Revista Embalagemmarca 072 - Agosto 2005

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  • Pages: 66
www.embalagemmarca.com.br

Um dia o país vai mudar para valer

E

Wilson Palhares Estamos investindo para oferecer à cadeia de embalagem não só uma revista aperfeiçoada, mas também novos produtos que contribuam para seu crescimento. Aguardem novidades para breve

m meio à recente chuva de detritos que se abateu sobre o quadro político brasileiro, ouve-se dizer que, devido aos respingos gerais, os negócios podem ficar paralisados. Respeitados aqueles que a adotam por real temor, vemos certa hipocrisia nessa postura, cujo tamanho os meios de comunicação, na condição de instrumentos políticos que são, ampliam, enquanto apresentam a bandalheira como novidade. Nem os negócios estancaram, nem a sujeira é coisa nova. Ao fundo, como no livro de Lampedusa, o que se

parece estar buscando é “mudar, para que tudo continue como está”. De nossa parte continuamos a acreditar que, como diz o mote do governo ora na berlinda, e apesar dele, “o melhor do Brasil é o brasileiro”. Por entendermos e vermos no dia-a-dia que a parte maior da nação quer trabalhar honestamente, insistimos em colocar nossas fichas no único jogo em que o ganho é certo: investir e inovar. O êxito de EMBALAGEMMARCA em seus seis anos de vida nos diz que é uma aposta acertada. Graças a essa política, nos

razoavelmente maduros dezoito anos desta empresa sobrevivemos a todas as políticas governamentais e até nos fortalecemos. Por isso, tenho a satisfação de informar que estamos investindo com vistas a oferecer aos profissionais e às empresas que integram a cadeia de embalagem não só uma revista mês a mês aperfeiçoada, mas também novos produtos capazes de contribuir para seu crescimento. Aguardem novidades para breve. O Brasil não vai parar. Um dia vai mudar para valer. Trabalhemos. Até setembro.

nº 72 • agosto 2005

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Fármacos

Um dos mais tradicionais do país, xarope Melagrião ganha mercado com reformulação gráfica

30

Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

Making Of

A estréia da Assolan no mercado de detergentes em pó, através de cartuchos e flexíveis plásticas

Reportagem Flávio Palhares [email protected]

Guilherme Kamio [email protected]

Leandro Haberli Silva [email protected]

Colaborou nesta edição: Livia Deorsola Departamento de Arte Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

20

28 29

Reportagem de capa: Sopas

Evidenciado pelo inverno, mercado de sopas industrializadas favorece consumo de estruturas flexíveis e ganha rentabilidade ao explorar apelos dos produtos de consumo individual e preparo instantâneo

Marcas

Famoso tônico à base de óleo de fígado de bacalhau, Emulsão Scott muda embalagem e estréia nos supermercados

Materiais

Vidraria CIV investe no mercado farmacêutico

35 42 48 50 54

[email protected]

Alimentos

José Hiroshi Taniguti (Assistente)

Fermento em pó incrementa vendas com potes plásticos e shrink labels

Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Artigo: Flexíveis

Especialista em soluções resseláveis para embalagens aborda tendências e possibilidades dessa área

Departamento Comercial [email protected]

Karin Trojan Wagner Ferreira

Lácteos

Batavo cresce deixando o escândalo Parmalat para trás

Circulação e Assinaturas Marcella de Freitas Monteiro [email protected] Assinatura anual: R$ 90,00

Bebidas

Após dezesseis anos, marca Kitano volta às prateleiras de chás

Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Plásticos

Interessada no mercado de calçados, Polibrasil lança nova linha de embalagens de polipropileno

Especial Ambiente e Reciclagem

Filiada ao

Um panorama da reciclagem dos diversos tipos de embalagens no Brasil numa reportagem especial. O que mudou desde o levantamento anterior de EMBALAGEMMARCA, realizado há cerca de quatro anos

3

Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

6

Espaço Aberto

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

8

Display

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

14 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros Lançamentos em bens de capital para linhas de embalagem

38 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

58 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

64 Índice de Anunciantes Relação das empresas que veicularam peças publicitárias nesta edição

66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

ILUSTRAÇÃO DE CAPA: JOSÉ HIROSHI TANIGUTI

34 Equipamentos

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

“ALIJAMENTO”

C

PARABÉNS À EQUIPE

R

ecebemos o exemplar nº 71 da magnífica revista EMBALAGEMMARCA (julho 2005), no qual é destacado nosso recente lançamento de geléias linha premium, sobre valor agregado pelas embalagens da Nadir Figueiredo. Ao agradecermos sua atenção, cabenos salientar a execelente qualidade editorial da revista – que sem dúvida se incorpora ao que de melhor existe ao parque gráfico nacional. Amilcar Fuhro Zanotta Diretor Shelby Ind. de Conservas Ltda. Pelotas, RS

E

xcelente a edição da revista nº 71 (julho 2005). Parabéns. Cumprimentos a todos os integrantes da equipe. Daniel Fleischer Marketing Ipiranga Petroquímica S.A. Porto Alegre, RS

F

icou muito bonita a reportagem sobre a Nadir Figueiredo, na qual aparecem nossos potes da linha premium (E MBALAGEM M ARCA nº 71, julho 2005). Parabéns e um grande abraço. Rogério Byczyk Gerente de marketing Predilecta Alimentos Ltda. Matão, SP

6 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

om pesar mais uma vez encontrei matéria em EMBALAGEMMARCA que ignora nossa empresa, a RR Papéis. Primeiro, foi na reportagem sobre lacres (nº 70, junho 2005), agora, na de rótulos para vinhos (nº 71). Fomos pioneiros em auto-adesivos nestes dois segmentos, e tenho certeza de que poderia ter enriquecido essas matérias com produtos e experiências de mercado que a RR Papéis já vivenciou e dos quais participa com destaque. Gostaria de entender a razão desse alijamento. Davi Domingues Diretor RR Papéis São Paulo, SP O repórter que fez o trabalho informa não ter consultado a RR Papéis porque desconhecia os fatos citados pelo missivista. A pauta anual de reportagens é enviada aos interessados e foi enviada no início do ano à RR Papéis. Com base nela as empresas podem programar sua comunicação com a revista, e muitas empresas a utilizam próativamente com esse fim. Nessa pauta, os itens “Fechamentos” e “Vinhos” aparecem respectivamente como temas para os meses de junho e julho de 2005, o que deve ter passado despercebido ao pessoal da RR Papéis. Ao sr. Domingues pedimos observar que outros fornecedores, tão importantes quanto a RR Papéis, também não foram citados na matéria, pois não é possível consultar todos a cada edição, seja por falta de tempo, seja por falta de espaço ou ainda por desinformação e às vezes por falta de resposta a perguntas da redação. Pedimos também ao sr. Davi Domingues que debite o acontecido a um erro involuntário nosso, não a intenções, como dá a entender sua referência a “alijamento”. Solicitamos ainda levar em conta que a RR Papéis é uma

das empresas que menos motivos deve ter para queixar-se de alijamento em EMBALAGEMMARCA. Sugerimos, se tiver tempo, que compare quantas vezes a empresa deixou de entrar em matérias na revista (duas, como aponta) com as incontáveis oportunidades em que foi citada. Esteja certo o sr. Domingues de que continuaremos a dar nosso apoio à RR Papéis e a ele pessoalmente.

EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO

A

revista nº 70 (junho 2005) ficou espetacular. Como já comentei em outras oportunidades, consideramos E MBALAGEM M ARCA a melhor revista do segmento. Vocês vêm se superando a cada edição, nos detalhes de acabamento, na qualidade de impressão, nos assuntos abordados, no atendimento – enfim, tudo muito bom. Feliz aniversário para toda a equipe. Agradecemos muito pela nossa participação na reportagem de capa, “Transparência”. Um grande abraço a todos, parabéns e muito sucesso. Léo Mussulini Machado Coordenador de marketing Igel S/A Embalagens, Cachoeirinha, RS

P

arabéns a todos pelos seis anos da revista, pela inovação, pela qualidade editorial e pela capa da edição de julho de EMBALAGEMMARCA, transparente e com todos os outros recursos muito bem aplicados. Espetacular! A edição também está ótima. Assunta Napolitano Camilo Diretora FuturePack Santana de Parnaíba, SP

C

ongratulações à equipe de E MBALAGEM M ARCA pelo excelente trabalho, que lhes permitiu completar seis anos de atividades merecendo o respeito daqueles que militam no mercado brasileiro de embalagens, a ponto de tornarse uma referência. Tornar-se uma

referência em um mercado tão competitivo exige competência, esforço e persistência. Manter-se como referência, ano após ano, exige de todos os envolvidos muita determinação para não perder o foco e desviar-se do objetivo. Parabéns. Carlos Rosa Diretor Gesmat Assessoria em Negócios Santana de Parnaíba, SP

G

ostaria de parabenizá-los pelos seis anos da revista. Aproveito para desejar mais seis mil, porque E MBALAGEM M ARCA realmente é excelente, sobretudo para o meu trabalho. A edição de aniversário está muito bonita e tem matérias muito interessantes, por isso também não posso deixar de parabenizá-los. Felicidades e sucesso a todos. Célio M. Matta Designer São Paulo, SP

R

ecebi a edição de junho de EMBALAGEMMARCA, comemorando o sexto aniversário de existência. Parabéns! Torço para vocês continuarem esse trabalho e crescerem cada vez mais, porque a revista que editam é da melhor qualidade. Bonita, precisa e com um conteúdo técnico de primeiríssima linha. João Serra Advogado São Paulo, SP

ALMANAQUE

E

screvo este e-mail para parabenizar EMBALAGEMMARCA pela sessão Almanaque. Essa sessão é simplesmente demais! Todos aqui na empresa a lêem todos os meses. Parabéns por levarem sempre assuntos incriveis em todas as edições. Christiano R. Ruiz Diretor A Olímpica Balas Chita (Santabina Alimentos) Ribeirão Preto, SP

CORREÇÕES • Na edição de junho de 2005, página 92 (“Anticaspa com esmero na decoração”), sobre os xampus e condicionadores Elsève Anticaspa, da L’Oréal, a Alpla foi erroneamente mencionada como fabricante das tampas das quatro versões de xampu. Na realidade, essa empresa fornece os frascos dos xampus. Os do condicionador são feitos pela Igaratiba. A Seaquist Closures fornece as tampas tanto dos xampus quanto dos condi-

cionadores. A propósito, na página 60 da mesma edição (“Alternativa às sport caps”) o número de telefone da Seaquist Closures saiu errado. O correto é (11) 4143-8900. • A Gráfica 43 é a responsável pelo fornecimento do novo rótulo de Nescau, diferentemente do que foi publicado na reportagem “Mudanças que dão gosto” (EMBALAGEMMARCA nº 71, julho de 2005). O telefone da Gráfica 43 é (11) 3862-1117.

Melitta remoça família de solúveis A Melitta renovou a identidade visual de sua linha de bebidas solúveis, composta pelos produtos Instantâneo (café solúvel), Puccino (mistura para capuccino) e Café com Leite. A marca Melitta, com seu logotipo verde aplicado em fundo vermelho, ganhou destaque em todas as embalagens. No Café com Leite e no Puccino, latas de aço

foram substituídas por latas cartonadas multifoliadas, fornecidas pela Sonoco For-Plas com lacre de alumínio para proteção e sobretampa plástica. Já o café solúvel Instantâneo possui duas opções de apresentação: frascos de vidro, fabricados pela Cisper, com tampas da Sonoco, e refis, em stand-up pouches convertidos pela Empax.

Eisenbahn introduz novos rótulos Pela primeira vez desde a criação da marca, há três anos, os rótulos da cerveja Eisenbahn ganharam novo desenho, com ornamentos dourados e grafia mais leve, a fim de facilitar sua leitura. O trenzinho que aparece no rótulo foi reestilizado. A imagem remete ao significado do nome da marca – estrada de ferro, em ale-

mão – e homenageia a antiga estação ferroviária do Salto Weissbach, onde está localizada a empresa, em Blumenau (SC). Cada variante de cerveja da marca ganhou uma cor para o rótulo, de acordo com o sabor e a complexidade do processo de fabricação. Outra novidade é a presença da frase “Gebraut nach dem Deustches Reinheitsgebot Von 1516”, a lei alemã da pureza, de 1516, em seu idioma original. Os rótulos, de papel, são impressos pela Gráfica Baumgarten, e o design é do próprio departamento de marketing da cervejaria.

Perfume em frasco bicolor A L’acqua di Fiori lança uma nova versão para a deo-colônia masculina U.Man, o U.Man Sport. O frasco de vidro bicolor, azul e verde, assinado por Jérôme

Dinand, de Paris, é produzido pela italiana Bormioli Luigi, com a pintura realizada pela MegaPlast. A tampa é da AB Plast, a válvula, da Calmar e o cartucho, da Kingraf.

Maioneses em paralelepípedos As novas maioneses Arisco, da Unilever, acabam de ganhar potes de PET de 500g e 250g, da Amcor, em formato de paralelepípedo. “A embalagem é prática e pode ser reaproveitada pela consumidora”, considera Marcela Mariano, gerente

de marketing do produto. O rótulo de papel que envolve os potes, produzido pela Dixie Toga, também foi reformulado visualmente pela Usina de Desenho e agora traz a foto de uma mulher. As tampas plásticas, de polipropileno (PP), são da Plastek.

Hipoglós, uma sessentona repaginada O creme para assaduras Hipoglós, da Procter & Gamble, passa pela primeira mudança de apresentação desde que foi lançado no Brasil, em 1939. Farmácias de todo o país já disponibilizam a pomada em uma nova bisnaga plástica, substituta da tradicional metálica. A novidade atende à principal solicitação das consumidoras de creme para assaduras, de acordo com pesquisas realizadas pela P&G: uma embalagem mais prática. A nova embalagem

ERRATA Na reportagem “Anticaspa com esmero na decoração”, em EmbalagemMarca 70 (junho) sobre os shampoos e condicionadores Elsève Anticaspa, da L’Oréal, a Alpla

plástica de Hipoglós está disponível nos tamanhos 45g e 90g. Os tubos são produzidos pela Betts, e os cartuchos, com aba, pela Emibra. O design gráfico é da Grey. Em tempo: a P&G manterá no mercado o tubo metálico, porém somente na versão 100g.

é mencionada como fabricante das tampas deste produto. A Alpla fabrica os frascos e a Seaquist Closures fornece as tampas. O número de telefone da Seaquist Closures do Brasil (11) 4143-8900.

Novidades da Pom Pom em flexíveis A Pom Pom está lançando duas novas linhas de fralda descartável infantil. As marcas Conforto Básico e Top Confort se juntaram aos mais de trinta produtos, entre fraldas geriátricas, cosméticos e absorventes multiuso, que

Sagatiba tem nova tampa A Sagatiba está lançando uma nova embalagem na linha cachaça pura. A garrafa agora vem com tampa de alumínio ROPP substituindo a rolha de cortiça. A nova tampa é produzida pela Alplast, representada no Brasil pela Pasp. A garrafa é da Owens-Illinois, e os rótulos, da Prodesmaq.

a empresa fabrica. O visual dos novos produtos foi desenvolvido pela agência paulistana Spice Design, e as embalagens flexíveis em que eles são acondicionados são produzidas em filme plástico pela Incoplast.

Uma carona no embalo das irmãs Embalada pelos sucessos de vendas do Milho Verde e das Ervilhas em potes de vidro, a Olé lança agora a Seleta de Legumes, aumentando sua linha de vegetais em conserva. Os recipientes de vidro de 310g são fornecidos pela Owens-Illinois. As tampas abre-fácil são produzidas pela Metalgráfica Rojek. Os rótulos são impressos pela Mack Color.

Baldes 3,6L 10 L 12 L 16 L 18 L 20 L 22 L

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Leveza em relevo

Cartuchos ilustrados modernizam xarope Melagrião

C

omo indica uma antiga embalagem do tradicional xarope Melagrião, houve um tempo em que a tarefa hoje desempenhada por bulas cabia a outros componentes dos sistemas de acondicionamento de fármacos. Numa versão de 1946 (foto ao lado), o produto trazia nos rótulos e cartuchos suas indicações e posologias. As letras não eram tão miúdas quanto as que fazem a fama de difícil leitura dos impressos que acompanham os remédios atuais, mas as embalagens do Melagrião tinham na densidade de informações

uma de suas características. Tornar os cartuchos e rótulos mais atraentes e fáceis de ler, colocando todas as informações técnicas nas bulas, foi um dos objetivos da mais recente reformulação visual por que passou o xarope Melagrião, carro-chefe do Laboratório Catarinense. Desenvolvido no ano passado pelo escritório Design Inverso com auxílio de um levantamento de mercado feito pela Lauster Pesquisas com consumidores de Joinville, Porto Alegre e Curitiba, o atual layout foi adotado também na linha de pastilhas e spray da marca.

As origens do xarope barriga-verde mais antigo do país O xarope Melagrião foi lançado pelo Laboratório Fernando Boettger com o nome Agriomel. A primeira licença produtiva foi concedida pelo então Departamento Nacional de Saúde – Divisão de Saúde Pública, em 1918. Com a incorporação do Laboratório Fernando Boettger pelo Laboratório Catarinense, em 1946, o produto, denominado Melagrião em 1941, iniciou a trajetória que o levaria à disputa da liderança da categoria de xaropes fitoterápicos no Brasil. Quando foi lançado, os principais meios de divulgação do Melagrião eram o rádio e o Almanaque Renascim, peça promocional

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que era distribuída em todo o país, de onde foram recortadas algumas das imagens que ilustram esta reportagem. Nos anos 40 os rótulos e cartuchos do tradicional xarope “barriga-verde” – como os catarineneses apreciam definir-se e definir tudo o que é de seu Estado – seguiam o estilo decorativo art déco, caracterizado por formas aerodinâmicas, retilíneas, simétricas e ziguezagueantes. O aspecto de medicamento caracterizava a marca até a repaginação feita no ano passado em substituição ao layout criado em 1995, quando o produto passou a ser classificado como fitoterápico.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

fármacos >>> redesign

Ganhando mercado Na versão xarope, além de ganhar cartuchos com acabamento em alto-relevo, fornecidos em cartão duplex pela gráfica Meyer, os produtos adotaram frascos de PET da AB Plast, e tampas da Alcoa. Com o reposicionamento, Luís Fernando Kleimmann, gerente de marketing do Laboratório Catarinense, projeta crescimento de vendas de 25% ao ano. Classificado como fitoterápico desde 1995, o xarope Melagrião explora de outras formas gráficas o apelo de produto elaborado com ingredientes

naturais. “Com o passar dos anos, a embalagem ficou pouco atraente, por isso pensamos em uma solução que mantivesse algumas linhas do desenho tradicional, mas criasse um apelo para os produtos usados na composição do medicamento”, assinala o designer Eurico Ludwig, gerente do projeto de reformulação da linha Melagrião. Entre os ícones usados com esse fim há nas novas embalagens um splash indicando a presença de guaco na fórmula, além de ilustrações de favos de mel. A força da tradição manteve a predominância da cor laranja nos cartu-

chos, e o nome Melagrião na vertical em uma das faces da embalagem, como era no modelo anterior. “Inovamos mais nas outras duas faces, onde há predominância de cores e a imagem do favo de mel e do splash”, conclui Eurico Ludwig. AB Plast (47) 451-9105 www.abplast.com.br

Gráfica Meyer SA (47) 433-3044 www.graficameyer.com.br

Alcoa 0800-159-8888 www.alcoa.com.br

Lauster Pesquisas (47) 422-0155 www.lauster.com.br

Design Inverso (47) 441-7766 www.designinverso.com.br

FORÇA DA TRADIÇÃO– Sequência mostra evolução das embalagens de Melagrião de 1945 a 1995. Na página anterior, anúncio de 1946 destaca cartucho contendo indicações e posologia do xarope

agosto 2005 <<<

EmbalagemMarca <<< 13

Os melhores usos do alufoil Em meados do século passado, a incorporação às embalagens da folha de alumínio – ou alufoil, num anglicismo estabelecido no jargão mundial do packaging – representou um grande salto técnico nos processos de acondicionamento de produtos. Fazendo jus a tal importância, a EAFA – European Aluminium Foil Association, entidade representante dos interesses da cadeia européia de valor desse

material, dedica anualmente um prêmio, o Alufoil Trophy, às embalagens que melhor aproveitam-no, seja como agente de barreira, em seu papel mais difundido, ou com fins estéticos. “Os muitos benefícios do foil de alumínio freqüentemente não são percebidos pelas indústrias usuárias e pelos consumidores, pois ele é geralmente utilizado em associação com outros materiais de embalagem, ficando escon-

dido”, diz Bill Morris, presidente da EAFA e executivo da Alcan. A seguir, EMBALAGEMMARCA apresenta os cinco ganhadores da edição de 2005 desse prêmio, revelados na ocasião da Interpack 2005, ocorrida no fim de abril na cidade alemã de Düsseldorf – onde, a propósito, fica a sede da EAFA. Informações sobre a associação ou sobre o prêmio podem ser obtidas no site www.alufoil.org.

Bombons comemorativos exploram apelo visual Os sofisticados envoltórios dos bombons Chocolat Pavot renderam um troféu à Alcan Packaging. Lançados para celebrar o centenário da fabricante da guloseima, a Storck, os bombons ganharam uma solução em apresentação que não só preserva seu aroma, pontuado por traços de papoula selvagem, mas também os enobrece. Os doces são individualmente envolvidos por uma combinação de foil de alumínio e papel vermelho acetinado, simulando pétalas de papoula. O foil de alu-

mínio é revestido por um verniz especial de proteção e decorado com o logo Chocolat Pavot em relevo. Como toque final, os bombons são acondicionados numa caixa octogonal de papel cartão, que, aberta, serve de bandeja decorativa. “Esse caso ilustra como o foil de alumínio oferece não só propriedades de preservação do aroma, mas também opções de design visualmente apelativas”, dizem os jurados do Troféu.

O Alu-Bowl, pote para refeições prontas da Impress Group capaz de ir ao forno de microondas e com sistema de fácil abertura, ganhou um troféu pelo fato de os jurados creditaremno como “uma solução que vai ao encontro dos estilos de vida atuais”. Essa embalagem foi adotada pela alemã Dreistern Konserven em sua linha Hot & Cool, composta por seis variantes de pratos prontos. Complementados por uma sobretampa plástica, utilizada durante o aque-

cimento, e um garfo, os potes têm em sua estrutura um foil de alumínio especial, próprio ao aquecimento por microondas, e são decorados por impressão em seis cores. O selo de vedação dos potes, também em alufoil e com propriedade easy peel (fácil abertura), é igualmente gravado em seis cores. “Os produtos têm um formato atrativo e podem ser consumidos em casa, no escritório ou onde haja um forno de microondas por perto”, comenta o júri da EAFA.

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Potes que vão ao encontro do estilo de vida moderno

Nanotecnologia turbina aquecimento e gera economia A Hueck Folien desenvolveu o que brande ser um avanço tecnológico de impacto na área de foils: o QuickAlu, um foil preto presente nos refratários Toppits FixGrill e no papel alumínio para uso doméstico Fix-Brat Alu da indústria alemã Cofresco Frischhalteprodukte. A negritude se deve à aplicação de um revestimento ao tradicional foil metálico por meio de nanotecnologia,

o que turbina o aquecimento de alimentos. Conforme explica a Hueck Folien, o foil preto absorve o calor do forno e o direciona ao alimento, fazendo com que carnes, por exemplo, possam ser assadas num tempo 30% menor que na utilização de papel alumínio clássico. “A maior rapidez também significa menores gastos com energia”, lembra a EAFA.

Pouch de alto impacto para molhos de saladas Um stand-up pouch para molhos para saladas da Unilever Bestfoods do Reino Unido resultou num troféu para a multinacional finlandesa Huhtamaki. Os molhos Knorr Creamy Parsley Sauce foram lançados no fim de 2004 num pouch cuja estrutura, além do foil de alumínio, apresenta, entre outros materiais, PET e polipropileno. No quesito decoração, a embalagem é impressa em seis cores em rotogravura, com aplicação de verniz matte (fosco) para evitar manchas e minimizar rugas na camada superficial, derivando, assim, num visual de alto impacto nas gôndolas. O júri considerou a combinação de propriedades técnicas e decorativas merecedora do troféu “por mostrar mais um avanço em stand-up pouches, embalagens largamente escoradas no foil de alumínio, propiciando algo mais ao acondicionamento de molhos”.

Alternativa flexível garante maior proteção climática Numa área invisível aos olhos do consumidor, mas nem por isso menos importante na cadeia produtiva, uma embalagem de transporte motivou um troféu para a companhia Protective Packaging. O ProtectAtainer é uma alternativa a contêineres rígidos e semirígidos, viabilizando, segundo sua fabricante, transporte de mais de 20 000 quilos de produtos que, nos métodos corriqueiros, são embarcados em lotes de até 15 000 quilos. Um laminado de foil de alumínio garante proteção

climática a itens suscetíveis a danos causados por umidade, oxigênio, raios ultravioleta, temperaturas extremas e migrações de odor. Liners especiais também podem ser aplicados na estrutura para atender necessidades especiais da indústria usuária. Na análise do júri, as qualidades de proteção e de dinamização da cadeia de suprimento somaram-se ao benefício ambiental dessa embalagem, construída com menos material que as soluções concorrentes.

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Flexível com sede Stand-up pouch para acondicionar água mineral é lançado na Europa

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ebulição do desenvolvimento de apresentações para água mineral, instilada pelo crescimento mundial do consumo da forma industrializada dessa bebida nos últimos anos, acaba de estender o tapete para as embalagens flexíveis. Ocorre que a multinacional australiana Amcor anunciou na Europa a AquaFlexCan, um “saquinho” para água. Derivada da FlexCan, um stand-up pouch lançado há cerca de três anos como alternativa às embalagens rígidas para bebidas, a novidade mira as empresas ávidas por diferenciar suas águas nas gôndolas e o público em busca de conveniência e praticidade no consumo do produto. Segundo Bruno Brünisholz, gerente de desenvolvimento de mercado da divisão de flexíveis da Amcor, é líquido e certo que a AquaFlexCan irá atrair olhares nos pontos-de-venda. “Além do formato inovador ela garante um visual de alto apelo, pois toda a sua superfície pode receber impressão, inclusive

no topo e na base”, ele diz. O acesso ao conteúdo da embalagem se dá pelo sistema de fácil abertura Tearn-Sip, representado por uma membrana que recobre um orifício de saída. O consumidor simplesmente a destaca com as mãos e sorve a bebida diretamente do pouch, sem necessidade de canudos. O bocal é construído de modo a permitir ao consumidor controlar a vazão da bebida e a limitar vazamentos caso a embalagem tombe. “É uma apresentação ideal para o consumo on-the-go (em movimento), para a prática de esportes ou campismo e para ocasiões e locais que restringem o uso de latas ou garrafas de vidro”, ilustra Brünisholz. Produzida numa estação formfill-seal (FFS) vertical da Rovema, a AquaFlexCan é baseada no AquaFlex, uma estrutura flexível especialmente desenvolvida pela Amcor para acondicionar bebidas sem gás. O material não altera o gosto da água e pode receber laminações especiais para reter sucos e outras bebidas sem álcool.

Amcor Flexibles No Brasil: (43) 251-1788 www.amcor.com Sleever International No Brasil: (11) 5641-3356 www.sleever.com

FLEXÍVEL – Com sistema de fácil abertura, AquaFlexCan quer cativar esportistas e consumidores nômades

Estréia nada gélida Para marcar sua estréia no mercado europeu, feito numa avant-premiére no Festival de Cinema de Cannes, realizado em maio na França, a água mineral Icelandic Glacial, da Icelandic Water Holdings, ganhou uma apresentação de impacto. Suas garrafas de PET, sopradas on site, apresentam em seus pescoços saliências alusivas a cubos de gelo. Explica-se. A água é captada numa fonte rodeada por geleiras na gélida Islândia. O principal mote de marketing da nova marca é a pureza. Para ressaltar esse atributo, a engarrafadora optou

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por ornar suas embalagens com rótulos termoencolhíveis de alta transparência. “Utilizamos um novo filme de poliestireno orientado para garantir essa ligação do produto com a pureza”, conta Eric Masson, diretor comercial da Sleever International, a incumbida da criação da decoração. Um rótulo frontal traz o logotipo da água, num prata metálico que simula o hot stamping. Ele resulta, na verdade, de um verniz especial. O contrarótulo traz a imagem de uma geleira. "A superposição das duas peças cria um atrativo jogo de luzes", julga Masson.

reportagem de capa >>> sopas

Por trás de um paradoxo, op

Produtos de consumo individual aumentam rentabilidade do mercado de sopas, favorecendo Por Leandro Haberli

S

empre em evidência nos meses frios, o sazonal mercado de sopas industrializadas tem apresentado dois movimentos paradoxais no Brasil. No lado dos volumes produzidos, os números do setor, que chega a concentrar 75% das vendas anuais no inverno, indicam redução expressiva em tempos recentes. Curiosamente, porém, a curva de rentabilidade dos fabricantes desse alimento cresceu sem parar nos últimos anos, atraindo quantidades cada vez maiores de lançamentos.

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Um retrato feito pela ACNielsen ilustra esse panorama. Segundo o levantamento, entre 1997 e 2003 os volumes da categoria despencaram de 137 000 toneladas anuais para o patamar de 85 000 toneladas fabricadas por ano. No mesmo intervalo a pesquisa revelou que o mercado brasileiro de sopas industrializadas, composto em sua maior parte por produtos desidratados vendidos em embalagens flexíveis, além de sopas cremosas acondicionadas em latas de aço, cresceu por volta de 20% em valor, movimentando

ortunidades demanda de estruturas flexíveis

mais de 173 milhões de reais em 2003. Mantido no ano passado, quando a receita do setor saltou para 188 milhões de reais, esse movimento de agregação de valor foi acompanhado pela multiplicação de envelopes de consumo individual nas gôndolas da categoria. De preparo instantâneo, as sopas em pó com rendimento de uma única porção responderam por vendas de 31 milhões de reais em 2004, e são vistas pelos fabricantes como grandes responsáveis pelo aumento de rentabilidade verificado nos últimos anos. “São produtos que não precisam de cozi-

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mento, e atendem o consumidor urbano que busca sabor com mínimo de calorias”, define Luís Carlos Pereira, gerente de marketing da Yoki Alimentos, empresa que recentemente estreou no mercado de sopas. Com preço acessível – cada envelope custa em torno de 1,20 real – e versões apresentadas em sabores cada vez mais diversificados, as sopas instantâneas de consumo individual também estão ajudando a mobilizar o setor de embalagens. “Não há dúvidas de que esses produtos favoreceram a demanda de estruturas flexíveis”, entende Hudson Leme, gerente de desenvolvimento da Inapel, convertedora que fornece envelopes e stand-up pouches para, entre outras, todas as linhas de sopas Knorr e Arisco, da Unilever. Essa bem-vinda movimentação fica mais evidente com a IO

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chegada de novos fabricantes ao setor. É o caso da própria Yoki. Como parte do processo de revitalização da marca Kitano, que foi recomprada da Unilever em 1997 (ver reportagem na página 50), a empresa lançou no final do ano passado uma linha de sopas desidratadas sob essa chancela. “Mas só agora, com o inverno, entramos para valer nesse mercado”, conta Luís Carlos Pereira, lembrando que o guardachuva da marca Kitano já abrigava produtos conhecidos das donas de casa, como realçadores de sabor, molhos líquidos, caldos em pó e temperos compostos. Preocupada em verticalizar a produção, a Yoki converte internamente todos os pouches e envelopes utilizados em sua linha de sopas. “Essa estratégia faz parte da cultura empresarial japonesa”, diz Pereira, em referência às origens da empresa, que foi fundada na década de 60 pelo imigrante japonês Yoshizo Kitano. Ainda segundo o gerente de marketing, a Yoki tem uma fábrica de embalagens flexíveis que trabalha desde estruturas simples, como as usadas na linha de grãos, até “estruturas laminadas mais complexas”. Neste grupo estão as embalagens de sopas, que são laminadas com filme de alumínio. Na parte visual, o layout da linha foi desenvolvido pela agência Zauberas e Associados. Outro nome que está dando seus primeiros passos no mercado de sopas é a Ajinomoto. Também conhecida por sua linha de temperos

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EM VEZ DE LANCHES – Com linha Vono, Ajinomoto prega alternativa saudável para intervalo entre as refeições

Mercado de sopas industrializadas movimentou

188 milhões de reais em 2004

ESTRÉIA – Dentro da estratégia de revitalizar a marca Kitano, Yoki iniciou produção de sopas

e caldos culinários, a empresa lançou no início do ano a marca Vono de sopas individuais. Com layout da OZ Design, os produtos são acondicionados em embalagens produzidas pela Inapel. “Um dos desafios dessa linha é estimular no intervalo entre as principais refeições o consumo de alimentos saudáveis e com baixas calorias em substituição a lanches e salgados”, explica Fabiana Araújo, gerente de produto da Ajinomoto.

Baixas calorias Proposta semelhante é apresentada pela Sakura com a linha Missoshiru Instantâneo. Maior fabricante brasileira de missô, massa de soja utilizada como tempero básico da sopa de missoshiru, típica na culinária japonesa, a empresa anunciou neste inverno aumento na produção de sua linha de sopas instantâneas. Os produtos são vendidos em envelopes da Mazda Embalagens, com visual da Komatsu Design. Disponíveis nas versões tradicional, frango e legumes, as porções individuais têm entre 25 e 30 calorias. Quanto ao tipo de material das embalagens de sopas em pó, Hudson Leme, da Inapel, informa que a estrutura flexível mais disseminada no setor é formada por filme de poliéster impresso em rotogravura, laminado a folha de alumínio (com espessura entre 7 e 8 microns) e filme de polietileno transparente (blenda linear mais PEBD). A despeito do domínio desse tipo de composição, o gerente de desenvolvimento da Inapel registra que existem filmes metalizados capazes de substituir a folha de alumínio nos envelopes e pouches. Ao lado da adoção de cartonadas assép-

ticas no segmento de bases cremosas para preparo de sopas, hoje dominado por latas de aço (ver quadro na página 26), essas estruturas colocaram o mercado de sopas em pó no centro de um movimento de migração de materiais de embalagem. Nesse cenário, o polipropileno biorientado (BOPP) metalizado vem ganhando cada vez mais espaço como material alternativo ao alumínio aplicado nas estruturas flexíveis trilaminadas com camadas de poliéster e polietileno transparente.

A força do BOPP metalizado O custo menor em relação às folhas de alumínio é um dos fatores que têm puxado a participação do material não só nas embalagens de sopas desidratadas, mas de outros produtos secos, como refrescos em pó, risotos e massas liofilizadas. “Além do preço atraente, as estruturas feitas com BOPP metalizado são capazes de proporcionar a mesma barreira do alumínio, porém com gramaturas menores, diminuindo o peso das embalagens”, assinala Karin Ballabio, gerente de mercado de

De 1997 a 2003 setor cresceu

20% em valor, apesar de ter registrado queda nos volumes produzidos

Knorr relançada Toda a linha de sopas Knorr, uma das marcas da Divisão de Alimentos da Unilever, foi relançada neste inverno. Além de novas formulações - que aumentaram a concentração de legumes e verduras, reduzindo o sal das receitas - e da ampliação do número de sabores, a mudança trouxe uma reformulada identidade visual para a marca. O novo layout foi desenvolvido pela agência Usina Escritório de Desenho, ressaltando nas embalagens ícones de bem-estar. Compostos por estrutura trilaminada contendo filmes de poliéster, alumínio e polietileno transparente, os envelopes são fornecidos pela Inapel.

B+G Designers (11) 5051.1446 www.bmaisg.com.br Bertol (54) 314-1722 www.bertol.com.br AUMENTO – Sakura investe em linha à base de soja

alimentos da Alcan, outro importante convertedor de flexíveis, que na categoria de sopas produz todas as embalagens da Nestlé. Segundo a executiva da Alcan, as estruturas laminadas com BOPP atendem a todas as exigências de manutenção da qualidade dos alimentos, como barreira a umidade, oxigênio, gases, aromas e luz. “Trata-se de filmes técnicos especiais que já são usados na linha de sopas de grandes empresas do setor, como a Nestlé e a Liotécnica”, informa a gerente da Alcan, em referência às sopas que levam as marcas Maggi e Qualimax, ambas atendidas pela empresa.

Recuperação dos volumes

Ibratec (11) 4789-4200 www.ibratecgrafica.com.br Inapel (11) 6462-8800 www.inapel.com.br Komatsu Design (11) 5561-7702 www.komatsudesign.com.br Mazda (11) 4441-6500 www.mazdaembalagens.com.br Mococa (19) 3656-9300 www.metalurgicamococa.com.br Oz Design (11) 5112-9200 www.ozdesign.com.br Sig Combibloc (11) 2107-6744 www.sigcombibloc.biz Usina Escritório de Desenho (11) 5571-6788 www.usinadesenho.com.br Zauberas e Associados (11) 3884-8208 [email protected]

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

Independentemente do tipo de estruturas flexíveis, a expectativa é que, após um período de diminuição dos volumes produzidos, o mercado de sopas cresça não apenas em rentabilidade. Afinal, por mais que as porções individuais expandam o consumo proporcional de filmes, nenhuma retração produtiva é bem-vinda para a cadeia de embalagens. No atual cenário do mercado de sopas, porém, o aumento do faturamento fala mais alto do que eventuais contratempos, como a preocupação maior com o set-up das máquinas de embala-

CBL (11) 6090-5005 www.cbl.ind.br

APROVAÇÃO – Linha Qualimax com filmes de BOPP: boas propriedades de barreira

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Os lances de um líder Um clássico dentro da categoria de sopas desidratadas, o Sopão Maggi, da Nestlé, recentemente ganhou nova versão. Acondicionado em pouches de 200g produzidos pela Alcan, o Sopão Legumes Selecionados chegou às gôndolas com layout desenvolvido pela B+G Designers. Neste inverno a Nestlé também investiu em uma campanha de merchandising de ponto-de-venda sob o mote “Aqueça seus momentos com Maggi”. Numa alusão às embalagens de sopas, as peças trazem imagens de envelopes estampados com famílias e amigos reunidos. Sob coordenação da Publicis Salles Norton, os materiais também foram criados pela B+G Designers. Menos atual, outra ação da Nestlé no mercado de sopas foi o lançamento da linha Bem Estar. Inovando na categoria, os envelopes são acondicionados em cartuchos cartonados produzidos pela Ibratec.

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Alcan (11) 4512-7100 www.alcan.com.br

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

gem, ocasionada pela crescente diversificação de sabores numa mesma linha produtiva. Ao utilizar o apelo das baixas calorias e da praticidade, as sopas individuais de preparo instantâneo – que normalmente trazem em suas embalagens apenas 20g de pó, contra até 500g acondicionados nos pouches dos tradicionais sopões – surgiram com a perspectiva de reverter a sazonalidade da categoria. Isso não apenas puxaria o consumo de filmes, como também o de outros insumos das estruturas flexíveis, especialmente adesivos e tintas. Os novos lances do setor dirão se os fabricantes de fato conseguiram introduzir entre os costumes brasileiros o hábito de tomar sopa em todas as épocas do ano, e não apenas no inverno.

PARA TOMAR NA CANECA – Maggi também apostou no mercado de sopas individuais

Sopas cremosas guardam espaço para latas e cartonadas

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Dominada por latas de aço, a categoria de sopas cremosas não tem apresentado o mesmo crescimento das sopas em pó de preparo instantâneo. Mesmo assim, mirando num público de maior poder aquisitivo, esse tipo de produto vem conseguindo ampliar o número de consumidores no Brasil. Caracterizado por marcas importadas, o segmento conta com apenas um fabricante nacional, a catarinense Hemmer, fabricante de condimentos e legumes em conserva. Atualmente atendida por três fornecedoras de latas (Bertol, CBL e Mococa), a empresa lançou sua linha de sopas cremosas em 1998. “Desde então estamos conquistando um mercado diferenciado”, diz Alexandre da Conceição, gerente de marketing da Hemmer. Com rótulos de papel, os produtos apresentam “vendas extremamente sazonais, quase restritas ao inverno”, define o profissional. Mas, ele observa, em dezembro os pedidos crescem, impulsionados pelas cestas finas de fim de ano.

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Restrito no Brasil a um público seleto, o mercado de sopas cremosas apresenta grande movimentação lá fora. Um dos indícios do bom momento é a crescente adoção de embalagens cartonadas assépticas por marcas líderes na categoria. Durante uma feira de alimentos realizada recentemente em Chicago, a americana Campbell apresentou sua nova linha Select Gold Label em caixinhas longa-vida fornecidas pela SIG Combibloc. O lançamento nos Estados Unidos ocorreu após a empresa ter feito experiências bem-sucedidas com cartonadas assépticas na Austrália, no Canadá e na Europa. Neste último caso, a Campbell da Alemanha lançou em setembro de 2004 a linha de sopas vegetarianas com a marca Erasco em cartonadas de 1 litro também fornecidas pela SIG Combibloc. Outra marca de sopas cremosas atendida pela SIG Combibloc na Europa é a francesa Liebig. “Avaliando as tendências em outros países, concluímos que há mercado para esse tipo de embalagem nos Estados Unidos”, diz John Faulkner, diretor de comunicação de marcas da Campbell.

marcas >>> tônico

Ampliando horizontes Em apresentação reformulada, Emulsão Scott quer espaço em supermercados MODERNIZAÇÂO – Mais antigo do país, fortificante estreou na categoria de alimento com novas embalagens

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eferência na categoria de complementos alimentares à base de óleo de fígado de bacalhau, a Emulsão Scott – agora sem o “de” entre as palavras – costuma evocar lembranças desagradáveis naqueles que já foram submetidos por mães zelosas ao sabor marcante da antiga dispersão. Outrora sinônimo de produto com gosto ruim, a marca vem se esforçando para mudar essa imagem. No topo do ranking dos fortificantes e tônicos mais antigos do país, a Emulsão Scott, que foi lançada no Brasil em 1908 e hoje é vendida em 25 países pelo laboratório GlaxoSmithKline (GSK), está estreando nova fórmula, produzida sob a denominação Scott Vitamínico. O aspecto branco e a consistência pastosa, que ajudaram a construir a fama de produto difícil de engolir, deram lugar a um tônico mais suave, com gosto de suco de laranja. A mudança faz parte dos planos do GSK de aumentar sua participação no movimentado mercado de suplemento vitamínico infantil, que nos últimos três anos cresceu 26% em valor. A nova emulsão também cumpre a missão de ampliar o alcance da marca, até então restrita à seara de medicamentos OTC, ou não-éticos, que são vendidos livremente em farmácias, à categoria de alimentos, abrindo a possibilidade de venda em supermercados.

Magistral (41) 2141-0408 www.magistralimpressora.com.br Pimaco 0800-252959 www.pimaco.com.br Sinimplast (11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br Védat (11) 2133-1212 www.vedat.com.br

SEM NOSTALGIA – Versão tradicional continuará sendo vendida nas farmácias

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Bacalhau skatista Para comunicar-se com os consumidores contemplados por essa nova estratégia, a embalagem do produto passou por completa reformulação. Símbolo da marca desde seu lançamento na Europa, em 1886, a tradicional figura masculina carregando um bacalhau nas costas foi substituída por um estilizado bacalhau com pose de skatista, criado pela Costa e Design. A agência também é responsável pelos demais componentes gráficos dos rótulos e cartuchos, produzidos, respectivamente, pelas empresas Pimaco e Magistral. Por sua vez, os frascos plásticos de 200ml são soprados pela Sinimplast, e as tampas vêm da fábrica da Védat. Antes do lançamento de Scott Vitamínico, a mais antiga marca de fortificantes do país já havia iniciado um processo de modernização. Além da versão tradicional, a Emulsão Scott é vendida nas farmácias em frascos plásticos de 170ml com sabores de morango e laranja, apresentações que não serão descontinuadas. “O objetivo do lançamento é atender às expectativas de mães que buscam um complemento alimentar saboroso e com comunicação alegre e atrativa”, esclarece Simone Soares, diretora de marketing de OTC do laboratório GlaxoSmithKline.

materiais >>> vidro

Mais vigor CIV amplia foco em medicamentos

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fim de preservar e ampliar sua participação no mercado de embalagens farmacêuticas, onde o avanço dos frascos plásticos é verificado em diferentes frentes, a Companhia Industrial de Vidros (CIV) anunciou reformulações na estratégia voltada ao atendimento de laboratórios de medicamentos. A empresa está investindo 45 milhões de reais em logística, infra-estrutura e processos produtivos de frascos farmacêuticos de vidro, mercado onde afirma deter 30% de participação no Brasil. Até o final deste ano, a CIV também quer lançar novos produtos no setor, aumentando o foco no segmento de medicamentos injetáveis, orais e tópicos. Entre as novidades previstas há a linha de gotas DIN 168BR, com modelo americano, e dois modelos de frascos para medicamentos injetáveis: AS20 de 10ml e AS20 de 100ml. Os produtos serão fabricados na unidade de Vitória (PE). Boa parte das novas embalagens é classificada pela empresa como frascos farmacêuticos tipo II. “A principal vantagem dessa categoria de embalagens é a redução da alcalinidade interna, permitindo o acondicionamento de substâncias neutras e ácidas com mais estabilidade”, diz Cláudio Fernandes, gerente de qualidade da CIV. Na parte de infra-estrutura, a unidade de Vitória recentemente recebeu um depósito de 11 mil metros quadrados. “Passamos a dispor de um espaço físico real de 66 mil metros quadrados para estocagem”, contabiliza o gerente industrial da fábrica, Carlos Maurício Melo. De Pernambuco, os frascos são distribuídos para laboratórios de todo o país.

CIV – Companhia Industrial de Vidros www.civ.com.br (81) 3272 4484

making of >>> sabões em pó

Roupagem sofisticada

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Assolan pisa no ringue dos sabões em pó através de cartuchos e flexíveis com visuais que buscam evidenciar tecnologia embarcada nos produtos

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xiste espaço para pesadas investidas brasileiras nas gôndolas de detergente em pó, onde marcas geridas por multinacionais – Omo, Ariel, Minerva, Ace – digladiam-se com faca entre os dentes por nacos de mercado? Para a goiana Assolan, que de três anos para cá, desde que passou a ser gerida pelos ex-donos da Arisco, transformou-se numa pedra no sapato das titãs em itens de limpeza doméstica, sim. Aliás, Sim e Assim – as marcas por trás de sua entrada no negócio de sabões em pó, dínamo de mais de 2 bilhões de reais anuais no país. Frutos da recente aquisição da catarinense Quimivale, elas integram um plano que ambiciona bater em três anos a produção da vice-líder desse segmento, a Procter & Gamble. Ultra e Triplação, as versões da Assim, deram alô aos supermercados no fim de julho. Ganharam o varejão em cartuchos de papel cartão, de 1 quilo, da Dixie Toga, e em embalagens plásticas flexíveis, de 500g, 30 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

DUAS FORMAS – Assim, nas versões Ultra e Triplação, chega às lojas em cartuchos e em flexíveis; já Sim, somente em flexíveis

da Allpac, com visuais assinados pela M Design. Conforme explica a agência, o conceito criativo das identidades visuais das novidades primou pelo uso de cores fortes e contornos dinâmicos. A intenção dessas escolhas é a de transmitir ao público o grau de tecnologia presente nas formulações dos detergentes emergentes da Assolan. O Assim Ultra, por exemplo, leva em sua fórmula enzimas especiais dedicadas à lavagem de roupas brancas e ao combate dos encardidos mais resistentes. Trata-se do carro-chefe em sofisticação da linha. Daí a composição “futurista” no frontal das suas embalagens, com um ar de ficção científica. Privilegiando tons azuis e de prata, no canto inferior direito ela alude ao espaço sideral, registrando ícones estelares. Bolhas e enzimas, por sua vez, ocupam a parte esquerda superior. No verso, roupas brancas transitam entre feixes de luz e passam sujas por círculos concêntricos, de onde saem limpas. “É uma

espécie de recurso didático, empregado para evidenciar a formulação de alto desempenho do produto”, diz Tadeu Matsumoto, diretor de criação da M Design. Já o Assim Triplação, sabão para uso diário, sem a mesma elaboração do Ultra, ganhou caixinhas e saquinhos com linguagem visual que privilegia jogos com as cores azul, vermelha e amarela. “Elas representam, respectivamente, os atributos de limpeza, perfume e cuidado”, explica Matsumoto. Na parte inferior da capa das embalagens há outra ilustração high tech: uma espiral em meio a um movimento borbulhante de água, que lembra uma molécula de DNA. Motivo dessa construção: transmitir os apelos de transparência e frescor. O mesmo mote é explorado no grafismo das costas das embalagens do Triplação, com roupas coloridas flutuando entre bolhas de água cristalina. “Numa das bolhas, mãe e filha fitam-se com carinho, de modo a passar a idéia de que os cuidados com as roupas simbolizam um prolongamento do afeto materno para com a família”, comenta o dirigente da agência de design.

Allpac (11) 3901-8600 www.allpac.com.br Dixie Toga (11) 6982-9497 www.dixietoga.com.br M Design (11) 3833-0969 www.mdesign.art.br

Sim para o povão Já a outra marca integrante do investimento da Assolan, a Sim, desembarcará nas lojas numa segunda etapa, com data ainda não revelada. Ela irá visar à classe CD, brigando

FICÇÃO – Visual do sabão premium Ultra alia signos espaciais a enzimas e bolhas

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nas faixas de low price, escorada numa tática difundida no mercado nacional pela concorrente Unilever: a apresentação de sabões em pó populares em flexíveis. É um caminho que rendeu bons frutos à multinacional angloholandesa principalmente no Nordeste, com a marca Ala. Assim, Sim será comercializada exclusivamente nos pouches da Allpac, com volumes de 850g e 500g. “São flexíveis com estrutura em duas camadas de polietileno (PE)”, informa Reginaldo Campregher, vendedor técnico da convertedora. “A impressão dos pouches de Assim e Sim, em flexografia oito cores, representou um desafio para nós, pois o design envolvia minúcias de registro, como degradês”, relata Roberto Inson, da gerência comercial da Allpac. “Ademais, teríamos que chegar o mais próximo possível da qualidade do off-set empregado nas versões cartonadas, para fazer as duas formas de apresentação se harmonizarem nas gôndolas”. Quanto ao desenvolvimento visual da embalagem do Sim, sua fragrância especial, composta por flores como a lavanda e a flor de laranjeira, é destacada na parte superior do layout das embalagens por meio da reprodução gráfica de um floral. No que tange às cores, a M Design preconizou o uso de paletas contrastantes, casos do azul e do laranja, para gerar impacto nos pontos-de-venda. “O azul e o laranja traduzem, respectivamente, limpeza e perfume, os dois atributos básicos do Sim”, explica Luis Kono, designer da M Design. De acordo com ele, a figura de uma mulher sentindo o aroma de uma muda de roupas, na parte inferior do saquinho de Sim, serve para expressar a preocupação da fabricante em satisfazer as exigências das donas de casa. Vale dizer que a Assolan realmente quer fazê-las perceber essa atenção, e não somente com as embalagens como emissárias. Até o fim do ano a empresa planeja investir mais de 25 milhões de reais em pesquisas e ações de marketing para Assim e Sim. A meta é fazer com que os sabões em pó respondam por metade do faturamento da empresa até o fim de 2006. A aposta merece crédito. Afinal, projeções auspiciosas também foram divulgadas nas estréias da Assolan em lãs de aço, esponjas, panos de limpeza, saponáceos e limpadores multiuso – e, por dados oficiais, da fabricante, elas vêm se materializando.

Bloco garante custos enxutos A Krones quer divulgar os benefícios da adoção de seu Bloco Sopradora/ Enchedora, capaz de produzir até 36 000 garrafas de PET por hora. Segundo a fornecedora, trata-se de uma configuração econômica para linhas de bebidas. Ela dispensa transportadores pneumáticos entre os equipamentos, o rinser (eliminando, assim, o consumo de água) e tem baixo consumo de energia. Ademais, permite enxugar custos de produção e mãode-obra, pois a operação conjunta do

bloco se baseia em somente uma partida – em vez das quatro individuais inerentes ao conjunto sopradora, transportadores, rinser e enchedoras. O Bloco permite trabalhar com garrafas mais leves sem grandes riscos de deformações e funciona com setups reduzidos. “Vale lembrar que o ciclo de produção fechado livra as garrafas de contaminação”, lembra a equipe técnica da Krones.

(11) 4075-9500 www.krones.com.br

Sem fobia por alturas Indicada para centros de distribuição e armazenagem com corredores estreitos e cargas elevadas, a empilhadeira retrátil R 17B BR! é a novidade da alemã Linde para o mercado nacional. Ela é capaz de elevar cargas em até 11,525 metros, altura nunca antes contemplada por outros modelos da companhia. Por ser elétrica, pode ser utilizada em câmaras frigoríficas, pois não emite gases. Outro grande diferencial da nova empilhadeira é o sistema de freio regenerativo, que reduz custos de operação. A R 17B BR! faz parte do plano de nacionalização de produção da Linde, anunciado no segundo semestre de 2004. Ela é fabricada pela fluminense Empilhadeiras Sul Americanas S/A. A produção local garante, segundo a Linde, preços 50% menores, assistência ágil e possibilidade de financiamento dos equipamentos junto ao Finame.

(11) 3604-4755 www.lindeempilhadeiras.com.br

Provedora de soluções em automação industrial, a Maddza, de Poços de Caldas (MG), está lançando um Sistema de Deslocamentos de Frascos. Passível

de ser acoplado a diferentes tipos e marcas de sopradoras, o equipamento funciona por meio de sistema mecânico pneumático, movimentando frascos por meio de ventosas – o braço pegador possui sistema rotacionador. Apresenta ainda módulos mecânicos de contagem e transferência e sistema eletrônico de controle e monitoramento para integração de sistemas.

(35) 3722-4545 www.maddza.com 34 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

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Retirada versátil de frascos

alimentos >>> pós

Receita para crescer Com mudança de embalagem, fermento incrementa vendas Dixie Toga (11) 6982-9497 www.dixietoga.com.br

LGAÇÃ O

Hecaplast (15) 3221-2400 [email protected] Italpack (11) 6621-2156 www.italpack.com.br

FOTOS: DIVU

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uase dois anos e meio após migrar de tubos celulósicos multifoliados para potes plásticos de polietileno (PE), o fermento químico Dr. Oetker, produto mais antigo da empresa de origem alemã, celebra os bons resultados dessa estratégia. Embora a marca ainda não tenha conseguido ameaçar a liderança do fermento Royal, que é fabricado no Brasil desde 1920, a Dr. Oetker afirma que as alterações no sistema de acondicionamento geraram “um grande incremento de vendas”. Sem revelar números de mercado, Sabrina Torquato, gerente de marketing da empresa, atesta a importância da reformulação de embalagem informando que uma de suas principais características acabou sendo seguida por outras marcas do setor. Trata-se da ampliação do bocal dos potes, feita para permitir a passagem de uma colher de sopa, que é a medida padrão da maioria das receitas que usam fermento em pó. “Até então não havia no segmento de fermentos em pó uma embalagem com essa característica”, afirma Sabrina Torquato. Por sua vez, o material das novas embalagens foi adotado por conservar melhor o fermento e permitir reutilização. Se as proporções do bocal se tornaram um quase-padrão na categoria, outras características da atual embalagem do fermento Dr. Oetker são exclusivas, segundo a gerente de marketing. A marca seria a única a usar embalagens de plástico, que são fornecidas (tampa e frasco) pela Hecaplast. Embora tenha adotado a boca larga em 2003, o líder Royal, por exemplo, é vendido em tubos celulósicos multifoliados. Outra exclusividade de embalagem da marca Dr. Oetker seriam os rótulos termoencolhíveis feitos pela Italpack de filme de PVC com taxa de encolhimento de 52%. Higiene e facilidade de manuseio estão entre as razões que motivaram a adoção desse sistema de decoração. “Durante o preparo dos bolos, é comum haver acúmulo de sujidade. Além de proporcionar brilho e destaque no ponto-de-venda, o filme termoencolhível permite que a embalagem fique sempre limpa”, argumenta a gerente da Dr. Oetker.

Usina Escritório de Desenho (11) 5571-6788 www.usinadesenho.com.br EXCLUSIVIDADE – Dr. Oetker é a única marca de fermento em pó em potes plásticos decorados com rótulos termoencolhíveis

Uma velha senhora renovada Completando 130 anos de Brasil, Maizena, da Unilever, acaba de ser presenteada com uma nova identidade visual, assinada pela Usina de Desenho. Sua logomarca agora apresenta, em segundo plano, um raio com formato de coração. Maizena também ganhou extensões de linha. Uma delas é a Maizena Enriquecida com

CresciNutre – combinação de vitaminas voltada às necessidades alimentares das crianças brasileiras. Como marca guarda-chuva, Maizena passa a abrigar também a Arrozina e os produtos Cremogema. Os novos cartuchos de papel cartão da família, com o tradicional “amarelo Maizena”, são produzidos pela Dixie Toga.

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EmbalagemMarca <<< 35

México reitera bons ventos Repetindo os bons resultados das mais recentes feiras internacionais de negócios em embalagem, a 20ª edição da Expo Pack México, realizada de 21 a 24 de junho na Cidade do México, registrou a maior visitação em sua história. Segundo o Packaging Machinery Manufacturers Institute (PMMI), organizador do evento, 30 024 pessoas visitaram-no – cerca de 10% a mais que na edição anterior. A cara da Carrefour Após concorrência, a agência paulistana Pandesign foi escolhida pela rede Carrefour como projetista gráfica das novas embalagens de seus produtos com marca própria. Mais de 300 embalagens estão sendo produzidas. Para o desafio, a Pandesign aumentou sua equipe. Embalagem vira foco A agência de propaganda Z+ Comunicação anunciou a sua fusão com o escritório de design Geocomm. A Z+ planeja aumentar o escopo dos serviços oferecidos aos clientes e entre os novos focos da agência está o desenvolvimento de embalagens. Inovação em alta Lançado para inspirar inovações em marcas e produtos, o site Innovation Lab, da química Eastman, ganhou medalha de ouro na competição IDEA – Industrial Design Excellence Awards. Entre os patrocinadores do evento estão a revista Business Week e a IDSA – Industrial Designers Society of America. Em poucos meses de vida o Innovation Lab já acumula mais de 120 000 contatos, sendo 60% deles de designers e de engenheiros industriais.

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Contenda por óleos chega ao MP A briga entre latas de aço e embalagens de PET na área de óleos comestíveis, um mercado de 5 bilhões de reais anuais, chegou ao Ministério Público. Conforme publicado na Folha de S. Paulo de 23 de julho, o MP Federal do Rio questionou a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre uma mudança na regulamentação do setor que teria elevado tolerâncias a acidez e peroxidade nos óleos de soja nacionais. A revisão favoreceria as embalagens de PET, transparentes – a incidência de luz sobre o óleo acelera sua oxidação, podendo causar, segundo fontes ouvidas pela Folha, problemas gastrointestinais nos consumidores. A origem da consulta do MP

foram informações de um advogado que não quis se identificar e que já atuou na indústria metalúrgica, mas alega imparcialidade. Para ele, quem deve regular o setor de óleos não é a Anvisa, mas o Ministério da Agricultura. A disputa promete. Vale lembrar que, no fim de junho, a CSN lançou uma campanha publicitária dirigida ao grande público sob o mote “Saúde de verdade: só na lata”. Sob um investimento de 10 milhões de reais, ela explora justamente a idéia de que, por causa de sua transparência, as garrafas plásticas podem acarretar a adição de conservantes aos óleos, ao contrário das latas. A estrela da campanha é a atriz Regina Casé.

Gestões críticas arranham imagens Crises administrativas de empresas mancham suas marcas, abalando suas imagens junto ao público. É o que mostra a quarta edição da pesquisa Marcas de Confiança em 2005, elaborada pelo Ibope Solution para a revista Seleções. Em dificuldades, figuronas como Varig, Parmalat e

Bombril estão perdendo credibilidade. No levantamento, pela primeira vez a TAM foi mais lembrada que a Varig no setor aéreo. A Parmalat, que em anos anteriores gozava de mais de 40% de citações, continua sendo referência em leites, porém com 24% dos votos. Pelo segundo ano a Bombril, atualmente sob intervenção judicial, foi ultrapassada em detergentes líquidos pela Ypê, da Química Amparo. Marcas que continuam fortes na mídia, como Kibon e Omo, da Unilever, e a Sadia, permanecem reinantes em seus segmentos, com mais de 70% de preferência. E marcas nacionais, operadas por empresas emergentes, vêm ganhando em recall. São os casos da cerveja Itaipava e dos refrigerantes Dolly, que obtiveram 2% de citações em suas categorias.

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

Primeira encomenda Fornecedora de equipamentos para linhas de embalagens de diversas engarrafadoras de Coca-Cola no Brasil, a Krones fechou pela primeira vez um negócio com a Companhia Alagoana de Refrigerantes (CIAL), franquia nordestina da marca. Uma sopradora de garrafas de PET Contiform S8 e um inspetor Linatronic 735 foram adquiridos pela CIAL e deverão começar a operar na primeira semana de outubro.

Fechamos sempre ótimos

Varejo estimula co-packing lá fora O outsourcing nos serviços de embalagens cresce a taxas anuais de 15% a 20% nos Estados Unidos puxado principalmente pelas demandas de marcas próprias de varejistas em novos canais. Essa é uma das conclusões do estudo Contract Packaging: Strategic Opportunities & Profit Potential, elaborado pela

Território novo

negócios.

consultoria Packaging Strategies. Também chamada de co-packing, a terceirização de linhas de embalagem já faz girar entre 17,5 bilhões e 21,5 bilhões de dólares por ano em solo americano. “Os co-packers vêm se tornando soluções estratégicas preferenciais para a customização de mercados”, aponta o estudo. A Antilhas, produtora de embalagens plásticas e celulósicas, acaba de promover a estréia de seu novo site, fruto de estudos e pesquisas junto ao mercado. Uma das novidades é uma seção de notícias, que trará as últimas informações sobre a empresa e os mercados nos quais atua. O site tem versões em português, inglês e espanhol.

www.antilhas.com.br

Poucas mudanças entre as supermarcas chama atenção a ascensão de nomes dos setores de finanças e tecnologia. As marcas que mais cresceram em valor no período foram as do mercado de pulgas eletrônico eBay, a do banco HSBC, as das tech houses Samsung e Apple e a da financeira UBS. As que mais caíram foram a Sony, a Morgan Stanley, a Volkswagen, a Levi’s e a HP. Das dez primeiras colocadas só duas não são americanas (veja abaixo). O ranking completo – no qual não figura nenhuma marca brasileira – pode ser conferido no site da Interbrand (www.interbrand.com).

Marca

Valor (US$ Bilhões)

País

Coca-Cola

67,525

EUA

Microsoft

59,941

EUA

IBM

53,376

EUA

GE

46,996

EUA

Intel

35,588

EUA

Nokia

26,452

Finlândia

Disney

26,441

EUA

McDonald´s

26,014

EUA

Toyota

24,837

Japão

Marlboro

21,189

EUA

SPORT LOK 28 MM Pode ser facilmente aberta e fechada utilizando uma das mãos e a boca. Ideal para praticantes de esportes. A tampa Sport Lok apresenta uma sobretampa que oferece maior segurança, higiene e praticidade, dispensando a necessidade do uso de plásticos termoencolhíveis. Além disso ela possui ainda as seguintes vantagens: • Duplo Lacre de Segurança, o primeiro na sobretampa e o segundo na base do gargalo. • Bico esterilizado por raios UV, permitindo www.alcoa.com.br o consumo imediato.

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com ou sem selo de indução de alumínio. TOTALITY

Levantado anualmente pela consultoria Interbrand, o Ranking Anual das 100 Melhores Marcas Globais teve divulgada sua versão 2005 em julho, na revista Business Week. O ranking, que foca apenas marcas com valor superior a 1 bilhão de dólares, leva em conta dois critérios. As marcas devem ser globais por natureza, ou seja, obter no mínimo 20% de faturamento fora de seus países de origem, e ter dados financeiros e de marketing abertos ao público. Não houve mudanças nas cinco primeiras posições de 2004 para 2005. De resto,

Fone: 4195.3727 Ramais: Luiz Mello: 2315 Marijosy Silva: 2327 Fábio Spinola: 2336

A “canetada” sobre as latas de tintas

Negócio da Índia Unidade de negócios em tampas da multinacional australiana Amcor, a White Cap está reforçando investimentos na Índia. Ela acaba de anunciar seus primeiros representantes oficiais para o mercado indiano, até então suprido via Filipinas e China. A companhia também divulgou o plano de abertura de uma fábrica local até 2006. Segundo a White Cap, o mercado de tampas metálicas de rosca (twist-off), produtos que são sua vocação, cresceu 40% em volume só de 2003 a 2004. No Brasil, a White Cap opera uma fábrica em Poços de Caldas (MG).

Recentes alterações na legislação brasileira para o transporte de produtos perigosos preocupam o setor de tintas imobiliárias – e seus fornecedores de embalagens. O Ministério dos Transportes impôs ao setor a obrigatoriedade do uso de embalagens homologadas segundo normas criadas pela ONU – Organização das Nações Unidas para evitar acidentes. Ocorre que não há como atender a resolução de imediato. A Brasilata e a Prada, duas grandes fabricantes de latas para o setor, informam: a produção de embalagens “padrão ONU” na escala necessária exigiria injeções de até 8 milhões de dólares em seus parques industriais, custo que levaria no mínimo dez

anos para ser recuperado. O Sitivesp – Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo alega que as mudanças na legislação não levaram em conta a realidade do setor. As normas da ONU valem para tintas inflamáveis, com solventes em suas formulações. No entanto, 83% das tintas imobiliárias nacionais são base água, portanto inclassificáveis como produtos perigosos. Ademais, o setor vive sob baixo nível de acidentes no transporte. O Sitivesp protocolou junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em meados de junho, uma proposta de revisão da “canetada”. Dados da Prada e da Brasilata acompanharam o documento.

Nanotecnologia na mira da Polibrasil Líder nacional na produção de polipropileno (PP), a Polibrasil anunciou que deverá lançar, até o início de 2006, seus primeiros produtos baseados na nanotecnologia – ciência baseada na manipulação inteligente de moléculas no nível de um bilionésimo de metro (um nanômetro). De acordo com José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Polibrasil, um dos dois primeiros lançamentos dessa natureza irá mirar a área de embalagens. “A expectativa é que até 2010 as resinas com nanotecnologia representem entre 5% e 8% de nossas vendas”, ele adianta. As pesquisas da Polibrasil contam com parcerias com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e com a Unicamp.

(11) 3345-5917 • www.polibrasil.com.br

Mais três opções de tubos para cosméticos Três novos modelos de bisnagas plásticas para cosméticos estão sendo lançados pela Alcan Packaging Cebal. O Long Nose, dotado de bico aplicador, tem diâmetro de 19mm e também é indicado para acondicionar fármacos. O Tandem (à dir.), com diâmetro de 50mm, possui formato oval e é fornecido com tampa fliptop, o que, diz a empresa, aumenta a área de exposição da

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marca em 15%. “Sua estética diferenciada proporciona maior impacto nas prateleiras”, diz Vivian Ribeiro, da área de marketing da APC. Por sua vez, o Airless é voltado a formulações sensíveis. O tubo é dotado de uma válvula que, além de dispensar o produto, bloqueia o orifício de saída, protegendo o conteúdo. O Airless está disponível no diâmetro de 25mm, com capacidades entre 15ml e 50ml.

(11) 4723-4700 • www.cebalbrasil.com.br

Markem facilita buscas Uma das maiores provedoras mundiais de soluções para marcação e codificação de embalagens, a Markem acaba de reformular seu site global (www.markem.com). Mais que melhorias em navegação e conteúdo, seu principal destaque é

uma Página de Soluções, que visa fazer usuários encontrarem facilmente os equipamentos adequados às suas necessidades de marcação. Pesquisas podem ser feitas por tipo de indústria, de substrato ou de função na linha de produção.

“Marcas são contaminadas por

crises que as empresas atravessam. A confiança é fundamental para o marketing e condição necessária para a fidelização” Depoimento de Nelson Marangoni, presidente da Ibope Solutions, ao diário Valor Econômico, sobre a pesquisa Marcas de Confiança em 2005, divulgada em julho (veja nota na página 42)

Fumaça em conserva pamento do automóvel. Segundo o site, o produto não oferece risco à saúde do consumidor.

WWW.OSTHITS.DE

Pegando carona na “Ostalgie”, a crescente nostalgia por objetos da antiga Alemanha Oriental governada pelo comunismo, o site Osthits (www.osthits.de) está comercializando fumaça de um antigo automóvel da época, o Trabant, enlatada (!). O souvenir, chamado Trabi Duft (“Perfume de Trabant”, em português), custa 3,98 euros – cerca de 12 reais. A latinha de aço contém um chumaço de algodão impregnado com fumaça saída do esca-

agosto 2005 <<<

EmbalagemMarca <<< 41

artigo >>> soluções resseláveis

“Não se pode ignorar a demanda por conveniência”

O

crescimento da exigência do consumidor por conveniência tem estendido um tapete vermelho para a proliferação de soluções de fácil abertura e de fechamento de embalagens nos últimos anos. Esse quadro se aplica especialmente ao terreno das embalagens plásticas flexíveis, arraigadas em categorias de alimentos muitas vezes consumidos em frações. Apesar de não serem novidades, soluções resseláveis para esse ramo de embalagens ainda possuem amplo potencial para crescerem em utilização – especialmente em economias emergentes, como a brasileira, onde a busca frenética por redução de custos nas indústrias tem freado inovações em apresentação. Por outro lado, nota-se que a baixa utilização desses acessórios muitas vezes decorre de dúvidas entre empresários, profissionais de desenvolvimento de embalagens e designers. Para esclarecer algumas das principais questões técnicas sobre fechamentos resseláveis e mostrar tendências em suas aplicações e produções, EMBALAGEMMARCA publica com exclusividade um artigo preparado por Robert E. Hogan, considerado um dos maiores experts no assunto. Diretor de vendas internacionais e marketing da Zip-Pak, braço do grupo americano ITW especializado em zíperes e outras soluções de resselagem de embalagens, Hogan traça um cenário de sua área de atuação a partir de um teste. “Convido os ocupantes de cargos decisórios sobre embalagens nas empresas a fazer o teste e desafiar seus conhecimentos sobre as tendências em soluções resseláveis”, afirma o executivo. Embalagens flexíveis com soluções resseláveis continuam populares para fins alimentícios. Ao mesmo tempo, a demanda do consumidor em setores não-alimentícios está aumentando.

Verdadeiro. Embora o setor alimentício – varejista e institucional – continue sendo o maior mercado para embalagens resseláveis, o mercado varejista não-alimentício representa a segunda maior base de consumidores, com rápido crescimento. Esse mercado abrange uma grande variedade de produtos mistos, como produtos domésticos, pet food, suprimentos para jardinagem, nutracêuticos e cosméticos. As principais aplicações para embalagens flexíveis resseláveis em produtos não-alimentícios englobam as áreas médica, farmacêutica, institucional, agrícola e industrial. Os fabricantes de tecnologia resselável continuam a inovar e aprimorar produtos para atender às exigências dos convertedores para essas variadas aplicações. Somente flexíveis do tipo pillow pack (almofadas) podem incorporar recursos de embalagem resselável. Falso. Com a constante inovação e o aprimoramento da tecnologia na indústria de embalagens resseláveis, os fabricantes agora têm maior capacidade para aplicar recursos resseláveis, como fechos tipo zíper, em qualquer estilo de embalagem plástica flexível. Os formatos de sacos compatíveis com fechos tipo zíper são: com fundo grande (ou com nesgas, do tipo block bottom), almofadas, stand-up pouches, com três ou quatro soldas e termoformados. Fechos tipo zíper estão disponíveis para uma variedade completa de tamanhos de embalagens, e, podem ser construídos em polipropileno, PVC e até mesmo plásticos degradáveis, adequando-se aos diferentes materiais para embalagem. Os zíperes agora também podem ser aplicados em embalagens multicamadas de papel. Convertedores e possuidores de linhas de embalagem podem escolher a partir de uma vasta seleção de fechos tipo zíper resseláveis adequados não apenas ao estilo da embalagem/

Robert E. Hogan, diretor de vendas internacionais e marketing da Zip-Pak, fala sobre soluções resseláveis para embalagens flexíveis, abordando tendências e

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DIVULGAÇÃO

suas viabilidades técnicas e de marketing

artigo >>> soluções resseláveis

O modo mais barato e rápido de incluir um fechamento resselável é comprar embalagens prontas de um convertedor. Falso. Esse não é sempre o caso. O custo e o tempo variam, dependendo dos sistemas existentes no local e dos recursos atualmente disponíveis em cada local de embalagem. Para a incorporação de fechos tipo zíper resseláveis, os fabricantes podem escolher entre três opções: 1) Compra de novo maquinário próprio para fechos tipo zíper para produzir, encher e selar embalagens ou bolsas lacradas em suas próprias linhas. Freqüentemente esta é a opção mais fácil, mas que normalmente exige o maior investimento de capital; 2) aperfeiçoar o equipamento existente com aplicadores de fechos tipo zíper. Esta pode ser a solução mais rápida e com maior custo-benefício se um opcional de eficácia comprovada estiver disponível; 3) trabalhar com um convertedor de embalagens que tenha recursos de aplicação de fechos tipo zíper para modificar as embalagens atuais. Essa é uma boa forma de testar uma nova embalagem rapidamente no mercado ou de ingressar em um mercado quando o investimento de capital é limitado. Cada opção tem seus benefícios, dependendo dos fatores econômicos e de tempo. Consulte diretamente seu fornecedor de fechos tipo zíper ou peça para entrar em contato com os parceiros OEM globais do fornecedor para obter informações específicas sobre qual opção é mais adequada às necessidades da sua empresa. Os consumidores demonstram resistência em absorver o aumento de preços associado à inclusão da tecnologia de fechos tipo zíper à embalagem flexível. Falso. O desejo da conveniência e de proteção do produto está conduzindo a necessidade cada vez maior por soluções de embalagem resselável. Estudos de grupos específicos (realizados anonimamente por uma empresa de pesquisas) mostram que os consumidores adotam as embalagens com fecho tipo zíper dispostos a pagar um pouco mais pela conveniência que elas oferecem. Para os fabricantes, normalPAGAM, SIM – Fornecedores de soluções resseláveis garantem que consumidores se dispõem a trocar custo adicional por conveniência

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mente os fechos tipo zíper podem ser incorporados com bom custo-benefício a qualquer linha de produção de embalagens, conforme explicado anteriormente. A inclusão de fechos tipo zíper tem custo simbólico em termos unitários. Um fecho tipo zíper fechado a pressão custa em média somente de 0,5 centavos a 2 centavos de dólar a mais por embalagem. As embalagens resseláveis não são adequadas para produtos granulados ou em pó. Falso. Para conteúdos em pó ou granulados, um fecho tipo zíper especial com “portas de esvaziamento” patenteadas está disponível para evitar que o produto obstrua as faixas do fecho tipo zíper durante a resselagem. Este fecho tipo zíper permite um selo mais limpo em relação às versões fechadas por pressão para produtos em pó, e tem sido bem aceito pelos consumidores jovens e idosos. Aqui nos Estados Unidos a Arm & Hammer, por exemplo, lançou um limpador de utensílios domésticos com sucesso em um pouch com fecho tipo zíper. A embalagem continua a vender bem, especialmente em lojas de grande porte. Os alimentos processados sujeitos a temperaturas muito altas não podem ser armazenados em uma embalagem resselável. Falso. Fechos tipo zíper de embalagens flexíveis esterilizáveis (retort) estão disponíveis para embalagens resseláveis de alimentos processados submetidos a altas temperaturas de cozimento. Um fecho tipo zíper de embalagem flexível esterilizável não é destruído nem derrete quando exposto ao calor extremo durante a produção da embalagem. Ele mantém seu formato e sua capacidade de resselagem por longo tempo após o processo de esterilização de embalagens flexíveis. Os fechos tipo zíper de embalagens flexíveis esterilizáveis estão disponíveis para produtos como atum ou até para embalagens de produtos médicos e farmacêuticos. Os proprietários de marcas podem aumentar suas participa-

FOTOS: DIVULGAÇÃO

bolsa, mas também ao tipo de equipamento de embalagem. Verdadeiro. As tecnologias de fecho tipo zíper estão disponíveis para atender à produção específica e aos requisitos de desempenho em todos os tipos de máquinas para embalagem resselável. Há pelo menos 200 perfis de fechos tipo zíper no mercado para atender às configurações das máquinas, como form-fill-seal verticais, form-fill-seal horizontais, termoformfill-seal e formatos de bolsas pré-fabricadas. Os fornecedores de fecho tipo zíper e OEMs (distribuidores) podem ajudar a selecionar o fecho tipo zíper correto para seu equipamento, estilo de embalagem e produto.

artigo >>> soluções resseláveis ções de mercado atendendo ao crescimento demográfico dos idosos e posicionando a eles produtos em embalagens com atributos resseláveis. Verdadeiro. Muitas sociedades em todo o mundo estão lidando com as populações idosas e as empresas mundiais estão reunindo recursos para atender melhor os cidadãos idosos. Muitos fabricantes têm, por exemplo, aumentado sua fatia no mercado, tornando suas embalagens de produtos mais fáceis de abrir e fechar. Os fechos tipo zíper resseláveis são uma maneira que as empresas têm de aprimorar a conveniência de suas embalagens. E fechos tipo slider – fechos tipo zíper que possuem um grampo deslizante para abrir e fechar – ganharam a preferência como um recurso de fechamento ainda mais conveniente para as embalagens, especialmente para crianças e idosos. Com fechos tipo slider, as embalagens e bolsas podem ser mais facilmente e completamente seladas, de modo que o conteúdo, como alimentos, permaneça mais fresco por mais tempo e itens não-alimentícios permaneçam guardados em segurança. A tecnologia de embalagens resseláveis está crescendo em popularidade, mas esse crescimento está limitado apenas aos mercados de alimentos na América do Norte. Falso. A embalagem resselável certamente tem alcance global. Na América do Norte, a tendência em relação à embalagem flexível começou com carnes e queijos, enquanto que na América Latina os produtos em pó, carnes fatiadas e processadas são amplamente preferidos na embalagem com fecho tipo zíper. A tendência na Europa começou com carnes, queijos e rações, enquanto na Ásia o foco é nas aplicações de embalagens pré-fabricadas para algas, nozes e bebidas em pó. O mercado para fechos tipo zíper resseláveis na Austrália e na Nova Zelândia também cresce rapidamente, com popularidade nos mercados de laticínios, alimentos congelados e alimentação animal. Algumas aplicações incorporaram zíperes com mais rapidez que outras, mas a tendência é que as marcas, em

CHANCES – Pouches resseláveis já podem acondicionar produtos granulados (à dir.) e serem atrativos para consumidores idosos

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uma variedade de mercados, tanto alimentícios quanto nãoalimentícios, busquem ofertar maior conveniência. Ao redor do mundo, as marcas líderes perceberam aumento nas vendas a partir da aplicação de um recurso resselável a uma embalagem flexível. Verdadeiro. Diariamente surgem novas histórias de sucesso sobre como as marcas em todo o mundo tiveram aumento nas vendas e os consumidores responderam à conveniência oferecida pela embalagem resselável. Nos Estados Unidos, batatas fritas do tipo palito que eram vendidas há setenta anos em embalagens celulósicas ganharam recentemente pouches resseláveis para facilitar o uso por adultos e crianças. A alteração foi bem recebida tanto pelos clientes existentes quanto pelos novos clientes. A La Reina, uma marca líder de açúcar no México, também mudou da tradicional embalagem de cartucho mais saquinho para embalagens em formato de almofada resseláveis, com grande aprovação dos consumidores. Em Taiwan, a empresa Ten Ren Tea mudou a embalagem de suas folhas de chá para embalagens resseláveis, permitindo maior visibilidade nas prateleiras e oferecendo um novo nível de conveniência para seus clientes. As respostas foram imediatas. Vendas aumentaram consideravelmente durante os meses seguintes. O mundo da embalagem resselável evolui continuamente, e, face aos números crescentes de consumidores sem tempo em todo o mundo, indústrias não podem mais se dar ao luxo de ignorar a crescente demanda por recursos de conveniência como fechos do tipo zíper.

lácteos >>> estratégia

Recuperando a pujança

Após ter sido abalada pelo escândalo Parmalat, marca Batavo volta a crescer

Por Livia Deorsola

REFORMULAÇÔES Bom exemplo dessa postura aparece na linha Kissy Smoothies, que marcou o interesse da Batavo no rentável mercado de bebidas refrigeradas em geral, e no crescente segmento de iogurtes misturados com suco de fruta em particular. Conforme EMBALAGEMMARCA já mostrara em sua reportagem de capa da edição 69 (maio de 2005), a marca foi lançada em garrafas plásticas recobertas por rótulos elaborados pela Propack em filme termoencolhível mono-orientado de PVC, com taxa de retração entre 50% e 55%. “A idéia foi aproveitar o lançamento dessa linha para rejuvenescer a marca Kissy, que é voltada ao público jovem”, conta a gerente de marketing da Batávia. 48 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

EM BUSCA DE VALOR – Queijos finos e bebidas refrigeradas marcam estratégia de diversificação do portfólio

PEQUENOS NA MIRA – Leite fermentado da linha infantil aposta em cartonadas assépticas. Abaixo, bandejas do Batavinho trazem animais ameaçados de extinção

FOTOS: DIVULGAÇÃO

P

ara a Batavo, recentemente separada judicialmente da Parmalat, 2005 está sendo um ano de renovações. Gigante em anos recentes, ela tenta recobrar a antiga pujança explorando a tradição de um nome forte na lembrança popular. Criada em 1928, a marca, cuja imagem foi abalada cerca de dois anos atrás com o escândalo contábil envolvendo a Parmalat, está investindo 3 milhões de reais para lançar a campanha “Naturalmente Batavo”, que marca um posicionamento renovado, calcado na oferta de produtos mais saudáveis. O plano de expansão visa reverter os resultados dos últimos cinco anos, período de maior crise, investindo em produtos de maior valor agregado, como queijos finos (nova marca Batavo Hollander), bebidas refrigeradas e molhos prontos. Além de austero planejamento econômico, a Batavo elegeu suas embalagens como ferramentas fundamentais na retomada da competitividade. Para Regina Boschini, gerente de marketing da Batávia, detentora da marca Batavo, a renovação visual das embalagens permite aperfeiçoar a comunicação direta com os consumidores e acompanhar as tendências de mercado. “Não há melhor forma de ressaltar as características, diferenciais e mudanças de fórmulas de cada linha”, ela ressalta.

Reformulação abrangente também ocorreu nas linhas Batavito e Batavinho, de leites fermentados e iogurtes para crianças. Como forma de se diferenciar das garrafinhas plásticas disseminadas na categoria, o leite fermentado Batavito também é comercializado em caixinhas longa-vida de 80g fornecidas pela Tetra Pak. “O layout está muito mais atrativo, pois o famoso astronauta Batavito ganhou uma imagem mais moderna e lúdica, dando maior vazão ao imaginário dos pequenos”, considera Regina Boschini. As embalagens da linha Batavinho, fornecidas pela Huhtamaki (potes plásticos de poliestireno) e Alcan (tampas de alumínio), também ganharam novos layouts, além de imagens em 3D de animais brasileiros em extinção. As mudanças marcam a nova fase da Batávia, que pouco tempo atrás obteve liminar para atuar de forma independente da Parmalat. A medida concedeu à empresa o direito de comercializar a marca Parmalat na linha de refrigerados, composta por iogurtes, petit suisse, sobremesas e leites fermenta-

dos. Um indício do sucesso da estratégia de reposicionamento aparece na quantidade de lançamentos. Em 2004, a empresa agregou mais de quarenta itens a seu portfólio, e até o final deste ano estão previstos outros quarenta lançamentos. Ao todo, a Batávia comercializa hoje 170 produtos refrigerados e 48 lácteos. A empresa é atualmente controlada pela CCLP (Cooperativa Central de Laticínios do Paraná) e pela Cooperativa Central Agromilk, que congrega cooperativas do oeste catarinense.

Alcan (11) 4512-7000 www.alcan.com.br Huhtamaki (41) 3661-1000 www.huhtamaki.com.br Propack (11) 4781-1700 www.propack.com.br

LINGUAGEM LÚDICA – Lançado por personagem infantil, pião vira morango

agosto 2005 <<<

EmbalagemMarca <<< 49

bebidas >>> chás

Regresso de um líder Após dezesseis anos, marca Kitano volta com estilo ao mercado de chás FOTOS: DIVULGAÇÃO

N

SOFISTICAÇÃO – A linha de chás Kitano tem posicionamento premiun

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a profusão de aquisições de empresas brasileiras por grupos estrangeiros, a Yoki Alimentos está à frente de uma curiosa história de gerenciamento de marca. Fundada em 1960 com o sobrenome do imigrante japonês Yoshizo Kitano, a empresa prosperou no mercado de farináceos, cereais, chás e especiarias ao vender acondicionados e com marca produtos até então distribuídos a granel. O crescimento da Kitano despertou interesses, e a marca acabou sendo vendida em 1989 para a Refinarias de Milho Brasil (RMB). Após o negócio, a Kitano e suas linhas de produtos foram arrematadas pela Unilever Best Foods, que também decidiu vendê-las, alegando dessintonia com as atividades prioritárias. A possibilidade de reaver os direitos do nome Kitano atraiu o interesse de seus antigos donos, que haviam fundado a Yoki poucos meses após a transação com a RMB. Batizada em homenagem ao imigrante que fundara o negócio (a palavra Yoki é resultante da soma das primeiras silabas do nome Yoshizo Kitano), a empresa estava voltada ao mercado de farinhas e produtos de milho, e também viu na recompra da marca sua chance de ocuparse novamente da venda de especiarias e chás, produtos com os quais havia se consagrado. O peculiar negócio foi fechado em 1997, recolocando a Kitano sob o controle de seus fundadores. Desde então, a Yoki vem investindo em uma série de relançamentos para aproveitar a força do nome Kitano. Após dezesseis anos longe das gôndolas, a linha de chás Kitano, por exemplo, está voltando ao mercado. “No momento em que a empresa completa 45 anos, resgatar o direito da marca no segmento de chás tem sabor especial, que vai além da lucratividade”, diz Gabriel Cherubini, vicepresidente da Yoki. A satisfação do executivo se justifica pelo fato de a Kitano ter sido uma das pioneiras na fabricação de chás no Brasil. Na década de 80, a empresa liderava o setor com 40%

Briga contra a pulverização

HOT STAMPING – Família de especiarias ganhou rótulos com acabamento especial

Zauberas e Associados (11) 3884-8208 [email protected]

EDIÇÕES ESPECIAIS – Observação dos costumes brasileiros

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Em outro mercado-chave, o de especiarias, as embalagens da Kitano também revelam zelo visual. De fabricação própria, os frascos de PET destinados a essa linha de produtos foram repaginados recentemente. Para disputar atenção e se diferenciar num segmento pulverizado por marcas regionais e vendas a granel,

eles receberam o incremento de rótulos com aplicações de hot-stamping, imprimindo uma imagem moderna numa categoria considerada clássica. O layout também ficou a cargo da Zauberas e Associados. “Já antes de a Kitano ir para as mãos da RMB, a marca ocupava a liderança no mercado de condimentos, e fazia parte do cotidiano da dona de casa”, lembra Gabriel Cherubini. O retorno bem-sucedido, no entanto, não é explicado apenas pela afetividade dos consumidores. Apenas um ano após o relançamento da marca pela Yoki, a linha de produtos saltou de onze para 46. Com uma estratégia também forte de verticalização produtiva, que inclui a fabricação interna de praticamente todas as estruturas flexíveis usadas no empacotamento de seus produtos, a empresa conta com uma equipe de desenvolvimento de embalagens assessorada por uma engenharia de alimentos na parte técnica dos trabalhos. Além de debruçar-se sobre a tática da verticalização, a empresa tem investido em edições especiais comemorativas a datas festivas, em especial as festas juninas. Atitudes como essa, de observação dos costumes dos consumidores brasileiros, projetaram o milho de pipoca Yoki e outros produtos granulados da empresa à disputa da liderança de suas respectivas categorias. “Após tantos anos, outros líderes do segmento já estavam consolidados, mas com a força da marca e nossa experiência conseguimos ampliar o espaço da empresa em todo o Brasil”, comemora Cherubini.

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

do mercado de naturais. A volta ao segmento, que hoje movimenta 194 milhões de reais e mais de 7 000 toneladas, só não havia ocorrido antes porque a linha de chás Kitano não foi readquirida junto com as demais famílias de produto. Para beneficiar marcas concorrentes, ela permaneceu esses anos todos inativa, e a Yoki só conseguiu recomprá-la da Unilever em 2003. O negócio congregou também a marca Lin Tea, hoje posicionada numa faixa mais popular de mercado. De lá para cá a Yoki veio amadurecendo o projeto de retomar a produção dos chás Kitano, que agora chegam para disputar um segmento sofisticado do setor. O visual das embalagens condiz com tal estratégia. Num projeto gráfico desenvolvido pela agência Zauberas e Associados, os produtos estrearam com o nome Kitano destacado e modernizado. Além disso, cada sabor ganhou identidade própria, em que as tradicionais xícaras de chás foram eliminadas, dando lugar a desenhos reestilizados. Nesse processo, uma das preocupações foi preservar equities e elementos de identificação da antiga linha, como a cor amarela, procurando reavivar a memória dos antigos consumidores. As caixinhas, com quinze saquinhos, trazem ainda textos laterais com detalhes sobre cada chá e, nas abas, sugestões acerca da melhor forma de preparar a bebida.

52 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

plásticos >>> inovação

Nem parece de sapato Coleção de embalagens de polipropileno é apresentada a fabricantes de calçados

A

o lado das tendências de design, materiais e processos produtivos, a Francal, maior feira da indústria calçadista brasileira, apresentou em sua última edição, realizada em julho em São Paulo, uma peculiar coleção de embalagens. Entre tampas com o formato de uma sela de cavalo, recipientes adornados com pedras cintilantes ou inspirados em lúdicos barquinhos, o projeto buscou demonstrar as possibilidades do polipropileno (PP) como material de embalagens plásticas para calçados masculinos, femininos e infantis. O lançamento foi levado à Francal numa iniciativa encabeçada pela Polibrasil. Considerada a maior produtora de PP da América Latina, a empresa, formada pela associação entre a Suzano Petroquímica e a Basell Polyolefins, pretende responder por 10% do mercado brasileiro de embalagens para calçados em um ano. Nos cálculos de

Carlos Belli, diretor comercial da Polibrasil, tal participação representaria a transformação de 800 toneladas de PP por mês. Batizado de Coleção Polibrasil Calçados, o projeto foi desenvolvido em parceria com cinco fabricantes de embalagem (Antilhas, Exapack, Confetti, Stillo Pack e Rigesa). A Assintecal – Associação Brasileira de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, a consultoria FuturePack e a agência Packing Design também participaram da iniciativa. De acordo com Roberto Ribeiro, gerente de marketing da Polibrasil, o PP agrega valor e abre novas possibilidades, criando um conceito pouco explorado de acondicionamento para calçados. “O objetivo do projeto é tratar a embalagem como componente integral do calçado, de modo a gerar uma mudança no comportamento dos consumidores”, completa Ribeiro.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

DIVERSIFICAÇÃO – Projeto encabeçado pela Polibrasil visa demonstrar transparência e novas possibilidades de formato do PP para caixas de calçados

54 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

Acompanho há anos a trajetória de EmbalagemMarca, sem dúvida uma referência para quem atua no mercado de embalagens, da criação à produção. A revista traz sempre bons artigos sobre o desenvolvimento de projetos, informações técnicas claras e as últimas novidades na área. Para designers e convertedores, é uma revista indispensável, que coleciono e recomendo sempre aos meus alunos, na Cadeira de Projetos de Embalagens da UFRJ.

Além da divulgação durante a Francal 2005, os modelos de embalagens que compõem a Coleção Polibrasil Calçados estão sendo mostrados na 4ª Maratona Tecnológica para Calçados e Componentes. O evento é organizado pela Assintecal, e percorrerá catorze pólos calçadistas brasileiros durante os meses de agosto e setembro. “Nossa expectativa é que quatro mil empresários do setor tenham acesso à coleção”, anima-se Roberto Ribeiro.

PP x cartão O interesse da Polibrasil no mercado de calçados abre a possibilidade de uma nova disputa de materiais de embalagem. Num setor dominado por sistemas de acondicionamento celulósicos, as embalagens plásticas surgem com o apelo da transparência e da reutilização, este mais evidente no caso das embalagens infantis, muitas vezes desenvolvidas para servir de brinquedo às crianças. Embora não sejam diáfanos, materiais celulósicos, especialmente o papel cartão, também buscam explorar o mercado de calçados (ver quadro), e não faltam motivos para que a cadeia de embalagens queira elevar as caixas de sapatos, tênis e sandálias à categoria de itens de decisão de compra, tirando-as dos depósitos empoeirados e colocando-as às vistas dos consumidores. Terceiro maior produtor do mundo, atrás apenas da China e da Índia, o Brasil conta com 7,5 mil fabricantes, que produzem a cada ano mais de 800 milhões de pares de calçados, movimentando 7 bilhões de dólares.

Fonte de inspiração? A iniciativa da Polibrasil confirma uma vez mais a tese de que idéias criativas em design de embalagens podem ser adequadas a diferentes materiais. Comprovando esse fato, a Coleção Polibrasil Calçados pode ser vista como uma reedição, devidamente adaptada ao polipropileno, de ação mercadológica semelhante movida em 2003 pelo papel cartão, com o título de Coleção Ripasa Calçados. Da mesma forma que a Polibrasil agora, a Ripasa lançou naquela ocasião uma variada série de embalagens promocionais criadas especialmente para o setor calçadista. Igualmente, convocou diferentes gráficas para a parceria de produção dos protótipos, cujo design, embora desenvolvido pela mesma agência, explora as diferenças de projeto e de grafismos que cada material permite e acata aquelas que impõe. Mesmo a oportunidade de apresentação não diverge agora da anterior, então um fórum de design de materiais para calçados também promovido pela Assintecal. Os agentes de ambas as ações são quase que os mesmos: a agência Packing Design, a consultora Assunta Camilo, antes gerente de desenvolvimento de produto e de mercado da Ripasa e hoje diretora da FuturePack. Já a Ripasa foi recentemente adquirida pela VCP e pela Suzano, que controla a Polibrasil.

CELULÓSICAS – Embalagens de cartão lançadas pela Ripasa em 2003 também buscam acrescentar inovação ao mercado de calçados

56 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

Antilhas (11) 4152-1100 www.antilhas.com.br Confetti (11) 5696-3600 www.confetti.com.br Exapack (11) 4784-1566 www.exapack.com.br FuturePack (11) 4195-9406 [email protected] Packing (11) 3074-6611 www.packing.com.br Polibrasil (11) 3345-5900 www.polibrasil.com.br Rigesa (19) 3869-9300 www.rigesa.com.br Ripasa 0800-113257 www.ripasa.com.br Stillo Pack (11) 3333-7462

Balanço positivo

Bienal a partir deste ano, a Label Latinoamerica – Feira Internacional de Etiquetas Adesivas teve sua segunda edição realizada em São Paulo, no Expomart, entre os dias 28 de junho e 1º 1 de julho últimos. Segundo a Compacta, empresa organizadora, o evento contou com 82 expositores, 52 estandes ocupados e mais de 8 000 visitantes. O balanço foi positivo na visão de Eduardo Chéde, diretor da Marte Rótulos Especiais e promotor da feira ao lado de Caio de Alcântara Machado Junior, presidente da Compacta. “Ficamos satisfeitos por não ter havido queda no número de expositores em relação à primeira edição, que foi realizada no ano passado”, fala Chéde. Ex-presidente da Abiea (Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas), Eduardo Chéde reconheceu que a Label Latinoamerica perdeu importantes expositores este ano, principalmente na área de papéis. Mas afirma que o foco no mercado de equipamentos foi aumentado. De fato, empresas como a Betaflex, fabricante de impressoras flexográficas, e a Reflexo Indústria e Comércio de Máquinas mostraramse satisfeitas com o evento. “Nos últimos dois anos, crescemos mais de 50% com ajuda da 1ª e 2ª edição da feira”, afirma Luiz Carlos Moreno, gerente da Betaflex. “Houve muito interesse na máquina Reflexo 160, principal novidade apresentada este ano em nosso estande”, acrescenta Reinaldo Suzano, da Reflexo. A seguir, EMBALAGEMMARCA destaca outras novidades apresentadas pelos expositores da 2ª Label Latinoamerica.

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Conformação garantida Na área de rótulos termoretráteis, o Grupo Furnax apresentou um filme de PVC com taxa de encolhimento de até 62%. Para divulgar o produto, a empresa distribuiu uma embalagem promocional de uma bebida ice fornecida pela Indústria de Bebidas Aliança, de Analândia (SP). A garrafa foi rotulada numa parceria entre a Furnax, a Esper e o Grupo Clicherlux. Importado de Taiwan, o substrato de PVC tem espessura de 45 micra, e é vendido em

bobinas de 500 milímetros de largura, cujo peso varia de 46,5 quilos (filme balão) a 56 quilos (filme plano) “O produto tem alta tecnologia de conformação, e é fornecido por um dos mais conceituados fabricantes asiáticos”, diz Roberto Guarnieri, gerente comercial da Furnax. www.esper.com (19) 3459-5000 www.furnax.com.br (11) 3277-5658 www.grupoclicherlux.com.br (19) 3869-4333

Para rótulos digitais, PP especial A Gumtac trouxe seus novos filmes de polipropileno (PP) transparente e branco específicos para impressão digital de rótulos e etiquetas. Laminados pela própria empresa com adesivo acrílico de alto tack e liner de papel glassine siliconizado, os substratos apresentam forças de release constantes mesmo para altas velocidades de rotulagem, e já foram

homologados pela HP para utilização na linha Indigo de impressoras digitais. “Os produtos garantem alto desempenho em aplicações de impressão digital, bastando colocar na máquina e rodar”, resume Vicente Avellar, gerente de produtos da Gumtac. Segundo o executivo, a ancoragem de tinta é perfeita mesmo sem a aplicação de qualquer primer. Avellar acrescenta que tais características geram “grande ganho de produtividade e uniformidade”. Entre os adeptos da nova linha de filmes está a gráfica Setprint. www.gumtac.com.br (21) 2450-9707 www.setprint.com.br (11) 2133-0007

Aumentando o escopo de atuação A fabricante de tintas KZZ, com sede em Diadema (SP), anunciou a inauguração de uma filial em Goiânia (GO). Com 1 200 metros quadrados, a unidade tem capacidade de produção de 150 toneladas de

tinta por mês, e foi planejada para atender a região que compreende Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, norte de Minas, e os Estados do Norte e do Nordeste do país. www.kzztintas.com.br (62) 3204-1860

Os lances do setor de insumos Na seara de especialidades químicas para laminação de rótulos auto-adesivos, a Colacril lançou na Label Latinoamerica os adesivos ADC 1000, para uso em baixas temperaturas, e ADC 1200, para altas temperaturas. Já a Basf apresentou as famílias Acronal BV 210 e Acronal BV 217. A primeira foi desenvolvida para atender as exigências de laminadores que trabalham com velocidades superiores a 300 metros por minuto. Segundo a empresa, o produto apresenta bom nivelamento e ancoragem sobre diversos substratos. Indicada para laminadores que operam a velocidades de até 300 metros por minuto, a linha Acronal BV 217 tem boa solubilidade em água. Por sua vez, a Cytec apresentou uma resina de poliuretano com a marca Conoptic (foto). De acordo com Moracy Milan, da divisão Conap da Cytec, o produto é específico para recobrimento de etiquetas e emblemas. Fornecedora de adesivos de alta performance usados no ônibus espacial Discovery, a empresa também trouxe à feira sua ampla linha de selantes industriais, com destaque para a família de adesivos acrílicos Gelva, da qual faz parte o multipolímero GME3196 Acqua Clear. Voltado para rótulos de bebidas, cosméticos e farmacêuticos, o produto apresenta grande resistência a pasteurização, informa Veruschka Castro, representante de vendas da Cytec. www.basf.com.br • (11) 4343-2550 www.colacril.com.br • (44) 3518-3500 www.cytec.com • (11) 3038-0825

60 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

Nos bastidores dos códigos de barra Especializada em fitas de impressão para etiquetas de código de barras, a Mastercorp Group participou da Label Latino America com a intenção de fortalecer no mercado nacional sua linha Profilm Ribbon. A empresa afirma que, durante o evento, consolidou negócios estimados em 1,2 milhão de reais, além de ter fechado contratos de fornecimento da linha TTR Profilm (foto 1) que ultrapassaram o valor de 10 milhões de reais para os próximos

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doze meses. A Mastercorp também comemorou novas parcerias com seus canais, entre eles as distribuidoras Car Polônio, Versátil, Tape Sul e Etitec. Outra provedora de suprimentos para impressão de códigos de barra, a Facislito aproveitou a Label Latinoamerica para anunciar a duplicação de sua capacidade produtiva de ribbons de cera. Com a aquisição de um novo equipamento, no valor de 950 mil reais, a empresa afirma estar apta a produzir mensalmente 300 milhões de metros de fita de termotransferência para impressão de códigos de barra. “Agora somos o maior fabricante desse produto na América Latina”, afirma Fábio Grossmann, diretorpresidente da empresa. Além de ribbons, a Facislito comercializa leitoras e impressoras de códigos de barra (foto 2). Em seu faturamento anual, 25% corresponderam às vendas de fitas de transferência térmica. www.facislito.com.br (11) 3257-5577 www.mastercorp.com.br (41) 2102-3000

MD mira cada vez mais auto-adesivos A MD Papéis divulgou sua linha Liner Auto Adesivos, composta por dois tipos de papéis supercalandrados com superfície apta para diversos processos de siliconização. O primeiro é o Adcraft, desenvolvido para aplicações como liner na confecção de etiquetas, filmes e fitas adesivas. Por sua vez, o papel Cromosil é indicado como liner para fitilhos usados em produtos de higiene íntima ez envelopes auto-adesivos, entre outras aplicações. Também atuando com papéis glassines para embalagens flexíveis e filtros descartáveis para café, a empresa, que completa 115 anos em setembro próximo, pre-

tende investir 14 milhões de reais na expansão de sua linha de produtos até o final de 2005. www.mdpapeis.com.br (11) 4441-7800

Novas máquinas privilegiam label coating system A Blumak trouxe ao Brasil a linha de equipamentos do grupo italiano Demak, que possui laboratórios de produção de poliuretano, e também é especializado na fabricação de máquinas de resinar rótulos e etiquetas (label coating system). Entre os produtos importados há a Demak LCE Start-up, equipada com dois tanques para a desgaseificação e desumidificação da resina, além da Demak LCE Supporter Junior Vacuum, que possui sistema automático de limpeza e possibilita a atuação de até dez bicos injetores. Segundo a empresa, a aplicação de resina de poliuretano em rótulos e etiquetas já impressas gera uma camada protetora com transparência, brilho e resistência a intempéries. A Blumak acrescenta que a etiqueta resinada também fica mais resistente a atrito, ganhando durabilidade.

Solução high-tech de chapas térmicas A gaúcha Box Print Grupograf, instalada em Campo Bom, RS, realizou novo investimento em atualização tecnológica. A empresa instalou o CtP Xpose! 160 Dual, fabricado pela suíça Lüscher e vendido no Brasil pela Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos. Na definição da Gutenberg o produto é recordista em velocidade na produção de chapas térmicas, e foi configurado na Box Print com todos os opcionais disponíveis. Com o investimento no CtP Xpose, a Box Print se define como a primeira empresa do setor a gravar simultaneamente duas chapas nos formatos folha inteira e dobro da folha inteira. Segundo a

Gutenberg, a gravação é executada com alta qualidade na formação de pontos, permitindo fugir das limitações de angulação na quadricromia. www.boxprint.com.br (51) 598 1311 www.gutenberg.com.br (11) 3225-4373

Grandes formatos no alvo da Xerox A Xerox lançou a plotter digital colorida 8160/8142, que tem capacidade para imprimir documentos com largura de 42 ou 60 polegadas. O modelo é voltado à produção de pôsteres, materiais de ponto-de-venda, banners e letreiros, e imprime até 14 metros quadrados por hora. “Esse equipamento tem como alvo as empresas de comunicação gráfica preocupadas

com qualidade de imagem e alta velocidade de impressão”, afirma Raquel Fraga, gerente de produtos para o mercado de grandes formatos da Xerox, acrescentando que os recentes lançamentos nesse segmento refletem a migração para a impressão descentralizada, acompanhada da tendência de produção digital e local. www.xerox.com.br • 0800-991234

www.blumak.com.br (11) 3338-2722

Novidades de feira americana antecipadas pela Flint Ink A fabricante de tintas Flint Ink participará da feira Print 05 / Converting 05, que será realizada em Chicago, Estados Unidos, de 9 a 15 de setembro. Entre os produtos que serão apresentados pela empresa está a

62 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

linha ArrowStar para impressoras planas. Voltada a várias aplicações no mercado de impressão e conversão de embalagem, o produto tem entre suas vantagens a rápida secagem. Outra família que a Flint Ink irá expor

no evento é a de tintas UV Arrowlith, de secagem com luz ultravioleta, que imprime imagens brilhantes sobre substratos supercalandrados. www.flintink.com (11) 4613-5287

Hot-melt para aplicações críticas A Gafor Distribuidora ampliou seu estoque de papéis e filmes auto-adesivos para pronta-entrega. Entre os produtos contemplados pela estratégia está a linha de especialidades químicas da italiana Arconvert e o adesivo TT1, da Manter, empresa pertencente ao Grupo Fedrigoni (o mesmo da Arconvert). Do tipo hot-melt, o produto é recomendado para etiquetas de uso industrial e para rótulos de alimentos refrigerados. “O TT1 é adequado para aplicações críticas em superfícies que exigem maior resistência a baixas temperaturas”, descreve Roselene Martins,

gerente de negócios da empresa. Segundo a executiva, o produto já é utilizado por grandes frigoríficos nas etiquetas de identificação de seus alimentos. “Porém, ele chegava ao país somente através de importação direta com a Manter. Agora, com nosso estoque local, pretendemos atender outros mercados, incluindo pequenos frigoríficos, de forma mais ágil”, adianta Roselene. Em seus cálculos, o mercado brasileiro de etiquetas resistentes a baixas temperaturas movimenta mais de 1 milhão de metros quadrados, e a região Sul é responsável por cerca de 40% de tal demanda. A meta é que o TT1 represente, até 2006, 20% das vendas do mix de produtos da distribuidora. Roselene Martins acrescenta que a Gafor lançou também recentemente o Polietileno Transparente Fosco e o SecurtacK - rótulo para lacres invioláveis. De acordo com a empresa, o mercado de filmes e papéis auto-adesivos movimenta anualmente cerca de 4,4 bilhões de dólares na América Latina. (11) 3046-9090 www.gafor.com.br

Vitopel bate o martelo pela Votocel A Votorantim anunciou no dia 13 de junho último a conclusão das negociações para transferência dos ativos da Votocel, unidade do grupo voltada ao mercado de filme de polipropileno biorientado (BOPP), para a Vitopel. Segundo a empresa, a venda foi fechada em 120 milhões de dólares. Controlados até então pela Empresa Brasileira de Filmes Flexíveis (EBFF), do Grupo Votorantim, os ativos do negócio Votocel só passarão definitivamente para a Vitopel após a transação ser aprovada pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC). Fundada na Argentina em 1988, a Vitopel começou a atuar no Brasil em 1990. Sete anos mais tarde iniciou suas operações no Pólo Petroquímico de Mauá (SP). Nos últimos cinco anos,

a empresa quadruplicou suas exportações, consolidando a meta de ser um dos maiores produtores de BOPP para rótulos do Mercosul. De acordo com a Votorantim, a venda de sua unidade de filmes flexíveis faz parte da estratégia de “rever o portfolio, fortalecendo e investindo nos negócios considerados focos principais”. Fundada em 1918, a Votorantim é um dos maiores conglomerados industriais brasileiros, atuando nos mercados de cimento, celulose e papel, metais, química, agroindústria, energia e finanças. Possui 28 mil funcionários, sendo dois mil no exterior. Em 2004 o faturamento líquido do Grupo Votorantim foi de 6,3 bilhões de dólares. www.vitopel.com.br • (11) 3089-5476 www.votocel.com.br • (15) 3242-9800

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Polibrasil

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64 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

Almanaque

Uma das cervejas mais tradicionais da Bélgica, país que abriga 11 milhões de habitantes e mais de 600 marcas da bebida, a Stella Artois recentemente começou a ser fabricada no Brasil. Figurando entre as três cervejas globais da InBev, ao lado da Beck’s e da brasileira Brahma, a Stella Artois teve sua história iniciada em 1366. Foi quando a cervejaria Den Hoorn instalou-se em Leuven, cidade belga que ainda abriga a principal fábrica de Stella Artois do mundo, e também se orgulha por sediar desde 1425 uma universidade conhecida por estudos envolvendo novas fórmulas de cerveja. A cervejaria Den Hoorn, porém, só passou a se chamar Artois no início do século XVIII, ao ser comprada pelo mestre cervejeiro Sebastian Artois. O prenome Stella é mais recente: foi adotado em 1926. Isso aconteceu no Natal daquele ano, quando foi lançada uma edição especial da cerveja Artois. Mais clara que as demais, a bebida foi associada a um dos símbolos natalinos – stella significa estrela em latim. No Brasil, a marca inicialmente será vendida na versão chope.

Quem foi Fernando Pini Neste mês de agosto, quando se abrem as inscrições para o Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica, da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, é possível que alguém se pergunte quem foi a pessoa que dá nome a essa que é a mais importante prêmiação do setor no Brasil. Ele foi, simplesmente, seu idealizador e um dos mais expressivos técnicos em artes gráficas da América Latina. Entre suas múltiplas atividades na área, atuou como assessor técnico da Escola Senai Theobaldo de Nigris, foi diretor de tecnologia da ABTG e coordenador do Círculo Iberoamericano de Formação em Artes Gráficas (Cifag), órgão

LIVRO ABIGRAF 40 ANOS

Estrela belga

criado pela Confederação Latinoamericana da Indústria Gráfica (Conlatingraf). Morreu com 36 anos de idade, em 1995, já com renome internacional. O prêmio, criado em 1990, passou então a ter o seu nome. (Fonte: Revista Abigraf nº 157, março/abril 1995)

Da beira de estrada para o mundo A tampa Abre-Fácil para latas e copos, que dispensa instrumentos para ser aberta, tem sua origem ligada a uma criação brasileira em embalagem: o copo reutilizável de vidro. Este foi idealizado por Plínio de Paula Ramos (1927-1999), um vendedor da vidraria Nadir Figueiredo, mais de cinqüenta anos atrás. Ele imaginou a solução ao observar que nas vendas de beira de estrada as pessoas tomavam água em latas de extrato de toma-

te, como se fossem canecas. “Por que não copos?”, pensou. Depois de quatro anos de tentativas, a novidade estreou na década de 1950, com geléias da Cica. Tinha na borda uma virola, como as garrafas de cerveja, para permitir a recravação ds tampa – da Metalgráfica Rojek, que apostou na idéia e hoje tem a patente mundial da Abre-Fácil, comercializada, sobretudo em latas, em diversos países com o nome de dot top, em inglês.

Você sabia?

• O nome da maionese foi dado na ocasião de sua criação, em 1756, pelo inventor do molho, o chefe de cozinha do Duque de Richelieu. Era uma homenagem à vitória do duque francês sobre os ingleses na batalha do Porto de Mahon, de onde se originou “mahonnaise”.

66 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

• Já o nome do destilado francês calvados, obtido da sidra, derivaria de El Calvador, navio integrante da Invencível Armada espanhola que naufragou em 1588 num ponto da costa da Normandia. A carcaça encalhada da embarcação virou referência para os apreciadores da bebida produzida na região.

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