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FALSIF IC AÇÃO Os piratas não dão sossego às marcas. Saiba como as embalagens podem combatê-los
MARCAS PRÓPRIAS Cosméticos do Pão de Açúcar apostam em visual sofisticado
BISNAGAS Selagens diferentes podem mudar a cara do mercado
ENTREVISTA: Presidente da Abimaq fala dos problemas e dos projetos do setor de máquinas
eDITorIal
}}} A
ESSÊNCIA DA EDIçãO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOR
Coisas que fazem a diferença
N
EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 São Paulo, SP Tel.: (11) 5181-6533 Fax: (11) 5182-9463 www.embalagemmarca.com.br Filiada ao
A intenção é que fornecedores, transformadores e usuários de embalagens troquem experiências e informações, num clima ameno e festivo. A fim de que tal objetivo seja alcançado, atrações artísticas não entram na programação. Entendemos que o tempo de todos é curto e, por isso, procuramos otimizá-lo, promovendo uma celebração focalizada efetivamente na homenagem e no incentivo ao fortalecimento do packaging brasileiro. O Prêmio é hoje uma importante ferramenta na missão de transformar informação em conhecimento, que a Bloco de Comunicação se impôs já em sua fundação, 21 anos atrás. Outro instrumento desse alvo são os Seminários Estratégicos integrantes do cIclO DE cONHEcImENTO, do qual o próximo, em 14 de outubro, será o de Sustentabilidade em Embalagens. Trabalhar pelo fortalecimento dessa cadeia, não custa reiterar, é um dos compromissos a que dedicamos o melhor de nosso empenho nos últimos dois decênios. Assim, embora sendo EmbalagEmmarca a mais nova – e mais inovadora – das revistas da área, o corpo jornalístico da editora é o que há mais tempo atua efetivamente na especialidade. É uma experiência acumulada que, acreditamos, também contribui para fazer a diferença. Até setembro.
Wilson Palhares Diretor de Redação:
Wilson Palhares |
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Público-Alvo
Reportagem:
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EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.
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“Levamos ao pé da letra a máxima de que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, mas acreditamos que esta edição do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA superará o êxito da edição inaugural”
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O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.
FOTO dE CAPA: STudIO AG – ANdré GOdOy
a fase de encerramento dos trabalhos da presente edição da revista, fazendo um balanço preliminar do andamento do PrÊmIO EmbalagEmmarca – graNDES caSES DE EmbalagEm, cujo encerramento de inscrições ficou estabelecido para 22 de agosto, tivemos mais um motivo para acreditar em nosso trabalho. Embora a data final para inscrições ainda estivesse distante, o número de cases apresentados era muito expressivo. Parece ser uma agradável tendência, que vai na mão contrária do velho hábito brasileiro de deixar as coisas para a última hora. Ainda que sejamos daquele tipo de otimistas que levam ao pé da letra a máxima de que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, permitimonos acreditar que esta edição do Prêmio superará o êxito da edição inaugural. Dadas as consultas que vêm recebendo, os organizadores do evento prevêem que o amplo auditório da Fecomercio, em São Paulo, será completamente ocupado pelos interessados em assistir à apresentação dos cases escolhidos pelos jurados. Para que a festa não se limite à cerimônia de premiação, ao coquetel e ao jantar, estão tomando providências para que ela seja uma reunião o mais produtiva possível entre empresários e profissionais da cadeia produtiva de embalagem.
sumário }}} Nº 108 }}} agosto 2008
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Higiene Pessoal
Karoline Lankoski, modelo e apresentadora de programa ambiental que criou uma linha de cosméticos naturais e chás
A linha de lenços de papel Kleenex estréia caixas que servem também como porta-retratos
Reportagem de capa: Pirataria
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Artigo
Prêmio EmbalagemMarca
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30 Cervejas
Com garrafa retornável de 1 litro, Skol busca avançar no consumo doméstico
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Higiene pessoal e beleza
Lynn Dornblaser Pesquisadora do Mintel pinça exemplos de apresentações inovadoras
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A Taeq, do grupo Pão de Açúcar, lança uma linha de beleza com fórmulas exóticas e embalagens exclusivas
Internacional
Garrafa de PET para azeite procura imitar garrafa de vidro
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Embalagens de nova linha infantil da Natura se transformam em brinquedos “ecologicamente corretos”
Plásticas Marcas próprias
Cada vez mais diferenciado, o corte das selagens vem dar personalidade às bisnagas
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Entrevista: Luiz Aubert Neto
Presidente da Abimaq, do setor de máquinas, questiona a sobrevivência da indústria nacional de bens de capital
Segunda edição do prêmio concedido aos grandes cases de embalagem ultrapassa as 170 inscrições
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Enquanto a pirataria se globaliza, também se acentuam os avanços nos métodos antifalsificação de embalagens, para proteger as marcas
Para Sterling Anthony, embalagem é o componente mais tangível da Budweiser, comprada pela InBev
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Cinco perguntas para
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Ciclo de Conhecimento Apontar caminhos, o objetivo do Seminário Estratégico de Sustentabilidade na área de Embalagem, preparado para outubro
Internacional Inovação inglesa para leite junta garrafa feita com polpa de papel reciclado e bolsa biodegradável
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70
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Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor
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Espaço aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores
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Só na web
O que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal levam aos internautas
Panorama
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Movimentação do mundo das embalagens e das marcas
Painel gráfico
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Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
Display
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Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
Almanaque
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Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
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espaÇo aberTo
Robôs
Com relação ao artigo “A lógica versus a
situação”, gostaríamos de informar que a Pavax é pioneira na distribuição oficial dos robôs Fuji-Ace para o Brasil. A Fuji não trabalha com representantes exclusivos, e temos um contrato de distribuição assinado com eles desde 2007. Diferentemente de outros no mercado, a Fuji somente fabrica os robôs, não fazendo integração. Somos responsáveis tecnicamente pelos sistemas, inclusive desenvolvendo atuadores e transportadores na maioria dos casos. Marcos V. X. da Silveira Diretor – Pavax Barueri, SP
Sou espanhol, de Barcelona, e trabalho para a empresa norte-americana RAM Mechanical Inc. Fabricamos linhas de produção automatizadas principalmente para a indústria de engarrafamento. Utilizamos os robôs para as aplicações de paletes de garrafas. Leio EmbalagEmmarca mensalmente e desejo parabenizá-los pela reportagem de capa da edição 107 (“A lógica versus a situação”). Excelente! Gervasio López Barcelona, Espanha
Multipacks
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uero parabenizar a revista pela matéria sobre multipacks econômicas para cervejas e fazer uma observação. Foi citado que a inovação no sistema de venda de cerveja
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}}} OPINIÕES,
CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORES
no varejo começou com o lançamento, pela AmBev, do pack de 18 latas da Skol em 2007. Na verdade, o processo teve inicio no segundo semestre de 2006. A Ladal (fornecendo o filme) e a BR Ind. e Com. de Embalagens Plásticas Ltda. (co-packer) possibilitaram o projeto que, naquele momento, consistiu em proporcionar ao cliente que mensurasse os resultados sem nenhuma alteração em suas linhas de produção. Aliás, naquela ocasião a AmBev lançou simultaneamente packs de 15 e de 18 latas, todos feitos por Ladal e BR. De acordo com a receptividade do consumidor, a AmBev optou por promover adaptações nas suas linhas para o item com 18 unidades. Ou seja, foi um tiro certeiro, conforme mostrou a matéria da edição de julho. Roberto A. Lacerda Diretor Ladal Plásticos e Embalagens Ltda. Rio Claro, SP
Viajar impreciso
Vimos, por meio desta, agradecer à equi-
pe de redação e edição da Revista Embasobre a excelente matéria publicada na reportagem de capa da edição 106 (junho 2008) com o título “Viajar Impreciso – Embalagens compactas de produtos de higiene pessoal e beleza têm amplo espaço para crescer no Brasil”. A equipe da C-Pack parabeniza a revista por sua postura transparente, focando o mercado e seus fornecedores em geral. Janice Minef da Silveira Assessora Executiva de Marketing C-Pack Creative Packaging S.A. São José, SC lagEmmarca
Sempre atual
S
ou venezuelana e vivo em Rochester, Nova York. Escrevo para felicitá-los pela revista EmbalagEmmarca, que leio desde que é publicada a versão em espanhol. Trabalho em uma indústria de embalagens e sou gerente de produção. A revista é muito didática e muito informativa. É algo com que hoje não posso deixar de contar para poder me atualizar sobre o que acontece no mercado de embalagens do Brasil e da
América Latina. Sigam em frente. Natalia Diaz Rochester, Nova York (EUA)
Design de Chronos
A reportagem intitulada “Com travas
móveis”, sobre a linha Chronos, Flavonóides de Passiflora, da Natura (EmbalagEmmarca nº 106, junho de 2008), traz a informação inverídica de que a Nó Design foi quem criou o design da embalagem. Na verdade, essa agência não participou de nenhuma fase do projeto. O design da embalagem e a solução técnica foram 100% desenvolvidos pela Natura, em parceria com a Incom. Isso se trata de uma apropriação indevida dos créditos de criação. Gostaria de saber como esta informação chegou a vocês. Rômulo Zamberlan Coordenador de Inovação em Embalagens Natura Cajamar, SP Na reportagem está dito que o mérito do desenvolvimento da embalagem é dividido entre a agência e a empresa. Literalmente: “O projeto da embalagem foi criado pela Nó Design em conjunto com a Natura”. A informação de que a Nó Design teria participado do desenvolvimento foi obtida no site daquela empresa (www.nodesign. com.br).
Vitacarta
G
ostamos muito da reportagem “Fácil de guardar e de visualizar”, publicada na edição número 107 de EmbalagEmmarca. As novas embalagens dos cereais matinais Kellness ficaram bonitas, com sistema de fechamento criativo e eficiente. O papel cartão utilizado nas embalagens é o Vitacarta 350g/m², da Papirus Indústria de Papel S/A. Na reportagem o produto saiu com o nome de Vidacarta. Solicito a correção. Amando Varella Diretor Comercial Papirus Indústria de Papel S/A São Paulo, SP
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só na web Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da revista levam aos internautas internacional
Garrafas temáticas de alumínio A Coca-Cola, uma das empresas patrocinadoras das Olimpíadas, apresenta uma série limitada de embalagens em comemoração aos Jogos Olímpicos. A novidade, batizada de WE8 – União de Dois Mundos, é composta por oito garrafas de alumínio com os temas Felicidade, Perseverança, Paz Mundial, Momentos Alegres, Otimismo, Mundo Saudável, Harmonia Global e Solidariedade. Cada versão circula em um país. O Brasil recebe a variante Harmonia Global, com design da chinesa Xiao Xue. Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/we8 Normas Display
Elegê lança polpa de frutas A Elegê apresenta ao mercado a Polpa Elegê nos sabores mix de mamão com laranja com morango e ameixa e morango. O design das embalagens é da Packing Design. As bandejas de poliestireno (PE) são fornecidas pela PLM Plásticos e os selos de alumínio pela Graffo Paranaense. Leia mais em
www.embalagemmarca.com.br/elegepolpa
Anvisa discute corantes em embalagens A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu consulta pública para atualização de resolução que estabelece os critérios para os corantes utilizados em embalagens e equipamentos plásticos que entram em contato com alimentos. As contribuições para a consulta pública podem ser enviadas até o dia 20 de outubro pelo e-mail
[email protected] Leia mais em
www.embalagemmarca.com.br/anvisacorantes
Panorama
Polo Films estréia novo site A Polo Films, empresa fabricante de filme de polipropileno biorientado (BOPP), estréia novo site (www.polofilms.com.br). A empresa, que faz parte da Unigel Química S/A, possui duas unidades fabris e é a única produtora de BOPP na América Latina a dominar duas tecnologias de produção, tubular e plana. Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/novositepolo
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perguntas para Karoline Iankoski á cerca de quatro anos, o êxito e a relativa fama que vinha obtendo como modelo fotográfico da agência Mega abriu para a jovem Karoline Iankoski a oportunidade de tornar-se apresentadora do programa sobre ecologia e esportes radicais Eco Brasil, gravado pela TV Sul em Florianópolis e transmitido para os Estados do Sul do país. Na tevê Karoline ia igualmente bem, mas o acúmulo de duas carreiras obrigou-a a trancar matrícula no curso de Arquitetura da Universidade Unisul, quando se encontrava a um ano e meio da conclusão. A inclinação natural que tinha por conhecer temas relacionados ao bem estar, acentuada nas entrevistas do programa ambiental e no obrigatório contato com produtos de beleza em viagens como modelo pelo Brasil e pelo exterior, aguçou-se quando conheceu mais a fundo as propriedades cosméticas da soja. Isso se deu quando conheceu aquele que hoje é seu marido, o empresário Rodolfo Rohr Neto, diretor da SóSoja, uma produtora de leite e alimentos derivados daquela leguminosa, localizada em Caldas Novas, Goiás. Não demorou para que Karoline, com o auxílio de cientistas e especialistas da área de cosméticos, decidisse desenvolver produtos no mínimo semelhantes àqueles que tinha de usar para posar para as fotos ou para maquiar-se ao enfrentar as câmeras da TV Sul. Recentemente ela lançou a marca Clini, iniciando com uma linha de cuidados pessoais (cremes, xampus e condicionadores) e acaba de lançar uma linha de chás, todos produzidos de forma terceirizada pela Naturelle. Aqui ela diz fazer questão de acentuar que “o Brasil é um país de empreendedores porque é um país de oportunidades”. Com base em sua experiência, Karoline diz que “vale a pena ousar”.
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foto: studio ag – andré godoy
H
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O que a leva a apostar no sucesso dos produtos Clini?
É a falta de oferta no mercado de produtos que realmente funcionem. Trabalhei como modelo. Quando uma modelo vai fazer um comercial, passam aquela chapinha, aquela escova, aqueles sprays que detonam o cabelo. Depois disso é necessário algo para hidratar. Sempre fui apaixonada por cosméticos. Nas minhas viagens, sempre compro os melhores produtos, mas muitas vezes eles não funcionam, não mudam nada. A partir daí disse para mim mesma: “Vou atrás; nem que demore um tempo para ficar pronto, vou ter meu produto, mas tem de ser uma coisa que eu possa usar”.
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O que observou lá fora serviu de base para a elaboração dos produtos que está lançando? Ou você procura fazer produtos diferentes tanto das marcas internacionais quanto das nacionais?
Basicamente, procuro fazer diferente. A maioria das marcas foca só em um ingrediente – por exemplo, um creme à base de óleo de macadâmia, onde colocam apenas aquilo, uns
“Preferi pagar um pouco mais caro, mas lançar um produto bom em um lote menor. Conseguimos fazer uma embalagem bonita, que transmite qualidade, a idéia de um bom produto. A aceitação do público está sendo muito boa.” www.embalagemmarca.com.br
complementos, e pronto. Nos meus produtos tem óleo de macadâmia, óleo de soja, proteína hidrolisada de soja, tem vitamina E, ou seja, é um produto consistente, bem forte, que funciona. Quem usa sente a maciez e o brilho na pele ou no cabelo.
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Além dos ingredientes, existe algum ponto forte que a leve a acreditar tanto em seus produtos?
Sim. É a embalagem. Com a ajuda da Sara (de Paula Souza), da Hi Design, escolhi uma bisnaga standard, porque ela pode me atender tanto para o xampu quanto para o condicionador, com rótulo auto-adesivo no-label look – aquele que simula a impressão feita diretamente sobre a superfície da embalagem – e detalhe em hot stamping. Como a Clini começa com a produção de lotes reduzidos em cada linha, até porque ainda não é bem conhecida no mercado, houve um problema no fornecimento, pois os lotes eram pequenos. Assim, ou pagava um pouco mais caro ou fazia um lote maior. Preferi pagar um pouco mais caro, mas lançar um produto bom em um lote menor. Conseguimos fazer uma embalagem bonita, que transmite qualidade, a idéia de um bom produto. A aceitação do público está sendo muito boa.
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Onde os produtos estão sendo colocados?
Por enquanto, no Museu da Soja, uma estrutura que fica no mesmo terreno da fábrica da SóSoja. O Museu da Soja tornou-se um ponto turístico da cidade de Caldas Novas. Passam por lá de 300 a 700 pessoas por dia. É um ponto no qual realmente pude fazer um teste e teve aceitação. As pessoas voltam e estão pedindo por telefone e por e-mail. Você está lançando uma linha de chás e já anunciou que pretende lançar uma linha de tratamento corporal, para prevenir o envelhecimento e as rugas e também um creme para celulite, à base de óleo de café. Além do princípio dos ingredientes naturais, que atributos destacaria nesses produtos?
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As embalagens. O que busquei foi que tivessem a propriedade de agregar valor sem, necessariamente, aumentar muito o preço unitário para o consumidor final. Sem boas embalagens não adianta oferecer o melhor produto do mundo.
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Se você se preocupa com a saúde do planeta e dos negócios, não pode ficar de fora.
Seminário Estratégico de Sustentabilidade na Área de Embalagem.
O que é ser Sustentável no mundo corporativo Em um futuro bem próximo não haverá lugar para empresas e negócios isolados dos conceitos de sustentabilidade, de preocupação com os grupos de interesse e dos conceitos básicos de sustentação da governança. A cadeia de embalagens não foge a essa nova realidade. A pressão vinda de várias fontes – consumidores, organizações não-governamentais e órgãos oficiais – faz com que a adoção de práticas sustentáveis nos negócios seja uma necessidade, e não mais um conceito abstrato. A pergunta muda de “quando” para “como trabalhar com essa nova realidade”. O seminário apresentará formas de abordar a sustentabilidade, na indústria de embalagens, como elemento de geração de negócios, mostrando que ações que usam o assunto meramente como elemento de comunicação hoje são, na verdade, insustentáveis.
Dia 14 de outubro de 2008, na Amcham Brasil, em São Paulo. Palestrantes confirmados:
Programação
• Martin Bunce, designer da TinHorse Design Limited
08h00 - 08h45 - Credenciamento e Welcome Coffee 08h45 - 09h00 - Abertura
• Paulo Pompilio, diretor de responsabilidade sócio-ambiental do Grupo Pão de Açúcar
09h00 - 10h00 - O que é ser sustentável no mundo corporativo 10h00 - 10h30 - Coffee Break 10h30 - 11h30 - Varejo: Pressões sobre as embalagens 11h30 - 12h30 - A Sustentabilidade, a empresa e o consumidor
• Victor Fernandes, diretor de desenvolvimento da Natura
12h30 - 14h00 - Almoço
• Eduardo Vaz, diretor industrial da Bertin Higiene & Beleza
16h00 - 16h30 - Coffee Break
14h00 - 15h00 - Case de coleta e reciclagem 15h00 - 16h00 - Ecodesign e inovação no desenvolvimento de embalagens 16h30 - 17h30 - Painel de Usuários - A sustentabilidade na cadeia de suprimentos
www.embalagemmarca.com.br/ciclo Informações sobre • Palestras e palestrantes • Como patrocinar o evento • Como participar do seminário
[email protected]
O Ciclo de Conhecimento é um programa abrangente e permanente de análise, estudo e difusão de informações relacionadas à cadeia de embalagens, desde o fornecimento de matérias-primas até a indústria usuária e o varejo. Trata-se de uma ação contínua para promover eventos que podem ser classificados como “de transformação”. Sua missão é contribuir para o desenvolvimento de profissionais e empresas do setor. O que oferecemos ao setor é mais informação com valor agregado.
Apoio
Realização
}}} HiGieNe pessoAl
Lenços e lembranças Kleenex tem coleção de embalagens que funcionam como porta-retratos
Há quatro opções de cubos com espaço para fotos: três com desenhos para jovens e adultos e uma para as crianças (à esquerda)
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eriodicamente a linha de lenços de papel Kleenex, da Kimberly-Clark, estréia novas embalagens. O destaque agora fica com a variante cubo, que recebeu uma janela para ser usada também como porta-retrato. A idéia de se criar uma embalagem que também fosse um porta-retratos foi de um funcionário da empresa, que a incluiu no programa interno “Caçadores de Oportunidades”, em que os trabalhadores dão sugestões de novos produtos. O processo de criação dos cubos porta-retratos Kleenex “foi conduzido em estreita relação entre a DBox Design, a Kimberly-Clark e a gráfica Ibratec”, conta André Ianni, diretor de criação da DBox. “A idéia foi aproveitar ao máximo o conceito de um produto personalizável, com grande apelo decorativo e compatível custo de produção, e isso exigiu uma grande pesquisa conceitual e testes para aplicação destes conceitos aos diversos públicos do produto”, relata Ianni. O desenvolvimento do projeto demandou três meses. Idealizadas para serem colocadas em mesas, escri-
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vaninhas e criados-mudos, as caixas – produzidas em papel cartão com verniz pela Ibratec – acondicionam 100 lenços duplos. Em uma das faces há uma janela onde pode ser encaixada uma foto. Basta o consumidor inserir a fotografia por um vão na aresta superior e a embalagem torna-se uma moldura para a imagem. São três modelos com orifícios quadrados de 7,2 x 7,2 centímetros e um – o infantil – com formato oval. “Queríamos fazer da embalagem algo ainda mais atrativo, bonito de expor e personalizado”, comenta Mario Loor, diretor da divisão de Cuidados com a Família da Kimberly-Clark. A empresa espera que as novas embalagens aumentem as vendas em aproximadamente 5%. As embalagens que têm como público-alvo as crianças têm o rosa como cor predominante. Os cubos dirigidos aos jovens apostam no contraste do fundo branco com cores vibrantes das estampas. “A idéia foi aproveitar ao máximo o conceito de um produto personalizável, com grande apelo decorativo e compatível com o custo de produção”, assinala Ianni, da DBox. (MF)
DBox Design (11) 3721-4509 www.dboxdesign.com.br Ibratec (11) 4772-8277 www.ibratecgrafica.com.br
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ARTIGO }}} STERLING ANTHONY
Esta Bud é nossa A compra da Anheuser-Busch pela InBev alerta novamente a indústria de bens de consumo sobre as realidades do mercado global
O
Por Sterling Anthony*
trono da Rainha das Cervejas (1) foi transferido para a Europa, onde a realeza é bem-recebida há séculos. A Rainha foi comprada. Longa vida à Rainha. A aquisição da Anheuser-Busch pela cervejaria belgo-brasileira InBev cria a quarta (talvez terceira) maior empresa de bens de consumo do mundo. O negócio, visto em seu escopo, é uma mina de ouro para análise e reflexão que extrapolam as partes envolvidas. E, como sempre que se fala de indústrias de bens de consumo, a embalagem constitui uma rica inspiração. O que a InBev desejava era a marca Budweiser. Independentemente de como se queira definir o que é marca, não há um
componente seu que seja mais tangível que a embalagem. Em muitas instâncias, as diferenças funcionais entre produtos concorrentes não é grande, e a embalagem é o fator diferenciador. A embalagem apresenta e representa, fisicamente, aspectos que a marca cria na mente dos consumidores. A embalagem é uma construidora de marcas e, por isso, deve ser um fator a ser considerado pela parte interessada numa estratégia de aquisição. Isso é igualmente verdadeiro na estratégia pós-aquisição, considerando-se que as aquisições são efetuadas para transformar sinergias em crescimento e lucros. Estratégias importantes para conseguir isso incluem foco no mercado global, no mercado local ou na criação de marca, cada um cons-
“O que a InBev desejava era a marca Budweiser, da qual não há um componente mais tangível que a embalagem”
(1) Em inglês, King of Beers, ou o Rei das Cervejas.
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tituindo uma reação a influências culturais, políticas e econômicas.
seus efeitos fragmentadores sobre uma estratégia global de marca. Além disso, o dono da marca não deve se expor a desgastes explorando mercados onde a legislação é frouxa. Ao contrário, a estratégia global de marca deve mostrar um compromisso forte e consistente com a sustentabilidade das embalagens, ainda que a implantação específica possa ter de variar entre mercados.
Mercado global Um produto com marca internacional é distribuído, sem alterações em sua essência, em vários mercados ao redor do mundo. Isso significa que um consumidor acostumado com aquela determinada marca a reconhecerá por sua aparência e função em qualquer parte do globo. A Coca-Cola – aquela da fórmula universal e secreta – é o exemplo clássico. Mas o fato de um produto não passar por mudanças substantivas de lugar para lugar não diminui a importância de todas as variáveis específicas que impactam a embalagem em mercados específicos. A infra-estrutura de transporte, por exemplo, pode requerer que a embalagem seja mais reforçada. Essa maior proteção deve estar na embalagem primária, na secundária, na terciária, ou distribuída entre as três? Fatores relacionados ao uso/consumo de um produto com marca global podem variar em cada mercado, afetando questões fundamentais como o tamanho das embalagens e a viabilidade do uso de multipacks. Não são necessários muitos exemplos para mostrar que o conceito de produtos globais é relativo, e que variações nas embalagens não podem ser totalmente descartadas. Uma discussão envolvendo estratégias globais de marca e de embalagem precisa obrigatoriamente ao menos aludir à questão da sustentabilidade. E por um bom motivo. Por mais diversos ou similares que sejam os mercados ao redor do mundo, é o mesmo mundo. Esse fato, bem como as suas implicações, faz da embalagem sustentável um dos maiores desafios/oportunidades de hoje. As regulamentações sobre embalagens sustentáveis variam de país para país, indo das mais restritivas às inexistentes, assim como mudam os focos relativos colocados em redução, reciclagem e reutilização. Mas a questão é mais complexa do que obedecer às várias regulamentações e tentar minimizar
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Mercado local
“O fato de um produto não passar por mudanças substantivas de lugar para lugar não diminui a importância de todas as variáveis que impactam a embalagem em mercados específicos”
Também ocorre, freqüentemente, de os donos de marca precisarem modificar o produto, mas não a embalagem; depois, a embalagem precisa desempenhar todas as suas funções de proteção, comunicação e utilidade. Todos os McDonald’s ao redor do mundo são instantaneamente reconhecíveis, apesar de a mesma uniformidade não ser aplicável aos cardápios. No que se refere às embalagens, a tarefa é como manter certos componentes constantes, mais notadamente o nome da marca e o logotipo, enquanto se mexe em outros componentes para atender as demandas do mercado. Um em particular, a cor, pode ter conotações e associações diferentes em função de normas sociais. Normas culturais podem também interferir na forma com que o produto é mostrado na embalagem, e também quando se vai retratar pessoas, caso o gênero faça diferença. Textos promocionais também podem ser afetados, pois culturas diferentes podem interferir na pertinência das mensagens. Além disso, um fator como o nível médio de educação impacta na compreensão de instruções, bem como no equilíbrio entre palavras e símbolos.
Criação da marca Às vezes, o melhor – se não o único – recurso é criar uma nova marca para um mercado específico. Apesar de, obviamente, tomar o nome da marca como ponto de partida, a nova marca pode ser parecida ou completamente diferente da original, conforme as circunstâncias específicas indicarem. Qualquer que seja o grau de semelhança, contudo, a embalagem
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precisa incorporá-la efetivamente. Uma condição que pode justificar a estratégia de criação de uma nova marca é o idioma. O nome original pode ser de difícil pronúncia. Ou o nome traduz uma idéia na melhor das hipóteses cômica ou ridícula – basta lembrar o desastre da Chevrolet com o Nova nos mercados sul-americanos, onde “no va”, em espanhol, significa “não anda”. Ou, ainda, o mercado local utiliza um alfabeto diferente. Ou a marca não está disponível, pois foi registrada por outra empresa. Qualquer que seja o motivo, nenhuma transferência “no atacado” deve ser feita para a embalagem, sem que se considerem as circunstâncias de mercado mencionadas acima.
Não aposte em ufanismos A maior parte das aquisições de marcas americanas por empresas estrangeiras recebeu bem menos atenção que a cobertura do negócio entre a InBev e a A-B. A compra da Miller Brewery Company pela South Africa Brewery foi bem menos alardeada. Na verdade, algumas marcas tradicionais nos lares americanos são estrangeiras. Entre elas estão Gerber, Woolite, Ben & Jerry’s e Clearasil. Apesar disso, é prudente que marcas domésticas e estrangeiras considerem se, e como, uma aquisição vai afetar o mercado doméstico. A marca é tão intrincada no mercado local que se pode mensurar o número de consumidores que sentirão algum conflito entre a lealdade à marca e patriotismo? AA-B, definitivamente, é um caso desses, e possivelmente há outros. Trazendo a discussão para embalagens, como se deve proceder se, por exemplo, os consumidores começarem a imaginar alterações numa marca adquirida? Num cenário desses, uma campanha de comunicação pode ser necessária; porém aquisições geralmente são acompanhadas por cortes para eliminar custos. Portanto, se propaganda, relaçõespúblicas e outros componentes do mix de comunicação ficarem espremidos, a obrigação de comunicar percepções equivocadas
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pode recair desproporcionalmente sobre a embalagem.
É um mundo pequeno, afinal
“Há uma ironia no fato de que, quanto mais bem-sucedida for uma marca, mais atraente ela será para aquisições, e mais bemposicionada estará para adquirir outras marcas”
Aquisições, grandes ou pequenas, envolvendo partes internacionais, são manifestações da globalização: compras, produção, marketing e distribuição de produtos feitos com base nas vantagens comparativas de vários países. Nenhuma companhia de capital aberto pode se blindar a isso, seja como parte compradora ou comprada. Há uma ironia intrínseca no fato de que, quanto mais bem-sucedida for uma marca, mais atraente ela será para aquisições, e mais bem-posicionada estará para adquirir outras marcas. E, como mencionado no início, marca, produto e embalagem estão intimamente ligados. Profissionais de embalagem precisam ter conhecimento – pelo menos conceitual – sobre mercados globais e globalização. Por isso, visitar feiras internacionais, tais como a Interpack (Düsseldorf, Alemanha) e a Pack Expo (Chicago e Las Vegas, Estados Unidos), é um investimento proveitoso. A análise final é que uma aquisição é como um casamento, com o sucesso estando ligado ao tipo correto de pensamento e julgamento durante o namoro, e, depois, à combinação de personalidades individuais e à fuga daquelas assustadoras diferenças irreconciliáveis. Podem, então, duas gigantes do mercado de cerveja encontrarem o amor verdadeiro? Teremos de esperar para ver o que está por vir. * O americano Sterling Anthony é consultor em embalagem, tendo trabalhado em grandes empresas de alimentos, saúde e do mercado automobilístico. Também lecionou packaging em universidades nos Estados Unidos. Seu e-mail é
[email protected], e seu site é o www.pkgconsultant.com. COPyrIGHT 2008 SuMMIT PuBLISHING COMPANy. TOdOS OS dIrEITOS rESErvAdOS. ESSE ArTIGO, PuBLICAdO OrIGINALMENTE EM 25 dE JuLHO dE 2008 NA NEWSLETTEr PACKAGING INSIGHTS, dA PACKAGING WORLD (WWW.PACKWOrLd. COM), é rEPrOduZIdO COM AuTOrIZAçãO dA SuMMIT PuBLISHING COMPANy. PACKAGING WORLD é uMA MArCA rEGISTrAdA dA SuMMIT PuBLISHING COMPANy.
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Proteger para não A indústria da pirataria encontra cada vez mais facilidade para copiar produtos. Para as marcas fortes, a boa notícia é que existem avançadas tecnologias para combatê-la Por Guilherme Kamio
A
globalização expandiu admiravelmente as oportunidades de negócios para as indústrias. Mas, numa de suas facetas mais amargas, também fortaleceu a pirataria. O contrabando e a contrafação são atividades cada vez mais poderosas na economia mundial. “Produtos falsificados já chegam a gerar um prejuízo anual da ordem de 630 bilhões de dólares às marcas genuínas”, calcula o jornalista venezuelano Moisés Naím em seu livro Ilícito – o Ataque da Pirataria, da Lavagem de Dinheiro e do Tráfico à Economia Global. Com essa cifra, a indústria da falsificação ocuparia um destacado 61º lugar no ranking do Fundo Monetário Internacional (FMI) que avalia os PIBs de 180 nações. Réplicas de baixa qualidade, caricatas, facilmente identificáveis, são definitivamente coisas do passado. Dinâmico e emancipado do controle dos Estados como nunca, o comércio internacional garante fácil acesso a sofisticadas tecnologias de falsificação, dedicadas em amplo grau à reprodução de embalagens – o que não surpreende, na medida em que elas são as personificações dos produtos (para não dizer que elas são os produtos). Persuadido por embalagens falsas, o consumidor pode adquirir bens de consumo cuja qualidade fatalmente deixa a desejar. Mas, no caso de alimentos e, principalmente, de medicamentos, os embustes podem ocasionar problemas de saúde pública, ameaça intitulada nos Estados Unidos de “terrorismo de varejo”.
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Resultado: perdas que extrapolam a sangria imediata dos caixas, já que colocam em risco as reputações das marcas. “Se a noção de que as marcas são bens valiosíssimos já está largamente assimilada pelas empresas, nem tanto está a de que, como qualquer patrimônio, elas devem ser protegidas”, diz Jack Walsh, gerente de marketing da divisão de Soluções de Proteção de Marcas (Brand Protection Solutions) da americana Videojet, fabricante de equipamentos para codificação e marcação de embalagens. De acordo com Walsh, a codificação pode ser uma aliada no combate à pirataria, pois, ao contrário do que ocorria até a década de 90, quando somente permitia identificar lotes, hoje permite o controle unitário de produtos. Para legitimar produtos, uma das propostas da Videojet é a aplicação de códigos invisíveis nas embalagens, gravados por codificadoras inkjet com tinta ultravioleta (UV), identificável somente por leitores especiais. Há diversas opções de dispositivos anticópia ocultos para embalagens, apenas detectáveis por filtros, leitores ou análises laboratoriais. A Innovapack, por exemplo, começa a disponibilizar no Brasil papéis cartão para a produção de invólucros dotados de “impressões digitais”. A tecnologia, chamada Authentica, permite a autenticação do material com o uso de scanners. “Um dos leitores tem forma de caneta, para facilitar as inspeções de campo, como as feitas em ambiente
Tecnologia Authentica esconde marcas de originalidade em cartuchos
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remediar
de varejo”, comenta Helio Kikuchi, da área de marketing e vendas da Innovapack. Outra solução, recém-lançada pela alemã Microglyph, propõe códigos “camuflados”, integrados a elementos do design gráfico das embalagens. A solução já é utilizada nas embalagens
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plásticas flexíveis do chocolate Milka, da Kraft Foods, na Europa.
Nas mãos do consumidor Além das tecnologias furtivas, outra grande categoria de sistemas de segurança para embalagens é aquela dos mecanismos de segurança visíveis, como hologramas e tintas reativas. Os mais populares artefatos desse gênero são os selos de segurança conhecidos como OVDs – ou dispositivos ópticos variáveis, vertendo-se do inglês os componentes da sigla. Referência mundial nessa área, a alemã Kurz lançou recentemente uma nova coleção de sofisticados efeitos para seus selos Trustseal, a fim de evitar replicações por falsários. “As principais novidades são selos com imagens de finíssima resolução, somente perceptíveis com lupas especiais, e efeitos de figuras superpostas sobre hologramas que aparecem em movimento sob determinado ângulo”, detalha
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Fernando Mota, gerente da divisão de segurança da Kurz para a América Latina. Dispositivos de segurança visíveis geralmente são frutos de tecnologias complexas, guardadas a sete chaves, e certamente podem formar uma barreira à falsificação. No entanto, eles se baseiam na autenticação pelos consumidores, que muitas vezes não sabem distinguir se os hologramas ou tintas nas embalagens são legítimos. Isso acaba facilitando o trânsito dos produtos piratas. “Infelizmente, muitos clientes que investem em dispositivos de segurança não fazem campanhas de informação ao público”, admite Mota. Os sistemas de proteção ocultos, por sua vez, dependem de programas de confidencialidade e muitas vezes são desconsiderados por aquilo que,
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Microglyph propõe códigos “camuflados” nos designs de embalagem. As áreas contendo códigos são destacadas na foto ao lado
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em teoria, seria uma blindagem contra os piratas: o custo de adoção. A Suzano Papel e Celulose, por exemplo, desenvolveu recentemente um papel cartão antipirataria com fibras especiais e outros elementos escamoteados formadores de uma espécie de DNA, mas o projeto, pelo o que se sabe extra-oficialmente, foi engavetado por baixo interesse do mercado. O fato é que, como não poderia deixar de ser, cada sistema antipirataria tem seus pontos fortes e fracos. Por isso, a cada dia ganha força a recomendação de colocar nas embalagens sistemas antipirataria complementares e até redundantes, isto é, múltiplas camadas de proteção. Na Drupa, feira do setor gráfico realizada na Alemanha entre o fim de maio e o início de junho deste ano, uma aliança entre empresas de diferentes competências (a provedora austríaca de sistemas de autenticação Jura JSP, a fabricante de vernizes Weilburger Graphics, a Kurz, a fabricante de impressoras offset MAN Roland e as produtoras de tintas gráficas Merck e Sun Chemical)
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apresentou o conceito de um cartucho de papel cartão para medicamentos com seis (!) elementos de segurança integrados (veja a reprodução na próxima página). “Esse approach está se consolidando na Europa, mas no Brasil as empresas ainda costumam empregar uma tecnologia em detrimento de outra, sob alegadas questões de inviabilidade de custo”, comenta Mota, da Kurz.
RFID é uma promessa Uma outra classe de elementos de segurança para embalagens compreende os sistemas de serialização, como os códigos de barras. Nesse ramo, a grande aposta é a tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID), na forma de etiquetas inteligentes, dotadas de chips capazes de armazenar dados. “A grande finalidade do RFID é auxiliar a logística da cadeia de suprimentos, mas suas possibilidades se desdobram e incluem a segurança contra a pirataria, já que a velocidade na captura de informações permite verificar a autenticidade de um produto sem nem sequer
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Tecnologia da Kurz permite a superposição de imagens em selos de segurança: barreira contra cópias
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abrir sua caixa”, explica Roberto Matsubayashi, gerente de soluções da GS1 Brasil (Associação Brasileira de Automação). Mais que atestar a originalidade de produtos, funcionando como um pedigree eletrônico (ou e-pedigree, como já se convencionou chamar lá fora), o RFID também pode, quando operado com homologações ao longo de todos os estágios antecessores ao ponto-de-venda, denunciar culpados por eventuais desvios de produtos de suas malhas oficiais de distribuição. Uma solução com essas virtudes, alicerçada em etiquetas RFID não só capazes de serem validadas in-loco, por leitores, mas também através da conferência de códigos na internet, acaba de ser proposta pela empresa franco-americana eProvenance para proteger vinhos de primeira linha das ameaças das falsificações e do mercado negro (veja EmbalagemMarca nº 106, junho de 2008). Mas, não obstante seja promissora, essa modalidade avançada de codificação ainda não deslanchou. Motivo: o alto custo de implantação e de monitoração em grau unitário. “Cabe registrar, porém, que o preço vem caindo bastante”, assinala Wagner Bernardes, diretor de marketing e vendas da Seal Sistemas, especializada em processos de automação com código de barras, redes sem fio e RFID. “Uma etiqueta que em 2005 custava 1,50 real hoje chega a custar 50 centavos.” Na vanguarda dessa tendência de rastreamento unitário de produtos com RFID está a Pfizer, que aplica etiquetas inteligentes em cada um dos cartuchos de seu medicamento contra disfunção erétil Viagra – “mas, por enquanto, só nos Estados
Marcador invisível de segurança
Detalhe em cold foil holográfico aplicado em linha Selo OVD (dispositivo óptico variável)
Tinta com pigmento reativo
Tinta com elemento oculto Aliança de empresas de diferentes competências apresentou, na Drupa, embalagem conceito com seis de segurança integrados
Unidos”, informa João Fittipaldi, diretor médico do braço nacional do laboratório. No Brasil, ele detalha, a segurança das embalagens das famosas pílulas azuis do produto fica a cargo de um dispositivo de autenticação friccional com tinta reativa (vulgarmente conhecido como “raspadinha”) e de um selo holográfico trocado periodicamente (o atual foi adotado no fim de 2007).
Validação por quem compra
Sistema eProvenance utiliza etiquetas RFID para proteção e possibilidade de rastreamento
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Paralelamente ao RFID e aos sistemas híbridos, também são promissoras na luta contra a pirataria as ferramentas que buscam transformar o consumidor em parte crucial da validação de produtos. A Bosch, por exemplo, vem utilizando nas caixas de suas ferramentas comercializadas na Europa um sistema desenvolvido pela alemã Schreiner que, através de códigos impressos em selos de segurança, permite rápida aferição da
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Caixa do Viagra tem RFID nos EUA. Aqui, selo holográfico e “raspadinha”
legitimidade dos itens num espaço dedicado de seu portal na internet. As consultas são gravadas num banco de dados de modo a impedir validações duplicadas. Já a fabricante americana de cartuchos de papel cartão Chesapeake Corporation lançou há cerca de dois meses uma tecnologia chamada Pro-tex que permite verificar a autenticidade de suas embalagens através do serviço de mensagens de texto dos telefones celulares. Ao enviar um “torpedo” com o código alfanumérico estampado na embalagem, o consumidor recebe, como texto de resposta, um endosso, caso a embalagem seja original e conste do banco de dados da empresa, ou um alerta, caso o código seja inverídico. Ainda incomuns, mas engenhosas para se coibir a pirataria e os desvios para o mercado negro, são as embalagens já projetadas com dispositivos de segurança. No Brasil, um exemplo é o do frasco criado pela 3D Modeling para uma vacina veterinária da Fort Dodge. O molde da embalagem foi criado de modo a incorporar um elemento intercambiável: uma cara estilizada de boi, postiça, que pode ser trocada a qualquer momento para evitar um fácil padrão de cópia. “Esse tipo de trabalho ainda é raro”, diz Reginal-
Selo das ferramentas da Bosch: validação pela internet
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do Miranda, gerente de projetos da 3D Modeling. “Pelo custo envolvido, é mais fácil de ser adotado por indústrias verticalizadas, que fabricam suas próprias embalagens”. O caso da Fort Dodge evidencia um recado que pode ser estendido a qualquer empresa preocupada com a pirataria de seus produtos: quanto mais utilizado é um atributo de segurança, mais atraente ele se torna para o falsário tentar burlálo. “Não existe panacéia, uma solução mágica, para o problema da contrafação”, alerta Moisés Naím em seu livro sobre pirataria. “Às empresas, resta nunca deixar a guarda baixa.”
3D Modeling (11) 5031-4500 www.3dmodeling.com.br
Frasco da Fort Dodge: elemento cambiável
GS1 Brasil (11) 3068-6229 www.gs1brasil.org.br Innovapack (11) 4646-4466 www.innovapack.com.br Jura JSC www.jura.at Kurz (11) 3871-7340 www.kurz.com.br
(Colaborou Adilson Augusto) Sistema da Chesapeake: autenticação pelo celular
MAN Roland (11) 5522-5999 www.manroland.com Merck 0800 727 7292 www.merck.com.br Microglyph www.microglyphs.com Weilburger www.weilburger-graphics.de Seal (11) 2134-3829 www.seal.com.br Sun Chemical (11) 6462-2500 www.sunchemical.com Videojet (11) 4869-8800 www.videojet.com
Os principais dispositivos antipirataria para embalagens Sistemas aparentes Dispositivos visíveis a olho nu que comprovam a originalidade das embalagens. Os mais comuns são os selos holográficos e os chamados dispositivos ópticos variáveis (OVD, na sigla em inglês). São baseados em tecnologias de custo acessível e com variada oferta, mas alguns selos são fáceis de replicar e muitas vezes o consumidor não sabe distinguir os autênticos dos falsos.
Sistemas ocultos Dispositivos escondidos nas embalagens, que dependem de filtros, leitores eletrônicos ou análises laboratoriais para serem detectados. Os mais comuns são gerados com tintas invisíveis (reativas), desenhos com padrões microscópicos (“impressões digitais” ou DNA) e marcadores químicos. É virtualmente impossível replicá-los – a não ser quando a cadeia de fornecimento possui “vazamentos”. Não garantem autenticação pelo consumidor final.
Codificação inteligente Designação de identidades únicas para cada embalagem unitária, de modo a poder rastreá-las com precisão ao longo da cadeia de abastecimento. O sistema mais conhecido nessa área é o de códigos de barras, mas suas possibilidades são limitadas. Uma promessa é a identificação por radiofreqüência (RFID), segura, porém ainda cara para a implantação em nível unitário.
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}}} prÊmio emBAlAGemmArCA
O sucesso explicado Credibilidade, visibilidade e diferenciação estimulam inscrições
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aris vale uma inscrição – mas outros bons motivos além das atrações da Cidade-Luz contribuíram para que o número de concorrentes ao PrÊmIO EmbalagEmmarca – graNDES caSES DE EmbalagEm ultrapassasse, em sua segunda edição, o expressivo número de 170. Consultados informalmente, responsáveis pelas inscrições nas empresas responderam ter sido fortemente motivados pelas seguintes razões: • a maneira diferenciada, abrangente, com que os cases são analisados pelo júri; ou seja, considerando os resultados que o conjunto dos atributos da embalagem propiciam ao bom desempenho dos produtos, dos pontos de vista industrial, ambiental, logístico, mercadológico, do design, da inovação etc. • a visibilidade oferecida na forma de ampla cobertura – sem custos – dada por EmbalagEmmarca, pelo site e pela newsletter eletrônica da revista, e ainda pela exposição dos cases vencedores no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (e, a partir desta edição, em eventos relacionados com a cadeia produtiva de embalagem) • A credibilidade da premiação
patrocínio premium
Outro estímulo citado para as inscrições foi o sorteio de uma passagem de ida e volta a Paris entre os ganhadores, mais hospedagem por quatro noites e ingressos para o Emballage, uma das mais importantes feiras mundiais de embalagem, a realizar-se entre 17 e 21 de novembro na capital francesa. Esse pacote, um brinde oferecido pelo Emballage através de seu escritório de representação no Brasil, o Promosalons, tem um atrativo adicional: o sorteio do case dá direito à empresa usuária ou à que fez a inscrição, em decisão por comum acordo, de apresentá-lo no Pack.Vision. Este evento é um simpósio internacional de tendências e novidades em embalagem organizado pelos responsáveis pela feira e ao qual comparecem profissionais, scholars e empresários ligados ao campo da embalagem no mundo inteiro. O brinde, na verdade, compreende o sorteio de dois pacotes. Como o salão Emballage ocorre a cada dois anos, e o PrÊmIO EmbalagEmmarca, anualmente, o patrocinador decidiu sortear um a cada edição. Na primeira, a empresa escolhida foi a Amazon Comércio Importação e Exportação, com o case da tampa Massucap para pote patrocínio master
patrocínio especial
organização
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Apoio operacional
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de vidro, do Palmito Equador. A apresentação no Pack.Vision será feita por representantes do fabricante da tampa, a Massucato (veja esse e os demais cases vencedores em EmbalagEmmarca nº 98, outubro de 2007). Razões semelhantes, reforçadas pela ampla visibilidade que é oferecida aos parceiros apoiadores do Prêmio, igualmente contribuíram para estimular os patrocínios à iniciativa. Assim, em agosto adquiriram cotas a P. E. Latina Labelers (Patrocínio Máster), a Rotatek e a Suzano Papel e Celulose (Patrocínios Especiais). No entendimento dos organizadores do Prêmio, esse suporte adensa a confiabilidade que já vinha sendo propiciada ao Prêmio pelos patrocínios da Quattor (Premium), do Programa Embala, do Salão Emballage (Máster), da Brasilcote e da Tupahue (Especiais), além do apoio operacional do Centro Universitário Belas Artes. A coroação de tudo isso ocorrerá na cerimônia de premiação, dia 1º de outubro próximo, no Centro Fecomercio de Eventos, em São Paulo.
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“Aproximar a cadeia é o nosso objetivo” Nós trabalhamos no início da cadeia produtiva, mas entendemos que temos de cuidar não apenas dos nossos clientes diretos. Se não nos preocuparmos com o que a indústria usuária de embalagens precisa, entendendo as suas reais necessidades, não conseguiremos atender adequadamente os convertedores, que são nossos clientes diretos. Como a revista EmbalagemMarca tem boa penetração entre usuários e fabricantes de embalagens, vimos no patrocínio ao Prêmio EmbalagemMarca - Grandes Cases de Embalagem uma ótima oportunidade para estreitarmos relações com toda a cadeia. Nesse sentido, acreditamos que os objetivos do Prêmio estão bastante alinhados com os nossos.
Sérgio Quemel Diretor – Tupahue Tintas
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ENtREVIsta }}} luiZ AuBert Neto
FOTO: dIvuLGAçãO
Ou investe ou fica para trás Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), diz que a desoneração total de investimentos e a inovação tecnológica são fundamentais para a sobrevivência da indústria nacional de bens de capital
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a década de 80, a indústria brasileira de bens de capital ocupava o quinto posto no ranking mundial. Hoje está em 14o lugar. Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), atribui esse desabamento a três fatores. O primeiro é a estagnação do PIB brasileiro por mais de vinte anos, resultando na baixa demanda de bens de capital. O segundo é a queda acentuada de formação bruta de capital fixo: caiu de 24% em 1980 para cerca de 17% em 2007, com investimentos do governo federal reduzidos a menos de 1% do
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PIB. Por último, mas não menos grave, Aubert cita o processo de desindustrialização ocorrido em vários segmentos da indústria na década de 1990, sobretudo no período de valorização do real a partir de 1995. Esse fato, segundo ele, levou a uma queda expressiva da participação da indústria de transformação no PIB, de quase 36% em 1985 para cerca de 18% em 2006. A cadeia produtiva de embalagem está incluída nesse imbróglio. Tal quadro pouco animador é agravado pelo expressivo aumento da importação de máquinas e insumos, a maioria dos quais apenas substitui a produção nacional, enfraquecendo a
cadeia produtiva do setor no país. Luiz Aubert Neto se alinha com aqueles que não se encantam com as perspectivas das vastas jazidas de petróleo em solo brasileiro. Ao contrário, ele ressalta que todos os países que baseiam suas exportações em commodities, com destaque para o petróleo, “são países pobres e onde a distribuição de renda é péssima”. A exceção é a Noruega, que aplicou os ganhos com petróleo em educação e na indústria. Vale dizer que o recado é claro: se o Brasil não investir em educação e tecnologia, para poder exportar produtos com valor agregado, vai ficar cada vez mais para trás.
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Em recente artigo o senhor disse que “somente o Brasil pratica o absurdo tributário que é onerar bens de capital” com impostos. Ao anunciar a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), o governo acenou com a compreensão de que isso precisaria ser corrigido. De lá para cá houve algum passo concreto nesse sentido? Em qualquer país do mundo, fora o Brasil, quem produz bens de capital não tem tributação, muito pelo contrário. Os países incentivam a indústria a comprar máquina, porque assim há geração de empregos e de competitividade, a rentabilidade das empresas aumenta, o faturamento cresce e o governo arrecada mais. Então, tornar um investimento caro é uma política que podemos chamar, no mínimo, de não inteligente. Voltemos um pouco no tempo. Na década de 80 éramos o quinto maior fabricante de bens de capital do mundo, hoje somos o 14°. Por isso nós – e quando digo “nós” me refiro tanto ao setor industrial quanto ao governo – lançamos o projeto Abimaq 2022. Esse projeto indica o que devemos fazer para que até lá possamos estar novamente na primeira divisão do setor de fabricação de bens de capital. Na quinta posição novamente? Na quinta não chegaremos mais. Achamos possível chegar talvez até a sétima. Para a quinta a distância está grande. Além disso entraram em cena players que não estavam presentes, como a China... Não só a China, mas todos os países asiáticos. Tem a Coréia e o Vietnã, que não existiam. É lógico que a China é de maior peso, mas há outros países que estão nos passando, como a Índia e a Rússia. Nós estamos patinando. Agora, o que o governo fez de lá para cá? Soltou algumas medidas pontuais que acenam para a desoneração do setor, mas só em parte. Houve o lançamento da PDP, houve a depreciação acelerada de bens de capital. Antes se fazia a depreciação de máquinas em cinco anos, hoje é possível fazer isso em até dois. É um grande benefício para quem trabalha no lucro real, porque se abate do Imposto de Renda a pagar e sobra mais para investir. Mas isso não beneficia
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“Na década de 80 éramos o quinto maior fabricante de bens de capital do mundo. Hoje, somos o 14º”
em nada quem trabalha no lucro presumido, que é a grande parte – quase 80% – da pequena e média empresa. Outro benefício pontual que veio foi a compensação do PIS e da COFINS, que incidiam sobre a compra de bens de capital em 24 meses e agora se pode fazer em doze. De todas as mudanças, a principal não está tanto na parte tributária, mas na linha de financiamento via Finame (Financiamento de Máquinas e Empresas) em dez anos – dois de carência e oito para pagar. Antes eram no máximo cinco anos, ou seja, dobrou o prazo. Só que há um grande entrave, que é a necessidade da Certidão Negativa de Débitos (CND): 70% das empresas têm problema com isso. São débitos de impostos, tanto municipais quanto estaduais ou federais. A nova política industrial do governo promete incentivos à inovação tecnológica. Isso suscita uma dúvida: na indústria existe uma queixa quanto à baixa qualificação da mão-de-obra. Na área gráfica esse problema seria uma barreira ao avanço da tecnologia de impressão. Isso se aplica aos bens de capital em geral? As barreiras tecnológicas e educacionais são os maiores entraves que temos. Peguemos a Alemanha como exemplo: em máquinas gráficas, ela dispensa comentários. É a maior fabricante de bens de capital do mundo – e em máquinas gráficas é a melhor. A mágica do alemão para se manter nesse negócio é inovação tecnológica. Veja-se o que se investe em inovação tecnológica, em pesquisa, em desenvolvimento. Na Alemanha, 80% dos pesquisadores estão dentro das indústrias, 20% estão no meio acadêmico. No Brasil é o contrário, 20% estão nas empresas. Em que nó estamos! Precisamos inverter isso. Especificamente na preparação da mão-deobra, qual a dimensão do problema? Qualquer pessoa hoje precisa ter, no mínimo, conhecimento de informática, ter cursado até a oitava série. Quando se faz uma análise para uma contratação, a primeira coisa que se observa é o conhecimento básico que a pessoa tem. Quem não sabe usar computador, não sabe o que é Word, Excel, nem é contratado. Números apresentados em Davos mostram que, de 134
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países pesquisados, o Brasil ficou na última posição em investimento do PIB na educação. É de doer na alma. Os números da indústria de máquinas evidenciam um crescimento forte e constante. Hoje o grande problema no nosso setor não é capacidade instalada, pois as empresas estão comprando máquinas. O grande gargalo é a mão-de-obra qualificada para operar essas máquinas. A grande dificuldade é encontrar esse pessoal. Isso é reflexo do baixíssimo investimento na educação. Os problemas, de fato, são muitos. Recentemente, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) informou que cerca de 65% das receitas das exportações brasileiras hoje são provenientes de commodities. Pela primeira vez desde 1980 a fatia dos produtos manufaturados na balança comercial é inferior a 50%. O vicepresidente da entidade, José Augusto de Castro, disse na ocasião que “estamos voltando ao passado”. O senhor concorda com essa opinião? Não só concordo como acho que ele foi até otimista. Se pegarmos os países que têm petróleo, têm minério, todas as suas exportações são baseadas nessas commodities. São países pobres onde a distribuição de renda é péssima. A única exceção é a Noruega. O que fez a Noruega? Toda a receita do petróleo foi investida em educação e na indústria. A Noruega não quer exportar minério de ferro ou petróleo, quer exportar produtos com valor agregado. O Brasil está se concentrando somente em commodities. Tivemos uma bolha, porque os preços das commodities subiram muito, mas agora estão caindo. Peguemos o setor de máquinas: o déficit este ano vai bater a casa dos 10, 12 bilhões de dólares; ano passado foi de 4,5 bilhões e em 2006 foi quase zero. Todos os setores que têm inovação tecnológica e mão-de-obra agregada estão passando por isso. Se não corrermos nos próximos três ou quatro anos, não haverá saldo comercial que consiga pagar isso. Mas há uma corrente de pensamento segundo a qual o crescimento das importações, por compreenderem significativamente bens de capital, contribui para aumentar a competitividade da
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“Com o dólar do jeito que está, o risco que corremos de substituir fabricantes nacionais por produtos importados é enorme”
indústria brasileira. O argumento básico é de se está importando tecnologia de ponta embutida nas máquinas. Como a Abimaq vê essa corrente de pensamento? A Abimaq não é contra a importação de máquinas. Quando se importa uma máquina que vem da Alemanha, dos Estados Unidos, do Japão e ela traz aumento de produtividade, competitividade, rentabilidade e, principalmente, se tiver isonomia, caso haja fabricante nacional, não somos contra. O que somos contra, e que está provocando estrago para nós, são as importações da China a preços de 7, 8, 9, 10 dólares o quilo de uma máquina. Hoje o imposto médio de importação do nosso setor está inferior a 8%. Com o dólar do jeito que está, o risco que corremos de se substituir fabricantes nacionais por produtos importados é enorme. Temos vários exemplos aqui na Abimaq de empresas que há dez anos tinham 100% da fabricação feita no Brasil e que hoje importam da China. Elas mantêm somente o nome e revendem no Brasil. Como combater essa concorrência, que podemos chamar de desleal? Sabemos que a causa não pode ser imputada somente ao concorrente. Há outros fatores que contribuem para isso, como a tributação elevada, que o senhor citou. Como combater ou reverter essa situação? Isso está dentro do Plano Abimaq 2022, que tem quatro alicerces: um é a inovação tecnológica, de que acabamos de falar e que é fundamental. Não é possível falar no resto sem inovação tecnológica. O segundo ponto é a desoneração total do investimento. O Brasil é o único país do mundo que comete a insanidade de tributar máquinas. O terceiro pilar desse projeto são linhas de financiamento. O setor de bens de capital perde competitividade se não existirem linhas de financiamentos de longo prazo. Uma máquina tem de se pagar. O Brasil não tem linhas de longo prazo, e as taxas de juros são piores do que as de agiotas russos. As únicas linhas salvadoras são as do BNDES, e mesmo assim são linhas com juros reais. Aqui, pelo BNDES, os juros podem variar de 12% a 16% ao ano. O que queremos são armas iguais, isonomia. Como podemos competir
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com alemão, japonês, americano, quando eles vêm com linhas de financiamento de até dez anos, com juros que chegam no máximo a 5% ao ano, e com o dólar do jeito que está? É briga de Rambo contra Mazzaropi. A desigualdade de ferramentas é brutal. O último ponto do Abimaq 2022 é exportação. Aí volto a falar dos países do Primeiro Mundo. As exportações deles estão em produtos com valor agregado. A Alemanha não produz um grão de café e é o maior exportador de café industrializado. O Brasil e a Colômbia exportam o café para depois importá-lo torrado e moído. Não há conta que feche. Qual a importância das exportações para o setor de máquinas? Historicamente o nosso setor tem 33%, 35% do faturamento na exportação. Somos o setor que mais exporta em valor agregado. Este ano o valor foi de 22% do faturamento. Pode-se calcular o estrago que isso representa para o país. Estamos perdendo mercado lá fora em produtos de valor agregado. Dentro desses valores, 50%, 60% das exportações de máquinas vão para países de Primeiro Mundo, o que mostra que o nosso setor é competitivo e tem tecnologia. A Abimaq reconhece que, em muitos setores, há um número excessivo de empresas. São empresas que talvez sejam familiares, talvez não estejam atualizadas tecnologicamente, e isso dificulta as condições competitivas dessas empresas. O projeto Abimaq 2022 prevê medidas para incentivar a reestruturação do setor? O que precisamos fazer para as pequenas e médias empresas, para de alguma forma aumentar a competitividade delas, é melhorar a gestão. A idade média das máquinas instaladas no Brasil é de dezenove anos. As máquinas mais antigas estão na pequena e média empresa, porque as grandes sempre se atualizam. Se a média é dezenove, na pequena e média temos máquinas com 25, 30 anos. O que precisamos é dar condições para que essas empresas possam trocar as máquinas e os equipamentos. Outra coisa que estamos fazendo na Abimaq é facilitar o acesso da pequena e média empresa a softwares de
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“No Brasil o câmbio está baixo, na China está alto. Isso já dá uma diferença de 70% ou 80% de competitividade, fora os custos que uma empresa na China tem”
gestão. Temos parceria com uma empresa que fornece software para engenharia, para projetos, que pode ser pago em até doze vezes, com 25% de redução. Criamos também o FIDC Abimaq (Fundo de Investimentos de Recebíveis), que é um fundo de direitos creditórios. Esse fundo está começando com 200 milhões de reais e o BNDES está entrando com 25% das cotas subordinadas, ou seja, avalizando. As vantagens são que não há IOF, a taxa média de juros está em 1,35% ao mês e não impacta o crédito junto ao sistema financeiro, porque é uma operação feita em bolsa. Outra coisa: não há necessidade de reciprocidade. Hoje, quando é descontado um título no banco, no dia seguinte o gerente liga e vende um seguro, ou seja, o custo financeiro sobe. Precisa ter o que eles chamam de reciprocidade. Aqui não, a única reciprocidade é ser sócio da Abimaq. O senhor já qualificou como “importações do mal” a compra de máquinas a preço baixo, mas sem tecnologia para a produção de bens competitivos. Seriam máquinas que resolvem um problema, mas a médio e longo prazo podem agravá-lo, pela baixa qualidade. No entanto, parte delas tem desempenho de alta qualidade. Como conseguem concorrer a preços favoráveis com os equipamentos brasileiros? O básico é o câmbio. No Brasil o câmbio está baixo, na China está alto. Isso já dá uma diferença de 70% ou 80% de competitividade, fora os custos que uma empresa na China tem. Eles não têm 13° salário, FGTS, o custo do aço é baixo. Isso tem data para acabar, mas a verdade é que a China está desenvolvendo alta tecnologia. Podemos lembrar do Japão. Há trinta anos os carros da Toyota e da Honda eram lixo. Hoje dominam e já estão passando até a GM. Acredito que em relação à China, neste primeiro momento, podemos falar de qualidade, de assistência técnica. Mas daqui a dez anos a história vai começar a mudar. O problema é muito maior do que imaginamos hoje. Hoje o problema é de qualidade e assistência técnica e ainda podemos cutucar isso. Mas se não mudar de atitude com agilidade o Brasil vai perder a corrida.
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}}} cervejas
Para a família e para os amigos Com garrafa de 1 litro retornável, Skol mira no consumo doméstico
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e olho no crescimento do consumo de cerveja em casa apresentado em algumas regiões do país, a Skol colocou no mercado, no começo de agosto, a Skol Litrão, cerveja em garrafa de vidro de 1 litro retornável produzida pela Saint-Gobain e pela Owens-Illinois. “Nada melhor do que uma cerveja grande para ocasiões como churrascos e festas. Por isso decidimos atender à essa demanda oferecendo aos consumidores uma embalagem mais econômica de 1 litro retornável”, diz a gerente de inovações da Skol, Carolina Faria. Fruto de quase um ano de pesquisas pela cervejaria, a Skol Litrão chega para atender à demanda de um mercado promissor. De acordo com a gerente da AmBev, observa-se uma forte tendência de crescimento do consumo de cervejas em embalagem de 1 litro na América Latina. Segundo estudo da Nielsen, na República Dominicana, por exemplo, as garrafas de 1 litro retornáveis representam 33% do mercado de cerveja, e na Guatemala esse número chega 36%. Em países do Cone Sul, como Argentina e Uruguai, é comum o envase de cerveja
Diferença vetada Cade restringe circulação de garrafas de 630 mililitros da AmBev
fotos: divulgação
A AmBev está proibida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de estender para o restante do país o uso de suas garrafas personalizadas retornáveis de 630 mililitros utilizadas nos Estados do Rio de Janeiro, com a Skol, e do Rio Grande do Sul, com a Bohemia. A decisão impede que a garrafa seja usada por outras marcas da AmBev. Além disso, o Cade determinou que a cervejaria adote um sistema de troca de vasilhames com seus concorrentes. Os concorrentes
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da AmBev alegam que a nova garrafa quebra o sistema de compartilhamento de vasilhames. O descumprimento da decisão implica multa diária de 50 mil reais. O Cade impôs as condições ao julgar medida preventiva adotada pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) em maio deste ano, que suspendia o uso das novas garrafas e determinava o recolhimento dos vasilhames em circulação. A AmBev não comentou a decisão.
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em garrafas de 960 mililitros retornáveis. A AmBev já vem testando desde o início de 2007 essas embalagens no mercado, com as marcas uruguaias Patrícia, Norteña e Pielsen. “Temos bastante confiança no imenso potencial do produto”, afirma Carolina Faria.
Economia na troca O principal atrativo da Skol Litrão é a economia feita pelo consumidor: o preço sugerido para a garrafa é de 3,99 reais para a compra sem o vasilhame. Na recompra, com a devolução da garrafa, o consumidor pagará 2,99 reais, o que representa um custo por litro bem inferior às outras embalagens das outras marcas e até da própria Skol. A garrafa de 1 litro chega ao varejo dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do interior de São Paulo e do sul de Minas Gerais. (FP)
Owens-Illinois (11) 2542-8000 www.oidobrasil.com.br Propack (11) 4785-3700 www.propack.com.br Saint-Gobain (11) 2246-7214 www.sgembalagens.com.br Wassmann +49 (0)2303 – 962 042 www.wassmann.com
Cerveja de 1 litro não é novidade no Brasil Pequenas cervejarias já utilizam a embalagem abadessa e slava, da Cervejaria Abadessa, de Porto Alegre. Garrafas de 1 e 2 litros são produzidas pela empresa Wassmann da Alemanha
coruja, da Cervejaria Coruja, Teutônia (RS). Empresa não informou quem fornece a embalagem
schmitt big ale, da Cervejaria gaúcha Schmitt. Garrafas da Saint-Gobain são retornáveis
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chopp belco, da cervejaria Belco, de São Manuel (SP). Embalagem de PET com rótulo termoencolhível da Propack
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}}} MOVIMENTAçãO
NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
FLEXÍVEIS
Duas novas fontes de stand-up pouches
TECNOLOGIA
Garrafas de Hornitos adotam dispositivos luminosos
FOTO: dIvuLGAçãO
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COMuNICAç / BLOCO dE OS CurAdO
SUPs produzidos pela Arco Convert: novo player
O NÚMERO
Tequila que brilha Abordada na edição anterior de EmbalagEmmarca por uma ação pioneira com a cerveja romena Ursus, a tecnologia LightPad de iluminação de embalagens acaba de fazer sua estréia em bebidas alcoólicas destiladas. A Beam
FOTO: CArL
Eduardo Slikta, supervisor de vendas e serviços da Arco. “O stand-up pouch não deforma, o que facilita o manuseio e evita perdas, dá segurança ao consumidor, pois não é do tipo que possa machucar, e permite a aplicação de tampas e sistemas de abertura fácil, como zíperes.” Por sua vez, a GrandPack (www. grandpack.com.br), mais conhecida pela atuação com sachês, strips (cartelas flexíveis) e flow packs, investiu 500 000 reais em equipamentos para trabalhar com SUPs. Andréia Emília, responsável pelo planejamento da empresa, informa que já estão sendo desenvolvidas bolsas para vários clientes – entre eles O Boticário, Natura e Laboratório Aclimação. As expedições deverão começar em setembro. (Adilson Augusto)
Global Spirits & Wine colocou nos mercados americano e mexicano garrafas de 750 mililitros e de 1 litro de sua tequila Hornitos que piscam com iluminação verde. Acoplados às bases das embalagens de vidro transparente, os LightPads, dispositivos com um LED integrado, acendem somente quando manuseadas. A idéia da Beam é destacar a marca quando bartenders retiram as garrafas das prateleiras dos bares. Se a iniciativa for bem-sucedida, a tecnologia, criada pela Cognifex (www.cognifex.com), poderá ser estendida à principal marca de tequila da Beam, a Sauza.
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milhão de toneladas Foi o volume coletado na Europa, em 2007, de garrafas de pET pós-consumo para reciclagem. o índice é 20% maior que o registrado em 2006, quatro vezes maior que o do Brasil em 2007 e representa cerca de 40% de todas as embalagens de pET comercializadas no ano passado no mercado europeu.
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FONTE: PETCOrE
O mercado conta com dois novos fornecedores de stand-up pouches (SUPs), as bolsas plásticas capazes de ficar em pé: a Arco Convert e a Grand Pack. Após a aquisição de uma máquina formadora SUP 750, da Hudson Sharp, a Arco Convert (www.arco.ind.br) passa a produzir pouches para as mais diferentes aplicações – inclusive aqueles do tipo retortable, que possibilitam a esterilização de alimentos por autoclave, dispensando a distribuição refrigerada. A aposta é numa curva acentuada de crescimento dos SUPs pela economia de matéria-prima que eles proporcionam (e conseqüentes reduções de custo, peso e volume de descarte) e por sua ampla superfície impressa, que lhe dá visibilidade na gôndola e facilita a leitura de informações. “É preciso virar toda a lata de atum, por exemplo, para lê-la”, compara
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Arco Convert e Grand Pack passam a oferecer flexíveis que ficam em pé
Edição: GUilhErME KaMio |||
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VAREJO
Em vez do banimento, melhor uso Lançado em meio à onda de aversão às sacolas descartáveis para transportar compras, o Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas conseguiu diminuir o uso desses invólucros em 12% no seu primeiro mês em vigor na capital paulista. O índice representa quase 1,5 milhão de unidades “salvas” nas 16 lojas participantes da fase inicial da campanha (14 das redes Pão de Açúcar e Carrefour e duas das bandeiras VIP e Alvorada). Capitaneado pela Plastivida e apoiado pelo Instituto Nacional do Plástico (INP), pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) e pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Programa distribui sacolas mais resistentes, fabricadas de acordo com a norma ABNT 14.937 e identificadas com um selo de qualidade. O objetivo é diminuir a subutilização e o uso duplicado das embalagens. Na operação-piloto em São Paulo, 1 328 pessoas, entre promotores e operadores de caixa, distribuíram material explicativo e orientaram os consumidores sobre o uso adequado das sacolas qualificadas. Os resultados foram significativos (veja o quadro). Além de continuar em São Paulo, o programa será ampliado. Santa Catarina, Bahia e Pernambuco já fecharam acordos com associações supermercadistas de seus Estados. O Rio Grande do Sul faria o mesmo em agosto. “Em doze meses pretendemos reduzir o uso anual das sacolas no Brasil em 30%, o equivalente a 5,5 bilhões de unidades”, informa Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida.
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Sacola com o logotipo da campanha: uso racional é a meta
Utilização de sacolas com menos da metade de suas capacidades nominais anTes Do prograMa
coM UM MÊs De prograMa
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Utilização de sacolas em duplicidade anTes Do prograMa
coM UM MÊs De prograMa
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Clientes que deixavam os supermercados com as sacolas cheias anTes Do prograMa
coM UM MÊs De prograMa
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FONTE: SP TrAdE/PLASTIvIdA – PESQuISAS EFETuAdAS EM SuPErMErCAdOS PAuLISTANOS
FOTOS: dIvuLGAçãO
Programa de consumo responsável de sacolas obtém bons resultados
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}}} MOVIMENTAçãO
NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
CELULÓSICAS
Estréia na área de limpeza Selo do FSC agora estampa caixa de sabão em pó Depois de estrear no Brasil em cartuchos de cosméticos e em caixas de papelão ondulado, o selo do FSC – Forest Stewardship Council, entidade que atesta o manejo responsável de florestas em todo o mundo – chega a um novo segmento. O sabão em pó Tixan Ypê, da Química Amparo, é o primeiro produto de limpeza nacional a estampar a insígnia em suas embalagens. As caixas do produto, fornecidas pelas gráficas Rigesa, Romiti e Nilpel, são confeccionadas com papel cartão
Tixan Ypê: o primeiro sabão em pó nacional com o selo do FSC
certificado da Suzano Papel e Celulose. “Com o selo, o consumidor poderá ter a certeza de que a embalagem do lava roupas foi produzida de maneira responsável, não contribui para o desmatamento
da Amazônia, reduz a emissão de CO2 causador do efeito estufa e assegura os direitos dos trabalhadores e das populações que vivem nas florestas”, diz a Química Amparo, em comunicado.
GENTE Resultado da fusão consolidada no fim do ano passado entre duas potências em codificação de embalagens, a americana Markem e a francesa Imaje, a MarkemImaje confirmou Marcio Caillaux, executivo originário da Imaje, como seu diretor de operações para o mercado brasileiro. Antes somente responsável pela América do Sul, Marcos Tadeu de Lorenzi
agora é também o gerente de marketing da fabricante francesa de equipamentos de embalagem Sidel para a América Central. “Nas Américas, só não atuo nos Estados Unidos e no Canadá”, explica o executivo. Referência em tecnologias de potência e automação, a sueco-suíça ABB escolheu seu novo CEO. Joseph Hogan, ex-presidente da GE Healthcare, assumirá o posto de principal executivo da empresa em 1º de setembro. Gian Piero Bortone deixou a gerência de vendas da produtora de embalagens plásticas Premiumplastic e é o novo dire-
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tor de vendas da fabricante de embalagens de vidro Vidroporto. A área de vendas da Premiumplastic passa a ser gerenciada por Ricardo Tovar. Mudanças na Suzano Papel e Celulose. André Dorf (foto) assumiu a diretoria executiva de Estratégia e Novos Negócios e, a partir de setembro de 2008, acumulará a responsabilidade pela área de Relações com Investidores da empresa. A diretoria executiva da Unidade de Negócio Papel, posto ocupado por Dorf desde 2006, passou para Carlos Aníbal Fernandes de Almeida Jr., que vinha atuando na Suzano como gerente executivo da Unidade de Negócio Celulose. A americana Owens-Illinois, forte atuante do mercado nacional de embalagens de vidro, nomeou Jay Scripter seu vice-presidente global de sustentabilidade. Depois de trabalhar 26 anos no desenvolvimento e no gerenciamento de projetos de embalagem na Johnson & Johnson brasileira, Paulo E. Pereira passa a integrar a direção da agência
de design de produto, embalagens e ambientes Prodesign, de São José dos Campos (SP). Pereira já coordenou o Comitê de Usuários de Embalagem da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Mudanças na matriz da química americana Eastman. Damon C. Warmack foi nomeado vice-presidente e gerente-geral de Químicos de Performance e Intermediários (PCI). Em seu lugar, na vicepresidência e gerência da divisão Revestimentos, Adesivos, Polímeros Especiais e Tintas (CASPI), entra Brad Lich, que até então ocupava o cargo de vice-presidente de marketing global da companhia. A partir de 1º de outubro, Fernando Lewis (foto) assumirá o cargo de vice-presidente do grupo de imagem e impressão da HP no Brasil. Ele substitui Edson Shiwa, que passará a responder pela unidade de negócios de inkjet e web solutions para a América Latina. Há 21 anos na HP, Lewis já exerceu várias funções no Brasil e na América Latina nas áreas de finanças, distribuição e manufatura.
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}}} HiGieNe pessoAl e BeleZA
De bem com a Natureza Na nova linha de produtos infantis da Natura, embalagens se transformam em brinquedos “ecologicamente corretos” Por Flávio Palhares ostrar, por meio de brincadeiras e histórias a respeito da água, as primeiras noções de consciência ambiental de forma lúdica, poética e divertida. Este é o conceito da nova linha infantil da Natura, a Naturé, que substitui a linha Natura Criança e cujos dezessete produtos (doze regulares e cinco refis), destinados a crianças de 3 a 7 anos de idade, foram desenvolvidos ao longo de quatro anos com o apoio de pedagogos, pediatras, psicólogos, médicos e enfermeiros. A colaboração desses profissionais ajudou não só na formulação dos xampus, condicionadores, sabonetes, colônias, 48
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loções hidratantes e cremes para pentear que integram a nova família, mas também na criação de embalagens especiais, sobre as quais recai a função didática descrita linhas atrás. Escolhida como elemento-chave para disseminar entre as crianças o cuidado com a natureza pela sua ligação com o banho, momento com o qual os produtos de Natura Naturé têm relação, a água protagoniza histórias diagramadas nas embalagens dos produtos. A iniciativa inspirou a edição do livro infantil Tchibum no Mundo! A Grande História da Água, escrito para a Natura por Simone Fonseca. A engenhosidade da apresentação dos novos produtos,
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Cartuchos que acondicionam os frascos viram brinquedos
Baumgarten (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br Dezign com Z (11) 2184-8137 www.dezigncomz.com.br Engratech (11) 3079-3947 www.grupoengra.com.br
entretanto, vai além. Os cartuchos de papel cartão utilizados como embalagens secundárias dos produtos se transformam em brincadeiras, como jogos da memória, colagens, bonecos, fantoches de dedo (“dedoches”) e teatrinhos tridimensionais para montar. Todos os produtos trazem uma cartela de figurinhas auto-adesivas com personagens criados especialmente para a nova franquia (substitutos dos personagens do Sítio do PicaPau Amarelo, que apoiavam a linha Natura Criança), estimulando crianças a personalizar seus produtos e ampliar as brincadeiras depois do banho.
Elementos lúdicos Ao dar novo uso às embalagens, que seriam descartadas, Naturé fala do cuidado com a natureza. “Tudo foi pensado para estar coerente com a linguagem infantil e atender às necessidades dessa fase”, conta Almir Simões, gerente de Desenvolvimento de Embalagem da Natura. Os frascos de PET, inquebráveis, têm formas arredondadas e são de fácil manuseio, o que incentiva a independência da criança no banho. Também trazem elementos lúdicos como as tampas em formato de torneira para lembrar do cuidado com a água. As embalagens foram criadas pela Natura em parceria com a agência Dezign com Z e com os fornecedores (veja quadro ao lado). As brincadeiras continuam com as onomatopéias utilizadas nos nomes dos produtos. A loção hidratante é Lero-lero;
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Igaratiba (19) 3821-8000 www.igaratiba.com.br Impacta (11) 4447-7300 www.impacta-brazil.com.br Rexam Beauty Packaging do Brasil (11) 2152-9800 www.rexam.com.br Seaquist Closures (11) 4143-8900 www.seaquistclosures.com
Tampa em forma de torneira visa à interação das crianças com as embalagens
Natura Naturé: embalagens e fornecedores Loção hidratante 125 mililitros: bisnaga de polietileno (PE) da Impacta e tampa flip-top de polipropileno (PP) da Seaquist Closures Colônia Bem-Bom meninos/meninas 100 mililitros: frasco de PET da Igaratiba; ombro e tampa de PP da Seaquist Closures Colônia Fiu Fiu mocinhos/mocinhas 100 mililitros: frasco de PET da Igaratiba; ombro e tampa de PP da Seaquist Closures Xampu 250 mililitros: frasco de PET da Engratech e tampa twist de PP da Seaquist Closures Condicionador, creme de pentear e xampu dois em um 250 mililitros: frasco de PP da Engratech e tampa twist de PP da Seaquist Closures Sabonete líquido 200 mililitros: frasco de PET da Igaratiba e válvula Lotion, da Rexam Beauty Packaging do Brasil Todos os produtos da linha: cartuchos de papel cartão e figurinhas auto-adesivas da Baumgarten
o xampu dois em um, Vapt-vupt; o sabonete em barra é Bolôlô; as colônias são Fiu fiu e Bem bom; o xampu para cabelos encaracolados é Tóin óin óin; o creme para pentear é o Bafafá; o condicionador, Tcha, tcha, tchá; o sabonete líquido, Splesh; e o xampu para cabelos normais, Blá, blá, blá. “O compromisso do produto é ser um incentivo para descoberta do mundo, por meio de suas embalagens, formas, nomes e cartuchos, com histórias e brincadeiras. Crianças que brincam são mais criativas, conseguem desenvolver melhor suas habilidades”, diz Tatiana Pignatari, gerente de Marketing e Inovação da Natura. Em tempo: ré, em tupi, significa “amigo”. Naturé, portanto, busca remeter a “amigo da natureza” – coisa que a Natura, por sua conhecida preocupação com sustentabilidade, consolidada como equity de marca e transmitida através de suas embalagens, tem conseguido ser.
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}}} plásticas
Algo a mais que retidão Selagens personalizadas, diferentes da convencional “barra reta”, podem dar mais carisma aos produtos acondicionados em bisnagas Por Guilherme Kamio
I
mpulsionadas pela economia aquecida e pela maior oferta, com a entrada em cena de novos fornecedores, as bisnagas (ou tubos, como alguns preferem) multiplicaram-se no varejo brasileiro nos últimos anos. Bisnagas são leves, inquebráveis, portáteis e, por sua capacidade de compressão (squeezability), facilitam a dosagem de cremes, géis e produtos pastosos
em geral. Mas, não obstante essas importantes virtudes, as bisnagas nacionais padecem daquilo que especialistas em marketing e em branding definiriam como uma limitação: quase todas possuem o mesmo formato, numa uniformidade que cerceia as tacadas mais ousadas em construção de imagem de marca por meio da embalagem. Por princípio, não há como projetar bisnagas com perfis que fujam radicalmente da estrutura
foto: carlos cur
ado – bloco de
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Diversos produtos internacionais já utilizam selagens personalizadas oferecidas pela Norden: mais destaque às marcas
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fundos de tubos – e as ferramentas próprias para suas selagens e refiles. Os formatos variam dos arredondados, poligonais e ondulados, simétricos ou não, até a alguns extrovertidos, como aquele que simula dedos dos pés, já utilizado por loções estrangeiras. (A foto que abre esta reportagem dá um aperitivo dessas invenções). Só que, perdoado o trocadilho, contam-se nos dedos as bisnagas nacionais com esse tipo de acabamento. Entre elas estão as que acondicionam a linha de máscaras para hidratação de cabelos da marca Garnier Fructis, recentemente lançadas pela L’Oréal brasileira, com selagem arredondada.
divulgação
tubular. Contudo, um artifício simples, cada vez mais explorado em outros países e ainda subestimado por aqui, pode ajudar na criação de tubos mais carismáticos: a selagem personalizada, com cortes desenhados, diferentes da tradicional “barra reta”, na extremidade de enchimento (convém lembrar que as bisnagas são envasadas pré-formadas, pelos fundos abertos, que em seguida são selados e aparados.). “As indústrias nacionais vêm crescentemente demandando materiais, tampas e decorações especiais para bisnagas, e isso é notável. Mas as selagens especiais amplificam o poder dessas embalagens como ferramenta de identidade de marca”, entende Guilherme Presa Arcuri, diretor comercial da Simbios-Pack, representante para o Brasil da sueca Norden. Referência em equipamentos para o acondicionamento de produtos em bisnagas, sendo considerada a inventora da selagem hot air (por ar quente), hoje um padrão tecnológico nessa seara, a Norden desenvolve há quase quinze anos desenhos diferenciados para
Bisnagas dos hidratantes capilares de Garnier Fructis, com selagem arredondada: novidade nas gôndolas
Comunicação de inovação Outro desbravador dessa tendência no país é o sabonete íntimo feminino Carefree Natural Fresh, lançado em meados de 2007 pela Johnson & Johnson local, também com selagem arre-
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da fabricante italiana de envasadoras de dondada, “para potencializar a comubisnagas Comadis. nicação de um produto inovador”, nas A fabricante de materiais para pintura palavras de Renato Wakimoto, diretor artística Acrilex investiu num ferramende Desenvolvimento de Embalagens da tal especial da Comadis e implantou furacompanhia. “O formato nos garantiu a ções (euro slots) nos tubos de sua linha criação de um ícone de mercado, que de texturas artísticas Textura Criativa. tem sido um sucesso de vendas com Resultado: a possibilidade de colocar os ótimo feedback dos consumidores”, afirprodutos numa nova plataforma de exposima Wakimoto. A J&J prefere não identição nas lojas, a gancheira. “Com bisnagas ficar a parafernália envolvida na produção Selagem organizadas em gancheiras ganhamos mais da embalagem. abaulada Para as empresas do mercado de bis- tornou Carefree visibilidade no varejo de auto-serviço em “um ícone” relação à concorrência, que em sua maioria nagas, as selagens personalizadas ainda sofrem no Brasil com o estigma do alto custo utiliza frascos”, comenta Osni F. Júnior, da área de adoção e lento ROI (retorno de investimento) de marketing da Acrilex. Nessa linha, Arcuri realça com entusiasmo freqüentemente associado aos incrementos tecnológicos. “O ferramental especial é acessível”, o caso da farmacêutica Mantecorp, que cerca de dois anos atrás, com sua família sustenta Arcuri. “Ademais, experiênde protetores solares Episol, se tornou cias em diversos países mostram que pioneira mundial no uso daquilo que o impacto no ponto-de-venda e as cona Norden denominou scoop seal, ou seqüentes elevações das vendas garan“selagem pá”, numa tradução livre do tem rápido retorno do investimento.” A inglês. “É um desenho côncavo, que, situação também não implica em dores além do visual atraente, reduz a diagonal de cabeça com as próprias embalagens. da selagem da bisnaga”, descreve o dire“Cortes especiais exigem bisnagas um tor da Simbios-Pack. “A diagonal menor pouco mais compridas, mas o aumento permite reduzir as dimensões das embalade custo é desprezível”, assegura Fábio gens secundárias e terciárias para esse tipo Yassuda, diretor comercial da fornecedode bisnaga, ou seja, dos cartuchos de papel ra de tubos C-Pack. cartão e das caixas de despacho, o “Aquilo que também temos buscaque resulta em significativa do mostrar à clientela é que as selaeconomia.” gens especiais podem significar mais que upgrades estéticos”, diz Edman de AlcânSelagem com furação tara Costa, diretor comercial da Unità permitiu à Acrilex levar textura às gancheiras Tecnologia, representante para o Brasil
Ao reduzir diagonais, scoop seal, já utilizado pela Mantecorp, pode gerar economia no encartuchamento (veja abaixo)
C-Pack (11) 5547-1299 www.c-pack.com.br Oystar-Fabrima (11) 2465-2500 www.oystar.fabrima.com Simbios-Pack (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br Unità Tecnologia (11) 2109-4021 www.unitatecnologia.com.br
Ao alcance das laminadas Bisnagas típicas de cremes dentais também podem inovar em formato de selagem
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Em que pese o silêncio da usuária, tradicionais fornecedores de equipamentos para esse setor mostram-se dispostos a apoiar projetos dos clientes. “Como formam um mercado forte, os cremes dentais têm potencial enorme para explorar tubos personalizados”, comenta Renato Bertoni, coordenador de vendas da fabricante de máquinas de embalagem Oystar-Fabrima, encarregada da representação no Brasil da alemã IWK (pronuncia-se “ivecá”), importante nome em envasadoras de bisnagas laminadas.
fotos: carlos curado / bloco de comunicação
É possível aplicar selagens especiais também em bisnagas laminadas, aquelas híbridas de plástico e alumínio e fortemente identificadas com os cremes e géis dentais. Com bisnagas estampadas por personagens como Bob Esponja e Shrek, a ColgatePalmolive continua a apostar nas selagens personalizadas para bisnagas de cremes dentais para o público infantil (na foto ao lado). Procurada por EmbalagemMarca, a fabricante preferiu não comentar a estratégia.
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paInel gráfIco
E EMBALAGENS }}} MERCADO DE CONVERSãO E IMPRESSãO DE RóTULOS Edição: Edição:Guilherme Leandro Haberli Kamio
Congraf certificada Gráfica recebe autorização para utilizar selo FSC A Congraf é mais uma gráfica certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council), uma espécie de selo de garantia no trato de questões ambientais, sociais e econômicas. A empresa foi auditada pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), licenciadora do FSC.
ABPO lança anuário estatístico Publicação é editada em três idiomas A Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) disponibiliza o Anuário Estatístico referente a 2007 em português, inglês e espanhol. Na publicação, que reúne dados coletados do setor composto de 86 empresas, representadas por 107 unidades industriais, constam indicadores socioeconômicos, informações setoriais, capacidade instalada, consumo de papel, produção e expedição, distribuição geográfica da expedição, capacidade nominal instalada das onduladeiras e de produtos acabados, entre outros.
IP compra ativos da Weyerhaeuser Negócio gira na casa dos 6 bilhões de dólares A International Paper concluiu a compra dos ativos do setor de papelão corrugado, embalagem e reciclagem da Weyerhaeuser por aproximadamente 6 bilhões de dólares. Segundo a International Paper, foi identificada a oportunidade de melhoria de lucro de
cerca de 400 milhões de dólares anualmente com a aquisição, como resultado da redução da duplicação de custos gerais indiretos, integração de operações de produção, otimização do mix de produtos e melhoria da eficiência da cadeia operacional e de suprimentos.
Suzano lança papel para farmacêuticas Triplex foi desenvolvido para embalagens de remédios A Suzano Papel e Celulose apresentou o TP Pharma, papel cartão triplex de alta performance desenvolvido especialmente para embalagens da indústria farmacêutica. O TP Pharma possui espessura e rigidez superiores aos produtos disponíveis para esse segmento de mercado, propor-
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cionando maior produtividade, permitindo a utilização de gramaturas mais baixas e tendo como resultado embalagens mais leves. Disponível nas gramaturas 225, 250 e 275 g/m², o TP Pharma é certificado pelo FSC – Forest Stewardship Council.
Abertas as inscrições para o Prêmio Fernando Pini Prazo acaba em 19 de setembro Até 19 de setembro, empresas gráficas brasileiras de diversos segmentos poderão inscrever seus trabalhos no 18º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. O prêmio, criado pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) em 1991, tem como objetivo estimular a produtividade e a qualidade do impresso nacional. Em comemoração aos 200 anos da Indústria Gráfica Brasileira, o concurso vai contemplar peças artesanais realizadas artisticamente. Neste ano, o concurso tem como tema o Esquadrão Pini, uma alusão aos tempos dos super-heróis das histórias em quadrinhos. A festa de encerramento acontecerá em 25 de novembro, no Expo Barra Funda, em São Paulo. O regulamento e as instruções para inscrição estão disponíveis no site da ABTG – www.abtg. org.br – e pelo telefone (11) 2797-6700.
Beleza na mira Pantone traz impressora Gallus para atender mercados sofisticados Em agosto, a Pantone Etiquetas Adesivas, de Diadema (SP), anunciou a compra de uma impressora letterpress rotativa UV de 10 cores, fabricada pela suíça Gallus. O equipamento imprime bobinas com até 250mm de largura, em velocidade nominal de 100 metros por minuto. A máquina pode incorporar, em linha, tratamento corona, serigrafia rotativa UV, hot stamping, cold foil e acabamento com verniz UV. Em comunicado feito à imprensa, a Pantone afirma que, com esta aquisição, mira mercados high-end em que há maior nível de sofisticação e exigência estética.
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Edição: FláVio palharEs |||
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Atualizada e bilíngüe Página na Internet da Bahia Pulp é reformulada A Bahia Pulp, produtora de celulose líquida, utilizada na fabricação de tintas, vernizes e esmaltes, estréia seu novo endereço eletrônico: www.bahiapulp.com. O site foi reformulado e passa a contar com informações e imagens atualizadas sobre a empresa, produtos e operações, com versões em português e inglês.
Heidelberg premiada Reconhecimento é por tecnologia inovadora O Prinect Inpress Control, sistema de controle de medição de cor em linha da fabricante alemã de impressoras Heidelberg, ganhou o InterTech Award, entregue pela Federação Técnica de Artes Gráficas (GATF), associação da indústria gráfica que congrega cerca de 13 000 empresas na América do Norte e 500 empresas em outros continentes. O InterTech acontece anualmente desde 1978 e visa premiar tecnologias inovadoras que trazem benefícios para a indústria gráfica. O rápido tempo de acerto
do Prinect Inpress Control impressionou os juízes. Com este sistema, a máquina não precisa mais parar para que as medições sejam feitas na folha impressa. Isso significa, além do menor tempo de acerto, a diminuição do desperdício de papel. O registro e quantidade de tinta também são mais rápidos. O sistema está disponível em quatro modelos das impressoras Speedmaster – XL 75, XL 105, XL 145 e XL 162.
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e embalagens }}} mercado de conversão e impressão de rótulos Edição: Guilherme Kamio
Mais uma opção para rótulos auto-adesivos Finlandesa UPM Raflatac monta centro de corte e distribuição no interior de São Paulo Um dos líderes mundiais do mercado auto-adesivo e RFID em etiquetas e tags inlays, a finlandesa UPM Raflatac finca o pé no Brasil. A empresa construiu um centro de corte e distribuição na cidade de Jaguariúna, no interior do Estado de São Paulo. O gerente geral da UPM Raflatac no Brasil, Maurício Médici, falou à reportagem de EmbalagemMarca sobre os planos da companhia no país. Como será a atuação da UPM Raflatac no Brasil? Teremos um centro de distribuição, armazenaremos os produtos em estoque local, cortaremos os produtos nas medidas e comprimentos solicitados pelos clientes e entregaremos com prazos de 24/48/72 horas, dependendo do produto e do tipo de pedido. Inicialmente, vamos oferecer uma seleção de produtos do nosso portfólio, e ampliaremos o mesmo de acordo com os pedidos e necessidades dos nossos clientes. Acreditamos muito no mercado brasileiro, nós temos um grande interesse em ampliar nossa participação localmente, tentando ser aliados dos nossos clientes na viabilização de seus projetos em decoração e identificação de embalagens, e assim ajudá-los na expansão desse mercado no Brasil. Sabemos que isso só é possível com produtos e serviços de alta qualidade, assim como custos competitivos, e é isso que queremos oferecer ao mercado brasileiro. Além de produto auto-adesivo, disponibilizamos auxílio aos nossos clientes no desenvolvimento de projetos de RFID. Estamos convencidos de que surgirão muitas oportunidades nesse segmento de mercado nos próximos anos. A UPM Raflatac tem fábricas na Europa, Estados Unidos e China. De onde virão os produtos? Atualmente, devido à taxa de câmbio e de compatibilidade das estruturas, os produtos virão principalmente dos Estados Unidos. Os clientes terão acesso a todos os itens do portfólio da empresa? O portfólio de produtos da UPM Raflatac é muito extenso, com produtos fabricados nos Estados Unidos e na Europa, de acordo a especificações e necessidade de cada região. Se houver interesse dos nossos clientes, não haverá problema em comercializar produtos de várias plantas. Nós podemos fazer negociações localizadas ou, se for um processo de compra perene, incluir o produto no portfólio do Brasil.
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Há planos para a construção de uma fábrica aqui? O plano da UPM Raflatac é aumentar a participação de mercado no Brasil e o novo centro de corte e distribuição da empresa nos permitirá oferecer uma marca global muito conhecida e de alta qualidade, com serviços e prazo de entrega que o mercado brasileiro espera. A UPM Raflatac é uma empresa com presença mundial. Na América Latina, com exceção do México (abastecido pela fábrica Estados Unidos), no entanto, ainda dá os primeiros passos. A chegada no Brasil pode ser considerada um marco de um novo contrato na região? A UPM Raflatac tornou-se uma empresa global, conquistando seu espaço em cada região de forma sólida e estável, proporcionando bom atendimento aos clientes com bons produtos e serviços. Com essa filosofia ela chega ao Brasil e inicia o processo de entrada na América Latina, como tem feito ao redor do mundo. Certamente é um marco para a região. Em minha opinião, é o início de um futuro promissor.
A UPM Raflatac em números • 2700 funcionários em todo o mundo • Vendas anuais de cerca de 1 bilhão de euros • Fábricas e escritórios de vendas nos cinco continentes
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e embalagens }}} mercado de conversão e impressão de rótulos Edição: Edição:Guilherme Leandro Haberli Kamio
Mais flexível aos sete Em nova edição, Prêmio Max Feffer amplia as possibilidades aos designers
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alvez poucas frases sintetizem melhor o ofício dos designers do que “a arte de equilibrar razão e emoção”. Não à toa, esse foi o mote escolhido pela Suzano Papel e Celulose para a sétima edição do Prêmio Max Feffer de Design Gráfico, destinado a estimular a criatividade desse grupo de profissionais – a ser materializada em produtos feitos em papéis da companhia, naturalmente. A exemplo dos anos anteriores, serão quatro categorias (Embalagens, Promocional, Editorial e Miscelânea) com premiações em dinheiro para os três melhores trabalhos, e uma (Estudante) em que os primeiros colocados receberão “ferramentas de trabalho” (um computador Macintosh, uma tablet para desenho e uma câmera fotográfica digital, para o primeiro, o segundo e o terceiro colocados, respectivamente). Para analisar os trabalhos foi montado um júri independente, com profissionais de design especializados em diferentes campos contemplados pela premiação. O curador do Prêmio Max Feffer em 2008 é Ronald Kapaz, sócio-fundador da Oz Design. “A liberdade que a Suzano dá para o trabalho dos jurados é louvável, pois as análises concentram-se em aspectos técnicos, e isso garante a seriedade do Prêmio”, afirma Kapaz. A grande novidade introduzida no regulamento deste ano é que podem ser inscritos trabalhos feitos em qualquer item da linha da Suzano (antes, essa possibilidade se restringia a produtos impressos em papel Reciclato ou nos papéis cartão Supremo Duo Design e Supremo Alta Alvura). “Precisávamos dar maior flexibilidade aos designers, e por isso estendemos a premiação a todo o nosso portifólio”, explica Gustavo Couto, gerente de marketing da Suzano. Se, por sua consagração como premiação séria, o Max Feffer já vinha, ano a ano, batendo recordes de inscrições (foram cerca de 1 000 em 2007, contra 830 em 2006 e 780 em 2005), espera-se que essa ampliação do leque de produtos passíveis de concorrer dê ainda mais relevância à iniciativa. “Mas, para nós, mais importante do que a quantidade das inscrições é a qualidade das peças”, pondera Couto, enaltecendo o bom nível registrado nos anos anteriores. “Premiações são importantes, pois são réguas para o restante do mercado”, acrescenta Kapaz. Em tempo: as inscrições vão até o dia 31 de outubro. Mais informações no site www.premiomaxfeffer.com.br, ou pelo telefone (11) 3848-1733 – R. 138. 60
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Quem é quem no júri Ronald Kapaz – Sócio-titular, fundador e head-designer da Oz Design. Kapaz é o curador da premiação, posto já ocupado por Gilberto Strunck (entre 2004 e 2006) e Helga Miethke (2007). Marian Bantjes – Designer canadense que, desde 2003, tem focado seu trabalho na abolição das barreiras entre design, ilustração e tipografia. Chico Homem de Melo – Diretor da Homem de Melo & Troia Design, com forte atuação em design editorial, corporativo e ambiental. Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e autor do livro “Os desafios do design”. João de Souza Leite – Professor da ESDi e da PUC-RJ, foi consultor da Casa da Moeda, do Iphan e da Presidência da República. Foi curador das mostras “Design’20” e “O outro sentido no moderno: Aloísio Magalhães e o design brasileiro”. Kiko Farkas – Fundador da ADG e dono da agência Máquina Estúdio, tem trabalhos nas áreas institucional, editorial e cultural. Foi curador e responsável pelo pavilhão brasileiro na Design Mai 2006, em Berlim (Alemanha). Rico Lins – Diretor de design e comunicação da Integractive, é consultor artistico da IBBY/Unesco e representante brasileiro na Alliance Graphique Internationale. Leciona na School of Visual Arts, em Nova York (Estados Unidos). Rafik Farah – Foi o representante brasileiro no evento “Graphistes autour du monde”, em 2001, na França, e teve um poster premiado no concurso Ekoplagat (Eslováquia), na categoria internacional.
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}}} marcas próprias
Zen também em beleza Taeq, marca própria premium do Pão de Açúcar, lança produtos de banho e pós-banho com influência oriental nas fórmulas e embalagens exclusivas Por Adilson Augusto
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Linha “para relaxar”: uma das quatro famílias de produtos que compõem a incursão de Taeq na área de cosméticos
criação dessa identidade visual para as embalagens, que se orientam para um aspecto despojado. A identidade fica bem marcada no design exclusivo que a agência criou para os frascos dos xampus e condicionadores que, vistos de cima, revelam o formato do logotipo Taeq. O projeto dos protótipos desses frascos é da 3D Modeling, o molde foi feito pela Formold e a produção ficou a cargo da Megaplast. Outro destaque são as tampas. A cor de cada uma delas identifica o ritual correspondente, com uma variação de tonalidade conforme os ingredientes dominantes. Assim, o verde pertence ao ritual de refrescar, azul e roxo ao de relaxar, laranja e caramelo ao de energizar e vermelho e vinho ao de seduzir. Essas cores também são exclusivas: foram desenvolvidas especialmente pela produtora de masterbatches Korbety.
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ançada há dois anos pelo Pão de Açúcar para chancelar seus produtos exclusivos mais sofisticados e voltados ao bem-estar, a Taeq agora ingressa, sob grande expectativa e investimento de 1,5 milhão de reais do grupo varejista, no cada vez mais concorrido filão dos produtos de higiene pessoal. Composta por trinta artigos de banho e pós-banho – entre sabonetes líquidos e em barra, xampus e condicionadores, óleos de banho e hidratantes, distribuídos em quatro categorias, definidas por certos objetivos ou “rituais” desejados (energia, refrescamento, relaxamento ou sedução) –, a linha Beleza conserva a proposta de marca própria premium da Taeq. Além das fórmulas com ingredientes exóticos como ylang-ylang, canela-do-ceilão, verbena com hortelã-pimenta e lichia, os produtos da franquia querem se caracterizar como opção diferenciada também pelas embalagens projetadas com exclusividade. Conforme explica Iorley Lisboa, gerente de pesquisa e desenvolvimento de embalagens do Grupo Pão de Açúcar, a linha buscou “uma identidade visual marcante e harmônica”. Coube à agência Future Brand o trabalho de
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Para que o consumidor tenha contato visual com as cores do conteúdo dos produtos, muitas embalagens são translúcidas, como os frascos dos xampus e as bisnagas dos sabonetes líquidos e dos hidratantes para pés e pernas. As bisnagas têm tampas flip-top, de fácil fechamento. O hidratante para mãos vem numa bisnaga plástica branca, feita no tamanho de 50 gramas para boa portabilidade. Também há hidratantes em pote branco de PET, com tampa de rosca e selo de alumínio, e leite hidratante em frasco de PET branco equipado com válvula dosadora. O sabonete líquido para mãos tem frasco plástico transparente, também com válvula dosadora. E os óleos para banho são apresentados em frascos de PET transparentes que permitem ver a separação de fases do produto.
feita de papel cartão reciclado Vitacarta, da Papirus, com flow-pack plástico em BOPP. A preocupação ambiental está presente ainda nos rótulos – transparentes, de acabamento fosco (tipo no-label look), contêm a indicação dos materiais empregados na embalagem, para orientar a eventual reciclagem. No geral, o mix de embalagens foi orientado para “sustentar a imagem de produtos de alta qualidade”, salienta Iorley. Acentua a aspiração por
Preocupação ambiental O sabonete em barra também é especial. Primeiro, porque foi igualmente projetado no formato do logotipo Taeq. Além disso, sua embalagem foi desenvolvida para reduzir impactos ambientais: é
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Formato dos frascos foi inspirado no contorno do logotipo da marca
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qualidade de vida, destacando as qualidades dos ingredientes naturais e “reforçando os pequenos rituais de bem-estar individual”. Como exemplo, veja-se o texto da embalagem do sabonete líquido energizante de extrato de bambu e ginseng: “Extrato de bambu é hidratante, equilibrante, um símbolo de harmonia e, por sua versatilidade, é conhecido como ouro verde do Oriente. Ginseng é tonificante, revigorante, na Índia é conhecido como flor da vida e está associado a longevidade, proteção e energia”. Todas as embalagens da linha contêm informações desse tipo, que enfatizam as qualidades dos ingredientes básicos. Para a produção das embalagens, o grupo buscou “um padrão de excelência”, recorrendo a empresas como Seaquist Closures e Bral-Max (para as tampas), Mega Plast e Nyx (frascos), Globalpack (bisnagas e tampas), Antilhas (cartuchos), IndexFlex (rótulos), Vimacel (válvulas) e Geraldiscos (selos de vedação). A nova linha teve a consultoria técnica da especialista em cosméticos Sonia Corazza, as fragrâncias foram desenvolvidas pela Firmenich e os óleos essenciais trabalhados por especialistas da Unicamp.
Princípio de equilíbrio Com foco no princípio da “vida em equilíbrio”, a marca Taeq busca inspiração na filosofia oriental, de onde vem a palavra tao, que se Rótulos autorefere a equilíbrio e faz parte adesivos, da IndexFlex, são da gênese da marca juntamente transparentes: efeito no-label look com eki, que designa a energia vital. É uma marca dirigida a consumidores em geral que valorizem as formas de vida saudável. Pessoas que, por exemplo, sem serem esportistas, busquem a prática de exercícios físicos. Para esse público, a marca já lançou mais de quinhentos produtos nas linhas nutrição, orgânico, casa e esporte, agora acrescidas da linha de beleza. Com a criação dessa linha de aparência completa e homogênea, o que “contribui
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Sabonetes em barra, com formato também remissivo ao logotipo, têm cartuchos de papel cartão reciclado
3D Modeling (11) 5031-4500 www.3dmodeling.com.br Antilhas (11) 4152-1100 www.antilhas.com.br Bral-Max (24) 2243-2911 www.bral-max.com.br Formold (11) 5511-3343 www.formold.com.br Future Brand (11) 3821-1166 www.futurebrand.com.br Globalpack (11) 5643-5333 www.globalpack.com.br IndexFlex (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br Korbety (11) 3856-9055 www.korbety.com.br Mega Plast (11) 3623-2323 www.megaplast.com.br Nyx (11) 4787-5584 www.nyx.ind.br Papirus (11) 2125-3900 www.papirus.com Seaquist Closures (11) 4143-8925 www.seaquistclosures.com Vimacel (11) 6193-9691 www.vimacelpumps.com.br
para a construção e fortalecimento do conceito de marca”, segundo Iorley, a Taeq busca uma identificação maior do consumidor com a marca durante o processo de escolha. Os novos produtos estão disponíveis em todas as bandeiras do grupo (Pão de Açúcar, Extra, CompreBem e Sendas), onde sua chegada foi sinalizada com uma exposição diferenciada e uma ação promocional de experimentação. Para fortalecer a marca, a linha também conta com lojas exclusivas em dez supermercados Pão de Açúcar de São Paulo, Fortaleza e Brasília. E o objetivo é ampliar o número dessas lojas exclusivas, “não necessariamente nas casas do grupo”, informa Iorley. “A identificação ou reconhecimento no ponto-de-venda misto resulta em uma identidade visual marcante e harmônica. No ponto-de-venda exclusivo, aumenta a qualidade percebida, gerando associações positivas”, acrescenta. O grupo pretende otimizar os investimentos na marca ao longo do tempo: alguns produtos serão acrescentados à linha de beleza, segundo os mesmos “rituais”. Outra grande novidade está prevista para 2009: o lançamento de uma linha Taeq masculina, que deverá incluir xampu, condicionador, loção e bálsamo pós-barba. Todas as embalagens da linha trazem descrições dos benefícios dos ingredientes
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ARTIGO }}} LYNN DORNBLASER
A forma segue — e às vezes transforma — a função
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“Embalagens exclusivas, em geral, conseguem estabelecer ou reforçar um posicionamento de preço superior”
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que pode fazer de um produto relativamente simples, como um chiclete, um chocolate ou um suco de frutas, um símbolo de status? Embalagem. A força transformadora da embalagem tem sido presenciada no mercado repetidas vezes. Nos últimos meses, aparentemente multiplicaram-se os exemplos de produtos que, com uma nova embalagem, passaram a atrair uma nova base de consumidores, ou tornaramse modelos em suas categorias, objetos que pedem para ser exibidos aos outros. Mostrarei apenas três exemplos que eu vi recentemente no mercado. Nos Estados Unidos, a Wrigley lançou, no ano passado, sua linha de chicletes 5 Sugar Free Gum (ao lado). Na categoria de gomas de mascar observam-se com freqüência inovações em embalagem que mudam nossa maneira de carregar e consumir o produto. Este é mais um exemplo disso. A linha chama-se 5 porque, diz a empresa, apela para os cinco sentidos – as variedades de sabor buscam criar sensações de formigamento, frescor ou calor. O chiclete é acondicionado num envelope inovador. Ele contém 15 tabletes com a mesma dimensão das gomas tradicionais, mas que, devido à embalagem, ficam menos volumosos para carregar nos bolsos. Outra característica que torna a embalagem interessante são as saliências nas abas, que proporcionam abertura fácil. A própria embalagem, com sua cor e textura, cria uma percepção de maciez e de qualidade superior: é muito tátil – possui acabamento fosco com detalhes brilhantes. As imagens são fortes e incomuns na categoria, contribuindo para dar visual de exclusividade ao produto.
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Na Turquia, um tipo de embalagem completamente novo para chocolate transformou esse trivial bem de consumo numa guloseima única para ser consumida on-the-go, podendo ser dividida com outros (na foto abaixo). O fabricante, a Funose Gida’s D’ose, disponibiliza pedaços de chocolate para quem está muito apressado para consumir uma barra inteira, ou para quem não quer fazer concessões no que diz respeito a estilo. Os nacos de chocolate vêm numa embalagem metálica compacta. O lado externo lembra a forma do yin-yang. Dois tipos de chocolate são acondicionados em compartimentos separados. Um lado contém chocolate amargo, e o outro traz uma versão mais doce. As duas opções de sabor, doce e amargo, talvez representem o equilíbrio entre yin e yang na vida das pessoas. A lata, com desenho do tipo concha, possui duas espécies de gemas, como jóias, engastadas no topo, e a parte interna tem uma divisão de material plástico para separar os produtos. Essa embalagem é uma que pode facilmente ser reutilizada após o consumo do chocolate.
No Canadá e nos Estados Unidos, uma pequena empresa, chamada Gloji, uniu os benefícios funcionais da bebida que fabrica à mensagem transmitida pelo formato da embalagem (na foto à direita). A Gloji é uma bebida que contém romã e açaí, duas frutas chamadas com freqüência de “superfrutas”, por causa de seu alto teor de antioxidantes. O fabricante afirma que a Gloji foi desenvolvida para “fazer você brilhar”, tanto interna quanto externamente, por causa dos benefícios à saúde proporcionados pelas frutas. Não é à toa, portanto, que a embalagem assemelha-se a uma lâmpada. A tampa twistoff foi desenhada para parecer com a rosca da lâmpada, e a garrafa de PET tem uma forma única que remete a um bulbo incandescente. A embalagem não apenas transmite a idéia de que fará você “brilhar” como também se diferencia, nas gôndolas, das demais garrafas de PET com formatos mais tradicionais. Esses três produtos ilustram também um outro ponto relacionado com embalagens exclusivas: em geral, elas conseguem estabelecer ou reforçar um posicionamento de preço superior. Os três produtos mencionados são comercializados por valores acima da média da categoria, e não há dúvidas de que a embalagem ajuda a vender o conceito aos consumidores. Então, da próxima vez que você estiver pensando em uma nova embalagem para o seu produto, pense fora da caixa*, da garrafa ou de qualquer invólucro. *(Nota do editor: jogo com a expressão inglesa think outside the box, que significa sair do convencional; pensar diferente, por uma nova perspectiva) Lynn Dornblaser é diretora da divisão CPG Trend Insight da consultoria Mintel International, com escritórios em Chicago e Londres. Com mais de vinte anos dedicados a análises de tendências globais de consumo, ela pode ser contatada pelo e-mail
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}}} CiClo de CoNHeCimeNto
Sustentabilidade no DNA das empresas Seminário será pautado pelo ponto-de-vista da cadeia produtiva de embalagem
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inda não se conhecem levantamentos, mas é bem provável que, a exemplo de “inovação” e de “sexo”, a palavra “sustentabilidade” seja hoje uma das mais empregadas, se não em todos os contextos sem dúvida com grande ênfase no mundo produtivo. Pode ser um pouco enfadonho, mas é compreensível. As pessoas têm se dado conta, de forma crescente e não totalmente tardia, de que a administração insensata dos recursos naturais vem colocando em sério risco sua sobrevivência e a de seus descendentes. Em suma, é preciso mudar, e já não cabe discutir quando, mas como. É a isso – apontar caminhos e identificar providências viáveis – que se propõe o SEmINÁrIO ESTraTÉgIcO DE SUSTENTabIlIDaDE Na ÁrEa DE EmbalagEm, organizado pelo Bloco de Comunicação no âmbito do cIclO DE cONHEcImENTO. Sim, o tema “virou moda”, e já se tem notícia de eventos abordando até “sono e sustentabilidade”. Mas por que a editora responsável pela publicação de EmbalagEmmarca, uma revista que se caracteriza pela abordagem diferenciada e sempre focalizada dos assuntos, iria “entrar na onda”? A resposta é, justamente, essa: foco. O eixo do programa será a embalagem, esse elemento sem o qual não existiria a civilização como ela é hoje e que tem peso vital na questão da sustentabilidade do planeta. As discussões, no entanto, serão direcionadas não só à relação da embalagem com o ambiente, mas sim interrelacionada com aquilo que ela representa além de sua importância ambiental e social. Em poucas palavras, no Seminário a embalagem deverá ser analisada sob a luz da sustentabilidade direcionada ao que ela também não deixa de ser e que, supõe-se, está movendo os profissionais e empresários a irem ao evento: como negócio. No Seminário Estratégico agendado para 14 de outubro próximo, na Câmara Americana de Comércio, em São Paulo, as palestras e os debates serão pautados pelo ponto-de-vista da cadeia produtiva de embalagem envolvendo desde fornecedores e prestadores de serviços até o lado dos usuários e do varejo. 70
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Câmara Americana de Comércio sediará o Seminário Estratégico de Sustentabilidade
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Ao planejar o evento, os organizadores levaram em conta que a visão e os interesses de cada elo da corrente são distintos, quando não conflitantes. No entanto, desconte-se a obviedade, são interdependentes, e seus interesses convergem. Por isso é que se procurou colocá-los juntos no que se pretende venha a ser uma análise que considere todos os diferentes interesses. Afinal, como observaram preliminarmente palestrantes que se apresentarão no Seminário, nenhuma cadeia produtiva é saudável e rentável se um ou mais de um de seus elos tem problemas. Na atual economia globalizada, a concorrência se dá cada vez menos entre produtos e mesmo entre marcas. Cada vez mais ela ocorre entre cadeias produtivas. Assim, problemas que afetam agentes situados nas pontas ou no meio da corrente devem ser tratados de forma sistêmica, considerando-se a sanidade do organismo inteiro. Por tratar-se de negócios, por “sanidade” pode-se ler “competitividade”. Significa que, sem desconsiderar os benefícios que as práticas de sustentabilidade eventualmente propiciem à imagem das marcas e das empresas, elas não podem mais consistir em práticas isoladas e esporádicas. Em outras palavras, e usando outra expressão muito em voga, a sustentabilidade deve fazer parte do DNA das empresas. O Seminário Estratégico de Sustentabilidade na Área de Embalagem propõe-se a estimular isso sem cair em dispersões. (WP)
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}}} INTERNACIONAL
Vínculo aproveitado Garrafa de PET para azeite busca imitar a de vidro
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radicionalmente encontrados em latas de aço e em garrafas de vidro, os azeites de oliva agora podem migrar, como já fizeram outros tipos de óleo de cozinha, qualificados como “menos nobres”, para as embalagens de PET – sem no entanto perder os vínculos com a tradição. Isso acontece graças a um novo conceito de recipiente para azeites lançado pela indústria americana Novapak Corporation. Recentemente a empresa apresentou ao mercado garrafas de PET ultraclarificado, com a promessa de que terão efeito superficial semelhante ao do vidro, ou seja, com alto brilho e grande transparência. Além disso, têm formato de paralelepípedo, como as embalagens de vidro de crescente número de azeites tradicionais. As novas garrafas são apresentadas em duas medidas: 500 mililitros e 1 litro, ambas dotadas de tampa fliptop de duas peças, da Bericap, para gargalo de 32 milímetros. São moldadas pelo processo de injeção, estiramento e sopro (ISBM) a partir de pré-formas standard. O sistema, de
dois estágios, atua sobre a orientação das moléculas, propiciando maior resistência ao produto final. Ainda de acordo com o fabricante, além da alta clareza (transparência) e do brilho, as garrafas plásticas de sua produção “apresentam estreita semelhança com as feitas de vidro para acondicionar azeite, ao mesmo tempo que aceitam mais impactos, oferecem maior resistência mecânica e peso menor”. Para efeito de comparação, o produto da Novapak na medida de 500 ml pesa 32 gramas, enquanto uma garrafa de água mineral natural de igual capacidade pesa cerca de 17 gramas (no Brasil). A empresa tem previsão de lançar ainda este ano três novos tamanhos: 250 mililitros, 750 mililitros e 1,5 litro. (FP) Novapak sustenta que a garrafa plástica é clara e trasparente como o vidro, porém mais resistente
Novapak + 01 732 800-975-2784 www.novapak.com
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Bericap (15) 3235-4500 www.bericap.com
}}} iNterNACioNAl
Bag-in-bottle com apelo ecológico Combinando bolsa de bioplástico e corpo de polpa celulósica, inovação britânica promete imagem “verde” a leites e outras bebidas
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or fora, uma garrafa, de polpa moldada parecida com aquela empregada em caixas de ovos, originada da reciclagem de papel sulfite utilizado em escritórios. Por dentro, uma bolsa biodegradável, confeccionada com PLA (ácido polilactídeo), plástico derivado do milho, fonte natural renovável. Tal combinação, intitulada GreenBottle, promete a bebidas e alimentos pastosos uma apresentação mais amigável ao ambiente – uma “garrafa verde”, como propõe pelo nome. Criada pelo inglês Martin Myerscough, a inovação ganhou a simpatia da ASDA, importante rede varejista britânica controlada pelo Wal-Mart, que lhe acaba de abrir espaço em algumas lojas como embalagem de leite, produzido pelo laticínio Marybelle. A GreenBottle é somente apropriada para leites de rápido consumo – até quatro dias – e depende de distribuição refrigerada. Para despejar o conteúdo, é preciso romper um prolongamento da bolsa plástica aparente no topo da garrafa, que faz as vezes de gargalo. O corpo de polpa dispõe de uma alça e, segundo Myerscough, tem formato conveniente para o armazenamento na geladeira. “A GreenBottle é adaptável às linhas convencionais de envasamento de garrafas plásticas”, diz o inventor.
Além de sustentável, GreenBottle é conveniente: pode ser envasada em linhas convencionais de engarrafamento e possui alça para fácil manuseio
Um contragolpe No que diz respeito à destinação pós-consumo, o corpo de polpa celulósica moldada pode ser novamente reciclado ou compostado (transformado em adubo). A bolsa plástica de PLA, que fica em contato com o leite, se desintegra em seis semanas em ambiente de compostagem ou quando descartada na natureza.
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O apadrinhamento pela ASDA pode ser visto como um contragolpe às recentes iniciativas das rivais Sainsbury’s e Tesco, que lançaram leites acondicionados em saquinhos de polietileno apontando-os como opção ecologicamente mais correta (veja reportagem na edição anterior de EmbalagemMarca). Sucede que o mercado britânico de leites é dominado pelas garrafas plásticas, o que a opinião pública local cada vez mais vê como um problema. O descarte de garrafas de leite produz entre 130 000 e 150 000 toneladas anuais de resíduos. Menos de 25% desse volume é reciclado, segundo o Waste and Resources Action Programme (WRAP), entidade do governo inglês criada para aprimorar a administração do passivo ambiental. “O leite é um dos produtos que mais vendemos, portanto temos a responsabilidade de desenvolver alternativas em embalagem que facilitem posturas ‘verdes’ dos nossos consumidores, ajudando-os a reciclar”, diz Chris Brown, chefe de Fontes Sustentáveis e Éticas da ASDA. (GK)
GreenBottle 01728 726577 www.greenbottle.com
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}}} lançamentos
e novidades – e seus sistemas de embalagem
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Grãos em novas flexíveis Yoki reformula embalagens da linha Mais Vita Presente no mercado desde 1994, a linha Mais Vita, da Yoki Alimentos – composta por trigo integral, farinha de centeio, arroz-cateto, linhaça e fibra de soja – estréia o novo design de suas embalagens. As embalagens flexíveis –
confeccionadas em polipropileno biorientado (BOPP) mais polietileno (PE) pela Incoplast e pela Yoki – trazem no verso receitas, informações nutricionais e dicas de consumo. O design é assinado pela Zauberas e Associados.
Incoplast (48) 3657-3000 www.incoplast.com.br Zauberas e Associados (11) 3877-1132 www.zauberas.com.br
Bolinhos em flow packs
Expansão de marca própria
Moinho Paulista estréia em produtos prontos
La Rioja investe em café
Flow packs acondicionam o bolo Nita Cake de 250 gramas, do Moinho Paulista, que ingressa no segmento de produtos prontos. Os invólucros são produzidos em poli-
Branding8 Publicidade e Marketing (11) 5533-3144
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propileno biorientado (BOPP) pela Camargo Embalagens. O design é da Branding8 Publicidade e Marketing. O Nita Cake tem os sabores Chocolate, Laranja e Coco.
O grupo La Rioja coloca no mercado seu café em grãos de marca própria. O produto é acondicionado em almofadas de PET e polietileno (PE) fornecidos pela Cordel Embalagens. A criação é da Pontoesse Comunicação. Cordel Embalagens (11) 4582-6388 www.cordel.ind.br
Camargo Embalagens (15) 3285-2009 www.camargociaembalagens.com.br
Pontoesse Comunicação (11) 3051-5177 www.pontoesse.com.br
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Decoração de vidro com vidro Salton Lunae adota tampa de rosca e decoração A Vinícola Salton, de Bento Gonçalves, inova na embalagem de seu vinho frisante Lunae. A garrafa que acondicionaa a bebida apresenta um conceito diferenciado em relação às tradicionais da categoria: tem shape alto, linhas retas e é incolor. A Saint-Gobain Embalagens, que produz as embalagens, trouxe outra inovação: Salton Lunae é o primeiro produto da vinícola a utilizar tampas de rosca (screw cap), fabricadas pela Alplast, na Itália. A decoração é feita diretamente na garrafa, num processo em que o pó de vidro pigmentado adere ao vidro. Segundo empresário Ângelo Salton, diretor geral da vinícola, “a técnica de pintura proporciona um efeito visual que realça o caráter de exclusividade da bebida”. O layout é da Lab Mattar Design.
Alplast +39 0141 66 88 00 www.alplast.it
Lab Mattar Design (11) 3889-0529 www.labmattar.com
Saint-Gobain Embalagens (11) 2246-7214 www.sgembalagens.com.br
Aposta no pote Achocolatado ganha nova apresentação A Vilma Alimentos apresenta as novas embalagens do achocolatado em pó ChocoVilma. O produto, que já era comercializado em sachês de 400 gramas, passa a contar com potes de 400 gramas de polipropileno (PP), supridos pela Vibraço. As embalagens são decoradas por rótulos termoencolhíveis de PET transparente e PET metalizado impressos pela Fitatex. As tampas de PP também são fornecidas pela Vibraço. O design Fitatex das embalagens foi criado (31) 3462-3911 pela Vilma Alimentos. www.fitatex.com.br Vibraço (21) 3219-1999 www.vibracoembalagem.com.br www.embalagemmarca.com.br
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}}} LANçAMENTOS
E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEM
FOTOS: dIvuLGAçãO
DIsplay
De vidro e de PET Linha Sabores da Ypióca tem novas embalagens A linha de cachaças com frutas Ypióca Sabores chega aos pontos-de-venda em novas embalagens: garrafas de vidro de 960 mililitros produzidas pela CIV, e de PET de 500 mililitros, supridas pela Yplastic, uma das empresas do Grupo Ypióca. As garrafas de vidro foram remodeladas e são decoradas com rótulos termoencolhíveis pro-
duzidos pela Sleever International. As tampas de alumínio recobertas por um lacre termoencolhível com o nome da cachaça são fornecidas pela Plastamp. As garrafas PET têm rótulos de polipropileno biorientado (BOPP) laminado, impressos pela Grafigel, e tampas de alumínio importadas da Itália. O layout das embalagens é da agência Bolero. Bolero (85) 3392-8915 www.bailacomigo.biz
CIV (81) 3272-4444 www.civ.com.br
Grafigel Plastamp Sleever International (62) 3272-4000 (11) 4584-2020 (11) 2303-2337 www.grafigel.com.br www.plastamp.com.br www.sleever.com
Leite para filhotes
Contra os fungos
Cães e gatos com intolerância à lactose ganham aliado
Embalagem de sabonete recebe tratamento A fabricante de produtos de higiene e limpeza Razzo investe no segmento de sabonetes, com o lançamento de novas fragrâncias. Para acompanhar os lançamentos foram criadas novas embalagens. Os invólucros de papel laminado e poliéster fornecidos pela Itap Bemis recebem tratamento fungicida. O design das embalagens é da Quarter Group.
Itap Bemis (11) 5516-2000 www.dixietoga.com.br
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Quarter Group (11) 3746-7115 www.quartergroup.com.br
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Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas (11) 2146-1150 www.grifetiquetas.com.br Sonoco For-Plas www.sonoco.com.br
A Vetnil lança o Pet Milk, alimento em pó para filhotes de cães e gatos que apresentam intolerância à lactose. O produto é acondicionado em latas multifolhadas com tampas de alumínio Sealed Safe e sobretampas de polietileno (PE), fornecidas pela Sonoco ForPlas. Os rótulos de papel são impressos pela Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas. O layout das embalagens foi criado pelo departamento de marketing da Vetnil.
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Sobremesas na caixa AB Brasil lança produtos à base de ovos A Fleischmann e a Mauri Fermentos, empresas da AB Brasil, apresentam ao mercado os preparados para sobremesas Mix Quindim e o Mix Fios de Ovos, que fazem parte de suas linhas de ovos
líquidos pasteurizados Fleischeggs e Inovo. Os lançamentos são acondicionados em embalagens cartonadas assépticas de 1 litro da SIG Combibloc, com design criado pela DBox Design.
DBox Design (11) 3721-4509 www.dboxdesign.com.br SIG Combibloc (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil
Mais pelo mesmo Bozzano aumenta volume de potes de gel A Bozzano substitui os antigos potes de 230 gramas do Gel Fixador Regular por recipientes de 300 gramas. As novas embalagens de PET fazem alusão a antigos potes de graxa para automóveis, com boca larga, facilitando o manuseio, e tampas de polipropileno (PP) semelhantes a
Igaratiba (19) 3821-8000 www.igaratiba.com.br
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engrenagens. Pote e tampa são fornecidos pela Igaratiba. Os rótulos auto-adesivos de polipropileno biorientado (BOPP), com aplicação de hot stamping, são produzidos pela Indexflex. A empresa garante que o preço final do produto não será aumentado, mesmo com o incremento no conteúdo.
Indexflex (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br
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PRÊMIO EMBA
TECNOLOGIAPRODUTIVIDADEGIROCONVENIÊNCIAIN VIDADEPRATELEIRAAGREGAÇÃODEVALORLOGÍSTI
Grandes cases
Agradecemos a todas as empresas que se inscreveram no Prêmio EmbalagemMarca - Grandes Cases de Embalagem 2008. Agradecemos também aos patrocinadores, que ajudaram a viabilizar o evento. Agora esperamos todos na cerimônia de entrega dos troféus.
Reserve já o seu convite e o de seus clientes. cerimônia de entrega dos Troféus do prêmio embalagemMarca - grandes cases de embalagem 2008 Dia 1º de outubro, no Centro Fecomércio de Eventos Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo, SP Informações:
[email protected]
os profissionais das empresas vencedoras presentes na cerimônia concorrerão a um pacote de viagens para visitar a feira Emballage 2008, em paris. o sorteado terá direito a apresentar o case no evento paralelo pack.Vision, fórum internacional de novidades e tendências em embalagem.
No dia da cerim ônia serão sorteados, entr e todos os presentes, 10 c onvites para o seminário Estra tégico de sustentabilidade em Embalagens (mais informaç ões sobre este evento na págin a 72, ou pelo e-mail ciclo@e mbalagemmarca.com.br).
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ALAGEMMARCA
NOVAÇÃOREDUÇÃODECUSTOSIMPACTOAMBIENTAL ICAMATERIAISDESIGNCOMUNICAÇÃOSEGURANÇA
s de embalagem patrocínio premium
patrocínio master
patrocínio especial
organização
Apoio operacional
realização
}}} índice de anunciantes
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(11) 2067-9999 (11) 3133-7666 (11) 2061-8099 (11) 4785-2500 (47) 3321-6666 (15) 3235-4500 (31) 3358-8500 0800 260434 (11) 3616-3402 (19) 3897-9720 (11) 5683-7834 (11) 2081-6555 (11) 3371-3371 (11) 3103-0300 (11) 5188-9000 0800 171715 (11) 5934-3183 (11) 4748-2199 (11) 5016-4939 (11) 6412-8261 (11) 5505-2370 (11) 3675-1311 (11) 4053-2143 (11) 3205-8892 (11) 4013-6644 (11) 3618-7100 (51)3378-2300 (11) 4133-4188 (19) 3879-9500 (19) 3404-6700 (11) 2111-1300 (11) 3305-9455 (11) 3603-3888 +1 (312) 450-6103 (11) 5693-4600 (11) 3760-1500 (11) 5686-8533 (11) 4716-3141 0800 015 4888 (11) 6412-3550 (11) 2291-6033 (11) 4785-3700 (11) 3583-5900 (11) 3215-9999 (11) 2107-6744 (11) 5687-1781 (11) 5097-2750 0800 722 7008 (11) 5501-3205 (11) 3255-7214 (11) 3074-9724
www.adegraf.com.br www.amazoncoding.com.br www.arco.ind.br www.bauchcampos.com.br www.baumgarten.com.br www.bericap.com www.betimquimica.com.br www.biclabel.com.br www.bpfilmes.com.br www.braga.com.br www.clariant.com www.cobrirel.com.br www.comprint.com.br www.congraf.com.br www.dowplastics.com www.dupont.com.br www.emcrinducao.com.br www.emibra.com.br www.equilibriocomunicacao.com.br www.frasquim.com.br www.boxprint.ind.br www.gironews.com.br www.grandpack.com.br www.henkel.com.br www.indemetalgraficos.com.br www.indexflex.com.br www.innova.ind.br www.intermarketingbrasil.com.br www.kromos.com.br www.loop.ind.br www.gruppomg.com.br www.markem-imaje.com www.metrolabel.com.br www.mintel.com www.moltec.com.br www.noveltech.com.br www.novopromocionais.com.br www.gruponz.com.br www.ptriunfo.com.br www.polipaper.com.br www.prakolar.com.br www.propack.com.br www.quattor.com.br www.rotatek.com.br www.sig.biz/brasil www.simbios-pack.com.br www.sonocoforplas.com.br www.suzano.com.br www.tetrapak.com.br www.tom-b.eu www.trendsofprint.com.br
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Almanaque Caiu a ficha para a sucessora
70 anos de digital
As velhas fichas telefônicas da Telesp, a companhia telefônica de São Paulo, marcaram a história da Mecano Pack, de Taboão da Serra (SP). A empresa, fundada pelo imigrante austríaco Leopold von Appel em 1955, durante quase vinte anos foi a única fornecedoras dos sachês que acondicionavam as fichas. Sua queda por gravidade, acionando o mecanismo de funcionamento dos telefones públicos (“cair a ficha”), virou sinônimo de “dar-se conta”. As máquinas de strips trazidas ao Brasil por von Appel entraram em ação para a Telesp a partir de 1970, fazendo o que se tornou o principal produto da empresa. No começo dos anos 1990, com o avanço das telecomunicações, os telefones públicos começaram a funcionar com cartões. Foi então que “caiu a ficha” de Inês, filha e sucessora de Appel: ela criou a marca própria Bom Sabor de produtos alimentícios fracionados. Os primeiros trabalhos foram sachês de açúcar, de sal e de palitos.
Este ano a impressão digital completa setenta anos. Em 22 de outubro de 1938 o físico americano Chester Carlson (1906-1968) fez a primeira cópia xerográfica da história (ver Almanaque em EMBALAGEMMARCA nº 79, 2006). Num barracão no bairro de Astoria, em Nova York, Carlson e o alemão Otto Kornei fizeram funcionar a máquina que inaugurou o processo, patenteado (em abril de 1939) com o nome de “eletrofotografia”. Foi assim: 1) cobriram uma placa de zinco com fina camada de enxofre e, numa lâmina de vidro, escreveram com tinta comum: “1022-38 ASTORIA”; 2) esfregaram com um lenço de algodão a placa metálica, que ficou carregada de eletricidade estática; 3) colocaram sobre ela a lâmina de vidro; 4) expuseram o conjunto à luz de um refletor, e em conseqüência os raios drenaram a carga elétrica da chapa, deixando intocadas as regiões cobertas pela tinta, que serviu como “máscara”; 5) retiraram o vidro; 6) pulverizaram a placa com um pó conhecido como licopódio, e os dizeres se tornaram visíveis; 7) pressionaram uma folha de papel contra o metal, e a inscrição se transferiu para ela. Foi a semente do sistema de impressão digital, que hoje responde por quase metade dos impressos e cresce em ritmo cinco vezes superior ao do método convencional.
Excelente e quase inalterada A rica história do Requeijão Catupiry (“excelente” em tupi-guarani), produto de características essencialmente brasileiras, começa na cidade mineira de Lambari, no Circuito das Águas, em 1911. Naquele ano, o imigrante italiano Mário Silvestrini, inventor do produto, iniciou a produção industrial, transferida para a vizinha São Lourenço em 1922 e,
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em 1949, para São Paulo. A célebre caixinha redonda de madeira, substituída em 1990 por uma de polipropileno, é dessa época, com rótulo nas cores vermelha, azul e branca. Este mantém até hoje inalterada a essência gráfica, cujos elementos decorativos, estilizados e simétricos, são típicos do início do século XX.
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