Sabemos quando vamos morrer? Não sabemos o que é a vida, que dirá o que seja a morte. E se o universo for um aquário na casa de alguém? Bem, aí, existirá um alguém, uma casa, mas ainda não responderá o que é a vida, apenas que há vida e que ela se estende além do que podemos ver. Por que os sonhos são caóticos e a vida, não? Não será a vida, uma parte do sonho, mais organizada? Não serão os esquizofrênicos, alguém que percebe mais do que a maioria e mais próximos do mundo das ideias, como pensava Platão? Por que não sabemos o futuro, perguntam os físicos, se sabemos o passado? Em parte, sabemos aquela parte do passado que passou por nós, mas não o passado inteiro. O que isto tem a ver com a vida e a morte? É que uma das minhas últimas reflexões foi observar algumas pessoas da família que diante da morte tiveram uma experiência hipnótica e, depois de meses, vieram a falecer. Minha mãe fotografou um cão da família, intrigada com aquela experiência (fevereiro de 2007) e, meses mais tarde, veio a falecer (novembro do mesmo ano). No velório da minha mãe, um tio foi o primeiro a entrar na sala e ver o corpo, hipnotizado por aquela experiência. Três meses depois, ele veio a falecer. Sabiam o futuro? O cérebro é como uma calculadora e soma e dá pessoas a fatos importantes da nossa vida, como o progresso das doenças dentro de nós, o avanço do desgaste de nossas artérias e coração? É mais provável que esta seja a resposta, mas e o que há fora do aquário peixinho? Para terminar, apareceu em meu rosto uma cicatriz que eu não tinha: ou não tinha observado, ou nunca tive mesmo. Brinquei com meus alunos que alguém tinha mudado o passado e,assim, poderia explicar aquela cicatriz. Devemos nos acostumar com a ideia de passado, presente e futuro estarem acontecendo agora. Por quê? Não sei me sinto hipnotizado por esta ideia...