada ou expandida para ajudar na situação: Acomodação da família. Os participantes entram e se sentam. Leitura da Bíblia e oração. Os textos bíblicos podem ser utilizados conforme sugerido a seguir, talvez combinando vários versículos. A oração inclui graças a Deus pela vida que Ele concedeu ao falecido, conforto para aqueles que choram e esperança da vida eterna em Cristo Jesus. Quem ora fica em pé e a audiência permanece sentada durante a oração. Música de conforto. A música executada por músicos convidados é geralmente preferível ao canto congregacional, que não se aplica muito bem em situações como essas, em que as emoções podem interferir na capacidade de cantar. Sermonete fúnebre e obituário. O sermonete fúnebre e o obituário, planejados para honrar a vida do falecido, podem ser combinados numa só elocução ou feitos separadamente. O sermonete caracteriza uma recordação mais longa em honra da vida do falecido; o obituário dirige-se primariamente aos dados fatuais como data de nascimento, da morte, nomes dos sobreviventes e alguns eventos notáveis de sua vida. Algum fato alegre e bem humorado pode ser lembrado nessa apresentação, pois ajuda a acalmar a tensão do evento.

Testemunhos. Algumas pessoas acham reconfortante dar ou ouvir testemunhos daqueles que assistem ao funeral. Embora isso possa ser útil em algumas ocasiões, essas memórias podem se tornar muito extensas, excessivamente emotivas ou inadequadamente pessoais. Sermão. O sermão fúnebre deve ser realista em relação à morte e esperançoso com respeito à ressurreição, reconhecendo as contribuições do falecido e a perda para a família, a comunidade e para Deus. O uso de poesias pode ser marcado para o final do sermão. A pessoa que faz o sermão deve reconhecer a importância de manter a duração dele ajustada às outras partes do programa. Oração. O sermão é encerrado com uma oração de fé e esperança para o futuro, e forças para aqueles que permanecem. Música de conforto. Conforme já exposto. Neste momento da cerimônia, o pastor se posiciona na cabeceira do caixão, permanecendo ali após os convidados e a família haverem saído, caso essa tenha solicitado uma exposição do corpo. O pastor então pede aos carregadores para moverem o caixão até o carro fúnebre, no qual o colocarão para o transporte até o sepulcro. O pastor pode escolher ir no carro fúnebre ou segui-lo diretamente em seu itinerário até o cemitério. Bíblia. Sermões e leituras da Escritura podem ser extraídos dos seguintes versos: Jó 14:1, 2, 14, 15 “Chamar-me-ias, e eu Te responderia.” Salmo 23 “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte.” Salmo 27 “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo.” Salmo 46 “Deus é o nosso refúgio e fortaleza.” Salmo 90 “Senhor, Tu tens sido o nosso refú-

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198 | Guia Para Ministros gio, de geração em geração.” Salmo 91:1, 2, 11, 12 “Diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte.” Salmo 121 “O meu socorro vem do Senhor.” Isaías 33:15-17, 24 “Nenhum morador [...] dirá: Estou doente.” Isaías 35:3-10 Deles fugirá a tristeza e o gemido.” Isaías 40:28-31 “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças.” Isaías 43:1, 2 “Quando passares pelas águas, Eu serei contigo.” João 14:1-6 “Voltarei e vos receberei para Mim mesmo.” Romanos 8:14-39 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” 1 Coríntios 2:9, 10 “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram.” 1 Coríntios 15:20-26 “O último inimigo a ser destruído é a morte.” 1 Coríntios 15:51-55 “Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade.” Filipenses 3:20, 21 “Pois a nossa pátria está nos Céus.” 1 Tessalonicenses 4:13-18 “Para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança.” 1 Tessalonicenses 5:1-11 “Quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com Ele.” Hebreus 4:14-16 “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas.”

Funerais | 199 2 Pedro 3:8-14 “Não querendo que nenhum pereça.” Apocalipse 7:15-17 “Jamais terão fome, nunca mais terão sede.” Apocalipse 14:13 “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor.” Apocalipse 21:1-4 “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima.” Apocalipse 22:1-5 “Contemplarão a Sua face.”

Funeral de jovens Eclesiastes 11:6-10 “Alegra-te, jovem, na tua juventude.” Eclesiastes 12 “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade.” Lucas 7:11-15 O filho da viúva de Naim. “Jovem, Eu te mando: levanta-te!” Funeral de mulheres piedosas Provérbios 31:10-31 “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias.” Mateus 26:10-13 “Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.” Atos 9:36-42 Dorcas. “Era ela notável pelas boas obras.”

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Funeral de crianças 2 Samuel 12:16-23 A aflição de Davi. Marcos 10:13-16 “Tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.”

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200 | Guia Para Ministros Funeral de idosos Gênesis 15:15 “Serás sepultado em ditosa velhice.” Mateus 11:28 “Eu vos aliviarei.” 2 Timóteo 4:6-8 “Completei a carreira, guardei a fé.” A Cerimônia de Sepultamento Ao levarem o esquife para a sepultura, o líder do serviço fúnebre deve evitar ao máximo caminhar sobre outras sepulturas. No túmulo, costumeiramente o líder fica em pé na cabeceira do esquife, defronte à família. A utilização de música à beira da sepultura pode ser programada segundo o costume local e o desejo da família, mas ela geralmente prolonga o tempo da cerimônia que deve ser breve. Se organizações militares ou outras participarem da cerimônia de sepultamento, o planejamento e a coordenação devem ser em conjunto. As condições atmosféricas podem acentuar a importância de se resumir o tempo do serviço à beira do túmulo. Sepultamento informal. Um sepultamento simples, informal, pode consistir numa leitura das Escrituras e oração. 1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:51-55 servem muito bem a esse propósito, seguidas de uma oração de fé e esperança na ressurreição. Sepultamento formal. Um sepultamento formal, se preferido, se ajusta bem com a leitura da Escritura e a oração. As formas de enterro variam. Em alguns lugares o costume inclui o gesto do pastor lançar um punhado de terra ou pétalas de flores sobre o esquife quando a leitura é feita. Para outros, isso pode ser considerado uma lembrança triste da fragilidade humana, a qual não tem necessidade de ser ilustrada tão claramente. Exemplo de um sepultamento cristão. “Tendo em vista que Deus, em Seu infinito amor e sabedoria permitiu que nosso(a) querido(a) irmão (ou irmã) dormisse em Cristo, nós com ternura sepultamos seu corpo na terra, na certeza e esperança de uma gloriosa ressurreição,

quando nosso Senhor retornar em glória. Então esse corpo de humilhação será transformado à semelhança do corpo glorioso de Cristo, de acordo com o poder de submeter todas as coisas a Si mesmo.” Exemplo de um sepultamente de um não cristão. “Considerando como Deus, em Sua bondade e operação de Sua providência, permitiu que nosso(a) amigo(a) [nome] depusesse os fardos desta vida, nós encomendamos amorosamente seu corpo à terra, lembrando-nos de que todas as questões da vida estão nas mãos do Pai amoroso e compassivo, que prometeu vida eterna àqueles que O amam.” Após o serviço. Em seguida à oração e ao término da cerimônia, a família pode ser cumprimentada. O pastor deve então permanecer até que todos os presentes tenham saído do cemitério. Enterro antes do funeral. Pode acontecer de o sepultamento ser feito antes da cerimônia, talvez como um serviço privativo para a família. Do cemitério, a família vai então à igreja para a cerimônia pública. Em tal situação, o programa deve se concentrar mais na celebração da vida do que na lamentação pela morte. Cremação. Cremação é uma apropriada alternativa ao sepultamento em muitas ocasiões. Os adventistas não têm nenhuma posição teológica contra a cremação, crendo que Deus não depende de matéria preexistente na ressurreição, assim como não precisou na criação. A cultura local e as sensibilidades da família podem influenciar na aceitação dessa prática. Ministrando aos Enlutados Esteja presente. Considerando que os enlutados continuarão a sofrer a perda do ser amado após o funeral, um contato contínuo deve ser programado. Passada a crise imediata, e com a dispersão das pessoas, começa a sensação de solidão. No funeral, o ministério aos enlutados apenas começa, e deve continuar por muitos meses depois. A igreja deve dar apoio aos enlutados mediante ministério contínuo.

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Funerais | 201

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202 | Guia Para Ministros Seja paciente. O processo de sofrimento leva tempo. Insônia, ansiedade, temor, raiva e preocupação com pensamentos tristes podem continuar por um ano ou mais. Expectativas irreais de que os enlutados “já deviam ter saído dessa” podem deixá-los ansiosos e sentindo-se culpados, tornando o processo de sofrimento mais difícil. Alguns podem expressar ira contra Deus e devem ser tratados com bondade e sem julgamento prévio, enquanto são reconduzidos novamente à verdade e à fé. Ouça. Falar e desabafar são meios efetivos de compartilhar emoções e cura para o sofrimento. Os enlutados normalmente gostam de conversar sobre seus amados que partiram, evocando preciosas e importantes lembranças. Em certo sentido, todavia, as pessoas precisam dar adeus ao passado antes de poderem desfrutar o presente e olhar para o futuro. Mostre-se sensível às indicações de recusa, como indisposição de falar sobre a morte e má vontade de se separar dos objetos pessoais do falecido. Estimule-os à atividade. O mais breve possível, os enlutados devem ser animados a se envolver em alguma atividade regular que compreenda beneficiar os semelhantes. Tornarem-se ativos num grupo de apoio a sofredores pode ser de grande auxílio.

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Lançamento de Pedra Fundamental, Inauguração e Dedicação de Igrejas gregação envolve o estabelecimento de uma nova casa de adoração. Adentrar a nova igreja pela primeira vez, e convidar a presença de Deus para reinar supremo no novo edifício, é um privilégio sagrado e prazeroso. A tradição e a diretriz da Igreja Adventista, todavia, requerem que a realização do serviço de dedicação ocorra apenas após todo o endividamento pelo novo edifício ter sido pago. Visto que as realidades financeiras relacionadas à construção e aquisição de novas instalações geralmente envolvem alguns débitos de longo prazo, isso cria certas tensões e dificuldades entre o desejo de inaugurar um novo templo e esperar até a quitação do financiamento para dedicá-lo. Como resultado, a cerimônia do corte da fita inaugural permite a utilização do novo edifício, e uma cerimônia de consagração ou dedicação representa a comemoração de um grande projeto concluído com sucesso, uma propriedade livre de débitos. Os convidados são parte importante de um serviço de consagração ou dedicação. Antigos membros e aqueles que apoiaram o projeto, bem como líderes da Associação/Missão e os pastores que anteriormente trabalharam no distrito, devem ser convidados a participar. Autoridades civis e pastores da comunidade também podem ser convidados a estar presentes.

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Um dos dias mais importantes na vida de uma con-

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204 | Guia Para Ministros Ordem da Cerimônia A ordem da cerimônia quer para a inauguração ou para a dedicação pode ser muito semelhante, com algumas distinções específicas: Hino de abertura Oração Reconhecimento dos membros, convidados e doadores Histórico da igreja Leitura bíblica Mensagem musical especial, ou hino pela congregação Sermão Ato de dedicação ou consagração Oração de dedicação ou consagração Hino Bênção Histórico da igreja. Um esboço histórico pode ser mais bem apresentado por alguém com reconhecida e longa estada na membresia e que tenha apoiado a igreja. Membros fundadores, membros antigos e pastores anteriores devem receber reconhecimento, fazendo-se menção destacada àqueles mais diretamente envolvidos com o projeto. O histórico pode chegar ao clímax com o anúncio de planos futuros e programas para prestação de serviços à comunidade. A igreja precisa se lembrar não apenas do passado, mas também de projetar seu futuro. Leitura da Bíblia. Leituras especiais da Escritura podem ser encontradas na oração de Salomão por ocasião da dedicação do templo (1Rs 8:23-25; 2Cr 6:14-42). Outras passagens geralmente utilizadas em tais ocasiões são: Êxodo 40:33-35 “E a glória do Senhor enchia o tabernáculo.” Neemias 12:27 “A fim de que fizessem a dedicação com alegria.” Salmo 84 “Quão amáveis são os Teus tabernáculos.”

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Sermão. Quaisquer dos textos mencionados acima podem ser desenvolvidos num sermão de dedicação, observando-se particularmente que, além do edifício, a igreja consiste de um grupo de pessoas. A congregação encontra-se ali para se dedicar a Deus, e não apenas o edifício. Ato de dedicação. A queima de uma cópia da hipoteca serve como símbolo de que a igreja está livre de débitos. Esse pode ser um evento apoteótico, principalmente se a igreja contraiu dívidas por algum tempo e se sacrificou a fim de pagá-las. Algumas igrejas acham apropriado cantar um hino de louvor e gratidão a Deus, durante a queima da hipoteca ou documentos de dívidas. Nesse momento, pode ser feita uma leitura responsiva mais longa, antes da oração de dedicação, envolvendo a congregação. Um exemplo dado a seguir pode ser usado integralmente ou adaptado para atender à situação local. Oração de dedicação. A oração de dedicação pode muito bem ser moldada segundo a que foi feita por Salomão na dedicação do templo, conforme registrado em 2 Crônicas 6. Essa oração merece cuidadoso preparo. Ela pode incluir o seguinte: •G  raças a Deus por prover, mediante Seu povo, os meios e o desejo de erigir a igreja. •C  onfissão de pecados e súplica pelo derramamento do Espírito Santo sobre a congregação. •O  rientação para a obra da igreja em edificar o reino de Deus naquele local. • Uma bênção para os membros e convidados.

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Salmo 100 “Entrai por suas portas com ações de graças.” Salmo 122 “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor.”

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206 | Guia Para Ministros A oração é concluída com palavras específicas de dedicação, como: “Dedicamos agora a Ti este edifício, ó Deus, como uma luz nesta comunidade, como casa de oração para todos os povos. Para a adoração de Deus, para a conversão de pecadores, para a pregação de Cristo e Sua Palavra, para a comunhão da família de Deus, para a salvação de nossos filhos, para ser o lugar da habitação de Deus, dedicamos esta casa, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.” Leitura Responsiva E Me farão um santuário. No princípio Deus criou os céus e a Terra. Então o Senhor Deus plantou um jardim a leste do Éden, e ali pôs o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento. No meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Assim, o Senhor Deus os baniu do Jardim do Éden para trabalharem a terra da qual haviam sido formados. Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. A iniquidade te separou de Deus. Teus pecados ocultaram Sua face de ti.

Lançamento de Pedra Fundamental, Inauguração e Dedicação de Igrejas | 207 E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles. Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os edificadores. Cante o hino 506: Fortalece Tua Igreja Fortalece Tua igreja, ó bendito Salvador; Aquecendo nossas almas no divino, santo amor: Vem, derrama sobre todos toda a graça de Jesus, Dando as bênçãos da verdade que nos mostram Tua luz.

Santifica Tua igreja pela graça divinal; Faze-a sempre trinunfante no conflito contra o mal; Dá-lhe forças na jornada em demanda para o lar, E que esteja preparada quando Cristo regressar! E construirão uma comunidade. Quando vocês vão a Ele, a Pedra Viva – rejeitada pelos homens mas escolhida por Deus e para Ele preciosa – vocês também, como pedras vivas, são edificados em casa espiritual. Vocês são o povo escolhido, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido de Deus, para que possam declarar os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Vocês não eram povo mas agora, são povo de Deus. Vocês não

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Pai, contempla Tua Igreja, vem, estende Tua mão. Dá-lhe a graça insondável da divina redenção, Antes que ela desfaleça, e se torne sem vigor; Vivifica, vivifica nossas almas, ó Senhor.

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208 | Guia Para Ministros tinham alcançado misericórdia, mas agora alcançaram misericórdia. Assim como vocês receberam a Jesus Cristo como Senhor, permaneçam nEle. Nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. Cante o hino 504: Da Igreja o Fundamento Da igreja o fundamento é Cristo, o Salvador; E nEle ela descansa, é forte em Seu amor; Em Cristo edificada, bem firme ficará, Pois sobre a Rocha eterna, jamais se abalará. A Pedra mui preciosa que Deus providenciou, Sustenta pedras vivas que a graça trabalhou; Sejamos sempre unidos, vivendo em plena luz, E a glória desta Igreja será do Rei Jesus. Em meio às duras lutas que deve confrontar, Espera a Igreja, em Cristo, um dia triunfar, Pois a visão gloriosa enfim se cumprirá, E a Igreja vitoriosa, em paz repousará. E desenvolverão o caráter. (As crianças são convidadas a ir à frente para cantar depois disso.) Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra.

E, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixalhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, Porque Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; E caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas Minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; E caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. As crianças podem cantar um cântico infantil como este, por exemplo: Sobre a areia o néscio construiu; Sua casa ele construiu [bis] E a chuva então caiu. A chuva caiu e a água subiu [repete três vezes] E a casa do néscio tombou

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210 | Guia Para Ministros Sobre a rocha o sábio construiu; Sua casa ele construiu [bis]. E a chuva então caiu. A chuva caiu e a água subiu [repete três vezes] E a casa do sábio ficou. Leitura Responsiva de Dedicação Ministro: Para a glória de Deus, nosso Pai, por cuja graça edificamos esta casa; para a honra de Jesus, o Filho do Deus vivo, nosso Senhor e Salvador; para a obra do Espírito Santo, ministro de vida e luz, Congregação: Dedicamos-Te esta casa, ó Deus. Ministro: Para o culto, a oração e o canto, para a pregação e o ensino da Palavra, para a celebração das sagradas ordenanças, Congregação: Dedicamos esta casa. Ministro: Para consolo dos que choram, para fortaleza dos que são tentados, para auxílio no viver cristão, Congregação: Dedicamos esta casa. Ministro: Para santificação da família, para orientação de crianças e jovens, para salvação de homens e mulheres, Congregação: Dedicamos esta casa.

Lançamento de Pedra Fundamental, Inauguração e Dedicação de Igrejas | 211 Ministro: Para a defesa da liberdade, para a educação da consciência, para a defesa de Cristo e Sua santa lei, para a luta contra o mal, Congregação: Dedicamos esta casa. Ministro: Para auxílio dos necessitados, para socorro dos aflitos, para apressar a volta de Cristo, Congregação: Dedicamos-Te esta casa, ó Deus.

Congregação: Nós, o povo desta congregação, consagrando-nos agora novamente, dedicamos todo este edifício à causa de Cristo e ao serviço em prol da humanidade. Agora eu o consagro a Deus e à Palavra de Sua graça, a qual pode edificá-lo e dar-lhe herança entre aqueles que são santificados. Fim de Semana Especial de Dedicação A dedicação de uma igreja pode ser realizada em qualquer horário, inclusive no sábado de manhã. No entanto, como é um acontecimento especial na vida da congregação, podem ser incluídos vários programas especiais no fim de semana. Por exemplo: Sexta-feira à noite: “Nossa igreja em consagração.” Pode ser rea­ lizada uma Santa Ceia e um programa musical.

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Ministro: Como dádiva de gratidão e amor dos que experimentaram o dom da graça de Cristo, apresentamos esta casa como oferenda voluntária ao nosso Deus.

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212 | Guia Para Ministros Escola Sabatina: “Nossa igreja em estudo.” Convide participantes especiais, como os membros mais antigos, ou pastores anteriores. Culto de adoração: “Nossa igreja em adoração.” Convide um orador especial. Sábado à tarde: “Nossa igreja em dedicação.” A cerimônia de dedicação. Sábado à noite: “Nossa igreja em companheirismo.” Um evento social. Folheto de Consagração ou Dedicação Um folheto de consagração ou dedicação se torna uma valiosa lembrança para os membros da igreja e pode constar do seguinte: • Ordem de serviço para a ocasião. • Imagens do processo de construção até seu término. • Sermonete usado durante o ato de dedicação. • Nomes dos pastores anteriores e do atual, se possível, com fotos e períodos em que trabalharam no lugar. • Nomes dos líderes da Associação/Missão, participantes da cerimônia. • Breve histórico da igreja, incluindo fotografias das antigas instalações. • Nomes do arquiteto, do construtor e dos membros da comissão de construção. • Fatos significativos sobre a construção: datas do lançamento da pedra fundamental, do início da construção, do término do projeto, os custos, capacidade de audiência e uma planta baixa que identifique a localização e serventia de cada sala. Lançamento da Pedra Fundamental A cerimônia de lançamento da pedra fundamental estimula o envolvimento congregacional e a unidade de apoio ao projeto de edificação gerando entusiasmo, especialmente quando os membros da igreja estão orando e contribuindo para a construção por longo tempo. Com o lançamento da pedra fundamental, eles veem que algo tangível está acontecendo.

Estabelecendo a ocasião. O lançamento da pedra fundamental não deve necessariamente ser considerado uma cerimônia religiosa e geralmente não é adequada às atividades do sábado. Visto que tais atividades ocorrem ao ar livre, assuntos como clima e luz disponível precisam ser considerados. A fim de que esteja presente ao evento o máximo possível de pessoas, a escolha do dia e do horário precisa ser analisada. Convidados. Os representantes da Associação/Missão, autoridades civis e líderes comunitários devem ser convidados. Os órgãos de comunicação devem ser notificados e animados a dar cobertura ao evento. Preparo do local. O local deve ser limpo. Talvez seja preciso construir uma plataforma e instalar um sistema de som. A cerimônia precisa ser vista como um grande evento. Se for longa, pode ser necessário providenciar cadeiras. Os desenhos arquitetônicos da construção podem ser exibidos. Uma maquete do projeto ajudará na visualização da estrutura completa do futuro prédio. Se o lançamento da pedra fundamental exigir o uso de pás, é bom providenciar número suficiente delas para os que estarão envolvidos no ato. Como alternativa, pode ser usada uma máquina para retirar a primeira camada de terra. Outra opção que envolve a participação dos membros é usar um arado. Uma longa corda é amarrada a esse arado e os irmãos o puxam através do terreno, como símbolo do empenho conjunto na construção do edifício. Pode ser feito um sulco cercando todo o perímetro do novo edifício, proporcionando uma visualização fácil do local da estrutura após o término das obras. Ordem do Serviço Hino inicial Em razão da dificuldade de se cantar ao ar livre, essa parte do serviço pode ser omitida, especialmente se o grupo for pequeno. Oração Se possível, envolvendo as pessoas convidadas.

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Lançamento de Pedra Fundamental, Inauguração e Dedicação de Igrejas | 213

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214 | Guia Para Ministros Leitura bíblica Textos e leituras responsivas listados acima contêm passagens adequadas para o evento. Discursos Os convidados podem ser solicitados a falar, e uma narrativa da história da igreja, as razões para a construção e planos para o futuro também podem ser abordados. Abertura do solo Os participantes especiais na abertura do solo, geralmente, incluem o pastor, o primeiro ancião, o presidente da comissão de construção, e alguns representantes da Associação/Missão e da comunidade. Se a edificação for uma escola, devem ser incluídos o presidente do conselho escolar, o diretor, um professor e um aluno. Bênção Colocação da Pedra Fundamental Semelhantemente à cerimônia de lançamento da pedra fundamental, o serviço de colocação pode ser feito após o início da construção e caracteriza a colocação de uma pedra que se tornará parte do alicerce. A cerimônia pode seguir a mesma ordem geral do lançamento da pedra fundamental. Textos escriturísticos recomendados: Esdras 3:10, 11; 6:14; Mateus 21:42; Atos 4:11; 1 Coríntios 3:9-11 e 1 Pedro 2:4-8.

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Bênção Para o Lar a cultura e o desejo de cada família. A igreja mundial não possui nenhuma tradição regular para essa cerimônia. Ela pode ser solicitada quando uma nova casa foi construída, adquirida ou alugada, ou com a quitação do financiamento. Tipicamente, a cerimônia de bênção sobre o novo lar é ministrada depois que a casa está pronta, os móveis instalados e a família já se tenha mudado. Ela constitui excelente oportunidade para convidar vizinhos e amigos, cristãos de outras denominações e cristãos não praticantes, e estabelecer o lar como um testemunho cristão à vizinhança. Deve ser feita cuidadosa diferença entre a bênção para um lar e a dedicação de uma igreja. Uma casa pode ser consagrada para ser um serviço espiritual à família e à vizinhança, mas a igreja é separada particularmente para a adoração de Deus. Uma casa pode ser abençoada, mas a igreja é dedicada. A bênção da casa consagra o edifício para fomentar amor, unidade e crescimento espiritual da família que a ocupa, e testemunhar à vizinhança do amor salvador de Jesus. Oficiantes Não é necessária nenhuma credencial ou ordenação para o ato de abençoar uma casa. Um ancião pode oficiar a cerimônia, mas deve fazê-lo com o conhecimento e a cooperação do pastor. Programa Os convidados se reúnem no maior cômodo da casa e, dependendo do número de assistentes, o aposento pode ficar superlotado.

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A prática de abençoar uma casa varia de acordo com

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216 | Guia Para Ministros Alguns podem ficar sentados; outros em pé. Por isso, a cerimônia deve ser breve, não mais que 30 minutos. Sugere-se a seguinte ordem: Cântico Esse cântico pode ser considerado opcional, dependendo da situação. Estes hinos são apropriados: “Abençoa Este Lar” (HA, 450), “Amor no Lar” (HA, 453) e “Vem Entre Nós Morar” (HA, 454). Oração de abertura A primeira oração invoca a presença de Deus no lar. Uma vez que são previstas três orações nessa cerimônia, a primeira e a última devem ser breves e não repetir a oração da bênção. História da casa Pode ser apresentada por um membro da ou família família, talvez o chefe da casa. Isso serve como resumo de como essa casa veio a ser o lar de uma nova família. Sermonete Deve ser iniciado com a leitura da Bíblia e o uso de referências bíblicas sobre o estabelecimento de lares, famílias e comunidades, de acordo com o plano e as leis de Deus, destacando a necessidade de interdependência e apoio mútuos. Os textos bíblicos são sugeridos mais adiante. Oração de bênção A família pode se ajoelhar, de mãos dadas, formando um círculo no centro do cômodo, em volta do pastor também ajoelhado. Os demais ficam em pé, em volta da família, enquanto o oficiante ora pela bênção e proteção de Deus sobre a casa, a família, a vizinhança e a comunidade.

Benção Para o Lar | 217

Textos Bíblicos e Leituras Responsivas Textos sugestivos Gênesis 24:67 O lar como lugar de amor e conforto. 2 Samuel 23:15 O lar como precioso lugar de refrigério. Salmo 127 O Senhor precisa construir a casa. Isaías 65:21-24 Construirão casas e as habitarão. Miqueias 4:4 Assentar-se sob sua própria videira. Lucas 10:38-42 O lar como lugar de trabalho e adoração.



Leitura Responsiva Líder: Eterno Deus, sobre esta casa erigida para Teu serviço e oferecida para Tua honra e glória, Presentes: Nós Te agradecemos, Senhor. Líder: Por Tua presença, sempre que dois ou três estiverem reunidos em Teu nome. Presentes: Nós Te agradecemos, Senhor.

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Música especial Se houver acompanhamento disponível, o hino “Vem Entre Nós Morar” é ideal para a ocasião. Bênção Essa oração deveria ser breve e não repetir as palavras da oração de bênção. Uma bênção escriturística pode ser apropriada, como: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz” (Nm 6:24-26). Visita pela casa O anfitrião pode querer convidar os presentes a conhecer a casa. As iguarias são opcionais.

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Líder: Por nos tornares Teus Filhos mediante Jesus Cristo, nosso Salvador. Presentes: Nós Te agradecemos, Senhor. Líder: Por nos dares uma família para amar e sermos por ela amados. Presentes: Nós Te agradecemos, Senhor. Líder: Por nos proveres abrigo, alimento e amigos. Presentes: Nós Te agradecemos, Senhor. Líder: Por Tua promessa de habitar conosco em paz. Presentes: Nós Te agradecemos, Senhor. Líder: Tudo Te pertence nos Céus e na Terra. Todos juntos: Nós exaltamos Teu nome acima de tudo. Amém.

Leitura alternativa. Talvez você queira fazer algumas perguntas à família, de maneira informal, ou por escrito, numa leitura responsiva, e receber suas respostas como compromisso familiar. As perguntas poderiam ser: Prometem fazer desta casa um local de oração, em que o altar da família e as devoções diárias sejam respeitadas? Prometem fazer deste lar um local de amor e união familiar? Prometem fazer deste lar uma luz na comunidade?

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Admissão em um Novo Distrito te do ministério, o período de serviço para um pastor é, em média, de três a seis anos. Alguns períodos se restringem a um ano ou dois. Raramente o pastor fica em um lugar mais de 10 ou 15 anos. A mundança existe como expectativa de serviço no pastorado e na vida da igreja, mas não lhe é exclusiva. Aqueles que seguem carreiras no serviço militar, na política, na indústria do entretenimento, nos esportes profissionais e em muitas outras áreas também convivem com a expectativa de mudança de local e liderança como parte de sua vida. Essas transferências podem ser tanto oportunidade como sofrimento para a família pastoral. Geralmente, mudar-se para uma nova localidade torna-se estressante emocional, física e financeiramente. Por causa dessa realidade, tanto as Associações/Missões como as igrejas têm a responsabilidade de se empenhar o máximo possível para alivar as tensões sobre a família pastoral. A transferência também pode ser estressante para a igreja. A partida de um pastor fiel e amoroso cria insegurança e uma lacuna no companheirismo e no programa da igreja. Porém, ela também abre caminho para novas ideias, que podem proporcionar renovada visão do companheirismo. Nenhuma pessoa, não importa quão dotada e amada seja, tem todas as ideias e habilidades necessárias para o progresso da congregação. Cerimônia de Admissão Celebração do novo. As Associações/Missões e congregações devem tomar providências para que a posse do pastor

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Sendo que a transferência de pastores é parte integran-

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220 | Guia Para Ministros seja um importante ato simbólico, estabelecendo publicamente o novo pastorado. Os pastores não podem planejar sua própria posse. Os líderes da igreja e departamentais da Associação/ Missão precisam trabalhar juntos na preparação do evento. A posse do pastor deve ser parte do culto de sábado, quando a maioria dos membros está presente. O ato deve conter a apresentação de toda a família pastoral, com o devido reconhecimento público à sua importância. Apresentação do representante do Campo local. O representante da Associação/Missão pode não ser muito conhecido da congregação, e deve ser apresentado pelo ancião encarregado, que expressará sua apreciação pelo trabalho dos dirigentes da Associação/Missão em providenciar liderança qualificada para a igreja. Observações do representante do Campo local. O representante da Associação/Missão transmitirá as informações relativas ao processo através do qual o novo pastor foi selecionado, e como essa indicação atende às necessidades da congregação e comunidade. Também apresentará uma breve biografia da família pastoral. Boas-vindas pelo ancião. O ancião é designado para saudar o pastor em nome da congregação. Toda a família pastoral pode ser convidada a estar na plataforma para unir-se ao ancião, caso seus membros se sintam à vontade fazendo isso. Para as crianças da família do pastor, uma saudação de boas-vindas pode ser feita pelo(a) professor(a) da Escola Sabatina, pelo(a) professor(a) da escola adventista local, pelo líder dos desbravadores ou dos jovens, ou por crianças da mesma idade. Uma pequena lembrança de boas-vindas pode ser providenciada. Leitura Responsiva. A seguinte leitura é uma sugestão que pode ser usada e adaptada quando necessário para adaptar-se à cerimônia de boas-vindas:









Ouvindo a Palavra Ancião: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus. A Palavra do Senhor é viva e eficaz. Mais aguda do que espada de dois gumes, ela penetra até a divisão da alma e espírito, juntas e medulas. Ela julga os pensamentos e atitudes do coração. Congregação: Nada em toda a criação está oculto da vista divina. Tudo está descoberto e patente aos olhos dAquele a quem temos de dar contas. Portanto, uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que está nos Céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos firmemente à fé que professamos. Líder da A fé vem pelo ouvir a mensagem e a menAssociação/Missão: sagem é dada através da palavra de Cristo. Todos os que confiam nEle nunca serão envergonhados. O mesmo Senhor é Senhor de todos, e Ele abençoa ricamente a todos os que O invocam. Congregação: Como podem eles invocar Aquele em quem não creram? E como crerão nAquele de quem nunca ouviram? E como podem eles ouvir sem que alguém pregue para eles? E como podem eles pregar a menos que sejam enviados?

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Reconhecendo o Chamado Pastor: Eu ouvi a voz do Senhor, dizendo: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Respondi: “Eis-me aqui, envia-me a mim!” O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados, a confortar todos os que choram. E prover para aqueles que sofrem em Sião, concedendo-lhes uma coroa de formosura em lugar de cinzas, e óleo de alegria em lugar de pranto, e vestes de louvor em lugar de espírito de desespero. Unindo-se ao Serviço Diácono: Não é este o tipo de jejum que escolhi: soltar as correntes da injustiça e desatar as cordas do jugo? Diaconisa: Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado? Diácono: Vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Congregação: Então a Sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura. Sua justiça o precederá e a glória do Senhor será a sua retaguarda. Conhecendo a Missão Pastor: E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, como testemunho a todas as nações, Congregação: E então virá o fim.

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Entendendo a Visão Líder da Deus diz: “Nos últimos dias derramarei o Meu Associação/Missão: Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões.” Qual é a sua visão para o ministério nesta congregação, em palavras, adoração, comunhão e serviço? Pastor: Vejo a igreja como uma comunidade redimida e unida por Deus, missionária, aberta às revelações de Deus em Sua Palavra e ao ministério do Espírito Santo; uma igreja espiritual que adora a Deus como Criador e reconhece a Cristo como Salvador, Amigo e Senhor vindouro; uma igreja orientada por uma missão que proclama o evangelho de modo significativo a todas as pessoas, uma igreja unida que valoriza as riquezas da diversidade e uma entidade disciplinada que prepara os crentes para o serviço e a liderança. Desfrutando a Alegria Líder da Quando vier o Filho do Homem na Sua A ssociação/Missão:  majestade e todos os anjos com Ele, então, Se assentará no trono da Sua glória. Então, dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.

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Cântico Sugestão: “Deus vos Guarde” (HA, 387)

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224 | Guia Para Ministros Porque tive fome, e Me destes de comer; tive sede, e Me destes de beber; era forasteiro, e Me hospedastes; estava nu, e Me vestistes; enfermo, e Me visitastes; preso, e fostes ver-Me. Congregação: Senhor, quando foi que Te vimos com fome e Te demos de comer? Ou com sede e Te demos de beber? E quando Te vimos forasteiro e Te hospedamos? Ou nu e Te vestimos? E quando Te vimos enfermo ou preso e Te fomos visitar? Pastor: O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.



Recebendo a Bênção Líder da Por esta causa, me ponho de joelhos diante Associação/Missão: do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no Céu como sobre a Terra, para que, segundo a riqueza da Sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o Seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, Àquele que

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Oração de recepção. Diante da congregação, o pastor se ajoe­lha (a família pode ser incluída), com o representante do Campo local de um lado e o ancião do outro. Outros anciãos e líderes da igreja também podem ser convidados a se unir à oração. O ancião ora, convidando a congregação ao compromisso de apoiar o novo pastor. O representante do Campo local ora, empossando oficialmente o pastor como líder congregacional, e conduz os anciãos e a igreja para darem as boas-vindas à nova família pastoral. Boas-vindas da igreja. Depois do encerramento do culto de adoração, os membros da congregação podem saudar e dar boas-vindas ao pastor enquanto deixam o templo. Uma oportunidade adicional para as saudações pode ser proporcionada por uma refeição amigável. Os textos bíblicos das leituras responsivas deste capítulo foram extraídos e adaptados da Nova Versão Internacional, incluindo os seguintes: Deuteronômio 8:3 Mateus 28:19, 20 Isaías 6:8 Atos 2:17, 18, Isaías 58:6-8 Romanos 10:11-17 Joel 2:28 Efésios 3:14-21 Isaías 61:1-3 Efésios 5:27 Mateus 24:14 Hebreus 4:12-14 Mateus 25:31-40

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é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, a Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”

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CAPÍT U LO

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Jubilação Quando o apóstolo Paulo estava

próximo do fim de seu ministério, ele sintetizou com precisão os desafios de seu nobre chamado, enquanto passava a tocha para o jovem Timóteo. Escreveu: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade. [...] Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2Tm 4:2-5). Embora o chamado de Deus ao serviço cristão nunca termine, chega o dia em que o ministro deve passar a responsabilidade da liderança da igreja a outros. Os obreiros da igreja que, por causa da idade ou condições de saúde, se aposentaram do serviço ativo merecem honra e consideração. “O Senhor quer que nosso povo compreenda que os pioneiros nesta obra merecem tudo quanto nossas instituições puderem fazer por eles. Deus nos pede compreender que aqueles que envelheceram ao Seu serviço merecem nosso amor, nossa honra, nosso profundo respeito” (Obreiros Evangélicos, p. 430). Identidade pessoal. Naturalmente, aquele que despende muitos anos no ministério ficará identificado com esse papel, e percebe sua própria identidade nesse contexto. É, porém, um erro identificar-se tanto com a função pastoral a ponto de perder a identidade pessoal em seu encerramento. Papéis da vida familiar, amigos e outros interesses devem ser desenvolvidos juntamente com a identidade que provém do papel ministerial, para que em seu término ainda haja senso de dignidade pessoal e utilidade. Saúde física. A despeito da natureza basicamente sedentária da obra ministerial, os pastores devem manter um programa regular de

atividade física, não apenas para aumentar sua capacidade de trabalhar durante o tempo de ministério, mas a fim de desfrutar boa saúde, permitindo uma aposentadoria ativa. “Sem o exercício físico, ninguém pode ter uma boa compleição e vigorosa saúde; e a disciplina do trabalho bem regulado não é menos essencial para se conseguir uma mente forte e ativa e um nobre caráter” (Patriarcas e Profetas, p. 601). Segurança financeira. Os pastores devem consultar a organização em que servem para determinar quais são os planos de aposentadoria ou jubilação aos quais têm direito. “Por causa do crescente controle governamental sobre os planos de aposentadoria, mudanças financeiras e circunstâncias sociais em muitos países, não é possível manter uma política uniforme de aposentadoria” (Livro de Regulamentos da Associação Geral Z 05 05).21 Os servidores denominacionais devem arcar com a responsabilidade de conhecer os planos de aposentadoria disponíveis para a igreja bem como os sistemas de aposentadoria do governo, e participar desses planos para assegurar uma jubilação financeiramente segura. Tal planejamento e poupança devem começar no início da carreira ministerial e prosseguir até o seu término. Além dos fundos da igreja e dos governamentais, as economias pessoais são parte vital das rendas da aposentadoria. Embora Jesus tenha advertido: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam” (Mt 6:19), Ele também disse: “Negociai até que Eu volte” (Lc 19:13). Na parábola das dez virgens (Mt 25), as sábias fizeram provisão para esperar a vinda do noivo, ao passo que as néscias não se importaram com isso. Transição. Uma transição distinta precisa acontecer entre o ministério ativo e a condição de jubilado, que não mais dirige atividades 21 Item Z 05 e ZZZ Apêndice do Livro de Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana.

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228 | Guia Para Ministros da congregação onde reside. Há funções ministeriais nas quais os pastores jubilados podem ser de grande benefício, tanto para a congregação como para o pastor da ativa, e encontrar satisfação pessoal em continuar sua obra. Reconhecimento do serviço. A fim de reconhecer a contribuição que os obreiros jubilados têm feito por meio de seu trabalho, para nutrir apreciação e reconhecimento de seu permanente serviço à igreja e aumentar sua contínua efetividade, a Associação Ministerial faz as seguintes recomendações: 1. A organização em que servem deve apresentar um evento especial de reconhecimento, que marque claramente a transição do ministério ativo para a jubilação. 2. Os líderes da União ou do Campo local são responsáveis por garantir que os nomes dos jubilados estejam listados numa publicação apropriada. 3. A denominação deve seguir a política de emitir credenciais ministeriais honorárias que permitirão ao pastor jubilado desempenhar as várias funções ministeriais, mesmo não trabalhando mais em tempo integral na denominação. Os aposentados devem respeitar as orientações referentes às credenciais honorárias. 4. Os líderes da Associação/Missão podem recrutar jubilados para servir como pregadores substitutos durante impedimentos pastorais e como assistentes no planejamento de funções especiais. Podem-lhes ser delegadas tarefas nas quais a idade e a sabedoria se combinarão para dar bons conselhos. Eles podem ter responsabilidades de curto prazo para expandir, ensinar ou promover a obra organizacional da igreja. 5. Os líderes da Associação/Missão devem instruir e, se necessário, admoestar o pastor jubilado a não tentar controlar as atividades da igreja a que uma vez serviu, e que agora se encontra sob nova liderança pastoral.

Credenciais honorárias. As Uniões-Associações, sob recomendação da Associação/Missão local, podem emitir credenciais honorárias a obreiros aposentados, correspondentes àquelas que mantiveram durante o serviço ativo.22 As credenciais são concedidas por tempo determinado e precisam ser renovadas mediante voto da Associação/ Missão. A posse de uma credencial desatualizada ou vencida não autoriza o jubilado a trabalhar em quaisquer ofícios do ministério. Como portador de credencial honorária, o obreiro jubilado deve se relacionar com a igreja do mesmo modo que qualquer outro membro, a não ser pelo fato de que ele pode ainda realizar batismos, casamentos e ordenação de líderes da igreja, especialmente quando o pastor não estiver disponível, ou ainda não for autorizado a realizálos. Para executar tais funções, o jubilado precisa fazer arranjos com a Associação/Missão ou líderes distritais. A alegria do serviço. Quando seu ministério chegou ao final, Paulo olhou para trás e sem remorso algum disse a Timóteo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda” (2Tm 4:7, 8). O ministério tem suas lutas e sofrimentos, mas a alegria e as vitórias sobrepujam em muito as dificuldades, tornando-as insignificantes. O servo fiel recebe, além de qualquer recompensa terrestre, a aprovação do Mestre: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21).

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22 Na Divisão Sul-Americana, os Campos locais têm a atribuição de conceder credenciais honorárias aos pastores jubilados que residem em seus respectivos territórios.

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ÍNDICE GERAL Aconselhamento 133-135 concentre-se nas soluções 134 confidencialidade no 134 limitações no 133 nas crises 133, 134 oriente na escolha de um plano 134 ouça 134 partilhado 135 pré-conjugal 173 Administração do tempo 22-25 Admissão em um novo distrito 219-225 boas-vindas da igreja 225 cerimônia de 219 leitura responsiva 220 oração de recepção 225 representação do Campo local 220 saudações do ancião 220 Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) 52-54 Amar as pessoas 18 Anciãos boas-vindas ao novo pastor 220 cerimônia de ordenação 91 no rito da Comunhão 168, 170, 171 trabalho com os 108 Anuário da igreja 138 Aparência pessoal 29, 30

deve atrair para Cristo 30 importância da 30 não deveria ser evidente demais 30 normas de vestuário 29 Aspirantes ao ministério e ética pastoral 39 Associação Ministerial 63 Batismo 162-166 antes do 162 apelo 165 autorização para batizar 164 diáconos e diaconisas 163 durante o 165 em seguida ao 166 horário 162 imergindo o candidato 165 importância do 162 local 163 mentores espirituais 166 preparação das instalações 163 preparação pessoal 164 recebimento dos novos membros 164 refeição de confraternização 166 traje batismal 163 Bênção para o lar 215-218 Boletim semanal da igreja 137

Capacitação de membros 110 Casamento 173-183 certidão de, assinatura 183 aconselhamento pré-conjugal 173 assinatura da certidão de 183 declaração de 182 ensaio 177 entrega da noiva 180 exigências denominacionais 174 oficiantes 174 ordem do serviço 177 planejando o 176 requerimentos da igreja 175 requisitos legais 174 sermão 180 taxas e despesas 183 votos 181 Ceia, Santa 170 Cerimônia da humildade 169 Cerimônias, preparo bênção para o lar 215-217 casamento 177-183 culto de adoração 121-127 inauguração de igrejas 204 lançamento da pedra fundamental 212 ordenação 82-86 unção 189 Chamado ao ministério 10-13 capacitação pessoal 12 de Cristo 10 designação divina 10 privilégio 10 relação pessoal com Cristo 11

servir 11 Código de ética 37-43 Comissão da igreja 102 de nomeações 108 Companheirismo e visitação 128-132 cristão 129 hospitalar 130 leitura bíblica 131 luto e apoio a quem está no fim da vida 130 membros ausentes 129 necessidades espirituais e encorajamento 129 pastoral 132 Compromisso Pessoal com a Integridade e Transparência Financeira da Igreja, Declaração de 147 Comunhão, rito da 167-172 cerimônia da humildade 169 depois da Santa Ceia 171 diáconos e diaconisas no 169-172 frequência do 167 oficiantes 168 pão, receita do 172 participantes 168 pastores no 168-170 pastores ordenados no 168 preparação do emblema 172 Santa Ceia 170 Comunicação 58 Comunidade evangelização e serviço à 140 relacionamentos com a 21

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232 | Guia Para Ministros Comunidade eclesiástica 136-143 comunicação com os membros 136 ministérios em grupos 139 promoção de programas 142 Confraternização, almoços de 142, 166 Consagração ou dedicação, folheto de 212 Construção de igreja, ver Igreja, instalações Credenciais e licenças 78-81 aspirantes ao ministério 81 disciplina de ministros 78 emitidas para servidores denominacionais 79 honorárias 228, 229 instrutor bíblico 81 ministerial 80 missionárias 81 propósito 78 proteção 78 vencimento de 79 Crescimento da igreja 114-118 biológico 114 confirmando novos membros 117 membros inativos 116 novos membros 114 por evangelismo 115 por transferência 115 Crescimento espiritual 45 Criança(s) culto de adoração 120 dedicação de 184-187

Ministério da 57 Crises, aconselhamento nas crises 133 Culto de adoração 119-127 cântico 122 congregacional 119 elementos de adoração 121 experimental 120 inspirador 119 leitura da Bíblia no 125 ministrando às crianças no 126 ofertas 124 oração no 122 ordem no 127 participativo 120 prazeroso 120 propósito do 119 sermão do 124, 126 significativo 120 Dedicação de crianças 184-187 celebrando a 185 certificado 185, 187 convite 185 idade da criança 185 oração 187 planejando a 184 programação 185 sermonete 186 sugestões escriturísticas para 186 Dedicação de igrejas fim de semana especial de 211 folheto de consagração ou 212 Departamentos da igreja 50-75



Adra 52 Associação Ministerial 63 Capelania 50 Comunicação 58 Família 60 Mordomia 70 Publicações 67 Deveres cívicos e Liberdade religiosa 66 Educação 59 Escola Sabatina e Ministério Pessoal 68 Instituto de Pesquisa Bíblica 57 Ministério da Criança 57 Ministério da Família 60 Ministério da Mulher 72 Ministério de Saúde 63 Ministério Jovem 74 Missão Adventista 54 Mordomia cristã 70 Publicações 67 Rádio Mundial Adventista 56 serviços 50-75 Testamentos e legados 65 White, Patrimônio 71 Dependência, falta de 15 Descanso 27 Desenvolvimento profissional 44, 45 através da leitura 45 avaliação 45 como desenvolver-se 45 como oportunidade 44 educação contínua 44 espiritual 45

Deveres cívicos e liberdade religiosa 66 Devocionais, métodos 16 Diáconos e diaconisas atendem às necessidades do batismo 163 cerimônia de ordenação 92 na cerimônia da Comunhão 168171 Dieta 26 Disciplina de ministros, credenciais e licenças 78 Disciplina na igreja 155-159 administrando a disciplina 156 bíblica 157 e confidencialidade 158 e o Manual da Igreja 156 e perdão 157 imparcial 158 importância da 155 mantenha contato após a 159 no tempo certo 157 propósito da 156 voluntária 158 Disciplina pessoal, falta de 16 Dissolução de igrejas 97 Distrito, novo 219-225 Distritos grandes 111-113 capacitação de liderança 111 itinerário pastoral 112 reuniões distritais 112 Dons e atribuições combinados 108

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Índice Geral | 233

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234 | Guia Para Ministros Educação 59 contínua 44 Educação cristã 161 importância da 160 promoção da 161 Escola da igreja 160, 161 Escola Sabatina e Ministério Pessoal 68 Esgotamento 28 Estresse 27 Estudos bíblicos, ministérios em grupos 140 Ética pastoral 37-43 código de 37 e companheiros de ministério 38 e gênero 40 e lei 42 e posição na Obra 40 e raça 40 e responsabilidade moral 40 na administração financeira 43 nos relacionamentos 41 Evangelismo 14 crescimento por 115 Evangelização e serviço à comunidade 140 Exercício 27 Família, ministério da 60 Família do pastor 34-36 limitações, como modelo 34 ministério e o lar 34 vantagens 36 Finanças da igreja 144-148

declaração de compromisso 147 gerenciamento dos fundos da igreja 145 maneiras de doar 145 motivação para dar 144 Finanças pessoais 31-33 Financeira ética na administração 43 segurança, na jubilação 227 Formação espiritual 14-17 barreiras à 15 essencial à liderança 14 essencial à pregação 14 essencial ao evangelismo 14 métodos devocionais 16 Fundos da igreja, gerenciamento dos 145 Funerais 193-202 antes da cerimônia 194 cerimônia de sepultamento 200 enlutados, ministrando aos 201 exposição do corpo 195 leituras para 197 oferecendo ajuda 194 oficiando os 194, 195 programa para 195 tradição e cultura 193 visitando a família 194 Grandes distritos 111-113 Grupos, ministérios em 139 almoços de confraternização 142 de estudo da Bíblia 140 de oração 139

de seminários e apoio 140 recreação e passatempos 141 sociais 141 Guia Para Ministros 77 Hospitalar, visitação 130 Humildade, cerimônia da 169 Igreja(s) anuário da 138 boletim semanal 137 como um corpo 108 comunidade da, ver Comunidade eclesiástica crescimento da 114-118 dedicação de 203-212 disciplina na 155-159 dissolução de 97 escola da 160-161 finanças da 144-148 fundos da, gerenciamento dos 145 inauguração de 203-214 instalações alugadas 150 instalações da 149-154 liderança da 99-104 líderes da 108 normas da 76, 77 organização da 46-49 requerimentos da, casamento 175 tesoureiro de 146 unindo 96 Igreja, nova

como começar uma 94 implantando uma 93 organização de uma 93-96 organizando o culto para a 95 preparação para a organização de uma 94 Inauguração de igrejas 203-212 ato de dedicação 205 folheto de consagração ou dedicação 212 histórico da igreja 204 leitura bíblica 204 leitura responsiva 206 oração de dedicação 205 ordem da cerimônia 204 sermão 205 Instalações da igreja 149-154 alugadas 150 existentes 149 novas 151 projeto 152 Instituto de Pesquisa Bíblica 57 Instrutor bíblico 81 Jornal informativo da igreja 137 Jovem, ministério 74 Jubilação 226-229 alegria do serviço 229 credenciais honorárias 229 identidade pessoal 226 reconhecimento do serviço 228 saúde física 226 segurança financeira 227 transição 227

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236 | Guia Para Ministros Lançamento de pedra fundamental, inauguração e dedicação de igrejas 203-214 Lar, bênção para o 215-218 leitura alternativa 218 oficiantes 215 programa 215 textos bíblicos para 217 Legados e testamentos 65 Leitura 16 como desenvolver-se 45 Leitura bíblica em funerais 197 na dedicação de crianças 186 na inauguração de igrejas 204 na unção 191 na visitação 131 Leitura responsiva inauguração de igrejas 206 investidura de oficiais 109 lar, bênção para o 217 posse do pastor 220 Liberdade religiosa e deveres cívicos 66 Libertação, ministério de 191 Licenças e credenciais 78-81 Liderança delegação 100 ministerial 14 Liderança da igreja 99-104 comissões 102 delegação 100 estilo de 99-101 objetivos 101

organização 100 servidora 99 supervisão 101 visualização 100 Líderes da igreja, trabalhando com os 108 Livro de Regulamentos da Associação Geral 77 referências ao 43, 47, 76, 84, 164 Local, batismo 163 Luto e apoio a quem está no fim da vida 130 Maneiras de doar 145 Manual da Igreja 76 e a disciplina 156 referências ao 43, 47, 76, 92-97, 115, 127, 147, 156, 164, 168, 175 Meditação pessoal 14, 16 Membros ausentes 129 capacitação de 110 inativos 116 novos 115 Membros, ministério de todos os 105-110 cada crente, um ministro 105, 106 capacitação de 110 motivando voluntários 106 trabalhando com os líderes da igreja 108 Mensagens telefônicas 137 Ministerial

Associação 63 credencial, licença 79 liderança ministerial 14 Ministério(s) aspirantes ao, licença e credencial 80 cooperativo 48 da Criança 57 da Família 60 da Mulher 72 de Libertação, unção 191 de Saúde 63 de todos os membros 105-110 em grupos 139 Jovem 74 Pessoal e Escola Sabatina 68 Missão Adventista 54 Mordomia cristã 70 Motivação para dar 144 para voluntários 106 Mulher, ministério da 72 Música na adoração 122 Necessidades espirituais e encorajamento, visitação 129 Normas da igreja 76, 77 Guia Para Ministros 77 Livro de Regulamentos 77 Manual da Igreja 76 Novo distrito, admissão em um 219-225

Obreiros, servidores denominacionais, credenciais e licenças 79 Ofertas na adoração 124 Oficiantes casamento 174 rito da Comunhão 168 Oração de dedicação de crianças 187 de inauguração de igrejas 205 de louvor 17 de ordenação 88 de recepção do pastor 225 de unção 191 grupos de 139 intercessória 17 no culto de adoração 122 penitencial 17 pessoal 16, 17 Orçamentos da igreja 146 Ordenação 82-86 ao ministério evangélico 82 autorizada 84 não é uma recompensa 85 para serviços particulares 82 preparação para 85 processo de exame 86 qualificações para 83 responsabilidade da 84 Ordenação, cerimônia de 87-92 anciãos 91 diáconos e diaconisas 92 fila de cumprimentos 90 ministros 87

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Índice Geral | 237

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238 | Guia Para Ministros oração 88 ordem de serviço 87 ordenação 88 Organização da igreja 46-49 base bíblica para a 46 base prática para a 46 benefícios 47 é necessária 46 ministério cooperativo 48 Organização de novas igrejas 93-98 como começar 94 culto para 95 preparação para 94 Pastor cerimônia de ordenação de 87-91 código de ética do 37 companheiros de ministério e ética 38 dos pastores 48 e pastores de outras igrejas 39 Guia Para Ministros 77 Patrimônio White 71 Pedra fundamental, lançamento da 212 colocação da 214 convidados 213 estabelecendo a ocasião 213 ordem do serviço 213 preparo do local 213 Perdão e disciplina 157 Pesquisa Bíblica, Instituto de 57 Planejamento envolva os membros no 107

falta de, pessoal 15 Posse do novo pastor 219 Pré-conjugal, aconselhamento 173 Pregação 14, 107 na adoração 124, 126 Preparação para a cerimônia de unção 189 para a ordenação 85 para a organização de uma nova igreja 94 para o batismo 162-164 Privacidade, falta de 15 Promoção de programas 142 Publicações, departamento de 67 Rádio Mundial Adventista 56 Recreação e passatempos 141 Recursos da Associação e congregacionais 110 Relacionamento com a Organização da Igreja 46-49 Relacionamentos e ética 41 Relacionamentos interpessoais 18-21 amar as pessoas 18 amizades 20 com a comunidade 21 no ministério 18 Requisitos legais, casamento 174 Responsabilidade, compartilhe a 108 Reunião administrativa 102 Reuniões sociais 141 Rito da Comunhão, O 167-172

Índice Geral | 239 celebração 189 leitura da Bíblia para 191 local 189 ministério de 191 o recebedor 190 oração de 191 ordem do serviço 190 participantes 190 preparando-se para a cerimônia 189 solicitada 189 Unindo igrejas 96

Telefone, mensagens 137 Tempo, administração do 15, 22-25 Tesoureiro de igreja 146 Testamentos e legados 65 Tradição e cultura, no ministério pelos enlutados 193

Vencimento da credencial 79 Vestuário, normas de 29 Vida familiar 34-36 Visitação e companheirismo 128-132 hospitalar 130 necessidades espirituais e encorajamento 129 Voluntários, motivando 106

Unção e libertação 188-192

White, Patrimônio 71

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Santa Ceia 170, ver Comunhão, rito da Saúde, ministério de 63 Saúde pessoal 26-28 física 26 mental 27 Sepultamento, cerimônia de 200 Sermão casamento 180 dedicação de crianças 186 no culto de adoração 124 Serviço fiel, reconheça o 107 Sobrecarga 107

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