Erva

  • December 2019
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  • Words: 1,678
  • Pages: 29
O DIA DE AMANHÃ Sou de um tempo ruim Estava eu no jardim E como amor é âmago que se come O vejo de novo florir. O meu amor passageiro Sou de ruim passatempo Mas dever o tempo inteiro No meu passageiro amrgo. Sou um inverno ruim Amo de o ver a florir Nasço eu Nascem as compostas nuvens E eu as declaro Deus dificilmente. Serei eu Deus ou primeiro as nuvens. Sou de ruim. As nuvens correm ligeiras Mas depois fecho as janelas. Sou de ruim. De tempo.

SOMENTE O LAR Sonho Sonhar com o lar. Sonhar. Andar. Sonhas. Eu sonho Tu sonhas Sonhamos.

SONHAR COM O MEU MUNDO AGORA É um sonho chegar aqui e ver O quê O mundo É assim tão irreal. Não Sou eu que respondo. Sonhar que o sonho é esse Poderia ser responder.

DEUS E O UNIVERSO O Universo É o meio de vermos o modo de sermos iguais. É o verbo do Universo. Assim nos conhecemos. O Universo e eu.

DEUS DE TUDO NO MEU MUNDO Ser assim ser e de tudo ser Ver e de tudo e de tudo ser. De tudo sou. De tudo. De tudo.

SOBRE O MEU AMOR Não sonho com nada Apenas com a palavra mais linda do mundo. O amor É assim tão linda. Faça o favor. Não apenas a palavra amor. Está linda. O meu amor. É linda a linha. Do amor. Sim.

SABER DE TUDO A SI MESMO Conhecer Saber Saber de tudo. Conhecer o mal Falar Estar mal. Esquisito. Falar de si mesmo Piadas. Valor em tudo. Esquecer. Fintar e agarrar. Família. Facto de valor. Estudo.

O MUNDO E A SOLIDÃO A madrugada chega rápido Sem sequer se julgar A madrugada sonha E porque é assim Porque não tem pés asas ou mãos E eu também sou assim O mundo deveria parar. É certo deveriamos ter asas nos pés.

O MUNDO É IGUAL AO MEU MUNDO Estou a ver o lado de fora O mundo de fora de lugar. Mas é preciso vencermos Não é preciso é o mundo ser dado como tal Na realidade ele está vencido É preciso é darmos as mãos. Isto é a ignorância Mas para que tal aconteça O que faz falta. O conhecimento. Então e o poeta luta por isso tudo Não. Mas luta por si mesmo. É assim o mundo Ainda um dia falha.

O VER E O MUNDO DE SER Saber que no mundo existe a justiça E no fundo existe outra missa. É verdade. E como se chama essa justiça Alegria E essa tal missa Tristeza.

A VIDA DE UM FALHADO Sonho que estou no meu mundo Mas no fundo não estou eu está o João. Começo a duvidar da insanidade do mundo E ainda hoje o acho mais obtuso Cada vez mais este se encaixa Num manicómio que anda É maior o andar de ambos Mas não o quero assim. Alguns me olham e sorriem Outros me chamavam de Deus Hoje o sou em mim e isso é bastante. Neles também e isso ajuda no deserto.

O VER DO MUNDO De dia o mundo é uma coisa De noite é uma outra coisa Mas o mundo não é o primeiro Nem é o segundo Nem o que se disser o primeiro Mas é aquilo que é E estar certo assim. O mundo é devedor de si mesmo Mas não o mundo a ser o seu devedor. Isto é nem eu o sei explicar É devedor de si mesmo. Deus e o mundo existe Eu serei o seu rei.

DEUS E A VIRA DO MUNDO Será possível se amar sendo assim tão feio Não sei o final mas eu arriscaria fazer este verso Sem muito problema quem falou aí. Coisas de religião de ensino ou de graúdos Não sei mas nem de tudo querem fazer chocolate. Que se come no futuro Apenas entulho Tudo será mais perto. Bom é verdade. E será verdade no mundo O quê O fazer amor. Não. Será de verdade. Deus atirou a pedra Mas esta saiu errada.

O AMOR DE DEUS NO PRESENTE O mundo nem sempre se acaba por tudo O mundo é bonito mas ouvido Tem um ouvido do mundo. Assim nem sempre é preciso o ver Mas sempre preciso o detonar E não o esquecer porque se o vai ver Por luta por amor e de nascimento. O problema no mundo É o ser morto por gente sem fundo. Ainda existe no mundo o velhaco Esse escouceia o seu espírito afinal. Olho que pensa que não sente Não é de um olho mas de gente. Deus nos uniu havemos de nos unificar.

DEUS Deus Deus em tudo. Deus de tudo.

DEUS E O MUNDO DE TUDO Cedo te enviei um poema Mas mais cedo me acordaste Porque eu não ouvira ainda. Mas cedo me apercebi que tinha um lado Um lado de futuro De esvaziar a fama De chegar para encantar Mas a medo desapareceu Mesmo o dia que chegava. Ainda o sonho ficou longe Mas longe longe de tudo e o mar. O mar e o búzio no fundo O encanto do meu mar.

VERDE ESTAMOS VERDE O soldado aperta a sua garganta No muro que cerca a sua luta Não o vê findar. A luta é bruta. Armas fazem-se e vendem-se E ele sem as vingar. Assim é o mundo. Serão as andorinhas vizinhas de tudo Porque vão e ouvem se não ouvem Porque ouvem se não se matam Porque andam voando espertas O fim da guerra a anunciar Para breve está para isso. Aí grita o soldado E levando a mão ao peito morreu. Se levantou correu e gritou Alguém me matou. E assim socorrendo o dia O dia e o inferno gelaram E fim do dia. A poesia morta.

O OUVIR E O CALAR DO MUNDO Estamos no auge do mundo E que vimos e que ouvimos Nada de especial mas de tudo mal Estando caidos e disso dizendo é normal. Espero no mundo a queda Para melhor pois sempre é assim E a espero de repente Enquanto o diabo esfrega um olho Que o mundo se torne da gente. Assim é deste anormal Pois na vida não se diz és Se o mundo anda tão mal.

VALOR DE ANTEMÃO No mundo a guerra hasteia O fim se premeia e deseja Que o povo fale e vença Que o sofrimento esmoreça Que saltem os grilhões de tudo Que Deus o possa ser e verdade Que a escravatura nos deixe Que a medicina comece Que ao poeta premeie Que tudo seja bem dito Que se saiba que o meu desejo É faça E que isso não é de aprendiz Mas de quem tem o pensado. Deus assim seja louvado.

DEUS E A VIDA NO ALÉM Sonhar com o vento Amar como o vento Disfrutar de tudo Falar com o Sol Acordar devagar Amar de o ver No fundo O entender. Sonho que está no meu paraíso.

SENHOR DE LÁ OUTRA VEZ O mundo se acabou Caiu de lá em baixo Existiu é verdade mas caiu Lá em cima era seu lugar Caiu Catrapum Seu barulho No fundo do precepício. Apareceu São João E disse Caiste é verdade Mas desta vez Nem existo. E assim terminou o mundo Com tudo de fecundo E de sagrado que existe. Deus apareceu e disse Coisas do outro mundo E assim acabou a cena. A cena do mundo existe O mundo é que existe De outrem. Deus e apareceu De novo e disse O mundo de jovem. E assim saiu e correndo disse Adeus.

Deus disse Adeus E catrapum Caiu outra vez nisso.

NASCI DE UM SAPATEIRO Não sei ainda não Não quero ver tanta confusão Da massa do açúcar di feijão e da cachaça Porque tanta maldade se existe partido de graça. Penas que eu penso que tu tens juízo Engano teu Algum tem Mas não vota. Que faz aquele Com os braços abertos Sendo eu Deus. Castigo seu De minha pátria Isso eu ainda tolero. Não a toda a mulher Que nem quer Falar ou ser Inteligente sendo só. De algo se parece o mesmo. Que o mundo saia De rabo cortado Nâo muito Porque não é bonito. Revolução. Revolucionário ou alguém. Pensa Pede teu juízo ainda o tenhas

Serás gente. Não sejas sapateiro.

O AMOR DE UM VADIO Um poema de estudo Acerca de tudo isto no mundo Sem isto ser bonito Se estuda o que não é preciso. Será isso bonito Sim havendo de tudo. E de tudo que significa Deus com juízo. Não é bonito vermos a derrota Mas não é bonito vermos a idiotice da mentira Isso machuca a gente E o pessoal todo doente. Será preciso ser Deus Para se dizer que o mundo anda todo trocado Ou a inexistência da esperança É um facto conseguido. Será necessária a nova escravidão Ou apenas a vemos de outro irmão. Será Deus. Bonito é isso mesmo. Deus e o mundo acabado. Deus e o mundo.

UM DEUS DE MAIS Seu escritor Pegava de novo na caneta e escrevia E que fazia Escrevia. No final da vida Sessenta livros Trezentas poesias 360 total. Sim nada mais é. Escritora. Cara doutora. E assim é o final do poema.

O AMOR DE UM POETA O vermos de si em si Não é em fácil o método O declaro de nascimento Pois algo é de maduro No mundo de termos um furo. O escrever é uma escrita E é tão fácil de ser bonita E o mais importante da vida Que decorra assim na fala E no estudo de outro mundo Assim como na via facilidade E no amor de tudo o resto. Ora escrita tão bonita Já não é precisa. Já eu não presto...escrevia.

O FIM DE AZUL Existe algo pior do que não se ver sendo Deus Ver significado de quê Do que existe Bem depende Algo se vê Por vezes Se conta E todos reflectimos acerca de nossos espíritos. A matéria dada e relida. O amor constante. O amor de Deus.

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