Revista Lide

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Justiça vai definir os rumos do jornalismo Em breve será votado pelos ministros do Supreto Tribunal Federal, presidido por Gilmar Mendes (foto abaixo), a manutenção ou não da obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercício da profissão. A questão tem gerado grande polêmica no meio profissional. Páginas 8 a 11

Diretor da RAC diz que Jornalismo é uma questão de talento

Microblog Twitter ganha cada vez mais adeptos na internet

Guarani se prepara para vender estádio Brinco de Ouro

Páginas 4 a 7

Páginas 16 a 18

Páginas 25 a 27

Expediente e índice

Carta da redação

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Ìndice Car ta da rredação edação Carta edação..................................................3 Entrevista Diretor do Correio Popular comenta ainda quais as perspectivas profissionais para aqueles que pretendem investir na carreira.........................................4 Mídia Especialistas avaliam as perspectivas da profissão de jornalista às vésperas do julgamento, no STF, da obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão.............................8 Tr a n s p o r t e Universitários lutam por auxíliotransporte em Hortolândia. Eles querem direiros similares aos estudantes de Paulínia (foto), que já têm o benefício................12 Mundo digital Twitter, nova rede social, já é o 3º serviço mais utilizado na internet mundial: entenda o que é essa nova rede social que está cada vez mais disseminada na web.......................16 Tu r i s m o Megapromoções agitam mercado: após crise, preços despencam com superdescontos promovidos pelas agências que atuam no setor.................................19 Celebração Ponte conquista 1° título oficial: após 109 anos de atividade, Macaca celebra conquista d o Troféu do Interior do Campeonato Paulista............................................................23 Tr a n s p o r t e Guarani intensifica reuniões para venda de estádio. A diretoria não divulga valores, mas espera com isso superar crise financeira...........25 2

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Lide é uma revista experimental da disciplina Introdução ao Jornalismo Impresso da Faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Foi produzida pela turma 3 do período noturno no primeiro semestre de 2009, sob a supervisão do professor Artur Araujo. A revista foi produzida pelos seguintes alunos: * Ana Carolina Menani Rocha * Douglas Felipe Meloni * Erik Nardini Medina * Jessica Caldeira Oliveira * João Carlos Maria Solimeo * Joelma Aparecida Ferreira Porto * Juliana Andrade Rangel * Laura Monsef Elias * Letícia Souza Araújo * Luiz Paulo de Azevedo Rossini Michele Bury * Priscila Michelle de Souza * Tainah Marques Fernandes Moreira * Talita Bristotti Pereira da Silva * Tatiane Cristine Bueno * Thiago da Costa Oliveira Campinas, 1º de junho de 2009

Caro leitor Artur Araujo * Reportar, fotografar, diagramar e paginar são ofícios árduos. Tudo começa na pauta, quando buscamos em uma realidade instável, fugidia, um tema pelo qual nossos leitores possam considerar digno de interesse. E como o princípio da novidade nos governa, não basta ser bom, tem de ser inédito e para isso há de se fazer ainda mais esforço. O segundo passo é a apuração: como confirmar aquela história? Como conseguir mais detalhes? E aí se vão mais horas de um verdadeiro trabalho de amor, amor à verdade, que nos sustenta na busca dos fatos para servir à nossa comunidade de leitores. A apuração, a investigação não é um momento tranquilo: a realidade é um bicho arisco, que não se deixa pegar com facilidade: as fontes nos escapam, os dados estão soltos no infinito labirinto dos sites oficiais e com especialistas que muitas vezes Campinas, 1º de junho de 2009

não podem nos atender. Em seguida ainda há o trabalho de fotografar: um não quer posar, outro não tem horário para atender esses bravos aprendizes de jornalistas e por aí vai. O próximo passo é fazer daquele mundo de informações um texto atraente, ordenado, para servir ao público, e com isso temos mais horas e horas diante do micro: qual é o lide? Só quem nunca fez um lide pode imaginar que isso é uma moleza: não é. O lide é mais que um amontoado de palavras: é o ato de fazer do caos do mundo um discurso ordenado, que faça sentido ao leitor. Concebidas as pautas, apurados os fatos, fotografadas as fontes e os locais referentes às notícias, redigidas as reportagens, chega a hora da diagramação, que é a arte de fazer com que tudo isso tenha uma apresentação digna do interesse do leitor, e aí se vão mais algumas horas de suor e paixão para tornar esse emaranhado de textos e imagens lide

um produto instigante, à altura da garra que esses alunos dedicaram na composição das reportagens. Foram semanas e mais semanas de treinamento para chegarmos ao produto final, que foi essa revista. O resultado não só prima pela beleza mas é ainda mais belo por traduzir todo o esforço que esses bravos alunos dedicaram a essa tarefa: Ana Carolina, Douglas, Erik, Jessica, João Carlos, Joelma, Juliana, Laura, Letícia, Luiz Paulo, Michele, Priscila, Tainah, Talita, Tatiane e Thiago. A cada passo, a equipe cresceu um pouco mais. Esse foi o primeiro ano de muitos dessa classe no curso, mas toda essa maravilhosa bagunça ordenada que é o trabalho de jornalista já pode ser sentida pela turma que, certamente, vai ensaiar cada vez voos mais altos, à altura das esperanças e ambições dessa nova geração. * Professor e editor 3

Entrevista

Entrevista Mídia

po suficiente para aprender as técnicas, os estilos de texto e se adaptar à linguagem. A respeito da Lei de Imprensa, que foi derrubada pelo STF, contou que achou ótimo, já que foi criada para punir jornalistas e incargo, e pensar que “só em bilidade de repórter o es- timidar jornais. “Era muiSão Paulo” há bons em- tagiário tem que fazer, to fácil amordaçá-los, pois pregos; pois os jornais do porém quando chega o se um jornal pequeno interior são muito bons momento de publicar a fosse processado, quediferentes do que eram há matéria, a do estagiário é brava, já que provavel20 anos, quando eram devolvida e a do repórter é mente perderia a ação e tepraticamente amadores, publicada. Por esse mo- ria que pagar indenização” pois poucas pessoas con- tivo, o estágio não é remu- expõe. Em relação a sua paixão seguem ser exatamente o nerado, é “apenas” um que desejam. Em relação aprendizado para o novo por jornalismo, narra que, a princípio, optou pela a estágio, disse que con- jornalista. Sobre a profissão porque gostava sidera válido Há bons obrigatorie- de escrever e não tinha obsim, pois o jorempregos na dade do diplo- jetivos definidos. É formanalista tem que profissão no ma, que está do pela PUC – Rio e começar de alinterior sendo julgada começou fazendo roteiros gum lugar, e é uma ótima oportunidade. pelo Supremo Tribunal para cinema “a preço de Segundo ele, o estágio na Federal (STF), Homem de banana”, como ele mesmo RAC é diferente. O estu- Mello disse que conheceu define, e quando se fordante passa de 15 a 30 dias muitos jornalistas espetac- mou já estagiava no Jornal do Brasil e acompanhando a rotina de ulares que não Extinta Lei de era locutor em um repórter e tem as mes- tinham diploImprensa fora uma rádio. mas obrigações – ir para a ma; e que as criada para Q u a n d o rua, apurar fatos, escolas de jorintimidar soube que pesquisar, falar com as nalismo deveJosé Hamilton fontes, entrevistar test- riam dar oporemunhas, autoridades, tunidade de cursar a facul- Ribeiro estava abrindo um redigir a matéria e entre- dade para quem já é for- jornal em São José do Rio gar para o editor. Enfim, mado em outra área. Não Preto (SP), se candidatou tudo o que é da responsa- os quatro anos, mas o tem- para a vaga de diagrama-

Para o diretor de redação da RAC, jornalismo é uma questão de talento Nelson Homem de Mello comenta ainda quais as perspectivas profissionais para aqueles que pretendem investir na carreira Divulgação

Letícia Araújo Tatiane Bueno Do Lide Em entrevista à Lide, Nelson Homem de Mello, diretor de jornalismo da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), declarou que o mais importante para um profissional de imprensa recém-formado é o espírito jornalístico, a força de vontade e disposição para aprender o que for prePara jornalista ciso. Também boa formação é ressalta que a essencial, mas boa formação não basta é essencial, mas não basta. É preciso Legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda bom nível cultural, ser desembaraçado, criativo e principalmente ter talento. Para o estudante de jornalismo e aos que pensam em Homem de Mello adverte igual a um jornalista renoingressar nessa área, que seja falsa a idéia de ser mado, ter determinado 4

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Campinas, 1º de junho de 2009

Campinas, 1º de junho de 2009

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Divulgação

dor e logo se tornou edi- curto a médio prazo”, bem nessas cidades. tor de diagramação. Foi disse. Muitos jornalistas connessa época que se apaixservadores Internet é Todo Dia onou por jornalismo, conconsideram a oportunidade Quanto ao vivendo com Ribeiro, e seinternet uma gundo suas próprias pala- reforço na co- para jornais se ameaça para reinventarem vras, “foi meio que por os- bertura joros jornais immose”. Para ele, a princi- nalística do pressos, pal diferença entre o jornal Todo Dia (America- porém Homem de Mello repórter “do seu tempo” e na), sobre Campinas, o ed- discorda e pensa que é o repórter de hoje é a itor de jornalismo da RAC uma oportunidade de os paixão pelo ofício, o ro- disse que ficou sabendo, jornais se reinventarem. mantismo. “Os repórteres mas a empresa não foi afe- Segundo ele, os jornais daquela época tinham tada de nenhuma forma e eram todos muito pareciuma visão romantizada, tem a impressão de que o dos, inclusive havia edachavam que com uma Todo Dia tomou essa ati- ições em que a manchete matéria mudariam o mun- tude por “vingança”, pois era praticamente a mesdo, e os repórteres de hoje tem como principais lei- ma. Com a internet, fotores America- ram obrigados a inovar e sabem que isso Reforço na na e Sumaré e se transformar, o que caunão acontece. cobertura do Todo o Notícia Já, Há repórteres sou o fim daquele tipo de Dia teria sido outro jornal do jornalismo. A grande vantão bons hoje ‘vingança’ grupo, vende tagem dos jornais regionquanto na minha época, mas o investimento em grandes matérias diminuiu, já que têm um custo muito grande, então o que talvez mais tenha mudado sejam as empresas de jornalismo, e não os jornalistas”, disse. Para Nelson Homem de Melo, a crise econômica mundial afetou pouco a RAC. “Houve um retrocesso na economia, portanto um retrocesso na empresa, mas não é nada que não seja recuperado de 6

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Campinas, 1º de junho de 2009

ais é que as notícias não estão na televisão ou na internet. A relação do Cosmo com o Correio Popular é tranqüila, pois o Cosmo se relaciona diretamente com a Agência Anhanguera de Notícias (AAN), não se aprofunda nos temas que serão publicados no Correio, não cita nada e nem faz referências às matérias exclusivas do impresso. Questionado sobre o Correio Popular, relatou que o jornal se impôs e o público percebe essa postura, pois ele briga pelos leitores, por seus interesses e não para de publicar matérias sobre determinaEmpresa tomou do assunto novas medidas de até que segurança após esse seja atentado solucionado. É o primeiro a ter participação constante dos leitores na seção de mas não detonaram, cartas e a colocar as fo- tem alguma relação tos na primeira página. com essa atitude quesPerguntado se o aten- tionadora da empresa, tado de janeiro contra o jornalista discorda. a RAC, quando duas Ele acrescenta, porém, granadas foram lança- que os cuidados na sedas contra o prédio, gurança do prédio auCampinas, 1º de junho de 2009

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Divulgação

Entrevista

Entrevista

mentaram: as janelas foram emparedadas, o número de câmeras de segurança e vigias aumentou e todos os funcionários tomam muito cuidado ao entrar e sair” - conclui. 7

Mídia

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Judiciário

Jornalismo está nas mãos do STF foto: Erik Nardini

Tribunal, que já determinou o fim da Lei de Imprensa, avalia agora a extinção da obrigatoriedade do diploma Erik Nardini Priscilla Souza Tainah Fernandes Do Lide

O ano de 2009 está sendo marcado por importantes decisões no meio jornalístico. No final de abril ocorreu a Polêmica sobre formação queda da lei universitária data de imprensa de 2006 e, em breve, será votado pelos ministros a obrig- Marcel Cheida considera o cenário incerto no Supremo Tribunal Federal atoriedade do diploma ga contrariedade à Consti- profissão. Quatro anos de jornalista para exer- tuição), que questiona a antes, a juíza federal Carla cício da profissão. A exigência de diploma para substituta questão do diploma tem o exercício da profissão de Abrantkoski Rister, da gerado grande polêmica Jornalista. O relator do re- 16ª Vara Cível de Justiça curso é o presidente do Federal (SP), já havia no meio profissional. suspendido a obrigatoO Supremo Tribunal STF, Gilmar Mendes. Em 2006 foi concedi- riedade do diploma, faFederal (STF) iniciou o julgamento do Recurso da uma liminar que per- cilitando e garantindo o Extraordinário 511.961 mitiu que a pessoas sem exercício da profissão às (medida judicial que ale- diploma exercerem a pessoas não formadas. 8

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Campinas, 1º de junho de 2009

Oito meses depois, a decisão foi revogada pela juíza Alda Bastos, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Em entrevista concedida à Revista Lide, o professor do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) e especialista em assuntos jurídicos, Marcel Cheida, comentou: “eu não sei o que vai ser decidido, é difícil (...) A visão da maioria dos ministros hoje, com a decisão da Lei de Imprensa, pode indicar uma tendência para a Spenthof: “contestação há muito tempo é levantada pelos grandes jornais” queda do diploma fazem parte da Corte, ro é suficiente para detambém, mas a seis já se cidir o julgamento do regente tem que m a n i f e s t a - curso extraordinário do Seis mintistros da aguardar. Eu Suprema Corte ram de algu- MPF (Ministério Públiparticularsinalizaram voto ma forma co Federal) que questiomente defencontra exigência contra a ex- na a regulamentação do a exigênigência de profissional da categoria cia do diploma hoje em formação específica em e que está pronto para dia.” Dos 11 ministros que jornalismo. Este núme- entrar na pauta a 9 Campinas, 1º de junho de 2009 lide

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Mídia

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Campinas, 1º de junho de 2009

fringe a Constituição de 1988, que garante o direito à liberdade de expressão. Paralelamente o Ministério da Educação está se preparando para formar um grupo de trabalho que discutirá a possibilidade de autorizar profissionais de áreas diversas a exercer a profissão de jornalista. Pós-graduação Na Câmara, corre um projeto de lei (3981/08), idealizado pelo deputado Celso Russomanno (PP-SP), onde permite que as pessoas sem diploma em jornalismo exerçam a profissão, bastando que tenham pósgraduação na área. O ar-

gumento central dos que comunicação, de outro, defendem a obrigatorie- os profissionais e sindidade é de que a quali- catos. Entidades enfatidade do jornalismo prat- zam que a profissão deicado estará compromet- pende de formação espeida se não houver pes- cializada. “Do ponto de vista soas com formação teórica e técnica adequa- prático, o fim da obrigatoriedade das e regulado diploma Projeto mentadas tranão vai meldefende concessão balhando nas horar em de registro a pósredações. graduados nada a qualiA possível dade do jorderrubada do diploma não se restringe nalismo dos grandes ao Judiciário pois, algu- veículos, mas vai prejmas propostas vindas do udicar a representação Executivo e do Legisla- da categoria”, opina o tivo apresentam, tam- diretor da Fenaj, José bém, mecanismos alter- Torves. Até o fechanativos à exigência de mento desta edição graduação específica nada havia sido decidipara a área. De um lado, do sobre a obrigatoriegrandes empresas de dade do diploma.

Foto: Divulgação/STF

Júlio Ettore Suriano

qualquer momento. No entanto, até isso acontecer, os ministros ainda podem rever sua posição. Mesmo que não possam antecipar seus votos, alguns já sinalizaram, nos Profissão de bastidores ou jornalista é em decisões regulamentada anteriores, desde 1969 como provavelmente votarão, como é o caso do próprio presidente do Supremo, Gilmar Mendes. Edson Spenthof, coordenador do FNPJ (Fórum Nacional dos Professores de Jornalis- Mauricio Tuffani: formação superior não é condição necessária ria nem condição suficimo) e professor da Uni- tal Congresso em Foco. A profissão de jor- ente para o exercício versidade Federal de Goiás (UFG), destacou nalista é regulamentada dessa profissão com que “a contestação do desde 1969, por isso, base em seus preceitos diploma vem há muito várias autoridades do se- técnicos e éticos. Ela tempo sendo levantada tor da imprensa consid- não é obrigatória em pelos grandes jornais, eram o ato da não obrig- países como Alemanha, especialmente a Folha atoriedade do diploma Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica (...) e de S. Paulo. Quebrar a um retrocesso. vários outros”, em artiexigência do diploma Realidade mundial go publicado no seu vai significar transferir Já o jornalista Mauriblog pessoal, Laudas das universidades para as empresas a prerroga- cio Tuffani, assessor- Críticas. Seguindo esse racíoctiva de dizer quem vai chefe da Assessoria de ser jornalista, como vai Comunicação e Impren- inio, órgãos que represer o jornalismo e como sa da Reitoria da Unesp, sentam empresas de devem atuar esses afirma que “a formação comunicação, como a profissionais”, em entre- superior em jornalismo ANJ, analisam que a exvista concedida ao Por- não é condição necessá- igência do diploma in-

Plenário do Supremo Tribunal Federal, que avalia a obrigatoriedade do diploma de jornalismo Campinas, 1º de junho de 2009

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Universitários lutam por auxíliotransporte

de auxílio transporte escolar, aprovado pela Câmara em 10 de julho de 2008. A intenção era receber explicações quanto à negação dos Prefeitura alega pedidos de que verba não auxílio feitos consta da lei à Prefeitura Orçamentária em fevereiro desse ano. Os estudantes apresentaram ao vereador uma carta assinada pela viceprefeita de Hortolândia, Jacyra Aparecida Santos Estudante de Paulínia beneficiada com passe universitário de Souza (PT), enviada mentos solicitados para a respondência, a Prefeituem março aos alunos que realização da inscrição no ra não poderia atender aos apresentaram os docu- programa. Segundo a cor- pedidos de auxílio trans-

Jéssica Caldeira

Alunos reivindicam concessão do benefício aprovado pela câmara municipal em 2008

Jéssica Caldeira

Hortolândia

Jéssica Caldeira

Cidades

Cidades

O programa de auxílio-transporte universitário é uma realidade para os estudantes de Paulínia

Douglas Meloni Jéssica Caldeira Juliana Rangel Do Lide Um grupo de 20 estudantes da Pontifícia Universidade Católica de 12

Campinas (PUC-Campi- Lenivaldo Pauliuki nas) e Unip (PSDB), autor Despesas com de Campinas da lei que autransporte são toriza o rereuniu-se no p r i m e i r o 18% do orçamento passe de verba familiar sábado do aos estudantes mês de abril universitários no gabinete do vereador de Hortolândia por meio lide

Campinas, 1º de junho de 2009

Estudantes de Hortolândia participam de reunião com vereador Leni (PSDB), autor da lei Campinas, 1º de junho de 2009

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Cidades

porte no momento, já que hão. “Seriam necessários essa despesa não estaria R$ 750 mil ao ano para a prevista na Lei Orça- manutenção do auxílio”, mentária deste ano. Jacyra disse. Segundo o vereadeclarou também no doc- dor “o receio deles (Preumento que “a lei, que feitura) é que esse númeautoriza a criro passe de ação do benefí- Hortolândia já mil. Hoje são cio, de autoria tem 300 pedidos 300” (pedide auxílio do legislativo, dos protocoprotocolados é inconstitucilados). onal”. Algumas O vereador falou, no cidades da Região Metrodebate com os estudantes, politana de Campinas ofsobre suas expectativas erecem o benefício de ao criar a Lei n° 2.095 e transporte universitário rebateu as justificativas gratuito. Paulínia, por exda Prefeitura quanto à fal- emplo, desenvolve o Prota de verba e a inconstitu- grama desde 1989 e hoje cionalidade da mesma atende cerca de 2.500 aluque beneficiaria os uni- nos que cursam faculversitários residentes na dades em outras cidades cidade. De acordo com da região. Lenivaldo, o prefeito de Daiane Rodrigues, aluHortolândia, Ângelo Pe- na do segundo ano de rugini (PT), não vetou o Logística da Na primeira texto em 2008, atitude vez citem o nome e a sigque deveria ser tomada la, depois, basta a sigla e em caso de inconstituci- moradora de Paulínia atonalidade. endida pelo programa, diz Leni apresentou tam- que se tivesse que custear bém aos presentes uma as despesas com o transcópia de outra Lei, n° porte oferecido pelo mu2.126, que alterou as Di- nicípio o orçamento faretrizes Orçamentárias miliar ficaria prejudicado. para 2009, aumentando a Segundo a Pesquisa de verba disponível ao trans- Orçamentos Familiares porte de estudantes de R$ (POF) 2002 – 2003 as 300 mil para R$ 1,3 mil- despesas com Transporte 14

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Renato Boscolo

Cidades

Aquecimento Global

Perugini não vetou o texto

representam 18,44% do orçamento familiar no Sudeste. Ao fim da reunião com o vereador os alunos foram orientados a formar uma Comissão Universitária na tentativa de falar com o Prefeito e reivindicar o auxílio transporte. A solicitação de reunião com o Poder Executivo foi feita por Leni mediante um ofício entregue no gabinete de Ângelo Perugini dois dias após o encontro do vereador com os estudantes. A Prefeitura foi procurada diversas vezes pelo Lide para comentar o assunto, mas a assessoria de imprensa não atendeu a reportagem. Campinas, 1º de junho de 2009

Se a gente fizer nossa parte, ninguém vai se queimar Campinas, 1º de junho de 2009

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Mundo digital Foto: Michele Bury e Talita Bristotti

Mundo digital Redes sociais

Tudo em até 140 caracteres

que vão desde psicanalistas, médicos e jornalistas a manicures e vendedoras de Natura!”, conta.

Orkut O Twitter está vivendo o que o Orkut passou em 2004, quando Sistema foi foi divulgado concebido em nas grandes 2006 e está em mídias, trazenpleno crescimento do um cresciTwitter, nova rede social, já é o 3º serviço mais utilizado na internet mundial mento muito pode encontrar no site é rápido no número de Michele Bury enorme, com a vantagem usuários (em abril desse Talita Bristotti de serem pequenos e, muiano a nova rede social já O Twitter, criado em tas vezes, informativos. contava com mais de 17 “Eu ainda não entendi março de 2006 pela Obvimilhões), fazendo com que ous Corp, é uma rede so- muito bem como funciosaísse constantemente do cial gratuita e um micro- na” diz Edmilson Oliveiar. Também é vítima da criblogging que tem como ra, 22, estudante de eco- Twitter conquista fama internacional, entretanto brasileiro ainda prefere a rede social Orkut ação de profiles fakes ou única função o usuário nomia, usuário há menos uma batalha contra o peritivas quando usado de contribuam com assuntos, fantasmas e a utilização de falar, em até 140 caracte- de 3 semanas, com a dúfil da CNN para ser o primaneira correta. “Tive a notícias e artigos in- códigos para aumentar res, o que está fazendo. vidas mais frequente em meiro ‘twitteiro’ com 1 miloportunidade de falar com teressantes e que possam beneficiamento do usuário. Após criar a conta, tem-se relação ao hão de seguipessoas que são conhe- ser úteis para suas pes- Porém, mesmo com o a possibilidade de seguir Twitter, afinal dores, o que cidas na mídia, pessoas que quisas. “Tenho seguidores crescimento de 456% de pessoas para que ele possa só atingiu a conseguiu. E são celebridades da Twitter teve ver, em sua página inicial, popularidade no Brasil, o internet e da blogoscrescimento o que elas escrevem, e ser há 4 meses, Twitter gafera” referindo-se de 1382% seguido, assim tudo que ele quando a anhou fama aaos famosos, que em um ano ‘twittar’ aparecerá para presentadora pós uma macada vez mais aseus seguidores. Entretan- norte-ameritéria no derem o serviço. Já to, diferente das outras re- cana Oprah Fantástico. Cristiane Vieira, 32, des, o usuário não tem a Winfrey criou uma conta e Max Brito, 24, analista pesquisadora em eobrigação de seguir al- divulgou em seu prograde sistemas, usa o serviço ducação, utiliza a guém que o segue. A var- ma. Logo em seguida o ahá 2 meses e acredita que rede para interagir iedade de assuntos que se tor Ashton Kutcher travou o Twitter só traz coisas poscom pessoas que 16

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Campinas, 1º de junho de 2009

Campinas, 1º de junho de 2009

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Economia Turismo Nerivelton Araújo/AAN

Foto: Daniel Filho e Guilherme Degrossoli

Mundo digital

Aplicativo do Twitter, o twtvite, auxilia na organização de evento em Americana

acesso do micro-blogging marcada e sem guias, apeno Brasil, ele ainda não nas um bate-papo informal, chega a ser uma febre na- que vai além dos monitores do computador”. cional. O primeiro Um exempEvento NerdsOn Beer lo de como o reúne adeptos do interior Twitter se torda nova paulista foi ornou mais do rede social ganizado pelo que um simpublicitário ples site, foi o encontro NerdsOn Beer. Fábio Fonçati, 33, através Trata-se de um evento a- do Twitter. E deu certo! berto, ocorrido ocasional- “Foi ótimo! Teve umas 30 presentes, mente, com poucas regras pessoas – a única é organizar tudo pela rede – e qualquer ‘nerd’ pode participar. O NerdsOnBeer foi originalmente criado por Marcos Gomes, que explica: “O objetivo do encontro é de conversar, trocar idéias e experiências, sem hora 18

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bastante se comparado aos encontros em outras cidades”, conta. O organizador ainda diz que o encontro teve o intuito de promover o relacionamento no mundo real, o que muitas vezes é mais complicado do que pela internet. Realizado em Americana no início de maio, a interação ‘geek’, de acordo com Fábio, terá próximas edições.

Passageiros embarcam no aeroporto de Viracopos, Campinas

Megapromoções agitam mercado Após crise, preços despencam com superdescontos das agências e provocam concorrência entre companhias aéreas Joelma Porto João Solimeo Do Lide Apesar da crise econômica ocorrida desde o último trimestre de 2008, o turismo brasileiro tem razões para comemorar. O que

Campinas, 1º de junho de 2009

Campinas, 1º de junho de 2009

foi prejuízo para uns despencou e as agências está sendo uma boa investiram em roteiros nacionais. oportunidade Passada essa de negócios Alta do dólar para outros. desestimulou as fase crítica, a principal Devido à alta viagens ao estratégia do dólar no exterior das agências final do ano passado, o número de de turismo, agora, têm viagens internacionais sido as megapromoções lide

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Economia

Alexandra Caprioli: o perfil do turista ainda é o mesmo 20

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diz que, mesmo com a crise, 2008 foi um dos melhores anos para o turismo nacional, que já vinha de um crescimento anual de 20% ao ano desde 2004. “A crise atingiu o mercado em setembro e outubro (de 2008), mas as vendas para o final do ano já estavam feitas”, diz Caprioli; “só sentimos o impacto quando Campinas, 1º de junho de 2009

terminou a temporada”. As vendas para o mercado internacional caíram em torno de 14%. Segundo o Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, publicado pela Fundação Getúlio Vargas em janeiro de 2009, houve uma queda de 3,47% no número de passageiros que desembarcaram em vôos domésticos em 2008, quando comparado a 2007. Dólar Ainda segundo esse boletim, a moeda americana, que em agosto de 2008 valia R$ 1,55, chegou a R$ 2,54 em 4 de dezembro. A alta do dólar assustou muitos turistas que pretendiam viajar para o exterior. Segundo Aliandra Fernandes, sócia da agência de turismo SMTUR, do Alphaville Campinas, que atende um público com um poder aquisitivo mais alto, de cada dez clientes, quatro desistiram de viajar para o exterior por causa do valor do dólar, prefeCampinas, 1º de junho de 2009

rindo um destino parecendo as Casas nacional. O Nordeste era Bahia, nunca tivemos um dos lugares mais esse tipo de promoção”, afirma o agente procurados. “Quem gosta de independente de turismo e professor viajar não PUCdeixou de ir Mercado adotou da C a m p inas, por causa da ‘síndrome das M a r c elo crise, só Casas Bahia’, diz Lopes. Uma professor optou por olhada nos uma viagem sites das principais mais econômica e com agências de turismo do uma estadia mais curta, para levar a família”, país e das companhias disse Fernandes. Mas aéreas mostra uma completa que teve uma abundância de ofertas. As viagens ao queda de 20% nas exterior estão aos vendas, em geral. poucos sendo retomadas por causa de uma Reação “O mercado está resolução da Anac (Areagindo de uma forma gência Nacional de Ainteressante para este viação Civil), que detertipo de produto. Está minou a liberação João Solimeo

dora foi a de congelar o para o exterior, agora câmbio, durante o mês de prefere ir para um hotel dezembro de 2008, em 5 estrelas no R$ 1,99. Ela Nordeste”, Diretora da comenta que diz. “o perfil do Caprioli diz que Alexandra turista ainda é 2008 muito bom C a p r i o l i , para o setor o mesmo, o diretora da que acontece empresa Caprioli é que quem antes viajava Turismo, de Campinas, Joelma Porto

no estilo: “Pague um, viajam dois” ou pacotes para resorts no Nordeste em que para cada casal pagante, duas crianças não pagam. Outro fator importante que chama a atenção de quem pretende viajar é a forma de pagamento, parcelada em até 13 vezes sem juros, no cartão de crédito, cheque ou boleto. Segundo Fabiana Joly Milanez, agente de viagens da CVC Turismo, essas promoções vieram para recuperar as perdas ocorridas no final do ano passado. Uma das primeiras estratégias realizadas pela opera-

Economia

Fabiana Milanez, da CVC: parcelamento em até 13 vezes

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Esporte

Economia

Anac Segundo a assessoria de imprensa da Anac, o preço das passagens está liberado em 20% para destinos como Estados Unidos e Europa. A partir de julho deste ano, os descontos poderão ser de 50% e, a

partir de outubro, de 40% nas tarifas das pas80%. Para o mercado de sagens praticadas na Campinas, a queda é região e um aumento no ainda maior fluxo de Preço das devido à enpassageiros passagens está no aeroporto trada no liberado em 20% de Viracopos. mercado da para os EUA empresa aé“Hoje, 80% rea Azul. de nossos De acordo com clientes estão emAlexandra Caprioli, os barcando em Viracopos. preços praticados pela O cliente que viajava de nova companhia impli- ônibus está migrando caram descontos de até para o transporte aéreo”.

Ponte conquista 1° título oficial Após 109 anos de atividade, Macaca sai de fila e celebra conquista do Troféu do Interior do Campeonato Paulista Laura Monsef Luiz Rossini Um dos dias mais felizes para Maria Conceição Rodrigues, 73 anos, a torcedora símbolo do clube de futebol mais antigo do Brasil, foi quando a Ponte Preta conquistou o Título do Interior 2009. “Foi muito bom, muito bom, um título simples, mas que acabou com a gracinha das meninas lá de Laura Monsef

Essa urna é sua

Celebração

E seu voto é a senha para um Brasil melhor 22

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Campinas, 1º de junho de 2009

Conceição: título muito bom Campinas, 1º de junho de 2009

baixo”, disse Conceição referindo-se ao Guarani, que situa-se na parte de baixo da Avenida Ayrton Senna da Silva. “Mas não esqueço que o time que me trouxe mais alegrias foi o de 1977”, acrescenta. Conceição vive num verdaOs jogadores Juan e Savoia com a taça deiro casamento com o clube, seja na brincadeiras que os alegria, seja na tristeza, torcedores do Guarani ela sempre está com a fazem contra seu rival é Ponte Preta: “em 1954, o fato de a Ponte Preta não ter conem Bauru, eu peguei a Ponte Torcedora símbolo q u i s t a d o considera data nenhum títusozinha, eu e uma das mais lo oficial até Deus, nem difelizes da sua vida então nos retor da Ponte seus 109 tinha”, lembra anos de existência, e o Conceição. Uma das mais antigas Guarani sendo campeão lide

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Divulgação

gradual do preço praticado pelas companhias aéreas.

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sair”, e concluiu afirmando que a conquista do título foi importante não só pelo título em si, mas também pela moral que trouxe ao grupo. Porém, há quem veja essa conquista de outra Prioridade “O Título do Interior maneira. “Já que não não era uma prioridade, conseguiu classificar, mas ficamos muito feliz- disputou e ganhou, tudo es pela conquista, até bem, já que estava disporque mostra que o es- putando foi bom ter ganquema que fizemos se hado. Mas foi superdiencaixou mais cedo até mensionado o valor desta do que era esperado”, conquista, pois, para afirmou o técnico da Pon- você ganhar o título do te, Marco Aurélio. Ele interior, a primeira coisa que você tem acrescenta que sua idéia Paulista foi usado que fazer é ser para testar era utilizar o eliminado do jogadores de base Campeonato Paulista para da Macaca testar jogaPaulista”, dores da base disse o Editor e para recondicionar fisi- de Esportes do Correio camente atletas que não Popular, Carlo Carcani. estavam em condições “Nos anos 50 e 60, o tíideais. Além do teste de tulo do Interior era uma jogadores, Marco Aurélio coisa importante, agora é afirmou que “não entra- secundário. No ano que mos com nenhuma vem, a torcida não vai obrigação de vencer o tí- querer ser bicampeã do tulo, mas a partir do mo- Interior, vai querer que mento em que as chanc- classifique para a Semies se tornaram reais, final”, conclui Carcani. O time de Marco Aucomo cheguei a dizer na época, eu dava um boi rélio disputa este ano sopara não entrar, mas dava mente o Campeonato uma boiada para não Brasileiro da Série B, já

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Laura Monsef

brasileiro de 1978. A Macaca de fato já conquistou outros títulos, como o de acesso em 1969, mas oficialmente esse foi o primeiro.

Carcani: houve exagero

que foi eliminada pelo Coritiba nas quartas-definal da Copa do Brasil. A Ponte Preta conquistou no dia 2 de maio o Título do Interior 2009 diante do Barueri, fora de casa. Pedrão abriu o placar para o Barueri aos 26 minutos do primeiro tempo, dando chances para o time da casa. Foi só aos 23min do segundo tempo que a Macaca empatou a partida com Mexerica, ficando muito próxima do título, num belo gol que começou em um contra ataque rápido com Tinga e Juan Marchisio. A Ponte se feichou, com destaques para Marinho e Aranha, não dando chances ao time da casa e garantiu o troféu. Campinas, 1º de junho de 2009

Sem verbas

Guarani intensifica reuniões para venda de estádio Diretoria não divulga valores, mas espera que o negócio tire o clube de sua atual situação financeira Thiago Oliveira Ana Menani Do Lide A diretoria do Guarani intensificou, nas ultimas semanas, as reuniões para a venda do Brinco de Ouro da Princesa. Para a cúpula do clube campineiro, esta é a única maneira de tirar o time de sua Estádio Brinco de Ouro está com os seus dias contados atual situação financei- restante envolve proble- or do imóvel está em ra. mas finan- torno de R$ 100 milA dívida do clube O Guarani ceiros com hões. Ela ainda afirma é de R$ 90 tem, no mod i s t r i b u i - que a venda é “a única milhões no mento, R$ 90 dores e maneira de acabar com momento milhões em justiça civil. as dívidas do time e dívidas. Deste valor, R$ Segundo a assessora reerguer o clube’’. Vinicius Nicoletti, jor55 milhões se referem a de imprensa do clube, dívidas trabalhista. O Michele Tessatti, o val- nalista esportivo da Campinas, 1º de junho de 2009

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Arquivo Pessoal

decisão foi bem absorvida pelos sócios. “No inicio eles resistiram um pouco mas, com o passar do tempo, eles perceberam que a venda era inevitável para o clube se manter de pé’’, relatou Michele. Ela ainda alegou que comportamento idêntico teve as torcidas organizadas do clube, que O torcedor Luis Felipe Rocha: a venda é para revitalizar clube não tiveram participação nas eleições. “ A perda não é nesse ponto, diretoria não autorizou ela é histórica". Sob o ponto de vista a participação histórico, O nas reuniões O estádio foi palco nem no con- da conquista do Brinco de a da selho. Mas título do Brasileiro Ouro Princesa vai mesmo assim de 1989 deixar muieles estão juntas saudades. O estádio tos com a equipe’’. Deixando a venda Do mesmo modo que a foi palco dos dois prinum pouco de lado, o torcida, a imprensa espor- cipais títulos do clube, Guarani briga atualtiva também sente muito o campeonato brasileimente pelo acesso à pela perda do estádio. Se- ro de 1978 e o paulista primeira divisão do gundo Nicoletti, os jor- de 1989, ambos concampeonato brasileinalistas estão desolados quistados contra o Palro. com a situação a que che- meiras. Além destes o Na ultima rodada a gou o clube. “Na verdade, campo já protagonizou equipe bateu o Camptodo mundo está chatea- jogos da seleção brainense por dois a um. do. Pelo menos aqui, na sileira e mais duas fiA equipe tem nove ESPN, todos estão sentin- nais de campeonatos pontos e 100% de do a perda do campo de nacionais, em 1986 e aproveitamento. O um time que já foi 1987, e uma histórica Bugre está atrás apecampeão paulista, bra- decisão de estadual, nas do Vasco da sileiro. Não interessa se contra o Corinthians, Gama, que tem melvai ter shopping e emba- realizada também em hor saldo de gols. ixo estacionamento. A 1986. 27 Campinas, 1º de junho de 2009 lide

Arquivo Pessoal

ESPN Brasil, discorda. Ele que compara o negócio com a decisão de uma empresa. “Imagine que você tem uma casa de shows com dez anos. Chega um certo ponto que os negócios dão errado e você vende. Isso está errado, você tem de procurar alternativas, vender uma parte para um sócio, bater o pé, construMichele: “venda é inevitável para o clube se manter de pé” ir outra casa para reaR$ 30 milhões, zerando tudante de jornalismo bilitar a primeira. A assim todos os seus dé- Luis Felipe Rocha venda, no meu modo de bitos. O valor do está- sente muito, mas crê ver, é o jeito mais fácil dio, mais o complexo que a venda é fundade protelar o problee s p o r t i v o , mental para a revitalima’’. Futura Arena terá giraria em zação do clube, “ApeA cúpula do 32 mil lugares torno de R$ sar de o Brinco de Ouro time campialém de alojamento 220 milhões. ser um patrimônio da neiro já fez para 200 atletas A decisão torcida bugrina, a atuum projeto foi anuncia- al situação do clube para a Arena da no dia 31 de março, não permite outra Brinco de Ouro. Nele o em uma assembléia ger- opção, já que o Guaralocal teria lugar para 32 mil torcedores, aloja- al dos sócios, prevista ni está há muito tempo mento para 200 atletas, pelo estatuto do clube. afundado em dívidas, além de um novo cen- Nela, dos quase mil só- processos e ações tratro poliesportivo. O cios, que tinham direito balhistas’’. Já a torceclube ainda receberia a voto, 273 comparece- dora Isabella Lopes, atram a reunião e somente enta para a falta de seis foram contrários. transparência das negociações, “A diretoria Opiniões divididas passou o projeto no ano No que se refere à tor- passado e repassou aos cida bugrina, as sócios, depois disso opiniões são as mais di- não falou mais nada”. Nicoletti: “isso está errado” versas possíveis. O esMas para o clube a Campinas, 1º de junho de 2009 26 lide

Thiago Oliveira/Ana Menani

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Bugre briga pelo acesso à 1 divisão nacional

Jornalismo de primeira classe feito por uma classe do primeiro ano

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