Boletim Athanor 021 Novembro 2007

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Novembro de 2007

Ano 2

N E esta

dição:

E Ed diit to or riia all

E Eq qu uiin nó óc ciio os s P Pr riim ma av ve er riis s pelo R∴H∴ Ulisses

D Diic ciio on ná ár riio o d da a M Ma aç ço on na ar riia a

((1155))

pelo R∴H∴ Jeremias Serapião

O O M Miis st té ér riio o d da a F Fo or rm ma a

((99))

pelo R∴H∴ Joaquim Barão

M Miit to os s G Gr re eg go os s: : D Diio on níís siio o: : O Viin nh ho o e e d da a A Alle eg gr riia a O D De eu us s d do o V pelo R∴H∴ João Silas

A A S Sa an nt tíís ss siim ma a T Tr riin no os so of fiia a

((1111))

Conde de S. Germain

E Effe em mé érriid de es sC Cé éllttiic co o--R Ro om ma an na as sd de e N mb brro o No ov ve em Colaboração do R∴Ir∴Fr∴ Incógnitus

L Liiv vrro od da aL Le eii? ? C om me eiio o? ? Co om m tta an ntto os sa an ng gu ue ep pe ello Colaboração do R∴Ir∴Marco Augusto

P Pa alla n av vrra as sS Sá áb biia as sd de eB Be en njja am miin nF Frra an nk klliin Recolha do R∴Ir∴ Teixeira Cabral

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 21 – Novembro de 2007

Editorial

Equinócios Primaveris P Peelloo R R∴ ∴I Irr∴ ∴U Ulliissseess

Como dizia constantemente um nosso amigo: “Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”. E esse amigo completava isto com a afirmação: “Mas é preciso ter paciência, muita paciência”. O problema reside exactamente nesta frase final. É que, infelizmente, a paciência esgotase... antes que os resultados apareçam. No caso dele, foi mesmo trágico, pois acabou por se suicidar. Nesta eterna luta entre a Luz e as Trevas, vemos que a primeira é a grande derrotada. Falam-nos os textos antigos, de uma Era Dourada, em que a humanidade era feliz, em que se respeitavam os ciclos da natureza e não era conhecida a doença. Cada vez parece mais distante a possibilidade de regressarmos a um tal estado de coisas, porque o paradigma onde assenta tudo o que nos impõem é contrário aos valores a ele inerentes. O conceito de Liberdade é usado politicamente para justificar leis e actos que impedem que essa liberdade possa ser vivida; o conceito de Igualdade tornou-se a tal ponto anedótico que nos faz citar a célebre passagem da obra de Orwell: “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”; e a Fraternidade já só mesmo existe na “Grandola Vila Morena” do Zeca Afonso. E vai daí… aqui estamos no Athanor.

Os equinócios revelam os seus fundamentos em pilares primitivos, precários e senis.

Ah ! A profusa e pródiga rotação dos tempos que ora exibe a quadratura perfeita do círculo ora a linha imaginária de uma volta de ocasião.

Os solstícios estampam labaredas e lumes quentes; exigem ímpetos, fúrias, cóleras destemperadas.

Ah! A profusa e pródiga rotação dos tempos que ora exibe a quadratura perfeita do círculo ora a linha imaginária de uma volta de ocasião.

E tu, Brunilde, amazona feita valquiria, prisioneira indiferente das chamas ou por elas guardada. No arrebatamento primaveril das batalhas amorosas ou quando o cio estival força conquistas firmes, és paciente e guardas a tua castidade.

T T∴A A∴T T∴ Porque são frágeis todas as modernidades.

Ah! A profusa e pródiga rotação dos tempos Os artigos apresentados são da responsabilidade dos seus autores e poderão eventualmente, num ou noutro aspecto, não expressar os pontos de vista dos fundadores.

que ora exibe a quadratura perfeita do círculo ora a linha imaginária de uma volta de ocasião. 2

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Dicionário da Maçonaria (15) P Peelloo R R∴ ∴I Irr∴ ∴ JJeerreemmiiaass S Seerraappiiããoo

D Decoração. Como é muitas vezes o caso no universo maçónico, a palavra “decoração” corresponde a diversas definições. Classicamente, no conjunto do Templo, designa certos elementos de decoração e instrumentos directamente relacionados com o ritual praticado, tais como o altar, as espadas, o pavimento mosaico que decora o chão e ainda os quadros de loja, etc. Cada um destes elementos tem um valor simbólico através dos quais o Maçom apreende os diferentes níveis no decurso da sua progressão iniciática. Por analogia – e mais simbolicamente – dá-se igualmente esta denominação às jóias e outros ornamentos rituais, distintivos de um grau, que o Franco-Maçom usa durante as reuniões de trabalho ou em cerimónias. Cada Rito permite, assim, aos participantes, a utilização de adornos, sendo os elementos mais usuais as bandas, os colares e as luvas. Delta Luminoso. Inicialmente, o delta é a quarta letra do alfabeto pelo grego, representado por ∆ (maiúsculo) ou ∂ (minúsculo). Desde a mais remota antiguidade é conferido ao triângulo isósceles um valor eminentemente simbólico. É em parte a razão pela qual está representado no frontão da maior parte dos edifícios religiosos da época. Torna-se necessário verificar as dimensões exactas deste triângulo isósceles que, para ser válido, deve apresentar um ângulo superior a 108º e dois ângulos inferiores a 36º. Outra das conotações simbólicas perfeitamente eloquentes, nomeadamente do ponto de vista da Cabala (ver as espantosas concordâncias com outros elementos arquitecturais do Templo), pode ser atribuída ao delta ao nível das emissões vibratórias dos seus ângulos e 3

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encontrar aí uma outra boa razão para justificar a sua utilização em numerosas aproximações esotéricas e espirituais. É que esta forma específica, como por acaso, pertence ao rol de figuras geométricas carregadas de simbolismo tal como o Número de Ouro, que foi utilizado pelas mais antigas civilizações e inclui outras figuras geométricas particularmente cheias de sentido tal como a Estrela Flamejante, o Pentagrama ou o Rectângulo de Ouro. No universo maçónico o delta tem um papel fundamental sob a denominação de “Delta Luminoso”. Ele aparece sobre a cadeira do Rei Salomão, a qual é ocupada pelo Venerável da Loja durante as sessões. No seu centro encontra-se figurado o Olho Divino ou o símbolo “YHVH” relembrando o nome bíblico divino “Yahvé”. Para completar esta imagem invocadora do princípio original de todas as coisas, irradiam raios de todas as partes desta figura geométrica, como raios de luz que se propagam de um sol que ilumina o mundo. De Pé. Para ter direito à palavra durante os trabalhos de loja, o Franco-Maçom deve imperativamente pôr-se de pé (e à ordem) Unicamente as cinco luzes da Loja (Venerável, 1º Vigilante, 2º Vigilante, Orador e Secretário), estão dispensados desta obrigação. Não obstante algumas diferenças mínimas nos rituais, em função do rito praticado, esta regra aplica-se igualmente, para lá das lojas simbólicas, para os Altos Graus.

Não sendo nossa intenção elaborar um dicionário extenso e completo, devido a razões de espaço e tempo, e face à periodicidade de publicação do Athanor, optámos por apresentar apenas as palavras de cada letra do alfabeto que nos pareceram mais aliciantes. Ainda assim, a listagem apresenta uma significativa extensão.

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O Mistério da Forma… e da Energia (9) Matéria, Forma e Energia

P Peelloo R R∴ ∴I Irr∴ ∴ JJooaaqquuiimm B Baarrããoo O homem sempre se interrogou acerca do que constitui o mundo, das forças que actuam sobre a matéria, e da durabilidade desta. Será a matéria eterna? Entende-se por matéria a substância divisível, impenetrável e extensa que admite toda a espécie de formas ou estruturas, incluindo corpos vegetais, corpos minerais ou físicos, e corpos animais (entre estes os humanos). No século V a.C., Empédocles, e mais tarde Aristóteles (384-322 a.C.), expuseram teses que apontavam para a existência de quatro elementos constituintes da matéria: o ar, a água, o fogo, e a terra, todos eles formados por outros elementos primários. Demócrito, contemporâneo de Empédocles, contrariou esta tese dos quatro elementos e formulou a hipótese de que a essência da matéria se encontrava nos átomos – pequenas partículas indivisíveis – chegando mesmo a admitir a existência do vácuo. Mas só no século XIX os cientistas reuniram os meios de investigação que tornaram possível a comprovação da existência das tais partículas – os átomos – que Demócrito intuíra vinte e quatro séculos antes. Para aprofundamento do estudo do átomo, o que obrigou ao desenvolvimento de instrumentos apropriados, foi necessário que passasse ainda outro século. E dessa investigação resultou a descoberta de que a hipótese de Demócrito ou estava errada ou este interpretaria de outra forma o que afirmou como indivisibilidade do átomo, porque este se divide em partículas elementares. Soube-se também que a interacção de forças e campos gravíticos liga um átomo a outros e leva à constituição das moléculas.

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Os componentes da matéria – partículas elementares, átomos e moléculas – agrupam-se, e assim se conservam, formando grandes estruturas, devido à acção de certas forças de coesão. No núcleo atómico existem forças nucleares, e de outros tipos, que actuam a distâncias muito pequenas. As forças electromagnética e gravitacional actuam tanto nos átomos como nos corpos muito maiores. Os quatro elementos designados na antiguidade para a formação da matéria têm actualmente outras designações: ao ar, passou a chamar-se gás, o fogo designa a energia, a água refere o componente líquido, e a terra corresponde ao estado sólido. Quando a matéria se apresenta sob a forma de corpos minerais ou físicos, permite distinguir três espécies de estruturas, nas quais pode sempre ser definida uma lei de composição interna: ƒ A macroscópica, que relaciona os elementos do conjunto físico; ƒ A molecular, que relaciona os elementos/ átomos do conjunto molécula; ƒ A Atómica, que relaciona os elementos/ partículas elementares do conjunto físico/ átomo. Para cada partícula conhecida existe uma anti – partícula, que lhe corresponde, explicando-se assim o fenómeno da antimatéria. Como a matéria não é imutável, pode transformar-se em energia (como no caso das explosões atómicas), e a energia pode converter-se em matéria1. As partículas elementares podem ser concebidas como ondas energéticas muito comprimidas (espiral da periferia para o ponto). No interior dos átomos e moléculas, a energia térmica que aí existe opõe-se às forças de coesão. Nos sólidos, a energia é inferior às forças e assim é criada uma estrutura estável. Se aquecermos o sólido, este dilata-se, e quando os átomos alteram o seu posicionamento ele 1

Cientistas transformam energia em matéria: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/notici a.php?artigo=010160021213 6

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derrete-se e passa ao estado líquido. Após a obtenção deste estado, se continuarmos o aquecimento chegamos ao estado gasoso. Além dos estados de agregação atrás referidos, a matéria pode apresentar-se, sob determinadas condições, num quarto estado: o plasma. É exactamente o que se acredita suceder no interior das estrelas, onde a extrema elevação das temperaturas fará com que os átomos se desintegrem e formem o referido plasma, no qual os núcleos atómicos e os electrões se movimentarão separadamente, com inteira liberdade. Consideramos que a maior característica dessa substância objectiva designada por matéria é a sua forma, a qual nos permite observá-la e medi-la, seja pelo uso directo dos sentidos ou por meio de aparelhos que prolonguem o alcance, e aumentem o rigor, da nossa capacidade natural. Para a Escola Materialista tudo o existente é matéria, e os que postulam tais conceitos esquecem-se do ridículo a que se sujeitam, ao pretender que a electricidade e o pensamento humano sejam matéria. Por outro lado, a Escola Espiritualista afirma que a matéria é espírito cristalizado e que espírito é matéria subtilizada.

Sem nos desviarmos do nosso sentido analítico, verificamos que os modernos estudos científicos vão conquistando terreno às obstinadas teorias materialistas, enquanto se aproximam, até certo ponto, das teorias espiritualistas. Referimo-nos a demonstrações que vão desde a energética de Wilhelm Ostwald2 até à teoria electrónica dos átomos, e que levam à conclusão, entre outras coisas, da possibilidade de uma verdadeira desmaterialização da matéria – o que resultará na conclusão de não ser a matéria mais do que uma condensação de energia. Todas estas verificações e especulações parecem-nos óptimas como exercícios de raciocínio, e satisfazem o propósito mais elevado dos nossos estudos, ao dar-nos conta de que a matéria não seria nada sem a forma que a caracteriza e a Vida que a anima. O efeito das influências químico–termo– dinâmicas, e de outras infinitas vibrações, modificam as características da matéria e são o fundamento de todo o corpo material. Portanto, o nosso principal objectivo é conhecer e utilizar as leis que regem estas influências, e assim melhor podermos conservar e expandir a nossa individualidade. O dinamismo é a característica da Vida, enquanto a morfologia é a característica dos corpos materiais. Podem distinguir-se o mineral 2

1853-1932 – Prémio Nobel, em 1909, pelos estudos da matéria sob o ponto vista filosófico; com a formulação da Teoria Energética do Mundo. 7

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do vegetal e do animal pelos seus caracteres morfológicos. As formas características do mineral conferem-lhe, para além da capacidade conservação, um certo poder de reprodução. É o caso do cristal, que ao ser colocado na sua água–mãe, consegue reproduzir uma aresta quebrada, com extrema fidelidade à sua forma primitiva. Ainda que o seu crescimento ocorra por aglutinação e justaposição de elementos químicos afins, este poder de conservação e reprodução do cristal continua a surpreender. A manifestação específica de uma determinada forma é determinada pelo grau de sublimação vital que alcançou. E assim, a elevação das manifestações vitais faz diferenciar, em maior ou menor grau, as formas, contornos e cores de tudo o que se nos oferece à observação, e bem assim o odor, o gosto, o ruído e outras vibrações – que pessoas mais sensíveis, como os cegos e surdos-mudos muitas vezes conseguem detectar. Seria impossível esquecermo-nos de nos referir à prodigiosa potencialidade que se encerra numa minúscula semente, e a dota da capacidade de chegar a produzir uma árvore gigantesca, que chega a viver milhares de anos. E que dizer do gérmen dos animais e do homem? Em conformidade com algumas teorias científicas modernas, a forma de qualquer corpo – mineral, vegetal ou animal – reveste-se de outras potencialidades, como a de transmitir ondas, de longitudes variáveis, as quais dariam a chave das afinidades químicas das formas inanimadas, e, para além destas, da orientação e dos instintos nas formas animadas. A estranha sensibilidade dos psicometristas3 revela-nos ainda que cada corpo conserva sempre uma impressão de todas as vibrações e imagens que se manifestam perto do mesmo.

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Raros indivíduos, dotados da faculdade extrasensorial de conseguir obter informações diversas a partir do contacto com um objecto que tenha estado no local onde os factos ocorreram, independentemente da distância no tempo poder ser de séculos. 8

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Mitos Gregos (4)

vagueasse pelo mundo. Rhéa conseguiu curálo e Dionísio prosseguiu as suas viagens pelo mundo inteiro difundindo a cultura da vinha e os rituais relativos a cada estado do seu cultivo. Dionísio era o deus do vinho, da semente e da fertilidade da vinha. O seu culto está ligado ao vinho e à dança e leva o homem a afastar-se dos seus princípios e regras. As orgias de Dionísio (bacanais) eram festas organizadas sob o modelo de cerimónias religiosas e de rituais sagrados. Durante as cerimónias cantava-se o ditirambo, o canto ligado ao culto de Dionísio. Os acompanhantes de Dionísio eram as Ninfas, os Silenes, os Sátiros e as Menades (bacantes). Os Silenes eram homens com patas e caudas de cavalo, que caçavam as ninfas para as elas se unirem. Os Sátiros eram criaturas monstruosas, por vezes confundidos com os Silenes, já que eram descritos como criaturas meio homem, meio bode. As Menades (ou bacantes) eram mulheres que personificavam os espíritos orgiásticos da natureza. Eram possuídas pela mania da dança, do canto e da diversão frenética.

P Peelloo R R∴ ∴I Irr∴ ∴ JJooããoo S Siillaass DIONÍSIO O Deus do Vinho e da Alegria Semele era uma das filhas de Cadmos, rei de Tebas. Zeus, foi seduzido pela sua beleza. Mas a sua ligação não escapou à atenção de Hera que, guiada pelo ciúme e determinada a tudo fazer para prejudicar Semele, disse-lhe que se queria considerar-se como esposa de Zeus, ela deveria vê-lo em toda a sua glória, tal como ele se apresentara na noite em que a tinha desposado a ela, Hera. Bem que Zeus tentou dissuadi-la mas Semele insistiu em que pretendia essa prova de amor, deixando-se cair na armadilha de Hera. Assim, logo que Zeus condescendeu e chegou ao palácio de Semele com o carro num dilúvio de relâmpagos e de trovões, lançando raios, o palácio incendiou-se e Semele morreu queimada ou talvez sob o efeito do medo. Mas Semele trazia já no ventre Dionísio, concebido seis meses antes. A fim de proteger a criança das chamas, Gaia num relâmpago fez aparecer um jacto de líquido refrescante. Zeus arrancou do ventre da mãe a criança ainda em estado de embrião e fazendo um corte na coxa aí a introduziu, após o que coseu o golpe e aguardou que chegasse o termo da gestação, sem se aperceber dos ciúmes de Hera. Assim que chegou o dia do nascimento Zeus cortou os pontos da sutura e deu ao mundo o seu filho Dionísio. A perseguição levada a cabo por Hera continuou. Apercebendo-se que Zeus tinha confiado a criança à irmã de Semele, Ino e ao marido Athamas, enlouqueceu-os fazendo com que matassem os próprios filhos. Mas Zeus, recupera Dionísio e após tê-lo transformado em bode, confia-o a Hermes para que o levasse para longe, para a Ásia, para aí crescer e instruir-se. Contudo, a cólera de Hera perseguia-o sem descanso, a ponto de o enlouquecer, fazendo com que 4

Adaptação do livro Mitos Gregos, de Zacarias Nascimento. 9

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A Santíssima Trinosofia

esvoaçava um penacho vermelho. Tinha junto a si uma espada, apoiada num escudo coberto de hieróglifos. O homem prendia o jovem com uma forte corrente, enlaçando-o nos pés e no corpo, da qual não podia fugir. Havia ali duas tabuletas vermelhas com estranhos caracteres. Abrindo uma porta que se encontrava entre dois pilares, deixei a torre e fui parar a uma sala enorme.

(Autoria atribuída ao Conde S.Germain) SECÇÃO XI Mal deixei os degraus do palácio, percebi a voltejar junto de mim um pássaro semelhante , mas este, para à Aspirna, além das sua próprias asas, tinha duas asas de borboleta. Ouvi uma voz, vinda de uma nuvem, que me ordenou a captura e a afixação do pássaro. Corri atrás dele, que não voava, mas sabia servir-se das suas asas para se deslocar com a maior rapidez. Persegui-o, enquanto fugia à minha frente, fazendo-me percorrer várias vezes a planície em toda sua extensão. Segui-o sem me afastar. Por fim, ao cabo de nove dias de corrida, obriguei-o a entrar na torre que eu avistara ao longe, ao

Efemérides Céltico-Romanas de Novembro Recolha do R∴Ir∴Fr∴ Incógnitus (Fonte: “Lealdade Sacra”)

sair do Tsahn, . Os muros deste edifício eram de ferro, estando apoiados em trinta e seis pilares do mesmo metal; o interior, da mesma matéria, estava incrustado de aço brilhante. As fundações da torre estavam concebidas de tal maneira que a sua altura tinha o dobro sob a terra. Mal o pássaro entrou no recinto, pareceu atingido por um frio glaciar. Esforçou-se para mover as suas asas entorpecidas, agitou-se, tentou fugir, mas as suas forças não lhe permitiam mover-se e alcancei-o com a maior facilidade. Agarrei-o, atravessei um cravo de aço, “Marah, (amargura de nehush”, bronze) nas suas asas e afixei-o no assoalho da torre, com a ajuda de um martelo chamado

1 O dia I de Novembro corresponde às calendas de Novembro. Hoje, o Pontifex Menor chama o povo para a Curia Calabra e, juntamente com o Rex Sacrorum (acompanhado da Regina Sacrorum, sua esposa), oferecem um sacrifício a Juno, sacrifício esse no qual Jano é também invocado. Depois, o Pontífice Menor anuncia as nonas do mês para o quinto dia do dito mês, começando por dizer: «Die Quinti te kalo Iuno Covella» 5,

, Shitraj (?). Mal terminei, o pássaro retomou novas forças. Já não se agitava, mas os seus olhos tornaramse brilhantes como topázios. Enquanto me ocupava a examinar o pássaro, a minha atenção é chamada para a presença de pessoas no centro da sala. Havia um jovem segurando uma vara com duas serpentes entrelaçadas, o qual se esforçava para escapar de outro homem, forte e vigoroso, com uma cinta e um elmo de ferro, sobre o qual

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O que significa: «Juno Covella, chamo-Te no quinto dia». 10

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também ser honrada, por ser a Deidade dos Laços, ou seja, a Divindade que preside à união da estirpe, ao povo propriamente dito e esta celebração é uma celebração dos laços de estirpe além-túmulo. Se quizermos enfatizar este aspecto, então Band será das principais Entidades desta cerimónia. Quanto à última Deidade a ser mencionada, se levarmos em conta o ritual padrão Romano, poderá ser Vesta10, que no ritual Romano é mencionada em último lugar, a encerrar o ritual. A respeito do vinho e dos figos, sabemos que na Escócia (nação céltica) há uma antiga tradição de festejar esta data com vinho e com figos, o que nos parece mais do que uma simples coincidência. O antigo ritual foi sendo adaptado para as novas concepções religiosas, e os que ainda o praticam fazem uso dos nomes de santos. Os santos nomeados em cada arremesso são nada mais do que substitutos dos Antigos Deuses, a quem eram feitas as oferendas. Um actual ritual desta natureza tem o seguinte modelo11: Sobe-se a um monte, com um recipiente contendo vinho e outro com figos. Dirijem-se algumas palavras aos Deuses e aos Ancestrais, como por exemplo, «Ofereço este vinho em honra de (todos os Deuses) e de Endovélico (por exemplo) e de Ataegina (por exemplo; já explicámos o sentido destes exemplos) e dos Ancestrais», ao mesmo tempo em que se eleva o recipiente acima da cabeça e se derrama um pouco do precioso líquido fermentado. Lançam-se depois pedras: a cada arremesso, nomeia-se um Deus conhecido (embora pouco, ou quase nada, nos chegásse por vias da Arqueologia e da Lingüística) e de seguida bebe-se um gole em Sua honra. E assim sucessivamente, para cada Divindade que vier à memória ou enquanto houver vinho... Se se ficar completamente alcoolizado, também não há mal nenhum, porque esta celebração pode incluir uma vertente jocosa e de desregramento. O que conta é que, da noite do dia 2 para a manhã do dia 3, foi mantida a tradição de

3

Em Longroiva6, no dia 3, tinha lugar um antigo ritual. Os jovens subiam ao Morro da Faia, encosta íngreme, levando consigo figos e uma cabaça com vinho ou aguardente. De lá, lançavam pedras, evocando uma divindade a cada lançamento, após o que bebiam um trago de vinho (ou aguardente) em sua honra. Esta prática pode derivar do ritual celta em que se lançavam cabeças de gado, quando este era sacrificado em grandes hecatombes7. No sopé deste monte, observam-se vestígios de uma edificação que terá sido um santuário romano, o qual, por sua vez, parece reportarse a época mais recuada (tendo apenas sido aproveitado pelos romanos). Esta celebração poderá ter-se iniciado com a invoicação de Crouga8, na abertura e Reva no encerramento9. Sendo este ritual uma fusão do culto Romano com o Lusitano, a primeira divindade a honrar tanto pode ser Crouga, pelas razões atrás apontadas, como Janus, já que Janus é o Deus Latino dos Inícios. A Deidade Band deverá 6

Ou Meda; Longroiva parece estar situada nas proximidades do local onde outrora existiu o castro de Longóbriga. 7 Porque, no costume Celta, esta era a altura de abater todas as reses que não fossem necessárias à criação. 8 Porque este teónimo parece equivalente ao irlandês Crom Cruaich, Deus da Destruição, a quem eram sacrificados os primogénitos de cada clã e cujo nome parece significar algo como «Cabeça Curva», com o equivalente gaulês “Pen Crug”, e é a partir deste teónimo galês que se pode estabelecer uma ligação entre Crom Cruaich e Crouga Magareaicus, Divindade mencionada numa inscrição em Lamas de Moledo, pela ligação Cruaich - Crug Crouga. A Crouga, é nessa inscrição sacrificado um ovídeo jovem, o que lembra o facto de a Crom Cruaich serem sacrificados os primogénitos de cada clã, crianças nalguns casos. Ambos os teónimos podem estar ligados ao termo «Craic» que designa «Pedra» em Irlandês. 9 Porque é em último lugar que este Deus surge na descrição do sacrifício de Cabeço das Fráguas.

10

Deusa do Fogo Sagrado da Estirpe, tanto do Lar como da Pátria. 11 Os rituais têm um profundo e efectivo efeito psicoterápico e ajudam a evitar muitas enfermidades somáticas. 11

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 21 – Novembro de 2007

honrar os Deuses e os ancestrais, por se considerar este um momento de ligação privilegiado entre os vivos, os Poderes do Outro Mundo e os mortos da mesma estirpe. Coloca-se assim o povo em contacto com os seus Deuses e antepassados. Que Deuses neste caso? Todos, com destaque para Endovélico12, e talvez também para Atégina13. Os ancestrais? São os da Lusitânia e seus aparentados: as altivas e fortes estirpes dos castros enevoados.

jovem de nome Atis, o qual se mostrou infiel, tendo provocado a Sua ira. Como resultado, o jovem suicidou-se, deixando a Deusa com grande sofrimento. Em comemoração deste acontecimento, os sacerdotes e as sacerdotisas (Coribantes) desta Divindade, celebravam uma orgia anual envolvendo actividades violentas. Poderia esta celebração pagã, muito divulgada no mundo românico, ter algo a ver com a data religiosa do 8 de Novembro14? Este é um dos dias em que se repete Mundus Patet – a abertura na terra que permite a comunicação deste mundo com o outro, o do Inferno, reino de Dis (ou Plutão, ou Orcus) e de Proserpina.15

4 No dia 4 de Novembro realizavam-se em Roma os chamados Ludi Plebii ou Jogos Plebeu, que consistiam em corridas de cavalos consagradas a Júpiter Optimus Maximus, estabelecidas em 533 AUC ou 220 a.c..

13 O dia 13 de Novembro é data de um festival consagrado a Feronia16, O Seu templo terá sido erigido a 13 de Novembro. De acordo com Varrão, o Seu nome será de raiz sabina, apesar de haver quem lhe encontre uma origem etrusca. O Seu culto, muito difundido na região central de Itália, tinha o centro em Lucus Capenalis, o que gerou a fundação de uma cidade de nome Lucus17 Feroniae, localizada

8 O dia 8 de Novembro é consagrado a Ops, considerada equivalente a Cibele, e a Reia, dos Gregos. Na mitologia helénica, ou helenizada, Ops era mãe de Ceres e de Zeus, tendo-Os tido com Cronus (equivalente a Saturno). Ops era considerada sucessora de Gaia (Gaea), que é a Deusa Mãe Terra. Era profundamente venerada em Roma como sendo “A nunca cessante produtora de todas as formas de fertilidade”. Ainda na mitologia, numa vertente mais orientalizada, teve um caso amoroso com um 12 13

14

É sabido que os católicos, querendo a todo o custo abafar o Paganismo, tudo fizeram para absorver os elementos pagãos mais influentes nas populações. 15 Ver o que diz o Athanor n.º 20 nas Efemérides Céltico-Romanas de 24 de Outubro. 16 Deusa de carácter florestal, de ceto modo também relacionada com a agricultura, ainda que, ao longo do tempo a tenham “especializado” e associado aos escravos, para garantia da sua liberdade (de tal modo que Varrão Lhe chamou Libertas). 17 O termo «Lucus» significa «bosque sagrado»

Senhor do Mundo Inferior. Senhora da Noite e da Vingança. 12

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 21 – Novembro de 2007

na Etrúria, perto do Monte Soracte, próximo de Scorano. Em Roma, Feronia tinha um pequeno santuário que depois se transformou em templo, no Campo de Marte, o qual só é referido nos calendários. Na Ibéria, seria talvez equivalente a Ataegina. A primeira menção que se conhece a esta Deusa, em Roma, data de 217 a.e.c.18, ou 536 A.U.C.19, quando os livros sibilinos ordenaram que se Lhe oferecesse sacrifícios expiatórios, os quais teriam de ser cumpridos pelas libertas20, que deveriam dar dinheiro para uma oferenda a Feronia, enquanto as mulheres livres (matronas, ou matronae) ofereciam o seu contributo a Iuno Reginae, ou Juno Rainha, com templo no Monte Aventino. Juno é Divindade do casamento e da concepção, majestosa e privilegiada. Num templo de Feronia, localizado em Terracina, há uma inscrição, num assento, que diz «Bene meriti servi sedeant, surgant liberi»21 assento esse no qual os escravos que iam ser libertos se sentavam para receberem o pilleus (espécie de pequeno chapéu, simbolizando a liberdade adquirida) nas suas cabeças rapadas. Em Terracina, os escravos poderiam encontrar santuário no altar do templo, o que parece ser um costume mais helénico do que romano. Este dia é ainda o do aniversário de um templo dedicado a Pietas22. O Seu templo, localizado no Forum Holitorium, foi oferecido (prometido) por M. Acilius Glabrio, em Thermolpylae (191 antes da era comum, ou 563 A.U.C.), e dedicado pelo seu filho dez anos mais tarde. Neste templo estava uma estátua dourada do pai, a primeira deste tipo que surgiu em Roma. Este templo estava relacionado com a história, de raiz helénica, da filha que dava o seu próprio leite ao pai, ou mãe, presos.

Havia ainda uma outra consagração neste dia: o aniversário do templo da Fortuna Primigenia no Monte Capitólio. Por isso, alguns calendários indicam o dia 13 como o início das celebrações da Fortuna e da Pietas, que atingem o seu clímax amanhã, nos Idos. As festividades deste dia, e seguintes, incluíam festas, jogos, música, danças e cantares, nas ruas, e, naturalmente, vinho a rodos.

18

23

18 O dia 18 é marcado por uma festa em honra de Ceres23. Citando as palavras de Ovídeo24: «Em gentil serviço a Terra e Ceres alimentaram o trigo, Ela que deu vida à semente, Ela que nos deu espaço para crescer».

Antes da era cristã. «ab urbe condita», isto é, «desde a fundação da cidade», que é a datação romana pagã. 20 Libertinae, ou mulheres anteriormente escravas e libertadas da escravatura. 21 «Que os merecedores se sentem como escravos e se levantem como livres» 22 Ou Piedade. Piedade, no sentido pagão romano, significa, antes de mais, um respeito religioso pelos Deuses, pelos ritos, pelo Estado, pelos homens e mulheres do povo. Nada tem a ver com a compaixão cristã. 19

O dia 23 é consagrado a Juno Temper e também a Diana, Deusa do Bosque. Este dia ocupa-se da própria Deidade do mês, já que este mês é consagrado à referida Deusa. 23 24

13

Deusa das Sementeiras e do Crescimento. Fastos 1.673-74.

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 21 – Novembro de 2007

Livro da Lei? Com tanto sangue pelo meio? Colaboração do R∴Ir∴ Marco Augusto (Fonte: “Morte Súbita”27) ATROCIDADES

BÍBLICAS

25

O dia 25 é consagrado a Prosérpina25. É equivalente à helénica Perséfone e, possivelmente, equivalente também à lusitana Ataegina. A Helénica Perséfone é também chamada Kore, e Kora. Na Grécia, está associada aos Mistérios de Elêusis, e é filha de Zeus (equivalente a Júpiter) e de Deméter (equivalente a Ceres). O Seu nome significa «A Donzela (Virgem)». Diz o mito que Ela era muito feliz na Sua vida, inseparável da Sua mãe. Entretanto, Zeus, sem o conhecimento de Deméter, deu Perséfone em casamento a Hades (equivalente a Dis Pater), O qual abriu a terra e A raptou, enquanto Ela colhia flores. Triste pela perda da filha, Deméter deixou secar as colheitas. Por isso, Zeus arranjou um compromisso no qual Perséfone iria passar uma parte do ano com Deméter, e depois quatro meses com Hades. É por isso que as flores não crescem no Inverno.

Com a aprovação divina, um escravo pode ser espancado até a morte sem punição para o seu dono, desde que o escravo não morra imediatamente.28 Não deixarás viver nenhuma feiticeira. 29 Quem sacrificar a algum deus que não seja o único Senhor, será posto em interdito. 30 Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu próximo. E os filhos de Levi fizeram conforme a palavra de Moisés; e caíram do povo naquele dia uns 3.000 homens. 31 Enviarei as feras dos campos as quais lhes deixarão sem os seus filhos. 32 Como punição, o Senhor fará com que as pessoas comam a carne de seus próprios filhos, filhas, pais e amigos. 33

29 O dia 29 é consagrado aos Filhos de Saturno, isto é, Júpiter, Neptuno e Dis Pater (Plutão). Disse Horácio26: «Júpiter, que dás e tiras, garante-me a vida; que possas Tu garantir-me os meios, e eu providenciarei o equilíbrio da minha própria mente.» 25 26

27

http://www.mortesubita.org:80/jack/miscelania/textos/a trocidade-biblicas 28 EXODUS 21:20-21. 29 ÊXODO 22:17. 30 ÊXODO 22:19. 31 EXODUS 32:27. 32 LEVÍTICO 26:22. 33 LEVÍTICO 26:29, DEUTERONOMIO 28:53, JEREMIAS 19:9, EZEQUIEL 5:8-10.

Deusa do Mundo Inferior, consorte de Dis Pater. Epístolas (1.18.11-12). 14

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Deus faz com que Miriam fique leprosa por sete dias, por ela e Arão terem falado mal de Moisés.34

Deus dá conselho aos Israelitas para destruir totalmente, sem piedade, todos os que tiverem que enfrentar. 46

Um homem que no Sábado estava pegando gravetos de lenha para uma simples fogueira é apedrejado até a morte segundo a ordem de Deus. 35

E, se o Senhor, teu Deus, a entregar nas tuas mãos, passarás a fio de espada todos os seus varões. As mulheres, porém, as crianças, o gado e tudo o que houver na cidade, todos os seus despojos, os tomarás para ti, e desfrutarás da presa dos teus inimigos, que o Senhor, teu Deus, te houver entregue. 47

Uma praga divina mata 14.700 pessoas. 36 Com o apoio divino os Israelitas destroem todos os Cananeus. 37 Deus manda serpentes ardentes para matar muitos Israelitas. 38

Das cidades destas nações, que o Senhor teu Deus te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida. 48

Com o apoio divino os Israelitas matam Ogue, seus filhos e todo o seu povo até não haver sequer um sobrevivente. 39

A mulher prisioneira: Com aprovação divina, os Israelitas podem pegar as "mulheres formosas" do inimigo e levarem-nas para as suas casas para serem suas mulheres. As suas cabeças devem ser raspadas e as suas unhas devem ser cortadas e depois "entrarás nela e tu serás seu marido e ela tua mulher". Caso não se contentem com ela, podem deixá-la partir, desde que não a vendam. 49

Disse Deus a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca-os ao Senhor diante do Sol, e o ardor da ira do Senhor se retirará de Israel. 40 Com uma lança, Finéias vai até uma tenda e mata um próprio israelita e a sua mulher ferindo-os na barriga, cessando assim a praga sobre os filhos de Israel. 41

E comerás o fruto do teu ventre, a carne dos teus filhos e das tuas filhas que te der o Senhor teu Deus, no cerco e no aperto com que os teus inimigos te apertarão. 50

Uma outra praga divina mata 24.000 pessoas. 42 Moisés, seguindo ordem divina, ordena que os Israelitas matem todos os filhos homens dos Midianitas e todas as mulheres que já tenham conhecido homem. 43

Com aprovação divina, Josué destrói com fio da espada os homens, mulheres e crianças da cidade de Jericó.51

Os Israelitas capturam 32.000 virgens como pilhagem na guerra. 32 são colocadas de lado (para serem sacrificadas?) como um tributo ao Senhor. 44

Acã, os seus filhos e o seu gado são apedrejados até a morte por Josué, só por ter pegado despojos dos babilônios. 52 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Ai, matando 12.000 homens e mulheres, sem que nenhum escapasse. 53

Os Israelitas destroem completamente os homens, mulheres e crianças de Siom. 45

Com aprovação divina, Josué destrói todos os Gibeonitas. 54

34

NUMEROS 12:1-10 NUMEROS 15:32-36. 36 NUMEROS 16:49. 37 NUMEROS 21:3. 38 NUMEROS 21:6. 39 NUMEROS 21:35. 40 NUMEROS 25:4. 41 NUMEROS 25:8. 42 NUMEROS 25:9. 43 NUMEROS 31:17-18. (Como iriam saber quais as mulheres que já tinha conhecido homens?). 44 NUMEROS 31:31-40. 45 DEUTERONOMIO 2:33-34. 35

46

DEUTERONOMIO 7:2. DEUTERONOMIO 20:13. 48 DEUTERONOMIO 20:16. 49 DEUTERONOMIO 21:10-13. 50 DEUTERONOMIO 28:53. 51 JOSUÉ 6:21-27. 52 JOSUÉ 7:19-26. 53 JOSUÉ 8:22-25. 54 JOSUÉ 10:10-27. 47

15

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Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Maqueda. 55

Um grupo de depravados sexuais bate na porta de um ancião pedindo para que ele lhes entregue um homem que ali tinha entrado. Ao invés disso o homem oferece-lhes a sua filha virgem e a concubina dele. "Eis que a minha filha virgem e a concubina dele tirarei para fora; humilhai-as a elas, e fazei delas o que parecer bem aos vossos olhos, porem a este homem não façais loucura semelhante." O homem lhes entrega a concubina. Eles a usam até o amanhecer. Depois disso o homem corta seu corpo em doze partes e envia cada uma das partes para cada uma das doze tribos de Israel.69

Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Libna. 56 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Laquis. 57 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Eglom. 58 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Hebrom. 59 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Debir. 60

David mata 200 filisteus e corta-lhes os prepúcios. 70

Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Anakim. 61

Recabe e Baaná matam Isbosete, que estava deitado, decapitam-no e levam a sua cabeça de presente para David. 71

Assim feriu Josué toda aquela terra, as montanhas, o sul, e as campinas, e as descidas das águas, e a todos os seus reis. Nada deixou de resto; mas tudo o que tinha fôlego destruiu, como ordenara o Senhor Deus de Israel. 62

David manda matar Recabe e Baaná e manda cortar-lhes as mãos e os pés e pendurar os seus corpos sobre um tanque. 72

O senhor ordena o mutilamento (corte dos tendões das pernas) dos cavalos. 63

David mutila inúmeros cavalos, cortando-lhes os tendões. 73

Com aprovação divina, Judá persegue AdoníBezeque e corta-lhe os polegares e os dedões do pé.64

David mata 22.000 Sírios. 74 David mata 18,000 Edomitas no vale do sal e faz os restantes escravos.75

Com aprovação divina, Judá põe fogo em Jerusalém. 65 Os Israelitas matam 10.000 moabinitas.

David mata mais de 40.000 Sírios.76

66

David arma um plano para matar Urias de forma a que possa desposar a sua esposa. 77

O povo de Gideão destrói os Midianitas, cortam as cabeças dos seus príncipes e trazemnas para Gideão. 67

Deus mata o filho de David pelos pecados que ele cometera. 78

Samsão, com a ajuda de Deus, derruba os pilares e causa a sua própria morte e a de 3.000 homens e mulheres. 68

Amnon apaixona-se pela sua própria irmã Tamar, estupra-a e depois odeia-a. 79

55

JOSUÉ 10:28. JOSUÉ 10:30. 57 JOSUÉ 10:32-33. 58 JOSUÉ 10:34-35. 59 JOSUÉ 10:36-37. 60 JOSUÉ 10:38-39. 61 JOSUÉ 11:21-23. 62 JOSUÉ 10:40. 63 JOSUÉ 11:6. 64 JUÍZES 1:6. 65 JUÍZES 1:8. 66 JUÍZES 3:29. 67 JUÍZES 7:19-25. 56

68

JUÍZES 16:27-30. JUÍZES 19:22-29. 70 1SA 18:27. 71 SAMUEL II 4:7-8. 72 SAMUEL II 4:12. 73 SAMUEL II 8:4. 74 SAMUEL II 8:5. 75 SAMUEL II 8:13. 76 SAMUEL II 10:18. 77 SAMUEL II 11:14-27. 78 SAMUEL II 12:1, 19. 79 SAMUEL II 13:1-15. 69

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Absalão, irmão de Amnom, manda matar Amnom. 80

Jeú faz com que Jezabel seja morta. O seu corpo é pisoteado por cavalos. A sua carne é comida pelos cachorros. Dela só restam a caveira, os pés e as palmas das mãos. 94

20.000 homens são mortos numa batalha no bosque de Efraim. 81

Jeú mata 70 filhos de Acabe; as suas cabeças são cortadas, colocadas em cestos e enviadas para o seu pai. 95

Os soldados de Joab matam Absalão. 82 Os soldados de Joab matam Amasa e deixam-no esvaindo em sangue no meio da rua. 83

Jeú manda matar 43 parentes de Acabe. 96

Deus manda uma peste que mata 70.000 homens em Israel. 84

Atalia destrói toda uma família real. 97

Salomão manda matar Adonias. 85

Amazias mata os seus servos e 10.000 edomitas .98

Salomão manda matar Joab. 86

Menaem corta ao meio todas as mulheres grávidas. 99

Salomão manda matar Simei. 87

Um anjo do Senhor mata 185.000 assírios numa só noite. 100

Um homem é morto por um leão por ter comido pão e bebido água num lugar onde o Senhor o tinha proibido. Isso, apesar do facto do homem ter sido enganado por um profeta, que lhe disse que um anjo do Senhor o tinha permitido comer e beber naquele local. 88

Então David fez serrar o povo com a serra e cortar com talhadeiras de ferro e com machados; e assim fez David com todas as cidades dos filhos de Amom. 101 500.000 Israelitas são assassinados. 102

Os Israelitas matam 100.000 Sírios num dia. Um muro cai em cima dos 27.000 Sírios restantes. 89

Feliz o homem que arrebentar os seus filhinhos de encontro às rochas. 103

42 crianças são despedaçadas e mortas por ursos, por terem troçado de um homem de Deus, que por isso as teria amaldiçoado. 90

Todo o que for achado será traspassado; e todo o que for apanhado, cairá à espada. E as suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas mulheres violadas. 104

Eliseu amaldiçoa eternamente com lepra Geazi e todos os seus descendentes. 91

E os seus arcos despedaçarão os mancebos, e não se compadecerão do fruto do ventre; o seu olho não poupará os filhos. 105

Atendendo às súplicas de Eliseu, o Senhor cega os Sírios que assim são enganados por Eliseu. 92

Preparai a matança para os filhos, por causa da maldade dos seus pais. 106

Cozemos pois o meu filho e o comemos. Mas dizendo-lhe eu no outro dia: Dá cá o teu filho, para que o comamos; escondeu o seu filho. 93

O Senhor faz com que os opressores do povo israelita comam a sua própria carne e fiquem

80

SAMUEL II 13:28-29. SAMUEL II 18:6-7. 82 SAMUEL II 18:15. 83 SAMUEL II 20:10-12. 84 SAMUEL II 24:15. 85 REIS I 2:24-25. 86 REIS I 2:29-34. 87 REIS I 2:46. 88 REIS I 13:15-24. 89 REIS I 20:29-30. 90 REIS II 2:23-24. 91 REIS II 5:27. 92 REIS II 6:18-19. 93 REIS II 6:29. 81

94

REIS II 9:30-37. REIS II 10:7. 96 REIS II 10:14. 97 REIS II 11:1. 98 REIS II 14:5, 7. 99 REIS II 15:16. 100 REIS II 19:35. 101 CRONICAS I 20:3. 102 2CH 13:17. 103 PS 137:9. 104 IS 13:15. 105 ISAIAS 13:18. 106 ISAIAS 14:21-22. 95

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bêbados do seu próprio sangue, como se fosse vinho. 107

se compadeça dos seus órfãos. A sua descendência seja voltada ao extermínio; e na próxima geração extinga-se o seu nome. 116

Segundo Deus "Morrerão de enfermidades dolorosas, e não serão pranteados nem sepultados; servirão de esterco para a terra; e pela espada e pela fome serão consumidos, e os seus cadáveres servirão de mantimento às aves do céu e aos animais da terra”. 108

Bravo o que tomar os seus filhinhos e os esmagar contra uma pedra! 117 Muitos passarão a eternidade no Inferno com choro e ranger de dentes. 118 ... e o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão... e odiados todos sereis por causa de meu nome. 119

...As mãos das mulheres piedosas cozeram os seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição... 109 E comerás um biscoito de cevada, a qual cozerás, à vista deles, com excrementos humanos. 110

Porque eu vim pôr em conflito o homem contra o seu pai, e a filha contra a sua mãe, e a nora contra a sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os seus familiares. 120

O Senhor diz: "... o que estiver longe morrerá de peste, e o que está perto morrerá pela espada, e o que ficar de resto e cercado morrerá de fome; cumprirei o meu furor contra eles ...." 111

Jesus amaldiçoa os habitantes de três cidades que não ficaram impressionados com os seus grandes feitos. 121

Ordem do Senhor: "sem compaixão... matai velhos, mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los...." 112

Paulo, propositadamente, mesmo que por um tempo provisório, cega um homem. 122

O Senhor diz que exterminará tanto o justo quanto o ímpio, ferindo-lhes a carne com a sua espada. 113 Deus irá matar os filhos e as filhas de todas as que foram prostitutas. 114 …os seus filhos serão despedaçados, e as suas mulheres grávidas serão abertas pelo meio. 115 Suscitai ao seu lado um malévolo, e um acusador esteja à sua direita. Citado em juízo, seja condenado, e fique sem efeito a sua defesa. Sejam abreviados os seus dias, e receba outro o seu lugar. Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva a sua esposa. Andem errantes e mendigando os seus filhos, e esmolem longe das suas casas em ruínas. Vincule-lhe o credor todos os seus bens, e os estranhos roubem as suas fadigas. Ninguém mais lhes mostre benevolência, nem haja quem 107

ISAIAS 49:26. JEREMIAS 16:4. 109 LAMENTAÇÕES 4:9-10. 110 EZEQUIEL 4:12. 111 EZEQUIEL 6:12-13. 112 EZEQUIEL 9:4-6. 113 EZEQUIEL 21:3-4. 114 EZEQUIEL 23:25,47. 115 OZEAS 13:16. 108

116

SALMO 109:6-13. SALMOS 137:9. 118 MATEUS 3:12, 8:12, 10:21, 13:30, 42, 22:13, 24:51, 25:30, LK 13:28, JN 5:24. 119 MATEUS 10:21. 120 MATEUS 10:35-36. 121 MATEUS 11:21-24. 122 ATOS 13:11. 117

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Palavras Sábias de Benjamin Franklin Recolha do R∴Ir∴Teixeira Cabral "O tempo é ouro.” "A pior decisão é a indecisão." "A necessidade nunca fez bons negócios.” "As portas da sabedoria nunca estão fechadas." "Orgulhar-se de saber é como cegar-se com a luz." "O que começa com cólera termina com vergonha.” "Carecer de livros próprios é o cúmulo da miséria.” "Aquele que se ama a si próprio não tem rival algum." "A honradez reconhecida é o mais seguro dos juramentos." "O que vive de esperanças corre o risco de morrer de fome.” "Bastante, significa um pouco mais do que cada um possui." "Não há investimento mais rentável que o do conhecimento." "A paz e a harmonia constituem a maior riqueza da família." "A prova mais evidente de sabedoria é uma alegria contínua.” "Não percas uma hora, porque não estás seguro de um minuto." "Não troques a saúde pela riqueza, nem a liberdade pelo poder." "Um pai é um tesouro, um irmão é um consolo; um amigo é ambos." "Se queres saber o valor do dinheiro, tenta consegui-lo emprestado." "Não desperdices o tempo, porque dessa matéria está formada a vida." "Diz-me e eu esqueço, ensina-me e eu recordo, trapaça-me e eu aprendo." "O coração do louco está na boca; mas a boca do sábio está no coração." "Se o tempo é o mais caro, a perda de tempo é o maior dos esbanjamentos." "Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão." "Toma tempo na escolha de um amigo, mas sê ainda mais lento em trocá-lo." "A cólera não carece nunca de motivos, mas estes raramente são suficientes." "Aos vinte años, reina a vontade; aos trinta, o engenho, e aos quarenta, o juízo."

"Consegue o sábio mais vantagens dos seus inimigos do que o néscio dos seus amigos.” "A ociosidade, tal como o vírus, desgasta muito mais rapidamente do que o trabalho." "Há três amigos fiéis; uma esposa idosa, um cão velho e dinheiro constante e sonante." "A ociosidade e o orgulho impõem tributos mais pesados do que os reis e os parlamentos." "A oxidação por falta de uso gasta muito mais as ferramentas do que o próprio trabalho." "Leis demasiado suaves nunca são obedecidas; demasiado severas, nunca são executadas." "O caminho até à riqueza depende fundamentalmente de duas palavras: trabalho e aforro." "A fome espia a casa dos pobres,mas se a habitam pessoas trabalhadoras, não se atreve a entrar." "As três coisas mais difíceis neste mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo." "Eu creio que o melhor meio de fazer bem aos pobres não é dar-lhes esmola, mas fazer com que possam viver sem a receber." "O tempo perdido não se recupera nunca, e quando dizemos que temos tempo de sobra descobrimos sempre que nos falta tempo." "A felicidade não se produz por grandes golpes de fortuna, que raramente ocorrem, mas por pequenas coisas que sucedem todos os dias." "O homem é às vezes mais generoso quando tem pouco dinheiro do que quando tem muito, talvez por temor a revelar a sua escassa fortuna." "Daquele que opina que o dinheiro pode conseguir tudo, cabe suspeitar com fundamento que será capaz de fazer qualquer coisa por dinheiro.” "Se não queres perder-te no esquecimento tão rapidamente como tenhas morrido, escreve coisas dignas de se ler, ou faz coisas dignas de se escrever." "Ser humilde para com os superiores é um dever; para com os iguais, uma manifestação de cortesia; para com os inferiores, uma prova de nobreza." "Aqueles que renunciam à liberdade essencial para conseguir uma pequena segurança transitória, não merecem nem a liberdade nem a segurança." "Os homens são criaturas muito estranhas: metade, censura o que pratica; a outra metade pratica o que censura; o resto diz e faz sempre o que deve." "Quando reflicto, coisa que faço frequentemente, sobre a felicidade que tenho desfrutado, às vezes digo a mim mesmo que se me fossem oferecidas de novo exactamente as mesmas oportunidades, voltaria a viver a vida de igual modo do princípio ao fim."

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