EFEITOS DA COCAÍNA NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM EM CRIANÇAS Lynn Singer, Robert Arendt, Sonia Minnes, Ann Salvator, Carol Siegel, Barbara Lewis Department of Pediatrics – Case Western Reserve University, School of Medicine (Ohio –USA)
PEDRIATRICS 1999; 107(5): 1057-63.
SÉRGIO MARSIGLIA DUAILIBI
São Paulo, 18 de julho de 2003.
I. OBJETIVOS :
AVALIAR SE HÁ ASSOCIAÇÃO ENTRE NÍVEL DE EXPOSIÇÃO FETAL À COCAÍNA E PREJUÍZOS NO DESENVOLVIMENTO DOS PRECURSORES DA LINGUAGEM ATÉ 1 ANO DE IDADE .
II. INTRODUÇÃO :
٭EFEITOS DA COCAÍNA EM RECÉM NASCIDOS
٭DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
٭VARIÁVEIS AMBIENTAIS QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
EFEITOS DA COCAÍNA EM RECÉM-NASCIDOS
COCAÍN A Elevação periférica de catecolaminas
vasoconstricçã o
redução do aporte sanguíneo para a placenta
aumento da contração uterina
descolamento de placenta
trabalho de parto prematuro
MÃE
FETO Cocaína queda de nutrient es
baixo peso ao nascer
redução da pressão parcial de oxigênio Elevação periférica de catecolaminas
aumento da pressão sanguínea
hemorragia intracranian a
vasoconstricçã o intracraniana redução do fluxo sanguíneo cerebral
lesões cerebrais isquêmicas focais ou difusas
EFEITOS DA COCAÍNA EM RECÉM-NASCIDOS
#S. ABSTINÊNCIA FETAL (USO CRÔNICO) - TAQUICARDIA / TREMORES - DIFICULDADES DE SUCÇÃO - CONVULSÕES # MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS - CARDÍACAS - TRATO GÊNITO-URINÁRIO - TRATO GASTRO-INTESTINAL - REDUÇÃO DE MEMBROS # USO NA LACTAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
•
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM DEPENDE :
# SISTEMA NERVOSO # APARELHO AUDITIVO # ÓRGÃOS FONO-ARTICULATÓRIOS # FATORES AMBIENTAIS
VARIÁVEIS AMBIENTAIS QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
# INTELIGÊNCIA E LINGUAGEM MATERNAS # NÍVEL EDUCACIONAL # MÃES COM PROBLEMAS PSIQUIÁTRICOS OU PSICOLÓGICOS # CUIDADOS NÃO-MATERNOS # USO COMBINADO DE OUTRAS DROGAS
III. DESENHO DO ESTUDO DOSAGEM DE BENZOILECGONINA
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
ESCALA DE LIGUAGEM PRÉ-ESCOLAR (PLS-3)
P < 0.10
ESCALA DE LINGUAGEM TOTAL
ENTREVISTA COM AS MÃES ACERCA DO CONSUMO DE COCAÍNA
NORMAIS
SEGUIMENTO CRIANÇAS NÃO-EXPOSTAS À COCAÍNA DURANTE A GESTAÇÃO
ALTERADOS
131
NORMAIS CRIANÇAS EXPOSTAS LEVEMENTE À COCAÍNA DURANTE A GESTAÇÃO 68
ALTERADOS
NORMAIS
CRIANÇAS EXPOSTAS PESADAMENTE À COCAÍNA DURANTE A GESTAÇÃO 66
AO NASCIMENTO
1 ANO DE VIDA
ESTUDO DE COORTE (LONGITUDINAL)
ALTERADOS
IV. METODOLOGIA : EXPOSIÇÃO À DROGA
DEMOGRAFIA
OUTRAS ESCALAS
3 TRIMESTRES & ÚLTIMO MÊS (QUANTIDADE E FREQUÊNCIA)
INTELIGÊNCIA NÃO-VERBAL
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA
(BLOCK DESIGN...)
ESCALA DE LIKERTY-TYPE 0-7 SEVERIDADE USO FREQUÊNCIA X QUANTIDADE
MÉDIA DO ESCORE TOTAL DO CONSUMO DE TODAS AS DROGAS PARA CADA MÃE OU CUIDADOR (TRIMESTRES + ÚLTIMO MÊS)
GRAU DE SOFRIMENTO CARACTERÍSTICAS
PSICOLÓGICO
DEMOGRÁFICAS E MÉDICAS
(BRIEF SYMPTON INVENTORY)
MATERNAS E DO NEONATO.
NASCIMENTO- 1 ANO
AVALIAÇÃO DO ESTADO SÓCIO-
GRAU DE ESTRESSE GLOBAL (GLOBAL SEVERITYINDEX)
ECONÔMICO , NÍVEL EDUCACIONAL , VOCABULÁRIO (PEABODY PICTURE VOCABULARY).
MÉDIA DE COMPLICAÇÕES NEONATAIS (HOBEL NEONATAL RISK INDEX)
DETERMINAÇÃO DO USO PESADO DE COCAÍNA NA AMOSTRA PELA INTENSIDADE DO CONSUMO POR PERCENTIS RELATO MATERNO DE USO > 75 BZE MECONIAL > 70
V. RESULTADOS :
٭CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS
٭CARACTERÍSTICAS DO RECÉM-NASCIDO
٭CORRELAÇÕES ENTRE AS VARIÁVEIS MÉDICAS E DEMOGRÁFICAS COM O PROGNÓSTICO
CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS :
NÃO HOUVE DIFERENÇAS SIGNIFICANTES ENTRE AS MÃES USUÁRIAS DE COCAÍNA (LEVES E PESADAS), PARA OS SEGUINTES ÍNDICES: IDADE NÚMERO DE GESTAÇÕES E PARTOS INÍCIO DO PRÉ-NATAL NÚMERO DE VISITAS PRÉNATAL
COMPARANDO AS MÃES NÃO-USUÁRIAS E USUÁRIAS HOUVE DIFERENÇAS ESTATISTICAMENTE SIGNIFICANTES PARA TODOS OS ÍNDICES ACIMA. ALÉM DISSO, AS MÃES USUÁRIAS DE COCAÍNA CONSOMEM OUTRAS DROGAS EM MAIOR FREQÜÊNCIA E QUANTIDADE.
CARACTERÍSITCAS DOS RECÉM-NASCIDOS :
VARIÁVEIS MÉDICAS PROGNÓSTICAS AS MÃES USUÁRIAS DE COCAÍNA, INDEPENDENTEMENTE DA QUANTIDADE, TÊM FILHOS COM MENOR PESO AO NASCIMENTO, MENOR PERÍMETRO CEFÁLICO, MENOR ESTATURA E SÃO MAIS PREMATUROS, QUE OS NÃO-EXPOSTOS.
CUIDADOS EXTERNOS AO NASCIMENTO, 37% DOS FILHOS DE MÃES USUÁRIAS FORAM ENTREGUES A CUIDADORES. ESSE ÍNDICE ATINGIU 49% AO FINAL DO PRIMEIRO ANO DE VIDA.
ENTRE AS NÃO-USUÁRIAS OS MESMOS ÍNDICES ERAM DE 3% E 8%, RESPECTIVAMENTE.
CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS MÉDICAS E DEMOGRÁFICAS COM O PROGNÓSTICO SEXO OS MENINOS APRESENTAM MAIORES DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM (COMPREENSIVA E EXPRES SIVA) QUE AS MENINAS (6 – 8%), INDEPENDENTE DA EXPOSIÇÃO À COCAÍNA DURANTE A GESTAÇÃO. PARIDADE MATERNA QUANTO MAIOR O NÚMERO DE PARTOS, PIORES OS ESCORES DE COMUNICAÇÃO. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL QUANTO MENOR A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL, PIORES OS ESCORES DE COMUNICAÇÃO. PESO AO NASCIMENTO QUANTO MENOR O PESO, PIORES OS ESCORES DE COMUNICAÇÃO. CONCENTRAÇÃO DE BZE NO MECÔNIO QUANTO MAIOR A CONCENTRAÇÃO DE BZE MECONIAL, PIORES OS ESCORES DE COMUNICAÇÃO. CONSUMO DE COCAÍNA QUANTO MAIOR O CONSUMO DE COCAÍNA DURANTE A GESTAÇÃO, PIORES OS ESCORES DE COMUNICAÇÃO.
VI. DISCUSSÃO :
FATORES AMBIENTAIS : MÃES USUÁRIAS TÊM MENORES INTERAÇÕES AFETIVAS, SOCIAIS E LINGUÍSTICAS . VARIÁVEIS ESTUDADAS : EDUCAÇÃO MATERNA, INTELIGÊNCIA VOCABULÁRIO MATERNO, ESTRESSE => NÃO RELAC. DROGAS EFEITOS AMBIENTAIS => 2 ANOS. (ATENUADOS) OUTROS ESTUDOS => TABACO : < COMPREENSÃO AUDITIVA E VISUAL .( IDADE E METODOLOGIA) > CONFIABILIDADE : RELATOS MATERNOS E [ ] DROGAS
VII. CONCLUSÃO :
SIGNIFICATIVOS EFEITOS DA EXPOSIÇÃO FETAL A COCAÍNA NO QUE DIZ RESPEITO A CAPACIDADE DE ATENÇÃO , AFETANDO A COMPREENSÃO AUDITIVA QUE É PRECURSORA DA LINGUAGEM (RECEPTIVA E FALADA) NO 1 ANO DE VIDA . FILHOS USUÁRIAS PESADAS => LOCALIZAÇÃO DE SONS , SEGUIMENTO VISUAL DE OBJETOS,ATENÇÃO A BRINQUEDOS, COMPORTAMENTO DURANTE BRINCADEIRA E JOGOS . VIGILÂNCIA INTENSA DESENVOLVIMENTO ATÉ 2 ANOS.