State3_origem De Um Movimento A

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A Família Internacional

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A Origem de um Movimento: De “Os Meninos de Deus” a “A Família Internacional”

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esde os seus primeiros dias, em 1968, a história do grupo cristão A Família Internacional [A Família] — tem se mantido bem longe de ser monótona. Nossos membros se espalharam pelo globo levando a mensagem do Evangelho por meio da literatura, da música e de produções educacionais em multimídia em mais de 100 países, enfrentando, ao mesmo tempo, os desafios de construir uma irmandade cristã autônoma, ensinar aos filhos em casa e ajudar os carentes por meio de trabalhos sociais e esforços humanitários em calamidades. Já no seu início, A Família se viu às voltas com muita polêmica, quando seus zelosos integrantes “hippies” faziam demonstrações com faixas enormes em protesto contra os males da guerra e contra a injustiça, convocando as pessoas a retornar à fé e ao estilo de vida dos primeiros cristãos. O tom intransigente dos escritos do nosso fundador, David Brandt Berg, e seus métodos não tradicionais de pregar e demonstrar o Evangelho captaram a atenção da imprensa e da comunidade acadêmica em todo o mundo. Este é um breve relato da história do movimento e os principais eventos envolvendo seus integrantes que têm devotado suas vidas como missionários para levar as Boas Novas para seus semelhantes. w w w

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Nosso fundador, David Brandt Berg (1919–1994)

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avid Brandt Berg fundou e liderou a Família até sua morte. Trabalhando sem vínculo com as principais denominações estabelecidas, atraiu, ensinou e inspirou milhares de pessoas, na sua maioria jovens adultos, que manifestavam não ter interesse pelo cristianismo tradicional nem

tinham planos de dedicar seu tempo integral a uma obra “missionária”. Conhecido pelo público por “Moisés David” e mais tarde por “Pai David”, era também chamado afetuosamente pelos membros da Família de “Tio Dave,” “MO,” ou “Papai”, nasceu em 1919 em Oakland, na Califórnia, filho de Hjalmer e Virginia Berg. David tinha uma herança cristã riquíssima. Muitos de seus antepassados, inclusive seus pais, eram cristãos altamente dedicados que desafiaram as convenções de seus dias. Do lado materno, eram judeus alemães convertidos ao cristianismo em meados do século 18, quando passaram a integrar a “Igreja dos Irmãos” (Dunkards, em alemão), uma ramificação da Igreja Luterana. Por causa de perseguições perpetradas pelo Estado, a família Brandt migrou para os Estados Unidos em 1745. A conversão do avô de David, o escritor e palestrante dr. John Lincoln Brandt (1860–1946), deu-se de forma dramática quando este tinha pouco mais de 20 anos de idade. Tornou-se pastor metodista itinerante e, mais tarde, líder do movimento iniciado por Alexander Campbell (conhecido por Igrejas de Cristo e Discípulos de Cristo). John Brandt construiu e pastoreou 50 igrejas nos Estados Unidos e uma na Austrália. A mãe e o pai de David também foram pastores e evangelistas dos Discípulos de Cristo, mas foram expulsos da denominação por insistirem em testificar a cura milagrosa de Virgínia, algo que contrariava os dogmas da igreja. (Leia o livro de Virginia Brandt Berg A Orla do Seu Manto, no qual relata sua cura.) Ambos passaram a trabalhar com a Aliança Cristã e Missionária, ainda que, muitas vezes, atuando como pastores e evangelistas independentes. Virginia Brandt Berg (1886–1968) foi uma das evangelistas de maior destaque de sua época. ST003–0401

A origem do nosso movimento: Os Meninos de Deus

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Copyright © 2004 por A Família Internacional

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grupo Os Meninos de Deus enquanto organização foi abruptamente dissolvido em fevereiro de 1978. Relatórios de má conduta, irregularidades na gestão financeira e abuso de poder da parte de muitos líderes constituídos levaram David (hoje comumente chamado Pai

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O fim de uma era

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m meados da década de 1960, David começou a viajar com sua esposa e quatro filhos adolescentes realizando um trabalho evangelístico e deram início a um pequeno esforço de evangelização ao qual denominaram “Teens for Christ” (Adolescentes por Cristo). No início de 1968, a convite de sua mãe já idosa, David e família foram para Huntington Beach, Califórnia, uma cidade costeira que havia se tornado ponto de convergência de milhares de hippies e surfistas que haviam se desligado do Establishment, ou seja, da estrutura da sociedade dominante. E foi ali, entre a juventude da contracultura dos anos 60, que David encontrou sua vocação e surgiu a famosa “Revolução por Jesus”, a qual se alastrou por todo o Sul da Califórnia e, depois, em todo território dos Estados Unidos. David, esposa, filhos e outros que eles haviam conquistado para o Senhor alcançaram os jovens radicais de Huntington Beach que passaram a lotar uma cafeteria que lhes fora cedida, à qual chamavam de Light Club (Clube da Luz). A mensagem de Jesus desvinculada da religião organizada atraiu os hippies radicais rebeldes contra o Establishment. Um grande número de jovens vivenciou mudanças dramáticas ao crer e receber Jesus. Muitos destes abandonaram suas vidas que giravam em torno das drogas e do álcool para se unirem a David e sua família em seus esforços de evangelização. David começou a dar aulas sobre a Bíblia no Clube da Luz usando um linguajar e métodos revolucionários com os quais a juventude não conformista pôde se identificar. Isso se tornaria sua marca. Os estudos das profecias bíblicas nas quais foram preditos os eventos que precederiam a segunda vinda de Jesus despertaram o interesse dos

hippies e o ensinamento de que estamos vivendo no que a Palavra de Deus chama “O Tempo do Fim” se tornou um dos temas principais da mensagem do movimento para o mundo. Em 1969, conforme o grupo se expandiu e começou a viajar em um grande comboio de veículos e trailers pelos Estados Unidos, levando o Evangelho aos jovens em todo o país, um jornalista de um jornal de Camden, New Jersey, escreveu um artigo no qual chamou aqueles jovens cristãos e seu líder de “Moisés e Os Meninos de Deus”. A imprensa deu eco aos cognomes pouco depois adotados pelo grupo. Um outro repórter, de um programa da rede de televisão NBC denominado First Tuesday (Primeira Terça-Feira) após assistir a uma reunião ao ar livre, descreveu Os Meninos de Deus (MDD) como “portadores da Palavra, peregrinos e entusiastas”. Um outro artigo, publicado na revista Newsweek foi taxativo: “Reconheço que o que os MDD estão fazendo por esses jovens está muito além do que o dinheiro pode comprar.” Os Meninos de Deus continuaram seu movimento missionário ativo e, durante sua primeira década de existência, muitos dos seus membros deixaram os EUA para estabelecer postos missionários em todo o mundo. Em 1977, havia 741 comunidades dos Meninos de Deus distribuídas em 73 países. Nesses curtos nove anos de existência, o grupo distribuiu 306 milhões de exemplares de literatura do Evangelho e guiou 1,5 milhão de pessoas a Cristo. Na Europa e na América do Sul, o grupo se tornou famoso quando sua música conquistou as massas, e suas bandas assinaram contratos com importantes gravadoras e realizaram shows para grandes multidões, especialmente na França e no Brasil. Com um repertório eclético que incluía de números de rock denunciando a hipocrisia das estruturas sociais a baladas sensíveis sobre o amor de Deus, nossos compositores e músicos criaram um acervo que se tornou uma importante parte da nossa cultura e um meio poderoso para levar a mensagem ao mundo.

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David acompanhou os pais no trabalho de evangelização durante grande parte da infância e da adolescência. Ele também foi ordenado ministro da Aliança Cristã e Missionária. Durante os anos em que trabalhou como pastor e evangelista, convenceu-se da ineficácia de boa parte das igrejas tradicionais organizadas de seus dias e suas práticas, ao qual ele denominou “igreijerismo”. Por fim, concluiu que a verdadeira Igreja são os cristãos genuínos que crêem em Deus e seguem Jesus — os nascidos de novo, os salvos que formam o Corpo de Cristo — não um prédio, uma denominação nem uma religião (“Igreja” parágrafo 3).

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David) a exonerar toda a liderança e deflagrar a dissolução geral de toda a estrutura dos MDD vigente na época. Ele havia confiado e delegado a administração do grupo a pessoas que fizeram mau uso de sua autoridade. A mudança radical ficou conhecida como a RNR, sigla para “Reorganization Nationalization Revolution” (Revolução da Reorganização e Nacionalização). Ao todo, mais de 300 líderes foram sumariamente demitidos. Um terço da população do movimento escolheu deixar o grupo e aqueles que desejavam servir o Senhor com o Pai David formaram um novo movimento denominado “A Família do Amor”, o qual mais tarde passou a ser conhecido simplesmente por “A Família”. David e sua esposa, Maria, reorganizaram e treinaram a liderança do topo e cada comunidade teve de eleger novos pastores. Em um esforço para reduzir a dependência do movimento da liderança norte-americana, um membro da equipe de pastores de cada comunidade precisava ser nacional do país no qual a mesma se encontrasse estabelecida.

“A Família do Amor”

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eagindo ao estilo rígido de liderança na estrutura dos Meninos de Deus, a Família do Amor se caracterizou por uma supervisão muito mais relaxada de seus integrantes. Cada comunidade era administrada segundo um modelo de auto-gestão e de forma muito autônoma. Os líderes eram eleitos pelos votos dos integrantes da comunidade e sua permanência era confirmada semestralmente também por voto. Os novos líderes eram chamados “servos” para enfatizar que seu papel era de prestar um serviço aos demais membros da comunidade, não administradores autoritários nem “dominadores dos que vos foram confiados” — como infelizmente muitos dos seus antecessores tinham sido — mas servindo de “exemplo ao rebanho”, ou seja, servos ternos e dedicados (1 Pedro 5:3). Em conseqüência do vácuo deixado pela remoção dos antigos supervisores e pela saída de um terço dos seus integrantes, o movimento vivenciou um período de grande independência dos membros, falta de supervisão direta e uma relutância generalizada das comunidades de se comunicarem e cooperarem entre si. Entretanto, os membros da Família mantiveram seu zelo missionário e o desejo ardente de evangelizar o mundo. Sem as

influências restritivas anteriores e sem um controle no nível local, os integrantes da Família gozavam de uma liberdade muito maior para seguir o Senhor segundo sua fé e convicções pessoais, tal como David havia originalmente tencionado que fizessem.

“A Lei do Amor”

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ouco antes desse período da história da Família, após muito ponderar as Escrituras, o Pai David concluiu e propôs o conceito teológico segundo o qual amar a Deus acima de tudo e nosso próximo como a nós mesmos é o cumprimento maior das leis bíblicas, inclusive dos Dez Mandamentos, conforme explica Mateus 22:37-40: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.” Nesse período, David publicou muito mais Cartas que fundamentaram a postura teológica da Família com respeito à natureza da sexualidade humana, nas quais a definiu como uma criação de Deus, pura, necessária e que deve ser praticada conforme Suas determinações. Chegou à conclusão que a sexualidade não seria inerentemente má aos olhos de Deus e que relações heterossexuais praticadas em amor por adultos, por espontânea vontade, mesmo fora dos limites do matrimônio, são lícitas, desde que as outras pessoas imediatamente afetadas pelas ações não sejam magoadas. Como era de se esperar, tais conceitos foram de encontro à postura conservadora da maioria das denominações cristãs com relação à sexualidade.1

“A pesca coquete”

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m parte, em função do contexto de liberalidade sexual prevalecente no início da década de 70, o Pai David lançou uma forma mais íntima e pessoal de evangelização, à qual a adesão era estritamente voluntária, conhecida como “A Pesca Coquete” ou “FFing” — forma abreviada do termo em inglês “Flirty Fishing”. A proposta era ousada: tal como Jesus é a manifestação física e a personificação do amor de Deus para a humanidade, nós, por sermos cristãos, temos a responsabilidade

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Para mais detalhes, leia a declaração doutrinária “A Lei do Amor — O Princípio-guia de A Família Internacional”

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Palavra de Deus aos outros, aproveitando oportunidades de alcançar mais pessoas do que seria possível pelo ministério altamente personalizado do FFing. Isso aconteceu no mesmo momento em que a AIDS começava a se alastrar pelo mundo — um outro indicador de que deveríamos reconsiderar nossa postura de permitir a interação sexual de nossos membros com pessoas de fora das nossas comunidades. Apesar de não mais praticarmos a Pesca Coquete, ainda acreditamos na validade dos princípios escriturais que a fundamentavam.

Novos ministérios

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m novembro de 1978, os que se opunham aos novos movimentos religiosos (NMRs) tentaram aproveitar-se da tragédia de Jonestown para incitar o público e a mídia a adotar atitudes hostis com respeito a todos os NMRs. O preconceito extremado e as hostilidades contra os NMRs se espalhavam e eram alimentados pelos meios de comunicação. Por isso, em janeiro de 1979, o Pai David publicou uma série de Cartas intitulada “Nacionalizem-se, Reorganizem-se e Protejamse”. Nessas Cartas, propôs diversos passos que a Família deveria adotar para se adaptar às condições da época. Sua proposta sugeria que os membros da Família se envolvessem mais com as comunidades onde viviam e renunciassem os métodos e maneirismos de sua herança hippie que pudessem ser mal interpretados. Uma dessas medidas era a divisão das comunidades da Família em unidades menores (lares). Isso também despertou os integrantes da Família para novas formas de evangelização, as quais passaram a ser adotadas paralelamente à distribuição de literatura nas ruas, até então um dos principais métodos de disseminação da mensagem. Alguns membros desenvolveram abordagens de evangelização para as massas pela rádio e televisão. Um trabalho desenvolvido para a rádio, denominado em inglês Music with Meaning (MWM) deu origem a programas irmãos em espanhol, francês e português, este chamado “Música com Sentido”. Os programas eram promovidos e transmitidos gratuitamente por centenas de estações de rádio em todo o mundo. MWM e seus pares desfrutaram de um enorme sucesso e obtiveram reações favoráveis do público, especialmente de alguns países até então fechados para o Evangelho, tais como a China. Nas Filipinas, a Família produziu para a televisão um seriado infantil de marione-

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de dar aos outros um exemplo vivo do grande e amplo amor de Deus. Ainda que o sexo não esteja direta nem forçosamente ligado ao amor, trata-se de uma necessidade humana inegável e que boa parte da humanidade equipara ao amor. Portanto, o Pai David propôs que os limites de expressar o amor de Deus aos outros poderiam, em certas ocasiões, se estender além da mera demonstração de bondade e da realização de boas ações. A seu ver, para aqueles que estavam em grande necessidade de amor físico e afeto, o sexo poderia ser usado como evidência do amor do Senhor por eles. “Se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz; aquentai-vos e fartai-vos, mas não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?” (Tiago 2:15-16). A motivação, o princípio mestre e o raciocínio que orientava o ministério de FFing eram que essa prova de amor abnegado poderia ajudar alguns a melhor aceitar e entender o grande amor de Deus por eles. A meta era que as pessoas viessem a crer e receber a dádiva de amor que é a salvação que Deus oferece ao mundo por meio do Seu Filho, Jesus, que deu a vida por todos. David acreditava que esse seria o único método por meio do qual muitas pessoas encontrariam o amor do Senhor e a salvação. A correlação entre o amor espiritual de Deus e a manifestação física do mesmo não foi entendida ou bem recebida pelas principais denominações cristãs, segundo as quais a “sexualidade” e “Deus” são dois conceitos que raramente ou nunca se associam. Alguns círculos religiosos podem chegar a dar a impressão que o sexo é do Diabo e não é parte do plano de Deus para o homem. Apesar de essa liberalidade sexual expressa nos escritos do Pai David ter enviado ondas de choque pela imprensa e pelas instituições religiosas em todo o mundo, muitas pessoas, a maioria das quais jamais freqüentaria uma igreja, foram alcançadas e conquistadas para Cristo por essa abordagem aberta, humildemente franca e íntima de evangelização. O FFing provou ser tremendamente frutífero e foi efetivamente usado como um método de evangelização na Família por quase dez anos. O resultado foi que mais de 100 mil pessoas receberam a dádiva de salvação por meio de Jesus, algumas das quais optaram pela vida de discípulo e missionário. Em 1987, a Família suspendeu a prática do FFing para enfatizar outros meios de ministrar a

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tes chamado The Luvetts que ganhou o Prêmio Nacional da Criança Católica. Também no início dos anos 80, muitos membros e comunidades deixaram os países desenvolvidos do Ocidente para se dedicarem a novos esforços de evangelização na Índia, Sudeste Asiático e Extremo Oriente. Em meados da década de 1980, as comunidades de músicos começaram a produzir fitas cassetes com música inspiracional para distribuição. Os ilustradores e escritores da Família criaram pôsteres em cores com mensagem do Evangelho. A produção e a distribuição de vídeos abriram um novo segmento de evangelização. A criação e distribuição de literatura em si se tornaram atividades em tempo integral, para as quais foi criada uma estrutura que garantisse a tradução, produção e distribuição de materiais em muitos idiomas e em muitos países.

Atenção às nossas crianças

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a segunda metade dos anos 80, em função do amadurecimento dos seus integrantes, o centro das atenções do movimento passou a ser a família e as crianças, provocando uma convergência de recursos para o cuidado e a educação das mesmas, evidências do que se acumulam no conteúdo das fitas, CDs, vídeos e livros hoje distribuídos para o público. Foi empreendido um grande esforço para que cada comunidade se tornasse, de fato, um lar e que seus membros adquirissem as habilidades necessárias para garantir aos nossos filhos o cuidado, a orientação e a educação adequados. Uma grande variedade de materiais educativos para adultos, adolescentes e crianças foi produzida, composta de livros, revistas, livretos, boletins, sumários e reimpressões de livros, assim como vídeos educacionais para o uso em nossas comunidades. Foram lançados novos programas educativos para crianças de todas as idades como suplemento de seus programas de educação em casa. Os pais foram orientados a passar tempo de qualidade com seus filhos, reservando um dia por semana para o convívio e a recreação de pais e filhos juntos. De uma forma geral, foi estabelecido um padrão de cuidado infantil e de organização para todas as comunidades da Família. Ao longo da sua história, a maioria dos membros da Família optou por ensinar seus filhos em casa, empreendendo um grande esforço para oferecer os materiais necessários para tanto. Em 1988, para atender às necessidades das crianças e adolescentes da Família, David lançou um pro-

grama ao qual chamou de “A Visão para Escolas”, que incentivava os membros da Família a dar maior ênfase à escolaridade das crianças. Os membros foram motivados a fundar pequenas escolas que funcionavam em regime de internato ou em horário integral, como centros onde as crianças podiam ser mais eficazmente educadas e que lhes permitiam oportunidades de interação com outros de sua idade. Essa tendência persistiu até 1995. Com o advento da Carta Magna de Amor (ver explicação na próxima seção), quando, por causa das dificuldades de administração das unidades maiores e da necessidade de um ambiente mais pessoal de um lar, a Família se afastou do modelo de comunidades grandes mais institucionalizadas na forma de gestão, para adotar um formato de lares cooperativos. Na última década, a Família investiu muito tempo e recursos para garantir que as crianças residentes em suas comunidades recebam cuidados, proteção, educação e recreação de alto padrão. O objetivo é promover o respeito pelas crianças e lhes garantir acesso à educação e os cuidados adequados, e prepará-las para a vida. Oferecer o cuidado e a educação apropriados para as crianças não é apenas uma parte das crenças e práticas religiosas da Família, mas é um elemento central da nossa vida comunal.

A Carta Magna de Amor

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m 1995, a Família formulou e adotou seu estatuto, no qual expressa formalmente as crenças, direitos e deveres dos membros em tempo integral da Família. O propósito maior desse documento, intitulado A Carta Magna de Amor, é oferecer uma estrutura orgânica bem definida de fácil compreensão e, ao mesmo tempo, oferecer oportunidades amplas para que cada membro da Família realize o que acredita ser a vontade de Deus para si e opere livremente, segundo a sua iniciativa. Pouco antes de sua morte, no final de 1994, David estudou e aprovou uma prévia do documento. Cada aspecto da Carta tem por fundamento seus escritos e ensinamentos e a maioria de suas cláusulas faz menção às mais de 3 mil Cartas publicadas ao longo de três décadas. Apesar de a Carta Magna ser um novo documento, as doutrinas e princípios que lhe servem de alicerce não o são, mas foram extraídos das dezenas de milhares de páginas de literatura da Família e formalizadas nesse documento. A Carta Magna de Amor permite

Uma obra em andamento

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os primeiros 30 anos da história da Família, por meio dos seus vários métodos de evangelização — inclusive via TV, rádio, jornais e revistas — a Família alcançou uma população combinada de 67 bilhões de pessoas, o que indica que muitos ouviram muitas vezes a mensagem do amor de Deus e da salvação disseminada pelos nossos membros. Esse número inclui as pessoas que foram alcançadas pelos mais de 800 milhões de exemplares de literatura do Evangelho em 163 países e também os quase 26 milhões de pessoas que receberam Jesus como seu Salvador. Em 1999, os integrantes da Família desenvolveram um extenso programa de ensino à distância para oferecer um curso fundamentado na Bíblia para as muitas pessoas às quais a Família alcança diariamente com a mensagem do Evangelho. Conhecida como “Programa Contato”, essa abordagem tem como linha mestra uma revista

mensal enviada por um sistema de assinatura, da qual ramificam estudos bíblicos, livros e outros materiais, eventos sociais e inspiracionais locais, além de aulas e aconselhamento pessoal. A meta é fortalecer os novos convertidos em sua fé em Jesus e na Sua Palavra, para que possam desenvolver uma conexão com o Senhor que os guie, sustente e capacite. A Família já passou por muitas mudanças e melhorias em sua trajetória e, a partir do zero, estabeleceu uma obra missionária internacional cooperativa. Ainda que os métodos de evangelização e sua estrutura administrativa tenham passado por muitas modificações, a mensagem essencial permanece a mesma: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). O zelo e a dedicação pessoal dos integrantes da Família para levar o Evangelho da salvação por meio de Jesus ao mundo também permanecem imutáveis e são o cerne do movimento. Mesmo a custo de perseguições e sacrifícios pessoais, temos seguido a determinação de Jesus aos Seus discípulos: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15).

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a consulta fácil dos princípios e das regras mais importantes da Família, os quais, até a formulação do estatuto, só podiam ser encontrados pulverizados na volumosa bibliografia do movimento.

Referências Bibliográficas Família, A. Carta Magna de Amor, A. Bangkok: Serviços Mundiais, 1998. Berg, David. “Sistema da Igreja, O” Boas Novas, agosto de 1974. Berg, Virginia. Orla do Seu Manto, A. Dallas: Serviços Mundiais, 1970.

(A declaração “A Origem de um Movimento: De ‘Os Meninos de Deus’ a ‘A Família Internacional’” foi publicada com o título “Nossas Origens” em abril de 1992 e atualizada em janeiro de 2004.)

O que é a Família Internacional? A Família Internacional é um grupo cristão atuante em mais de cem países.

A Família Internacional Caixa Postal 66345 05311-970 - São Paulo - SP www.afamilia.org E-mail: [email protected]

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Telefone nos EUA: 1 (800) 4–A–FAMILY [1 (800) 423–3264] ou 1 (202) 298–0838 E-mail: [email protected]

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The Family International PMB 102 2020 Pennsylvania Ave NW Washington, D.C. 20006–1846 USA

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A Família tem quatro objetivos principais: 1. Transmitir a mensagem vivificadora de amor esperança e salvação por intermédio de Jesus Cristo, conforme ensina a Palavra de Deus. Comunicando a alegria de conhecer Jesus como Salvador pessoal. 2. Oferecer assistência e consolo aos necessitados, conselho personalizado, realizar apresentações musicais motivadoras e beneficentes, prestar socorro a vítimas de desastres, e ajudar em esforços humanitários. 3. Criar e distribuir uma variedade de produções de caráter devocional, motivador e educativo. 4. Comunicar uma mensagem de preparação e esperança para os dias por vir, denominado na Bíblia de “A Grande Tribulação (Mateus 24:21), período que antecederá a segunda vinda de Jesus Cristo e o estabelecimento de Seu reino na Terra.

Se quiser fazer perguntas e comentários ou receber mais informações sobre A Família Internacional, contate-nos pelos endereços:

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