Universidade Estácio de Sá - Gestão Empresarial e Tecnologia da Informação ECONOMIA DA INFORMAÇÃO – 1o. período
Cap 4 – Gestão de Direitos “A legislação tradicional de proteção à propriedade intelectual é incapaz de lidar com os desafios impostos pela economia da informação” Essa é uma idéia bastante propagada, mas que não é totalmente verdadeira.
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O que mudou é que a internet e as TI oferecem
oportunidades e desafios novos para a aplicação dos princípios tradicionais de proteção à propriedade intelectual. Os detentores de produtos e serviços característicos da
economia da informação devem buscar se beneficiar das facilidades existentes no que se refere à reprodução e à distribuição dos mesmos. Ex: Videocassete.
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Propriedade Intelectual Propriedade Intelectual são leis que protegem, estimulam e regulam a reprodução de inovações. Marcas Patentes Desenhos industriais e Direitos autorais
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Propriedade Intelectual Intellectual property refers to creations of the mind: inventions, literary and artistic works, and symbols, names, images, and designs used in commerce. Intellectual property is divided into two categories:
Industrial property, which includes inventions (patents), trademarks, industrial designs, and geographic indications of source; and Copyright, which includes literary and artistic works such as novels, poems and plays, films, musical works, artistic works such as drawings, paintings, photographs and sculptures, and architectural designs.
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Custos de Reprodução e Distribuição Custos de reprodução: o custo de fazer reproduções
perfeitas na economia da informação é praticamente nulo (ex: gravador, reduz custo de cópia, mas não de distribuição – esta é tão cara quanto do original) Custos de distribuição: permite que a distribuição seja
rápida e eficiente (ex: radio, reduz custo de distribuir um tipo de música, se comparado à distribuição via CD). A tecnologia digital permite que ambos sejam reduzidos
significativamente.
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Como aproveitar as vantagens do baixo custo de distribuição? - permitir que clientes experimentem seu produto (livrarias permitem que leitores folheiem livros e revistas; internet - pode oferecer uma amostra do bem da informação). “A beleza da informação é que você pode doar amostras grátis de algo que possui custo marginal zero de distribuição”.
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A questão é saber medir o quanto doar e o quanto vender.
Aqueles que acertarem a medida correta tenderão a obter lucros maiores. No caso da internet, é possível oferecer um grande
volume de informações grátis, uma vez que a inconveniência de ler algo na tela do computador faz com que as pessoas prefiram adquirir o bem físico (versão offline). Mas é preciso que a versão on-line seja protegida contra
impressão, a fim de evitar redução das vendas off-line.
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Demanda por versões repetidas CD oferece a opção de ouvir uma música quando você
deseja. Já se você ouve uma música pelo rádio, apenas quando o DJ resolver tocá-la de novo você poderá ouvila. As pessoas gostam de ouvir aquilo que gostam quando
querem, repetidamente. CD oferece valor de opção (pode ouvir a música quando e
quantas vezes desejar).
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Crianças possuem tendência a querer ver repetidas vezes
um filme ou desenho, tornando-se um público que justifica a doação de parte da informação. Ex: Vídeos infantis para escolas Mesmo adultos possuem preferência em rever alguns
tipos de filmes ou documentários, por exemplo.
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Produtos semelhantes, mas não idênticos. A estratégia aqui é doar amostras para vender produtos
semelhantes, mas não iguais, a fim de não cansar o consumidor (ex: revista Playboy – amostra é diferente do conteúdo, mas dentro de um mesmo tema). Outro exemplo é o MacAfee, que vende o VirusScan. O importante é que as amostras grátis guiem os clientes
para você.
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A internet e as TI oferecem grandes oportunidades para o
uso criativo de amostras grátis. Amostras grátis são importantes por dois motivos: 3. consumidores precisam de amostras para saber o que está
sendo vendido; 4. o custo de oferecer esta amostra é muito baixo. A fim de obter retorno oferecendo amostras grátis, é
fundamental utilizar a estratégias de versões.
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Produtos complementares Estratégia antiga, baseada na venda casada de produtos;
(gilete e navalha; impressora e cartucho...). Oferece o índice para a pessoa comprar o conteúdo. Ex: Revistas que oferecem o índice de notícias, mas
cobram pelo conteúdo.
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Copiagem ilícita O ponto central das empresas imersas na economia da
informação é saber até que ponto podem oferecer seus produtos gratuitamente sem incorrer em prejuízos ou perdas de lucro esperado. Nesse caso, é importante saber balancear exatamente o conteúdo ofertado gratuitamente e aquele que somente será acessado mediante pagamento do consumidor. Ex: Wall Street Journal
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É importante perceber que a informação oportuna
(placares de jogos, fofocas...) é menos suscetível de ser copiada de maneira ilícita, pois seu valor é reduzido em função do tempo (torna-se uma informação inútil).
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Outro ponto é que os contrabandistas de informação
ilícita (assim como de mercadorias) não podem se anunciar amplamente, pois poderão ser pegos pelas autoridades. Isso acaba impondo um limite natural ao tamanho das
atividades ilegais com fins lucrativos.
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Quanto maiores são as atividades ilegais, maiores são as
chances de se ser pego. A pirataria intelectual não pode ser impedida, mas pode
ser controlada.
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Como fazer com que os custos de reprodução baixos lhe favoreçam? As cópias digitais são cópias perfeitas do original. Isso porque para o conteúdo digital, a produção é
reprodução. Essa fato também é verdadeiro para as cópias analógicas,
ainda que em menor grau (fitas de vídeo, documentos...).
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A questão, assim, é saber conviver com as cópias digitais
assim como aprendemos a viver com as cópias analógicas. Historicamente, sempre houve receio da sociedade em
relação às mudanças tecnológicas. Ex: Professores na idade média, vídeo, xerox, e-mail... A cada mudança, a quantidade de informação distribuída
sempre aumentou. Outro exemplo: surgimento das bibliotecas.
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É importante que os produtores de bens da informação se
preocupem não apenas em proteger sua propriedade intelectual, mas principalmente busquem maximizar o seu valor. Perder um pouco de sua propriedade quando vende ou
aluga um produto é parte do negócio. Ás vezes é mais lucrativo perder um pouco hoje e ganhar mais no futuro.
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A Escolha dos Termos e Condições Como uma empresa deve definir os termos e condições
pelos quais seu produto será utilizado pelos clientes? Primeiramente, deve-se perceber a relação inversa que
existe entre controle e valor percebido pelo cliente. Quanto mais liberdade um cliente detiver para
compartilhar um produto com outras pessoas, maior o valor que ele atribuirá.
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O fato dos termos e condições serem mais liberais possui
dois efeitos: 2. Empresa poderá cobrar um preço mais alto pelo produto; 3. Mais consumidores irão querer adquirir esse produto. Entretanto, termos mais liberais também estimulam a
concorrência: mercados de aluguel, e revenda, que acabam reduzindo as receitas pela diminuição de compras do produto original.
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O desafio da gestão dos direitos de propriedade está em
equilibrar esses efeitos. Quanto mais generosos forem os termos de uso, mais
poderá cobrar pelo produto, mas menos irá vender.