O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares – Metodologias de Operacionalização I
Formando Francisco Jardim Abreu “La escuela debe fijar como objetivo acercar el libro al niño y enseñarles a utilizarlos adecuadamente, manejar sus índices, consultar enciclopedias, buscar una información determinada en los distintos libros de la biblioteca”
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“O propósito da auto-avaliação é apoiar o desenvolvimiento das bibliotecas escolares e demonstrar a sua contribuição e impacto no ensino e aprendizagem, de modo a que ela responda cada vez mais às necesidades da escola no atingir da sua missão e objectivos.” Texto da sessão, pág.3
Dominio seleccionado
Durante os últimos anos, foram lançadas em escolas e bibliotecas escolares, diversas actividades de animação relacionadas com a promoção do livro e o gosto pela leitura. Contudo, a maior parte dessas intervenções, são isoladas e não revelaram continuidade ou coerência. Por outro lado, a avaliação que tem sido feita dessas actividades, foi pontual e pouco rigorosa. É importante avaliar com continuidade, até que ponto as actividades e estratégias desenvolvidas foram ou não adequadas para a promoção da leitura e qual o impacto que o trabalho da biblioteca teve nas competências dos alunos, no âmbito da leitura e literacias. Sabemos que o caminho para a aquisição de uma competência sólida, neste domínio, é longo e difícil de trilhar. A avaliação constitui uma oportunidade para realizarmos uma auto-crítica e para reflectirmos sobre o que podemos fazer para despertar o interesse dos nossos alunos pela leitura. Analisemos também até que ponto somos nós próprios, professores ou pais, um exemplo de leitores apaixonados. Considero que só podemos transmitir aquilo que também sentimos, o que nos entusiasma e faz vibrar, só a nossa paixão pela leitura pode criar verdadeiros leitores. Entretanto, nas salas de aula, alguns professores ainda utilizam métodos inadequados para promover a leitura, não praticam um ensino individualizado e não dão oportunidade para a leitura livre, espontânea, informal (sem pedir em troca o resumo ou a ficha de leitura). A família, a escola e, em particular, a biblioteca, devem assumir o seu papel de agentes de promoção da leitura e literacias de informação. Todos os instrumentos e estratégias de animação (horas do conto, oficinas, encontros com autores, feiras do lvro...) são positivas, embora tenham de ser enquadradas num projecto mais amplo, coerente e continuado em que se definam objectivos e estratégias.
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A leitura deve ser encarada como um processo complexo e de capital importância ao longo de toda a escolaridade. A influência dos problemas relacionados com a leitura (compreensão do texto, fluidez..) no fracasso escolar dos alunos é transversal e conhecida. Deste modo, assume particular importância o trabalho da biblioteca escolar neste domínio, a necessidade de
desenhar e desenvolver um projecto de leitura em que se dê
protagonismo absoluto à biblioteca escolar como centro de aprendizagens e ferramenta imprescindível para descobrir o prazer de ler. A promoção da leitura é uma tarefa complexa que terá mais sucesso se constituir um esforço conjunto e totalmente coordenado de todos os intervenientes, pais, professores, animadores e bibliotecários.
Problema/Diagnóstico A biblioteca escolar deve contribuír para desenvolver nos alunos diferentes competências de aprendizagem que conduzam ao sucesso educativo. Se considerarmos que a leitura ocupa um lugar crucial nos “curricula” e sabendo que o caminho para adquirir uma competência sólida, é longo e complexo, pretendeu-se, por tudo isto, medir os “outcomes” neste domínio. Avaliar se as actividades desenvolvidas para promover a leitura têm sido suficientes, adequadas e qual o impacto que o trabalho da biblioteca tem nas atitudes e competências dos alunos no âmbito da leitura e literacias.
Domínio B – Leitura e Literacia Indicadores
Factores Críticos de Sucesso
Recolha de Evidências/Instrumentos
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A BE disponibiliza uma colecção variada e adequada aos
B.1. Trabalho da BE ao serviço da gostos, interesses e necessidades dos utilizadores. promoção da leitura na escola/agrupamento.
Estatísticas de requisição/uso de recursos relacionados com a leitura. Registo de livros e outros materiais adquiridos.
A BE incentiva o empréstimo domiciliário.. Registo de utilização informal da BE. A BE incentiva a leitura informativa, articulando com os departamentos curriculares no desenvolvimento de actividades de ensino e aprendizagem ou em projectos que incentivem a leitura. Desenvolvimento de acções implicadas na implementação do PNL.
A BE desenvolve actividades no âmbito da promoção da leitura.
Actividades de leitura diversificadas (encontro com escritores, feira do livro, sessões de leitura…) Documentos e recursos de apoio produzidos pela BE. Requisição de livros do PNL Blog “Leituras da Mergulhão”. Clube de Leitura. Utilização da BE para actividades de leitura programada/ articulada com outros docentes.
A BE explora contextos inter e transdisciplinares e associa um conjunto diversificado de actividades à leitura com o objectivo de desenvolver a oralidade, a escrita e as restantes literacias associadas.
Leituras e pesquisa utilizando a web; pág do agrupamento, blog, site do livro digital… Encontro com Rita Sobral (pré-escolar)
A BE promove encontros com escritores ou outros eventos culturais que aproximem os alunos dos livros ou de outros
fotografias
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materiais/ ambientes e incentivem o gosto pela leitura.
B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da litercia.
Questionários aos alunos e professores.
Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura. Os alunos usam a biblioteca para ler de forma recreativa, para se informar ou para realizar trabalhos escolares.
Estatísticas de requisição domiciliária.
Trabalhos realizados pelos alunos na BE ou em sala Os alunos, de acordo com o seu nível de escolaridade, de aula manifestam progressos nas competências de leitura, lendo mais e com maior profundidade. Os alunos desenvolvem trabalhos onde interagem com equipamentos e ambientes informacionais variados, manifestando progressos nas suas competências no âmbito da leitura e das literacias. Os alunos desenvolvem trabalhos onde interagem com equipamentos e ambientes informacionais diversos.
Questionário aos alunos e professores.
Os alunos participam em diferentes actividades associadas à promoção da leitura (resultados em diferentes suportes). Blog da BE.
Planificação da recolha e tratamento da informação
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INDICADOR B1
Recolha Evidências
Calendarização
Intervenientes
Planificação da recolha e tratamento de dados - Observação de alunos em trabalho na BE;
-Inquéritos;
1º, 2º e 3ºPeríodos
-Questionários aplicados professores e alunos;
a
Coordenador da BE
-Professores colaboradores
-Registos das actividades;
da
-Análise das estatísticas de utilização da BE para actividades desenvolvidas no âmbito da leitura; Trabalhos realizados pelos alunos (BE ou sala de aula); Recolha e análise dos questionários aplicados;
-Docentes -Estatística domiciliária;
- Análise das estatísticas de requisição domiciliária;
requisição
Registos de reuniões informais com docentes ou outros membros da comunidade
-Alunos
-Registos fotográficos;
moodle e blog
Recolha Evidências
Calendarização
Intervenientes
Planificação da recolha e tratamento de dados
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INDICADOR B3
Observação de alunos em trabalho na BE (grelhas); 1º, 2º e
Inquéritos;
Coordenador da BE
3ºPeríodos Questionários aplicados professores e alunos;
a
Análise das estatísticas de utilização da BE para actividades desenvolvidas no âmbito da leitura; -Professores colaboradores
Registos das actividades;
Estatística domiciliária;
da
requisição
Análise das estatísticas de requisição domiciliária;
Observação do ambiente de trabalho nas várias BE do agrupamento; Trabalhos realizados pelos alunos (BE ou sala de aula);
-Docentes
Recolha e análise dos questionários aplicados; Memorandos de reuniões informais com docentes ou outros membros da comunidade.
-Alunos Registos fotográficos;
moodle e blog
Etapas do Processo de Auto-Avaliação da BE
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Etapas do processo
Intervenientes
Calendarização
Avaliação diagnóstica, elaboração do perfil da BE e selecção do domínio a avaliar.
Equipa BE
Dezembro de 2009
Elaboração do Plano de Avaliação com o apoio da Direcção Executiva.
Coordenador
Dezembro 2009- Janeiro 2010
Divulgação do Plano de Avaliação ao Conselho Pedagógico. Elaboração dos instrumentos e Recolha de evidências.
Direcção Executiva Coordenador
Janeiro 2010
Conselho Pedagógico Equipa da BE
Janeiro a Maio 2010
Alunos Professores Encarregados de educação
Tratamento e análise dos dados recolhidos: identificação dos pontos fortes e fracos; benchmarks (relação com os standards de desempenho), definição de níveis de desempenho e perfil da BE
Equipa da BE
Janeiro a Junho 2010
Elaboração do relatório
Coordenador
Julho 2010
Reunião com a Direcção Executiva para avaliação dos resultados obtidos e definição de acções para a melhoria
Coordenador
Apresentação do relatório ao Conselho Pedagógico e definição de acções para a melhoria
Direcção Executiva
Julho 2010
Coordenador
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Conselho Pedagógico
Julho 2010
Conselho Geral de Escola Julho a Setembro 2010 Divulgação do Relatório de Avaliação da BE
Coordenador
Apresentação do Plano de desenvolvimento estratégico da BE (plano de melhoria)
Coordenador
Setembro / Outubro 2010
Conselho Pedagógico Conselho geral
Constrangimentos: A falta de tempo para desenvolver um trabalho com qualidade. A falta de recursos humanos (Equipa BE) Dificuldade em envolver os intervenientes. Bibliografia
Basic Guide to Program Evaluation, disponível em: http://managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm
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Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar disponível em: http://www.rbe.min─edu.pt/np4/?newsId=31&fileName=mod_auto_avaliacao.pdf Texto da sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I)
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