Caderno Professor

  • Uploaded by: Alberto Vieira
  • 0
  • 0
  • April 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Caderno Professor as PDF for free.

More details

  • Words: 27,612
  • Pages: 104
HISTÓRIA DA MADEIRA

CADERNO DE APOIO AOS PROFESSORES

SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO

2

HISTÓRIA DA MADEIRA CADERNO DE APOIO AOS PROFESSORES

3

HISTÓRIA DA MADEIRA CADERNO DE APOIO AOS PROFESSORES

COORDENAÇÃO Alberto Vieira COLABORAÇÃO Abel Soares Fernandes Emanuel Janes Gabriel Pita

Secretaria Regional de Educação FUNCHAL. 2001

4 TÍTULO História da Madeira CADERNO DE APOIO AOS PROFESSORES 1ª Edição Setembro de 2001

AUTORES Coordenação: Alberto Vieira Colaboração: Abel Soares Fernandes, Emanuel Janes, Gabriel Pita EDIÇÃO Secretaria Regional de Educação TIRAGEM exemplares

CAPA Painel de Max Romer. Palácio de S. Lourenço. Fotografia de Duarte Gomes IMPRESSÃO Deposito Legal ISBN:

5

O PORQUÊ DA DISCIPLINA “HISTÓRIA E AUTONOMIA DA MADEIRA”

O volume História e Autonomia da Madeira foi elaborado no sentido de ser uma orientação de leitura e de exposição do tema. O mesmo está organizado em duas partes, sendo a primeira uma visão global e sectorial da História da Madeira e a segunda uma abordagem da questão da autonomia inserida na conjuntura política decorrente da Revolução Liberal. O remate com o momento após o 25 de Abril de 1974 pretende ser uma introdução para uma abordagem mais alargada da actual situação que deve ser enriquecida através de actividades práticas como o recurso à História Oral, seguindo as orientações que aqui se apresentam. O ano lectivo poderá terminar com a organização de um “parlamento jovem” em que estejam representados os alunos de todas as escolas da Região de acordo com a representatividade parlamentar em vigor. Na apresentação dos temas, faz-se recurso a informação subsidiária escrita ou visual, de apoio ao texto principal ou a documentar o que é dito. A tudo isto junta-se no final de cada capítulo uma rubrica “Para saber mais...” em que se aprofundam algumas questões ou temas e se dão orientações no sentido de visitas de estudo. Todos os capítulos terminam com a selecção da bibliografia fundamental, a que se juntam novas fontes de informação como a Internet, a toponímia, monumentos, edifícios e museus. Isto permitirá uma redescoberta da História através destes diversos elementos com quem convivemos no nosso dia a dia e a que quase nunca damos atenção. No sentido de uma maior motivação dos alunos deverá apostar-se por uma avaliação baseada em trabalhos práticos, de acordo com as unidades temáticas. Neste contexto sugere-se para a 1ª parte, visitas aos museus, edifícios assinalados, monumentos ou a descoberta da História através da toponímia da cidade. Quanto à segunda parte, a solução mais desejável será a aposta na História Oral, como instrumento para o melhor conhecimento da dimensão actual da autonomia. Deste modo, sugere-se entrevistas com políticos locais, que sob diversas formas intervieram ou intervêm no processo. As mesmas entrevistas, depois de elaboradas e aperfeiçoadas, consoante a riqueza de conteúdo, poderão constar de um Arquivo Virtual da Autonomia a disponibilizar na Internet. Desta forma, o aluno interage com o programa da disciplina sendo também um participante activo no aumento e enriquecimento dos conteúdos. Uma vez que os conteúdos da “História e Autonomia da Madeira” podem ser trabalhados de uma maneira autónoma ou integrados nos programas do 8.º e 9.º anos, apresenta-se uma proposta de planificação, como disciplina autónoma e, no segundo caso, estabelecemos um paralelo entre os conteúdos nacionais e regionais de modo a serem integrados de uma maneira sistemática.

6

SUPORTE LEGISLATIVO

Os conteúdos programáticos da “História e Autonomia da Madeira” poderão ser ministrados como disciplina autónoma ou integrados nos programas do 8.º e 9.º anos de escolaridade. “Ao Conselho Pedagógico compete:

g) Propor aos órgãos competentes da Secretaria Regional de Educação a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de conteúdo regional e local, bem como as estruturas programáticas e a integração no respectivo departamento curricular”. [Diário da República – I Série -A, n.º 25 de 31 de Janeiro de 2000, artigo n.º 33.º]

“As escolas, no desenvolvimento do seu projecto educativo, devem proporcionar aos alunos actividades de enriquecimento do currículo, de carácter facultativo e de natureza eminentemente lúdica e cultural, incidindo, nomeadamente, nos domínios desportivos, artístico, científico e tecnológico, de ligação da escola com o meio, de solidariedade e voluntariado e da dimensão europeia na educação”. [Diário da República – I Série-A, n.º 15 de 18 de Janeiro de 2001, Artigo 9.º]

“Compete às escolas, no desenvolvimento da sua autonomia e no âmbito do seu projecto educativo, conceber, propor e gerir outras medidas específicas de diversificação da oferta curricular”. [Diário da República – I Série-A, n.º 15 de 18 de Janeiro de 2001, Artigo 11.º, 2]

7

I OBJECTIVOS GERAIS DO ENSINO Os objectivos gerais do 3.º ciclo do ensino básico vão ao encontro das necessidades de desenvolvimento do ser humano nos mais variados domínios: comunicação e expressão, recolha e tratamento da informação, aptidões intelectuais, físicas, espirituais e atitudes. Aqui, fizemos uma selecção tendo em conta aqueles objectivos que se podem desenvolver na disciplina de História da Madeira. APTIDÕES INTELECTUAIS E ESTRATÉGIAS COGNITIVAS • Aplicar noções operatórias de espaço, quantidade, tempo, na organização e interpretação dos dados do conhecimento. • Realizar observações rigorosas, utilizando os procedimentos requeridos pelas diferentes áreas do conhecimento científico, tendo em vista a análise e interpretação dos factos. • Inferir regras, propriedades e relações gerais, a partir da análise de factos e situações. • Inferir consequências de princípios, utilizando o raciocínio dedutivo. • Justificar conclusões e juízos mediante uma argumentação lógica e com recurso a razões teóricas, a resultados experimentais e a factos ou documentos comprovativos

• Interpretar situações novas, através da análise das suas componentes e do estabelecimento de relações, integrando oportunamente experiências e conhecimentos adquiridos. • Aplicar conceitos, generalizações, teorias e modelos, na exploração e explicação de situações, fenómenos e processos relativos a diferentes domínios da realidade. • Planear e resolver actividades experimentais ou de pesquisa, utilizando as técnicas e os processos apropriados e mobilizando os conteúdos teóricos necessários à formulação de hipóteses explicativas e ao desenvolvimento de procedimentos de verificação que integrem a previsão e a análise crítica dos resultados.

RECOLHA E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO • Seleccionar e consultar em (bibliotecas, arquivos, museus, Internet ...), documentos de natureza diversa para recolher informação necessária à concretização do projecto de trabalho. • Produzir, em função dos contextos, diferentes tipos de escritos (esquemas, notas, relatos informativos ...), como processo de auto aprendizagem , de regulação das actividades e de organização do

pensamento. • Utilizar técnicas de pesquisa e tratamento da informação (inquéritos, entrevistas, fichas de dossiers temáticos, recolha e classificação de documentos, guiões de roteiros, tabelas e gráficos ...), servindo-se de recursos audiovisuais e informáticos.

COMUNICAÇÃO / EXPRESSÃO • Exprimir-se em língua portuguesa, oralmente e por escrito, com clareza e correcção, de acordo com finalidades e situações comunicativas diversificadas. • Identificar ideias e apreender intenções contidas em diferentes tipos de discurso oral e escrito em língua portuguesa, incluindo os de domínio específico. • Identificar e utilizar, com rigor, vocabulário específico, no contexto do discurso próprio das

• Comunicar criativamente ideias, sentimentos e vivências, seleccionando os meios em função da intenção comunicativa e dominando técnicas de expressão das diversas linguagens. • Evidenciar sensibilidade estética no exercício de actividades criativas e na apreciação de manifestações artísticas, quer da cultura em que está inserido, quer da de povos e épocas diferentes, utilizando as suas experiências e os conhecimentos adquiridos para fundamentar juízos pessoais.

8 diferentes áreas do saber. • Utilizar técnicas de comunicação verbal, iónica, musical e corporal (diálogo, debate, exposição oral, mesa redonda, narração, descrição, relatório, cartaz, fotografia, vídeo ...), respeitando as regras inerentes.

• Recolher, reproduzir e / ou criar produções do património tradicional português (literatura oral, artesanato, música, jogos, indumentária ...), assumindose como elo na cadeia de transmissão desse património.

AQUISIÇÃO ESTRUTURADA DA INFORMAÇÃO • Dominar conceitos básicos das ciências sociais necessárias à compreensão dos factos históricos. • Caracterizar as principais fases da evolução histórica, distinguindo e inter-relacionando, em cada uma delas, os aspectos de ordem demográfica, económica, social, política e cultural. • Identificar os grandes momentos de ruptura no

processo evolutivo, compreendendo condições e motivações de factos históricos, bem como o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica geral das sociedades. • Relacionar a história regional com a história nacional, europeia e mundial, destacando as especificidades do percurso histórico madeirense.

ATITUDES • Mostrar autoconfiança nas relações interpessoais e na realização de tarefas diversificadas, mobilizando a experiência e as competências adquiridas para resolver por si próprio as dificuldades.

• Respeitar e valorizar o património natural e cultural, enquanto recurso para o desenvolvimento individual e colectivo, e assumir responsabilidades na sua preservação.

• Revelar capacidade de adaptação a situações novas em contextos diversificados, evidenciando autonomia e esforço pessoal.

• Valorizar os contributos do desenvolvimento científico e tecnológico para o progresso histórico das sociedades, analisando criticamente as implicações desse desenvolvimento nas sociedade actual.

• Manifestar curiosidade e desejo de saber, empenhando-se no aprofundamento dos seus conhecimentos e na descoberta de novas áreas de experiência. • Tomar iniciativas e fazer opções perante alternativas diversas, relativas a projectos, actividades, modos de trabalho, situações problemáticas, responsabilizando-se pelas escolhas efectuadas. • Identificar e cumprir tarefas necessárias à construção do seu percurso de aprendizagem, manifestando atitudes e hábitos de trabalho. (perseverança, assiduidade, pontualidade, respeito pelo cumprimento de prazos. • Assumir as suas responsabilidades nas tarefas requeridas pelo trabalho de grupo, manifestando atitudes de compreensão e cooperação, integrando diferentes contributos e superando inibições, preconceitos e conflitos. • Participar de forma construtiva em projectos da escola ou da comunidade, integrado em estruturas organizativas, evidenciando consciência do sentido da sua intervenção.

• Avaliar a projecção social do trabalho, perspectivando-o na sua dimensão histórica, económica e cultural. • Mostrar-se consciente dos problemas que afectam o indivíduo e a sociedade, empenhando-se na melhoria da qualidade de vida nomeadamente nos domínios da saúde, do equilíbrio ecológico, das condições de trabalho e da organização do tempo livre. • Demonstrar compreensão e solidariedade para com povos, grupos e pessoas, valorizando as diferenças culturais e denunciando atitudes e situações discriminatórias ou injustas. • Conhecer aspectos fundamentais da organização e do funcionamento da sociedade democrática, de modo a aplicar as suas regras nas estruturas em que se encontra inserido. • Evidenciar consciência nacional, valorizando a identidade cultural portuguesa, no quadro europeu e mundial.

9

II OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

DOMÍNIO DAS ATITUDES E VALORES 1 – Desenvolver valores pessoais e atitudes de autonomia 1.1 - Adquirir hábitos de discussão e posicionamento crítico em relação à realidade social passada e presente. 1.2 - Desenvolver o raciocínio moral a partir da análise das acções dos agentes históricos.

1.3 – Responsabilizar-se pelas suas decisões. 1.4 – Desenvolver a sensibilidade estética e criativa. 1.5 – Desenvolver o gosto pela investigação e pelo estudo do passado

2 – Desenvolver atitudes de sociabilidade e solidariedade 2.1 – Desenvolver o espírito de tolerância. 2.2 – Desenvolver a capacidade de diálogo. 2.3 – Cooperar na realização das tarefas. 2.4 – Empenhar-se na defesa dos direitos humanos com atitudes de respeito para com os outros independentemente da origem e cultura.

2.5 – Interessar-se pela construção da consciência europeia. 2.5 – Valorizar a identidade cultural da sua região e do seu país. 2.6 – Intervir no meio em que se insere defendendo o património cultural e a melhoria da qualidade de vida.

DOMÍNIO DAS APTIDÕES E CAPACIDADES 1 – Iniciar-se na metodologia específica da História 1.1 – Seleccionar informação sobre temas em estudo. 1.2 – Distinguir fontes históricas do discurso historiográfico. 1.3 – Interpretar documentos de índole diversa (textos, imagens, gráficos, mapas, diagramas).

1.4 – Formular hipóteses simples de interpretação de factos históricos. 1.5 – Utilizar conceitos e generalizações. 1.6 – Realizar trabalhos simples de pesquisa, individual ou em grupo.

2 – Desenvolver capacidades de comunicação 2.1 – Aperfeiçoar a expressão oral e escrita. 2.2 – Utilizar técnicas de comunicação oral, de organização de textos e de expressão gráfica. 2.3 – Elaborar sínteses orais ou escritas a partir da informação recolhida.

2.4 – Utilizar novas tecnologias da informação (CDRom, Internet) 2.5 – Recriar acontecimentos históricos recorrendo à dramatização e expressão plástica.

10 DOMÍNIO DOS CONHECIMENTOS

1 – Desenvolver a noção de evolução 1.1 – Caracterizar as principais fases da evolução histórica.

1.2 – Identificar os grandes momentos de ruptura no processo evolutivo.

2 – Alargar e consolidar as noções de condicionalismo e de causalidade 2.1 – Compreender condições e motivações dos factos históricos. 2.2 – Distinguir, numa dada realidade, os aspectos de ordem demográfica, económica, social, política e cultural, estabelecendo relações entre eles.

2.3 – Compreender o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica social. 2.4 – Compreender a importância do desenvolvimento científico e tecnológico e dos movimentos culturais para a evolução da humanidade.

3 – Desenvolver a noção de multiplicidade temporal 3.1 – Localizar no tempo e no espaço, eventos e processos. 3.2 – Distinguir ritmos de evolução em sociedades diferentes e no interior de uma mesma sociedade.

3.3 – Estabelecer uma relação entre passado e presente. 3.4 – Relacionar a história da Madeira com a história nacional e universal destacando a especificidade da história madeirense.

4 – Desenvolver a noção de relativismo cultural 4.1 – Reconhecer a simultaneidade de diferentes valores e culturas.

4.2 – Compreender o carácter relativo dos valores culturais em diferentes tempos e espaços históricos.

11

III PROPOSTA DE PLANIFICAÇÃO COMO DISCIPLINA AUTÓNOMA

12

UNIDADE 1

O CONHECIMENTO DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA

CONTEÚDOS • O conhecimento até ao séc. XV - Egípcios e Fenícios - Gregos e Romanos - Árabes - As viagens do séc. XIV - Lendas • A cartografia do arquipélago do séc. XIV a XVI. • As versões do descobrimento • A ocupação e povoamento - As primeiras povoações - A distribuição das terras - Vínculos e capelas - O contrato de colonia • Para saber mais... - Machim e a Madeira -

O Algarve e a Madeira

- O contrato de colonia _______________________________ CONCEITOS - Barca - caravela - Portulano - Carta de marear - Navegação - Cartografia - Povoamento - Colonização - Colonia - Vínculo _______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CDRom • Internet

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO Nesta unidade procura-se informar sobre as primeiras referências às ilhas do Atlântico, desde a literatura mais antiga até ao seu descobrimento, ocupação e povoamento pelos portugueses. 1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem Propõe-se que se faça uma breve referência à literatura antiga desde as primeiras civilizações até à literatura árabe. O destaque deve incidir sobre o descobrimento e ocupação do Arquipélago pelos portugueses no séc. XV. Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, que os alunos: • conheçam algumas referências da literatura antiga e relato dos árabes sobre as ilhas do Atlântico; • descubram as ilhas que se identificam com as ilhas do Arquipélago da Madeira; • interpretam a lenda de Machim e de S. Brandão; • interpretem as várias versões do descobrimento do Arquipélago da Madeira, • reconheçam a acção empreendedora dos portugueses na ocupação e povoamento do Arquipélago da Madeira; • compreendam como se processou a ocupação e povoamento tendo em conta os condicionalismos geográficos, sociais e culturais; • interpretem a evolução da representação cartográfica do Arquipélago da Madeira. 2 – Estratégias / Actividades Propõe-se: • leitura e análise do texto base do compêndio do aluno e elaboração de uma pequena síntese; • análise de mapas procurando localizar as ilhas do Atlântico e especificamente do Arquipélago da Madeira; • análise de tabelas tendo em conta o evoluir histórico; • interpretação de documentos conforme os interesses dos alunos; • observação e interpretação de gravuras; • elaboração de uma biografia sobre uma das personagens implicadas no descobrimento, ocupação e povoamento do Arquipélago; • pesquisa sobre a origem toponímica da localidade, paróquia, freguesia ou concelho em que o aluno vive. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

13

UNIDADE 2 CONTEÚDOS • O senhorio das ilhas • As capitanias • As autoridades superiores • A fazenda senhorial e régia • A justiça senhorial e régia • O poder municipal: - Os funcionários - A alçada - A divisão administrativa • Para saber mais ... - Evolução e estrutura dos municípios no século XIX e XX _________________________ CONCEITOS - Senhorio - Capitania - Capitão do donatário - Posturas - Vereadores - Município - Paróquia - Homens bons - Ouvidor - Contador - Tabelião - Almoxarife - Corregedor - Alçada _________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet

A ADMINISTRAÇÃO OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO Nesta unidade pretende-se o estudo da organização administrativa do Arquipélago da Madeira desde o início do povoamento até à actualidade. Os alunos poderão descobrir as relações existentes entre o poder regional e central e suas competências. O campo de ensaio de um novo sistema administrativo aplicado à Madeira, será um factor de motivação para o estudo desta unidade. 1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • identifiquem as várias estruturas do poder administrativo desde o início do povoamento até à actualidade; • descubram a relação de poder existente entre os vários órgãos administrativos; • identifiquem as várias alterações administrativas seguindo uma ordem cronológica, • expliquem as competências de cada um dos órgãos da administração central, regional e local; • Reconheçam os direitos e dos deveres dos capitães donatários; • descubram as especificidades da organização administrativa do Arquipélago da Madeira; • tomem consciência da importância de uma organização administrativa para o progresso e bem estar das sociedades. 2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto base e elaboração se sínteses; • leitura e interpretação de documentos que evidenciem as competências dos órgãos administrativos; • observação e interpretação dos organigramas referentes à organização do poder administrativo; • recolha pelos alunos de dados biográficos sobre algumas das personagens que se distinguiram na administração: • interpretação dos brasões dos concelhos da Região Autónoma da Madeira; • elaboração de uma tabela cronológica com os acontecimentos marcantes sobre a administração central e local. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

14

~ UNIDADE 3 CONTEÚDOS • O início

A IGREJA E SUAS INSTITUÇÕES OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO

• A criação das paróquias

Nesta unidade apresentamos a estrutura, funções e a importância que a Igreja teve na Madeira ao longo dos séculos. Pretende-se que os alunos tenham conhecimento sobre o seu estabelecimento, organização e competências na formação cultural e espiritual e na assistência aos mais necessitados.

• Os franciscanos da Madeira

1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem

• O bispado do Funchal - Fundação e organização - A formação do clero

Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • identifiquem as várias etapas do estabelecimento da Igreja no Arquipélago da Madeira; • localizem as primeiras ermidas, capelas e igrejas construídas na Madeira e Porto Santo; • descubram as competências das instituições da Igreja; • reconheçam a acção das ordens religiosas que se instalaram no arquipélago desde os descobrimentos nomeadamente os Franciscanos, a Ordem de Cristo e os Jesuítas; • avaliem a acção da Igreja nas áreas da cultura e da assistência; • reconheçam a importância das devoções e piedade tradicionais na vida das populações.

• A Ordem de Cristo

• Formas de devoção popular - Nossa Senhora do Monte - São Tiago Menor - O Senhor Bom Jesus - O Senhor dos Milagres • As escolas, o ensino e a literatura • A assistência _________________________ CONCEITOS - Ordem de Cristo - Bispado - Diocese - Franciscano - Jesuíta - Padroado - Inquisição - Protestante - Romaria - Padroeiro - Bula - Côngrua - Fábrica da Igreja _________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet

2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto base a fim de recolherem os elementos mais importantes desta unidade; • interpretação de documentos de modo a recolher informação sobre a implantação das instituições eclesiásticas no novo espaço; • recolha de história oral sobre as tradições e devoções populares; • elaboração de um pequeno inquérito sobre a acção da Igreja na actualidade; • elaboração de um relatório sobre uma das práticas de piedade e devoções populares na actualidade (romaria, procissão, etc.) 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

15

UNIDADE 4 CONTEÚDOS

A ARTE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO

• A arte do vinho

Nesta unidade pretende-se o estudo das manifestações artísticas que se verificaram no Arquipélago da Madeira até à actualidade. Procura-se dar uma visão da arte integrada no meio ambiente e transformação do espaço urbano ocorrida ao longo dos tempos sob a influência da evolução económica: arte do açúcar, arte do vinho e arte do turismo.

• O Funchal dos séculos XIX e XX

1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem

• Para saber mais ... - A arquitectura militar - Os Museus da Madeira e Porto Santo ______________________________

Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • identifiquem as várias manifestações artísticas tendo em conta o evoluir histórico e as transformações do meio e espaço urbano: • relacionem as manifestações artísticas com as economia de cada época; • caracterizem os vários estilos: o gótico, o manuelino, o classicismo, o barroco, o neoclassicismo e a arte moderna e contemporânea; • façam o enquadramento de cada obra na sua época e no seu estilo; • reconheçam os artistas que mais de distinguiram pelas suas obras; • descubram as personagens representadas na escultura mais significativa e a razão de ser de sua representação; • desenvolvam a sensibilidade estética através da identificação e apreciação de criações artísticas.

• O Funchal, de povoado a cidade • Investimento e ostentação

CONCEITOS - Gótico - Manuelino - Classicismo - Barroco - Talha dourada - Arquitectura - Escultura - Pintura - Pintura flamenga - Museu - Etnografia Arte Sacra - Restauro ______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet • Museus • Monumentos

2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto base a fim de recolher as informações mais importantes sobre o tema; • análise de documentos relacionados com as transformações verificadas na paisagem humanizada; • observação de gravuras representativas de algumas das principais manifestações artísticas da Madeira e Porto Santo; • observação directa das obras de arte através de visitas de estudo individual ou em grupo; • elaboração de relatórios sobre as visitas de estudo aos monumentos mais significativos e museus da Madeira; • elaboração de textos descritivos das obras de arte; • elaboração de textos sobre o historial de alguns monumentos (Convento de Santa Clara, Sé do Funchal, Igreja do Colégio, etc.) 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

16

UNIDADE 5 CONTEÚDOS • A estrutura social • Os estrangeiros na Madeira - Italianos - Franceses e flamengos - Ingleses • Colonização e emigração - A emigração no séc. XIX - A emigração no séc. XX • Para saber mais ... - Os escravos - Os guanches - A emigração insular a partir da Madeira ______________________________ CONCEITOS -

Clero Nobreza Terceiro Estado Esclavagismo Guanche Homens bons Mesteres Colono Feitor Emigração

______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CD Rom • Internet

A SOCIEDADE MADEIRENSE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO Neste tema pretende-se o estudo da estrutura da sociedade madeirense nos aspectos da organização que, com o desenvolvimento, se torna mais complexa; as relações de dependência entre os vários grupos e a sua importância no desenvolvimento económico. Como reflexo das crises económicas dos séc. XIX e XX, é de destacar o estudo da emigração. 1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • identifiquem os grupos que fizeram parte da sociedade madeirense ao longo dos séculos; • expliquem as funções de cada um desses grupos; • descubram as relações de dependência existente entre as várias ordens sociais; • relacionem a presença de estrangeiros com o desenvolvimento económico da Madeira; • compreendam as causa da emigração madeirense; • identifiquem o destinos da emigração • reconheçam o contributo da presença dos madeirenses para o desenvolvimento dos povos de acolhimento, nos aspectos económico, social e cultural e religioso; • desenvolvam atitudes de solidariedade e respeito por outras culturas e povos. 2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto base para recolha das principais informações e elaboração de sínteses; • análise de documentos sobre a estrutura social, funções dos grupos, a presença de estrangeiros na Madeira e emigração; • interpretação de gráficos e tabelas sobre a emigração madeirense; • observação e descrição de gravuras; • elaboração de mapas, tabelas e gráficos relacionados com a emigração; • recolha de testemunhos relacionados com a vida de emigrantes na actualidade. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

17

UNIDADE 6 CONTEÚDOS • O começo ... • As plantas tintureiras • O mar e os recursos piscícolas • O pão nosso de cada dia ... • A riqueza arrancada à terra - O açúcar - A vinha e o vinho • O gado e animais domésticos • O comércio - A intervenção da coroa e municípios - O comércio de cabotagem - O comércio inter-insular - O comércio atlântico • Para saber mais ... - As levadas - As indústrias e artesanato - O dever e haver da riqueza da ilha - Técnicas e fontes de energia - As técnicas de vinificação ______________________________ CONCEITOS - Trapiche - Alçaprema - Engenho de água - Pão de açúcar - Balseira - Latada - Vinha aramada - Lagar de cocho - Mosto - Borracho - Canteiro - Vinho de roda - Clarificação ______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet

A ECONOMIA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO Pretende-se, com este tema, o estudo das transformações económicas que ocorreram no Arquipélago nos seus vários domínios: aproveitamento dos recursos naturais; introdução de novas culturas de subsistência e de produção de riqueza; aplicação de novas técnicas; desenvolvimento da pecuária e pescas; as relações de comércio entre o Arquipélago e outras regiões. Considerando as suas condições ambientais e geográficas, pretende-se dar destaque aos produtos de exportação que a tornaram conhecida e famosa em todo o mundo. 1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • identifiquem as principais actividades económicas praticadas no Arquipélago da Madeira: • reconheçam a importância da exploração dos recursos naturais: madeiras, plantas tintureiras e os recursos piscícolas. • avaliem a necessidade da produção de cereais para a subsistência, e abastecimento do reino, Norte e Costa Ocidental de África; • expliquem o processo de exploração do açúcar desde a sua origem, as condições favoráveis, as técnicas de produção, a comercialização e decadência; • relacionem a produção do açúcar com o desenvolvimento social e cultural da Madeira; • reconheçam a importância do vinho na economia da Madeira nos séculos XVII e XVIII; • expliquem as técnicas de produção do vinho desde a cultura da vinha até à sua exportação; • relacionem o comércio do vinho com a hegemonia marítima e colonial da Inglaterra; • descubram as especificidades da produção vinícola madeirense; • reconheçam a pecuária como uma actividade de subsistência e relacionada com a agricultura; • comparem os tipos de comércio praticado no Arquipélago; • avaliem a importância do comércio no desenvolvimento económico e no estabelecimento de relações sociais e culturais entre vários povos e o povo madeirense. 2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto base para recolha de informação elementar e elaboração de sínteses; • recolha de informação a partir de documentos, gravuras e tabelas; • interpretação de gráficos sobre a produção e exportação do açúcar e vinho da Madeira; • leitura de mapas sobre as áreas de produção e exportação dos produtos da Madeira; • visitas de estudo aos museus do açúcar, do vinho e da baleia. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Pelas fichas de trabalho

18

UNIDADE 7

A MADEIRA E O MUNDO DOS DESCOBRIMENTOS

CONTEÚDOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO

• Ocupação e defesa dos novos espaços - Nas primeiras expedições - No Norte de África - No Império Português do Oriente - Na ocupação e defesa do Brasil - Na ocupação e defesa de Angola

Nesta unidade pretende-se destacar a contribuição do povo madeirense na expansão do séc. XV, na ocupação e defesa dos novos espaços e a importância da Madeira como ponto de passagem e apoio às novas rotas oceânicas. O ataque dos corsários, a necessidade da sua defesa e a procura da Madeira como refúgio e desfrute do clima e das belezas naturais, são o reflexo da importância que teve na conjuntura internacional dos séculos XV a XX. 1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem

• As rotas oceânicas e a Madeira • A cobiça da riqueza madeirense - A guerra do corso - A defesa do Arquipélago • A Madeira na rota das migrações • O turismo e a descoberta da natureza • Para saber mais ... - A Madeira modelo de expansão - Colombo na Madeira - O Madeirense Diogo Colombo ______________________________ CONCEITOS - Corso - Pirataria - Fortaleza - Expedições - Colónia - Feitoria - Migrações - Turismo terapêutico - Quinta Madeirense - Sanatório - Hospício - Lazareto ______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet

Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • descubram a acção dos madeirenses na expansão, ocupação e defesa dos novos espaços; • identifiquem as principais personagens madeirenses relacionadas com a expansão e defesa do Império Português; • expliquem os ataques dos corsários ao Arquipélago da Madeira e a estratégia de defesa através da construção das fortalezas; • descubram a importância da Madeira nas rotas do Atlântico como centro de abastecimento e de divulgação de novas culturas no espaço atlântico; • relacionem as condições naturais com o desenvolvimento do turismo; • tomem consciência da necessidade da defesa do património natural; • desenvolvam atitudes de respeito e convívio com outros povos. 2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto base do compêndio a fim de recolher as informações essenciais e elaboração de sínteses; • recolha de informação através da análise de documentos, gravuras, tabelas e mapas; • visita de estudo a uma das fortalezas; • visita de estudo a um dos empreendimentos turísticos, por exemplo à Escola de Hotelaria e Turismo da Madeira; • visita de estudo a uma Quinta Madeirense; • elaboração de um inquérito a turistas sobre as suas impressões relativas à Madeira; • elaboração de uma biografia de Mary Jane Wilson; • recolha de dados sobre o turismo na actualidade e seu tratamento através da elaboração de tabelas, gráficos e mapas. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

19

UNIDADE 8

O LIBERALISMO NA MADEIRA

CONTEÚDOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO

• A implantação do liberalismo na Madeira - Os acontecimentos - A aspiração autonómica

Nesta unidade pretende-se que o aluno tome conhecimento das implicações da Revolução Liberal na Madeira, das transformações políticas verificadas a nível local e da luta do povo madeirense pela sua autonomia.

• A reacção absolutista

1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem

• A regeneração

Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • identifiquem as transformações políticas derivadas da Revolução Liberal; • reconheçam as dificuldades de aceitação dos ideais do liberalismo pelas ordens sociais privilegiadas; • avaliem a importância das transformações políticas para a aspiração autonómica do Arquipélago da Madeira; • identifiquem as personagens que se debateram pela autonomia regional; • descubram as conquistas autonómicas durante o período da Monarquia Liberal.

• A autonomia no último quartel do séc. XIX - A reivindicação pela autonomia - A autonomia administrativa • Para saber mais... - As eleições e os deputados - Organizações e partidos políticos - A imprensa e a Revolução Liberal – O Patriota Funchalense - A cidade e a toponímia do Liberalismo ______________________________ CONCEITOS - Liberalismo - Absolutismo - Constituição - Carta constitucional - Maçonaria - Eleições - Deputado - Regeneração - Autonomia - Junta Geral ______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet

2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto base do compêndio e recolha da informação essencial; • análise de documentos com vista à recolha de informação sobre a situação social, económica e política do Arquipélago durante este período; • consulta de jornais da época a fim de conhecer a sensibilidade do povo da Madeira face à política do governo central para com a Madeira; • visita de estudo a uma das ruas relacionadas com a época do Liberalismo. • elaboração da biografia de uma das personagens que mais de destacou pela luta autonómica durante a Monarquia Liberal. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

20

UNIDADE 9 CONTEÚDOS • O Contexto Histórico Nacional • O debate e o combate pela autonomia - Os acontecimentos - O regionalização - O federalismo • A política administrativa da 1.ª República Para saber mais... - Figuras que se destacaram na luta pela autonomia - Deputados e senadores madeirenses - Toponímia alusiva à 1.ª República ______________________________

-

CONCEITOS República Sidonismo Regionalização Federalismo Autonomia

-

Separatismo

-

-

______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet

A 1.ª REPÚBLICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO Nesta unidade damos destaque às transformações políticas verificadas em Portugal neste período e as suas implicações na sociedade, economia e política da Madeira. 1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • identifiquem as transformações políticas derivadas da implantação da República; • descrevam as implicações da participação na 1.ª Guerra Mundial; • descubram os avanços que se deram nas aspirações autonómicas; • identifiquem as personagens que se debateram pela autonomia regional neste período. 2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto base do compêndio e recolha da informação essencial; • análise de documentos com vista à recolha de informação sobre a situação social, económica e política do Arquipélago durante este período; • consulta de jornais da época a fim de conhecer a sensibilidade do povo da Madeira face à política do governo central para com a Madeira; • levantamento da toponímia relacionada com a 1.ª República; • levantamento dos monumentos relacionados com a 1.ª Guerra Mundial; • elaboração da biografia de uma das personagens que mais de destacou pela luta autonómica durante a 1.ª República. • elaboração de um texto sobre o Monumento: “Nossa Senhora da Paz”. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

21

UNIDADE 10

O ESTADO NOVO

CONTEÚDOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO

______________________________

Pretende-se que os alunos tomem conhecimento das características essenciais do Estado Novo, das suas realizações e da recusa das aspirações autonómicas do povo madeirense.

CONCEITOS ______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet

1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • expliquem as principais características do Estado Novo; • identifiquem as realizações económicas deste período; • descrevam a política do poder central para com o Arquipélago da Madeira face às aspirações autonómocas. 2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto principal do compêndio e recolha da informação necessária; • elaboração de uma listagem das principais obras efectuadas durante o Estado Novo e a sua localização; • análise do estatuto para as ilhas adjacentes; • recolha de testemunhos orais sobre o período em estudo através de entrevistas. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

22

UNIDADE 11 CONTEÚDOS • Revoltas e motins populares • Para saber mais ... - A Revolta da Farinha - A Revolta Político Militar de Abril de 1931 - A Revolta do Leite ______________________________ -

CONCEITOS Revolta Motim Imposto ad valorem Revolta da Farinha Presídio Revolta da Parreca Revolta da Pedrada Revolta do Leite

______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • corda • Internet • História Oral

AS REVOLTAS NA MADEIRA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO Nesta unidade pretende-se que os alunos tomem consciência que as injustiças levam à revolta da população e tenham conhecimento das várias manifestações ocorridas na Madeira. 1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • identifiquem as principais revoltas na Madeira; • descubram as razões dessas revoltas; • expliquem a reacção do poder central perante essas revoltas; • interpretem a “Revolta da Farinha” como um anseio do povo pela sua autonomia; • distingam as revoltas de carácter popular e espontâneo das revoltas político militares 2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto do compêndio para recolha de informação; • observação das gravuras; • análise de documentos a fim de extrair a devida informação; • elaboração de um questionário, a alguém ainda vivo, sobre a “Revolta da Farinha” e a revolta político militar de 1931. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

23

UNIDADE 12

A REVOLUÇÃO DE ABRIL E A CONQUISTA DA AUTONOMIA

CONTEÚDOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS / MÉTODOS DE TRABALHO

• Do Estado Novo à Revolução de Abril

Propõe-se que os alunos, nesta unidade, tomem conhecimento do processo que levou à autonomia da Madeira, saibam explicar essa autonomia e por ela sintam orgulho dentro do todo nacional.

• Os acontecimentos na Madeira - As primeiras manifestações - Grupos políticos e autono mistas • A institucionalização da autono mia - A Constituição de 1976 - O reforço da autonomia - Os órgãos do poder regional - Os símbolos da autonomia • Os partidos políticos e as eleições • O Governo e a prática governa tiva • A Madeira na União Europeia Para saber mais... ______________________________ CONCEITOS - Revolução - Autonomia - Ministro da República - CEE - Tratado de Roma - Tratado de Maastricht - Tratado de Amesterdão - FEDER - FEOGA - FSE ______________________________ MATERIAIS / RECURSOS • Compêndio • Bibliografia • CdRom • Internet • História Oral

1 – Clarificação de conteúdos / especificações de aprendizagem Sugere-se que entre as aprendizagens relevantes, os alunos: • descrevam a conjuntura que levou à Revolução do 25 de Abril de 1974; • descrevam os acontecimentos na Madeira nos anos de 1974 e 1975; • interpretem os artigos das Constituição de 1976 que dizem respeito à autonomia regional; • descubram as alterações da Constituição que reforçaram a autonomia regional; • expliquem os símbolos da Região Autónoma da Madeira; • identifiquem as competências dos órgãos políticos da Região Autónoma da Madeira: Assembleia Regional, Governo Regional e Ministro da República; • reconheçam o desenvolvimento da Madeira após a conquista da autonomia; • compreendam a importância da União Europeia no desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira; • tomem consciência da importância da autonomia para a valorização do povo e desenvolvimento da economia e bem estar da sociedade. 2 – Estratégias / Actividades Propõe- se: • leitura do texto do compêndio e recolha da informação básica; • análise de documentos sobre a evolução da autonomia regional • observação e interpretação dos símbolos da Região Autónoma da Madeira; • elaboração de inquéritos sobre os acontecimentos verificados após a Revolução do 25 de Abril de 1974; • visita de estudo à Assembleia Regional; • realização do “Parlamento jovem”; • conferência sobre as realizações da autonomia; • conferência sobre o funcionamento do poder autonómico; • conferência sobre a União Europeia e as ajudas à Madeira. 3 – Avaliação • Pela participação do aluno nas actividades propostas • Pelos trabalhos de pesquisa • Fichas de trabalho

24

IV INTEGRAÇÃO DA HISTÓRIA DA MADEIRA NO PROGRAMA NACIONAL

25

8.º ANO TEMA 5 – EXPANSÃO E MUDANÇAS NOS SÉCULOS XV E XVI 5.1 – A abertura ao mundo Conteúdos do programa nacional 5.1.1 Rumos quatrocentista

da

expansão

- Descobrimentos e conquistas no período henriquino: áreas e processos de exploração.

História da Madeira

Pág.

- O conhecimento do Arquipélago da Madeira - O conhecimento até ao século XV - A cartografia - A questão do descobrimento - A ocupação e o povoamento

4-25

- A administração - A primeira organização administrativa - O arquipélago e o poder central - O poder municipal

31-71

- A Igreja - A Ordem de Cristo - A criação das paróquias - O bispado do Funchal - Formas de devoção e piedade

_________________________________

- A economia 148-168 - O começo... - O gado e animais domésticos. - Madeiras e plantas tintureiras. - O mar e os recursos piscícolas. - O pão nosso de cada dia... ______________________________________________ _______

- Os portugueses na África Negra

- A Madeira e o mundo dos descobrimentos - Ocupação e defesa dos novos espaços . As primeiras expedições . O Norte de África . A Costa Ocidental Africana . O Império Português do Oriente

- A penetração portuguesa no mundo asiático. _________________________________

______________________________________________ _______

5.1.2 – A afirmação do expansionismo europeu: os impérios peninsulares - Os Portugueses no Norte de África

5.1.3 – O comércio à escala mundial - As novas rotas do comércio intercontinental: dinamização dos centros económicos europeus.

- A economia - A riqueza arrancada à terra: . O açúcar . Núcleo museológico – a cidade do açúcar. -

- Circulação de produtos repercussões no quotidiano.

e

suas

O comércio. . O comércio de cabotagem . O comércio inter-insular . O comércio atlântico

216-220

156-168 208 182

5.2 – Os novos valores europeus Conteúdos do programa nacional

História da Madeira

Pág.

26

5.2.1 – O Renascimento e a formação da mentalidade moderna - A arte renascentista; persistência do gótico em Portugal.

- A arte - O Funchal: . A Igreja de Santa Clara . A Sé do Funchal . O Museu de Arte Sacra - A rota do açúcar

87-93 91 92 107 201-205

TEMA 6 – PORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XVII E XVIII 6.1 – O Império Português e a concorrência internacional Conteúdos do programa nacional 6.1.1 – A disputa dos mares e a afirmação do capitalismo comercial - A crise do Império Português do Oriente e o apogeu do Império Espanhol: a União Ibérica - A ascensão económica e colonial da Europa do Norte: Holandeses e Ingleses. _________________________________ 6.1.2 – A prosperidade dos tráficos atlânticos portugueses e a Restauração

História da Madeira

Pág.

- A Madeira e o mundo dos descobrimentos - As rotas oceânicas e a Madeira - A cobiça das riqueza madeirense . A guerra do corso . A defesa do arquipélago - A arquitectura militar - A Madeira na rota das migrações

102-106 227

_____________________________________________

_______

-

Ocupação e defesa do Brasil

223 225

220

6.2 – Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens Conteúdos do programa nacional 6.2.1 – O Antigo Regime português no século XVIII - O peso da agricultura e o desenvolvimento dos tráficos comerciais. - A sociedade de ordens e o poder absoluto.

História da Madeira

- A Economia - A riqueza arrancada à terra: o vinho - A rota do vinho - O museu do vinho da Madeira - A sociedade madeirense - A estrutura social - Os estrangeiros - Os guanches - Os escravos - A Igreja - Escolas, ensino e literatura - A assistência

- A arte e a mentalidade barroca.

- A arte - A arte da época do vinho - A Igreja e o Convento dos Jesuítas

Pág.

169-183 207 209

117-122 123-129

71- 75

93-98 95

27 TEMA 7 – AS TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO ATLÂNTICO: CRESCIMENTOS E RUPTURAS 7. 2 – O triunfo das revoluções liberais Conteúdos do programa nacional

História da Madeira

Pág.

7.2.3 – A revolução liberal portuguesa - Condicionalismos da revolução; o movimento revolucionário de 1820.

- O liberalismo e a Madeira - A implantação do liberalismo na Madeira -

A reacção absolutista

-

A autonomia no último quartel do século XIX

- A reacção absolutista: a guerra civil. - O triunfo da monarquia constitucional e das instituições liberais.

TEMA 8 – A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL DO SÉCULO XIX 8. 2 – Os países de difícil industrialização: o caso português Conteúdos do programa nacional

História da Madeira

8.2.2 – As tentativas de modernização - A política regeneradora e o incremento dos transportes. - A tímida industrialização: dependência face ao estrangeiro.

Pág.

- A economia - A Regeneração - Os transportes - O artesanato e as indústrias - Técnicas e fontes de energia

192-197 198-200

- O turismo e o descoberta da natureza - O Museu de História Natural - Núcleo museológico do IBTAM - Museu da Electricidade ____________________________________________

230-233 208 209 210 _______

- A emigração madeirense

130-135

a

_________________________________ 8.2.3 – Alterações nas estruturas sociais - A ruína dos pequenos produtores; a emigração.

28

9.º ANO TEMA 9 – A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉCULO XX

9.1 – Hegemonia e declínio da influência europeia 9.2 Conteúdos do programa nacional 9.1.2 – A Primeira Grande Guerra - Intervenção de Portugal na 1.ª Grande Guerra.

História da Madeira - A 1.ª República e a Madeira - Os acontecimentos . A Madeira e a 1.ª Guerra Mundial

Pág.

271-273

9.3 – Portugal da 1.ª República à ditadura militar 9.4 Conteúdos do programa nacional 9.3.2 – A 1.ª República - Realizações e dificuldades da acção governativa. - A reacção autoritária e a ditadura militar.

História da Madeira - A 1.ª República e a Madeira - O contexto histórico-nacional - O debate e combate pela autonomia - A política autonómica da 1.ª República

Pág.

270-272 272-275 275-283

- As revoltas na Madeira - A Revolta da Farinha - A Revolta político-mititar

TEMA 10 – DA GRANDE DEPRESSÃO À SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

10.2 – Entre a ditadura e a democracia Conteúdos do programa nacional 10.2.2 – Portugal e a ditadura salazarista - A edificação do Estado Novo - Corporativismo e colonialismo

História da Madeira - O Estado Novo e a Madeira - O contexto histórico nacional - A Madeira durante o Estado Novo - O Estado Novo e a autonomia regional

Pág.

296-298 298-303 303-307

29

TEMA 11 – DO SEGUNDO PÓS-GUERRA AOS ANOS 80

11.3 – Portugal: do autoritarismo à democracia Conteúdos do programa nacional 11.3.2 – Portugal democrático

História da Madeira

Pág.

- A Revolução de Abril e a Madeira

- A Revolução de Abril e o processo revolucionário.

-

Do Estado Novo à Revolução de Abril Os acontecimentos na Madeira

333-334 337

- As novas instituições democráticas.

-

A institucionalização da autonomia Os partidos políticos e as eleições O governo e a prática governativa

338-342 343 343-345

- Os problemas do desenvolvimento económico; a integração europeia.

-

A Madeira na União Europeia

346

30

V

TÉCNICAS E MÉTODOS DE TRABALHO

O conhecimento da História da Madeira passa também pelo trabalho prático de pesquisa. Para que isso aconteça é necessário estabelecer as regras que orientem a sua realização. Deste modo, juntam-se instruções sobre as técnicas de apoio considerados fundamentais para a sua concretização. A História Oral assume um papel fundamental na pesquisa de História Contemporânea sendo a via que permite um conhecimento mais alargado dos acontecimentos próximos de nós para os quais existem testemunhos presenciais. A História Oral não é uma entrevista jornalística. Está sujeita a regras, de que se junta um texto de apoio e procedimentos. As presentes recomendações são também feitas a pensar na importância que assumem hoje a Internet e a necessidade de fazer com que este meio entre nos nossos domínios de trabalho, como um meio de acesso privilegiado. Por isso juntam-se as necessárias normas sobre a referência a estes documentos.

31

1 - HISTÓRIA ORAL

Considerações gerais A História Oral surgiu na década de cinquenta do século XX como forma de valorização das memórias e recordações dos indivíduos. Com a criação em 1966 da Associação de História Oral, abriu-se o caminho para a afirmação desta nova técnica de recolha da informação oral. A História Oral é entendida como um método de recolha e preservação da informação histórica através do registo de acontecimentos vividos. A sua realização obedece às técnicas da entrevista, mas não pode ser considerada como um acto jornalístico. Os seus métodos conferem, a quem quer que seja, a possibilidade de acesso a esses registos o que implica a existência de um Laboratório e Arquivo de História Oral. Este facto importante, permite que o testemunho oral assuma o atributo de documento histórico. Note-se que uma disciplina só se forma pela credibilidade dos seu métodos de pesquisa, selecção e prova da informação. No caso da recolha oral, deverá ter-se em conta que os registos só se tornam credíveis e fontes abalizadoras do trabalho se estiveram disponíveis para os demais para atestar a sua veracidade. Neste contexto, a aposta na História Oral deve ser também seguida da criação do Arquivo de História Oral. A popularização da História Oral nos EUA tornou-se mais clara com a publicação de “Roots: the Saga of an American Family” (1976)” de Alex Haley. O livro e a série televisiva lançaram o sucesso de História pessoal e da genealogia da qual se alimenta a História Oral. São múltiplos e variados os exemplos em que este método pode e merece ser aplicado. No caso da História da Madeira temos alguns acontecimentos importantes do século XX de que ainda existem testemunhos presenciais que rapidamente podem desaparecer. São eles a Revolta da Farinha de 1931, a Revolta do Leite de 1936, do Estado Novo e dos primeiros momentos da transformação política de 1974. Uma aula deverá ser dedicada à consciencialização dos alunos para a importância desta forma de conhecimento da História aproveitando-se a oportunidade para dar algumas orientações sobre a forma de realização da entrevista, de acordo com o que a seguir se apresenta. As entrevistas poderão incidir sobre políticos locais, com participação na vida e instituições municipais (vereadores, presidentes de Câmara e Juntas de Freguesia) e regionais (deputados à Assembleia Regional). Os trabalhos práticos deverão acontecer na fase final da leccionação em que se abordam as instituições autonómicas e deverão ser a primeira fase de um plano de consciencialização do aluno para a História e importância das instituições autonómicas que culminam com uma assembleia regional dos jovens. Esta assembleia poderá ser constituída por Concelhos, de acordo com o número de deputados atribuídos. Os alunos serão escolhidos entre aqueles que apresentarem os melhores trabalhos de História Oral a serem classificados de acordo com as regras que aqui se apresentam. As entrevistas poderão ser feitas num gravador comum, mas o ideal será a utilização de gravadores de MP3, tendo em conta a facilidade de sua manipulação na Internet ou no arquivo de História Oral que cada escola deverá criar. Todas as escolas deverão criar um arquivo de História Oral que poderá ser uma iniciativa do Clube de História ou da Autonomia. Um dos aspectos que dá razão de ser à História Oral é o arquivo organizado que permite a todos os interessados a possibilidade de consulta. Por outro lado, pretende-se criar na Internet um espaço ao arquivo da autonomia que reunirá as melhores entrevistas e com mais interesse, que ficarão disponíveis aos alunos e público interessado.

1 – A entrevista A História Oral, assente fundamentalmente nos testemunhos individuais, é resultado do recurso à técnica da entrevista. O sucesso deste método depende do cuidado posto nesta técnica de recolha da informação através dos testemunhos, deste modo, a principal preocupação dos especialistas e da produção literária da temática insiste nas recomendações sobre a técnica e cuidado da própria entrevista. No sentido de favorecer o sucesso desta forma de fazer História reunimos um conjunto de recomendações fruto da informação recolhida em livro ou páginas didácticas da Internet. A entrevista não se pode resumir apenas ao registo fonográfico da conversa entre os dois interlocutores, uma vez que a ela estão associados vários procedimentos, que vão desde as autorizações do entrevistado para uso da informação, à ficha de registo da entrevista e sua transcrição.

32 1- Equipamento Preparação do equipamento de gravação (gravador, pilhas, cassetes) de modo a que nada falte ou deixe de funcionar no momento da entrevista. 2- Leituras Leitura de jornais e livros e outra informação conducente a esclarecer e a apoiar o entrevistador na condução da entrevista, nomeadamente no enunciado adequado das questões da formular. É necessário conhecer muito bem o entrevistado e as questões que o mesmo domina para assim se poder retirar o máximo. 3- condução da entrevista A forma como a entrevista é conduzida é fundamental para o sucesso da iniciativa que está em conseguir testemunhos inovadores e com significado para a reconstituição do discurso histórico recente. Apenas algumas recomendações genéricas: • • • • • • • •

As questões devem ser formuladas de forma que a resposta não se resuma ao sim ou não. As perguntas devem ser formuladas de forma breve e precisas. Nunca se deve começar uma entrevista com as questões polémicas, que devem ser reservadas sempre para o final. Nunca interromper o entrevistado, nomeadamente quando conta um facto ou história de interesse. A entrevista não deverá ultrapassar uma hora. Na entrevista quem brilha é o entrevistado e não o entrevistador. Seja paciente com o entrevistado. Nunca se corrige o entrevistado.

4 – Fases da entrevista 1. Introdução do entrevistador - dando conta do seu nome, idade, turma, escola e o projecto a que se destina. 2. Começar sempre a entrevista com identificação do entrevistado: nome, data, local de nascimento. 3. Autorização Autorização do autor, de acordo com modelo anexo, de uso ao nível académico e de divulgação sob a forma de livro ou arquivo digital. 4. Concretização Dados pessoais que identifiquem o autor, a que se poderão juntar alguns de apoio, como fotos, diplomas, curriculum, publicações, recortes de impressa. • • • •

5. As primeiras questões são para: a data e local de nascimento Residência Habilitações académicas Actividades profissionais

6 - A entrevista deve prosseguir com as vivências da infância até à idade adulta. Neste caso deverá terse em conta a data de nascimento e alguns acontecimentos e situações que poderão ter sido marcantes para a vida do entrevistado. As recordações de infância devem ser solicitadas de acordo com o perfil conhecido da personalidade em causa. Neste caso incluem-se as apetências pelas áreas disciplinares da escola, as brincadeiras preferidas, a ideia que fazia para o seu futuro. 7. A terceira fase da entrevista deverá incidir sobre os elementos que definem a personalidade e nível de conhecimentos. Deste modo deverá dar-se atenção ao nível de conhecimentos, às suas crenças religiosas e primeiras experiências políticas. • • •

8. Questões a formular: habilitações académicas Religião: praticante ou não Primeiras experiências políticas: que motivação ?

9. O perfil do entrevistado O perfil do entrevistado desenha-se através de um conjunto de preferências e definições resultantes de uma resposta directa.

33

- Preferências Actividade desportiva, Animal, Bebida, Filme, Livro - poesia e prosa, Local férias, Marca de vestuário preferida, Música Refeição, TV - programas favoritos - Definições Deputado, Eleições, Governo, Imprensa: rádio, TV e jornais, Leis, Parlamento, Política. - Perfil político A última parte é dedicada a traçar o perfil político do entrevistado e o seu protagonismo no panorama político. As questões deverão incidir sobre: Filiação partidária: partido e data, Início da actividade política, Actividades que desenvolveu, Actividade actual – municipal, parlamentar ou governamental, Deputado – funções: presidência, mesa e comissões, Intervenção na Assembleia e temas, Factos mais destacados da vida política, Participação campanhas eleitorais, Papel imprensa, Utilidade parlamentar e governo, O que é que o governo deve fazer para o povo. 5 – As fichas da entrevista Terminada a entrevista deverá elaborar-se uma ficha que identifica a fita ou cassete com as seguintes indicações: Data e local da entrevista, entrevistado, entrevistador, tema da entrevista, lista de palavras chave sobre temas da entrevista, aspectos pessoais do entrevistado: fotos, curriculum, recortes de imprensa...

FICHA DE AUTORIZAÇÃO DATA Por este meio cedo os direitos à (nome da escola), para qualquer fim académico ou educativo, das gravações, transcrições e conteúdos desta entrevista de história oral NOME Assinatura do Entrevistado NOME Assinatura do Entrevistador MORADA: LIMITAÇÕES ESPECIAIS:

FICHA DE DADOS DA ENTREVISTA DE HISTÓRIA ORAL ENTREVISTADO: MORADA: TELEFONE: NASCIMENTO- DATA: LOCAL:

34

ENTREVISTA – DATA: LOCAL: ENTREVISTADO:

N.º I CASSETES: NÚMERO DE ARQUIVO:

6 - Avaliação A avaliação da entrevista deverá incidir sobre o aspecto formal de apresentação da entrevista, tendo em conta o respeito a regras estabelecidas e antecipadamente enunciadas. A isto juntar-se a capacidade criativa. 1 – Técnicas para avaliar a gravação da entrevista de História Oral (80 pontos) 1.1 - Identificação - Escola: - Aluno: - Turma: Data: 1.2 – Rotulação da cassete (4 pontos) - Entrevistador - Entrevistado - Tema de entrevista - Data de entrevista 1.3 – Início da gravação (6 pontos) - Identificação do entrevistador - Data - Identificação entrevistado - Identificação propósito de entrevista - Identificação lugar de entrevista - Pedir entrevistado biografia

1.4 – Técnicas da entrevista (30 pontos) - Faz perguntas individuais ( valores 1-5) - Solicita ampliação da resposta - Não faz perguntas que oriente uma resposta - O entrevistador não faz comentários tendenciosos - Conhece bem o tema 1.5 – Estilo da entrevista (15 pontos) - Tem pressa - Interrompe o entrevistado 1.6 – Qualidade auditiva da gravação (10 pontos) - A gravar tem problemas - Evitou-se distorção que podem prever 1.7 - Valor histórico da entrevista (15 pontos) - Excelente: 15-14-13-12 - Boa: 11-10-9-8 - Regular: 7-6-5-4- Má: 3-2-1 Total de pontos:

Comentário:

2 – Critérios para avaliar a transcrição da entrevista (20 Pontos)

35 ESCOLA: TURMA: ALUNO: DATA: 2.1 Facilidade de leitura do texto da transcrição (10 pontos) - Eliminação pausas (1 a 5) - Forma gramatical (1 a 5) - Correcção de nomes, datas (1 a 5) - Exactidão de transcrição (1 a 5)

2.2 – Formas de apresentação da transcrição (5 pontos) - Capa (1 pontos) - Identificação comentários entrevistado e entrevistador à margem (2 pontos) - Tem índice das pessoas, lugares e coisas importantes (2 pontos) 2.3 – Apresentação de autorização legal (5 pontos)

Total de pontos: Comentário:

MATERIAIS DE APOIO BIBLIOGRAFIA :

ALBERTI, V. História oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro, Instituto de Documentação, Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1990. BOSI, E.. Memória e sociedade. Lembranças de velhos. 3ª ed., São Paulo, Cia. das Letras, 1995. CORREIA, C.H.P.. História Oral: teoria e técnica. Florianópolis, Ed. Univ. Federal de Santa Catarina, 1978. FERREIRA, M.M (org.)..Historia oral e multidisciplinaridade Rio de Janeiro, Diadorim, 1994. FERREIRA, M.M et al.. Entre-vistas :abordagens e usos da história oral . Rio de Janeiro, Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1994. GATAZ, A.C.. Braços da resistência, uma história oral da imigração espanhola, São Paulo, Xamã, 1996 HON, Thad S., e George L. Mehaffy, O. L. Davis J. R., História Oral. Um guia para professores (y otras personas), México, 1989 LANG, A.B.S.G. et al.. História oral e pesquisa sociológica :a experiência do CERU. São Paulo, Humanitas, 1998. LAURENCE, Stephen, Oral history and the local historian, London, 1994 LIMA, V.R. (coord.)Getúlio :uma história oral. Rio de Janeiro, Editora Record, 1986. MEIHY, J.C.S.B.. Manual de história oral. 2ª ed., São Paulo, Loyola, 1998. MONTENEGRO, A.T. História oral e memória :a cultura popular revisitada. São Paulo, Editora Contexto, 1992. NADER, A.B.. Autênticos do MDB, semeadores da democracia :história oral de vida política. São Paulo, Paz e Terra, 1998. PERKS, Robert e Alistair Thomson, the oral history reader, N. York, 1998 THOMPSON, P.. A voz do passado. 2ª ed., Rio de Janeiro, Paz & Terra, 1992 INTERNET

36

Páginas em Português :

Memorial do Imigrante, [online], USP, [disponível na Internet via WWW http://www.memorialdoimigrante.sp.gov.br/] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Museu da Pessoa, [online], [disponível na Internet via WWW, http://www.museudapessoa.com.br/] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, NEHO – Núcleo de Estudos em História Oral, [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.fflch.usp.br/dh/neho/home.htm] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Programa de Historia oral, [online], Fundação Getúlio Vargas, [disponível na Internet via WWW. http://www.fgv.br/cpdoc/historal.htm] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Projeto de História Oral Sobre Cidadania: Brasileira, [online], [disponível na Internet via WWW. url: http://www.as.miami.edu/las/oralhistoryport.htm] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Páginas noutras línguas

Asociación Internacional de Historia Oral, [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.filo.uba.ar/Institutos/ravignani/historal/iohacast.htm]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Oral History Association Home Page 1966[online], [disponível na Internet via WWW. http://www.baylor.edu/~OHA/Welcome.html]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Oral History Listservs[online], [disponível na Internet via WWW. http://www.hnet.msu.edu/~oralhist/]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, EVERETT, Stephen E., ORAL HISTORY TECHNIQUES AND PROCEDURES [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.army.mil/cmh-pg/books/oral.htm]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Columbia: links, [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.columbia.edu/cu/libraries/indiv/oral/offsite.html]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, University Of California, Santa Barbara Oral History Program, [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.library.ucsb.edu/speccoll/oralhlec.html]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Oral History Society Resources and Organisations in Britain and Abroad, [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.essex.ac.uk/sociology/oralhi3.htm]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001, Allan Nevins, founded the Columbia University Oral History Research Office in 1947, [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.columbia.edu/cu/libraries/indiv/oral/index.html]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001,

37

2 - A INTERNET Sendo hoje a Internet um meio privilegiado de informação deverá ter-se em conta o seu uso nos trabalhos práticos dos alunos. Todavia isto deverá ser acompanhado de algumas explicações sobre as regras estabelecidas para a referenciação dos diversos suportes disponíveis, de acordo com as normas aqui apresentadas. É necessária a consciencialização dos alunos para a importância que assume a Internet como mais um dos meios e instrumentos de trabalho disponíveis. Para que isso aconteça deverá haver uma orientação no sentido de facilitar o acesso dos alunos à informação desejada. Tendo em conta o caos que é a Internet, os motores de pesquisa e as páginas temáticas para navegação na WEB são a forma de obviar esta situação. Lamentavelmente a Internet não dispõe de toda a informação que nos interessa e em língua portuguesa os conteúdos são escassos. Hoje a Internet é considerada um instrumento de trabalho fundamental para o ensino e investigação científica. A disponibilização de conteúdos avançou de forma espectacular e ninguém dispensa no seu trabalho o recurso a este novo meio. Todavia o uso destes documentos em novos suportes coloca alguns problemas sobre as normas para a citação. Todas as fontes de informação devem ser referidas, mesmo as disponíveis na Internet o que permite aos demais terem acesso e poderem confirmar as afirmações. As regras para a referência dos documentos no suporte tradicional de papel não servem para os novos suportes em que a informação é actualmente fornecida. Nos anos noventa a plena afirmação da Internet levou ao estabelecimento de normas para a citação destes novos documentos. Face à inexistência de padrão para referenciar estes documentos ISO – International Standard Organization apresentou a norma ISO 690-2Information and documentation - Bibliographic references. Nos USA surgiram entretanto alguns sistemas para referenciar documentos: APA AmericanPsychologicalAssociation(1994): usado para as disciplinas de Psicologia, Educação e outras Ciências Sociais, ACS(American Chemical Society) Style Guide, AMA: medicina, Saúde, e Ciencias biologicas, CBE(Council of Biology Editors)Manual for Authors, Editors and Publishers (1994), Chicago Manualof Style(1993): a usar em livros revistas e jornais, for a do âmbito académico, Turabian, Kate L., A Manual for Writers of Term Papers, Theses, and Dissertations(1987): a usar no ensino em todas as áreas, Microsoft Manual of Style for Technical Publications(1997), MLA –Modern Language Association (1995) : Literatura, Artes e Humanidades, NORMA ISO 690-2 (1996) Em língua portuguesa não é notória qualquer intenção neste domínio, faltando normas ou adaptação do ISO à língua portuguesa. A mais antiga referencia de uma preocupação neste campo surgiu em 1996 por Gevilacio Aguiar Coelho de Moura a que se junta no ano imediato Jorge Reis Lima. Estas normas que aqui apresentamos foram estabelecidas de acordo com MLA -Modern Language Association (1995), estabelecidas especificamente para a área de Humanidades e não se afastam do standard, norma ISO 690-2, aprovada em 1997. DOCUMENTOS DA INTERNET: WWW . DOCUMENTOS

Autor/Editor: apelido, nome, título, assunto:”...”, Titulo da pagina: em itálico, DATA da última revisão, quando existe, Meio: online, Fonte: entidade, Protocolo e endereço [disponível em: http://], Data da visita: (-/-/-) Exemplo: VIEIRA, Alberto. Como Citar Um Documento Da Internet [online], CEHA, [disponível na Internet via WWW.URL:http://www.ceha-Madeira.net/internet/ regrascitar.htm] Arquivo capturado em 1 de Julho de 2000 USENET / MENSAGENS DE GRUPOS DE

DEBATE : Autor: apelido, nome, assunto da mensagem em itálico, Data de envio da mensagem, Grupo de discussão [disponível em mailto:/online via http:], Data da visita: (-/-/-) Exemplo: TAYLOR, Diana. WWW weather fax images, April 17, 1996, [Disponível na Internet. Mensagem recebida da lista YACHT-L administrada pelo servidor [email protected]], April 17, 1996 EMAIL: MENSAGENS

Nome do autor da mensagem, Assunto da mensagem em itálico, Endereço de correio: mailto:, data de envio, tipo de comunicação: mensagem pessoal, distribuição de lista, profissional , Nome do destinatário: E-mail para:, Endereço de correio: mailto:

38 Exemplo: VIEIRA, Alberto, Seminário Internacional: o Município no Mundo Português, [online], [Disponível na Internet via correio electrónico: [email protected]], Julho, 1, 1994, mensagem, E-mail para [email protected], Julho 4, 1994. FTP (FILETRANSFER PROTOCOL)

Autor: apelido, nome, titulo em itálico, Data última revisão: [online], Protocolo e endereço[disponível via: fttp://], Data da visita: (acesso em -/-/-) Exemplo: HAUBEN, Ronda. Unix and computer science. (From work in progress.) [online], [Disponível na Internet via FTP. URL: ftp.umcc.umich.edu/pub/users/ronda. Arquivo:x.1_unix_cs.] Acesso em 06 de Maio de 1996. TELNET

Autor: apelido, nome, título em itálico, Data última revisão, Protocolo e endereço [disponível via: telnet://], Data da visita: (acesso em -/-/-) IRC (Internet Relay Chat)

Nome do interlocutor: apelido, nome, online, Protocolo e endereço telnet sitio[disponível via irc: telnet://], Canal IRC:#..., Data da sessão: ( em -/-/-) ARTIGOS DE REVISTAS/JORNAIS ELECTRÓNICOS

Autor: apelido, nome, titulo do artigo em itálico, titulo da publicação(em itálico), Data última revisão, Protocolo e endereço [disponível em: http://], da visita: (acesso em -/-/-) Exemplo: The computists' comunique: Full moon edition. [online], [Disponível na Internet via correio electrónico: [email protected] Publisher/Editor Dr. Keneth I. Laws. V. 6, n. 32. May 2 1996], acesso em Julho 4, 1996 DOCUMENTOS TRADICIONAIS DISPONÍVEIS NA INTERNET: TEXTOS

Autor: apelido, nome, Título em itálico, Data, Título da colecção, Protocolo e endereço[http://], Número de referência: [id:], Data da visita: (-/-/-) Exemplo: VIEIRA, Alberto, S. Vicente um século de Vida Municipal, 1998, Livros, (http:// www.madinfo.pt/ organismos/ceha/municipio/ sv.html], 25/01/2001. ARTIGO DE ENCICLOPÉDIA

Tema, título obra em itálico, data disponibilização, título em papel, data de acesso, endereço<> Exemplo: Madeira Islands, Encyclopedia Britannica, 1999, Encyclopedia Britannica, 23/01/201, LIVRO

Autor: apelido, nome, Título: título em itálico, local, Data, Título da colecção WEB, Data, Data de acesso, Protocolo e endereço Exemplo: VIEIRA, Alberto, Arquipélago da Madeira no século XV, Funchal, 1987, Madeira, 1994, 23/01/2001, < http://www.madinfo.pt/organismos/ceha/livros/madeira. html> ARTIGOS / LIVROS DE BASE DE DADOS

Autor: apelido, nome, Título: título em itálico, Data, NOME base dados: e palavras chave de pesquisa:, Protocolo e endereço[online http://], data da visita: (-/-/-) FILME

Autor: apelido, nome, Título: título do filme em itálico, Data, Título da colecção, Protocolo e endereço[http://], Número registo: [id:], Data da visita: (-/-/-) DOCUMENTAÇÃO OFICIAL

Autor: apelido, nome, Título: título do documento, Título da colecção ou obra, em itálico Protocolo e endereço[http://], Caminho:[...html], Data da visita:(-/-/-) MAPAS

Fotógrafo: apelido, nome, Título em itálico:, Data, Título da colecção, Protocolo e endereço[http://], Número registo: [id:], Data da visita: (-/-/-)

39 FOTOGRAFIA

Fotógrafo: apelido, nome, Título em itálico:, Data, Título da colecção, Protocolo e endereço[http://], Número registo: [id:], Data da visita: (-/-/-) VIDEOCLIPS

Autor: apelido, nome, Título em itálico:, Data, Título da colecção, [video clip online], Protocolo e endereço [disponível em http://], Data da visita ou de download: (-/-/-) SOM

Autor: apelido, nome, Título em itálico:, Data, Título da colecção, [som online], Protocolo e endereço [disponível em http://], Data da visita ou de download: (-/-/-)

3 - DOCUMENTOS EM SUPORTE NÃO TRADICIONAL CDROM

Autor, Título em itálico, Editor, [Cdrom], data Exemplo: Fernando Augusto da Silva//Carlos Azevedo Menezes, Elucidário Madeirense, CEHA [Cdrom], 1994 CASSETE AUDIO E VIDEO

Autor, Título em itálico, Editor, [audio ou video], data Exemplo: Carlos Brandão Lucas, As Ilhas Atlânticas e o Brasil, CEHA[video], 2000 FICHEIRO NUMÉRICO DE COMPUTADOR

Autor, Título em itálico, data, [Ficheiro de computador], editor, Produtor, Distribuidor, Data. Exemplo: VARIOS, IV Coloquio Internacional de Historia de las Islas Del Atlántico. Actas, 1997, [Ficheiro de computador], Fundacion Mapfre Guanarteme, Digibis, 1997,

MATERIAIS DE APOIO INTERNET Páginas em Português

Lima, Jorge Reis, Tratamento informático das normas bibliográficas portuguesas e da documentação electrónica, [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.uportu.pt/~pauloc/refbibli/tinfbib.html] 1997 Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 MOURA, Gevilacio Aguiar Coêlho de. Citações e referências a documentos eletrônicos.[online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.quatrocantos.com/tec_web/refere/index.htm], Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 VIEIRA, Alberto, Como Citar um Documento da Internet, 1999, [online], [disponível na Internet via WWW http://ceha-madeira.net/internet/regrascitar.htm]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 Páginas noutras línguas

American Psychological Association, [online], [disponível na Internet via WWW http://www.apa.org/journals/webref.html] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 Dewey. Russell, APA Style Resources [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.psychwww.com/resource/apacrib.htm] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 Excerpts from ISO draft international standard 690-2 . ISO, 1996. [online], [disponível na Internet via WWW http://www.nlc-bnc.ca/iso/tc46sc9/standard/690-2e.htm ] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 Harnack, Andrew and Gene Kleppinger, Beyond the MLA Handbook [online], [disponível na Internet via WWW. http://falcon.eku.edu/honors/beyond-mla] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 Harnack, , Andrew e Eugene Kleppinger, “Using CBE Style to Cite and Document Sources from the Web site” for the book Online!:A Reference Guide to Using Internet Sources, do 1994 CBE Manual forAuthors, Editors, and Publishers. [online], [disponível na Internet via WWW http://www.bedfordstmartins.com/online/index.html]. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001

40

PAGE, Melvin E., A Brief Citation Guide forInternet Resources in History and the Humanities, [online], [disponível na Internet via WWW. http://h-net.msu.edu/~africa/citation.html] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 Sample Internet CitationsTurabian Style - Short and clear. Washburn University, Topeka Kansas. [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.wuacc.edu/services/mabee/ inet_turabian.html] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 Turabian's and Chicago Manualof Style Guidelines for Citing Electronic Resources in a Bibliography [online], [disponível na Internet via WWW. http://www.isr.bucknell.edu/research/ turabian.html] Bucknell University. Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 Using Modern LanguageAssociation (MLA) Format - Purdue Online Writing Lab. Concise and recentlyupdated, with good examples. [online], [disponível na Internet via WWW. http://owl.english.purdue.edu/Files/33.html] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 WALKER, Janice, MLA-Style Citations of Electronic Sources [disponível na Internet via WWW. http://www.columbia.edu/cu/cup/cgos/idx_basic.html] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001 WALKER, Janice R. Walker and Todd Taylor. Columbia Guide to Online Style [online], [disponível na Internet via WWW http://www.columbia.edu/cu/cup/cgos/ idx_basic.html] Arquivo capturado em 7 de Janeiro de 2001.

41

4 – AS VISITAS DE ESTUDO

1. A sua importância As visitas de estudo são imprescindíveis no estudo da História local. O ensino abstracto com base na observação de testemunhos concretos não só facilita a aprendizagem como também estimula as aptidões e desenvolve atitudes nos mais diversos domínios. Os alunos desenvolvem a sua capacidade de observação segundo princípios metodológicos; a capacidade de pesquisa científica; o espírito de responsabilidade na conservação do património cultural e natural; a sociabilidade, uma vez que proporcionam uma relação alunoaluno e aluno-professor num ambiente fora das salas de aula. Também as visitas de estudo podem proporcionar um trabalho multidisciplinar ou interdisciplinar. As visitas de estudo contribuem essencialmente para o aluno: - adquirir conhecimentos sobre um determinado tema. Ela é, então, um ponto de partida. Pode servir de motivação, aquisição ou compreensão de conhecimentos sobre determinado tema em estudo e que o professor, segundo as necessidades da turma, julga melhor começar pelo contacto directo com a realidade, testemunha do passado, quer seja um monumento, local ou um museu onde se encontram esses testemunhos. Por exemplo ao iniciar o estudo sobre o açúcar na Madeira no séc. XV e XVI, efectuar uma visita de estudo ao núcleo museológico – A Cidade do Açúcar, etc.. - aprender e / ou aplicar técnicas de trabalho. A aquisição de técnicas de trabalho que torne o aluno responsável e autónomo é tão importante como a aquisição e compreensão de conhecimentos, porque dá ao aluno técnicas de trabalho que servirão para a sua realização na vida futura. Aprendem a observar, tomam notas, compilam informação, fazem relatórios, executam as técnicas de trabalho de grupo, etc.. Entre as técnicas que o aluno pode aprender fazendo, damos destaque à observação orientada, à pesquisa de dados, ao trabalho em equipa ou em grupo; à organização do trabalho e ao treino na colocação de questões. - melhorar a relação professor / aluno. As relações professor / aluno dentro de uma sala de aulas é muito limitativa. Um contacto aberto e fora do espaço habitual da aula, proporciona um melhor conhecimento da maneira de ser do aluno sem inibições. As tensões entre os alunos e o professor atenuam-se e cria-se um clima de confiança. Por isso as visitas de estudo são muito importantes principalmente para as turmas tidas como difíceis a nível de comportamento.

2. Preparação Para que uma visita de estudo tenha sucesso, tem de ser devidamente preparada pelo professor e alunos. Apresentamos aqui alguns passos importantes. Ao professor compete: 1- Fazer uma visita prévia ao local, se não o conhece bem, e recolher os dados que julgue mais importantes para os alunos trabalharem durante a visita. 2 – Contactar os responsáveis do locar a visitar caso seja um museu, etc., e pedir a respectiva autorização e apoio do serviço educativo, caso a instituição o tenha, para a concretização da visita. 3 – Comunicar e pedir autorização e apoio ao Conselho Directivo da Escola que proporcionará o transporte devido e dará outros apoios necessários.

42 4 – Elaborar o material necessário para a visita: policopiados, fichas informativas, mapas, etc., e determinar as tarefas concretas que os alunos deverão executar. 5 – Planificar, com a turma, os objectivos concretos, o tempo e a duração da visita, o local de partida, etc., O programa deverá ser distribuído pelos alunos depois do esclarecimento de todas as dúvidas. 6 – Os encarregados de educação deverão ser previamente informados, por escrito, de todo o programa. Estes deverão dar o seu consentimento através de assinatura confirmada pelo professor antes da partida para a visita. Aos alunos compete: 1 – Recolher informação prévia sobre o tema a estudar ou local a visitar. 2 – Participar na preparação do programa com sugestões. 3 – Elaborar algum material necessário como inquéritos, preparação de entrevistas ou outro material necessário. 4 – Compilar outro material como notícias, gráficos, textos, mapas, etc. conforme o local a visitar e os objectivos da visita de estudo.

3. Realização No local, alguns professores, ou alguém no seu lugar, poderão dar uma aula expositiva sobre o assunto a tratar. Não é este o conceito que temos da realização de uma visita de estudo apesar de , por vezes, as circunstâncias assim o exigirem. Se a visita for bem preparada, após uma breve introdução, cada aluno sabe qual a tarefa que tem para executar livre e activamente. O professor e os responsáveis pelo serviço de apoio educativo devem ser consultores prontos para esclareceram as dúvidas que vão surgindo e observadores atentos aos trabalhos dos alunos. Os alunos farão registos para posteriormente serem trabalhados.

4. Apuramento dos resultados e avaliação O trabalho só se dará por concluído após o apuramento dos resultados. A partir da visita, conforme a metodologia previamente estabelecida, em grupo ou individualmente, os alunos deverão completar o preenchimento dos materiais utilizados e elaborar um relatório sobre a visita efectuada destacando os aspectos positivos e negativos com a respectiva crítica. Os relatórios poderão ser apresentado à turma para debate. Com os materiais elaborados pelos alunos, fotografias, mapas, relatórios, etc. poderão fazer uma exposição escolar.

43

5 – OS MUSEUS DA MADEIRA 1. O MUSEU DE ARTE SACRA

O Museu está instalado no edifício construído por ordem de D. Luís de Figueiredo de Lemos (1586-1608). São coevos a arcaria que dá para a Praça do Município e a capela. A Capela junta é dedicada a S. Luís de Tolosa, onde ficou sepultado este bispo, depois trasladado para a Sé. A Capela apresenta um belo pórtico da cantaria negra. O Bispo D. José de Sousa de Castelo Branco (1698-1721) anexou-lhe o Seminário. Com o terramoto de 1748 tornou-se necessária uma nova construção que chegou à actualidade. A República em 1910 atribuiu-lhe novas funções, pois aí funcionou o liceu até 1942. A construção do novo liceu em 1950 levou a sua recuperação pela diocese que aí fez instalar o Museu Diocesano de Arte Sacra. Do recheio do museu de arte sacra, proveniente das igrejas de toda a ilha, chama a atenção do visitante as colecções de pintura, escultura flamenga , ourivesaria e paramentos. BIBLIOGRAFIA: Museu de Arte Sacra do Funchal. Arte Flamenga, Funchal, Edicarte, 1997 LOCALIZAÇÃO: R. Do Bispo, 21, 9000 - Funchal TELFONE: 291 22 89 00 FAX: 291 23 13 41 2. FOTOGRAFIA MUSEU VICENTES

É o museu de fotografia da região autónoma da Madeira que reúne o espólio de vários fotógrafos da região. Está instalado no antigo estúdio fotográfico da Photografia Vicentes. O Atelier propriedade de Vicente Gomes da Silva, foi instalado no edifício da Rua da Carreira a partir de 1887.Aponta-se o ano de 1846 como o de abertura do primeiro estúdio fotográfico à rua de João Tavira, o que quererá dizer que estamos perante um dos mais antigos do país que se manteve em actividade na família até 1972. Em 1979 o Governo Regional da Madeira adquiriu o Estúdio com o objectivo de aí criar um museu, que abriu as portas em 1982. Poderá considerar-se o Museu de Fotografia da Região, pois alberga os negativos e chapas de João Francisco Camacho, José Júlio Rodrigues, Joaquim Augusto de Sousa, Álvaro Nascimento Figueira e Photographia Perestrelos(1879). No vasto espólio disponível é possível encontrar retratos de personalidades locais e internacionais, reportagens dos principais eventos do presente século. BIBLIOGRAFIA: Fotografia e Fotógrafos Insulares. Açores, Canárias e Madeira, Funchal, sd. MELO, Luís de Sousa, Vicentes Photographos, Funchal, 1978 LOCALIZAÇÃO: R. da Carreira, 43, 9000 - Funchal TELEFONE: 291 22 50 50 FAX: 291 23 27 14 3. NUCLEO MUSEOLÓGICO – A CIDADE DO AÇÚCAR

Este núcleo museológico inaugurado em 1996 pretende ser a ligação às memórias vivas da época áurea do açúcar na Madeira, isto é, os séculos XV e XVI. A sua concretização resultou da recuperação dos vestígios da chamada casa de Colombo no Funchal, construída no século XV pelo fidalgo flamengo João de Esmeraldo João Esmeraldo fixou-se no funchal a partir de 1480, transformando-se num dos principais lavrador e comerciante de açúcar. Em adquiriu a Lombada na Ponta Sol a Rui Gonçalves da Câmara, onde ergueu um imponente palácio servido de capela e engenho. A sua casa de residência no Funchal foi construída a partir de

44 1495. A ele associa-se o convívio de Cristóvão Colombo, o navegador italiano que aportou à ilha por diversas vezes entre 1476 e 1482. A passagem do navegador pelo Funchal em 1498, aquando da sua terceira viagem, é um testemunho da sua profunda ligação à ilha. Nesta data teria privado com João Esmeraldo nestes imponentes palácios. A casa dita de Colombo foi demolida em 1876 para dar lugar a um novo arruamento com o nome de Cristóvão Colombo. Do palácio perdurou apenas uma das principais janelas que se encontra na Quinta da Palmeira. Em 1989 o espaço foi alvo de uma prospecção arqueológica de que resultou a recuperação do poço, que domina uma das salas do museu, algumas peças de cerâmica dos séculos XVI e XVII e outros vestígios, que se encontram disponíveis numa das salas do museu. O museu alberga, para além da exposição do espólio resultante das escavações arqueológicas de 1989, elementos sugestivos da economia açucareira e da sua influência artística BIBLIOGRAFIA: Roteiro, Funchal, CMF, sd. A cidade do Açúcar- Roteiro, Funchal, sd LOCALIZAÇÃO: Praça Colombo, 5, 9000 - Funchal TELEFONE: 291 23 69 10

4. CASA MUSEU FREDERICO DE FREITAS

Na Casa Museu Frederico de Freitas é constituída pelo espólio legado à região por este benemérito advogado que lhe dá o nome, falecido em 1978 O museu, aberto ao público em 1988, ficou instalado na residência do seu doador, conhecida como a Casa da Calçada, em memória do anterior proprietário, os condes da Calçada. O museu apresenta ao público uma variada colecção de mobiliário, artes decorativas e estampas, reunidas com grande carinho pelo seu proprietário ao longo de mais de quarenta anos.. A merecer a atenção do visitante é a colecção de gravuras antigas, na sua maioria da mão dos ingleses, onde é possível rever os ambientes, as vivências e as figuras madeirenses dos séculos XVIII e XIX. Outra colecção de inegável valor é a de História do azulejo. Aí estão reunidos painéis de azulejos desde o século XIII, sendo possível reconstituir a sua História até ao século XIX. Ainda, poderá admirar-se um conjunto variado de escultura religiosa dos séculos XVII e XVIII. O mobiliário, os utensílios de uso doméstico, permitem reconstruir ambientes de variadas épocas e traçar o perfil deste coleccionador madeirense. LOCALIZAÇÃO: Calçada de Santa Clara, 7, 9000 - Funchal TELEFONE: 291 22 05 78

5. QUINTA DAS CRUZES MUSEU

Próximo do Convento de Santa Clara está o Museu da Quinta das Cruzes, aberto ao publico na década de cinquenta com base nas Colecções de César Gomes, a que se juntou em 1964 a de João Wetzler. O espaço engloba a casa de morada, a capela de Nossa Senhora da Piedade(1692) e um amplo parque ajardinado. O local tem grande significado na História da ilha, pois terá sido aqui que João Gonçalves Zarco fez erguer a sua casa. A História do imóvel liga-se assim à família dos capitães do Funchal. O edifício insere-se numa típica quinta madeirense servida de um majestoso jardim, onde a flora de diversa origem convive com algumas pedras lavradas oriundas de igrejas e outros edifícios que foram demolidos, constituído por pedras de armas, lápides comemorativas e outros elementos arquitectónicos. Aqui estão reunidos vestígios do antigo Convento de Nossa Senhora da Piedade de Santa Cruz, uma janela manuelina em basalto do Hospital velho(1507). O recheio do museu é diversificado podendo destacar-se o mobiliário inglês e português, composto por mesas, canapés, cadeiras , armários e arcas. Os armários e arcas feitos na ilha, conhecidos de "caixa de açúcar" são uma referência obrigatória. Parte significativa provem do recheio dos conventos da cidade (Santa Clara e Mercês). A designação resulta do aproveitamento das madeiras das caixas que transportavam o açúcar do Brasil até ao Funchal. Depois generalizou-se a todo o mobiliário em madeira de vinhático e til.

45 Na escultura merecem referência: a Virgem com o menino, uma escultura flamenga do século XVI e o retábulo da Natividade, também de origem flamenga, do século XV. A colecção de ourivesaria é variada, abarcando os períodos do séc. XVI a XIX. No conjunto destacam-se algumas salvas e o porta paz em prata dourada da igreja de Santa Cruz. O mesmo poderá ser dito da colecção de porcelana, com especial relevo para a Chamada porcelana da "companhia das Índias". BIBLIOGRAFIA: ARAGÃO, António, O Museu da Quinta das Cruzes, Funchal, 1970 LUCENA, Vasco de, "Quinta das Cruzes. Museu César Gomes", in DAHM, III, n1.15(1953) Quinta das Cruzes- Museu, Funchal, sd. SOUSA, Amândio, Visitas Guiadas - Casa-Museu César Gomes. Quinta das Cruzes, Funchal, 1983. LOCALIZAÇÃO: Calçada do Pico, 1, 9000 - Funchal TELEFONE: 291 74 13 82 / 88 FAX: 291 74 13 84

6. MUSEU DO VINHO DA MADEIRA

O vinho Madeira dispõe hoje de dois museus pois ao do Instituto de Vinho da Madeira, inaugurado em 18 de Setembro de 1984, veio juntar-se o da Madeira Wine Company. Em ambos o visitante pode recordar o passado da faina viti-vinicola através de fotografias e objectos a ela alusivos. A par distes, algumas empresas, pelo seu carácter secular e preservação das tradições podem ainda ser considerados museus-vivos. Aqui, o passado convive de forma amena com o presente, permitindo ao visitante uma maior envolvência na realidade vitivinícola. O Museu oficial do Vinho da Madeira é um dos retratos vivos da história e tradição do vinho da Madeira. A história do vinho da Madeira afirma-se através da tradição oral ou escrita, dos materiais que ao longo dos tempos corporizavam a sua realização. Deste modo para podermos recriar a sua ambiência temos que agarrar os restos materiais e fazê-los reviver a labuta diária. Aquilo que para muitos é sinónimo de velharia assume aqui uma relevante missão. É o único elo de ligação com os momentos de esplendor e forma de preito e homenagem a todos aqueles que lutaram pela sua afirmação. Os materiais ora expostos traçam-nos a História e ciclo de vida do vinho da Madeira. As imponentes instalações do Instituto do Vinho da Madeira evocam também a História do vinho da Madeira. O imóvel, de volumetria característica, foi construído pelo mercador de vinhos o cônsul inglês, Henry Veitch, na primeira metade do século XIX para servir de morada. Antes de chegar aos actuais inquilinos foi casa de vinhos de Izidro Gonçalves. Assim temos um espaço carreado de História como palco da definição dos rumos actuais e futuros deste importante sector da economia do arquipélago. BIBLIOGRAFIA: INTERNET Instituto do Vinho da Madeira, http://www.gov-madeira.pt/sra/ivm/infgeral/hist__instituto.htm Rota do vinho da Madeira, http://www.gov-madeira.pt/sra/ivm/rota.htm LOCALIZAÇÃO: Rua 5 de Outubro, 78, 9000 – Funchal TELEFONE: 291 20 46 00 FAX: 291 22 86 85

7. NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO IBTAM

O Núcleo reúne o espólio do IBTAM que inclui peças desde o último quartel do século XIX e princípios do séc. XX.

46 As peças estão dispostas em forma de encenação, reconstituindo o interior de uma casa madeirense do período romântico. Tendo em conta os aspectos utilitários das peças de bordado relacionados com a mesa e vestuário temos uma sala de jantar, um quarto de dormir. Um sector foi dedicado à explicação dos diversos pontos do bordado madeira e ao historial do bordado. INTERNET: Instituo do Bordado e da Tapeçaria, http://www.madinfo.pt/organismos/ibtam/bord.html LOCALIZAÇÃO: Rua do Anadia, 44, 9050 - Funchal TELEFONE: 291 22 31 41 FAX: 291 22 84 05

8. MUSEU HENRIQUE E FRANCISCO FRANCO

A 21 de Agosto de 1987 inaugurou-se o museu, numa iniciativa da Câmara Municipal do Funchal, com o objectivo de expor a colecção adquirida em 1966. São dois irmãos dedicados às artes. Henrique ficou-se pela pintura e desenho, enquanto Francisco juntoulhe a escultura. Francisco Franco de Sousa (1885-1955) ganhou fama como estatuário do Estado Novo. A sua obra escultórica está espalhada por todo o país e incide de forma especial sobre as personagens históricas. Dos reis de Portugal temos: D. Dinis (1943) e D. João III (1948) em Coimbra, D. João I e D. João II em Lisboa. A estas junta-se o infante D. Henrique (1931) para Vincennes, a Rainha D. Leanor (1935) para as Caldas da Rainha e do Bispo D. Miguel de Portugal (1950) para a cidade de Lamego. A sua vasta obra escultórica completa-se com vários bustos e uma série de relevos e medalhas. Henrique Franco (1883-1961) acompanha o irmão na Academia de Belas- Artes, mas foi na pintura que encontrou a sua vocação e desusado êxito. Foi professor da Escola Industrial do Funchal (1920-1934), terminando a carreira na Escola de Belas Artes de Lisboa. Merece destaque especial a sua intervenção em edifícios públicos na cidade de Lisboa, com pintura a fresco: igrejas de Nossa Senhora de Fátima e de S. João de Brito, Casa da Moeda e Palácio de Estatística. As primeiras obras escultóricas que executou para a sua ilha foram: • O busto simbólico do aviador (1923) em honra da primeira travessia aérea do Atlântico por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. • O torso, alusivo ao ataque dos submarinos alemães ao Funchal (1916-17), • O busto de Gonçalves Zarco (1919) no Terreiro da Luta Mas a sua força escultórica está testemunhada na estátua de João Gonçalves Zarco(à avenida Arriaga) e a do Semeador. A primeira, uma encomenda da Junta Geral de 1918, foi inaugurada em 28 de Maio de 1934, consta da estátua do navegador e o pedestal e baixos relevos alusivos ao infante D. Henrique, Conquista, Valor e Ciência. A segunda feita em 1923 em honra de Vieira de Castro foi inaugurada em 1936 no Campo da Barca, donde transitou em 1966 para o edifício da antiga Junta Geral(hoje, Governo Regional). Hoje encontra-se no Parque de Santa Catarina. A sua ultima obra inacabada foi o gigantesco monumento ao Cristo Rei do Corcovado. O museu está baseado no seguinte espólio: Henrique Franco: desenhos, gravuras, aguarelas e pastéis, frescos, óleos Francisco Franco: carvões, desenhos, aguarelas e desenhos aguarelados, gravuras, álbuns de desenhos e esculturas em gesso(em especial réplicas e estudos das peças escultóricas), madeira e cobre. BIBLIOGRAFIA: LOCALIZAÇÃO: Rua do Bom Jesus, 13, 9050 - Funchal TELEFONE: 291 23 06 33

9. MUSEU DA ELECTRICIDADE

47 A empresa de electricidade da Madeira(SA) decidiu criar em 1997 o Museu da electricidade, que ficou conhecido como Casa da Luz, como forma de evocação do centenário da introdução da luz eléctrica na ilha. O museu foi criado nas antigas instalações da antiga “casa da Luz”, onde em 1897 surgiu a primeira central térmica, construída pela Madeira Electric Ligting Company Limited. Em 1925 juntou-se novos geradores para poder atender a maior procura de energia eléctrica. A partir de 1949 a concessão passou para os Serviços Municipalizados de Electricidade que passaram em 1974 a empresa pública. Em 1943 deu-se início ao plano de construção de centrais hidroeléctricas, no seguimento do estudo feito a partir de 1939. É o primeiro museu industrial da região, sendo possível acompanhar a história da iluminação da cidade e da electrificação do arquipélago. BIBLIOGRAFIA: PÁGINA WEB: http://www.madinfo.pt/eem/ LOCALIZAÇÃO: Av. do Mar e das Comunidades Madeirenses , 9050 - Funchal TELEFONE: 291 22 11 87 / 88 FAX: 291 23 33 24

10. MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA

Com a cedência da fortaleza de Santiago à Região Autónoma da Madeira o governo instalou em 1992 um Museu de Arte Contemporânea com o espólio de obras adquiridas ou doadas pelos artistas. A colecção esteve primeiro exposta desde 1984 numa sala improvisada da Quinta Magnólia. Do acervo artístico fazem parte obras de pintores madeirenses, como Lurdes de Castro e Marta Teles. BIBLIOGRAFIA: LOCALIZAÇÃO: Fortaleza da S. Tiago, 9050 - Funchal TELEFONE: 291 22 64 56 FAX: 291 22 69 06 11. MUSEU DA BALEIA

A baleação na Madeira não foi tão activa na Madeira como aconteceu nos Açores e Brasil. O abastecimento deste azeite. As primeiras fábricas surgiram apenas com a Segunda Guerra Mundial. Temos notícia de uma na Ribeira da Janela e outra no Garajau. A do Caniçal foi construída em 1947 e funcionou até 1981. No sentido de recordar esta actividade foi criado o museu da Baleia. O museu apresenta-nos a história da caça à baleia bem como do artesanato em osso e dente de cachalote. A isto junta-se uma réplica de uma “fábrica das baleias”. BIBLIOGRAFIA: LOCALIZAÇÃO: 9200 - Caniçal TELEFONE: 291 96 14 07 FAX: 291 96 14 07

12. MUSEU ETNOGRÁFICO DA RIBEIRA BRAVA

48 O museu está instalado no antigo solar e capela de S. José, morada do capitão Luis Gonçalves da Silva. Em 1853 acopolou-se um engenho de açúcar e uma azenha, ambos movidos por mecanismo hidráulico. Em 1983 o edifício em ruínas foi adquirindo pelo Governo Regional para aí instalar o Museu Etnográfico, o que só veio a acontecer em 1996. O museu reúne as peças mais significativas do artesanato e tecnologia tradição agrícola madeirense. Aqui o visitante poderá tomar contacto com as técnicas ligadas ao fabrico do pão, vinho, fiação, etc. BIBLIOGRAFIA: LOCALIZAÇÃO: Rua de S. Francisco, 24, 9350 - Ribeira Brava TELEFONE: 291 95 25 98 FAX:

13. MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL

O Museu encontra-se aberto ao público desde 5 de Outubro de 1933 no Palácio de S: Pedro, casa que foi do Conde de Carvalhal e que havia sido adquirida em 1929 pelo município para esse efeito. O imóvel alberga o museu de História Natural, um aquário, sugestão de Adão Nunes em 1930, a Biblioteca Municipal (1938) e o Arquivo Regional da Madeira a partir de 1933. Mas aos poucos foi-se especializando na sua actual função de museu de História Natural das ilhas da Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens. A ideia de criação deste museu surgiu durante o Governo de José Silvestre Ribeiro(1840-1852). Ainda se reuniram alguns dos elementos indispensáveis à sua abertura, que só veio a ocorrer passados quase cem anos. Aqui o visitante no percurso das seis salas pode tomar contacto, de forma intuitiva, da fauna, flora e geologia do Arquipélago da Madeira. A exposição permanente consta do seguinte: espécies de peixes, aves, mamíferos terrestres e marinhos, répteis marinhos, insectos e outros invertebrados. A isto associa-se algumas demonstrações geológicas, com uma colecção de rochas e minerais do Arquipélago e de fósseis marinhos do Porto Santo. O projecto do museu pertence a Adolfo César de Noronha, um dos destacados estudiosos da história natural do arquipélago. A ideia concretizou-se a partir de 1929, como Museu Regional, que albergava as colecções de História Natural, Etnografia e Arqueologia. BIBLIOGRAFIA: LOCALIZAÇÃO: R. da Mouraria, 31, 9000 - Funchal TELEFONE: 291 22 97 61 FAX: 291 22 51 80

14. CASA MUSEU CRISTÓVÃO COLOMBO

O museu inaugurado em 1988 na casa onde segundo a tradição terá pertencido aos familiares da mulher de Cristóvão Colombo, Filipa de Moniz. Aí terá vivido Cristóvão Colombo na década de oitenta do século XV e também nascido, segundo Bartolomé de Casas, o único filho deste enlace, Diogo Colombo. A memória da passagem do navegador pela ilha está expressa neste espaço museológico que apresenta retratos e gravuras alusivos, bem como réplicas das embarcações. No rés-do-chão temos uma matamorra, construções feitas pelos portossantenses no solo das casas para guarda dos cereais e dos haveres em momentos de assalto de piratas. BIBLIOGRAFIA: LOCALIZAÇÃO: Trav. da Sacristia, 4, 9400 - Porto Santo TELEFONE: 291 98 34 05

49

ANEXO

1.

FICHAS DE TRABALHO

50

FICHAS DE TRABALHO Ficha de trabalho n.º 1 - A conhecimento do Arquipélago

1 – O Conhecimento até ao Séc. XIII 1.1 - Faça uma pequena síntese sobre as referências feitas ao possível conhecimento da Madeira pelos autores: - Gregos - romanos - árabes __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 1.2 – Elabore um pequeno texto sobre a “Lenda de Machim”. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2 – A cartografia do Séc. XII a XVI

2.1 – Localize, na carta, o Arquipélago da Madeira. 2.2 – Descreva a sua localização geográfica. __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 2.3 – Desenhe um mapa com o arquipélago da Madeira

51 2.4 – Indique as cartas que se referem ao arquipélago da Madeira tendo em conta a seguinte cronologia: 1339

1351

1367

1375

1413

1426

2.5 – Faça um levantamento dos nomes por que eram conhecidas as ilhas do arquipélago da Madeira segundo a cartografia dos séculos XIV e XV, antes do achamento pelos portugueses. Madeira

Porto Santo

Desertas

Selvagens

3 – As versões dos descobrimentos Tese quatrocentista Os que argumentam, a partir de Zurara, João de Barros, Jerónimo Dias Leite ou Gaspar Frutuoso, que o arquipélago foi descoberto pelos portugueses no século XV, por iniciativa do infante D. Henrique com apoio de J. G. Zargo e Tristão Vaz

Tese trecentista Os que opõem ao conhecimento quatrocentista a prova documental e cartográfica do achamento no século XIV. Divergem entre si, quanto à autoria das expedições. Para uns, a descoberta deveu-se a genoveses, catalães ou venezianos; enquanto outros apontam as mesmas expedições, mas ao serviço da coroa portuguesa, valorizando a iniciativa nacional do empreendimento.

3.1 – Relacione a tese trecentista e quatrocentista sobre o descobrimento da Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.2 – Tendo em conta as palavras “descobrimento” e “redescobrimento” atribua uma delas ao acontecimento feito pelos portugueses em 1419. Justifique. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

4 – A ocupação e povoamento

52

Povoadores: origem geográfica

4.1 – Interprete o gráfico. _______________________________________________

25

_______________________________________________

20 15 10

_______________________________________________

5 0 Alga rve

tejo

o

as

Alen

Beir

Minh

4.2 – Estabeleça uma relação entre as diversas origens dos povoadores tendo em conta as suas atribuições. _______________________________________________ ____________________________________________________

__________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 4.3 – Justifique a predominância da população do norte de Portugal no povoamento da Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 5 – A distribuição das terras “(...) por esta dou para sempre (...) aos novos povoadores da ilha da Madeira que por meu mandato, João Gonçalves Zarco foi distribuir, que as terras lhe sejam dadas forras sem pensão alguma, àqueles que maior qualidade e a outros que tiverem posses para as aproveitar, e aos de menor posse que vivam do seu trabalho e de cortar e de talhar madeiras e das criações de gado e as terras serão repartidas pelos capitães e as aproveitarão em dez anos.” 1426 (?) Capítulo de uma ordenação sobre a concessão de terras aos primeiros povoadores da ilha da Madeira, inserto em carta de confirmação de 7 de Maio de 1493. 5.1 – Em relação ao documento, indique quem tinha o poder de distribuir as terras . antes de 1433? . a partir de 1433? __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 5.2 – Nomeie as condições estabelecidas na distribuição das terras. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 6 – Pesquisa 6.1 – Procure saber o significado toponímico da sua localidade e a origem dos seus povoadores. 6.2 – Registe as conclusões da sua pesquisa. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

53

Ficha de trabalho n.º 2 - A administração 11 – O poder régio, do donatário e do capitão do donatário

“(...) Temos por bem e damos-lhe (ao infante D. Henrique) as nossas ilhas a saber, a ilha da Madeira e do Porto Santo e da Deserta com todos os direitos e rendas (...), a sua jurisdição do cível e crime salvo em sentença de morte ou talhamento de membros (...) e reservamos para nós que o dito infante não possa mandar fazer nelas moeda mas apraz-me que a nossa corra nela (...).” Carta de doação de D. Duarte (26 de Set. de 1433)

“Eu o infante D. Henrique (...) faço saber (...) que dou cargo a João Gonçalves Zarco,(...) da ilha da Madeira da terra desde aquém do Caniço, dez passos como se vai pela ribeira acima, e daí atravessa a serra até à ponta do Tristão. Que ele a mantenha por mim em justiça e direito e morrendo ele, a mim praz, que seu filho primeiro ou segundo, se tal for, tenha este cargo. (...) Ele tenha nessa sobredita terra a jurisdição por mim, em meu nome, do cível e do crime ressalvando morte ou talhamento de membros. O dito João Gonçalves haja para si todos os moinhos de pão que houver na parte da dita ilha (...) e que ninguém faça aí moinhos senão ele ao quem ele prouver (...). Me praz que tenha de todas as serras de água, que aí se fizeram, de cada, um marco de prata em cada ano ou seu certo valor ou duas tábuas cada semana das que costumam serrar nas serras, pagando, porém, a mim, o dízimo de todas as ditas serras segundo pagam das outras coisas(...). Também me praz que todos os fornos de pão sejam seus. Porém não embarque quem quiser fazer fornalha para seu pão, que a faça. (...) Também me praz que tendo ele sal para vender que o não possa vender outro senão ele. (...) Outro sim me praz que de tudo o que eu houver de renda na dita terra da ilha que ele tenha, de dez, um (...).” Carta de doação da capitania do Funchal (1 de Nov. de 1450)

1.1 – Nomeie os donatários do Arquipélago da Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 1.2 – Em relação à administração do arquipélago da Madeira, faça uma síntese sobre as competências do monarca, do donatário e do capitão do donatário. Monarca

Donatário

Capitão do donatário

1.3 – Indique os direitos dos donatários. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 1.4 – Distinga os direitos e deveres do capitão do donatário. Direitos

Deveres

1.5 – Descreva a passagem da posse do arquipélago, da coroa para o donatário e o seu retorno à coroa.

54 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2 – O poder municipal “E ao que requereis que mande que vos dê terra (...) em que possais mandar fazer umas casas para fazer relação e outra para fazer audiência, eu o hei por bem feito e me praz e mando ao capitão e meu almoxarife que vos ordenem lugar para fazerdes as ditas casas onde a ele e a vós melhor parecer.” (1) Em 1461 D. Fernando concedeu ao povo a mercê de eleger procuradores do concelho, juizes, vereadores e o uso de selo e bandeira. (1) – “Apontamentos e capítulos do Infante D. Fernando para esta Ilha”, A.H.M, Vol. XV, doc.4, p.18 (adaptado) 2.1 – Interprete o significado do pelourinho. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.2 – Indique os outros símbolos do poder municipal. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.3 – Refira as funções do poder municipal. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.4 – Indique dois cargos titulares dos municípios e a função de cada um deles. Cargos titulares

Funções

2.5 – Descreva o brasão de armas do seu município e interprete-o tendo em conta a economia e cultura em que se insere. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3 – Pesquisa 3.1 – Faça uma pesquisa sobre o seu município tendo em conta: - Data da sua fundação e do feriado municipal - Biografia do seu patrono - Acontecimentos que marcaram a sua história

55

Ficha de trabalho n.º 3 - A Igreja e suas instituições

1 – A Ordem de Cristo “D. Duarte pela graça de Deus Rei de Portugal e do Algarve e senhor de Ceuta. A quantos esta carta virem fazemos saber que nos por serviço de Deus e honra de Cristo e por o infante D. Henrique meu irmão regedor e governador da dita ordem que nos requereu, outorgamos e damos à dita Ordem, deste dia para todo sempre, todo o espiritual das nossas ilhas da Madeira e do Porto Santo e da ilha Deserta (...). E por certidão disto lhe mandamos dar a nossa carta assinada por nós e selada do nosso selo de chumbo. E pedimos ao padre santo que haja a sua santidade outorgar e confirmar à dita ordem de Cristo as ditas ilhas pela guisa acima dita. Dada em Sintra 26 dias de Setembro o rei o mandou Lopo Afonso a fez era de 1433 anos » . [Publ. João M. Da Silva Marques, Descobrimentos Portugueses, vol. I, Lisboa, 1988, p. 273]

1.1 – Explique a transmissão da jurisdição eclesiástica da Madeira para a Ordem de Cristo. ______________________________ ______________________________ ______________________________ ______________________________ 1.2 – Descreva a acção da Ordem de Cristo no Arquipélago da Madeira. ______________________________ ______________________________ ______________________________ ______________________________

2 – Os Franciscanos na Madeira Gravura do Brasão Franciscano existente no Jardim Municipal

2.1 – Explique a organização da Ordem franciscana. _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________

_________________________________________________ 2.2 – Refira os principais conventos franciscanos que existiram na Madeira entre o século XV e o século XX, da Ordem dos Frades Menores e das Irmãs Clarissas. Convento dos frades menores

Conventos das irmãs clarissas

2.3 – Interprete o brasão representado na gravura. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.4 – Relacione a extinção desses conventos com a conjuntura política dos séculos XIX e princípios do séc. XX.

56 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.5 – Pesquise e faça um pequeno texto sobre os franciscanos na Madeira, na actualidade. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3 – O Bispado da Funchal 3.1 – Refira o nome da bula: - da fundação da Diocese do Funchal. _________________________ _________________________ - da nomeação do 1.º Bispo do Funchal. _________________________ _________________________ 3.2 – Explique o que é uma Diocese. _________________________ _________________________

“Leão, Bispo, servo dos servos de Deus, aos amados filhos e ao clero da cidade do Funchal, saúde e bênção apostólica. Hoje, à Igreja do Funchal, que nós erigimos e instituímos em Igreja Catedral, a qual não gozava de semelhante honra desde a sua fundação, provemos, de igual modo e com autoridade apostólica na pessoa do nosso dilecto filho Diogo, bispo eleito do Funchal (...) e ao mesmo tempo constituímos Bispo e Pastor dela encomendando-lhe plenamente o cuidado e a administração dessa mesma igreja funchalense no espiritual e temporal (...) Dada em Roma, em São Pedro, ano da Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, no dia 12 de Julho de 1514 (...) ». [Papa Leão X, Bula Hodie Ecclesiae Funchalensis (adaptado)]

_________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.3 – faça um pequeno texto sobre a organização estrutural de uma Diocese. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.4 – Descreva as competências dos bispos e sacerdotes. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

57 3.5 – Indique as ordens religiosas existentes actualmente na Madeira. Ordens religiosas masculinas

Ordens religiosas femininas

3.6 – Descreva a acção dessas ordens religiosas no: Ensino

Assistência

Religião

4 – A devoção popular e as rumarias Gravura crucifixo Senhor Milagres

1

2

3

do do dos

Gravura da imagem de São Tiago

Gravura de Nossa Senhora da piedade do Porto Santo

4

5

4.1 – Identifique as gravuras e relacione cada uma com a respectiva devoção popular. n.º

1

2

3

4

5

Gravura

Descrição da devoção popular

58 4.2 – Explique a origem de uma dessas devoções populares. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 4.3 – Pesquise e faça um pequeno registo sobre a devoção popular mais celebrada na sua paróquia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

59

Ficha de trabalho n.º 4 - A arte

1 – Investimento e ostentação 1.1 – Indique as principais obras de arquitectura construídas nos séculos XV e XVI. 1.2 - Refira os monumentos onde ainda se encontram vestígios do manuelino. _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ 1.3 - Em relação à Sé do Funchal, preencha o cruzadismo 1 – Frente de um edifício. 2 – Estilo desenvolvido no reinado de D. Manuel I. 3 – Fundo onde está o altar mor. 4 – Arcos do estilo gótico. 5 – Lavores na cabeceira. 6 – Local onde está a pia baptismal. 7 – Objecto onde se coloca uma lamparina. 8 – Conjunto de cadeiras na cabeceira. 9 – Partes do interior da Sé. 10 – Janela com vidros pintados. 11 – Matéria prima do tecto. 12 – Estilo posterior ao românico. 13 – Formato do tecto. 14 – Estilo árabe do tecto. 15 – Parte que separa as naves da cabeceira. 16 – pedra trabalhada das paredes. 17 – Parte superior da torre coberta de azulejos. 18 – Entrada luminosa na fachada principal. 19 – Elementos decorativos no exterior e parte superior da cabeceira. 20 – Estilo muito exuberante de algumas capelas. 21 – Material de construção das paredes. 22 – Local onde se celebra a Eucaristia. 23 – Entrada principal. 24 – Cada um dos lados exteriores de um edifício 25 – Rei que ofereceu o púlpito à Sé. 26 – Formato da Sé. 27 – Material dos lampadários. 28 – local onde o sacerdote fazia a pregação.

2 – A pintura flamenga Retábulo flamengo

24 1

S E

2 28

3 4

27 20

5

6 7 8 9 10

C A T E D R A L

26

23

21 22

25 11 12 13 14 15 17 18 19

Escultura flamenga

D O F U N 16 C H A L

2.1 – Relacione a existência desta pintura com a economia madeirense dos séculos XV e XVI. ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________

60 ____________________________________ 2.2 – Descreva as características desta pintura. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.3 – Faça uma visita de estudo ao Museu de Arte Sacra e registe as suas impressões. 3 – A arte do Vinho 3.1 - Descreva o historial e as características deste edifício. _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________

3.2 – Relacione as construções dos séculos XVII e XVIII com a economia dessa época. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _________________ 3.3 – Indique outros edifícios onde se encontra a arte barroca. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.4 – Caracterize a arte barroca. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.5 - Investigue sobre a escultura e a pintura da Igreja Matriz do seu concelho ou freguesia e registe as suas conclusões. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3.6 – Indique os principais edifícios da arquitectura civil relacionados com a produção vinícola. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 4 – Visitas de Estudo Com o seu professor, programe uma visita de estudo guiada aos principais museus, conforme os interesses da turma. Faça um registo desta actividade onde conste:

61 - os objectivos, - os conteúdos, - os meios, - um questionário, - o registo das conclusões e avaliação. Ficha de trabalho n.º 5 - A sociedade madeirense

11 – A Sociedade Madeirense “Eu a Infanta D. Beatriz faço saber a quantos esta minha carta for mostrada, que João do Porto, sapateiro, morador na ilha da Madeira, como procurador dos sapateiros, barbeiros, alfaiates carpinteiros e ofícios da dita ilha, apresentou perante mim três cartas do Infante D. Fernando, as quais pareciam ser por ele assinadas e seladas pelo seu selo.” Carta de D. Beatriz, 1481, in A.H. M., Vol. XV (adaptado) “Fidalgos, cavaleiros e homens bons. (...) Vi a carta que o capitão dessa parte do Funchal me escreveu que vindo dessa ilha grande soma de gente ela ficará em algum perigo por causa de muitos negros (escravos) que aí há, pelo que vos rogo e encomendo, se tenha cuidado de maneira que a terra possa ficar segura (...)”. Carta do duque D. Manuel, 1489, in A.H. M., Vol. XVI (adaptado) “(...) a vila do Funchal na nossa ilha da Madeira, tem crescido em mui grande povoação e como vivem nela muitos fidalgos cavaleiros e pessoas honradas e de grandes fazendas, pelas quais e pelo grande trato da ilha, esperamos (...) que a dita vila muito mais cresça em nobreza (...).” Carta de El Rei D. Manuel, 1508, in A.H. M., Vol. XVIII (adaptado) 1.1– Com base nos documentos, indique a estrutura social da Madeira nos séculos XV e XVI. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 1.2 – Descreva as actividades desempenhadas pela nobreza e burguesia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 1.3 – Demonstre a crescente importância dos mesteres na sociedade madeirense. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 1.4 – Explique a importância dos escravos na sociedade madeirense dos séculos XV e XVI.

62 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2 – Os estrangeiros na Madeira “ (...) Havemos por bem e nos praz que possam estar e tratar nela de assento e como lhe mais aprouver quaisquer estrangeiros que quiserem como quer que até aqui tenhamos mandado o contrario (...).” [Alvará régio de 22 de Março de 1498, pul. In Arquivo Histórico da Madeira, vol. XVII, 1973, p.369-370]

2.1 – Refira a origem dos estrangeiros que se fixaram na Madeira. _____________________________________________ _____________________________________________ 2.2 – Relacione a sua fixação com a economia da época. _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________

2.3 – Descreva o modo como se integraram na sociedade madeirense. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.4 – Escolha uma dessas personagens e faça a sua biografia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3 – A emigração Destinos da emigração madeirense. 1834-1871 Destino

África América do Sul Europa Índia Demerara Antilhas em geral Brasil EUA

N.º Emigrantes

12 55 7 10 16400 35151 2726 418

“O governo inglês foi o primeiro que em 1817, suscitou a supressão da escravatura negra da costa d’África,(..)Todavia alguns súbditos daqueles governo(...) são hoje os que, por um infernal espirito de ambição, se desvelam em comprar, e vender, - como escravos, - homens brancos, filhos da lha da Madeira!... Para lhes darem fim com maus tratos nas mais árduas tarefas em suas possessões, - que são piores, que terras de degredo!” [in Echo da Revolução, nº.7] “A emigração é um grande mal; esta pobre terra vai ficar deserta, mas antes contemplá-la no seu estado primitivo do que coberta de cadáveres emaciados pela fome.” [José Silvestre Ribeiro, doc. De 6 de Fevereiro de 1847] “Não, dizemos nós, não emigrem, não se vendam aos traficantes da carne, não vão ser escravos em Demerara e no Brasil, não é lá que está o remédio aos males que sofrem; é aqui que hão-de encontrar, conservando-se como cidadãos livres, e usando do direito que a lei fundamental do estado faculta.” [O Funchalense, nº.24, 1859

3.1 – Indique os principais destinos da emigração madeirense nos séculos XIX e XX. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _________________

63 3.2 – Explique as causas dessa emigração. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.3 – Descreva a vida dos emigrantes no seu destino. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.4 – Refira as medidas tomados pelos governos para facilitar a emigração. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.5 – Distinga emigração legal de emigração clandestina. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

64

Ficha de trabalho n.º 6 - A Economia 11 – Os recursos naturais “A natureza produziu nesta ilha (Porto Santo) muitos dragoeiros de que se faz muita coisa do tronco deles que muitos são tão grossos que se fabricam de um só pau barcos que são capazes de levar seis a sete homens que vão pecar neles. Também se fazem gamelas que levam um moio de trigo. Tira-se desta coisa bom proveito de que se paga dízima a el-rei e se aproveitam muito do sangue do dragão, muito prezado nas boticas.” [Jerónimo Dias Leite, Descobrimento da Ilha da Madeira, p. 71 (adaptado)]

1.1 – Refira os produtos naturais explorados logo após o povoamento do Arquipélago. _________________________________ _________________________________ 1.2 – Indique as utilidades do dragoeiro. _________________________________ _________________________________ _________________________________

1.3 – Sobre as madeiras indígenas, preencha o seguinte crucigrama:

1.4 – Faça um pequeno texto sobre o desenvolvimento das pescas nos séculos XIX e XX. ______________________________________________ ______________________________________________ R

______________________________________________ ______________________________________________ N

______________________________________________

2 – O trigo “Esta segunda ilha (Madeira) acharam boa, especialmente de mui nobres águas corredias, que levam para regar a qualquer parte que querem; e começaram ali a fazer as suas sementeiras muito grandes, de que lhes vieram muitas abastadas novidades (...)”[Gomes Eanes de Zurara, Crónica dos Feitos da Guiné, p. 362 (adaptado)]

2.1 – Explique a razão do incremento da cultura dos cereais na Madeira logo após a ocupação. ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________

2.2 – Estabeleça uma relação entre a expansão portuguesa e a produção e exportação dos cereais da Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

65 2.3 – Justifique a decadência da cultura dos cereais na Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3 – O açúcar

PRODUÇÃO DE AÇÚCAR. CAPITANIAS 1508-1537

120000 100000 80000 60000 40000 20000 0

.

“Determinamos que daqui em diante se não rompa em toda essa ilha terra para em ela se lavrar e semear pão nem para outra coisa somente para se fazer canaviais para açúcar. E isto dos canaviais naquelas terras que pareçam ser para isso proveitosas.” [Ordem de D. Manuel, (1508) in Tombo 1.º do Registo Geral da Câmara do Funchal.]

1508 1509 1521 1526 1527 1529 1530 1536 1537 ANOS

3.1 – Estabeleça uma relação entre o documento e o gráfico. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.2 – Justifique o desejo de D. Manuel em aumentar a produção do açúcar. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

3.3 – Refira as condições naturais favoráveis à cultura da cana de açúcar. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ “Eu o infante D. Fernando (...) faço saber (...) que perante mim compareceram Luís Eanes, procurador de João Gonçalves da Câmara e Duarte Pestana e Martim Mendes de Vasconcelos, procuradores do povo da ilha da Madeira e ouvidas perante mim as ditas partes, declaro e determino achar-se em direito o povo e moradores da ilha da Madeira de não serem obrigados a pagarem coisa alguma ao capitão por razão das ditas alçapremas, engenhos de água e trapiche de bestas, de fazerem açúcar (...).” [Arquivo Histórico da Madeira, Vol. XV, p. 44 e 45 (adaptado)]

66 3.4 – Estabeleça as diferenças entre alçaprema, trapiche de bestas e engenhos de água. Alçaprema

Trapiche

Engenho de água

3.5 – Investigue e faça um pequeno texto sobre as técnicas de produção de açúcar desde o cultivo da cana, a extracção do sumo, a cozedura, a refinação, a secagem e acondicionamento. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.6 – Refira os principais locais de exportação do açúcar da Madeira. _______________________________ _______________________________ 3.7 – Indique o quantitativo exportado para cada local segundo o rateio de D. Manuel I de 21 de Agosto de 1498. _______________________________ _______________________________ 3.8 – Justifique o facto de uma grande quantidade do nosso açúcar ser exportado para a Flandres. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.9 – Relacione a produção do açúcar com o desenvolvimento social e cultural da Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.10 – Contudo, a partir de meados do século XVI, deu-se uma decadência da sua produção. Justifique esse facto. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

67

4 – O vinho “O principal produto da ilha é o vinho. As videiras que trouxeram de Creta apresentam três ou quatro castas com as quais produzem o vinho. Um, menos apreciado, é da cor do champanhe; outro mais forte e cor mais clara, é semelhante ao vinho branco; a terceira espécie, rica e deliciosa é designada por malvasia; a quarta é o tento, igual ao tinto em cor, mas muito inferior em gosto (...). O vinho da Madeira tem uma qualidade muito peculiar de , quando está a fermentar, ser muito melhorado pelo calor do sol se o batoque for desviado da abertura da pipa e, desta maneira, o vinho ficar exposto ao ar.” [ John Ovington, Uma Viagem a Surat, 1689 (adaptado)]

4.1 – Indique a origem das principais castas do vinho da Madeira. _______________________ _______________________ 4.2 – Refira a característica peculiar do vinho Madeira. _______________________ _______________________ _______________________

4.3 – Refira características de cada uma das castas. Casta

Características

4.4 – Indique outros testemunhos sobre a qualidade e produção do Vinho Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________ 4.5 – Explique em que consiste a: balseira, latada, vinha de pé rastejante e vinha aramada.

Balseira

Latada

Vinha de pé rastejante

68

Vinha aramada 4.6 – Descreva as técnicas de transformação da uva em mosto. ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ 4.7 - Interprete a gravura do “borracheiro”. ____________________________________ ____________________________________

4.8 – Distinga os vários tipos de lagar utilizados pelos madeirenses no processo de vinificação. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 4.9 – Investigue e faça um pequeno texto sobre as técnicas de envelhecimento do vinho tendo em conta os sistemas de “canteiro”, “vinho de roda” e “estufa”.

Canteiro Vinho de roda Estufa “Os testemunhos de viajantes quatrocentistas e quinhentistas atestam que o mercado europeu, nomeadamente o inglês, firmou-se no início como o consumidor preferencial, depois, nos séculos XVII a XIX, a documentação alfandegária dá conta de o principal comprador se situava nas colónias inglesas, e, finalmente, a conjuntura de independência no continente americano aliada à extrema vulnerabilidade das rotas de ligação, mercê da incidência do corso, trazem-no de retorno à Europa, nomeadamente nórdica, que se afirmará, desde a segunda metade do século XIX, como o principal destino do nosso vinho.” [Alberto Vieira,Breviário da Vinha e do Vinho na Madeira, p. 11 e 12]

4.10 – Interprete a gravura. _________________________ _________________________

4.11 – Indique e justifique o destino do vinho da Madeira ao longo dos séculos.

Séc. XVI

69 Séc. XVII e XVIII

Séc. XIX

4.12 – Explique as circunstâncias que levaram os ingleses a dominarem o comércio do vinho da Madeira. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ VISITAS DE ESTUDO Tendo em conta a programação estabelecida, faça uma visita de estudo ao Museu do Açúcar e ao Instituto do Vinho da Madeira ou às Adegas de São Francisco e elabore o respectivo relatório.

70

Ficha de trabalho n.º 7 - A Madeira e o novo mundo 1 – Ocupação e defesa dos novos espaços “A ilha da Madeira, (...) tão afamada e guerreira com seus ilustres e cavaleirosos capitães, e tão magnânimos, e com generosos e grandiosos moradores; rica com seus frutos; celebrada com seu comércio, que Deus pôs no mar oceano ocidental para escala, refúgio, colheita e remédio dos navegantes, que de Portugal e de outros reinos vão, e de outros portos e navegações vêm para diversas partes, além dos que para ela somente navegam, levando-lhe mercadorias estrangeiras e muito dinheiro para se aproveitar do retorno que dela levam para suas terras (...) por ser tal e parecer nele um único horto terreal tão deleitoso, em tão bom clima situada ou criada, disse um estrangeiro que parecia que, quando Deus descera do Céu, a primeira terra em que pusera seus santos pés fora ela.” [Doutor Gaspar Frutuoso, Livro Segundo das Saudades da Terra, Ponta Delgada, 1979, pp.99-100]

1.1 – Descreva a acção dos madeirenses na descoberta, ocupação ou defesa: - do Norte de África _______________________________ _______________________________ _______________________________ _______________________________ - da Costa Ocidental de África _______________________________ _______________________________ _______________________________ _______________________________

- do Império Português do Oriente. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ - do Brasil __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 1.2 – Indique algumas personagens madeirenses que se destacaram na ocupação e defesa dos novos espaços e faça a biografia de uma delas. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 1.3 – Comente o texto de Gaspar Frutuoso. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

71

2 – A cobiça da riqueza madeirense “Aos três dias de Outubro do ano de mil e quinhentos sessenta e seis, véspera do seráfico S. Francisco, aportaram a esta ilha da Madeira oito poderosos galeões de França, em que vinham por todos mil soldados arcabuzeiros, afora outra gente do mar, com tenção de saquear a a dita cidade, pela fama que de sua riqueza soava, (...) Mataram na entrada da cidade, até ficarem em posse dela, quase duzentos portugueses, e dos seus morreram cinquenta e o capitãomór. (...) Assim ficaram os naturais desterrados e os corsários senhores da cidade, onde estiveram de assento onze dias, nos quais carregaram as naus de quanta riqueza havia na ilha, (...)” [Gaspar Frutuoso, Livro Segundo das Saudades da Terra, Ponta Delgada, 1979, pp.328-333]

2.1 – Identifique a gravura. _________________________ _________________________

2.2 – Estabeleça uma relação entre o documento e a gravura. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.3 – Faça uma tabela cronológica sobre os ataques dos corsários à Madeira e Porto Santo.

Tabela cronológica 2.4 – Explique as razões desses ataques. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.5 – Distinga corso de pirataria. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.6 – Indique as principais fortificações, numa ordem cronológica. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.7 – Faça uma visita de estudo a uma das fortalezas e registe as suas conclusões. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

72 3 – O turismo e a descoberta da natureza “Havia muita gente mais disponível para as diversões, se bem que Lopo dissesse que os tuberculosos eram mais alegres . No fundo, quem fez a fama da Madeira foram os enfermos até os mais perdidos de esperança e os incuráveis. Pessoas deliciosas, em geral cultas e que tinham particular inclinação para novidades e coisas pagãs: para a ciência, o amor e boa mesa. Também gostavam de música.(...) Alguns morriam na ilha, serenamente, (...).” [Agustina Bessa Luís, A Corte do Norte, Lisboa, 1987]

3.1 – Faça a descrição de uma quinta madeirense. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.2 – Explique a formação das quintas madeirenses. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.3 – Explique o que entende por “Turismo terapêutico”. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.4 – Refira algumas personagens famosas que estiveram na Madeira no séc. XIX e indique os motivos da sua permanência. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ “Atendendo às vossas distintas qualidades e circunstâncias, e querendo darvos um testemunho autêntico do apresso em que tenho a vossa pessoa e os relevantes serviços que tendes prestado com a maior abnegação e caridade à causa da humanidade e beneficência, internando-vos no Lazareto do Funchal para tratamento, alívio e amparo dos variolosos ali recolhidos, arriscando assim a cada momento a vossa vida sem recompensa mais que as bênçãos de tantos desgraçados a que tão solícita e carinhosamente tendes acudido: Hei por bem fazer-vos a mercê do grau de Cavaleiro da Antiga e Mui Nobre Ordem da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito (...)”[Carta do rei D. Carlos (4 de Julho de 1907] 3.3 – De entre as personagens estrangeiras que no século XIX se estabeleceram na Madeira, Mary Jane Wilson foi a que mais se distinguiu pela sua personalidade e obras. Descreva a acção por ela desenvolvida. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 3.4 – Faça uma visita de estudo ao museu “Mary Jane Wilson”, à rua do Carmo. Registe as suas conclusões.

73

Ficha de trabalho n.º 8 – 0 Liberalismo na Madeira 1 – A aclamação do Liberalismo na Madeira “Correu o dia 28 de Janeiro (1821) em acção de graças a Deus, em juramento na Câmara e em alegria que durou três dias contínuos, exprimindo cada um seus sentimentos, rematando todas as noites com teatro franco a que o povo afluía sem provocar o mínimo distúrbio (...). Em 31 de Janeiro correu a notícia que sua majestade havia aprovado a constituição. De súbito, foi a residência (do governador) ocupada por grande número de pessoas de todas as classes que, por movimento espontâneo tiraram o retracto de el-rei e o conduziram à catedral em triunfo entre aclamações e com o maior acatamento e entusiasmo. Ali ficou até ao dia 4 de Fevereiro que, por entre alas de tropa e inumerável povo e as mesmas aclamações, foi conduzido ao seu lugar.”

Ofício de Sebastião Botelho à Regência, 28/03/1821(adaptado) 1.1 – Tendo em conta o contexto em que se vivia, justifique a aclamação dada à Revolução Liberal na Madeira __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 1.2 – Descreva como foi aclamada a Revolução Liberal. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2 – A Guerra Civil “A 16 de Agosto de 1828, apareceu de novo em frente da baía do Funchal a esquadra realista que se compunha de uma nau, duas fragatas, duas corvetas, dois brigues e duas charruas. (...) trazia a bordo, além das equipagens, cerca de mil homens (...). Ao alvorecer do dia 22 de Agosto, tomava a esquadra o rumo da baía de Machico, e às 11 horas da manhã o brigue Infante D. Sebastião rompia fogo contra o forte do Ancoradouro e em seguida contra a bateria do Amparo (...). Realizou-se em seguida o desembarque das tropas miguelistas sem a menor resistência e com toda a comodidade (...). Pela manhã do dia 23, saíram de Santa Cruz em direcção ao Funchal, não encontrando a mais pequena resistência e entraram na cidade na tarde daquele mesmo dia.”

Fernando Augusto da Silva, Elucidário Madeirense, Vol. III, pp. 6/7 2.1 – Tendo em conta o texto e a tabela, caracterize, no aspecto político e militar, o período da Guerra civil e as suas influências na Madeira. ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________

23/08/1828 – Os absolutistas ocuparam a Madeira 04/04/1832 – As forças constitucionais ocuparam o Porto Santo 28/05/1832 – Os miguelistas ocuparam o Porto Santo 05/06/1834 – D. Maria II foi aclamada na Madeira 07/06/1834 – D. Maria II foi aclamada no Porto Santo

2.2 – Explique a posição tomada na Madeira por cada grupo social no conflito.

74 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.3 – Justifique os nomes atribuído a esta praça durante a Monarquia Liberal. ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 3 –A luta pela autonomia "A escravidão consiste em viver algum sujeito absolutamente à vontade de outrem; uma província, que deve sujeitar seus interesses aos da metrópole, que a seu turno a não interessa deixa de ser província, é de facto colónia e vive escrava" [Patriota Funchalense, 1822]

“Este povo trabalhador tem sede de justiça, porque a ele, contribuindo largamente para as despesas do Estado à custa de enormes sacrifícios, só lhe tem cabido uma parte insignificante nos benefícios e regalias concedidos aos seus irmãos do continente do reino e do arquipélago açoriano.(...) Este bom povo(...) sujeita-se a grandes privações, sem um queixume e sem uma revolta, alimentando a doce esperança que um dia lhe seja feita justiça. [Diário de Notícias, 23 de Junho de 1901]

3.1 – Com base nos documentos, explique as razões da reivindicação pela autonomia no séc. XIX __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.2 – Indique as personagens que mais se destacaram na luta pela autonomia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.3 – Descreva a acção de uma dessas personagens nas Cortes. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ “Art.18º. A Junta geral tem a seu cargo administrar os bens e interesses peculiares distrito, promover e realizar todos os seus melhoramentos morais e materiais, que por disposição de lei não estejam especialmente incumbidos e outras corporações ou autoridades. Art.º 19º. À Junta geral pertencem também atribuições, tanto deliberativas como consultivas, na execução de serviços do interesse geral do estado, em todos os casos declarados nas leis”. [decreto de 2 de Março de 1895, publ. J. G. Reis Leite, A Autonomia dos Açores na Legislação Portuguesa 18921947, Horta, 1987, p.101 3.4 – Explique a autonomia administrativa aplicada à Madeira em 1901. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

75

Ficha de trabalho n.º 9 – A 1.ª República

76

Ficha de trabalho n.º 10 – O Estado Novo

77

Ficha de trabalho n.º 11 – As revoltas na Madeira 1 – As revoltas e motins populares “No dia 25 de Janeiro de 1641, o povo em multidão dirigiu-se à Câmara e lançou fora o juiz Luís Fernandes de Oliveira, por ser castelhano; fez novo juiz, procurador do concelho, um vereador e almotacel, e de ali passando à casa de Paio Rodrigues Paes da Cunha, escrivão da Câmara, suspenso por culpas, o fez entrar no ofício e lançou fora o serventuário Manuel Teixeira Pereira. Um Manuel da Ceia e um seu sobrinho, que por indiscrição falavam do novo tributo, com muita dificuldade escapariam da morte e do furor do povo, a não ser os esforços do governador, bispo e cabido, a quem respeitava o povo. Daqui passou o povo amotinado à Alfândega, e lançou fora o provedor Manuel Vicente Cardoso e pôs em seu lugar João Rodrigues de Teive (...)”

1.1 – Interprete o documento estabelecendo uma relação entre os acontecimentos e a situação política e económica da época. __________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ 1.2 – Faça um levantamento sobre as revoltas e motins dos séculos XVII, XVIII de carácter essencialmente económico. ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

1.3 – Indique as revoltas de carácter religioso e explique-as. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________ 1.4 – Contudo, no século XIX assistimos a um aumento dos motins. Investigue e explique as causas desse aumento. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2 – A Revolta da Farinha

Ao Povo da Madeira

Maldito para sempre

“O governo da ditadura depois de arrasar o comércio e as indústrias madeirenses com pesadíssimas contribuições e depois de esmagar toda a economia regional não financiando os bancos ainda encerrados; depois de amesquinhar a nossa personalidade insular destruindo a liberdade absolutas do regime cerealífero, acaba de insultarnos no nosso brio de povo livre a braços com a tuberculose, mandando agora para nos algemar o coronel Silva Leal representante dos execráveis déspotas do Terreiro do Paço. (...)” Panfleto distribuído no Funchal, Fevereiro de 1931

“(...) É necessário que o comércio continue com as suas portas encerradas e que ninguém retome o trabalho, não só como sinal de luto e de protesto contra os crimes cometidos , mas também para que se aproveite esta ocasião a fim de que as reivindicações da Madeira sejam totalmente conseguidas. Honra ao heróico povo da Madeira! Glória aos que foram imolados na defesa dos direitos do Povo”. Panfleto distribuído no Funchal, Fevereiro de 1931

78 2.1 – Com base nos documentos, descreva as causas da Revolta da Farinha de Fevereiro de 1931. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 2.2 – Indique qual foi a resposta do Governo Central face a este levantamento popular. __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 2.3 – Transcreva dos documentos, frases que comprovem a ânsia autonomista do povo da Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.4 – Integre este acontecimento no contexto da conjuntura económica nacional e internacional. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3 – A Revolta político militar de Abril de 1931 “Desde as primeiras horas da manhã de ontem que para leste se ouviu intenso canhoneio. As forças expedicionárias atacavam Machico – corria de boca em boca. (...) Chegados a Machico soubermos que um transporte de guerra, às 4.30 da manhã desembarcaram tropas que haviam seguido para o Caniçal. (...)” Notícias da Madeira, 1 de Maio de 1931

3.1 – Explique as causas desta revolta militar que aconteceu na Madeira contra o poder central. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.2 – Descreva como se desenrolou este acontecimento. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.3 – Justifique o apoio popular a este movimento político-milita __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

79

Ficha de trabalho n.º 12 – A revolução de Abril e a Autonomia da Madeira 1- Do Estado Novo à Revolução de Abril Gravura do Monumento ao combatente no Ultramar

Doc. Sobre a participação de soldados madeirenses na guerra colonial e o descontentamento da população

1 – Indique as principais causas da Revolução de Abril de 1974. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2 – Relacione o documento com o descontentamento da população madeirense face à Guerra Colonial. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2 – Os acontecimentos na Madeira Gravura – busto de D. Francisco Santana

Doc. Notícia sobre uma manifestação na Madeira

2.1 – Descreva os principais acontecimentos verificados na Madeira após a Revolução do 25 de Abril. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.2 – Refira a acção de D. Francisco Santana na consolidação da democracia na Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2.3 – Preencha a tabela sobre: Grupos políticos e autonomistas

Partidos que se consolidaram

80 3 – A institucionalização da autonomia Estátua da autonomia

Doc. da parte da Constituição que se refere à autonomia

3.1 – Indique as principais razões para a formação das Regiões Autónomas. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.2 – Explique em que consiste a autonomia da Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3.3 – Descreva as transformações verificadas na Constituição de 1976, na sua revisão, que consolidaram a autonomia. Gravura regional

da

Assembleia Gravura da bandeira da RAM

Gravura do escudo da RAM

3.4 – Explique os poderes dos órgãos políticos da Região Autónoma da Madeira. Assembleia legislativa regional

Governo regional

3.5 – Interprete: A bandeira da Região Autónoma da Madeira

4 – Os partidos políticos e as eleições

O escudo da Região Autónoma da Madeira

81 Partido PPD/PSD PS UDP CDS PCP Total

1976 29 8 2 2 41

1980 35 5 2 1 1 44

1984 40 6 2 1 1 50

1988 41 7 3 2 53

1992 40 12 2 2 1 57

1996 41 13 1 2 2 59

2000 41 13 2 3 2 61

4.1 – Interprete a tabela. ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________

__________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 4.2 – Explique: - o papel do partido da maioria na Assembleia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ - o papel dos partidos da oposição na Assembleia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 5 - O Governo e a prática governativa Gravura de João Jardim

Alberto

5.1 – Indique as competências do presidente do Governo Regional. _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________

5.2 – Indique as principais secretarias regionais e as suas competências.

5.3 – Faça um pequeno texto sobre o desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira após a conquista da autonomia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

82 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 6 – A Madeira na União Europeia Doc. do tratado de Amesterdão que criou as zonas ultraperiféricas

6.1 – Indique as áreas de acção dos programas comunitários: FEOGA

FEDER

FSE

6.2 – Faça uma síntese sobre os benefícios para a Madeira derivados da sua integração na União Europeia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 6.3 – Descreva as implicações para a Madeira da criação das zonas ultraperiféricas no Tratado de Amesterdão. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 7 – Visita de Estudo 7.1 – Faça uma visita de estudo à Assembleia Regional e elabore um relatório.

83

Ficha de trabalho n.º 13 – A evolução dos transportes Desde sempre, a força humana foi utilizada no transporte de produtos Pelas encostas desciam, com destreza, homens e mulheres com carregamentos de lenha à cabeça ou às costas para serem transportados numa corsa até à cidade. Os produtos agrícolas eram, igualmente, transportados aos ombros, à cabeça ou às costas para a corsa ou levados directamente ao consumidor. É de mencionar o ceboleiro que saía da sua freguesia transportando aos ombros um cajado carregado de cabos de cebolas e alhos ; o borracheiro, homem que com a ajuda do bordão, transportava o mosto do lagar para a adega ou armazém ; o leiteiro que do interior, descia à cidade com vasilhas de leite e medidas transportadas aos ombros dependuradas num cajado, para fazer a distribuição do leite ao domicílio. O peixe, hoje vendido nos mercados e centros comerciais, outrora era distribuído por vendedores ambulantes – o pesquito de ambos os sexos, que carregava o peixe em selhas à cabeça e percorriam, a pé, as povoações da Madeira. Ceboleiro

________________________

Leiteiro

________________________

Pesquito

______________________

1 – Faça a legenda das gravuras. 2 – Relacione-as com as actividades económicas. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ Os animais, cavalo, boi e burro, também foram utilizados no transporte de produtos. A corsa, veículo de arrasto puxada por bois servia para transportar carga, principalmente, produtos agrícolas de subsistência e de rendimento económico, caso da cana sacarina, barris de vinho e banana. Em 1687, Hans Sloan refere-se a este meio de transporte: “Transportam tudo numa corsa puxada por bois, sendo este o único meio de transporte pelo facto desta terra ser tão acidentada e íngreme, com ruas estreitas que não permitem outro meio de transporte”. Gravura da corsa a transportar cana de açúcar

3 – Descreva este meio de transporte. ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________

84 ________________________________________________ 4 – Explique a razão da sua utilização. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ A força humana também era utilizada no transporte de pessoas John A. Dix que esteve na Madeira em 1842, refere-se ao palanquim: “Muitos inválidos, que não podem passear a pé, nem têm forças para andar a cavalo têm um único recurso (...)um palanquim, um pranchão em forma se sapato, cercado por uma gradinha de seis polegadas de altura e com um recosto. O comprimento é suficiente para uma pessoa se sentar e estender as pernas. É usualmente atapetado (...) com um pano a cobrir o pau em que está suspenso (...) revelando bom gosto no seu acabamento e riqueza na ornamentação” Palanquim

Rede

A rede foi outro meio de transporte usado em quase toda a Ilha, na deslocação de pessoas. Consistia numa espécie de maca formada de tecido de malha forte, fabricado na ilha, preso pelas duas extremidades a uma vara que assentava no ombro de duas pessoas. Os portadores trajavam camisa branca e calça da mesma cor ou preta, bota chã e chapéu de palha fito na ilha. Levava sempre um bordão forquilhado que servia de apoio, de sustento da rede quando em descanso. Carro de cesto do Monte

“Assemelha-se a um canapé muito curto, feito de vimes, bem forrado e almofadado, o qual está fixo a um trenó e ligado a cordas; dois homens dão-lhe um empurrão e ele desce a calçada pelo seu próprio peso (...) enquanto os ditos homens seguram as cordas e correm atrás a grande velocidade, fazendo o possível para evitar que o trenó se precipite (...). Alguns destes veículos têm assentos duplos, para quatro pessoas (...).”

Isabella de França, Jornal de uma Visita à Madeira e Portugal, (1853-1854), p. 64

5 – Com base nos textos e nas gravuras, preencha a tabela: Nome das Gravuras Descrição

85

Utilidade

6 – Procure informar-se sobre o carro de cestos do Monte na actualidade – percurso, utilização, custos, etc. e registe as suas conclusões. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ A força de tracção animal também foi utilizada no transporte de pessoas trem

Carro de bois

Este meio de transporte (trem), de tracção animal, era formado por uma carruagem puxada por uma mula ou cavalo. Este veículo de rodas fazia a ligação entre o Funchal, São Martinho, Câmara de Lobos e outros locais. Partia do Largo da Restauração onde fazia praça como refere o Diário de Notícias de 1896: “No próximo domingo por ser dia de festa do Espírito Santo, em São Gonçalo, haverá serviço de trens desde a entrada da cidade até ao Lazareto, das 4 horas da tarde até às 7 horas.”

Sem rodas, o caro de bois madeirense era formado por uma caixa de madeira com entrançado de vime, feito de madeira de castanheiro, til ou vinhático. Assentava em molas sobre a soleira revestida revestida por uma fita metálica. O carro era puxado por bois e levava quatro pessoas em dois assentos fronteiros. Era coberto por um toldo e cortinas. Além do boieiro, cada carro era acompanhado por um rapaz, candeeiro, que ia diante dos bois, com um trapo que molhava e atirava de vez em quando para debaixo do trenó a fim de o fazer deslizar melhor.

7 – Compare estes meios de transporte. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ No séc. XIX, novos meios de transporte aparecem no Funchal: o comboio e o carro americano. Comboio

O projecto do caminho de ferro do Monte foi aprovado em 1891. A sua construção fez-se por fases: primeiro entre o Pombal e a Levada de Santa Luzia, depois até ao Monte e em 1910 a linha expandiu-se até ao Terreiro da Luta.

86 A 10 de Setembro de 1919 houve um grave acidente, explosão de uma caldeira provocando vários mortos. Por isso a sua circulação esteve interrompida até Fevereiro de 1920. Este meio de transporte manteve-se em funcionamento até 1943, sendo definitivamente substituído pelo automóvel. Dele ficou o nome da rua que vai do Pombal até ao Monte – “Rua do Comboio”.

Entre 1896 e 1915, o Carro Americano ligou a Praça da Constituição e o Pombal. O Diário de Notícias de 4 de Junho de 1896, noticiou a sua inauguração: “Realizou-se, ontem, cerca da 1 hora da tarde, a inauguração do carris de ferro americano entre a entrada da cidade e o Pombal. Vimos no carro, na primeira vez que chegou à entrada da cidade, os directores da respectiva Companhia (...) e o representante da Câmara Municipal deste concelho(...). Em seguida foi posto à exploração do público(...). Um curioso teve a pachorra de contar o número de passageiros que ontem transitaram no Carro Americano desde a 1 hora e meia da tarde às 7 horas e contou 268.” 8 – Explique a importância destes dois meios de transporte para o desenvolvimento do Funchal. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 9 – Refira qual o meio de transporte que, além do automóvel , actualmente, faz a ligação entre a cidade do Funchal e o Monte, inaugurado no ano 2000. ____________________________________________________________________________ O automóvel chegou à Madeira no princípio do séc. XX. Depressa se afirmou como o principal meio de transporte público. O Diário de Notícias de 22 de Janeiro de 1910 diz-nos que foi i inglês Harvey Foster quem, pela primeira vez trouxe à ilha este meio de transporte: “Chegou ontem de Liverpool, a bordo do vapor inglês Dahomey, duas caixas contendo um automóvel para Mr. Foster, nosso hóspede que reside no New Reids Hotel.” Só em Novembro de1907 chegou à cidade do Funchal “um automóvel para o transporte de passageiros”, como refere o mesmo periódico.

Um dos primeiros autocarros

Praça de taxis junto ao palácio de S. Lourenço

87

“São esperados, brevemente, mais três automóveis para a empresa Funchalense, um dos quais comporta 16 pessoas e sobe qualquer rampa”. Diário de Notícias, (2- 12-1907) “A partir de segunda-feira próxima o carro de 24 pessoas da empresa Funchalense de Automóveis fará duas viagens regulares até Câmara de Lobos com o número de passageiros que comparecerem.” Diário de Notícias, (15- 3-1913) 10 – Faça um pequeno texto síntese sobre o automóvel tendo em conta o aspecto histórico e a sua importância. ____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ____________________________________________________ O barco, desde o início, foi o principal meio de transporte entre as povoações do litoral Devido ao acidentado do solo e às poucas estradas, os transportes entre os vários concelhos fazia-se principalmente por via marítima. Barcos à vela e a remo, os “carreireiros” eram utilizados tanto no transporte de carga como de passageiros. Por falta de cais, os barcos tinham de ir à beira mar onde as respectivas cargas e passageiros eram transportados às costas para terra por homens que a isso se dedicavam. No Funchal, o desembarque era feito na praia chamada “calhau”. O molhe da Pontinha :

“Na parte ocidental da baía do Funchal, vários rochedos formavam uma pequena abra, onde as embarcações se abrigavam do mau tempo. Foi nesta ponta de rocha, chamada Pontinha, que talharam o primeiro cais de desembarque, em 1766, protegido por uma muralha iniciada em 1757, que ligava à terra o Ilhéu de São José (...). Mas as obras na zona da Pontinha continuaram efectuando-se, entre 1885 e 1889, a ligação do Ilhéu de São José ao de Nossa Senhora da Conceição, originando o primeiro porto de abrigo. Entre 1934 e 1939, teve lugar a terceira fase de ampliação que incluiu a abertura de um túnel através do Ilhéu de Nossa Senhora e, finalmente, de 1957 a 1962 (...) construiu-se o último troço do molhe.” Iolanda Silva, “Resenha Histórica” in Os Transportes na Madeira ,pp. 37 /38

88

O molhe da Pontinha em construção, 1.ª fase

O molhe da Pontinha, 2.ª fase.

O cais da cidade:

“Em 1843, na Vereação da Câmara Municipal de 22 de Abril, ficou resolvido que, à frente da cidade do Funchal, se construísse um cais de pedra, que iria permitir um maior movimento de passageiros ( mas tornou-se impraticável). Em 1889 procedeu-se ai início dos trabalhos, onde existiam vestígios da construção de 1843, ficando a primeira parte concluída a 27 de Abril de 1892. Finalmente, em 1932, teve lugar o seu prolongamento em mais de 80 metros.” Iolanda Silva, “Resenha Histórica” in Os Transportes na Madeira ,pp. 37 O desembarque no calhau

O cais do Funchal com o pilar de Banger

11- Descreva o modo como as pessoas e mercadorias eram desembarcadas antes da construção do molhe da Pontinha e do cais da Cidade. ____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 12 – Faça uma barra cronológica sobre as fases da construção do molhe da Pontinha e do cais do Funchal. Datas Acontecimentos

13 – Numa das gravuras pode observar o “Pilar de Banger”. Investigue e registe as conclusões do seu trabalho sobre este pilar. Data da sua construção Quem o mandou construir Que utilidade tinha

89

Com os transportes aéreos o Arquipélago viu diminuído o seu isolamento A 22 de Março de 1921, desceu na baía do Funchal o primeiro hidroavião que realizou um voo completo entre Lisboa e a Madeira, tripulado por Gogo Coutinho e Sacadura Cabral. Contudo, só a 25 de Março de 1949 é que, por iniciativa da companhia “Aquila Airways” de Lodres, amarou o “Hampshire” fazendo o primeiro voo comercial experimental. Assim, a partir de 15 de Maio do mesmo ano, iniciou-se uma carreira regular entre a Madeira e a Inglaterra, com escala em Lisboa. Entretanto a Companha “Aquila Airways” foi substituída pela “Artop”, empresa nacional que, na sua primeira viagem para a Ilha, perdeu o hidroavião “Porto Santo” a 9 de Novembro de 1958 que caiu no Oceano. A Madeira não podia viver sem comunicações aéreas. A escolha recaiu no Porto Santo que no dia 28 de Setembro de 1960 viu inaugurado o seu aeródromo. As obras para a construção do aeroporto de Santa Catarina iniciaram-se a 5 de Junho de 1961 e foi inaugurado a 8 de Julho de 1964. O Diário de Notícias do mesmo dia, refere-se a esse acontecimento como “a data que muitas gerações de madeirenses irão lembrar com o início da nova época que todos esperamos se abra agora à Madeira”. O aeroporto de Santa Catarina sofreu várias ampliações sendo as últimas obras inauguradas no ano 2000 tornando-o intercontinental. 14 – Faça uma tabela cronológica sobre as comunicações aéreas para o Arquipélago da Madeira. Datas Acontecimentos

15 – Explique a importância dos aeroportos do Porto Santo e da Madeira com o seu desenvolvimento económico. ____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________

90

Ficha de trabalho n.º 14 – O traje na Madeira O traje da aristocracia madeirense seguia os modelos europeus A Madeira, no século XVI teve uma grande relação com os principais centros europeus devido à conjuntura económica da época. O Funchal era frequentado principalmente por italianos e flamengos. Ao analisarmos os testamentos e outros documentos de então, referentes à Madeira, deparamo-nos com uma série de peças de vestuário que se encontram visualizadas no tríptico flamengo “São Tiago, São Filipe e os Doadores”. Na parte referente à família de Simão Gonçalves, identificamos as peças do trajo masculino e feminino da aristocracia do século XVI. O traje masculino

“(...) em primeiro plano, o terceiro capitão donatário, Simão Gonçalves da Câmara, de joelhos, traja camisa branca franzida junto à pequena gola que sobe rente ao pescoço (...). Sobre a camisa tem um gibão negro de mangas compridas e bem justas ao punho. Por cima, um saio acastanhado sem mangas e com bandas pretas, descendo até cima dos joelhos. Colocada sobre os ombros tem uma capa preta e a cobrir-lhe as pernas umas meias calças castanho escuro. Calça sapatos de pele do mesmo tom que as calças. À sua direita, seu filho (...) veste camisa branca, saio verde escuro e um pelote bandado sem mangas e de cor castanho escuro”.

Abel Fernandes e outros, O Traje na Madeira, p.156 O traje feminino

“Em primeiro plano, (…) a mulher veste camisa branca decotada, cota negra com decote quadrado e mangas compridas muito justas, guarnecidas no punho com renda branca e sobre os ombros uma capa negra. Cabelo apartado ao meio e preso em bandós sobre as orelhas. Toucada com um coifa branca bem justa à cabeça e mostrando as saliências laterais. A coifa está decorada com um véu transparente que cobre a cabeça e enrola-se no pescoço. (...) uma criança traja cota branca decotada de mangas compridas e largas em forma de funil, opa castanha decotada em quadrado à frente e atrás, sem mangas (...)”

Idem, p. 159 1 – Identifique as principais peças do vestuário no século XVI. Masculino

Feminino

91

No século XVII o traje masculino e feminino sofreu grandes alterações Gravura Traje masculino do séc. XVII

Gravura do traje Masculino, séc. XVII

“O traje masculino, referidos nos testamentos, compunha-se de meias, ceroilas, camisa, almilha, calção, gibão, roupeta, colete, capote, farragoulo, casaca, chapéu, sapato e bota. As meias que se vestiam sobre as bragas, podiam ser de olaia fina, algodão, de renda de Flandres, de seda preta, etc. A camisa era uma peça que vinha do século anterior e desempenhava a mesma função. Sobre a camisa e debaixo do gibão vestiam a almilha. O gibão cobria os homens desde o pescoço até à cintura. Hans Sloane, em 1687 faz notar que todos os comerciantes usavam gibão curto. O calção e a roupeta generalizaram-se, usando-os todos os grupos sociais. O colete, peça de vestuário curto e sem mangas, apertado ao peito e abotoado na frente é ainda pouco referenciado. Por cima desta indumentária, o homem do século XVI, vestia, como agasalho, uma capa, um capote, um farragoulo ou uma casaca. Na cabeça usavam habitualmente um chapéu de origem e formato diversos. Ovington, em 1689, observa que «as pessoas adoptaram uma maneira de vestir extremamente solene, trajando todos de negro, à semelhança dos que desempenham a função sacerdotal».”

Idem, pp 174/179

2 – identifique as principais peças do vestuário masculino do século XVII __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3 – Descreva o traje usado pelas personagens das gravuras masculinas do século XVII. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ O vestuário feminino compunha-se essencialmente de camisa de camisa, corpinho o corpete, saia, saio, gibão, saínho, vasquinha e manto. Tal como o homem, as mulheres costumavam vestir bonitos gibões. O seu uso era generalizado tal como a saia, o saínho e a camisa. Sobre estas peças, a mulher madeirense vestia o manto, espécie de capa de cauda e roda. Na cabeça usavam toalhas de cabeça, chapéus, coifas. Calçavam chapins, botinas e sapatos. A menina usava vestido de duas peças com corpete

Gravura de traje feminino no séc. XVII

92 muito justo, em bico e sais dupla acolchoada em forma de sino. Idem, pp. 171/179/ 180

4 – Descreva a gravura __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 5 – Indique outras peças do vestuário feminino do séc. XVII. __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Novas transformações se deram na indumentária do século XVIII Gravura de traje masculino do sé. XVIII

Gravura de traje feminino do século X VIII

O traje masculino

O traje feminino

O traje masculino madeirense do século XVIII consistia essencialmente de: casaca de pano forrado de seda ou de outra qualquer coisa, toda cosida e abotoada de tresol ou lã, véstia de pano forrado de seda, calção de três algibeiras e caseado nas pernas com os seus tufos, capa curta, capote de pano com capelo e de camelão com forro guarnecido de ouro ou prata, capotinho pequeno de seda liso, sapatos de homem de cordovão com palmilha e sola de fora, botas mouriscas, botas de montar de bezerro. Na cabeça usavam cabeleiras vindas do Continente ou Inglaterra.

Mulher rica vestia de pomposo traje e enfeitava-se de ricos adornos. Dona Inácia da Câmara e Vasconcelos, deixa em testamento as seguintes peças de vestuário e adornos: “8 camisas de mulher; 6 panos de cabeça; 1 vestido, saia e colete de baeta;1manto der sarja, 1 saia de crepe, 1 saia de seda parda, 2 sais de estofo, 1 saia de baeta preta, 1 capote de pano preto, 1 capote de baeta azul e ainda 2 cordões no valor de 88 000rs; 1 anel com uma esmeralda; cadeados de ouro no valor de 6 000rs; 2 pares de botões de 4 000 rs; 3 oitavas de aljôfar miúdo;1 afogador com 30 pérolas de 30 000rs.” As posturas de 1738 referem algumas peças de vestuário feminino: capote de mulher grande, saia de baeta, um manto de mulher de seda ou sarja, justilho espartilhado e casaca de mulher. O calçado era composto por sapatos feitos com couro da terra preto, encarnado ou de qualquer outra cor, com palmilha e sola de fora, com salto de pau.

6 – Identifique as principais peças de vestuário do traje do século XVIII: -

masculino

__________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

93

-

feminino

__________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 7 – Comente a frase: No século XVIII a mulher da aristocracia vestia-se pomposamente. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ No século XIX, o traje tende a tomar as formas actuais. O inventário de bens de Henrique Crawfford feito em 1869, dá-nos uma listagem completa das peças de vestuário do homem e respectivos atavios usados nessa época: jaqueta, colete, calças de casimira, casaco de casimira, ,camisa e cuecas de pano de linho, colete de seda, colete de pano, camisas de algodão, calças de pano da Rússia, capa de inverno, ceroulas, chapéus, gravatas , luvas de lã, lenços brancos, polainas, botas, sapatos, chinelas, bandas de lã, botões de ouro e de pedra branca para camisa, fivelas para suspensórios; bengalas de estoque, cana da Índia, marmeleiro, buxo, de baleia e de aço; charuteira, luneta de prata galvanizada, sinetes de ouro baixo para relógio, óculos de ouro, bolsa para dinheiro, anéis e cordões de ouro Traje masculino de meados do século XIX

Traje masculino dos fins do século XIX

8 – Descreva o traje masculino do século XIX, conforme as gravuras __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________ O traje feminino em meados do séc. XIX

O traje feminino em fins do séc. XIX

94

O traje da mulher requintada era o seguinte: “Para a cabeça – cabelos postiços, uma coifa para segurar os cabelos, dez alfinetes para o mês mo uso (...) um chapéu com flores, frutos, pássaros e rendas (...). Para o pescoço – um colar de pérolas e pó de arroz. Para a toalete – camisa de rendas, colete de flanela, punhos de cambraia para a camisa, uma anágua, uma saia, uma anágua com rendas, uma crinolina de aço para dar elegância, um vestido de seda com três ordens de bordados, um espartilho de baleia destinado apertar, duas braceletes, um broche de diamantes, calcinhas de renda, meias de seda, botinhas de tacão encarnado, ligas com fivelas de prata, relógio de ouro com cadeias , um lenço de cambraia e um porta moedas.”

Abel Fernandes e outros, O Traje na Madeira, p. 255 9 – Descreva as gravuras correspondentes ao traje feminino do século XIX. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ No século XIX afirmou-se o traje regional ou popular. O traje popular masculino era essencialmente um fato branco composto de camisa de linho ou estopa, calção e colete do mesmo, carapuça pontiaguda no alto da cabeça e bota chã. Nas freguesias de clima mais agreste, o fato de seriguilha era uma alternativa: Vestiam calças e colete deste tecido e na cabeça a carapuça ou barrete de orelhas em lã escura. A camisa, de fabrico caseiro, permitia uma fácil circulação do ar devido ao seu pitoresco feitio de amplos bofes franzidos. Os calções de linho puro ou misturado com estopa eram tufados e apertados na cintura por um nastro amarrado à frente e franzidos no joelho. O colete trazia-se sobre a camisa, aberto e descia até meio do tronco. A cobrir a cabeça, conforme a localidade, colocavam um barrete de lã ou o tão apreciada carapuça que se tornou a característica mais notável do traje madeirense.

Idem, p.296 - 298 Traje típico madeirense masculino de linho

Traje típico madeirense de linho

masculino

Traje típico seriguilha

madeirense

masculino

de

A indumentária da mulher camponesa madeirense compunha-se de camisa, saia listada, mesclada ou de barras, corpete vermelho, capa vermelha ou azul, carapuça e bota chã. Traje regional de mulher

Traje regional de mulher

Traje regional de mulher

95

10 – Caracterize o traje regional: -

da mulher

__________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ -

do homem

__________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________

96 PROPOSTAS DE VISITAS DE ESTUDO MUSEU DE ARTE SACRA O Museu de Arte Sacra foi fundado a 1 de Junho de 1955 e instalado no antigo paço episcopal, depois liceu, à rua do Bispo, n.º 21. Neste museu estão reunidas várias colecções de objectos de arte que pertencem à Madeira e constituem padrões vivos da sua História como pintura, ourivesaria, mobiliário, escultura, e paramentos. 1 – Localize o Museu de Arte Sacra. __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 2 – Refira as funções para que serviu este edifício. __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ De entre as peças de ourivesaria, destaca-se a Cruz Manuelina A Cruz Manuelina, mandada fazer no século XVI por D. Manuel I e oferecida à Sé do Funchal, é de prata dourada. Ao braços da cruz representam, em relevo, Jesus Cristo no Horto, o beijo de Judas, a flagelação e o Ecce Homo. No centro, a figura de Cristo, em alto relevo, está encostada a uma decoração de folhas de carvalho. Na outra face da cruz está a imagem de Cristo em pé segurando na mão um globo e nos braços da cruz estão Cruz Manuelina representados os quatro evangelistas. No remate inferior, antes do nó, encontram-se as armas reais de Portugal. No pé da cruz aparecem umas ramadas de carvalho. O nó ergue-se em forma de templo gótico com três andares muito decorado com estatuetas cobertas por baldaquinos, floreados, armas reais e esferas armilares.” 3 – Em relação à Cruz Manuelina, preencha a tabela: Século

Doador

Matéria

Prveniência

4 – Faça a descrição artística desta cruz. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________

97

5 – Seleccione duas peças de ourivesaria de que mais tenha gostado e preencha a tabela: Século

Nome

Matéria

Proveniência

Utilidade

Os paramentos que se encontram neste museu destacam-se pelo material em que foram confeccionados 6 – Indique os materiais de que são confeccionados estes paramentos. __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 7 – Indique o nome de alguns paramentos e qual a sua utilidade. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________

De grande valor artístico são as peças de escultura de vários séculos e de origem diversa

Escultura do século XVI

Fig. 1

Escultura do século XVII

Fig. 2

Escultura do século XVIII

Fig. 3

8 – Procure as esculturas aqui representadas e em relação a elas preencha a tabela: Figuras Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3

Personagens

Séculos

Matéria

98

9 – Distinga, no aspecto artístico, as esculturas dos séculos XVI, XVII e XVIII. - Fig. 1 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ - Fig. 2 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ - Fig. 3 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

Entre os núcleos de obras deste museu é de grande destaque a pintura de diversa origem. 10 – Seleccione dois retábulos de diferentes escolas e preencha a tabela. Retábulo

Escola

Século

Assunto

11 – Descubra as personagens mais representadas nas pinturas. __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 12 – Relacione a presença da pintura flamenga neste museu com a economia madeirense do séculos XV e XVI. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Avaliação 13 – Dê a sua opinião sobre a visita de estudo que efectuou destacando os aspectos positivos e negativos. _____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ MUSEU DO VINHO

99

O vinho teve uma grande importância na economia da Madeira a partir do século XVI. Por isso justifica-se a existência de um Museu do Vinho, na cidade do Funchal. 1 – Em relação a este museu, investigue e preencha a tabela. Onde fica situado

Quando foi fundado

Lagar de vara com parafuso

Quem o fundou

Borracheiros

Fig. 1

Fig. 2

2 – Identifique as gravuras. -

Fig. 1

__________________________________________________________________________________ -

Fig. 2

__________________________________________________________________________________ 3 – Descreva a utilidade de cada um destes instrumentos. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ Neste museu encontra outros instrumentos relacionados com o cultivo da vinha, fabricação, transporte e engarrafamento. 4 – Preencha a tabela identificando instrumentos relacionados com: O cultivo da vinha

A fabricação

O transporte

5 – Escolha um dos instrumentos e faça a sua representação visual. 6 – Exponha o seu trabalho no “placard” da sua escola.

O engarrfamento

100

Foram diversas as casas de fabricação e exportação do vinho da Madeira 7 – Refira o, nome de algumas dessas casas dos séculos XVIII e XIX. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 8 – Identifique algumas marcas de qualidade do vinho da Madeira. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 9 – Elabore um pequeno texto tendo em conta a seguinte ordem: cultivo da vinha, transformação em mosto, transporte, maturação e exportação. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________ 10 – Informe-se sobre a crise da vinha no século XIX e descreva-a. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

Avaliação 13 – Dê a sua opinião sobre a visita de estudo que efectuou destacando os aspectos positivos e negativos. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

101 QUINTA DAS CRUZES-MUSEU A Quinta das Cruzes tem um longo historial e aí desenvolveram-se diversas actividades

Breve historial

Breve estudo Arquitectónico

No local ou nas suas imediações, João Gonçalves Zarco construiu uma residência. Em 1678, a propriedade desta quinta passou a pertencer ao Morgado dos Lomelinos. Em 1892 foi adquirida por Tristão Vaz Teixeira Bettencourt e Câmara e seus descendentes. Em 1909 foi instalação do “Club Madeira”. Em 1912 foi consultório do médico Nuno de Vasconcelos Porto. Em 1916 transformouse em casa de bordados de “ ª J. Froes e C.ª Suc.” Em 1929 foi sede da “Banda Municipal do Funchal”. Em 1838 a comunidade alemã instalou aí uma escola. Em 1940 era uma pensão. Em 1945 foi sede de uma fábrica de bordados da firma “Fortunato Eleutério Miguéis”. Finalmente, em 1948 foi adquirida pela Junta Geral para aí instalar um museu.

É uma casa solarenga dos séculos XVII e XVIII. Tem 3 pisos: rés do chão, primeiro andar e torre. A fachada principal é do século XVIII, com um pequeno corpo avançado assente sobre uma arcaria dos fins do século XVII, que teria sido terraço e coberto no século XIX. No primeiro piso existiam duas portas manuelinas que com as obras de adaptação a museu, foram transformadas em janelas. Nos jardins da Quinta, encontra-se a Capela de Nossa Senhora da Piedade, mandada edificar por Francisco Esmeraldo Correia Henriques em 1692. No seu interior encontra-se uma pintura em tela de Nossa Senhora da Piedade da autoria de Bento Coelho da Silveira e o túmulo, da época manuelina, de Urbano Lomelino, fundador do Mosteiro de Nossa Senhora da Piedade de Santa Cruz.

Gravura da Fachada Principal da Quinta

Gravura da capela da Quinta

Fig. 1

Fig. 2

1 – Identifique as gravuras __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2 – Faça uma síntese do estudo arquitectónico do edifício principal. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

102 __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________

3 - Em relação à capela, preencha a tabela: A quem é dedicada

Século da sua edificação

Fundador

No Jardim arqueológico, montado a partir de 1956, destacamos os restos do pelourinho do Funchal, duas janelas manuelinas, várias pedras tumulares, escudos com as armas nacionais e diversos brasões. 4 – A seu gosto, escolha uma das peças do jardim arqueológico e faça a sua descrição. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 5 – Represente essa peça numa folha de desenho. No interior da casa nobre deparamos com várias salas onde podemos admirar uma enorme variedade de obras de arte de diversas épocas, estilos, materiais e origens. 6 – Sobre a observação geral que fez, preencha o esquema: uma peça de cerâmica

uma peça de ourivesaria

uma peça de mobiliário

Origem

Material

Século

descrição

7 – Faça a representação visual de uma das peças numa folha de desenho. 8 – Em relação à visita que efectuou, apresente os aspectos que considera: -

positivos

103 __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ -

negativos

__________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ VISITA DE ESTUDO A UMA ESTÁTUA 1 – Faça a biografia da personagem representada. Gravura da estátua a visitar

2 – Descreva o acontecimento histórico que mais directamente se relaciona com a estátua representada. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________ 3 – Em relação à escultura indique: material utilizado

dimensões

escultor

data da inauguração

4 – Faça a biografia do escultor. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 5 – Represente a estátua numa folha de desenho.

104 VISITA DE ESTUDO A UMA RUA

1 – Identifique o nome da rua a visitar. _____________________________________________________________________________ 2 – Através de um pequeno questionário aos moradores, procure saber a razão do seu nome. Registe as conclusões. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________ 3 – Relacione o nome da rua com a História local, regional, nacional ou internacional. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 – faça um levantamento relativo aos elementos que observa na rua: Actividades económicas

Edifícios públicos

Residências

5 – Descreva o estado em que se encontra tendo em conta a higiene, arborização e estacionamentos. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________ 6 – A seu gosto, descreva um dos edifícios. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 7 – Represente-o numa folha de desenho.

Related Documents

Caderno Professor
April 2020 5
Caderno
October 2019 27
Professor
June 2020 18
Caderno V10
June 2020 21
Caderno Prof.pdf
May 2020 6

More Documents from "Lia Mano"