Vale Das Sombras 4

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  • Words: 3,267
  • Pages: 40
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(Ivy Gomide )

Participa ntes: (René Ociné )

(Claudio Cavalcanti ) (Antônio Celso Mendes ) (Wilson R )

(Álex Marcondes )

(Flávio Mello )

(Giselle Sato )

Diego Balin

(Fillipe Jardim )

(Valéria Brasil Callegari )

(Caio Tadeu de Moraes )

Rommel Werneck )

(Paulinho Dhi Andrade )

Gaivota )

(Mariana Lopes )

Thiers )

(Me Morte )

(Adroaldo Bauer )

(Flá Perez )

Emerson Sarmento )

(Rafaela Malon )

Denise Severgnini

(Fabrizio Sampaio da Silva ) (Ruy Villani ) Voltar

Clicando no

vais ao poema do autor.Para retornar aqui,

Créditos: Imagem da capa: http://umanoiteassombrosa.files.wordpress.com/2009/02/gk4_neuschwanstein_1280x10241.jpg

Música de fundo:: Grupo ERA _ Ameno. http://www.youtube.com/watch?v=MQyEyxBut4w

Compilação dos poemas:: Me Morte http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=32883

Formatação do e- book:: http://www.denisesevergnini.recantodasletras.com.br

Marrom Outono discórdia se oferece ciúme tomado cerne na cor legada do outono, que dela se apodera e abate seu pleno vigor botão por desabrochar rosa por todas as pétalas em cumprir no seu natural o eternizar da beleza no próspero de seu amor inverso no irracional ousado que se ignora no rosto deixa a tristeza carinho é metamorfose retalhos do que sonhou

demônio aflorado em si destra marca no esquerdo o olhar que só via vida abdica do brilho sonho caçado por lágrima e dor principia o cair do anjo no ciclo verme do vício o futuro é seu precipício nada é pior agonia do que ter a própria mão plantado o impossível no amor (René Ociné ) Voltar

CONSTRIÇÃO ou Medusa narcísea

Como se fosse sugada, sentiu os músculos do animal que, vagarosamente, centímetro por centímetro a devorava. Nesse momento, o reflexo no lago lhe desvendou a Medusa, a dor dos ossos das pernas e do quadril esmigalhados não mais lhe incomodava... apenas, a formosura de se ver semi-engolida por besta excomungada de tempos bíblicos lhe ameigava. Penteava os cabelos, pois lhe faltavam serpentes.

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(Flávio Mello )

Purificar-se em carne Esqueça, um pouco tudo que te circunda, Essa mágoa, essa dor, essa angustia. Não demonstre a raiva isso te afunda Aja com cautela e afie a faca na fagulha Deixe que os outros também esqueçam O quanto te feriram e se engrandeça Nessa vingança fria, cruel e espessa Que te contamina. Deixe-os dormir e acabe com toda a amarguidão Dilacerando parte por parte de suas peles Ouvindo cada ganido de dor, de frustração. Você se purifica manchando-lhes de sangue as vestes.

Voltar .(Diego Balin )

Prece Apartai de mim todos os excessos! Dos bêbados e os avessos, de sentimentos, poesia e mansidão. Mas particularmente dos bêbados Senhor! Tende compaixão. Apartai de mim os prazeres da gula, meu corpo pede trégua de descanso e compostura Quer viver a totalidade do ser, Sentir dor! Mas muito mais prazer, sem os limites de uma vida imposta. Apartai de mim as mesmices e chatices tolices e idiotices Do medo que aqui me prostra

Livrai-me também Senhor dos istas, dos ismos e principalmente de todos os indecisos! Por fim Senhor, Livrai-me dos decadentes, Dos imorais e inconseqüentes, Isentos de amor e ávidos de desejos. Amém.

Voltar (Valéria Brasil Callegari )

"Capangas Na transparência é que se vê os defeitos - e quem se esconde pode mostrar - se perfeito Então Ele pede aos demônios: "Cacem os anjos coxos, matem os desordeiros que vingam e vagam translúcidos, cacem - os feito sabujos! Destruam os lobos, não os cordeiros, façam meu serviço sujo!".

(Flá Perez )

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PROFECIA . Um dia, tu estarás em pleno choro Sangrando em negras lágrimas a terra As almas do passado em grave coro Declararão a ti a mais suprema guerra O castelo dourado e azul morreu E a vida continua em triste pranto Eis aquilo que nunca se esqueceu E que conduz o azedo e amargo canto Um dia, tu estarás em forte grito Que tingirá de luto o sonho pulcro E assim se cumprirá a tal profecia O futuro será pra sempre aflito Nós que estamos em lúgubre agonia Seremos então um único sepulcro. .

Voltar (2° lugar Concurso do Vale - Rommel Werneck ) -

ABISMO E LAR riscam fagulhas abismo e lar mergulho pássaro abro-me palavra, fogo e luz sedimento de sonho preso em linhas perco-me com passo inerte onde moram as dores onde sucumbem desejos n'aurora do portão rangendo, estavas quebrando ossos esfacelando a alma te vi em lágrima absoluta escorrendo co ‘ a flor vestida de vermelho a sentar pétalas nu braço du ar a bailarina morta estica dedos na palma pede: '..embrulha-me num poema..'?

(2° lugar Concurso do Vale - Gaivota )

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Âmago Analítico . .Ainda que eu Não tivesse o dom de amar ainda que no necrotério de mim mesmo meu sentimento vivo porém inútil não teria tamanha ignorância de não te amar.

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Seria Egoísta dizer que o futuro não chegaria sem você. E no presente Quando nossas entranhas decidem se encontrar... Eu, analista cego do nosso amor, encontro um sereno jeito de revelar: . - Eu te amo! (1° lugar Concurso do Vale – Emerson Sarmento )

I‘ LÓGICO FIM No braço do asfalto procuro razões úmido calor devora-me atrás dos olhos dentro das curvas debaixo das pedras sou desejo piso sombras absorto caminho na língua do absurdo corrompo olhares cruel assassino desejo retalhado mordem-se as bocas lambem-se os sangues eu e minha lógica tão inútil quanto o pássaro preto dormindo u 'negro fio perdido na noite sorrateira esperança borbulha

nos braços do corpo fictício da tua face n'outra face perdi meus beijos vivi meus sons dor rotulante destila êxtases extraídos de algum poema

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(3° lugar Concurso do Vale - Thiers )

DELÍRIO DOMINICAL perdido, vivo inconsciente um demente num sonho desperto a vida é uma constante síncope com ímpetos de lucidez fria todavia, mijo minhas tristezas em terezas, marlenes e marias homúnculo de alma grande gigante de espírito pivete envolto em névoas, me agasalho com um retalho de realidade - maldade que faço com gosto posto que a mim mesmo errado e errante vomito meus olhos ao redor e admiro como é grande a latrina e como não estou sozinho em minha sagrada função de ser merda

vivo e erro ansioso em direção à morte envolto em fumaça de cigarros baratos alimentando-me do próprio sangue infestado de fantasmas passados vaginas pulsantes e vinhos espumantes de alma ausente escorro pelos dias feito pus e bile apenas uma besta, entre tantas, beijando os pés sujos das prostitutas e comendo o cu das mulheres santas.

Voltar (Wilson R )

No espelho partido que reflete nossas almas A eternidade não é mais que um instante

Fome e vícios Tenho fome da tua carne... Tenho sede do teu gozo

Te adoro em silencio Submissa, dócil Indecente delírio Escrava mulher

Só você me sacia plenamente Em todos os sentidos e formas Tenho medo Dos teus vícios Tenho ganas De te devorar Atiça meus instintos profanos Em incontáveis ciclos ... Enfeitiça ! Domina ! Impõe! Redenção!

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E que me importa os conceitos se nosso leito desconhece pudores e limites! Meu dono e senhor... Somos pecado e gula Doce e amargo Fio cortante e aconchego. Toma minha alma de um só gole... Brinca com a agonia A língua chicote fustigando o cio em gozos ... Perdição. (Giselle Sato )

A saga de Ed Gein Da brutalidade, o trauma trouxe a sanha, do baphomet cruel, a triste artimanha de tirar dos corpos recém enterrados as peles, ossos, o sangue, ao passo do que lhe vinha à mente bizarra e insana a voz de sua mãe, que por sangue clama. Era moça, de himeneu intacto, pensava Ed, da loucura achava o fato; porém perdeu-se em descontar tal ira nos semelhantes, numa macabra lira. Cabeças na porta eram enfeite e uma coluna, abajur, pro seu deleite, guardou nove vulvas numa caixa de sapato e uma máscara fez com a pele de um enterrado. CONTINUA...

Violou túmulos, procurando milagres, só achou tristezas junto aos cadáveres, pensou então, já mais do que aflito, realizar seu intento com alguém vivo. Primeiro a garçonete, com tiro alvejada pra garagem, sangrando, ela foi levada. Ed, tamanha a raiva, torturou e matou, aproveitou o cadáver e sua pele arrancou. Fez uma máscara com o rosto da morta e tentou ressuscitá-la na infeliz hora torta. Guardou seus restos, depois da decepção: era só mais um defunto em sua coleção. Outros pecadores, como dizia sua mãe Augusta, estavam à solta, por isso seu frenesi de busca. Pensou em receber melhor o divino erário e pegou de novo sua espingarda no armário. Foi de caminhonete, com sua arma em punho, procurar nova vítima para o demoníaco conluio. Foi direto até a venda da moça Bernice e de um tiro a matou nesta maluquice. CONTINUA...

O corpo dela foi, sem dúvida, o mais chocante; as autoridades se espantaram como nunca antes. Foi encontrada dependurada, como um porco morto, decapitada e dissecada, obra de um anjo louco. Em um gancho ela fedia em plena garagem. Não houve defesa, da piedade nem margem. A polícia desconfiou de dois sumiços assim e, surpresos, chegaram ao pacato Ed Gein. Acharam os mortos e seu circo de horrores, revoltados, impuseram a ele seus pendores. O puseram então preso, mas num manicômio. Dos crimes foi inocentado, era louco o demônio.

(Fillipe Jardim ) Voltar

"E mais não se diga...“ E mais não se diga porque a musa canta encantada estamos todas as pessoas que a ouvimos e vemos que inflama mentes, corações apaixonados e descrentes. Ai! É que vai se fechando o dia, mais um dia. Ai! Ai! É que a vida não espera o ônibus, nem vem o trem e já se vão nos desvãos desvairados diários doídos lidos a contra fluxo, na morte adivinhada do feio, será o renascer do belo. E, por fim: Ai! A vida se esvai, embora se vá com ela em fila. Voltar

(Adroaldo Bauer )

Derradeiro Colapso Civilizatório Saio à luz da rua e recordo o quanto o céu é azul Lembro de como o Sol é brilhante e caloroso, Tal fosse o abraço de uma bela garota Observo crianças brincando nos quintais da rua E os jardins que florescem nesses quintais Lembro como é bom o meu estilo de vida Nuvem à raia do horizonte indica tempestade Igual a um cataclismo marchante Contra a comunitária boa vontade O horror que quebra ações, uma por uma O noticiário grita, entusiasmado: “Bem - vindo ao Colapso!” Na terra da heresia delirante, o casulo chocou! A mariposa da escassez, meus irmãos, ressuscitou! Sobrevoa os campos da subsistência Impregna o pólen da concessão mortal Distribui infertilidade e abstinência Crash! A esperança, na fragilidade do vidro, Se parte em estilhaço fúnebre e seco CONTINUA....

A última grande multinacional acesa Acaba de jogar-se pelo parapeito Dependentes carnais do relógio do declínio A vulnerabilidade sul-americana Finanças do auto-flagelo, de onde se fecha o elo O choque gera um expansivo buraco negro Suga o terceiro plano no mesmo triste fim Do desenvolvimento Uma rede globalizada de ovelhas Esquema pronto para o ciclo viral propagar Produção anestesiada, ninguém quer a demanda Ninguém pode arcar com o produto! O mercado da cúpula está atraindo o Mal Nós, pobres coitados, também vamos Compartilhar o baixo-astral Contrair a guilhotina sanguinolenta Que executa sem escrúpulos a renda per capita Crash! Crash! Crash! CONTINUA...

O pão de cada dia inflacionou! FMI não está mais ao dispor! O sonho do consumismo se concretizou! Vogai por vos, bancos da lepra estadunidense Pressão que esmaga os ossos do IDH e do patrimônio Blasfêmia! Consumo predatório dos recursos naturais Superabundância infinita não existe mais Estimado barril de líquido tétrico No final das contas, o petróleo era fonte esgotável O capitalismo experimenta as chamas do Inferno Pena que fomos costurados aos indigestos Líderes em missão diplomática Discutindo o absurdo do mundo Os passos da humanidade em trabalho porco Declara-se da sede outra vã G8 Crash! Crash! Crash! O pão de cada dia inflacionou! FMI não está mais ao dispor! O sonho do consumismo se concretizou! CONTINUA...

Crise econômica internacional, perdoai os nossos pecados Astronautas no espaço, tocando Deus, re-erguendo a torre Acelerador de partículas para a curiosidade mimar E onde estão as sobras para matarmos a miséria e a fome? Crise econômica internacional, perdoai os nossos pecados Sem emprego ou esperança para seguir em frente Ex-cidadãos vestidos de melancolia e trapos Vamos vender a alma ao Diabo! Crise econômica internacional, perdoai os nossos pecados Ao exemplo do Iraque (esgotado), declarar guerra ao Vaticano E solucionar o problema usando do sagrado tesouro Crise econômica internacional, perdoai os nossos pecados Vamos vender todos os nossos móveis, todos os nossos bens Todos os nossos órgãos, toda a nossa carne Todos os nossos santos, todas as nossas emoções Para sanar o débito do Juízo Final CONTINUA...

Crise econômica internacional, perdoai os nossos pecados Dinossauros, vocês falharam conosco Crise econômica internacional, perdoai os nossos pecados Amaldiçoada seja a mariposa! Crise econômica internacional, perdoai os nossos pecados Graças aos céus, ainda nos resta o mercado bélico Amém! Crash! Crash! Crash! O pão de cada dia inflacionou! FMI não está mais ao dispor! O sonho do consumismo se concretizou! Oh, oh, oh Yeah!

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Agora tenho certeza, irmãos e irmãs, estamos no século XXI (Caio Tadeu de Moraes )

Minha morte Cava-me a alma retirando-a de meu peito. Beija meus lábios gelados amansando-me ao leito. Chegaste pura e simples há tanto esperada. Meu medo a ti não resiste vem, adormeça minh ’ alma. Por não me negar teus sonhos, gritei mil dores emprestadas. Agora sem dor alguma me entrego de boca calada. Ao fechar-me a luz dos olhos Darei início à minha jornada.

(Paulinho Dhi Andrade ) Voltar

Anjos O silêncio de cada canto Suaviza toda uma eternidade. Os códigos ainda não foram decifrados E a vida continua a mesma. Nossos olhos são unicamente coloridos Pela vida pós morte que temos. Nossas amas são feridas anti-voo Geneticamente alteradas ao vento. Somos soldados de um poder imenso Modestamente modificado aos poucos Os atos são planos não-bonitos E queremos fugir, FUGIR.

CONTINUA...

A vontade é controlada pelo impulso de sermos servos Temos vontade imprópria de sermos cegos Sabemos controlar qualquer vidinha fútil Mas consciente somos do que fazemos.

Não recebemos asas Somos manipulados e sujos Não cremos em deus algum E ainda somos anjos.

(Mariana Lopes ) Voltar

Meninos e Meninas Os teus motes já não são tão criativos Teus motivos se perderam com o vulgo E teu jugo, por mais que te pese em vivo É inativo, é só temporal, passável Fugidio como seriam as serestas Onde te prestas p ‘ ruma arte primitiva. Não serei eu a ficar sob tua janela E sob ela a recitar mesmices Ofereço, escondido e sem crendices Sem remessas ao jogo da sedução Um carinho do qual sei... agora não Mas um dia, se acaso refletires Sob a íris de um olhar mais detalhado Vais deixar o que era torpe para o lado CONTINUA...

E investir na omoplata que te aguarda E te guarda nos momentos sem libido Estes sim, que nos relembram tempo ido E as músicas que nos embalaram tanto. Foi-se o tempo, vai-se a hora, mas o encanto Dessas singelezas pobres, pequeninas Nos remetem aos meninos e meninas Que já fomos, inda seremos se quisermos.

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(Ruy Villani )

LEVANTE DA LETRA...

Corrói a fuligem n’alma aberta destampa sentidos esboça sorriso fecha-se a porta um livro de cores página sedenta rascunho híbrido já não se suporta voz de seu próprio desejo toca em arpejo aban do no abandonos caí a letra descoberta em si, por si cria coragem Voltar

(Ivy Gomide )

A verdade oculta É difícil tentar não desistir quando se tem tudo a perder Quanto mais se é otimista mais coisas ruins parecem acontecer Quando se deixa o ódio lhe controlar a luz parece me libertar Como se os dois travassem uma luta para ver quem consegue me consumir. As pessoas são estranhas, correndo atrás de coisas que não conseguem, esquecendo o que elas já conquistaram Se iludem dizendo que a esperança é a ultima que morre, sem saber que as vezes ela chega a falecer. Elas enchem sua cabeça de mentiras porque não se conformam com a verdade, não querem reconhecer seu fim, medo de voltar a se deprimir Portanto tente sair do seu próprio “inferno” e procure seu lugar no “Paraíso”, a vida para alguns é dolorosa e é preciso se acostumar com a dor, ou então, encha sua cabeça de mentiras.

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(Claudio Cavalcanti )

Me Permitindo Quando embolsei tuas flores, Mesmo mergulhada na escuridão, Vi um deslize em meus braços, Abrindo-se para a multidão. Por muito tempo, penetrei lacuna adentro, Permitindo apenas o alento, Onde mais ninguém pudesse passar, Agora quebrado por seu sentimento. Estou me permitindo neste momento, Permitindo que entre o alimento, Da alma que pousava em retiro, Da vida que por breve tinha sumido. sumido

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Rafaela Malon

Lápide do cemitério evangélico de Lomba Grande _ Marcelo Pacheco

Meu Breu Meu quarto escuro adentrou a noite Lacrando a vida Apenas breu Apenas eu O olhar negado pela obscuridade Me interrompe A imóvel espera Do ressuscitar É a esperança-luz-porvir Numa fresta de janela Que não sei se há Atento Aguardo Me guardo Talvez prossiga

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(Antônio Celso Mendes )

Vampira O vento soprante esfriava a noite o horizonte seduzia olhares mortos era anil e claro o manto estelar não sei se poderia ser melhor... A lua gigante e majestosa surgia aquele clarão nos capturava obscuramente o que na escuridão eu não via avistava sob o esplendor da pérola celeste... ...Seu rosto, o ápice de meus desejos o primeiro suspiro de meu amanhecer noturno o brilho lunar descobria aquelas trevas de ti e meu transe volúpia foi por completo

sob teu manto eu me guardo mas em teu leito eu vivo em teu beijo eu me entrego... ...em teu colo eu amo Vampira ! Sois as colunas do meu castelo! o vigor de minha pós-morte... ...rende-se agora a tua sorte amansa-me com tuas mãos de anjo... longe de mim tudo que seja distante de ti! longe de mim tua ausência e tua inexistência se não estiverdes eu me sumirei se não exististes, serias minha loucura para todo sempre

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(Fabrizio Sampaio da Silva )

Meus Olhos Tristes Ultimamente, tenho reparado nos detalhes do meu rosto Cada aspecto, cada linha, cada pedaço E percebo que odeio meu olhar indisposto Aonde enxerga-se apenas todo esse imenso cansaço O que me deixa ainda mais curioso É não saber por que essas incrédulas janelas são assim Meu rosto poderia ser doce, vivo e amoroso Mas sou obrigado a contentar-me com o nada, enfim Quando olho no espelho Sinto os palpitares de tristeza a doer “Feche os olhos” seria um bom conselho “Não esqueça de abri-los” para lembrar-se de continuar a viver Ah!,meus olhos tristes Que beleza, que tristeza possui teu olhar Meus lindos olhos tristes Em nenhum outro lugar você os irá encontrar. Voltar (Álex Marcondes )

Dai-nos A noite corria pela janela E os anos pelos meus dedos. Enquanto milhares Oravam a Ave Maria, Eu me prostituía, Com a cara e coragem... E amontoava o pão de cada dia. Profana sacanagem. Que bobagem!

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(Me Morte )

Poema intrometido

Romanesco

Oh!Amada dos brunos espectros! Solfejo-me em teus sons obsoletos Nada oblatas a mim. Teus estros Obliteram meus escritos completos

Idolatro-te na pulcra paisagem Negas-me teu ósculo pervertido Espero-te dama de cortês linhagem Não chegas... Sal do meu olhar vertido

Sou uma sombra sem lucidez Romântico em minhas quimeras Bordo constelações em tua tez Utopias de arcaicas primaveras

Divina dama de funéreas vestiduras Alça voejo de teu torreão aprumado Digna-te a oferendas de tuas ternuras Sou um reles cavalheiro apaixonado!

Denise Severgnini Voltar Denise Severgnini

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