CYAN MAGENTA AMARELO PRETO
TAB SAÚDE, CIÊNCIA & VIDA 24
Vida Saúde&Ciência A24
Opinião do leitor credito que a cura da Aids esteja próxima. Há esperança inclusive porque há uma vacina em pesquisa, que deve ser aprovada. Mas, infelizmente, não é o fim dos males da humanidade. Saindo a Aids, virá outra doença.
A
SÁBADO
José Wilton Dias Leite Maceió (AL)
11 DE AGOSTO DE 2007
JORNAL DO BRASIL
[email protected]
ESPAÇO I Astronautas tiraram fotos do ônibus espacial em busca de danos no escudo de calor NASA
Endeavour acopla-se à estação orbital I HOUSTON. O ônibus espacial americano Endeavour completou ontem sua viagem de dois dias até a Estação Espacial Internacional (ISS, do inglês), acoplando-se ao sistema para entregar uma de suas últimas antenas dirigidas e mais de duas toneladas de equipamentos. O comandante Scott Kelly pressionou gentilmente os manetes de direção da espaçonave para alinhá-la antes da acoplagem na doca montada em frente ao módulo do laboratório Destiny. O procedimento foi completado às 3h02 (horário de Brasília), enquanto a estação orbital flutuava a 344 quilômetros sobre o Sul do Oceano Pacífico. – Bem-vindos à bordo – disse o comandante da ISS Fyodor Yurchikhin, no mesmo instante
em que soava um sino para marcar a chegada da nave, uma cópia da tradição naval. A professora que se transformou em astronauta, Barbara Morgan, recebeu boas-vindas dignas de uma estrela do rock, com membros da tripulação fingindo disputar posições para tirar fotografias como paparazzi. Barbara, 55 anos, cumpriu um compromisso assumido depois do acidente de 1986 com o ônibus espacial Challenger, que tirou a vida de Christa McAuliffe, outra professora-astronauta. Uma hora antes da acoplagem, Kelly parou a 122 metros do observatório da ISS e lentamente deu marcha-ré no Endeavour para que os cosmonautas Yurchikhin e
Não há danos que coloquem nave em risco na reentrada na Terra Oleg Kotov, a bordo da estação, tirassem fotos das asas e da barriga do ônibus. Engenheiros em terra farão o escrutínio das imagens para determinar o estado do escudo de calor do Endeavour. A pesquisa, uma das três agendadas para a missão de 11 a 14 dias dias do Endeavour, foi implementada depois do acidente de 2003,
com o Columbia. O ônibus espacial explodiu, matando os sete astronautas a bordo, devido a uma brecha no escudo de calor, causado pelo choque de um pedaço da cobertura isolante do tanque de combustível, que se desprendeu da asa durante o lançamento. A agência espacial americana redesenhou os tanques, que se des-
prendem durante o lançamento. As análises iniciais mostraram que o tanque do Endeavour projetou dezenas de pequenos pedaços da cobertura isolante durante seu trajeto para o espaço, “mas nenhum causou danos que tragam preocupações com a segurança da missão”, informaram os controladores da missão. A viagem do Endeavour à ISS é a sua primeira em cinco anos, período pelo qual passou por uma grande reforma e atualização de equipamentos. Entre as mudanças, estão um adaptador de energia que permite à nave se conectar ao sistema elétrico da estação e prolongar sua estadia em órbita de uma semana para 10 dias. A bordo da estação orbital, os astronautas se preparam para a primeira caminhada no espaço, prevista para hoje, quando uma nova pilastra da estrutura será posicionada. A Nasa precisa de mais 11 missões para terminar a construção da ISS em 2010, quando está prevista a aposentadoria dos ônibus espaciais. A agência também pretende realizar dois vôos para reabastecer a estação e uma missão final para servir ao telescópio Hubble. I Comente sobre as missões espaciais no JB Online. www.jb.com.br/24 horas
ASTRONOMIA I É esperada a queda de 50 a 100 objetos por hora
Cyan MagentaYellow Black
Chuva de meteoros atinge seu ápice na noite de amanhã Juliana Anselmo da Rocha
Na noite de amanhã, é bom reservar tempo e um cantinho com ampla visão da linha do horizonte – rumo ao Norte – para acompanhar a Chuva de Perseidas. A chuva de meteoros, iniciada em 27 de julho, terá seu este domingo. Chuvas de meteoros – popularmente conhecidos como estrelas cadentes – estão longe de ser raras, mas nem todas são espetaculares. – A última digna de nota aconteceu em julho e foi batizada de
Fenômeno conhecido como estrelas cadentes terá visibilidade reduzida no hemisfério Sul Delta-Aquarídeos – observa Alexandre Cherman, astrônomo da Fundação Planetário do Rio de Janeiro. – A próxima com boa visibilidade em todo o planeta será a Chuva de Geminídeas, no começo de dezembro. Cherman observa que os nomes das chuvas são dados conforme a constelação da qual parecem vir. A de Perseidas, que terá pouca visibilidade no hemisfério Sul, por exemplo, vem da Constelação de Perseu, no Norte do céu. – A constelação de Perseu
quase não aparece nos mapas do céu do hemisfério Sul. Não fica no centro da abóboda celeste, o que dificulta a visualização – explica. Meteoros são pedaços desprendidos de cometas, objetos espaciais de rota periódica que eventualmente passam próximos da Terra. Cherman observa que esses pedregulhos, que variam do tamanho de um “grão de feijão ao de uma bolinha de ping-pong”, caem em nossa atmosfera – e na de outros planetas – todas as noites. Ao cruzar a atmosfera, o atrito faz com que se incendeiem, ganhando brilho estelar. – Em uma noite comum, podemos ver de cinco a seis meteoros. Quando há chuva, de 50 a até mais de 100 por hora – completa o astrônomo. As chuvas acontecem quando a Terra passa por cima do rastro de um cometa, uma área com grande número de pedregulhos vagando no espaço. A de Perseidas está associada à passagem do cometa Swift-Tutle, em 1992. Quanto maior o tamanho do cometa e menor o intervalo entre sua passagem e o cruzamento da Terra por seu rastro, mais espetacular a chuva de meteoros. No hemisfério Norte, a Perseidas terá 400 meteoros por hora em seu pico. No Brasil, são esperados entre 50 e 100 objetos. Quanto mais próximo da linha do Equador for a cidade, melhor: os Estados do Norte e Nordeste são os mais favoráveis à observação.