Faculdade Metropolitanas Unidas Curso de graduação em Nutrição – São Paulo (SP)
ERVA MATE: PAPEL NA SAÚDE HUMANA Autoras: Bruna Bettin Domingues e Thais Bárbara Licca Emília Ishimoto
Orientadora: Profª. Dra.
INTRODUÇÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Atualmente as mortes causadas por doenças crônicas tem sido recorrentes na maior parte da população, por isso diversos estudos são realizados com a finalidade de encontrar formas de prevenir e tratar essas doenças, sendo as ervas muito pesquisadas. A erva mate, muito utilizada pelos indígens, é consituída de vitaminas, aminoácidos, saponinas triterpênicas, compostos fenólicos, principalmente ácido clorogênico e seus produtos de oxidação, metilxantinas (0,7 a 2,3% de cafeína, 0,3% de teobromina e traços de teofilina), além de açúcares (SIMÕES, et al., 2007). Os resultados publicados na década de 2000 revelaram diversos benefícios da erva mate à saúde humana. Neste sentido torna-se relevante realizar atualização e discussão dos resultados de pesquisas recentes sobre esta erva. OBJETIVOS
Os hábitos nutricionais da população da região sul do Brasil vêm motivando um estudo que avalia o efeito hipocolesterolêmico, atribuído pela cultura popular a alguns alimentos que compõem o hábito local, com a ervamate, relacionando-o os seus compostos fenólicos. A maior parte dos compostos fenólicos são antioxidantes in vitro podendo proteger contra doenças cardiovasculares (FURLONG et al., 2003; OLTHOF, HOLLMAN, KATAN, 2001).
Realizar atualização bibliográfica e discutir o papel da erva mate na saúde humana. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva na qual foram utilizadas as seguintes fontes de informação: Base de dados PUBMED; Acervo físico da Biblioteca da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas); Biblioteca do Conjunto das Químicas na USP (Universidade de São Paulo). Com as seguintes palavras-chave: erva Mate, yerba Mate, Ilex Paraguarienses, mate.
Já cafeína, em doses moderadas, produz ótimo rendimento físico e intelectual, aumento da capacidade de concentração e diminuição do tempo de reação aos estímulos sensoriais. Por outro lado, doses elevadas podem causar sinais perceptíveis de confusão mental e indução de erros em tarefas intelectuais, ansiedade, nervosismo, tremores musculares, taquicardia e zumbido (FELIPE, 2005). Os flavonóides possuem diversos efeitos benéficos à saúde. Embora alguns resultados tenham mostrado que os flavonóides possam apresentar efeito mutagênico, em geral, são considerados como benéficos. Alguns medicamentos são elaborados a partir de flavonóides, em particular para o tratamento de doenças circulatórias, hipertensão e agindo como cofator da vitamina C. Outras pesquisas sugerem que alguns flavonóides são responsáveis por ação antitumoral considerável, podendo ainda agir como antivirais, anti-hemorrágicos, hormonais, anti-inflamatórios, antimicrobianos e antioxidantes. É importante lembrar que as concentrações de flavonóides são baixas quando comparadas com o ácido clorogênico, por isso ainda são necessários estudos para verificar se a utilização da erva mate, visando o aproveitamento desse composto bioativo para a saúde (SIMÕES et al., 2007; SALDANHA, 2007).
A Erva Mate também contêm saponinas, elas são utilizadas por sua ação mucolítica, diurética e depurativa. Favorecem a ação dos demais princípios ativos da planta e, em excesso; podem ser irritantes da mucosa intestinal. Acredita-se que esse composto não só desempenham um CONSIDERAÇÕES DE FINAIS papel no sabor, como também, na saúde do organismo, Com o presente estudo foi possível verificar, apesar de haver um crescimento nas pesquisas acerca do assunto, ainda por exemplo, anti-inflamatório e hipocolesterolêmico são poucos os estudos com humanos por isso, sobre os efeitos benéficos das substâncias bioativas da Ilex (CARVALHO & ALMANÇA, 2003; HECK e MEIJA, 2007). Paraguariensis, por esse motivo ainda não há como o nutricionista prescrever uma suplementação com esse nutracêutico apenas, pode orientar o consumo do chá de erva mate respeitando a composição química da erva, bem como a individualidade bioquímica de seus pacientes. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, J. C. T.; ALMANÇA, C. C. J.. Formulário de prescrição Fitoterápica. São Paulo: Atheneu, 2003. FELIPE, L.; et al.. Avaliação do efeito da cafeína no teste vestibular. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. v. 71, n. 6. São Paulo: nov./dez. 2005. FURLONG, E. B.; et al. Avaliação do potencial de compostos fenólicos em tecidos vegetais. v. 13. Rio Grande: Vetor, 2003. HECK, C. I; MEIJA, E. G. de. Yerba Mate Tea (Ilex paraguariensis): A Comprehensive Review on Chemistry, Health Implications, and Technological Considerations. v.72, n. 9. Journal of Food Science. USA: Dez., 2007. OLTHOF, M. R.; HOLLMAN, P. C. H.; KATAN, M. B. Chlorogenic acid and caffeic acid are absorbed in humans. v. 131, n. 1. J. Nutr. Wageningen: jan., 2001. SALDANHA, L. A. Avaliação da Atividade Antioxidante in vitro de exrtatos de erva-mate (Ilex paraguariensis) verde e tostada e chá verde (Camélia sinensis). 2005. 120f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. São Paulo: 2005. SIMÕES, C. M. O.; et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6 ed. Rio Grande do Sul: Editora da UFRGS; Santa Catarina: Editora da UFSC. 2007.