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Ano IV • Nº 36 • Agosto 2002 • R$ 6,00
PIRATARIA Técnicas e acessórios de embalagem podem acabar com a festa dos produtos falsos
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MERCADO DE TINTAS AGITADO DESAFIA FORNECEDORES
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Receita para não se matar
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Nações sumiram, subjugadas, mas também devido à ingenuidade dos povos e à conivência de governantes 4 – EMBALAGEMMARCA • ago 2002
leitura das duas reportagens mais extensas desta edição, sobre pirataria de produtos e sobre a segmentação do mercado de tintas imobiliárias, feitas respectivamente por Leandro Haberli e Guilherme Kamio, são dois interessantes estímulos para quem quiser, além de se informar, refletir sobre questões de otimismo ou de pessimismo. Vivemos num país que tem não só nas próprias mazelas, mas também na situação e na atuação de vizinhos e parceiros comerciais mais distantes, incontáveis razões para acreditar que o mundo vai acabar. O que nos prometia e quanto nos frustra o Mercosul? Sob que porrete teremos de engolir a Alca, ou sermos engolidos por ela? O que nos imporá o FMI? As respostas são ruins, ruins. Mas, ao mesmo tempo, sabemos ser este um país com enorme potencial para se realizar, a começar que está localizado num continente sem par em riquezas de todo tipo, incluindo um fantástico mercado consumidor potencial. Aí estão dois resumidos lados da realidade que tanto podem nos levar à depressão quanto à euforia. O que devemos aceitar? Que “o Brasil não tem jeito”? Que “o país é ótimo, mas seus governantes não prestam”? Que “o povo (aí incluídos empresários, políticos, intelectuais, todos
nós) é incompetente”? Devemos nos acomodar no ufanismo que faz deste o mais antigo “país do futuro”? Deixar o barco vogar correnteza abaixo, acreditando que “Deus é brasileiro”, rezando para que dê logo “um jeito nas coisas”? Pois bem. É refletindo sobre esses abissais problemas – justamente no momento em que se debate o futuro político do país, com muita gente se deixando levar pela balela de que, “seja qual for o presidente eleito, ele não vai conseguir tirar o país da crise” –, que convém atentar para o mundo real, como o das citadas reportagens. Aí se verá que temos bons motivos para não dar cabo da vida. Elas são, a meu ver, uma espécie de receita para não se matar, ou pelo menos para não se deixar matar. Mostram que, por maiores que sejam os problemas surgidos no mundo dos negócios, eles são sempre enfrentados. Nos casos específicos, isso é feito com soluções criativas, em que produtos, marcas e mercados são devidamente defendidos por materiais e insumos relacionados com a embalagem. Pensa-se então que, não fosse assim, o país há muito teria deixado de existir. Conclui-se, também, que “não há bem que não se acabe nem mal que sempre dure”, como diz a sabedoria popular. Ou, de forma mais elaborada,
como afirmou um filósofo, “o ser humano só se propõe problemas que pode resolver”. É verdade que a História mostra não ser essa uma verdade absoluta, mesmo porque isso não existe. Aliás, talvez tenha sido a crença em verdades supostamente absolutas que levou, sim, países, nações e culturas a desaparecerem. Mas é da natureza humana resistir. Se muitas nações e culturas desapareceram foi por terem sido subjugadas. Isso se dá, muitas vezes, graças à força bruta, à superioridade tecnológica, à perfídia dos concorrentes. Mas não se daria se não houvesse ingenuidade de povos e conivência de governantes que aceitaram engolir as falsas verdades que lhes impingiram. São coisas que me permito pensar, sem a pretensão de sugerir o mesmo a ninguém, nestes tempos de campanha eleitoral. Até setembro.
Wilson Palhares PS: Chamo mais uma vez a atenção, com ênfase para esta edição, para o fato de que os anúncios e informes publicitários veiculados em EMBALAGEMMARCA são apresentados de maneira a não haver sobreposição com outros. Assim, o impacto das mensagens publicitárias é maior, e o investimento dos anunciantes é valorizado.
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Diretor de Redação Wilson Palhares
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ENTREVISTA: LUIZ ANTÔNIO PEIXOTO Presidente da Associação de Marketing Promocional (Ampro) fala sobre possibilidades das ações promocionais no fortalecimento das marcas
CAPA: PIRATARIA Selos de segurança, fibras especiais para papel cartão, filmes sensíveis a calor e outras soluções antipirataria de embalagem podem evitar prejuízos com roubo de marcas
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FEIRA FCE e HBA passam imunes à crise do dólar
Reportagem
[email protected]
Flávio Palhares
[email protected]
Guilherme Kamio
[email protected] Leandro Haberli
DESIGN L’acqua di Fiori redesenha embalagens de linha infantil
[email protected]
Thays Freitas
[email protected] Colaboradores Josué Machado e Luiz Antonio Maciel Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira) Departamento Comercial
[email protected]
Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas
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Marcella de Freitas Monteiro
[email protected] Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00
MARKETING Estudo francês prevê tendências-chave das embalagens no futuro
Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.
Tiragem desta edição 7 500 exemplares Filiada ao
14 Resinas
47 Estudo
Grupo Vitopel inaugura sua quinta ABRE traça perfil do design de linha de BOPP na América Latina embalagem tupiniquim
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Politeno cumpre requisitos de gerenciamento ambiental
Importância das feiras de negócio é progressiva, com ou sem crise
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Fabricantes investem em embalagens cada vez mais atraentes
Fusão Corus/CSN cria quarta maior siderúrgica do mundo
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Making of
Impressa em papel couché mate 95 g/m2 (miolo) e couché brilho 150 g/m2 (capa) da Cia. Suzano de Papel e Celulose
Eventos
Aço
Livros
Detalhes do inovador sistema de fechamento do desodorante Axe
Marcas e design são temas de livros comentados nesta edição
42 Prêmio
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Suzano lança Prêmio Max Feffer de Design Gráfico
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
Almanaque
Impressão: Grande ABC ILUSTRAÇÃO DE CAPA: CARLOS GUSTAVO CURADO
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EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
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m nome da Castelo e em nosso nome, gostaríamos de parabenizar EMBALAGEMMARCA pela excelente reportagem Além da Saladinha, publicada na seção Making of da edição de junho último, onde o lançamento do Vinagre Balsâmico da Castelo foi retratado desde a elaboração do design da garrafa até o produto final. Parabéns também ao repórter Leandro Haberli pela qualidade do texto. Edécio Roncon / Vera Graça Roncon & Graça Comunicações Campinas, SP
bemos, eu, a Inês e toda a equipe da Sinimplast, a edição de EMBALAGEMMARCA de junho de 2002, onde foi publicada uma matéria sobre a empresa. Queremos dividir com vocês a alegria de todos nós em ver publicada essa reportagem. Recebam, de toda a nossa equipe, cumprimentos pela qualidade da matéria. Parabéns à BLOCO DE COMUNICAÇÃO, que mais uma vez demonstra que é uma empresa atuante no seu segmento e referência de excelência quando o assunto é embalagem. Cristiano Leal Passos Gerente de marketing Sinimplast Indústria e Comércio Diadema, SP
onde nossa empresa é citada na página 26. O número correto é (11) 4075.9500. Maria Lúcia Pereira da Silva Marketing Krones S/A São Paulo, SP Na reportagem sobre novidades apresentadas na Brasilpack, na seção Painel Gráfico da edição nº 34 (junho/2002), o número do telefone da Digicon saiu sem o prefixo de DDD. O número completo é (11) 4191-9488. MENSAGENS
CORREÇÕES Na edição de junho da revista (nº 34), notamos um pequeno engano na grafia do nome de nosso cliente na página 39 (Painel Grafico) : o correto é Grif Etiquetas (saiu grafado Grife). Claudio Ogawa Comprint São Paulo, SP
PARA
EMBALAGEMMARCA
Redação: Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel (11) 5181-6533 Fax (11) 5182-9463
[email protected] As mensagens recebidas por carta, email ou fax poderão ter trechos não essenciais eliminados, em função do espaço disponível, de modo a dar maior número possível de oportunidades aos leitores. As mensagens poderão tam-
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uilherme, Leandro e Palhares Foi com grande satisfação que rece-
O número de telefone da Krones saiu errado na reportagem de cobertura da Fispal (nº 35, julho/2002)
bém ser inseridas no site da revista (www.embalagemmarca.com.br).
enquete
Há lugar para tanta feira? Consulta de EMBALAGEMMARCA pela web sinaliza sobreposição Estendendo uma discussão já colocada em pauta em edições anteriores de EMBALAGEMMARCA, realizamos, em nosso site, uma enquete sobre o tema “Há lugar para tanta feira?”. O objetivo foi saber se, na opinião de empresários e profissionais da área, a cadeia de embalagem suporta a atual quantidade de feiras especializadas ou de alguma forma ligadas ao tema. Para promover a interação, um sucinto formulário, na forma de uma janela “pop-up”, permaneceu no site por trinta dias. Ao término do levantamento, havíamos recebido exatamente 200 respostas, e ainda continuavam a chegar retornos dos leitores, aos quais agradecemos pela colaboração. No cômputo geral, 59% das opiniões foram de que o atual número de feiras de negócios não se justifica. A uma pergunta posterior, sobre se tais eventos deveriam
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distanciar-se mais no tempo, 68% responderam que sim. Tal crescimento da porcentagem é explicado pelo fato de que alguns não acreditam que o número de eventos seja inadequado, mas que deveriam ter sua periodicidade alterada. No formulário da pesquisa também havia um campo para comentários dos participantes, alguns dos quais aparecem no site www.embalagemmarca.com.br, na seção Edição do mês. Como não foi perguntado se poderíamos utilizar os comentários com assinatura, os autores não estão identificados. EMBALAGEMMARCA promoverá novas enquetes na web. Para tanto, contamos com a colaboração dos leitores da revista e freqüentadores de nosso endereço virtual não só por meio de respostas. A redação está de portas abertas para o recebimento de sugestões de temas a serem colocados em discussão. Veja mais sobre feiras, nesta edição, na página 50.
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“Promoção também constrói” s promoções ganham crescente importância dentro dos planos de marketing dos fabricantes de bens de consumo. Com isso, vêm consumindo boa parte de orçamentos que historicamente sempre penderam para as campanhas publicitárias, sobretudo as de amplo alcance, que utilizam as mídias de massa como meio. As razões para essa migração, de acordo com Luiz Antônio Peixoto, presidente da Associação de Marketing Promocional (Ampro), são o reconhecimento crescente das ações promocionais como elemento estratégico, não só para vender, mas também para comunicar e fortalecer a marca, e a necessidade de as empresas construírem relacionamentos mais estreitos e individuais com o consumidor. Ademais, segundo ele, a organização do mercado promocional vem contribuindo para a sua valorização. Com ampla vivência em marketing – foi cliente, publicitário em agências como Almap e Artplan e depois entrou no mercado promocional –, uma passagem como docente da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e atualmente dividindo seu cargo na Ampro com serviços de consultoria, Peixoto conversou com EMBALAGEMMARCA sobre o panorama da valorização de sua área e em que nível a embalagem vem contribuindo com as promoções.
DIVULGAÇÃO
A LUIZ ANTÔNIO PEIXOTO, presidente da Associação de Marketing Promocional (Ampro), discute o crescimento das ações promocionais, seu papel como ativadoras de marcas e suas dobradinhas com a embalagem 10 – EMBALAGEMMARCA • ago 2002
Na atual situação de marasmo do mercado brasileiro, nota-se que as indústrias de bens de consumo têm direcionado boa parte de esforços para as promoções. O que justifica esse fenômeno? Está havendo um redirecionamento de verbas de comunicação em mídia para as ações promocionais. Esse aumento de investimentos é uma tendência que não é de hoje e nem só do Brasil, é mundial. Isso acontece porque só a publicidade tradicional, a mídia de massa, não é suficiente para compor o ciclo de comunicação e venda de um produto. Ele precisa de reforço, de merchandising, de degustação, de uma série de outros itens que compõem o marketing promocional.
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Partindo desse raciocínio, parece haver promocional traz às marcas? uma função estratégica do marketing proEle ajuda a fortalecer a marca na medida mocional como ferramenta de comunicaem que também divulga o produto, o coloção, algo mais que uma simples tentativa ca no ponto-de-venda, o evidencia no mode vender da maneira mais tradicional, mento de decisão de compra. Neste sentido, com a promoção no ponto-de-venda... vale lembrar das pesquisas que apontam Sim. Mais e mais os clientes encaram as que 85% das decisões de compra se dão no ações promocionais como ferramentas esponto-de-venda. Ele é uma ferramenta de tratégicas e não táticas, como antigamente – ação, de fazer com que o consumidor se deuma saída para escoar um estoque, por cida por aquela marca, através da demonsexemplo. Daí essa migração cada vez maior tração de um alimento, por exemplo. O das verbas, pois o empresariado vem perceconsumidor não se contenta com o que vê bendo que o marketing promocional ativa na TV, precisa sentir o produto. Conceitualas marcas, as reforçam, tem um papel immente, é isso: enquanto a propaganda vai portante no composto de comunicação da falar com todo mundo, nós temos que falar marca, que é o mix de ferramentas individualmente. No mundo inteiro, a que vão sendo criadas para promocomunicação deixa de ser de massa O aumento ver e vender os produtos de maneira para ser uma comunicação direcionamais eficaz. Cada ferramenta tem da, mais personalizada. Isso é uma de investimentos sua especificidade e contribui para a tendência. E essa personalização só em promoções construção da marca. O setor de prose dá através do uso de ferramentas é uma tendência paganda fez campanha institucional específicas, seja no PDV, via internet, mundial. Só a no ano passado enfatizando que a ou via e-mail, entre outras alternatipublicidade constrói marcas, o que é publicidade tradicio- vas. A grande mídia de massa ainda é verdade. Mas não é uma prerrogatimuito usada, é importante, mas as nal, a mídia de mas- empresas querem conhecer cada dia va só dela. Há outras ferramentas sa, não é suficiente mais o seu consumidor. que fazem essa soma acontecer.
para compor o Essa crescente conscientização tem Que tipos de ações essa necessidade ciclo de comunicase revertido na prática? Os clientes de comunicação mais precisa e indição e venda de um estão fazendo um planejamento de vidualizada vem gerando? promoções ou ainda predominam as produto. Ele precisa Não costumo citar ações específicas, ações avulsas, os jobs? mas posso exemplificar genericade reforço Nas grandes empresas essa consmente. Em produtos como bebidas, ciência é forte. Elas sempre contematualmente procura-se fugir dos plam as promoções, o marketing de incenmeios tradicionais de degustação, daquelas tivo, em seus marketing plans. Isso está blitze simples, para se criar um espaço, um crescendo, na medida em que os clientes cenário específico sobre determinado tema. começam a utilizar as ferramentas adequaHoje vê-se que as campanhas são temáticas damente e através de profissionais e empree não mais esporádicas – uma apresentação sas competentes, que lhes mostram que elas de produto na praia em janeiro, por exemsão importantes e absolutamente técnicas. plo. Criam-se eventos sobre o tema, que Passou-se o tempo de usá-las esporadicapercorrem o Brasil, geram tráfego e experimente, e através de qualquer pessoa que se mentação e criam a imagem da marca tamvenda como profissional de promoções. É bém. Se lembrarmos das campanhas de vepor isso que estamos lutando, na Ampro, rão antigas e compararmos com as de hoje, pela valorização e pela normatização do severemos que atualmente há sempre os links tor. Por ser um campo novo, precisamos com alguma coisa que lhes possa agregar nos unir e trabalhar para gerar valor. valor: música, esportes, dança etc. A preocupação, hoje, é não levar ao consumidor Dentro do composto citado pelo senhor, só o produto, mas um algo a mais que posquais seriam os benefícios que o marketing sa conquistá-lo, para conseguir residual. ago 2002 • EMBALAGEMMARCA – 11
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Mas, no desespero para vender, não pode fissionalizada, haverá problemas. Pode-se ocorrer o risco de as empresas priorizarem fazer uma boa campanha publicitária, um demais as promoções, quase dar exclusivibom marketing direto, um bom merchandidade a elas? Isso não poderia se transforsing com degustação, mas se a embalagem mar numa ameaça às marcas, que têm de não estiver à altura disso tudo ela pode acaser construídas com qualidade de produto, bar com o plano, desmotivar a compra. Noconfiabilidade e outros atributos e ações? vas tecnologias, como o avanço dos autoA empresa organizada, que possui um maradesivos, vêm contribuindo muito com a keting plan ajustado, sabe muito bem dar modernização das promoções. pesos e valores às ações. É evidente que, se uma empresa só faz propaganda, vai se resDe modo geral, vem havendo sinergia no sentir da necessidade de outras ações e trabalho entre as agências de marketing pode perder terreno no ponto-de-venda; se promocional e os fornecedores de embalasó faz ações no PDV, muito provavelmente gens? vai estar perdendo terreno na sua comuniExiste essa sinergia, e cada vez mais ela é cação de marca. É uma questão de necessária. Se houver dinamismo, ao dosagem, de sazonalidade, de estradesenvolver uma ação promocional, tégias para determinados momentos. no relacionamento com o fornecedor Pode-se fazer Em certas horas fica claro que a neuma boa campanha de embalagem, isso soma. Havendo cessidade de se estar no PDV é o casamento entre uma campanha publicitária, um maior do que em outras. publicitária, formas de promoção e bom marketing uma embalagem que apresente o Explicando melhor a pergunta anteconceito da ação, a chance de sucesdireto, um bom rior: se o produto é turbinado com so é muito maior. Essas áreas devemerchandising com rão estar progressivamente mais intebrindes e tem seu preço reduzido degustação, mas se gradas. Os clientes estão detectando como atrativo no ponto-de-venda, o consumidor não poderia passar a a necessidade de fazer seus diversos a embalagem não comprá-lo basicamente por isso, em fornecedores trabalharem em conestiver à altura detrimento da marca? junto. Afinal, o objetivo é um só: disso tudo ela Claro. Mas as estratégias precisam vender. Está claro para o mercado estar bem definidas, precisam ter coque a embalagem faz parte da estrapode acabar com meço, meio e fim. Imaginemos que o plano, desmotivar tégia. E, como dizem hoje, não basta um brinquedo saia com uma promoque esses elos sejam muito bons; eles a compra ção em uma época-chave, como o têm de ser ótimos. Dia das Crianças. Após o período de promoção, ele volta à sua apresentaConsiderando a atual conjuntura ção standard, à sua comunicação normal. econômica brasileira – desemprego, alta Uma ação não pode estender-se por um ano do dólar, falta de boas perspectivas de cresinteiro, senão perde seu caráter estratégico. cimento, retração da massa salarial etc. –, em que é possível inovar em marketing proQual a importância das embalagens frente mocional, além de promoções do tipo ao crescimento das ações promocionais, “compre 2 e leve 3”, sorteios e outras nas quais elas estariam incluídas? ações tradicionais? A embalagem hoje é um item promocional, Cabe aos profissionais buscar alternativas. um diferencial no PDV. Uma boa embalaAfinal, somos todos criativos, não? (risos) gem, hoje, já é meio caminho andado para No Brasil temos muitas restrições a campase garantir a compra, e por isso há uma sénhas que envolvam sorteios, há legislação a rie de embalagens diferenciadas, atrativas. respeito, que é necessária, é claro, mas que O desenvolvimento da indústria de embalalimita muito. Vemos, no dia a dia, coisas gem vem acompanhando essa tendência de absolutamente criativas, inovadoras, tanto comunicação como composto, na qual tudo na área promocional como nas áreas de emfaz parte de um mix. Se alguma parte da cabalagem e publicidade. Essa busca pela deia de comunicação não estiver bem proinovação é infinita e necessária.
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Uma aposta de vulto Grupo Vitopel investe alto em nova linha de filmes de BOPP ma promissora jogada no mercado brasileiro de embalagens flexíveis foi recentemente anunciada pelo Grupo Vitopel, que inaugurou em agosto sua segunda linha local de produção de filmes de polipropileno biorientado (BOPP), anunciada como a “mais moderna do mundo”. Concorrendo no segmento com a Votocel, do grupo Votorantim, e a Polo Filmes, pertencente à petroquímica Unigel, a Vitopel passou a ter capacidade produtiva de 63,5 mil toneladas/ano. O investimento declarado na nova linha, situada em Mauá (SP), foi de 40 milhões de dólares. Fundada há 21 anos pela fabricante argentina de candies Arcor, da qual se desligou em 2000, quando passou a ser controlada por dois fundos de investimento (JP Morgan/Chase Manhattan e DLJ/Credit Suisse), a Vitopel conta com outras três linhas de produção de filmes flexíveis para embalagens, todas localizadas na Argentina, na Província de Córdoba. Com a nova estrutura, a unidade brasileira passa a representar, mesmo com número inferior de linhas, quase 60% da capacidade produtiva do grupo, ou 36 mil toneladas/ano. Os filmes de polipropileno biorientado são utilizados principalmente na produção de embalagens flexíveis para alimentos e produtos de higiene e limpeza, além de servirem de substrato para fabricantes e convertedores de rótulos adesivos para bebidas. Com presença direta no Brasil desde 1997, quando comprou a planta de Mauá da Polibrasil, num negócio que à época foi anunciado em 25 milhões de dólares, a Vi-
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Vitopel www.vitopel.com (11) 4977-7280 Politeno www.politeno.com.br (11) 3704-6900
topel espera aproveitar o atual cenário cambial brasileiro para fomentar ações de exportação. A exemplo do que ocorre na Argentina, a empresa tem como meta destinar 30% da produção brasileira a mercados externos, com destaque para Estados Unidos, Espanha, México e Ásia. Dois lotes iniciais já seguiram para a América Central e para a China. “Do ponto de vista tecnológico, a nova linha foi uma resposta à crescente demanda do mercado, inclusive internacional, por filmes com espessuras cada vez menores, e que possam ser trabalhados em baixas temperaturas de selagem”, diz Washington Pereyra, diretor de operações da Vitopel no Brasil. A empresa aguarda a chegada de um equipamento para metalização dos filmes. Na Argentina, tecnologia semelhante é responsável pelo acabamento de 12% da produção, segundo o diretor industrial Daniel Antonio Homobono. Além de positiva para o pool de cerca de 200 empresas, entre convertedores e indústrias usuárias de embalagens, atendidas pela Vitopel, a ampliação da capacidade produtiva da unidade paulista foi especialmente celebrada por seus dois fornecedores da matéria-prima dos filmes de BOPP (homopolímero), as petroquímicas OPP e a própria Polibrasil. Além de representantes dessas empresas, compareceram à inauguração o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias, e o secretário de Ciência e Tecnologia do governo de São Paulo, Ruy Altenfelder, que destacou a importância do investimento, num momento em que “os arautos do pessimismo e os maus investidores apostam na redução produtiva da industria brasileira”.
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Politeno tem ISO 14001 Cada vez mais lastreada entre consumidores, a preocupação ecológica começa a se difundir também na área produtiva. O setor de transformação de plásticos é um dos que lutam para demonstrar que tem consciência e interesses preservacionistas. Dentre outros casos, isso fica claro quando se analisa o histórico recente da Politeno, empresa que produz 340 mil toneladas anuais de resinas termoplásticas. Ela acaba de conseguir a certificação internacional ISO 14001, que estabelece requisitos para o gerenciamento ambiental das empresas. Além de demonstrar que é uma companhia preocupada com o ambiente, isso contribuirá com outra meta da indústria instalada no Pólo Petroquímico de Camaçari (BA): elevar sua capacidade produtiva para 400 mil toneladas/ano. Assim, a Politeno ficará mais próxima de conquistar mais uma parcela do mercado interno até 2003, como afirma o diretor superintendente da empresa, Jaime Sartori. A certificação na norma ISO 14001 pelo Bureau Veritas Quality International (BVQI), é resultado da política ambiental adotada pela
Politeno há dois anos, quando adequou suas instalações para reduzir o impacto da produção nos ecossistemas locais e a possibilidade de danos ecológicos. Para tanto, a empresa investiu, só no ano passado, mais de 387 mil reais. Melhorias no sistema de coleta de óleo, pavimentação e construção de diques para proteção do solo, aquisição de kits de segurança, redução da geração/emissão de resíduos sólidos e coleta seletiva de lixo em todos os setores da planta industrial foram algumas das mudanças adotadas para o ajuste à norma.
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Pirataria tem cura Tecnologias de embalagem previnem dores de cabeça da contrafação Por Leandro Haberli uatro anos atrás, o Brasil também passou por uma final de Copa do Mundo e viveu semelhante clima de eleição presidencial. No papel da desvalorização do real, que vem minando o ânimo do país seguidamente em 2002, havia à época talvez um único assunto capaz de ocupar tanto espaço como o futebol e a disputa nas urnas: a produção e distribuição de remédios falsos. Abarcando de pílulas anticoncepcionais a medicamentos para doenças graves, o episódio revelou que a pirataria e o roubo de marcas são feitos por criminosos que não titubeiam antes de pôr em risco a segurança ou o bem-estar alheio. Porém, por nem sempre revelar todo seu potencial corrosivo, a falsificação de produtos é daquelas questões que suscitam mais pontos de ponderação do que os que saltam à primeira vista. Quem pensa nos empregos formais que deixam de ser criados, ou na perda de arrecadação, quando compra – para citar uma vítima quase folclórica da indústria pirata – um “genuíno” Rolex de 15 reais? Lastreados nos mais diferentes mercados, casos como esse mostram que, apesar dos danos sociais e dos prejuízos ao consumidor, os riscos da contrafação sugerem proporções muito mais catastróficas em outro campo, o das marcas.
ILUSTRAÇÃO: CARLOS GUSTAVO CURADO
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Se não bastassem as perdas de imagem, do ponto de vista jurídico há quem sustente que a existência de cópias faz presumir alguma responsabilidade da empresa dona da marca roubada, que teria o dever de zelo e vigilância sobre a produção e distribuição de seus produtos. É uma interpretação polêmica, mas o fato é que, resultado ou não de omissão, ser vítima da pirataria é sempre desastroso. Mesmo que feitos em fábricas clandestinas com máquinas surpreendentemente velozes, os piratas não apresentam os mesmos resultados de seu par original. Isso quando suas embalagens não vêm pela metade ou simplesmente vazias. Nas duas hipóteses, a confiança do consumidor é atingida em cheio.
Antídotos indicados Para mitigar o anseio preventivo de quem teme ou já enfrentou essa terrível enxaqueca, multiplicouse nos últimos anos a oferta de produtos, serviços e, sobretudo, tecnologias voltadas a suavizar a impressionante onda mundial de pirataria. Em comum, todas as soluções têm a embalagem como principal meio de aplicação e, por conseqüência, princípio ativo dos mais receitados contra o flagelo do roubo de marcas. Além dos famosos selos holográficos de autenticação, as empresas que compõem o já chamado mercado de proteção de marcas oferecem tintas reativas, impressões em micro texto, filmes termo-sensíveis, fibras especiais para
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Rolex se tornou, a contragosto, vítima folclórica do roubo de marcas
papel cartão, projetos com marcas d´água, rótulos dotados de microships, entre outras tecnologias que tenham algum efeito profilático sobre a iminente invasão pirata. Esses antídotos também entram em campo quando o assunto é segurança no ponto-de-venda, para o qual há crescente número de tecnologias de embalagem específicas para prover soluções antifurto e antiviolação.
Além do fator risco, os investimentos aí são impulsionados por dispositivos legais, como a determinação da impressão de símbolos, com tinta especial, em todas as embalagens secundárias dos medicamentos destinados ao varejo no Brasil. Conhecida como “raspadinha”, pela semelhança com o modelo lotérico, ou impressão coin reactive (do inglês, reativa a moedas), esse sistema tem orientado grandes fabricantes de tintas especiais em direção à cadeia brasileira de embalagem. Um bom exemplo pode ser conferido no trabalho do grupo suíço Sicpa, grande fornecedor mundial de tintas especiais para bancos centrais, casas da moeda e certificados de autenticação de compra de ações. Como outras empresas desse setor, de uns anos para cá a Sicpa percebeu que o segmento de conversão de embalagem é um excelente filão para seus produtos. Para conquistá-lo, adquiriu re-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Investir nas soluções antipirataria pode ser vantajoso ante o alto custo de ações judiciais para o fechamento de fábricas clandestinas, ou mesmo de investigações para detectar a origem dos clones. Mas a grande razão para o boom das embalagens anticontrafação parece ser a progressiva percepção de que não adianta reclamar fiscalização e punição aos falsários. Entre produtos tão distintos como peças de automóveis, roupas, relógios, óculos, alimentos, defensivos agrícolas, artigos eletrônicos, CDs, cosméticos, perfumes, softwares e componentes de computadores, estima-se que a indústria da contrafação já movimenta no Brasil perto de 1,5% do PIB, ou 20 bilhões de dólares por ano. Nesse contexto, de novo ônus produtivo, prevenção contra o roubo de marcas passou a ser avaliada como uma medida de sobrevivência. Um dos maiores mercados consumidores de embalagens antipirataria é exatamente o de medicamentos.
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
Tamanho do prejuízo
Cartucho de medicamento com tinta reativa a metal da Sicpa: autenticidade
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Rota dos clones Dona da cola Super Bonder, a Henkel, fabricante alemã de adesivos, foi há pouco incomodada por uma cefaléia causada por produtos piratas. Seus problemas com contrafação começaram com escassos casos de blisters e bisnagas falsificadas, descobertos à venda em papelarias e bazares de São Paulo. Em pouco tempo, o fenômeno se ampliou, e a empresa percebeu que estava diante de uma grande quadrilha de contrabando, que já ameaçava a imagem da sua marca mais conhecida. Além de investir em embalagens mais modernas, a Henkel partiu para estancar a fonte do problema. Optou por atuar em conjunto com a Receita Federal, e contratou uma empresa de segurança, que identificou
País de origem dos produtos falsos China " 29,38% Hong Kong
" 19,99%
" 8,05% " 3,55% Vietnã " 3,25% EUA " 3,06% Tailândia " 2,10% Paquistão " 1,47% Taiwan " 1,44% Outros " 32,70%
FONTE: UNIÃO DOS FABRICANTES FRANCESES
Itália
Turquia
centemente a companhia americana Kromacorp International, com faturamento anual superior a 60 milhões de dólares. “Com esse negócio, a Sicpa desenvolveu um grande portfólio de tecnologias e soluções para embalagem”, diz Peter Mulheran, CEO (Chief Executive Officer) e presidente da empresa. No Brasil, suas tintas especiais já são vistas em diversas embalagens de remédios. Um caso recente é o do medicamento Epocler, da Whitehall, que teve seu cartucho reprojetado pela agência a10 design. O produto segue a determinação legal e conta com impressão feita com tinta reativa a metal em sua embalagem secundária. Quando a superfície é raspada por um objeto metálico, surge o logotipo do laboratório, abaixo da palavra “Qualidade”. Ao largo do crescente mercado de tintas reativas, o setor de selos holográficos de segurança, chamados também
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Adesivo Super Bonder falso apreendido no Porto de Santos
o caminho percorrido pelos piratas: fabricadas na China especificamente para o mercado brasileiro, as cópias da Super Bonder iam para Hong Kong, de lá para o Paraguai, e só então seguiam por terra para o Brasil. Pelo menos na origem, não se trata de um itinerário desconhecido. Na Europa também há dados confirmando que a China concentra boa parte da indústria mundial da contrafação. Em 1997, as autoridades aduaneiras francesas constataram que, de todos os produtos falsificados apreendidos, quase 30% eram fabricados lá (ver gráfico).
de dispositivos ópticos variáveis, ou dovs, está especialmente movimentado pelo aumento da demanda por embalagens antipirataria. Segundo especialistas, a holografia pode assegurar a autenticação das marcas porque não usa sistemas convencionais de impressão, de modo que reproduções via scanners ou fotocópias são facilmente detectáveis.
Aliados ocultos Uma das empresas desse setor é a alemã Kurz, que tem representação no Brasil há mais de trinta anos. Fernando Siqueira Mota, gerente para América Latina da divisão de segurança, observa que as linhas holográficas da Kurz possuem inúmeros produtos, de simples auto-adesivos promocionais a sofisticados sistemas de segurança, dotados de grande quantidade de informações ocultas. Os hologramas mais modernos podem ter micro ou nano textos, perfurações, numerações seqüenciais, códigos de barras e outras caracte-
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rísticas de complexa reprodução. “Contabilizando os danos que suas marcas podem sofrer, as empresas hoje sabem que vale a pena investir em ações antipirataria”, diz o executivo da Kurz, que acaba de fechar um contrato de fornecimento de selos de segurança com a Adipec (Associação dos Importadores de Perfumes e Cosméticos). ACIMA – Fibra “em movimento” AO LADO – Aparelho detector que faz parte da tecnologia Polarisafe ABAIXO – Fibras comuns e especiais, lado a lado (1) Sem filtro, ambas brilham (2) Com raios UV filtrados pelo aparelho, apenas fibras especiais têm destaque (3) Com rotação do filtro, distinção é garantida (4)
Casos bem-sucedidos Outra companhia importante do setor de holografia é a OpSec Security Technologies, que tem origem britânica. No Brasil, ela oferece vasto portfólio de selos auto-adesivos de segurança, além de linhas para uso governamental, compostas por laminados transparentes e outros sistemas de autenticação de cédulas. Na área privada, a empresa contabiliza cases de sucesso relativamente antigos. Um deles remete ao fornecimento de etiquetas holográficas para as embalagens dos disjuntores elétricos da Siemens, cujos blisters contam, há quatro anos, com selos da OpSec. “Desde então, houve uma redução de reclamações de 95% no departamento de atendimento ao consumidor, e as vendas de disjuntores da Siemens cresceram 27%”, afirma Lísias Guimarães Alcântara, diretor-superintendente da OpSec no Brasil. Outro caso observado pelo exe-
Adesivos de segurança da OpSec: aumento de vendas e redução de reclamações
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cutivo é o dos isqueiros, mercado no qual a venda de produtos piratas já bate na casa de 40 milhões de unidades por ano, só no Brasil. A OpSec irá fornecer, até o final do ano, selos de segurança para as maiores marcas do setor no país, Bic e Criquet. Ainda na área de holografia, quem está começando a trazer sua linha para o Brasil é a DuPont. Neste caso, embora o argumento principal de vendas também seja a segurança, a gigante de especialidades químicas oferece tais produtos para fins promocionais, inclusive em displays e embalagens. Segundo os técnicos da DuPont, seus hologramas são produzidos em filmes fotopoliméricos, que aliam efeitos visuais atraentes, graças à impressão em duas ou três di-
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Papel com marca d’água antipirataria, da sueca Iggesund Paperboard
DuPont (11) 4166-8858 www.dupont.com.br Hueck Folien +49 (0) 9618-7210 www.hueckfolien.com Iggesund Paperboard www.iggesundpaperboard.com Kurz do Brasil (11) 3611-2100 www.kurz.de Landqart (11) 5531-5303 www.landqart.com Musée de la Contrefaçon www.unifab.com OpSec (11) 3207-5800 www.opsec.com Sicpa www.sicpa.com Wipack www.wipack.com
mensões, à garantia de autenticação e controle de licenças. Nos maços de cigarro, produto que especialmente no Brasil traga amargas parcelas da indústria da contrafação, os selos de segurança também se notabilizam. Bastante conhecida pelo fornecimento de embalagens flexíveis e laminados técnicos para a indústria farmacêutica, a Hueck Folien tem atuado com grandes fabricantes de cigarros nos Estados Unidos. Em algumas cigarrette machines americanas, as embalagens já são vendidas com uma pequena tira de filme de polipropileno, para atestar que a cartela é genuína. Algumas opções de segurança anticontrafação denotam um futurismo impressionante. É o caso da tecnologia Polarisafe, desenvolvida por uma empresa suíça do mercado de papéis especiais, a LandQart, e já disponível no Brasil. Resumidamente, o sistema utiliza fibras especiais para a elaboração do papel. Quando expostas a um mecanismo de identificação, as fibras brilham e dão a impressão de que se movimentam, de modo a permitir identificar a veracidade não só de embalagens, como também de cédulas e documentos. As soluções tacitamente empregadas em embalagens para aumentar a segurança contra a pirataria advêm, de maneira geral, do mercado de autenticidade de documentos e cédulas. Concorrendo com o sistema de fibras está exatamente a tradicional marca d´água, bastante conhecida por seu emprego em notas de dinheiro.
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Piratas premium A pirataria de produtos parece já fazer parte do chamado custo-Brasil. Fabricantes de computadores pessoais como a IBM desistiram do mercado brasileiro por considerar não haver nele condições de disputa com o chamado gray market, ou mercado-cinza, jargão para se referir ao comércio que sonega impostos. Mas, ao contrário do que se pensa, a epidemia de produtos clandestinos não está restrita ao Terceiro Mundo. Associações internacionais anticontrafação calculam que nada menos do que 6% de todo o comércio feito no planeta engordam os bolsos de quem atua com este tipo de contravenção. Não há dúvidas de que o problema também incide em países com consideráveis recursos para combatê-lo. Berço dos perfumes e cosméticos mais desejados do mundo, pode-se dizer que a França é uma das vítimas
Para aplicação em papel cartão de embalagens, as empresas que fornecem esse tipo de solução, como a sueca Iggesund Paperboard, afirmam que se trata de uma tecnologia mais barata que as concorrentes, inclusive os circuitos eletrônicos integrados aos rótulos dos produtos. Na área de filmes especiais também há soluções interessantes para conter a gana dos gatunos de marcas. A venda de substratos que mudam de cor conforme a temperatura é tendência na Europa, onde a procura por soluções para embalagens flexíveis antipirataria é cada vez maior. A alemã Wipack é uma das empresas desse mercado. Ela argumenta que as funções ativas dos filmes permitem que o consumidor certifique-se da autenticidade dos produtos apenas tocando a embalagem, cuja cor se altera conforme o fluxo de calor. A temperatura do bolso também pode esquentar quando se pensa nos investimentos requeridos pelas embalagens antipirataria. Pelo menos por enquanto, boa parte das soluções parece restrita a produtos de alto ou razoável valor agregado. Mas da mesma forma que atingiu outras atividades criminosas, a onda de banalização parece ter chegado à pirataria. Hoje, vá-
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ricas da indústria pirata. Prova disso foi a criação, pela União dos Fabricantes Franceses, do altamente visitado Musée de la Contrefaçon, ou Museu da Contrafação, em Paris. Ele contém abrangente acervo de produtos franceses clonados ao longo dos anos, além de apresentar mostras temporárias sobre mercados específicos da pirataria. Já Chinatown, o tradicional centro de quinquilharias falsificadas de Nova York, está mudando seu foco de negócios. Além de manter a venda de pechinchas falsas que normalmente não custam mais do que 20 dólares, a indústria da cópia ilegal por lá está se especializando nos já chamados piratas premium. São itens como bolsas quase-Gucci de 500 dólares, que, pelo preço, devem ser ostentadas apenas por freqüentadores assíduos de endereços chiques da Big Apple.
Filmes que mudam de cor conforme fluxo térmico: tendência na Europa
rias marcas de produtos de alto giro e baixo custo são atormentadas pelo flagelo da contrafação. Nesse cenário, não resta às empresas outra alternativa se não combater os piratas, e para isso as embalagens tornam-se a cada dia um aliado mais eficaz. Dada a extensão e a importância do tema pirataria, combinadas com a escassez de espaço, a reportagem sobre soluções antifurto e antiviolação de embalagens planejada para sair nesta edição foi adiada para a próxima. Da mesma forma será publicado, na íntegra, um artigo sobre roubo de marcas, de autoria de Norberto Padovan, Security Solutions Manager, Latin America, da Westvaco Brand Security (WBS), de Stamford, Connecticut, EUA. A redação entendeu que, dessa forma, os leitores terão um serviço muito mais amplo para ajudá-los a evitar prejuízos com a ação dos amigos do alheio.
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Duro cenário colorido
Sofisticação em tintas imobiliárias desafia indústria fornecedora de embalagens
Por Guilherme Kamio
uem pintou a casa pela última vez há alguns bons anos pode hoje tomar um susto ao ir comprar tintas imobiliárias. Se na ocasião do último retoque a maior dificuldade era escolher cores, o consumidor está descobrindo – geralmente pego de surpresa, já que não se trata de um produto de compra freqüente – que esse mercado tem se sofisticado muito. Com tintas laváveis, de texturas diferenciadas, inodoras, antialérgicas, antibacterianas, para decorar superfícies e ambientes específicos, entre tantas outras, hoje a decisão de compra se apóia numa balança em que critérios técnicos e estéticos são quase eqüitativos. Essa segmentação deve-se muito à crescente exigência do consumidor, paralelamente ao refinamento dos conceitos de decoração imobiliária, e à competitividade industrial acirrada – houve uma pulverização de mercado causada pelo surgimento de novos fabricantes, principalmente pequenos, focados em linhas de apelo popular. “Com o aumento do poder de compra do consumidor, advindo da estabilização da moeda, o produto se abriu às classes de menor renda”, comenta Dílson Ferreira, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). Frente a tais movimentos, não restou às empresas de maior tradição outro caminho senão investir pesado em diferenciação, sobretudo posicionando produtos com apelo premium. Resultado: necessidade de mais tipos de embalagens, diferenciadas, como parte da estratégia de reforço de
imagem. “Precisamos manter acesa a valorização que o consumidor dá à marca”, diz Marta Messa, gerente de produto da unidade de tintas imobiliárias da BasfSuvinil. “A embalagem é um dos meios de comunicação direta com o consumidor, e deve ser bem trabalhada com o objetivo de reforçar a imagem de qualidade superior.” Em conseqüência de tal cenário, os fornecedores de embalagens para tintas, principalmente às metalúrgicas, que respondem pelas latas, hegemônicas nesse mercado, enfrentam desafios cada vez maiores.
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Otimizar é preciso
Profusão de detalhes e cores nas latas da Prada: arma dos clientes para fortalecer a marca
“A segmentação gerou perda de escala, num panorama em que as tiragens diminuíram e o volume de vendas não acompanhou essa tendência de pulverização”, analisa Tetsuya Higashi, gerente comercial da área de produtos químicos da Cia. Metalúrgica Prada. Por sua vez, Antônio Carlos Teixeira, superintendente
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Após extensão de linhas e lançamento de sistemas inovadores, Brasilata quer investir em parque litográfico
de outra grande fornecedora do segmento, a Brasilata, constata que, “com os clientes lançando novos e novos produtos, estreitou-se o gargalo da litografia.” Tal observação não se refere apenas à quantidade de modelos de rótulos a se trabalhar, mas também à qualidade deles. “Antes, predominavam as decorações em quatro cores”, lembra Higashi, da Prada. “Hoje, as embalagens dos grandes clientes têm em média sete, oito cores”, ele aponta. “Como aumentam as compras feitas pelo dono da casa, sobretudo com a difusão dos home centers, preocupamo-nos em passar uma forma mais fácil de entendimento do produto, com fotos da superfície ou do ambiente em que a tinta pode ser utilizada”, explica Eulália Navarro Ramos, gerente de produto da Akzo Nobel-Tintas Ipiranga. Para dar conta dessa nova realidade de mercado, as metalúrgicas vêm respondendo com aperfeiçoamentos em produção, logística e relacionamento com os clientes. Uma conseqüência comum às grandes do segmento, surgida dessa necessidade de maior dinamismo industrial
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acentuada na década de 90, foi a adoção do sistema kanban – método de produção criado no Japão para otimizar ao máximo o trabalho e possibilitar entregas just-intime, rechaçando desperdícios. Na Prada, as linhas de litografia estão trabalhando em regime de tempo integral, embora com alguma capacidade ociosa, para contemplar as necessidades dos clientes. Com a implantação do sistema full-time no parque litográfico, houve ganho de capacidade instalada de aproximadamente 30%. Ademais, alguns bancos litográficos foram assumidos, diminuindo os estoques de embalagens acabadas dos clientes. “Nossa capacidade instalada de litografia nos dá certa flexi-
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Biplus, da Brasilata, está chegando ao mercado mexicano
Especialização, caminho longe de terminar Consumidores e cadeia de embalagem que se preparem. Segundo os principais fabricantes de tintas, a sofisticação do mercado, tanto em produto como em embalagem, tende a ganhar relevância ainda maior nos próximos anos. “A tendência é uma aproximação com os mercados internacionais, nos quais as tintas com base água, incipientes no Brasil, dominam”, explica Eulália Navarro Ramos, da Akzo Nobel/Tintas Ipiranga. “Essa abertura vai gerar uma diferenciação ainda maior
em embalagem”, diz ela. A profissional entende, ainda, que se acentuará ainda mais a necessidade de o segmento refinar a comunicação com o consumidor final, “falando com ele numa linguagem menos técnica e mais direta”. Na Basf-Suvinil, a opinião é semelhante. “A evolução do mercado é uma constante, e os consumidores estão amadurecendo”, diz a gerente de produto Marta Messa, baseando-se nas freqüentes pesquisas de mercado feitas pela empresa.
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Apesar de terem participação ainda pequena no mercado de tintas imobiliárias, em torno de 5%, as embalagens plásticas – baldes de polietileno ou polipropileno – antevêem uma luta mais parelha com a lata de aço em médio prazo. Por enquanto, uma presença larga no segmento é inibida por alegações dos usuários quanto ao custo, razoável apenas em tiragens altas, à qualidade de impressão, difícil de rivalizar com a capacidade litográfica e os efeitos metalizados próprios das latas, e aos limites de empilhamento. Frente à alegação de custo mais elevado, as transformadoras de plástico dizem ser difícil competir com a lata sem os mesmos incentivos fiscais. Em decoração, “a rotulagem in-mold tem um forte apelo, e também é possível imprimir baldes em oito ou dez cores”, defende Josué Nemetz, gerente comercial da gaúcha Mapla. Na Bomix, outra empresa do segmento, uma impressora off-set especial chegará em setembro. Então, afirma Marcus Zippinotti, gerente da filial paulista da empresa, “atacaremos com maior força o segmento de tintas”. Por fim, quanto ao problema do empilhamento, os profissionais lembram que, em compensação, há vantagens no armazenamento e no transporte, pois os bal-
bilidade para produzir embalagens a toque de caixa”, diz Reinaldo dos Santos, coordenador de vendas da área de tintas da Prada. Na Brasilata, busca-se flexibilizar a produção com técnicas de praxe, já que, mesmo com uma política de investimentos constantes no parque litográfico, o atual cenário macroeconômico não é favorável. “Estamos de olho nas novas tendências que vão permitir troca rápida, o que deverá revolucionar os conceitos de litografia, mas os custos ainda são proibitivos”, afirma Teixeira. Da mesma forma, a Litográfica Uberlândia/Litografia Valença, que entrou no mercado de tintas há apenas três meses, com latas de 18 litros, tem usado cautela em torno dos investimentos. “Uma linha diferenciada de serviços é essencial para atender esse mercado, e a estamos montando aos poucos, com pé no chão”, define Rubnei Rosa, gerente comercial da empresa.
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Baldes querem mais
Linha da Bomix, que aposta em crescimento
des são encaixáveis. “Ademais, as indústrias de tintas não levam em consideração as perdas com avarias, que nas latas são maiores que nos baldes plásticos”, argumenta Zippinotti. Apesar de os negócios na área ainda serem tímidos, as empresas não perdem o otimismo. “O plástico é uma grande alternativa às empresas que queiram realmente inovar”, acredita Nemetz, da Mapla. E, como ressalta Zippinotti, “se for considerado o que acontece nos mercados externos, há um bom potencial de crescimento”.
práticos, tendo em mente o aumento da participação dos consumidores finais na compra de tintas. Na Brasilata, exemplos já bem conhecidos são os fechamentos Plus e Biplus, que, aliás, estão desembarcando no México, através de um acordo com o Grupo Zapata, maior fabricante local de embalagens metálicas. Somada à inovação, essa difusão tecnológica rendeu recentemente à empresa mais um laurel, o prêmio Brasil Premium, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no fim de junho.
Variedade em formatos e volumes de latas para tintas da Prada
Praticidade ajuda Outra variável da embalagem que tem recebido gordas fichas das metalúrgicas é a busca de sistemas e formatos mais
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No quesito inovação, a Prada também se movimenta. A lata com abertura maior, com 210mm de diâmetro, idealizada para facilitar o manuseio, encontrase em fase final de implantação nas linhas de produção da Basf-Suvinil. Ela ganhou, recentemente, o Prêmio ABRE de Design de Embalagem e um WorldStars, premiação da World Packaging Association (WPO). Diante da necessidade de encarar volumes cada vez menores, maior qualidade de prazos, serviço diferenciado em desenvolvimento e aperfeiçoamento de fechamentos, o pensamento dos fornecedores, fica longe do negativismo. Em um ponto, todos concordam. São movimentos que, de um lado, trazem maiores dificuldades, mas bons para o mercado em si, que não pode ficar acomodado. Tratase, em suma, de um contexto que força os fornecedores a estar em constante desenvolvimento.
Bomix (11) 5031-3873 Brasilata (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br Cia. Metalúrgica Prada (11) 5682-1000 www.prada.com.br Litográfica Uberlândia/ Litografia Valença (21) 2597-1652
[email protected] Mapla (51) 477-1695 DIVULGAÇÃO
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Lata com abertura maior da Prada, desenvolvida em sinergia com a Basf-Suvinil: apesar de ainda não ter estreado no mercado, já coleciona prêmios de reconhecimento pelo ganho em praticidade
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ADESIVOS SEM SOLVENTES PARA LAMINAÇÃO O uso de adesivos sem solventes está causando uma verdadeira revolução na indústria de embalagens. Como vem acontecendo no mundo inteiro, cada vez mais esse tema estará presente no Brasil.
Média-alta performance
O assunto é tão importante que a Liofol, líder absoluta nesse mercado, sente-se na obrigação de compartilhar um pouco de seu conhecimento sobre ele com o as empresas e profissionais da cadeia brasileira de embalagem.
Alta performance
Por isso oferece, nas próximas páginas, a íntegra de recente palestra de seu Diretor Técnico de Desenvolvimento de Mercado e Serviços Técnicos, dr. Hans-Georg Kinzelmann, sobre o tema.
Performance standard
Ao cumprir o compromisso que assumiu consigo mesma de sempre informar seus clientes sobre o que existe de mais avançado na área de adesivos, a Liofol também descreve um pouco do que está por trás de sua liderança: inovação tecnológica, alta qualidade, experiência e versatilidade.
Média performance
Henkel Ltda. • Av. das Nações Unidas, 10 989 • 2º andar • 04578-000 • São Paulo, SP Tel.: (11) 3848-2442 • Fax: (11) 3848-2444 • www.henkel.com.br
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ADESIVOS PARA LAMINAÇÃO DE EMBALAGENS DE ALIMENTOS SEGURAS Henkel KGaA Dr. Hans-Georg Kinzelmann Diretor Técnico Liofol Desenvolvimento de Mercado e Serviços Técnicos Consumidores, especialmente em todos os países industrializados, estão cada vez mais preocupados com a potencial contaminação química e microbiológica de alimentos. No que diz respeito a embalagens flexíveis, existem regulamentações para a Europa e os Estados Unidos com foco nos adesivos de laminação empregados. Em muitos países, regulamentações para embalagens para alimentos seguras têm em comum requisitos tais como os formulados no “Framework Directive 89/109/ECC”, que em seu Artigo 2 determina: “Materiais de embalagem têm que ser fabricados de tal forma que, sob as condições de uso, nenhum componente será transferido para o alimento, o qual... ...seja um risco potencial para a saúde humana, ...mude a composição do alimento, ...influencie as propriedades organolépticas.” Hoje, a 89/109/ECC está inserida nas regulamentações nacionais de todos os países da Comunidade Européia. Outras diretivas da ECC estão incorporando a estrutura de diretivas, como segue: 82/711/EEC e 97/48/EEC descrevem as regras básicas para a investigação da migração de produtos desde os materiais plásticos (da embalagem) até os alimentos. Dependendo das condições de uso, as condições de teste (quais simuladores de alimentos, tempo de contato e temperatura) são definidas. Testes de migração são efetuados com simuladores de alimentos dependendo do tipo de alimento, como descrito na 85/572/EEC. Em geral, são empregados os seguintes simuladores: • Alimentos ácidos " 3% de ácido acético • Alimentos aquosos " água • Alimentos com mais de 5% de etanol " 10% de etanol • alimentos gordurosos " azeite de oliva ou substitutos como isooctano (5-60ºC), etanol a 95% ou Polyphenylenoxid (Tenax, 100-175ºC). Antes do teste deve ser considerada a possibilidade de uma reação química do simulador de alimento com o produto potencialmente extraível, o que poderia desqualificar o simulador de alimento dependendo das condições de teste e do método de detecção. Definições similares podem ser encontradas no “Code of Federal Regulations of the Food and Drug Administration”, no parágrafo 176.170.
Assim como o §175.300 do FDA regulamenta materiais em contato direto com alimentos, a Diretiva Européia 90/128 e emendas definem monomeros e matérias-primas para a fabricação de plásticos para embalagens em contato direto com alimentos. Adesivos, assim como tintas de impressão, vernizes, filmes de alumínio e papel estão excluídos da 90/128, mas desde que não existe regulamentação alguma para adesivos de laminação tal como a FDA §175.105 para contato indireto com alimentos, ainda faz sentido considerar a lista de matérias primas da 90/128/EEC para formulações de adesivos. A lista de matérias primas inclui muitos diisocianatos, como os usados para adesivos de laminação poliuretânicos. O regulamento especifica para todos os diisocianatos um limite específico de 1mg NCO/Kg no plástico [QM(T)] e a Norma Européia 13130-8 descreve um método de teste para a determinação de NCO em plásticos. Quão apropriado é o QM(T) = 1mgNCO/Kg de plástico para prevenir a contaminação potencial do alimento? É bem conhecido que isocianatos reagem com água – oriunda de muitos alimentos - para formar aminas. Aminas devem ser consideradas como produtos da decomposição de isocianatos como regulamentado na 90/128/EEC. São especialmente interessantes as aminas aromáticas provenientes de isocianatos aromáticos com um limite de migração específica em alimentos definido como não detectável. O Comitê Científico Europeu para Alimentos (SCF) estabeleceu recentemente para aminas aromáticas um limite de detecção em alimentos de DL = 20 ppb (partes por bilhão), tolerância analítica incluída, o qual foi editado na 6a emenda para 90/128/EEC. Sem nenhum método de teste em especial em mente, a EEC considera uma tolerância analítica de 100%. Assim sendo, o limite prático real para aminas aromáticas é de 10 ppb. Vamos assumir que uma embalagem flexível de plástico contenha o limite máximo tolerável de 1mg NCO/Kg. Sob condições típicas de uso, uma bolsa de PET-12/PE-60 de 400 cm3 pesa 3g e é envasada com 100ml de alimento. Considerando o pior caso, todo isocianato seria transferido para o alimento, formando aminas. Para o MDI, isocianato comumente utilizado, 90 ppb de amina em forma de MDA seriam geradas. Tal quantidade fazer parte do alimento não é considerada segura e é questionável se o limite de 1mg
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NCO/Kg numa embalagem flexível provê em todos os casos a segurança para embalagens de alimentos requerida na estrutura diretiva 89/109/EEC. Em adição precisamos considerar que a limitação QM(T) para NCO foi dirigida a plásticos com uma distribuição homogênea de isocianatos e não para duas ou mais camadas de uma estrutura combinada de plásticos com uma fina camada de adesivo poliuretânico. Entrementes as autoridades da EEC identificaram o problema, e em futuras emendas da diretiva 90/128/EEC será definido um limite para isocianatos relacionado com a área da superfície de 6dm2. Em lugar da determinação de isocianatos em plásticos, a regulamentação alemã para alimentos já em 1984 fornecia um método de teste para a detecção específica de aminas aromáticas em simuladores de alimentos aquosos. Devido à reação de 95% etanol com isocianatos ou azeite de oliva com aminas, estes simuladores são inadequados para a detecção específica de aminas aromáticas. A recomendação 28a para poliuretanos da regulamentação alemã requer que a quantidade de amina aromática esteja abaixo do limite de detecção do melhor método disponível. A regulamentação faz referência a um método de teste com limite de detecção de 27,5ppb. Uma melhoria recente devido a uma etapa de concentração reduziu este limite para 2ppb. O código de regulamentação federal FDA §175.105 regulamenta especificamente adesivos em contato indireto com alimentos. É de responsabilidade do fabricante do adesivo formular adesivos a partir de matérias-primas mencionadas na lista positiva. Em adição a regulamentação requer que o adesivo esteja separado do alimento via uma barreira funcional, que é de responsabilidade do convertedor. Uma taxa de risco baseada na dose virtualmente segura para aminas aromáticas considerando um fator de consumo de 5% para alimento de uma embalagem flexível demonstra que o método de teste alemão com limite de detecção de 2ppb é uma ferramenta excelente para determinar as propriedades funcionais de barreira de um filme separando o adesivo e o alimento, com respeito a aminas aromáticas geradas desde isocianatos aromáticos livres provenientes do adesivo poliuretânico não totalmente reticulado. Se não considerarmos o fator de segurança de 1/10 na taxa de risco, teremos o DL Europeu = 20ppb. Muitas fontes potenciais para a contaminação química de alimentos em contato com embalagens flexíveis devem ser consideradas. Fontes óbvias no contato direto com alimento são filmes selantes e vernizes selantes a frio ou quente (“Heat Seal Coating” e “Cold Seal Coating”). Em adição, componentes da camada externa dos filmes, vernizes, tintas de impressão e adesivos de laminação em contato indireto com alimentos podem da mesma forma serem transferidos. No caso de adesivos de laminação, em geral pode acontecer migração através da camada selante até o alimento desde que estejam presentes componentes de baixo peso molecular na camada do adesivo. Para sistema reativos, o adesivo totalmente reticulado ou curado não mais representa uma fonte de produtos químicos perigosos e está em total concordância com as exigências da estrutura diretiva
89/109/EEC e as exigências de barreira funcional da FDA §175.105. Como determinar se um adesivo está totalmente curado? O controle de qualidade num convertedor típico checa as propriedades físicas de um laminado para provar sua funcionalidade para processamento seguinte. A performance de um laminado mesmo para os mais altos requisitos não é uma indicação de um adesivo curado e sem impurezas de baixo peso molecular, fonte potencial para contaminação do alimento. Somente um teste adicional de migração sob as condições de uso detectando contaminantes em potencial num simulador de alimento responderá à questão da cura total. Os adesivos para laminação de embalagens flexíveis de alimentos mais comuns no mundo todo estão baseados na química dos poliuretanos na forma de sistemas de um e dois componentes. A parte isocianato do adesivo sempre contém mais ou menos isocianato monomérico livre, o qual no caso de adesivos bi-componentes são combinados com um endurecedor terminado em hidroxila funcional previamente ao processo de conversão. A cura do adesivo combinando dois substratos flexíveis acontece no rolo. O poliuretano totalmente curado é inofensivo em contato Full-service: a Henkel oferece ampla variedade de adesivos para fins específicos indireto com alimento e o laminado está pronto para o uso. O que pode acontecer se adesivos poliuretânicos não totalmente curados ainda contêm isocianatos monoméricos livres e entram em contato direto com o alimento? Isocianatos monoméricos livres provenientes de um adesivo não totalmente curado podem migrar para o alimento, formar aminas a partir da reação com a água fornecida pelo alimento, as quais no caso de aminas aromáticas são consideradas um perigo potencial à saúde humana. Migração de aminas aromáticas de um adesivo PUR não totalmente curado é uma preocupação para embalagens envasadas com alimentos gordurosos ou úmidos tais como classificados na diretiva Européia 85/572/EEC e FDA §176.170. É opinião da FDA (alimento tipo VIII) e da EC que testes de migração não são exigidos para laminados envasados com alimentos secos assim como definidos nas regulamentações mencionadas acima. Isto significa que alimento seco está seguro em relação à migração? A resposta é não, devido a recentes achados mostrando que especialmente voláteis numa embalagem podem ser transferidos sobre o alimento seco. Portanto devem ser esperadas mudanças na futura emenda 85/572/EEC.
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Em geral temos que considerar que filmes selantes não fornecem uma barreira funcional para aminas migratórias, mesmo filmes não coextrudados contendo EVOH. Em adição a migração deve ser considerada em todas as temperaturas, até mesmo à temperatura ambiente e abaixo. No caso de adesivos para laminação poliuretânicos, quais são os fatores que influenciam o tempo de cura de um laminado até que ele esteja seguro para o contato indireto com alimentos? A concentração de isocianato monomérico livre parece ser um fator óbvio, mas o mecanismo de cura é realmente de maior influência. O mecanismo de cura somente trabalha adequadamente em combinação com a proporção de mistura recomendada. Outros fatores são, por exemplo, a umidade especialmente sob as condições de laminação, a temperatura sob a qual a bobina recém laminada é estocada, as propriedades de barreira do filme selante e até mesmo do tipo de camada externa do filme. Para a cura de um adesivo numa situação ideal a performance do laminado e a segurança para contato indireto com alimentos são alcançadas ao mesmo tempo. Existem diferenças entre adesivos para laminação poliuretânicos? Para estruturas de baixa e média performance filme/filme e filme/folha de alumínio laminados com adesivos isentos de solvente (“solventfree”) de primeira e segunda geração a resistência física do laminado é quase sempre atingida antes que o adesivo esteja livre de aminas migratórias potenciais. Já quinze anos atrás a Henkel introduziu a terceira geração de adesivos solventfree, o que reduziu dramaticamente o tempo de cura com relação a aminas migratórias potenciais. Melhoria de igual porte é representada nos anos recentes pelos adesivos da quarta geração, baseada na redução nas quantidades de isocianato monomérico livre em relação aos sistemas da terceira geração. Ambos sistemas são aplicados a 70-80ºC e requerem pré-aquecimento da porção-NCO prévio ao uso na operação de conversão. Se olharmos para as necessidades globais de mercado para adesivos solventfree para embalagens flexíveis, os convertedores estão principalmente interessados em sistemas de ampla gama de aplicação, fáceis de manusear, com bom desempenho em máquina e cura rápida com respeito à performance física e segurança para o alimento. Os esforços sustentáveis de pesquisa e desenvolvimento da Henkel resultaram na introdução no mercado de adesivos solventfree para laminação universais, que combinam a fácil manipulação da segunda geração de adesivos solvent-
free com tempos de cura mais curtos para segurança no contato indireto com alimentos. Já está com produção local na América do Sul o adesivo Henkel Liofol 9526/9727, um típico adesivo de baixa viscosidade com comportamento migratório de um adesivo solventfree universal superando em performance todos os sistemas de segunda geração concorrentes com respeito à segurança. Hoje, somente a Henkel pode oferecer uma linha completa de adesivos poliuretânicos solventfree para laminação de terceira geração, quarta geração e universal modificados base isocianato aromático para estruturas filme/filme e filme/folha de alumínio de baixa, média e até alta performance, os quais combinam tempos de cura comercialmente aceitáveis com relação à performance física e segurança ao alimento. A excelente performance dos poliuretanos em combinação com os métodos de teste estabelecidos são fatores importantes para a funcionalidade de uma embalagem flexível em conformidade com a estrutura diretiva 89/109/EEC, que exige que nenhum componente que possa trazer perigo para a saúde humana seja transferido para o alimento. Alternativas são os sistemas de adesivos mistos de isocianatos alifático/aromático ou puro isocianato alifático. Correntemente em desenvolvimento estão os sistemas de adesivos não baseados em isocianatos, assim como os sistemas com cura por feixe de elétrons (electron-beam) e por cura UV. Como mencionado anteriormente, também para sistemas alternativos componentes migratórios devem ser considerados e determinados previamente ao contato do laminado com alimento. Em adição à introdução destes sistemas no mercado, métodos de teste práticos e validados para impurezas de baixo peso molecular são Visão em microscópio infravermelho e aplicação sem solvente necessários. Não devemos esquecer de mencionar que as mesmas considerações com relação à cura e à segurança dos alimentos aplicam-se igualmente para sistemas de adesivos PUR contendo solventes (solventbased), mas sistemas baseados na mesma química como os adesivos solventfree de laminação de segunda geração não existem. Como descrito para adesivos solventfree, hoje existem disponíveis adesivos de dois componentes solventbased com mecanismos de cura padrão e modificado.
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INFORME PUBLICITÁRIO
Um conceito de Ponto alto das comemorações de seu Jubileu de Dentre os inúmeros fatos significativos registrados na HBA South America/FCE Pharma 2002, feira conjunta especializada de fornecedores para as indústrias cosmética e farmacêutica realizada em São Paulo de 31 de julho a 2 de agosto último, o stand da Wheaton foi, se não o mais expressivo, seguramente o mais comentado. Na verdade, como parte das comemorações do 50º aniversário da empresa, o que se viu nos 600m2 ocupados pelas indústrias do Grupo Wheaton foi mais do que um stand, apesar de sua grandiosidade. Aquele espaço exprimiu um conceito de relacionamento – com o tempo, com o ambiente, com clientes enquanto empresas e, principalmente, enquanto pessoas.
VIAGEM NO TEMPO O clima lembrava pouco a atmosfera impessoal dos espaços costumeiramente montados em eventos de negócios, a começar pela entrada. No stand da Wheaton, esta se dava por um “Túnel do Tempo”, cuja boca estava envolvida numa névoa (de gelo seco) que, como nos filmes de cinema, evocava uma viagem ao passado. Atravessando-se essa nuvem, entrava-se num corredor com vitrines de ambos os lados – a primeira parte do “túnel” –, nas quais estavam expostos os mais antigos frascos de perfume fabricados pela Wheaton. Vindos da coleção de Fábio Amsterdam, de São Bernardo do Campo (SP), e do acervo da própria fábrica, alguns desses frascos, como o Cavalo de Xadrez, o Cavalinho de Carrossel, o Padre Cícero e o Totem, da Avon, e a Ânfora, de O Boticário, são hoje clássicos disputadíssimos pelos colecionadores. Percorrendo-se a curva do “túnel”, um vestíbulo em que se fazia uma espécie de transição para tempos mais recentes, desembocava-se na “Sala do Futuro”, onde estavam expostos os lançamentos top de linha das três empresas do grupo – Farmacap, fabricante de tampas de borracha para o setor farmacêutico; Viton, voltada ao mercado de embalagens plásticas para cosméticos e farmacêuticos; e Wheaton Brasil, produtora de frascos de vidro para ambos os setores e de objetos de uso doméstico, também de vidro.
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relacionamento e
Ouro, stand da Wheaton é sucesso na HBA/FCE Uma TV de plasma, de tela plana, mostrava as fábricas em ação, enquanto projetores de laser davam movimento, em estilo high-tech, ao logotipo da Wheaton. “A idéia, nesse espaço, era remeter o visitante ao futuro, mostrando que a Wheaton já está inserida nele”, diz Renato Massara, diretor comercial da empresa.
ATRAÇÕES NA PRAÇA Só então o visitante ingressava no stand propriamente dito. Aí, outra surpresa. O amplo espaço reconstituía o ambiente de uma praça dos anos 50 em São Paulo. Nas paredes, três gigantografias reproduziam a Ladeira Porto Geral, a avenida Paulista e a avenida São João, em São Paulo de tempos mais amenos e convidativos. Uma quarta foto ampliada em tamanho gigante mostrava a primeira fábrica da Wheaton, no bairro do Jabaquara. A sensação de espaço aberto e de retorno no tempo era reforçada pela concepção e pela arquitetura do stand, uma moderna tenda cujo teto era de Lycra, fazendo o papel de “céu” da praça. Mudando intermitentemente de cor por efeitos de luz, eram imitadas as alterações reais ocorridas durante o dia no céu. A praça contava ainda com um bar, jardins (nos quais estavam dispostas amostras de produtos), chafarizes em funcionamento, bancos e um coreto. Neste, à noite, ao final de cada jornada da feira, revezavam-se uma banda de jazz e o conjunto de serestas Trovadores Urbanos. Durante o dia, o ambiente era animado e decorado por um mágico, um tocador de realejo e uma estátua viva. Além dessas atrações, o maior sucesso coube aos artesãos que trabalhavam ao vivo, por trás de uma cortina de vidro blindado, moldando objetos de vidro. Para que esses profissionais pudessem mostrar seu trabalho e a plasticidade do vidro, foram montados no stand dois fornos, que operaram ininterruptamente à temperatura de 1 200ºC. Isso envolveu o trabalho e a atenção de dez pessoas, incluindo técnicos, bombeiros, foguistas, engenheiros e os artesãos. Esse conjunto de atividades, ou pelo menos parte delas, como lembra Massara, tinha tudo a ver com o ambiente da fabricação de vidro: água, areia, fogo e vento, este simbolizado no próprio conceito de ar livre da praça. A rigor, não houve quem não se deixasse entusiasmar e aplaudir a harmonia conseguida entre ambiente e atividades nele realizadas. Porém, mais do que o êxito e os elogios motivados pela originalidade e pela criatividade do stand, o que mais a Wheaton comemora ao festejar seus primeiros cinqüenta anos de existência no Brasil é ter conseguido, naquele espaço, estreitar seu relacionamento com os mais de 5 000 clientes e amigos que o visitaram. Sua equipe saiu de lá convencida de que conseguiu, assim, demonstrar mais uma vez, de forma agradável e diferenciada, que o eixo de sua filosofia de atuação é a proximidade com os clientes, expressa numa frase que é um compromisso: “Wheaton sempre perto de você”.
Wheaton do Brasil Ind. e Com. Ltda. Av. Álvaro Guimarães, 2502 • CEP 09810-010 São Bernardo do Campo, SP • Brasil Tel.: (11) 4355-1800 • Fax: (11) 4355-1899
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feira
Imunes ao dólar HBA e FCE crescem indiferentes a período de crise cambial Por Guilherme Kamio e Leandro Haberli xpondo insumos e produtos predominantemente importados, a HBA South America e a FCE Pharma, eventos que reúnem fornecedores das indústrias de cosméticos e farmacêuticos, calharam na semana em que a valorização do dólar sobre a moeda brasileira gerou um nível de apreensão há muito não detectado. Mas, a julgar pelo número de expositores e visitantes, a infeliz simultaneidade de acontecimentos não teve grandes efeitos deletérios sobre o desempenho das feiras, que, a exemplo de edições anteriores, este ano foram realizadas em conjunto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, entre os dias 31 de julho e 2 agosto. As feiras, que foram realizadas também com a Analítica Latin America, contaram com mais de 400 expositores, com presença considerável de empresas estrangeiras, sobretudo asiáticas. Ademais, cerca de 23 000 visitantes conferiram as novidades apresentadas, numa ampliação de 12% em relação a 2001. “Mesmo com a alta do dólar, os expositores ficaram satisfeitos com os resultados comerciais e com o movimento da HBA e da FCE", garante Joris van Wijk, presidente da empresa que organiza tais eventos no Brasil, a VNU Business Media. Analisando a participação das empresas de embalagem, a quase-imunidade da HBA South America e da FCE Pharma no cená-
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rio de escalada da moeda americana também transparece. A despeito dos problemas macroeconômicos, houve expressiva quantidade de lançamentos de produtos e estratégias dos players atuantes na cadeia do packaging, vistos indistintamente nas duas feiras. Novidades em frascos, tampas, lacres invioláveis, válvulas pump, bisnagas, blisters, filmes flexíveis, rótulos auto-adesivos, tintas especiais e outras matérias-primas e insumos de embalagem não faltaram a essa espécie de vitrine dos setores farmacêutico e cosmético, provando que o mercado de embalagem vem apresentando influência e participação cada vez maiores na cadeia de fornecimento de tais indústrias. A consolidação do evento no calendário de feiras de negócios também pôde ser aferida pelos eventos paralelos realizados, com destaque para o 16º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, promovido pela organização da HBA em parceira com a Associação Brasileira de Cosmetologia. O Prêmio de Excelência no Fornecimento para a Indústria Farmacêutica, realizado pela FCE e pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo), também se firmou nesta que foi a 7a edição das feiras no Brasil. A seguir, EMBALAGEMMARCA destaca alguns dos lançamentos vistos nos dois eventos.
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Flexíveis “cult” Quem se lembra das antigas embalagens de creme dental feitas de alumínio? Elas praticamente desapareceram nos últimos anos, dando lugar a tubos plásticos ou laminados que unem os dois materiais – plástico por fora, alumínio por dentro. Mas as bisnagas metálicas podem estar ressurgindo, pelo menos para produtos mais específicos, como os chamados cosmecêuticos, que unem princípios de itens de beleza ao de um medicamento. Em alguns casos, o tubo de alumínio pode voltar como uma embalagem “cult”, prevê Valdivo Begalli, gerente de marketing da Ceball Brasil, empresa da área de tubos flexíveis, que faz parte do grupo francês Pechiney. Além do revival desse sistema, a empresa mostrou na feira uma nova tampa flip-top própria para suas linhas de embalagem. De recrave, a Cebalcap, como foi batizada, só dá encaixe se alinhada à face do tubo. “Isso aumenta a exposição da marca”, observa Begalli. Outro item interessante é o Angle Aplicator, pequena bisnaga plástica que conta com bico direcionador, e é própria para cosméticos e itens de maquiagem para lábios e olhos. “É extremamente prático, pois elimina o uso da haste de aplicação”, destaca o executivo. (11) 4723-4700 www.ceballbrasil.com.br
Dose única, aplicações múltiplas A italiana Lameplast mostrou sua ampla linha de strips mono doses, que podem acondicionar tanto cosméticos quanto produtos farmacêuticos. “Embora seja um mercado importante para nós, as ações de amostragem representam apenas um setor de potencial consumo para esse tipo de embalagem”, afirma Claudia Lodi, gerente de vendas da empresa. Na área de cosméticos, um dos principais clientes da Lameplast é uma empresa espanhola, que usa as micro-bisnagas de dose única para acondicionar suas loções anti-rugas. “Acreditamos que, como ocorre na Europa, o Brasil tem grande potencial para embalagens mono dose”, sinaliza a gerente da Lameplast. +39 059 673965
[email protected]
Child Proof em 38mm A Budplas Moldes apresentou um item raro no mercado: uma tampa de rosca, com mecanismo child proof, na medida de 38mm, própria para frascos plásticos de produtos farmacêuticos. Comercializado pela SPL Dessecantes, o produto se diferencia principalmente por sua dimensão, já que poucas tampas child proof alcançam o diâmetro de 38mm. Para acelerar o emprego do novo fechamento em futuros lançamentos, a SPL deverá investir em parcerias com os principais fabricantes de frascos com boca no diâmetro 38mm, como a Alcan, a Sinimplast e a Vedapack.
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(11) 4184-7297 •
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Quase tudo em casa O grupo franco-americano Seaquist Valois, especializado em tampas, pumps e válvulas dosadoras para os mercados de perfumaria, cosméticos e farmacêuticos, expôs seus planos de progressiva nacionalização produtiva. “Muitos dos componentes ainda são importados”, comenta Moacir Camargo, diretor-geral da empresa no Brasil. “Mas hoje temos total capacidade de repetir o padrão de qualidade visto lá fora nas linhas da nossa unidade brasileira.” Para gerar demanda suficiente para a produção na fábrica de Itapevi (SP), novos clientes vêm sendo prospectados, às vezes fora do espectro de mercado restrito às marcas líderes. “Sobretudo na área de perfumes, nossos produtos são direcionados a itens de maior valor agregado, mas hoje atendemos muitas empresas pequenas, que se surpreendem por poder comprar conosco”, relata Camargo. A injeção dos atuadores, item das válvulas pump que é acionado para que o produto seja expelido da embalagem, já vem sendo feita quase que totalmente no Brasil. “Com essa estratégia, poderemos oferecer preços ainda mais competitivos”, garante o diretor-geral da Seaquist Valois. (11) 4141-4344 •
[email protected]
Onipresença e alta barreira
Frascos em novos diâmetros
Representada pela empresa Medical Packaging, integrante da divisão Health Care Flexibles, a gigante Rexam, considerada a maior fabricante de latas para bebidas do mundo, apresentou suas linhas de embalagens hospitalar, odontológica, industrial e farmacêutica. Nos dois primeiros casos, os destaques foram envelopes flexíveis assépticos auto e termo-seláveis. Também composta por envelopes, a linha industrial é voltada a artigos médico-hospitalares, e combina avanços como barreira microbiana a bons níveis de resistência mecânica. Um dos carros-chefes da empresa na área de health care, contudo, é a linha farmacêutica, composta por filmes termoformáveis transparentes, de alta barreira a umidade e próprios para composição de blisters de medicamentos. Um dos destaques é o filme Tyvek, que a Rexam utiliza sob licença da DuPont, detentora da patente.
Durante o evento, a Alcan Packaging deu visibilidade aos seus mais recentes frascos de PET para a indústria farmacêutica, lançados nos volumes de 60ml, 120ml, 200ml e 250ml. Produzidos pelos sistemas de injeção ou estiramento, têm alta transparência e brilho, grande resistência ao impacto e são recicláveis. Além disso, a empresa garante gargalos isentos de rebarbas.
(11) 3819-0244 www.rexammedical.com.br
(11) 4075-6519 • www.alcanpackaging.com
Museu-estande-show A Wheaton aproveitou o evento para comemorar suas cinco décadas de atuação no país. Ocupando 600m2, a área de exposição da vidraria era uma das maiores das feiras, e contava com uma amostra bem ilustrativa e abrangente da história dos frascos de fragrâncias no Brasil. Além de clássicos como as embalagens de perfume em formato de Padre Cícero, Cavalo de Xadrez e Totem, a empresa aproveitou para lembrar outros marcos de sua atuação brasileira. Um deles foi o recebimento, na década de 90, do prêmio internacional World Star, conquistado em conjunto com a Natura, graças aos frascos da linha Mamãe & Bebê. Além do jubileu de ouro, a vidraria Wheaton comemorou os prêmios de Melhor Fornecedor de Embalagens para a Indústria Cosmética, e o de Melhor Fornecedor de Embalagem de Vidro para a Indústria Farmacêutica, este último conferido pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo). Além desses atrativos, o estande da vidraria consituiu-se ele próprio num show, dado a idéia conceitual de apresentar de forma criativa os quatro elementos básicos para a formação do vidro: água, areia, vento (sopro) e fogo. Para este, foram montados dois fornos funcionando a 1 200ºC, com artesãos moldando na hora peças artesanais e artísticas de diferentes formatos. (11) 4355-1899 • www.wheatonbrasil.com.br
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Ganho produtivo em blisters O Polybar, um novo tipo de barreira plástica para blisters desenvolvido pela empresa alemã VAW, está sendo introduzido ao mercado pela Graffo Paranaense de Embalagens. Trata-se de uma estrutura coextrudada, baseada na resina COC, da Ticona, que leva uma cobertura de adesivo e polietileno. Isento de PVC e PVDC, o material adapta-se às blistadeiras já existentes nas linhas de embalagem dos clientes e, de acordo com Eduardo Colen Nunes, diretor da Graffo, “é ambientalmente amigável e de custo atraente”. (41) 668-8866
[email protected]
Acionamento lateral A Pfeiffer apresentou, ainda como protótipo, um sistema de spray nasal com mecanismo de aplicação lateral do tipo alavanca. Tal invenção rendeu à empresa um prêmio no German Packaging Award, o concurso de embalagem mais prestigiado da Alemanha. Segundo Rosemeire Frangiotti Martins, consultora de negócios da empresa, o sistema proporciona ergonomia, pode ser usado em qualquer posição, tem mecanismo child proof e é uma alternativa para a diferenciação em medicamentos de gôndola (OTC). (11) 5502-9990 • www.pfeiffer.de
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Mãozinha ao consumidor
Sistema push-pull do novo Axe elimina tampa e ajuda na aplicação uma pequena alavanca em sua parte superior, que tem leves ranhuras, e apertar o frasco, para direcionar o jato nas axilas. Segundo a Unilever, a válvula do novo sistema garante uma melhor pulverização e diminui a probabilidade de o líquido escorrer pelo corpo. O interessante é que a tecnologia, exclusiva e patenteada pela multinacional anglo-holandesa, foi desenvolvida aqui no Brasil, por uma equipe interna liderada por Reginaldo Tavares, da área de projetos de embalagens para desodorantes da Unilever. “O aplicador spray é o mais vendido no Brasil, detendo 34% de participação, mas até agora nenhuma empresa havia direcionado investimento para essa embalagem”, sintetiza Mark Wormser, gerente de marca da Unilever Higiene e Beleza. “Seguramente, agora temos o spray mais moderno e diferenciado da categoria”.
opularíssimo no Brasil, o desodorante em spray do tipo squeezable está ganhando apresentações modernas, que varrem qualquer complexo de vira-lata que eles poderiam carregar por serem versões mais econômicas. Exemplo disso é a nova embalagem da linha Axe, da Unilever. Para dar uma resposta a uma parcela de consumidores que dizia ser incômoda a presença da tampa no conjunto do produto, a fabricante está inovando com uma embalagem “sem chapéu”, que facilita bastante o manuseio pelo usuário. Em vez de duas mãos, agora apenas uma é necessária para a aplicação do desodorante. Isso é possível graças ao moderno sistema push-pull que foi incorporado aos frascos, que integra as funções de tampa e aplicador. Com ele, basta o consumidor empurrar com o polegar
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Na linha remodelada com o aplicador, destaque também para a decoração
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O novo sistema push-pull em ação: primeiro, levanta-se a parte central do conjunto com o polegar (1); o produto é direcionado e aplicado através do aperto no frasco (2); por fim, o aplicador volta à posição inicial, com a ajuda das ranhuras existentes em sua parede
Apoio dos fornecedores Para chegar até o resultado final, a equipe de Tavares trabalhou em sinergia com os fornecedores dos componentes da embalagem. No caso do aplicador push-pull, a Globalpack pôs em andamento um projeto customizado, que levou cerca de dezoito meses para chegar ao fim. “Foi um imenso trabalho de laboratório”, afirma Élcio Pellegrini, vice-presidente comercial da Globalpack. “O leque de propriedades exigido era composto pelo jato, que tinha que ser vertical, uma vaporização específica e a estanqueidade perfeita”, ele conta. “Além disso, tínhamos que ter sempre em mente o apelo visual e a questão de custos.” Partindo de um molde piloto, as peças plásticas foram extraídas para a definição do melhor ponto de manuseio do gatilho. Logo depois, vários protótipos foram concebidos, e sucederam-se os testes de manuseio, transporte e estocagem do conjunto. O molde final da embalagem foi encomendado a uma empresa austríaca, e se adaptou posteriormente à célula de montagem da Globalpack, em Vinhedo (SP), para a injeção e montagem em escala industrial. Outro ponto nevrálgico do projeto era o casamento do conjunto superior
com o frasco, fabricado pela Sinimplast na unidade in-house mantida na fábrica da Unilever, também na cidade de Vinhedo. “Como a nova tampa possui posição definida, com forma toda ondulada, foi preciso encontrar uma relação de casamento com o frasco, para o encaixe perfeito”, diz Ricardo David, gerente de engenharia da Sinimplast. Pellegrini, da Globalpack, ressalta o esforço conjunto com a Sinimplast para atingir o passo concordante da onda do aplicador com a rosca do corpo.
Didática da aplicação
Globalpack (11) 5641-5333 www.globalpack.com.br Sinimplast (11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br
David, por sua vez, ainda destaca no frasco, feito a partir de uma blenda de PEAD com PEBD para atingir o efeito squeezable, o rótulo, em heat transfer, aplicado pela sua empresa. “Ele tem um acabamento opaco, que dá um efeito bastante singular ao produto”. Por fim, como os feitos não têm efeito sem divulgação, a Unilever, após a obtenção do sistema, busca difundi-lo ao público, através de um plano de mídia já em andamento. “Como o Axe spray é completamente diferente da embalagem que por décadas dominou o mercado, um dos nossos objetivos é o de orientar o consumidor a usar o novo produto”, arremata Mark Wormser. ago 2002 • EMBALAGEMMARCA – 37
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Nada de cores indigentes
Litografia sem fotolito
A americana Pantone, criadora e produtora das escalas de cores usadas na indústria gráfica e no design, está lançando no Brasil o Color Cue, um detector de cores portátil. Desenvolvido para auxiliar o processo criativo, o produto traduz qualquer cor impressa – em uma superfície de, no mínimo, 8mm de diâmetro – nos valores Pantone, CMYK, RGB, HTML e Lab. Para isso, o aparelho emite, sobre a superfície analisada, um feixe de luz branca pura e lê seu reflexo, identificando a cor. O resultado é uma referência bastante próxima da cor analisada. Com esta informação, o usuário pode também, consultando a guia Pantone, obter suas variações. (11) 3242-6684 •
[email protected]
Um importante investimento acaba de ser feito pela Metalúrgica Mococa, que produz 80 milhões de latas por mês. Com a instalação de um CtP Xpose! Lüscher, a empresa é a primeira metalgráfica do país a digitalizar seu processo de produção litográfica, eliminado a necessidade de fotolitos. De acordo com Peter Jungblut, diretor da Gutenberg, que comercializa o equipamento no Brasil, o sistema dá precisão superior de registro e maior agilidade na hora de fazer pequenas alterações nas imagens ou nos textos. “Queremos atender as exigências cada vez maiores de nossos clientes na melhora do visual das embalagens”, diz Ramon G. Sanchez,
Número 100 000 está no Brasil A Heidelberg entregou recentemente a 100 000ª unidade de impressão da Printmaster GTO 52, como parte de uma impressora quatro cores, para a gráfi-
gerente de departamento da Mococa. “Com a eliminação do filme no processo de gravação das chapas,
ca brasileira Logus Editora Gráfica, de Santo André (SP), em cerimônia realiza-
as imagens ganham maior nitidez e
da durante um Tech Tour que contou com a presença de dezoito gráficas bra-
qualidade, e mesmo as minúsculas
sileiras na Alemanha, toda a diretoria da Heidelberg e os operários da empresa
letras utilizadas na embalagem po-
que fabrica a GTO. A Logus, resultado da fusão de duas gráficas no ABC pau-
dem ser impressas com uma defini-
lista, atua principalmente nos segmentos comercial e promocional. Com mais
ção perfeita”, comenta Jungblut.
de 60 000 unidades instaladas, a GTO 52 é a impressora offset mais vendida
Metalúrgica Mococa (19) 656-9300
no mundo. Seus principais mercados são Alemanha, Estados Unidos, China, Brasil, Itália e Espanha. A GTO 52 imprime em formato 36cm x 52cm, que ficou conhecido como “formato GTO”. www.heidelberg.com.br
Takano reestruturada Uma das mais renomadas
berto Barbeiro como presiden-
empresas de artes gráficas do
te-executivo e Mario Nishiya-
país, a Takano anunciou algu-
ma como vice-presidente.
mas alterações administrati-
O fundador da empresa, Anto-
vas, como extensão dos in-
nio Takano, continua como
vestimentos de 20 milhões de
presidente do Conselho de
dólares feitos nos últimos dois
Administração do Grupo e do
anos, para acelerar o cresci-
Conselho Deliberativo do
mento de seus negócios. Um
Instituto Takano.
novo corpo diretivo foi forma-
(11) 5694-9999
do, com a nomeação de Ro-
www.takano.com.br
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Gutenberg (11) 3225-4400 www.gutenberg.com.br
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Toda a família listada Um novo catálogo, contendo toda a linha de produtos, será lançado pela Brasilcote em setembro. A empresa é especializada na produção de papéis e cartolinas de altíssimo brilho e lisura, destinados à impressão de rótulos de bebidas, materiais de higiene e limpeza, cosméticos, produtos farmacêuticos, alimentos, linha escolar, linha editorial e de embalagens em geral. O catálogo é em tamanho ofício e terá lâminas impressas, contendo uma imagem e a especificação de cada tipo de papel e de papel cartão. Segundo informa a área de marketing da Brasilcote, o principal objetivo da empresa com o lançamento do catálogo é destacar a qualidade de seus produtos, bem como o efeito da impressão sobre eles. (11) 4360-6211 • www.brasilcote.com.br
Grupo Cerutti adquire a Bernal O grupo italiano Cerutti anun-
Zerand, em 1998, e a Ibérica,
ciou a aquisição da empresa
em 1999.
americana Bernal Technologies,
Com previsão de faturamento
especializada na fabricação de
de 250 milhões de euros em
facas rotativas para a produção
2002, a Cerutti detém 56% do
de cartuchos. Tal aquisição
mercado de grandes impresso-
consolida a presença do grupo
ras para a impressão de revistas
na indústria de conversão de
e 32% do mercado de impres-
embalagens, especialmente na
soras para embalagens flexíveis.
produção em linha de cartu-
De acordo com a empresa, as
chos, impressos em rotogravu-
recentes aquisições vão lhe per-
ra ou flexografia, para sucos e
mitir desempenhar também um
leite assépticos, detergentes,
papel significativo na impressão
pasta de dentes, cereais e
e conversão de cartuchos. No
achocolatados, entre outros.
Brasil, a Cerutti é representada
Vale lembrar que o grupo já
pela Charles/Brasil.
havia adquirido anteriormente
(11) 3815-1737
a Flexotecnica, em 1995, a
[email protected]
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design
Otimização de custos Redesenho gera apelo visual e custos menores à L’acqua di Fiori filão dos produtos voltados ao público infantil vem se transformando num dos mais atraentes geradores de receita para as empresas da área de cosméticos e perfumaria. Um dos atestados disso é a quantidade de reformulações que ultimamente vêm sendo feitas na apresentação de tais linhas, para tornar sua comunicação mais direta. Entre esses recentes casos, destaca-se o do redesign da linha infantil da L’acqua di Fiori. Com um novo posicionamento de conceito estético, tornando-o menos genérico e mais orientado ao públicoalvo, a empresa conseguiu neste ano um aumento de 40% nas vendas em relação ao mesmo período quadrimestral (janeiro a abril) do ano anterior. Coordenado pela Hi Design, o trabalho de reformulação não se ateve apenas ao desenvolvimento de um novo visual. Ele envolveu também a criação de uma embalagem secundária exclusiva, um
cartucho de papel cartão com aspectos inovadores. A partir do desenvolvimento de uma faca especial, chegou-se a um desenho de cartucho que já possui um berço a ele embutido – item que geralmente é acoplado separadamente e que representa um custo adicional ao conjunto. “Isso garante ao usuário uma otimização gráfica e de montagem”, comenta Christian Klein, sócio-diretor da Hi Design.
FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
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Cavalo na janela
Janela especial do novo cartucho permite a visualização do nome do produto
Além do ganho estrutural com um cartucho que dispensa acessórios, o projeto conseguiu, ainda, garantir otimização gráfica – e de custos – ao bolar uma maneira de fazer com que todas as embalagens da linha sejam obtidas a partir de uma única folha. Ou seja, cada folha a ser impressa comporta uma unidade de cada um dos cartuchos da linha. Continuando na praia do corte e vinco, os cartuchos trazem uma janela no formato de um cavalo marinho, em con-
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Cia. Suzano (11) 3037-9446 www.suzano.com.br Hi Design (11) 251-5531 www.hi-design.com.br Lavezzo (11) 3612-2555 www.lavezzo.com.br Maxcor (31) 388-1599 www.maxcor.com.br Seaquist Valois (tampas) (11) 4141-4344
[email protected]
Visual antigo da linha tinha comunicação menos direcionada e predomínio de tons pastel
sonância com os ícones escolhidos para dar identidade à linha, os de animais marinhos. “Dessa forma, a visualização do produto, seu nome e a designação genérica são claros”, pondera Klein. Para dar a resistência necessária nos momentos logísticos e de manuseio do cartucho por parte dos franqueados da rede, decidiu-se pelo uso do papel cartão TP Hi Bulky, da Suzano, com gramatura de 300g/m2. A fornecedora do papel, aliás, contribuiu no projeto, dando o suporte às ideias da agência. Para a impressão, a escolhida foi a gráfica Lavezzo, pelo seu expertise em embalagens para cosméticos. No campo visual, partiu-se de um estudo de letterform para se criar o logotipo e um alfabeto vinculado à personalidade do público infantil, para estampar os dizeres do cartucho e do rótulo. Este último, aliás, é um auto-adesivo transparente de plástico, feito pela Maxcor, que, combinado ao frasco plástico, da Rangel Heringer, confere efeito no label look à embalagem. “O objetivo era o de compor um cenário, não só para caracterizar fortemente uma linha, mas também para fortalecer a exposição dos produtos no ponto-de-venda, possibilitando um arranjo de exposição versátil”, conclui Klein.
Berço, acoplado à estrutura cartonada, mantém produto no lugar e dispensa peça adicional
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prêmio
Talento à prova Suzano lança prêmio para profissionais da área gráfica esigners de embalagem, produtores de agências de publicidade impressa, diretores de arte do mercado editorial e demais profissionais de criação envolvidos com a indústria gráfica têm uma nova oportunidade de divulgar seu trabalho, além de ter suas aptidões recompensadas. Trata-se do recém-lançado Prêmio Max Feffer de Design Gráfico, iniciativa da Cia. Suzano de Papel e Celulose. As inscrições vão até 8 de novembro próximo. Além de homenagear seu fundador – e também incentivador das artes e da cultura do país (ver quadro) –, a empresa tem em vista a possibilidade de estimular o uso de materiais de sua produção. Serão premiados trabalhos gráficos impressos em dois papéis específicos criados pela Suzano: o Reciclato, primeiro papel reciclado produzido industrialmente no Brasil, e o Supremo Duo Design, papel cartão que permite impressões policromáticas de alta qualidade na frente e no verso. Ao todo serão concedidos, no início de dezembro deste ano, dezesseis prêmios, divididos em cinco categorias – Embalagem, Editorial, Promocional, Corporativo e Miscelânea. Além de prestígio ao portfólio, o Prêmio Max Feffer irá agregar valores expressivos à conta corrente dos ganhadores. O criador do trabalho vencedor de cada categoria receberá um prêmio de 12 000 reais, e o segundo colocado levará 5 000 reais. Em tempos de enxurrada de prêmios com caráter duvidoso, a lisura deste criado pela Suzano transparece, entre outros aspectos, na metodologia de escolha dos
D
Figura histórica Embora sempre tenha tido um imenso potencial, em virtude de seu clima e geografia, o Brasil nem sempre foi um forte produtor de celulose, como é hoje. Pode-se até dizer que o histórico brasileiro nesse ramo é recente, se comparado a outros países. Até o início da década de 50 do século passado, o Brasil era um mero importador da fibra. Foi naquele tempo que um grupo de cientistas se dedicou a pesquisar uma tecnologia que acabou revolu-
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ganhadores. Os trabalhos concorrentes serão julgados por uma comissão de cinco profissionais atuantes no mercado de criação (Gilberto Strunck, Helga Miethke, Ricardo Ohtake, Rico Lins e Ronald Kapaz,), que também conta com uma curadora, a jornalista Ethel Leon. Além disso, o prêmio foi elaborado seguindo exigentes diretrizes do renomado Icograda (abreviação em inglês de Conselho Internacional de Designers Gráficos). Convém ressaltar que a candidatura ao Prêmio Max Feffer é gratuita. É um detalhe que, além de estimular a participação do maior número possível de concorrentes, só reforça a impressão de que é uma premiação criada com rigorosos critérios de igualdade para os eventuais concorrentes, e de ética no julgamento dos trabalhos.
cionando a fabricação de papel, no Brasil e no mundo: a extração de celulose a partir do eucalipto. O grupo era liderado pelo paulistano Max Feffer, que durante anos foi presidente do Conselho e diretor da Cia. Suzano de Papel e Celulose. Falecido no ano passado, aos 75 anos, Feffer também se notabilizou por sua atuação no cenário cultural. Na década de 70, foi secretário de Estado da Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Paralelamente, era sócio-fundador do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM),
além de ter sido membro do conselho da Sociedade de Cultura Artística. Não bastasse ter liderado uma das maiores companhias de papel do mundo, Max Feffer deixou um legado de máximas e aforismos, como o de que “a vida que a gente quer depende apenas do que a gente faz.”
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estudo
Cases em números Pela primeira vez, design de embalagem ganha um panorama setorial os vinte e poucos anos, os jovens enfrentam aquela sabida fase de afirmação e amadurecimento. Movimento semelhante está acontecendo com o design de embalagem, que quer fortalecer sua representatividade como setor econômico e empresarial no país. Para tanto, um significativo passo acaba de ser dado pelo Comitê de Design da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE): a realização de uma inédita pesquisa setorial, que pela primeira vez proporciona uma leitura do design de embalagem tupiniquim com base em números. O escrutínio, realizado a partir de dados fornecidos pelas 37 agências integrantes do Comitê, está servindo para analisar e propor formas de fomentar o desempenho do setor, pois se estima que os serviços de design e embalagem movimentam hoje cerca de 48 milhões de dólares anuais, o que representará 0,4% do faturamento da indústria de embalagem nacional prevista para 2002. “Se considerarmos que o design de embalagem representa 1% da movimentação industrial nos Estados Uni-
A
Catecismo para as indústrias O Comitê de Design da ABRE está distribuindo um manual básico sobre a contratação de serviços dos seus associados, buscando informar ao empresariado como, quando e por que utilizar o design de embalagem. Dividido em tópicos, o volume dá orientações que vão desde a abertura de uma concorrência entre agências e como analisar um portfólio até como acompanhar tecnicamente o andamento do projeto solicitado.
GRÁFICO 1 Número de projetos concluídos
15% 31% 8% 8% 15%
23%
Até 10 projetos no ano Entre 10 e 20 projetos Entre 20 e 30 projetos Entre 30 e 40 projetos Entre 40 e 50 projetos Acima de 50 projetos
dos, acreditamos haver espaço para dobrar o percentual de participação do setor no Brasil”, afirma Manoel Müller, coordenador do Comitê de Design da ABRE e diretor da Müller Associados, que condensou a pesquisa em um ensaio que irá figurar no documento Brasil Pack Trends 2005 versão 2002, organizado pelo Centro de Tecnologia em Embalagens de Alimentos (CETEA).
Números difusos Pelo estudo, 46% das empresas pesquisadas têm entre dois e cinco anos de atividade, a chamada zona de risco de mortalidade empresarial. No entanto, contrabalanceando essa proporção, 38% delas têm mais de dez anos, ou seja, já ago 2002 • EMBALAGEMMARCA – 47
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atravessaram os períodos mais críticos de estabelecimento do negócio. A maioria (61%) tem entre dez e vinte funcionários, e a receita líquida mais citada é a de até 500 mil reais por ano. Em média, o design de embalagem representa 60% do total de receitas das agências, que invariavelmente atendem ainda a projetos de criação ou renovação de identidade visual, sinalização e outros. O número de projetos concluídos por ano também é difuso (gráfico 1). Quanto à natureza dos projetos, a criação de um novo rótulo é a atividade mais solicitada às agências, sendo que a solicitação de novos formatos é menos comum (gráfico 2). “Isso talvez ocorra por fatores de custo, apesar da diminuição de custos relativos obtidos na confecção de moldes e pré-formas nos últimos cinco anos”, observa Müller. A segunda atividade mais pedida aos projetistas de embalagem é a adaptação de embalagens, sendo que 70% destes trabalhos são de embalagens já existentes no Brasil – o restante advém de adaptações de projetos internacionais. A mesma proporção é encontrada na
GRÁFICO 2 Natureza dos projetos
GRÁFICO 3 Participação na receita líquida por origem dos clientes
5%
25%
70%
Multinacionais Grande empresa nacional Pequena e média empresa nacional
ABRE (11) 3082-9722 www.comitedesign.abre.org.br
análise das marcas aplicadas aos projetos: 70% dos trabalhos envolvem marcas já existentes e 30% se prestam ao lançamento de novas marcas. Para Müller, “isso revela que a prática de extensão de linhas vem sendo freqüente.”
Busca às nacionais
17%
50% 33%
Criação de nova comunicação visual Adaptação de uma embalagem existente Criação de novo formato de embalagem
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Um dado particularmente importante, de acordo com Müller, é o da participação na receita líquida por origem dos clientes (gráfico 3). Os grandes estimuladores do mercado para as agências são as grandes empresas multinacionais, com 70% de participação. “A cultura em seus países de origem compreende a dimensão e a importância do design de embalagem para a competitividade dos produtos”, analisa Müller. Tal aferição baliza um dos principais caminhos a serem tomados pelo setor, o de estender para as empresas nacionais os benefícios do design de embalagem, “principalmente para as pequenas e médias, que possivelmente são mais carentes desse tipo de serviço e pouco o utilizam”, pontifica o coordenador do Comitê da ABRE.
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Telefone: (11) 5181-6533 • Fax: (11) 5182-9463
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eventos
Vale a pena ir O momento é difícil, mas presença em feiras é muito importante entre os variados meios de comunicação a que as empresas podem recorrer, há aquelas que concentram toda sua verba de mídia para participar como expositoras em feiras de negócios, cometendo o elementar equívoco de “dar um tiro de canhão” para – talvez – matar um bando de passarinhos. Se der certo, ótimo. Se não, ao invés de uma boa caçada, o resultado pode resumir-se ao ato de espantar as “presas”. Tirante a maneira deselegante de referirse àquele que é sempre decantado como “parceiro” e como “rei” – isto é, o cliente –, fazer a coisa certa exige afinado critério na escolha do evento e no trato com o público. Ao detectar a necessidade das empresas de otimizarem seus investimentos nessa mídia, a Messe Frankfurt GmbH, uma das três maiores empresas mundiais de feiras, presente no Brasil desde 1993 e com filial desde 1997, lançou no país os seminários e palestras da Akademie Messe Frankfurt. Trata-se de um setor especializado em oferecer essas atividades aos interessados “em realizar e participar de feiras com eficiência e sucesso”, segundo Monika Arnold, coordenadora da Akademie Messe no Brasil. São dois os seminários: Sucesso com Feiras no Exterior e Feiras de A a Z. Neles, os participantes recebem dicas para otimizar os resultados de uma feira. Podem
ser feitas também palestras sob medida e inhouse, a pedido das empresas. Os seminários e palestras são ministrados em São Paulo pela própria Monika, que é pós-graduada em marketing internacional, com base na experiência e em know-how de mais de vinte anos da matriz da Akademie Messe, localizada em Frankfurt, na Alemanha. Além de São Paulo, onde já ocorrem, em 2003 tais eventos serão levandos para Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Belo Horizonte, Natal, Porto Alegre e Blumenau.
D
Vista frontal do Fórum da Messe Frankfurt
DIVULGAÇÃO
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Força lá fora
Messe Frankfurt Tel: (11) 3839-7257/7258 Fax: (11) 3839-7259
[email protected] www.messefrankfurt.com
Outro ponto forte – aliás o mais forte – da Messe Frankfurt é sua atuação no exterior, principalmente em sua cidade-sede, Frankfurt. Para falar sobre a oportunidade representada por esse tipo de participação, seu presidente, Gerhard Gladitsch, reuniu-se recentemente em São Paulo com empresários e representantes da imprensa especializada em diferentes segmentos de negócios em que o grupo atua. Ele relatou que, nos eventos conduzidos pela Messe Frankfurt na Alemanha, estiveram representados no ano passado 51 expositores brasileiros. “Neste momento, frente à situação tensa da economia brasileira, cresce o significado das feiras como plataforma comercial”, disse. De fato, o momento talvez coloque dúvidas quanto à participação das empresas como expositoras em feiras. Mas parece não ser assim quanto à necessidade de visitá-las: no país, para conhecer o que ocorre aqui; no exterior, como forma dinâmica de entrar em contato com novas tecnologias, potenciais clientes ou parceiros internacionais. Na pior das hipóteses, nas horas vagas aproveita-se para fazer turismo, otimizando o valor do dinheiro, um forte argumento nestes tempos de dólares e euros voando rumo ao infinito – ou, mais apropriadamente, de real rolando ladeira abaixo. No caso de Frankfurt, como lembrou Gladitsch, ninguém terá do que se lamentar.
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marketing
Sem bola de cristal Estudo francês aponta rumos das embalagens no futuro Por Leandro Haberli, enviado especial a Paris ntrever projetos e tendências que poderão fazer a diferença nas gôndolas que serão visitadas por nossos netos e bisnetos. Cumprir essa tarefa de fôlego é o objetivo do relatório Pack Vision, feito recentemente pelo grupo europeu Scopes, a pedido do salão francês Emballage (ver EMBALAGEMMARCA nº 35). Baseado em análises de cases de embalagem coletados ao redor do mundo, o estudo, do qual EMBALAGEMMARCA foi a única revista brasileira a ter acesso, apresenta projeções realísticas sobre o visual e a funcionalidade dos produtos daqui para a frente. Para obter essa espécie de antevisão das prateleiras de supermercados do futuro, os realizadores do estudo, os designers Gerard Caron e Caróle Réfabert, identificaram e classificaram em ordem de importância o que chamam de seis necessidadeschave dos consumidores de todos os tempos. Baseados nesses critérios, passaram a refletir sobre suas possíveis influências nos hábitos de consumo e nas estratégias de lançamento de produtos dos anos que
estão por vir. Sem a presunção de acertar na mosca, o estudo aponta tendências plausíveis, até porque todas são comprovadas em projetos bem atuais de embalagem. O problema é que as tais necessidadeschave dos consumidores acabaram definidas de maneira exageradamente conceitual – individualidade, racionalidade, bem-estar, preocupação ambiental, rebeldia e referências. Mesmo assim, o estudo é valioso pelo esforço de pesquisa e coleta de casos, e também merece atenção por ser sedimentado por números bastante recentes do mercado mundial de embalagem.
E
Divisão do bolo
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LESTE EUROPEU – 50
AMÉRICA DO SUL – 50
EUROPA – 300
JAPÃO – 400
ESTADOS UNIDOS – 400
FONTE: SCOPES
Consumo per capita de embalagem (em dólares)
Segundo o Pack Vision, em 2001 a produção global de embalagem movimentou 305 bilhões de euros, ou 2% da economia mundial. Reforçando a idéia de que o consumo de embalagem é uma das referências mais confiáveis da movimentação de uma economia, o relatório lembra que no Japão e nos Estados Unidos a média anual de consumo de embalagem por habitante é superior a 400 dólares. Na América do Sul esse índice é menor que 50 dólares, e na Europa gira em torno de 300 dólares (gráfico à esquerda). Sozinhos, Estados Unidos e Europa Ocidental arrematam quase 60% do mercado mundial de embalagem (gráfico na página seguinte). Ainda nos números, o relatório faz observações sobre alterações de padrões comportamentais dos consumidores europeus nas últimas duas décadas, bem como sobre a mudança estrutural por que passaram os supermercados de lá nesse período. Segundo o Pack Vision, o tempo médio de permanência dos consumidores nos supermercados franceses diminuiu de 1 hora e meia para 50 minutos, entre 1980 e 2000. No mesmo intervalo, as áreas de exposição dos supermercados franceses cresce-
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2,6% 5,6% 6,3%
28,5%
Presença japonesa
12,6%
14,3% 30,1%
FONTE: MTI, 1999
Participação de cada região no mercado mundial de embalagens América do norte Europa Ásia – Pacífico Japão América do Sul Resto do mundo Leste Europeu
FOTOS: DIVULGAÇÃO
10%, também vivemos por aqui uma onda de lançamentos cada vez mais impressionante de novos itens nos supermercados, fenômeno importantíssimo para a área de embalagem.
ram apenas 10%, ao passo que o número de itens nas prateleiras foi ampliado em 105% – a cada ano, 35 000 novos itens são lançados em supermercados por lá. Neste ponto caberia um parêntese sobre o mercado brasileiro, e talvez o da América Latina de uma forma geral (que o Pack Vision não fez). No intervalo em questão, o varejo do Brasil assistiu à formação, que na Europa e nos Estados Unidos já se havia dado em anos anteriores, das grandes redes hipermercadistas. Elas fomentaram o surgimento de novas categorias de produto, além de difundir um número até então impensável de marcas num mesmo segmento. Assim, embora a área média de exposição dos supermercados brasileiros tenha crescido muito mais que
Voltando ao estudo, na lista dos cases de embalagens eficientes e bem-planejadas, a curiosidade é a existência de um número considerável de produtos japoneses. Os designers que elaboraram o relatório para a feira Emballage não fizeram maiores explanações sobre esse fato, mas a restrição a Europa, Estados Unidos e Japão entre os cases escolhidos reforça uma impressão corrente de quem já visitou eventos de negócio internacionais: mercados como o brasileiro ainda são ingenuamente ignorados em muitos dos estudos de marketing apresentados em tais ocasiões. Para demonstrar a preocupação ambiental que deve nortear cada vez mais os projetos de embalagem, foi escolhida a marca de sabão em pó Attack, sucesso de vendas em Tóquio. Visando minimizar o impacto ambiental do descarte das suas embalagens, o sabão japonês foi lançado numa versão compacta que, mesmo utilizando 80% menos material de embalagem, rende o mesmo do que o vendido no
Sabão em pó japonês: embalagem reduzida para minimizar impacto ecológico
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Shower gel e massageador no mesmo produto: individualidade
um caso interessante no segmento de águas premium. Olhando de longe, a garrafa da Ty Nant parece feita de vidro. Somente tocando-a é possível verificar que, na verdade, a embalagem é plástica, soprada de forma que seus contornos remetam à imagem de um fio de água contorcido. Há outros exemplos de produtos que serviram de estudo de caso para os pesquisadores do Pack Vision. A partir deles, vem a impressão de que muitas das hipóteses sugeridas sobre o futuro da embalagem no mundo já se concretizaram em nossos dias. Por isso, mesmo sem fazer descobertas surpreendentes, o estudo consegue ir além da mera futurologia mercadológica, esquivando-se do grande estraga-prazeres dos falsos videntes: o imponderável.
Para ilustrar a busca por funcionalidade, lata de saquê com sistema de auto-aquecimento
cartucho de tamanho natural. Talvez seja mais uma questão de espaço do que de postura ecológica, mas, mesmo assim, a redução das embalagens, que também ocorre em função do crescente público single, é mesmo uma tendência inequívoca, perceptível não apenas no Japão.
Saciando desejos Uma lata de saquê com sistema de autoaquecimento foi outro case escolhido no país do sol nascente. O estudo relaciona a embalagem metálica com o que chama de “necessidade racional” dos consumidores. Nos produtos e em suas embalagens, isso se refletiria em pequenas obviedades, como projetos mais funcionais, preocupados em facilitar pequenas tarefas cotidianas e otimizar o tempo das pessoas. O desejo de bem-estar refletiria outra grande tendência do desenvolvimento de embalagens. Para retratá-lo, os designers responsáveis pelo Pack Vision lamberam a própria cria, ao explorar o case do shower gel francês Bourjois, cujo dispenser é desenhado para ser usado também como um massageador. Já para expressar a busca dos profissionais de embalagem por “saciar o desejo de individualidade de seus consumidores”, o estudo se debruçou sobre a marca de água mineral Ty Nant, da Inglaterra. É de fato
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Scopes +33 01 40 41 66 33
[email protected] [email protected]
Garrafa plástica também para água mineral premium
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aço
Quarta maior Corus passa a controlar CSN, numa operação de peso oatos sobre o interesse do grupo anglo-holandês Corus na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) circulavam no mercado nos últimos dois meses. No dia 17 de julho o prenúncio se concretizou, com o que foi anunciado como uma associação entre as empresas, envolvendo uma troca de ativos entre elas. Tal operação origina a quarta maior companhia siderúrgica do mundo. Pelos termos do acordo, será criada uma nova empresa, cujo presidente será indicado pela Corus, cabendo ao empresário Benjamin Steinbruch, um dos maiores acionistas da CSN, o posto de vicepresidente. Na CSN, a operação é encarada como uma fusão, e não uma aquisição pelo grupo estrangeiro, e um dos argumentos que corroborariam essa interpretação é que o braço brasileiro ficará com um volume de ações superior a 25% do capital votante, o que lhe dará poder de veto nas reuniões de um futuro conselho de administração. Entretanto, já foi anunciado que a sede da nova companhia será Londres e que a CSN será qualificada como subsidiária global. De acordo com os balanços das duas associadas, o novo player já nasce com um faturamento anual de 13,5 bilhões de dólares, dos quais 11,5 bilhões da Corus e cerca de 2 bilhões da CSN (faturamento em 2001). Atualmente, a Corus, que nasceu como resultado da fusão entre a
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inglesa British Steel e a holandesa Hoogovens, tem ações negociadas nas bolsas de Londres, Amsterdã e Nova York. Elas passarão a ser cotadas também em São Paulo. De acordo com a CSN, a fusão não acarretará demissões em sua planta de Volta Redonda (RJ). Um processo de “dilligence” nas duas empresas já começou a ser coordenado. Agora, apenas a Arcelor (França), a Posco (Coréia) e a Nippon Steel (Japão) figuram à frente da nova companhia, de acordo com o ranking da International Iron and Steel Institute, em que a CSN figurava como 33ª do mundo.
Com Metalic, presença na transformação Pouco antes do anúncio da associação com a Corus, a
grupo Vicunha, um dos donos da CSN, possui fábrica
CSN adquiriu formalmente o controle da Cia. Metalic
no distrito industrial de Maracanaú, na Grande Fortale-
do Nordeste, única fábrica de latinhas de aço do país.
za (CE), e vende suas latas de aço para cervejarias e
O conselho da CSN aprovou a compra da Metalic por
indústrias de refrigerantes. Um comunicado da direto-
108,5 milhões de reais, aos quais ainda se somam dívi-
ria da CSN diz que a entrada da empresa no campo da
das a serem assumidas de 107 milhões de reais.
confecção de latas “cria as condições necessárias
A Metalic, antes pertencente à família Steinbruch, do
para o desenvolvimento desse mercado no Brasil”.
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Lata inteligente chega ao país
Novas cadeiras
Sucesso na última Copa do Mundo, a latinha de cerveja e refrigerante que gela a bebida em apenas quinze segundos deve estar à disposição da indústria brasileira ainda este ano. Criada pelo sul-coreano Suh Woo-Gil, ela já está sendo negociada pela empresa paranaense Ice Tec, representante da empresa coreana no país, com alguns fabricantes de latas e com as principais marcas de cerveja e refrigerante nacionais. “O Brasil será o segundo país a receber o produto”, conta João de Almeida Lira, da Ice Tec. A latinha, que custou dezesseis anos em pesquisas, tem em
julho, a presidência da Associação
seu interior uma serpentina de metal com um gás refrigerador. Ele é liberado no interior da serpentina quando o anel de abertura da lata é puxado e, em quinze segundos, a temperatura da serpentina cai de 30º C para 4º C, gelando o conteúdo da lata. O sistema também já está sendo adaptado em garrafas, que logo devem ganhar o mercado. Segundo Lira, a engenhoca tem um custo reduzido. “O preço de cada latinha pode variar entre 8 a 12 centavos de dólar. Uma lata comum custa em média 7 centavos de dólar”. (41) 333-5861
[email protected]
Destaque com efeito purpurina A Prodesmaq, tradicional fornece-
papéis. Cosméticos, perfumes, bebi-
dora de rótulos auto-adesivos, está
das e rótulos promocionais são indi-
lançando uma nova tecnologia que
cados pela Prodesmaq como merca-
dá um efeito especial de purpurina
dos propícios para sua mais nova
aos rótulos. O efeito pode ser apli-
invenção.
cado nos diversos processos de im-
(19) 3876-9300
pressão sobre filmes plásticos ou
www.prodesmaq.com.br
Osmar Zogbi assumiu, em 23 de Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) para o biênio 20022004. O “ex”, Boris Tabacof, ocupará o cargo de presidente do Conselho Deliberativo da entidade. Bicentenário A gigante da área de especialidades químicas DuPont comemorou no dia 19 de julho 200 anos de atividades. Fundada em 1802, na pequena cidade de Wilmington, nos Estados Unidos, a companhia teve sua trajetória marcada pelo desenvolvimento de produtos e serviços que se destacaram em diversos mercados – entre eles o de embalagem. Ação da Sol Para o benefício de cerca de 1,6 milhão de crianças, a Sol Embalagens doou cinco milhões de colheres-medida à Pastoral da Criança. A iniciativa exigiu investimentos de US$ 120 mil para a aquisição de uma máquina exclusiva no molde para a fabricação das colheres. Reeleita
Packing de cara nova na web
A Oz Design recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio de me-
Uma das primeiras agências de
acompanhar on-line o desenvolvi-
design a apostar na internet, a
mento de seus projetos, através
Packing acaba de reformular seu
do serviço Packing On-Line, me-
site, transformando-o num portal
diante um exclusivo código de
de negócios. A partir de agora, os
acesso. “É um diferencial que cria
clientes da empresa poderão
novas possibilidades de interação
Volta à ativa
entre agência e cliente, fazendo
Uma antiga divisão de negócios
com que o resultado e os benefí-
está sendo reativada na Novel-
cios de nosso trabalho sejam in-
print: a PAC – Produtos Auto-Co-
corporados mais rapidamente”, define Fábio Mestriner, diretor
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lhor escritório de design do país na eleição “Designers by Designers”, cujos eleitores são profissionais do setor.
lantes, que comercializa uma linha própria de materiais em papel couché e off-set, em filmes de
da Packing. O design e as ferra-
BOPP branco ou transparente. Os
mentas do portal foram desenvol-
materiais podem ser fornecidos
vidos pela Lighthouse Web Design
aos convertedores em folhas ou
Studio.
bobinas. Informações pelo tel.
www.packing.com.br
(11) 3768-4111.
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Controle italiano
60 anos de Rigesa
O grupo italiano Mossi & Ghisolfi Fi-
lares através de um plano de aquisi-
nanziaria (M&G) anunciou que está
ções pelo mundo. Sua capacidade
comprando da francesa Rhodia o
total de produção, com a aquisição
controle acionário (88,4% do capital)
da Rhodia-ster, subirá para cerca de
da fabricante brasileira de resinas
1,2 bilhão de toneladas anuais. “Tra-
PET Rhodia-ster. Com a aquisição,
ta-se de outro avanço significativo
aliada à construção da maior fábrica
para o grupo, dois anos após a
de PET do mundo, em Altamira, no
aquisição dos negócios de PET da
México, a M&G se tornará a segun-
Shell”, resume Marco Ghisolfi, dire-
da maior produtora mundial de resi-
tor geral da Unidade de Polímeros
na PET e a maior da América Latina.
da M&G.
O negócio está sendo analisado pe-
Além do PET, segmento no qual é lí-
las autoridades competentes e será
der na América do Sul, tendo regis-
concluído em 30 de setembro.
trado vendas de 337 milhões de eu-
As vendas globais da M&G giram
ros em 2001, a Rhodia-ster tem se
hoje em torno de um bilhão de dóla-
notabilizado também pela fabrica-
res anuais, e a expectativa é de che-
ção de fibras de poliéster para a in-
gar a 1,7 bilhão ou 1,8 bilhão de dó-
dústria têxtil.
Uma das mais fortes empresas na área de celulose, papel e embalagens do país, a Rigesa está comemorando seus 60 anos de atividades. Fundada no dia 4 de agosto de 1942 como Fábrica de Papelão Campinas, a empresa foi adquirida em 1953 pela americana Westvaco Corporation, hoje MeadWestvaco Corporation. Para marcar a data, a Rigesa promoveu eventos e inaugurou o Centro de Memória Rigesa, em Valinhos (SP), um espaço que reúne acervo fotográfico, equipamentos históricos, prêmios e documentos, entre outros, que marcam a trajetória da empresa. Um livro, intitulado “60 Anos Semeando Tradição”, também está sendo lançado, como parte das comemorações. www.rigesa.com.br
A criação de lá aqui
Liderança confirmada
Começaram em julho, em São Paulo, os cursos da Miami Ad School, escola voltada exclusivamente à criação publicitária fundada há quase dez anos nos Estados Unidos e reconhecida internacionalmente como referência em ensino da área. A idéia foi implementada no país graças a uma parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). www.masespm.com.br.
Está confirmado: o Brasil é o atual campeão mundial de reciclagem de latas de alumínio nos países em que essa atividade não é obrigatória por lei, com o índice de 85%, o que corresponde à reciclagem de 119,5 mil toneladas de latas de alumínio, algo em torno de nove bilhões de latinhas. Divulgado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o índice brasileiro, referente ao ano de 2001, aguardava apenas a divulgação dos núme-
A indústria de rótulos auto-adesivos Indexflex acaba de mudar-se para instalações mais amplas. Segundo comunicado da empresa, a mudança se deve à necessidade de acomodar novos investimentos (equipamentos rotativos de última geração) e para melhor atender seus clientes. O novo endereço da Indexflex é: rua Antonio Nagib Ibrahim, 544 – Lapa – CEP 05036-060 – São Paulo, SP – Telefone: (11) 3611-7100 – e-mail:
[email protected]
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ros do Japão para comprovar sua liderança no ranking. De acordo com os japoneses, tal índice em 2001 ficou em 82,8%. O Japão, que liderou o ranking de 1995 a 2000, vem crescendo historicamente 1% ao ano. O Brasil, que em 1998 superou pela primeira vez os Estados Unidos (65% contra 63%), vem apresentando crescimento médio de 7,3%, registrando índices de 73% (1999), 78% (2000) e 85% (2001).
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PURILEV: PRIMEIRO ÓLEO COM AUTO-ADESIVO Para colocar o óleo Purilev em evidência, a Cargill Foods optou por uma solução diferente de seus concorrentes. A nova embalagem chega às prateleiras totalmente reformulada e com um rótulo auto-adesivo desenvolvido pela Novelprint. É o primeiro produto do gênero a usar esse sistema. “Com as laterais à mostra, o consumidor enxerga melhor a pureza e transparência do óleo”, explica Flavia Monteiro, gerente do departamento de marketing da Cargill Foods – Special Oils. Tradicionalmente, o mercado adota o sleeve convencional nas embalagens de óleos comestíveis. O novo layout tem sombras e detalhes em dégradé. A peça foi impressa pelo processo flexográfico em papel couché e levou, além da aplicação do adesivo, um tratamento especial que
protege o rótulo da oleosidade do produto. A arte tem assinatura da agência B+G Designers.
Petrópolis Athletic, a água mineral para desportistas A Empresa de Águas Petrópolis
de Design Renato Zurlini para fa-
Paulista colocou no mercado a Pe-
vorecer o transporte e o consumo
trópolis Athletic, uma água mine-
por esse público. A garrafa de PET
ral em embalagem de 510ml con-
flexível pode ser facilmente pres-
cebida especialmente para o con-
sionada com as mãos para se ob-
sumo de desportistas. O lança-
ter maior vazão de água em pou-
mento acompanha uma tendência
cos segundos, resiste a quedas e
mundial e se caracteriza pela pra-
não deforma. O design ergométri-
ticidade que oferece a quem prati-
co da garrafa, com ranhuras verti-
ca atividades físicas e precisa re-
cais e horizontais, evita que ela
por constantemente suas necessi-
deslize quando as mãos estão mo-
dades de água.
lhadas ou em movimento. O rótulo,
A embalagem da Petrópolis Athle-
colocado acima da área de pegada,
tic foi desenvolvida pelo Estúdio
é de material auto-adesivo que não se descola mesmo quando molhado. A pré-forma da embalagem é da Ingepet, e a garrafa é fabricada pela própria Petrópolis. O rótulo, com tratamento especial de verniz contra a umidade, é da Adhespac. A tampa sport cap é fabricada nos Estados Unidos pela Alcoa.
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Kovak Ice ganha versão em lata A Kovak Ice, lançada em garrafa long neck em fevereiro deste ano pelo Grupo Thoquino, ganha uma nova versão: lata slim de 250ml. Com a novidade, a empresa espera aumentar em 35% as vendas da bebida nos primeiros 60 dias. Criada pela agência de publicidade carioca Percepttiva, a nova embalagem da Kovak Ice, em lata, seguiu o mesmo padrão visual da garrafa long neck. As cores originais foram mantidas. Segundo o publicitário Eduardo Ribeiro, responsável pela criação junto com André Lima e Marcelo Monteiro, o principal conceito foi criar um efeito visual que lembrasse uma a lata transparente, com o líquido aparecendo. A produção inicial será de duzentas mil latas por mês. Lançada em fevereiro deste ano, a Kovak Ice em garrafa, um sucesso de vendas, já atingiu a marca de 500 mil unidades.
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Sorvete para o frio Ao seguir a tendência verificada no setor de cervejas, que revolucionou o mercado com as bebidas especiais de inverno, a Nestlé saiu na frente e lançou o Mega Inverno, primeiro sorvete desenvolvido exclusivamente para a estação mais fria do ano O lançamento, uma edição limitada trabalhada com um volume de produção de 80.000 litros, objetiva ampliar
chocolate crocante, tem embalagem em cartão, espe-
as vendas do alimento no período e criar novos hábitos
cialmente desenvolvida pela M Design, que destaca o
de consumo, rompendo com a visão de que sorvete é
produto nas conservadoras. Ilustrações levemente
um produto direcionado apenas para o verão.
esfumaçadas compõem o fundo, enquanto a imagem
Mega Inverno, no sabor chocolate e rum com cobertura
do produto é ressaltada em primeiro plano.
Cereser tem nova linha de vinhos A Viti-Vinícola Cereser, sediada em Jundiaí, SP, está colocando no mercado nacional uma linha de vinhos tintos e brancos com a marca Mosele Cereser. São vinhos jovens, produzidos e engarrafados na Serra Gaúcha. A rotulagem e o desenvolvimento da embalagem do
ADRIA INVESTE NA LINHA GRANO DURO Disposta a reforçar a sua liderança no mercado nacional de massas, a Adria Alimentos apresentou a nova linha Adria grano duro. Resultado de investimentos de cerca de onze milhões de reais, aplicados em pesquisas, importação de equipamentos, ações de marketing e merchandising, desenvolvimento de embalagem e produto, a nova linha já está na rede varejista de São Paulo. A empresa tem por meta chegar à liderança de mercado nessa categoria em dois a três anos e conquistar uma fatia considerável de um segmento que, em 2001, movimentou 130 milhões de reais. O design das embalagens foi baseado em pesquisa realizada pelo Instituto InterScience com 320 consumidoras. Nada menos que 99% das entrevistadas declararam que possuem interesse em experimentar o produto devido à embalagem; 39% acharam a embalagem Adria a mais atrativa da categoria e 46% associaram a embalagem à idéia de que o produto é o melhor do segmento. No verso de cada embalagem, há uma receita exclusiva elaborada por 12 jovens chefs. No total, serão 100 receitas. As embalagens são fabricadas pela Flexcell.
produto foram especialmente produzidos para agradar a faixa de público a que o Mosele Cereser se destina. A empresa, que investiu R$ 200 mil no lançamento do Mosele Cereser, prevê, numa primeira fase, a comercialização de 240 mil unidades. A linha é composta pelos vinhos tinto de mesa suave, tinto de mesa seco, branco de mesa suave e branco de mesa seco.
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Urso na lata de Coca-Cola A fim de enfatizar sua campanha dos ursos, a Coca-Cola pôs no mercado uma coleção de latas diferenciadas sobre o tema. Criadas pela Oz Design, as embalagens buscam reforçar o apelo emocional destes personagens junto ao con-
sumidor. "Os ursos são o destaque das novas embalagens, aparecendo em ilustrações desenvolvidas a partir de cenas dos filmes criados para a campanha", explica Giovanni Vannucchi, sócio-diretor da Oz.
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livros
Viagem ao mundo das marcas irão os mais críticos que não se deve dar crédito a resenhas de livros baseadas no que dizem as orelhas das obras. Damo-nos por previamente criticados e usamos aqui, pela concisão, o que diz a orelha de Marcas de A a Z, segundo livro de Rafael Sampaio, diretor editorial da revista About, depois do êxito de Propaganda de A a Z, para apresentar o volume: “O autor faz uma completa viagem ao fascinante universo das marcas, levando o leitor a conhecer os detalhes do processo de construção, manutenção e fortalecimento de marcas de todos os tipos – de pequenas empresas a conglomerados globais, de produtos de consumo de massa a bens de produção, do comércio aos serviços, de itens unitários a vastas famílias”. São nove capítulos, que constituem
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um roteiro para que empresas de todos os portes possam fazer da marca um poderoso instrumento de diferenciação de seus produtos ou serviços. Passo a passo, Rafael Sampaio mostra que esse esforço começa ainda na fase de organização da empresa, se ela quiser capacitar-se a gerir suas marcas da forma mais produtiva. O livro tem seu foco voltado para a apresentação e a exploração das técnicas de branding, mas apresenta também conceitos a elas relacionados, além de analisar em profundidade os mecanismos de melhor emprego da comunicação de marketing como ferramenta de construção e fortalecimento de marcas. Para completar, relaciona uma biblioteca básica de negócios, marketing e branding, e ainda um glossário de termos específicos desse universo. Marcas de A a Z é publicado pela Editora Campus e pode ser encontrado em livrarias de todo o país.
O design no cotidiano ma coletânea de crônicas sobre design compõe o recémlançado livro Designer não é Personal Trainer, de autoria da jornalista Adélia Borges. Os textos foram publicados originalmente de abril de 2000 a dezembro de 2001 na coluna Contemporânea do Caderno Fim de Semana da Gazeta Mercantil. O design – de móveis a roupas, de marcas a embalagens, de bens industriais a artesanais – é o tema central, visto em suas intersecções com assuntos correlatos, tais como arte aplicada, inovação industrial, poluição visual, políticas culturais, consumo, comportamento e marketing. “O viés é a observação do cotidiano e o tom é despretencioso, coloquial, quase uma conversa ao lado do fogão enquanto se côa um café”, diz a autora na apresentação. No jornal, sua intenção foi aumentar a percepção consciente das
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pessoas sobre o design em seu dia-a-dia e, a partir daí, aumentar o conhecimento e o espírito crítico em relação a essa atividade de importância crescente em nosso país. Com base no número de e-mails que a jornalista recebia na “Gazeta Mercantil”, Adélia acredita que o livro pode interessar não só a estudantes e profissionais de design, mas também aos usuários do design, ou seja, potencialmente, todos nós. “Designer não é personal trainer” faz parte da Coleção Textos Design da Editora Rosari, que teve ainda lançamentos de obras dos designers Alexandre Wollner (“Textos recentes e escritos históricos”), Claudio Ferlauto, (“O tipo da gráfica”), Claudio Rocha (“Projeto tipográfico”) e Guto Lins (“Livro infantil?”). Pessoas interessadas em receber o livro em casa devem ligar para a PróLivros (11) 3864 -7477) ou acessar o site www.prolivros.com.br ago 2002 • EMBALAGEMMARCA – 65
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Almanaque Isso é que é marca monumental
Quem viaja pelas estradas da Espanha pode observar a certos intervalos a presença de outdoors que reproduzem a silhueta de um touro negro, sem nada escrito mas identificado sem vacilação pelos habitantes do país como “el toro de Osborne”, símbolo de uma das mais populares marcas de brandy, vinhos e vinhos do Porto do país, produzidos pelas Bodegas Osborne. São conservados pelo Estado, mas não há promiscuidade. Nos anos 80, o governo socialista proibiu a instalação de outdoors nas estradas do país, incluindo aqueles dos produtos Osborne com formato de touro. Ocorre que o animal é considerado um símbolo nacional da Espanha. Espanhóis de “más cepa” vêem no couro aberto de um touro o mapa do país. Outros identificam, no contorno da Península Ibérica, a “cabeça do touro” no mapa da Europa. O fato é que a retirada dos outdoors provocou tal enxurrada de cartas aos jornais, ao Poder Legislativo e ao próprio rei que as placas tiveram de ser recolocadas. A Osborne adorou. Embora a marca em si tivesse de sair, as placas ganharam caráter de monumento nacional, com o compromisso do governo de mantê-las em perfeito estado, a suas expensas.
Bisnaguinhas Seven Boys A Seven Boys surgiu em Santos (SP). Em 1950, os imigrantes japoneses Jinko e Kiyotero Yonamine começaram a atuar no ramo da panificação. A marca surgiu inspirada no número 7, considerado cabalístico no Japão, e na popularidade da palavra boy. Desde a fundação, a bis-
naguinha foi o produto de maior sucesso. Em 1985, os irmãos decidiram dividir os negócios. Jinko ficou com a marca Seven Boys e Kiyotero adotou o nome Panco. Por um acordo deles, a Seven Boys não pode atuar nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, regiões controladas pela Panco.
Embalagem mais que centenária Nascido da crescente necessidade de empacotar e proteger produtos, o papelão ondulado já tem mais de um século de história e, apesar de consideráveis mudanças, as embalagens modernas feitas com ele não são tão diferentes das utilizadas há cem anos. Em 1856, os ingleses Edward Charles Healey e Edward Ellis Allen obtiveram a patente para o primeiro uso conhecido de papelão ondulado, aplicado em forro de chapéus. Entretanto, esse não era o papelão ondulado que ficou conhecido. Em 1871 foi registrado o primeiro uso do material como embalagem: o americano Albert Jones obteve uma patente para o uso do papelão ondulado para acondicionar artigos frágeis, como garrafas e frascos. Três anos depois, também nos Estados Unidos, Oliver Long patenteou o conceito de unir uma folha lisa a um papel corrugado, para fortalecer o material, criando o papelão ondulado utilizado até hoje.
CAPA
ÁREA DE COLAGEM
MIOLO CAPA
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