Boletim Athanor 014 Abril 2007

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Athanor

do V Império Boletim N.º 14 Abril de 2007 (Ano 2)

N E S T A E D I Ç ÃO : E d i t o ri al

E S O T E R IS M O O P a vi m en t o M o s ai c o P e l o R ∴ I r∴ U l i s s e s

O M i s t é ri o d a Fo rm a e d a E n e r gi a ( 2 P e l o R ∴ I r∴ J . B a r ã o

M A Ç O NA R I A D i ci o n á r i o d a M aço n a r i a ( 8 ) P e l o R ∴ I r∴ J e r e m i a s S e r a p i ã o

E f em é r i d e s d e Ab r i l

P e l o R ∴ I r∴ J o s é M e l o B r á s

M I T O L OG I A M i t o s Gr eg o s : A c t éo n e Á r t em i s – O Ca ç a d o r Ca ç a d o P e l o R ∴ I r∴ J o ã o S i l a s

M O T I V AÇ Ã O O P r e s en te A u to r D es c o n h eci d o

EG I PTO P al a v r a s d e Í si s ( 5 ) T r ad u ç ão d o F r ater L u g h

I n fl u ê n ci a d o D e u s P t a h

P e l o R ∴ I r∴ G e r v á s i o S e q u e i r a

A L Q U I M IA A P e d r a An g u l ar d a C r e a ç ão … (1 0 ) P e l o R ∴ I r∴ F r ∴ I n c ó g n i t u s

A S a n tí s si m a T r i n o s o fi a ( 4 ) C o n d e d e S ai n t-G er mai n

YOGA O s Ch a k r a s e a s S u a s E n e r g i a s ( 8) P e l o R ∴ I r∴ A . S e c r e t u s

SAÚDE A E n f er m i d a d e e o C r i m e ( 5 ) P e l o R ∴ I r∴ J o ã o G u i m a r ã e s

S A B E D OR I A P e n s am en t o s d e P i t ág o r a s R e c o l h a o r g . p / R ∴ I r∴ T . C a b r a l

O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

O Pavimento Mosaico1 Pelo R∴Ir∴ Ulisses

Editorial Foi-nos absolutamente impossível ler todas as cartas (e-mail) que recebemos dos nossos leitores, amigos e colaboradores. Pelo facto, pedimos

as

mais

sinceras

desculpas,

prometendo atender, no mais curto espaço de tempo, a toda a correspondência que nos veio dirigida. Alegra-nos o interesse que este boletim tem despertado em todos, ao mesmo tempo que nos entristece não conseguir dar resposta

A perfeição que buscamos, que aprendemos e

imediata a quem nos contacta.

que queremos semear, só será alcançada

Voltamos

a

esclarecer

que

os

artigos

quando cada um de nós parar de frente ao

apresentados são da responsabilidade dos

PAVIMENTO MOSAICO e conseguirmos meditar

seus autores e que poderão eventualmente,

e compreender toda a sua profundidade, toda a

num ou noutro aspecto, não expressar os

lição que nos transmite, toda a força que

pontos de vista dos fundadores.

transporta, apesar da sua singeleza.

Agradecemos mais uma vez a todos.

A maior parte das vezes olhamo-lo como se

Recebam os nossos

fosse meros ladrilhos pintados de preto e branco: puro engano para quem assim pensa...

TT∴AA∴FF ∴

O pesquisador Maçom Joaquim Gervásio de Figueiredo no seu “Dicionário de Maçonaria”, define PAVIMENTO MOSAICO como sendo “um dos ornamentos de Loja, composto por ladrilhos

ou

quadriculados

alternadamente

pretos e brancos. Simbolizam seres animados que decoram e ornamentam a criação, bem como o enlace do espírito e matéria em vida” Apesar de no antigo Egipto o PAVIMENTO MOSAICO

determinar

um

lugar

sagrado,

proibido de ser pisado e com forte apelo religioso, na Maçonaria é lugar por onde caminham todos os Irmãos, independentemente do Grau. Ente nós o PAVIMENTO MOSAICO não tem conotação religiosa, pois ele não é o tapete 1

Adaptado por Ulisses, do texto do Ir∴ George Washington Marcelino, do Or∴ de São Paulo – Brasil.

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

sagrado ou o “santus santorum” do Templo de Jerusalém. Ele está na Loja para ser pisado com respeito, e as suas quadrículas brancas e pretas estão, ao serem pisadas, para nos lembrar

que

todos

somos

iguais,

independentemente do credo, raça e cor, e que apesar das diferenças deve reinar perfeita harmonia entre os homens/Irmãos. Harmonia. Eis algo difícil de ser alcançado. No mundo profano a harmonia parece cada vez mais

distante.

Porém,

após

termos

sido

gerados como novos homens na Câmara de Reflexões, devemos buscar essa harmonia com maior afinco e com a certeza de que no mundo maçónico ela é acessível a cada dia e a

O Maçom deve conviver com uma luta

cada vinda aos Trabalhos de Loja.

constante para ser o mais perfeito possível. Cada vez que deparamos com o PAVIMENTO MOSAICO devemo-nos lembrar do pior dos defeitos: a Ambição. A ambição dos homens tem feito da terra um espectáculo de sangue: a mesma terra que foi de todos, quiseram alguns fazê-la unicamente sua: que o digam os Alexandres,

os

Césares,

os

Hitleres,

os

Estalines e outros conquistadores, heróis não por princípio de virtude, mas por excesso de fortuna, de ambição e de vaidade. O PAVIMENTO MOSAICO ensina-nos que os homens nascem iguais, que o corpo de todos os homens está organizado da mesma forma e que por isso todos estamos sujeitos às mesmas paixões e às mesmas vaidade. Para todos nasce o Sol; a aurora a todos desperta para o trabalho; o silêncio da noite a todos convida para o descanso e, o tempo que corre e se distribui em anos, meses e horas, para todos se compõe do mesmo número de instantes. O PAVIMENTO MOSAICO todos respeita como iguais e não agride. Ele é fundamental para a Maçonaria, pois mostra claramente que somos todos iguais e que nos devemos manter em sã convivência.

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

O Mistério da Forma… … e da Energia (2) O NÚMERO ÁUREO Pelo R∴Ir∴ Joaquim Barão

Ao nos debruçarmos sobre o estudo da morfologia ficamos com a impressão de que a natureza vivente aspira à realização de uma proporção “tipo”. Foi certamente essa mesma percepção

que

levou

os

pitagóricos

a

estabelecer numericamente uma proporção áurea – a mesma que Leonardo Da Vinci classificou de divina – e que se define como uma medida ou cânone, até à qual tende toda a

O cálculo que melhor parece ter satisfeito uma

forma perfeita, sob pena de degenerar e

proporção tipo ideal foi fixado no valor de

desaparecer. Esta proporção áurea – ou divina

1.618, e assim, o rectângulo susceptível de

– seria a relação existente entre dois termos consecutivos

de

uma

entidade

proporcionar maior satisfação estética seria o que

numérica,

tivesse, em qualquer unidade de medida, a

estabelecida de tal modo que um dos termos

proporção correspondente a 1 de altura por

seja ao outro o que é o outro à soma dos dois.

0,618 de largura.

Quando aplicada a uma superfície rectangular,

Com base neste princípio, tal proporção tem

a proporção áurea obtém-se quando o lado

sido aplicada em todas as formas de estética, e

mais pequeno é ao maior o que o maior é à

estendeu-se à pintura, à escultura, à música, e

soma dos dois.

até à ética. Estabeleceu-se também que os actos vitais conducentes ao equilíbrio produtor da medida áurea, ou que dele nos afastam, são a melhor bitola para determinar o que é bem ou mal. Os antigos templos e catedrais góticas foram edificados proporção, o

de

Φ

harmonia

com

a

divina

(phi), a qual para os gregos

representa uma espécie de variante do

π

(Pi),

do

adaptado

às

formas

diferentes

círculo. Tanto Leonardo Da Vinci como o astrónomo e matemático Johannes Kepler (1571-1630) basearam muitos estudos no conhecimento desta proporção. Após um período de esquecimento, de dois séculos, voltou de novo a dar-se atenção à lei das proporções por volta de 1850, e foram empreendidos estudos para a verificar nos animais e no corpo humano.

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

Aplicada ao homem, esta proporção alcançaria o maior grau de perfeição quando tivesse 1 da planta dos pés ao umbigo, e 0,618 do umbigo à parte superior do crânio. A longitude da mão mede-se a si mesma com o antebraço, na mesma relação de 1 para 0,618. Enfim, a altura ideal do Ser humano verifica-se quando a estatura total multiplicada por 0,618 dá a medida entre a planta dos pés e o umbigo. Esta medida foi regra para os escultores gregos. Pelas medições efectuadas sobre milhares de corpos humanos, concluiu-se ser esta a proporção ideal para expressar uma lei de estatura média para os corpos saudáveis. Foi demonstrada a existência de uma pequena diferença entre o corpo masculino e o feminino, pela verificação de que o primeiro, em termos médios, estava mais próximo da proporção áurea. Pretendeu-se explicar este fenómeno pela existência

de

menor

desenvolvimento

muscular na mulher, porque viveria uma vida mais sedentária, e isto era efectivamente verdade na época em que foram realizadas tais observações. Mas a prova de que não há razão para a existência de diferenças encontra-se nas esculturas gregas.

Quanto às crianças recém nascidas, observa-se que o umbigo corta em duas partes iguais a estatura. Normalmente, aos dois anos a criança tem metade da estatura máxima, que se atinge por volta dos vinte e um anos – que é quando se estabelece definitivamente a proporção áurea. (continua)

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

Dicionário da Maçonaria (8) Pelo R∴Ir∴ Jeremias Serapião

C Cadeia de União. A cadeia de união é uma prática cuja origem remonta aos longínquos tempos da maçonaria operativa. Ela evoca, simbolicamente, a fraternidade e a solidariedade entre todos os maçons. Para a realizar, os maçons presentes numa dada reunião – incluindo o Venerável e os Vigilantes – devem dar as mãos formando um círculo, com o antebraço direito por cima do antebraço esquerdo. Para que esta cadeia de harmonia se concretize ainda com mais vigor, o espírito dos presentes deve concentrarse sobre uma mesma ideia. Simbolicamente, a cadeia de união evoca os laços muito estreitos que unem todos os maçons de todos os tempos e de todos os lugares e todos os elementos que regem o nosso planeta, tanto material, como espiritualmente. Através dela pretende-se a reunião de todas as vontades, todas as energias e uma força única capaz de transcender a provas mais terríveis e de reafirmar a cada instante o domínio do espírito sobre a matéria e a dimensão sagrada do homem. Calendário Maçónico. Designa-se “calendário maçónico” a um quadro onde são inscritos os dias de reunião de uma Loja ou de uma Obediência. Pode, igualmente, designar aquilo a que também se chama “Era Maçónica”, que é uma noção criada pela maçonaria especulativa com a finalidade de dotar de mais “peso” a sua linha, e que adiciona 4.000 anos à data normal do calendário clássico. Diz-se, assim, que se está no “Ano da Verdadeira Luz de 6007” e não no ano de 2007.

Câmara de Reflexão. A câmara de reflexão é o primeiro local com o qual entra em contacto um profano que deseje ser iniciado na Maçonaria. A utilização da câmara de reflexão remonta aos tempos remotos da maçonaria operativa. Foi

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

nessa época que foi instituída como local de retirada incontornável para todas as pessoas que aspirassem juntar-se a uma comunidade iniciática. A câmara de reflexão faz as vezes de “peneira” entre o mundo profano e universo maçónico. É um lugar de silêncio e de penumbra, inteiramente dedicado à introspecção e à meditação do futuro iniciado. Trata-se geralmente de uma sala estreita e obscura, sem janelas, que apenas tem como mobiliário uma mesa e uma cadeira de cor negra, e dispondo unicamente de uma vela para iluminação. É o primeiro lugar iniciático. A este título o postulante vai ali encontrar uma séria de símbolos: uma ampulheta, fazendo referência ao tempo que passa; uma foice e uma caveira, evocando a sua morte no mundo profano antes do renascimento no mundo iniciático; um espelho, procurando ajudar o futuro iniciado a melhor se conhecer a si próprio; três taças contendo, respectivamente, mercúrio (símbolo alquímico universal), enxofre (símbolo do espírito), e sal (símbolo de sabedoria e de pureza); pão (alimento do corpo, símbolo de fraternidade) e água (alimento do espírito, símbolo de purificação). As paredes da câmara de reflexão são revestidas de símbolos: a imagem de um galo (símbolo de Hermes, anunciando o princípio alquímico que se vai realizar no indivíduo) por cima das palavras “Vigilância e Perseverança” (símbolos do empenho necessário do participante); a consagrada fórmula “V.I.T.R.I.O.L.” que significa textualmente “Visita Interiora Terrae Rectificandoque Invinies Occultum Lapidem” (visita o interior da terra e rectificando encontrarás a pedra oculta); diferentes máximas destinadas a estimular a reflexão do candidato à iniciação, entre as quais: “Se a curiosidade te conduziu até aqui, vai-te embora”, “Se a tua alma sentiu receio, não vás mais longe”, “Se perseverares

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

serás purificado pelos elementos, sairás do abismo das trevas e verás a Luz”. Em certos casos é na câmara de reflexão que o candidato deve redigir o seu “testamento filosófico”. Logo que o candidato sai deste lugar, está despojado, simbolicamente, de tudo o que tinha de profano em si mesmo e mostra-se “nu”, “purificado” e à porta do Templo para a sua iniciação na nova família de pensamento e de fraternidade que será daí para o futuro, a sua.

Efemérides de Abril (ano e dia) Pesquisa do R∴Ir∴ José Melo Brás ÁFRICA DO SUL 1961 – 22 Fund. da G∴L∴. AMÉRICA (USA) 1733 – 30 Fund. da L∴ de S. João, em Boston. 1787 – 17 Fund. da L∴ de Maryland. 1788 – 25 George Washington é eleito V∴M∴ da L∴ Alexandria n.º 22, da G.’.L.’. da Virgínia. 1790 – 17 Falec. do maç∴ e R+C Benjamim Franklin. 1791 – 06 Fund. da G∴L∴ de Rhode Island. 1821 – 23 Fund. da G∴L∴ do Missouri. 1840 – 06 Fund. da G∴L∴ de Illinois. 1846 – 11 Inic∴ do canadiano James Cunningham Batchelor, Gr∴Sec∴ da Louisiana por 24 anos e Gr∴Com∴ da Jurisdição Sul. 1850 – 18 Fund. da G∴L∴ da Califórnia. 1865 – 17 A Loja Tyrian Nº 333 de Springfield, Ilinois, elogia como honrosa a decisão de Lincoln, de adiar o seu ingresso na Maç∴, com receio que os seus motivos fossem mal interpretados. 1975 – 09 O Pres. Gerald Ford é eleito para o Sup∴Cons∴Intern∴ da Or∴ deMolay e Gr∴M∴ Honorário. ÁUSTRIA 1784 – 22 Fund. Austríacos.

da

G∴L∴Nac∴

dos

Est.

BOLÍVIA 1930 – 12 A Gr∴L∴ recebe C∴Const∴ da Gr∴L∴ do Chile. BRASIL 1831 – 24 Inst∴ do G∴O∴Nac∴ Brasileiro. 1879 – 04 Apres∴ no G∴O∴ Brasileiro, de um projecto para a abolição da escravatura, pelo Ir∴ Ruy Barbosa. 1929 – 25 Fund∴ (no Rio) da Fed∴Bras∴ da Or∴Maç∴Univ∴Mista O Direito Humano. 1956 – 21 Fund∴ da G∴L∴ de Santa Catarina. 1979 – 02 Fund∴ do G∴Or∴ do Estado de Alagoas. 1985 – 12 Fund∴ da Sup∴Cons∴ DeMoley. 1988 – 11 XIV Ass∴ da Conf∴Maç∴ Interamericana. 1995 – 13 Rec∴ do G∴O∴B∴ pela Gr∴L∴ de Israel.

Não sendo nossa intenção elaborar um dicionário extenso e completo, devido a razões de espaço e tempo, e face à periodicidade de publicação do Athanor, optámos por apresentar apenas as palavras de cada letra do alfabeto que nos pareceram mais aliciantes. Ainda assim, a listagem apresenta uma significativa extensão.

CHILE 1862 – 29 Fund. da G∴L∴.

8

O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

1997 – 09 XVII Interamericana.

Assrmb∴

da

Conf∴Maç∴

1886 – 05 Inic∴ de Rudyard Kipling, aos 20 anos. 1950 – 28 A G∴L∴Ing∴ pede a dissol∴ da Ass∴ Maç∴Intern∴, por conter a G∴L∴ de França.

COLOMBIA 1824 – 21 Fund. da G∴L∴ e do Sup∴Cons∴ do 33º.

IRÃO 1970 – 30 Fund∴ do Sup∴Cons∴. ITÁLIA 1791 – 08 Prisão de Cagliostro pela Inquisição.

CUBA 1956 – 09 7ª Conf∴Intern∴SS∴Cons∴.

PERU 1972 – 14 4ª Conf∴Maç∴Intern∴, em Tacna.

DINAMARCA 1812 – 16 Inic∴ do físico Hans Christian Oersted.

PORTUGAL 1757 – 16 Nasc∴ do maç∴ João Manuel de Abreu. Foi matemático e prof∴ da Acad∴ Real da Marinha. 1777 – 30 Nasc∴ do maç∴ João Damásio Roussado Gorjão. Foi func∴púb∴, deput∴ e presid∴ da C∴Munic∴ de Mafra e da Real Tapada. 1805 – 28 Nasc∴ do Gr∴M∴ João Gualberto de Pina Cabral. Foi magistr∴ e deput∴. 1819 – 24 Nasc∴ do maç∴ Augusto Sebastião de Castro Guedes, Visc∴ de Castro Guedes, vicealmir∴ da marinha e dep∴. 1824 – 30 Dom Miguel faz a proclamação: "Longa vida para o Rei! Longa vida para o catolicismo! Morte e destruição aos sacrílegos maçons livres". 1842 – 18 Nasc∴ do maç∴ Antero de Quental. 1848 – 07 Nasc∴ do maç∴ José Augusto Soares Ribeiro de Castro. Foi advog∴, dep∴ e ministro. Fund∴ o 1º Centro Repub∴ da Guarda e o jornal “Povo Português”. 1853 – 12 Nasc∴ do maç∴ André Joaquim Bastos. Foi coronel de infantaria. 1856 – 08 Nasc∴ do maç∴ Eduardo Abreu. Foi médico e político. 1867 – 19 Nasc∴ do maç∴ e carbon∴ Francisco José Fernandes Costa. Foi advog∴, prof∴, dep∴, ministro e Gov∴ Civil de Coimbra. 1868 – 06 Nasc∴ do maç∴ e carb∴ Amílcar da Silva Ramada Curto. Foi advog∴, jorn∴, escrit∴, dep∴ e ministro. 1868 – 22 Nasc∴ do maç∴ José Viana da Mota. Foi comp∴ musical. 1871 – 01 Nasc∴ do maç∴ Faustino da Fonseca. Foi func∴ púb∴, escrit∴, jorn∴, direct∴ da Bibli∴ Nac∴, dep∴ e senad∴ 1872 – 04 Aprov∴ da Const∴ da Obed∴Maç∴ Port∴ do Norte. 1872 – 19 Cong∴Intern∴ do Livre Pensam∴, presidida à abert∴ pelo Dr. Teófilo Braga e no encerr∴ pelo Dr. Sebastião de Magalhães Lima. 1872 – 19 Nasc∴ do maç∴ João Estevão Águas. Foi gen∴, direct∴ dos Pup∴ do Exérc∴, Com∴ da G∴ Fiscal, dep∴ e Min∴ da Guerra.

ESPANHA 1834 – 24 A Rainha regente Maria Cristina amnistia os maçons, deixando-os ocupar cargos públicos, mas mantém a proibição das seitas secretas. FRANÇA 1326 – 18 O Cânone XXXVII do Conc∴ de Avignon condena as Corpor∴ de constr∴, alegando que os seus memb∴ se reúnem 1 vez por ano, fazem juram∴ à carid∴ e à assist∴ mútuas, e usam vestes e sinais para reconhec∴. 1469 – 24 Reun∴convoc∴ pela G∴L∴ de Estrasburgo, para progr∴ obras púb∴, relig∴ e monum∴ da Europa, e para estudar a situação das confr∴ e tratar dos direitos e atrib∴ das LL∴. 1776 – 02 Fund. da G∴L∴ Mãe do R∴E∴A∴A∴ 1794 – 25 O maç∴ Etiénne Alexandre Jacques Anisson Duperron, Diretor da Imprensa Real da França, é guilhotinado. 1846 – 03 Protesto do G∴O∴França contra LL∴ da Prússia que recusam receber visitas de IIr∴ franceses e judeus. 1871 – 29 Mais de 6000 maç∴ reúnem-se para apoiar a Comuna de Paris (Pátio do Carrossel). 1893 – 04 Fund.∴ da Or∴M∴M∴Int∴ “Le Droit Humain”, por Maria Deraismes. 1897 – 19 Leo Taxil declara que tudo o que afirmou contra a Maç∴ era de sua invenção. 1929 – 29 IV Conf∴Intern∴SS∴CCons∴. 2001 – ? A Gr∴L∴ de França é reconh∴ pela Gr∴L∴de Minnesota. INGLATERRA 1727 – 27 1ª Conv∴ da hist∴ para 1 reun∴ de MM∴ (L∴ Swan & Rummer, Londres). 1732 – 17 Inic∴ de George Skinner, cego de nascença (em Enfield). 1747 – 30 Eleiç∴ de Lord Byron p/ Gr∴M∴ da G∴L∴Inglaterra. 1809 – 12 Fund∴ da L∴ of Promulgation, para unif∴ dos Antigos e dos Modernos.

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

1873 – 30 Nasc∴ do maç∴ António Vicente Ferreira. Foi coron∴ do exérc∴, eng∴, prof∴ e min∴. Traiu a Maç∴, aderindo à Dit∴ do Est∴ Novo. 1886 – 23 Nasc∴ do maç∴ Maurício Armando Martins Costa. Foi advog∴ e repub∴. 1890 – 04 Nasc∴ do maç∴ Amadeu Gaudêncio. Foi o construt∴ civ∴ que reconstr∴ o Pal∴ Maç∴, após a Rev∴ de 25 de Abril. 1891 – 21 Falec∴ do maç∴ José Elias Garcia. 1891 – 21 Nasc∴ do maç∴ João Carrington da Costa. Foi prof∴, cient∴ e Gov∴ Civ∴ de Braga. 1900 – 09 Realiz∴, no Porto, do 1º Cong∴Maç∴ ou “Conferência Maçónica”, onde foi criada a inst∴ “O Vintém das Escolas”. 1901 – 08 Nasc∴ do maç∴ Mário Lopes Pinto de Castro. Foi advog∴ e escrit∴, tendo colab∴ na “Seara Nova”. 1910 – 28 Nasc∴ do maç∴ Francisco Caetano Keil Coelho do Amaral. Foi arquit∴ e rec∴ o Prém∴ Valmor de 1962. 1911 – 29 Inst∴ no Porto, a L∴ Vitória. 1913 – 02 Realiz∴, em Lisboa, do 4º Congr∴Maç∴. 1929 – 16 Ass∴ ao Pal∴ Maç∴, por forças antidemocr∴. 1944 – 29 Falec∴ de Bernardino Luiz Machado Guimarães. 1967 – 29 Falec∴ de José Moreira de Campos. 1974 – 25 Rest∴ da Democ∴, para a qual trab∴ todos os maç∴. 1976 – 02 Aprov∴ da Const∴ da Rep∴Port∴, na qual participaram os maç∴ Raul Rego e António Arnaut (mais tarde Gr.’.M.’. do G.’.O.’.L.’.) 1997 – 08 Estreia da peça “A Maçona” (Vida da Dr.ª Adelaide Cabete), da escrit∴ Lídia Jorge, no Teat∴ Nac∴ D. Maria.

(2))

MITOS GREGOS

ACTÉON E ÁRTEMIS O caçador caçado Pelo R∴Ir∴João Silas

O sábio Quiron havia ensinado a Ácteon, filho de Aristeu e Autonoé, que existiam duas maneiras de caçar: uma em que o caçador se limitava a repetir infindavelmente os mesmos gestos, com as mesmas sensações de selvajaria, brutalidade e violência, saciando apenas os instintos de prazer imediato e outra, a do percurso, em que caçar era um modo de busca do auto conhecimento, de captura dos monstros e gigantes escondidos na floresta do interior do homem. Advertira-o, também, que Ártemis, a deusa da caça, perseguia mais a bestialidade que a besta. Que tivesse cuidado, pois… Ártemis era irmã gémea de Apolo e, tendo sido a primeira a nascer, logo ajudou a mãe, Leto, a concluir o parto do irmão. Ao ver as dores e as aflições da mãe, rogou a Zeus que a deixasse permanecer eternamente virgem. Ora um dia andava Ácteon com os seus companheiros no monte Cíteron praticando o seu desporto preferido acompanhado pelos seus cinquenta cães, por ele treinados para cercar e agarrar as presas, quando se deparou com Ártemis que se banhava, nua, numa lagoa de águas transparentes, escoltada por numerosas ninfas que, como ela, tinham que guardar rigorosa castidade.

URUGUAI 1947 – 14 Conf∴Maç∴ Interamericana com 43 GG∴LL∴ da América, em Montevidéu. VATICANO 1738 – 24 Cond∴ da Maç∴ por Clemente XII, com a bula “In Eminenti”. 1849 – 20 Pio IX lança a alocução “Quibus Quantisque Malis” contra a maç∴. 1876 – 29 Pio IX envia uma carta aos Bispos do Brasil cond∴ a posição da maç∴ na "questão religiosa". 1884 – 20 Leão XIII emite a “Encíclica Humanum Genus” contra a maç∴. 1934 – 01 No decreto “Geminata Laetitia” Pio XI ataca a maç∴. 1982 – 08 A Congregação do Clero reafirma a proibição aos membros do clero de pertencerem a associações ou movimentos políticos e de criarem associações clericais de tipo sindical.

(2) Adaptação do livro “Mitos Gregos”, de Zacarias Nascimento.

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

As ninfas, nuas também, ao verem o intruso, formaram um círculo protector ao redor da deusa. Ainda assim, Ácteon contemplou um flanco da deusa despida que, encolerizada, lhe gritou que não haveria de dizer a ninguém que a tinha visto nua. Ácteon não tardou a saber o que representavam aquelas palavras: na sua cabeça logo nasceram dois chifres de veado adulto; o pescoço alongou-se e as orelhas esticaram-se; as mãos transformaram-se em pés e os braços em pernas; o corpo ficou revestido por um lustroso e denso pêlo. Ao afastar-se, Ácteon viu-se reflectido na água e ficou horrorizado, pois teve noção da sua transformação. Do seu anterior estado humano, a deusa apenas lhe havia mantido a consciência.

Paralisado pelo pânico, sem saber o que fazer, foi avistado pelos seus cães que, perante tão magnífica peça de caça, não hesitaram em persegui-la, tal como Ácteon os havia sabiamente treinado. Com os cães cada vez mais perto Ácteon esforçava-se por gritar que era ele o dono deles, que sempre os tratara bem, mas da sua garganta apenas saíam mugidos, não conseguindo evitar que os bem adestrados animais lhe abocanhassem o pescoço e o dorso. Apenas os seus companheiros lamentavam que Ácteon, entretido no passeio pela floresta, não tivesse presenciado a captura de tão soberbo animal, que a perícia dos seus cães tão habilmente haviam capturado. Ácteon morria num papel inverso: de caçador passava a caçado. Experimentava, pela primeira e última vez, a emoção da caça mas do ponto de vista da vítima.

11

O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

Ll

O Presente

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles, podia sentar-se na sua cama

Enquanto o homem da cama perto da janela

durante uma hora, todas as tardes, para que

descrevia

os fluidos circulassem nos seus pulmões.

pormenor, o homem no outro lado do quarto

A sua cama estava junto da única janela do

fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca

quarto. O outro homem tinha de ficar sempre

cena.

deitado de costas. Os homens conversavam

Um dia, o homem perto da janela descreveu

horas a fio. Falavam das suas mulheres e

um desfile que ia a passar. Embora o outro

famílias,

homem não conseguisse ouvir a banda, ele

das

suas

casas,

dos

seus

isto

tudo

com

extraordinário

empregos, onde tinham passado as férias...

conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente,

E todas as tardes, quando o homem da

enquanto o outro senhor a retratava através

cama perto da janela se sentava, ele

de palavras bastante descritivas. Dias e

passava o tempo a descrever ao seu

semanas

companheiro de quarto, todas as coisas que

enfermeira chegou ao quarto trazendo água

ele conseguia ver do lado de fora da janela.

para os seus banhos, e encontrou o corpo

O homem da cama do lado começou a viver

sem vida do homem perto da janela, que

à espera desses períodos de uma hora, em

tinha falecido calmamente enquanto dormia.

que o seu mundo era alargado e animado

Ela

por toda a actividade e cor do mundo do

funcionários do hospital para que levassem

lado de fora da janela.

o corpo.

A janela dava para um parque com um lindo

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro

lago. Patos e cisnes chapinhavam na água

homem perguntou se podia ser colocado na

enquanto as crianças brincavam com os

cama perto da janela. A enfermeira disse

seus

namorados

logo que sim e fez a troca. Depois de se

caminhavam de braços dados por entre as

certificar de que o homem estava bem

flores de todas as cores do arco-íris. Árvores

instalado, a enfermeira deixou o quarto.

velhas e enormes acariciavam a paisagem,

Lentamente, e cheio de dores, o homem

e uma ténue vista da silhueta da cidade

ergueu-se,

podia ser vista no horizonte.

contemplar o mundo lá fora.

barquinhos.

Jovens

12

ficou

passaram.

muito

Uma

triste

apoiado

no

e

manhã,

chamou

cotovelo,

a

os

para

O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!

Palavras de Ísis (5)

O homem perguntou à enfermeira o que

(‘ST: O Caminho da Vida)

teria

feito

com

que

o

seu

falecido

Tradução do Frater Lugh

companheiro de quarto, lhe tivesse descrito

XIV

coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.

A

enfermeira

respondeu

que

o

homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. "Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...". Moral

da

História:



uma

felicidade

tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos

nossos

próprios

problemas.

A

dor

partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada. Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar. "O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que lhe chamam o presente."

Da vida é formada a morte, e à morte, por sua vez segue-se o renascimento, tal como ao por do Sol se segue o amanhecer. Este é o símbolo da vida, da encarnação, do princípio da nova vida. O símbolo representa a série infinita de todas essas vidas na Terra, com as repetitivas encarnações do espírito humano, depois do tempo que passa no seu lugar de origem. O seu regresso à Terra, num corpo material, está representado na água que se despeja; é o espírito da vida, de uma jarra à outra. Examina atentamente o papiro: Uma jovem derramando o conteúdo duma jarra noutra jarra, sem derramar uma gota, expressando assim que nenhuma das qualidades individuais de um ser se perde com a morte, a eternidade e o renascimento. O mar infinito ferve a seus pés, representando a deusa ‘St. Portanto, o símbolo não indica a

De autor desconhecido.

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

Período de Influência dos Deuses Egípcios

união do espírito da humanidade com a deidade. Isso vem mais tarde. O significado deste símbolo está simplesmente no facto de que o conteúdo recebe outra forma. O conteúdo é vertido de uma jarra de prata a outra de ouro, ou, dito de outra maneira, a uma vasilha mais valiosa. Isto faz alusão ao desenvolvimento, à evolução em espiral, da Humanidade, sendo uma dupla espiral a que nos conduz à perfeição. Por outro lado, vemos o espírito humano passando de um renascimento a outro, aprendendo uma lição nova em cada vida e dirigindo-se constantemente para corpos mais refinados e desenvolvidos, que lhe servem como ferramenta, cada vez mais perfeitas, pelo que em cada renascimento é possível expressar uma vida espiritual cada vez mais rica. Podemos ver também que se consegue continuamente um maior nível de expressão e perfeição, com a ajuda de corpos que dão aos espíritos as suas novas formas. O espírito humano faz parte da corrente da vida. Ambas as correntes surgem do regaço dos deuses, serpenteando e cruzando-se sem chegar a convergir ou misturar-se, e finalmente regressam à sua origem. Esta é a lição que podemos aprender, observando as jarras de prata e de ouro. O símbolo XIV é o quinto sinal do Caminho de ‘St e está relacionado com o que o precede, o XI, o do poder mágico que acompanha os peregrinos através da vida, quando este poder está minguando. Quando este poder nos permite passar as provas, estamos ainda mais dispostos a derramar a água de uma jarra para a outra e à criação de circunstâncias benéficas para uma vida nova. Agora vai em paz e regozija-te com o grande conforto que o símbolo XIV te pode dar. Alegra-te com os vastos horizontes que se abrem ante ti.

Pelo R∴Ir∴ Gervásio Sequeira

DEUS PTAH Ptah é o deus da fertilidade masculina, creador de tudo o que existe. É o representante das forças creadoras espirituais e é também o Grande Construtor ou Divino Artesão, protector das belas-artes e dos artistas. As pessoas nascidas sob a sua protecção (16 de Abril a 15 de Maio) revelam firmeza, paciência, perseverança e um significativo talento para as artes. Estas pessoas alcançam a felicidade quando dirigem as suas capacidades para a realização de coisas com valor espiritual, susceptíveis de despertar sentimentos de beleza e de harmonia. Quando isto não sucede, correm o risco de se tornar insatisfeitas e sem sentido de realização. No amor, estas pessoas encontram a felicidade quando conseguem satisfazer a sua exigente predisposição sexual.

Textos Tradicionais

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

Como todos sabem, o Sal simboliza (entre outras coisas) o espírito, em termos alquímicos. A citação de Judas fala de Sodoma e Gomorra, e Coríntios (5:1) faz referência ao incesto. A passagem de Provérbios (5:15–19), na versão de Casiodoro de Reina, segue o contexto lógico do tema sexual bíblico. Mas na versão da Vulgata Latina o assunto foi deturpado. Diz Jeremias (8: 8): “Como dizeis: Nós somos sábios, e a Lei de Jeová está connosco? Certamente a alterou com mentiras e falsidades a pena dos escribas”. Estas descaracterizações já estão sendo denunciadas nas artes, como é o caso do cinema, onde deverão ser exibidas e demonstradas todas as escandalosas e vergonhosas transformações que a má fé humana levou a efeito ao longo dos séculos. Lot e a sua família acolheram os "anjos do Senhor" sem outro interesse que o de tratar e salvar as suas comunidades. Outros, quiseram dar hospitalidade, mas com segundos interesses, e por essa razão foram castigados. A reespiritualização da Igreja católica será o único caminho, voltando à simplicidade e ao exemplo do Cristo, e deixando-se de todos os dogmas que só servem para insalubres especulações teológicas. Os ensinamentos essénios são a base que se deve complementar com as raízes da vida monástica, associando-lhe também os cultos gnósticos do cristianismo inicial (e iniciático). As escrituras sagradas foram continuamente alteradas, umas vezes por ignorância e outras tendenciosamente. O Pentateuco de Moisés inspirou-se em obras Caldaicas mais antigas. Tal cultura, como tantas outras, tem os seus textos sagrados inspirados em tradições mais antigas ainda, e portanto menos susceptíveis de adulteração. Os que viajavam para se iniciar nos mistérios, regressavam às suas comunidades e estruturavam-nas de acordo com a sabedoria adquirida, embora respeitando os próprios costumes e meio ambiente característico de cada uma dessas comunidades. (continua)

A Pedra Angular da Creação Divina e a Assunção da Matéria Virgem (10) Se o Sal se Corrompe, com o que Salgaremos? Acreditámos ser possível não nos deixar afectar pelo “trono da besta”, no pressuposto de que, apoiando-nos numa instituição religiosa, estaríamos fora da sua alçada. Era crença geral que “as portas do inferno (o inferior) não teriam poder” sobre ela. Por fim, permite-nos o discernimento pôr em causa tais valores, chegando mesmo a admitir que esse “trono” possa controlar quem o deveria conter. Um mesmo livro gerou várias correntes filosóficas e diversas religiões, por vezes antagónicas, chegando a combater-se até à morte. Foi assim por demasiado tempo. Não será agora o momento de corrigir esse rumo e evitar que se cumpram as mais terríveis profecias? As profecias nunca foram reveladas com a finalidade de gerar o pânico. A sua função é preventiva e de advertência, tentando evitar que se sigam os caminhos que a elas conduzem.

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O “Athanor” do V Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 14 – Abril de 2007

A SANTÍSSIMA TRINOSOFIA Autoria atribuída ao Conde de Saint-Germain

SECÇÃO IV Em seu lugar, apresentou-se à minha frente um lago de fogo. Rolavam ondas inflamadas de enxofre e betume. Tremi. Uma voz trovejante mandou-me atravessar aquelas chamas. Eu obedeci e as chamas pareceram ter perdido a sua actividade. Caminhei por muito tempo no meio daquele incêndio. Ao chegar a um espaço circular, contemplei o pomposo espectáculo que a bondade do céu se dignou deixar-me desfrutar. Quarenta colunas de fogo decoravam a sala onde eu me encontrava. Um dos lados das colunas brilhava com um fogo branco e vivo. O outro permanecia na sombra e coberto por uma chama escura. No centro deste lugar elevava-se um altar em forma de serpente, com escamas matizadas de um ouro esverdeado e sobre as quais se reflectiam as chamas que a cercavam. Os seus olhos pareciam rubis. Havia uma inscrição prateada perto dela. Ao lado da serpente encontrava-se, cravada na terra, uma rica espada. E sobre a sua cabeça repousava uma taça.

Ouvi o coro dos espíritos celestes e uma voz que me disse: “aproxima-se o término dos teus trabalhos. Pega na espada e golpeia a serpente.” Tirei a espada da sua bainha e aproximei-me do altar. Peguei na taça com uma mão e com a outra desferi um terrível golpe no pescoço da serpente. A espada ricocheteou e o golpe ressoou como se eu tivesse atingido um sino de bronze. Mal tinha obedecido à voz, o altar desapareceu, as colunas perderam-se na imensidão, e o som que eu tinha ouvido, ao atingir o altar, repetiase como se mil golpes estivessem sendo desferidos ao mesmo tempo. Uma mão agarrou-me pelos cabelos e elevou-me até ao tecto: este abriu-se para me dar passagem. Diante de mim surgiram diferentes fantasmas: as Hidras, as Lamies, cercaram-me de serpentes. A presença da espada, que eu tinha na mão, afugentou essa multidão imunda, como os primeiros raios do dia dissipam os sonhos, frágeis filhos da noite. Depois de subir numa linha perpendicular, através das diferentes camadas que compõem as paredes do globo, revi a luz do dia. (A Secção V será divulgada no próximo Boletim)

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Mudras:

Os Chakras e as Suas Energias (8) Pelo R∴Ir∴Anonimous Secretus

Representação (Yantra): Mantra: M. (“mmmmmmmm", com a tonalidade da nota musical SI). Nota musical: SI. Cor: Branco e Ouro. Elemento: Pensamento. Gemas: Ametista, Quartzo, Malaquita e Turmalina verde.

Diamante,

Sentidos: Todos.

Descrição: É frequentemente representado como um Lótus de mil pétalas, com cor de diamante.

Órgãos associados: Cérebro superior), Hipófise (pituitária), (pineal), e Olho direito.

Este chakra liga-nos à nossa espiritualidade superior, à realidade última, ao cosmos, ao que efectivamente somos no Universo. Mas a sua abertura só é possível depois de todos os outros chakras atingirem a sua plenitude de desenvolvimento.

(parte Epífise

Efeitos do seu desenvolvimento: Amor / compaixão incondicional a tudo, consciência cósmica, conhecimento absoluto, perfeição. Efeitos da sua obstrução: Cataratas, Cefaleias, Epilepsia, Hipertermia corporal (febre alta), Impedimento de conhecer a realidade e a finalidade do universo, Miopia, Processo de espiritualização incompleto, Visão limitada e condicionada aos aspectos materiais.

Localização: Corresponde à parte mais alta da cabeça.

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A Enfermidade e o Crime (5) Componentes Biológicos da Agressão Pelo R∴Ir∴João Guimarães

Factores psicofisiológicos O enfoque psicofisiológico tem como base a avaliação da função cerebral e suas associações (âmbito da fisiopatologia), como por exemplo a Actividade Eléctrica da Pele, o Electroencefalograma e o Electrocardiograma, trabalhando sobretudo em contexto laboratorial. Faltará, talvez, no momento, uma meta-análise de outros tipos de investigação da função cerebral, como por exemplo, os estudos com PET e SPECT (exames neurológicos). Os estudos demonstraram que as activações tónica (reacção global do sujeito na ausência de estimulação específica) e fásica (reacção à estimulação específica) são menores nos criminosos. Os criminosos também apresentam uma média menor do ritmo cardíaco, assim como menor nível condutor e maior tempo de resposta na actividade eléctrica da pele.

Nos registos electroencefalográficos é frequente haver maior incidência de anormalidades (Fowles, 1980; Hemming, 1981; Satterfield, 1987; Volavka, 1987; Hodgins & Grunau, 1988; Milstein, 1988; Venables, 1988; Buikhuisen, Eurelings-Bontekoe & Host, 1989; Patrick, Cuthbert & Lang, 1994). Alguns estudos efectuados com crianças e adolescentes (Magnusson, 1988) demonstraram que as crianças com comportamentos considerados desviantes apresentam maior activação do sistema nervoso. No entanto, em estudos longitudinais (Raine, Venables & Williams, 1990 e 1995) feitos com adolescentes reveladores de comportamentos anti-sociais, comprovaram que existia uma significativa menor activação cardiovascular e electrodérmica naqueles que posteriormente vieram a cometer crimes.

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"Verás que os males dos homens são fruto de sua eleição, e que a fonte do bem a procuram longe, quando a têm dentro do

Pensamentos de Pitágoras

seu coração.”

Recolha organizada pelo R∴Ir∴ Teixeira Cabral

"Escuta e serás sábio. O começo da

"A felicidade consiste em poder unir o

sabedoria é o silêncio."

princípio com o fim."

"Escreve na areia as faltas do teu amigo."

"O homem é mortal pelos seus temores e

"Prefiro mais o bordão da experiência do

imortal pelos seus desejos."

que o carro rápido da fortuna. O filósofo

"Educa as crianças e não será necessário

viaja a pé."

castigar os homens."

"Não sabe falar quem não sabe calar."

"Escolhe uma mulher da qual possas dizer: poderia ter escolhido uma mais bela, mas não melhor." "Ajuda os teus semelhantes a carregar a sua

carga,

mas

não

te

consideres

obrigado a levá-la." "Não sejas ambicioso nem tacanho; a justa medida é excelente em tais casos." "Educar não é dar carreira para viver, mas preparar a alma para as dificuldades da vida." "Economiza as lágrimas dos teus filhos, para que possam regar com elas a tua tumba." "É

preciso

encontrar

o

infinitamente

grande no infinitamente pequeno, para sentir a presença de Deus." "Os homens que falam sempre verdade são os que mais se aproximam a Deus." "Cala-te ou diz algo melhor que o silêncio." "Quanto mais fazemos, mais podemos fazer; quando estamos mais ocupados é quando temos mais tempo para nos

Recolha org∴ por

divertir."

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