Revista Embalagemmarca 092 - Abril 2007

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  • Pages: 52
www.embalagemmarca.com.br

A embalagem como negócio

R

Wilson Palhares

O PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM segue os mesmos parâmetros da revista, ao ver a embalagem de forma sistêmica e abrangente

egistramos aqui nossa satisfação com a excelente receptividade que teve o lançamento do PRÊMIO E MBALAGEM M ARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM. Ficamos especialmente satisfeitos porque, de modo geral, o mercado percebeu que esta premiação não veio para conflitar com outras já existentes. Como explicitado em seu regulamento e nas peças de apresentação, o prêmio difere de outros por não se fixar no destaque a aspectos isolados das embalagens, como o material de que são feitas, um ou outro de seus complementos ou,

A mais completa fonte de referência sobre flexografia em língua portuguesa.

240 páginas

Informações e vendas: [email protected]

ainda, seu design. Evidentemente, sempre que merecedores, louvamos todos esses aspectos e as homenagens que as premiações fazem a eles – e as páginas de EMBALAGEMMARCA, em seus quase oito anos de vida, dão um testemunho vivo de nosso firme apoio a tais iniciativas. Para não conflitar com elas, e por entendermos que embalagens são feitas para atender a objetivos estratégicos, organizamos um prêmio diferente. Assim, imprimimos ao concurso que estamos promovendo os mesmos parâmetros que orientam o conteúdo editorial da revista.

Segundo esses parâmetros, a relação entre fabricantes, usuários, distribuidores e consumidores de embalagens deve ser vista sob os ângulos que mais interessam às empresas e aos consumidores: o dos custos, o da eficiência nas linhas, o da inovação técnica e visual, o do giro no ponto-devenda, o da satisfação de quem compra, o do impacto ambiental antes e depois do uso. Em síntese, no PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM a embalagem é vista de forma abrangente e sistêmica. Vale dizer: é vista como negócio. Inscreva os seus cases. Até maio.

nº 92 • abril 2007

12 18

Prêmio

PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM é recebido com efusividade pelo mercado

Reportagem de capa: Cosméticos Com maior oferta e mais usuários, frascos plásticos do tipo soft touch ganham evidência no acondicionamento de produtos de cuidados pessoais e cosméticos

30 34

Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

Marketing

Reportagem

Páscoa mostra que indústria de embalagens pode contribuir com os fabricantes de chocolate ao inovar em formatos

[email protected]

Flávio Palhares [email protected]

Guilherme Kamio [email protected]

Leandro Haberli Silva [email protected]

Entrevista: Patrick Guedj

Marcella de Freitas Monteiro [email protected]

Diretor de criação da Kenzo Parfums fala sobre integração entre embalagem e produto

Departamento de Arte [email protected]

Carlos Gustavo Curado José Hiroshi Taniguti Administração Eunice Fruet Marcos Palhares Departamento Comercial [email protected]

Karin Trojan Wagner Ferreira

40 24 25

Logística

Transporte de produtos perigosos sofre nova revisão de exigências quanto à embalagem

Design

Nova empresa pretende exporar o campo da pesquisa de design

42 48

Circulação e Assinaturas Raquel V. Pereira

Vidro

Coca-Cola ambiciona ganhar mercado adotando garrafa de vidro para o energético Burn

[email protected] Assinatura anual: R$ 99,00

Público-Alvo

Plásticas

EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Pequenos lotes sem impressão tornam stand-up pouch viável para pequenos e médios clientes

Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

Filiada ao

3

Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

6

Espaço Aberto

Impressão: Congraf Tel.: (11) 3103-0300

Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

8

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

Destaques e idéias de mercados estrangeiros

28 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

44 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

50 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

FOTO DE CAPA: STUDIO AG / ANDRÉ GODOY

14 Internacional

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

sobre a cachaça ultrapremium Sagatiba Preciosa (EMBALAGEMMARCA nº 90, fevereiro de 2007). O leitor pôde perceber não só a importância de uma embalagem sofisticada no lançamento de um produto exclusivo como este, como também acompanhou a história de uma cachaça que representa o melhor do Brasil no exterior. Flavio Sampaio Assessor de comunicação da Sagatiba Máquina da Notícia São Paulo, SP

Caixas da Lux Luxo

N

uero parabenizar toda a equipe pela qualidade da revista e das matérias que publica. EMBALAGEMMARCA desde muito tempo passou a ser uma referência no mercado. Moacyr Alves Gestor Nacional de Vendas Águas Prata Ltda. Águas da Prata, SP

a edição de março último, notamos que na reportagem sobre as caixas de sabonete não foi citado o nome da Ibema, que é o fornecedor exclusivo da linha Lux luxo. Ao contrário, foram citados apenas os nomes de nossos concorrentes. Fernando Wagner Sandri Gerente de desenvolvimento de mercado Ibema Cia. Brasileira de Papel Ponta Grossa, PR

Leitor se encontra

Almanaque

m nome da Global Gate do Brasil Ltda. venho dar parabéns à excelente revista que é EMBALAGEMMARCA, indispensável para empresas que trabalham com desenvolvimento de produtos. Sou recém-formado na área de comércio exterior, de onde me desviei para a área de desenvolvimento de produtos em empresa da qual sou diretor industrial. Encontrava-me meio perdido, ainda sem muito conhecimento sobre tipos de embalagens e fornecedores. Mas com uma revista como essa não faltam informações. Tendo visto o potencial da revista hoje faço parte de seu quadro de assinantes. Anderson Buttke Diretor industrial Global Gate do Brasil Joinville, SC

a condição de professor e profissional de marketing tenho utilizado boa parte das matérias publicadas em EMBALAGEMMARCA. Chama a minha atenção a seção Almanaque, por trazer dados curiosos sobre produtos e anúncios, revivendo a história de nosso mercado. É uma bela contribuição à memória do marketing e da comunicação. Por essa razão, gostaria de sugerir que todo esse material fosse reunido em livro da própria empresa. Estou certo de que o meio acadêmico e os profissionais do mercado irão agradecer por essa iniciativa. Merhy Seba Gerente de Marketing São Francisco Gráfica e Editora Ribeirão Preto, SP

Referência no mercado

Q

E

Importância percebida

G

ostaria de parabenizar a revista pela matéria “Preciosidade para poucos”,

6 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

N

N. da R. – Agradecemos a opinião e a sugestão. Já publicamos uma Edição Especial de Almanaque, com a reprodução de páginas que saem

mensalmente na revista. Uma próxima sairá em breve, e outras serão editadas oportunamente.

Cooler da Sol

S

olicito uma retificação na reportagem Sol com gelo e preço (EMBALAGEMMARCA nº 91, março de 2007). A embalagem de 18 latas da Sol foi desenvolvida pelo Departamento de Desenvolvimento de Embalagens da MeadWestvaco Sistemas de Embalagens e não pela Rigesa. Por uma questão administrativa, nossa razão social aparece como Rigesa, porém nossa divisão não trabalha com os produtos desta empresa, pertencente também ao Grupo MeadWestvaco. Todas as embalagens cartonadas desenvolvidas para a área de bebidas começam na nossa divisão, como esta de 18 latas e também a lançada com a Sol com 6 garrafas de 250ml. Em vez de Rigesa o crédito deve ser dado a MeadWestvaco Sistemas de Embalagens, tel. (11) 3048-9394, email [email protected] Mario Rulli Gerente de contas MeadWestvaco Sistemas de Embalagens São Paulo, SP

APOIO DA SUZANO PETROQUÍMICA Na reportagem “Conteúdo enobrecido” (página 56, edição 91) informamos erroneamente que a Suzano Petroquímica bancou 50% do valor de produção dos moldes do frasco de polipropileno das caldas doces do restaurante Bazzar. Na verdade, o apoio da Suzano limitou-se à assistência técnica para o desenvolvimento do produto.

Cartas para EMBALAGEMMARCA Redação: Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel (11) 5181-6533 Fax (11) 5182-9463

[email protected]

Suco, um maná da longa vida Duas novas linhas de bebidas recorrem à Tetra Pak

Daz Escritório de Design (54) 3451-2001 [email protected] New Hot Shop (31) 2108-2222 www.newhotshop.com.br Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

A Pif Paf Alimentos, dona dos Sucos Tial, aposta no segmento de bebidas prontas e coloca no mercado o misto de frutas Máximo!. O produto é envasado em embalagens cartonadas assépticas da Tetra Pak, de 200 mililitros e de 1 litro, com design desenvolvido pela New Hot Shop. Outra empresa que escolheu as caixinhas de 200 mililitros e de 1 litro da empresa sueca para

embalar seus sucos foi a Natural Products, com a marca Suvalan. As embalagens têm o design criado pela Daz.

Saúde em vidro e em latas de aço Linha de atomatados da Siol estréia com variedade em embalagens A Siol Alimentos, que atua no mercado de óleos, maioneses e gorduras, ingressa no segmento de derivados de tomates. Os molhos e extratos têm a marca Saúde. Os produtos são apresentados em embalagens de vidro e em latas de aço. Os potes

e copos, fornecidos respectivamente pela Owens-Illinois e pela Nadir Figueiredo, têm rótulos de papel impressos pela Gráfica Capuano e tampas abre-fácil da Rojek. As latas são produzidas pela Prada e pela Iguaçu. A arte das embalagens é da DBox Design e da SPO+Pantani.

DBox Design (11) 3721-4509 www.dboxdesign.com.br

Metalgráfica Rojek (11) 4447-7900 www.rojek.com.br

Owens-Illinois do Brasil (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br

Metalgráfica Iguaçu (11) 3078-8499 www.metaliguaçu.com.br

Nadir Figueiredo 0800 55 20 10 www.nadir.com.br

Prada (11) 5682-1000 www.cabenalata.com.br

SPO+Pantani (11) 3169-9166 www.spodesign.com.br

Edição: Flávio Palhares

Cristal Embalagens (48) 3434-8000 Spice Design (11) 6977-2203 www.spice.com.br

Frutas secas em embalagens flexíveis FruitCo é a nova marca da Vale do Rio Pardo Alimentos A Spice Design foi a agência escolhida pela Vale do Rio Pardo Alimentos para criar nome, identidade visual, embalagens e material de ponto-de-venda de uma linha de frutas secas lançada em março. São pacotinhos de 35, 40 e 50 gramas em nove sabores de frutas: banana, maçã, melão, abacaxi, goiaba, mamão, manga, caqui e pêra. As embalagens foram produzidas

em cores diferentes para contrastar com cada variedade de fruta. Foi utilizado na produção filme PET metalizado, laminado com polietileno (PE), material que funciona como barreira à luz natural e gera maior proteção ao produto. Após a impressão, a embalagem recebeu nova laminação em PET, a fim de acentuar o brilho. O fornecedor é a Cristal Embalagens.

Adria renova linha Due Biscoitos ganham novos sabores B+G Designers (11) 5051-1446 www.bmaisg.com.br Itap Bemis (11) 5515-1177 www.dixietoga.com.br

A B+G Designers desenvolveu o layout das embalagens do novo lançamento da Adria: o Due, linha de biscoitos que combinam dois sabores diferentes. As embalagens apresentam o fundo azul – já habitual nos bis-

coitos Adria – metalizado e destacam o logo Due através de um contorno dourado. Os biscoitos vêm envolvidos em um filme metalizado fornecido e impresso em rotogravura pela Itap Bemis.

Edição: Flávio Palhares

Divisão e inovação Novo Molico separa calda e iogurte em pote termoformado com divisória O Molico Iogurte + Calda de Frutas Vermelhas, lançamento da linha light de iogurtes da Nestlé DPA (área de refrigerados da multinacional), inova na embalagem. O recipiente tem formato prático com uma divisória que separa o iogurte desnatado da calda de frutas. Cada unidade do combinado é apresentada em embalagem de 150g. O design foi criado na própria Nestlé. A embalagem de poliestireno é moldada na fábrica da empresa. As tampas, produzidas pela Alcan Packaging, são feitas de filme de poliéster e alumínio.

Igel (11) 4071-9999 www.igel.com.br Narita Design (11) 3167-0911 www.naritadesign.com.br Plastek (19) 3885-8200 www.plastekbrasil.com.br Sinimplast (11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

Cresce a família Toddy Mix da marca tem novo pote e caixinha A Pepsico incrementa a linha Toddy com o Toddy 3 em 1, com aveia e polpa de frutas. O achocolatado é acondicionado em potes de polipropileno (PP) fornecidos pela Sinimplast. As tampas, também de PP, são produzidas pela Plastek, e os rótulos de papel impressos, pela Igel. Outra novidade é o Toddy Ice, em caixinhas Tetra Prisma de 200 mililitros, da Tetra Pak. O design das duas embalagens é da Narita Design.

Alcan Packaging (11) 4512-7000 www.alcan.com.br

Fotos remodelam a União Tradicional marca de açúcar agora tem sachês com imagens de pessoas A10 Design (11) 3845-3503 www.a10.com.br Jofer (18) 3643-4000 www.jofer.com.br Matflex (11) 2167-5000

A pedido da Nova América, a a10 Design redesenhou os sachês do açúcar União. As embalagens passaram para o formato slim, com o mesmo conteúdo da versão anterior (6 gramas). Em vez de fotos de situações de aplicação do açúcar, os sachês agora trazem imagens de pessoas, além de mensagens no verso que são partes do poema “Como viver duzentos anos”, criado para a última campanha de comunicação da marca. Os sachês de papel e polietileno são fornecidos pela Matflex e a caixa de papel cartão com 30 envelopes, vendida no varejo, pela Jofer. Outra novidade é a caixa de embarque das embalagens, for-

10 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

necidas pela Penha, que agora tem a opção de 5 quilos. Os sachês do açúcar União Light também estão no novo formato.

incentivo >>> premiação

Recepção calorosa Incentivos ao PRÊMIO EMBALAGEMMARCA reforçam certeza de sucesso

A

plausos, apoios, aprovação – e uma ou outra objeção. Ante a certeza dos responsáveis pelo Prêmio EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM de que a iniciativa será um grande sucesso e se transformará já em sua primeira edição numa das referências mais importantes do setor de embalagem no Brasil, surgiram umas poucas vozes contrárias. Eram previstas. Felizmente o número de incentivos veio em maior número, reforçando nossa confiança no investimento. Foi o que se poderia classificar como recepção calorosa. No entanto, não sendo dados a apostas, em vez de permanecermos “na torcida” para que as coisas dêem certo preferimos trabalhar para que isso aconteça. Mesmo assim, sabemos que somente o nosso trabalho solitário não basta para alcançar o êxito. Ele depende, assim como depende a própria existência da revista, do reconhecimento e do apoio do mercado à consolidação do prêmio. Por isso, aqui e em todas as oportunidades possíveis, não titubearemos em sugerir às empresas que tenham embalagens aptas a concorrer que as inscrevam. Profissionalmente, temos no dia-a-dia contato direto com um precioso manancial de embalagens que constituem cases exemplares de adequação de uso e desempenho mercadológico dessa extraordinária ferramenta de negócios. Para fazer a cada mês uma edição de EMBALAGEMMARCA, nossa equipe 12 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

se envolve em grande número desses cases, apresentados nas páginas da revista. No entanto, temos consciência de que possivelmente, dada sua ciclópica abrangência, não tomamos conhecimento de grande parte dos lançamentos e, sobretudo, de minúcias que podem fazer deles cases vencedores da promoção que arquitetamos. Aliás, essa é uma das razões por que a arquitetamos. A mera visualização de um frasco, de uma lata, de um pote, de uma garrafa ou de um cartucho no ponto-de-venda pode causar grande impacto na percepção do potencial consumidor. Mas certamente não é suficiente para revelar em quanto aquela leve mudança no grau de uma curva ou o afinamento milimétrico da espessura de uma parede, durante o projeto da embalagem, resultou em economia na produção ou na linha de enchimento. Enfim, há uma diferença enorme entre uma embalagem vista isoladamente e a mesma embalagem analisada no contexto para a qual foi concebida: como instrumento de negócio. É essa diferença que EMBALAGEMMARCA procura mostrar sempre em suas páginas e que, agora, o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM quer destacar e consagrar como modelo para o fortalecimento da cadeia de embalagem no Brasil. Quem tiver interesse em ter seus cases enquadrados nesse propósito pode obter mais informações no site www.embalagemmarca.com.br

Lastro na credibilidade “Quando, como representantes do salão Emballage no Brasil, levamos aos organizadores do evento em Paris consulta da revista Embal agemMarca com vistas a apoiar o lançamento de um novo concurso de embalagens em nosso país, eles não hesitaram: o Emballage 2008 concordou desde o primeiro momento em ser patrocinador master do Prêmio Embal agemMarca – Grandes Cases de Embal agem. Acontece que o salão tem antiga parceria, muito bem sucedida, com Embal agemMarca e respeita muito sua credibilidade. Desde praticamente o início de circulação da revista seus editores demonstraram, com coberturas jornalísticas extensas e precisas, a percepção, nem sempre notada por pessoas ligadas ao packaging no Brasil, de que o Emballage se materializa, a cada dois anos, como um dos principais, se não o principal, centros mundiais de convergência de tendências de embalagem. Na verdade, constatamos com especial satisfação que, em vários aspectos, o Prêmio Embal agemMarca – Grandes Cases de Embal agem se assemelha a um espaço lançado com grande êxito na edição de 2006 do salão. Trata-se do Espace Tendances, onde são mostrados, em vitrines e fichas técnicas, cases com as principais inovações em embalagem apresentadas pelos expositores no salão.”

Marie-Ange Joarlette, diretora do Promosalons, representante do salão Emballage no Brasil

abril 2007 <<<

EmbalagemMarca <<< 13

Suporte luminoso Garrafa com luz embutida é atrativo de bebida new age

Na cara e na coragem “O desenvolvimento da garrafa teria sido mais fácil se tivéssemos contado com um guru de embalagem, mas não foi possível”, disse Spahn 14 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

FOTOS: DIVULGAÇÃO

S

aquê. Romã. Pêra. Chá oolong, típico de Taiwan. Ginseng. Damiana. Eis alguns dos vinte ingredientes, entre outros secretos, do Ty Ku, propagandeado como o primeiro licor de saquê do mundo. Recém-lançado nos Estados Unidos, o produto, de alegados dotes revigorantes e afrodisíacos, não é exótico apenas na fórmula e no nome – cuja sonoridade remete ao inglês tycoon, ou “magnata”, em português. Sua garrafa tem, literalmente, luz própria. Um microcircuito eletrônico a ilumina quando sua base perde contato com alguma superfície, realçando a coloração esverdeada do aperitivo. O caso ganha contornos ainda mais interessantes ao se descobrir que a inovação é fruto de um projeto estudantil. Kirk Spahn e Trent Ulicny, alunos de administração da Universidade de Columbia, Nova York, tiveram a idéia da garrafa luminosa durante uma tarefa escolar. Empolgada, a dupla juntou rascunhos e estudos e viajou para a China, com recursos próprios, a fim de encontrar empresas capazes de materializar o projeto. O périplo deu certo. Um fabricante chinês de LEDs (diodos emissores de luz) lapidou o circuito de iluminação interna da embalagem. A produção da garrafa, desenhada pelos jovens num formato que lembra o de modernas luminárias, foi confiada a uma vidraria também chinesa. Mixologistas (neologismo para os especialistas em ingredientes e sabores de bebidas) europeus auxiliaram na formulação do licor de saquê. Os nomes dos fornecedores de ingredientes e da embalagem são resguardados.

ABAJUR LEDs acendem quando a garrafa é manuseada, destacando o produto em casas noturnas. Pais da inovação são dois estudantes

ao jornal New York Post. “Fizemos muita coisa por conta própria”. Refração de luz, eletrônica e fabricação de vidro foram alguns dos tópicos assimilados ao longo do projeto – que, finalizado, motivou os estudantes a lançar comercialmente o licor e, com louvor, recebeu nota máxima (“o professor até quis contribuir para o capital inicial da nossa empresa”, conta Spahn). Levantar a garrafa, tirando-a do contato com alguma base de apoio, funciona como um interruptor, acendendo a luz embutida. Além de prolongar a vida da bateria do circuito, esse “efeito vagalume” dá um charme todo especial ao consumo do Ty Ku em bares, danceterias e outros ambientes escuros (cada garrafa custa cerca de 30 dólares). Pela embalagem, pela bebida ou muito provavelmente pelas duas coisas, o produto começa a virar moda, ou hype, como apregoam os modernos. Paris Hilton e o ator Kevin Spacey, por exemplo, já foram flagrados com garrafas acesas à mão. (GK)

Balão, não barril

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Invenção holandesa para a distribuição de chope, bag-in-ball conjuga bolsa plástica com bola de PET

A

depender da vontade da holandesa Lightweight Containers, os antiquados e pesados barris de chope podem estar com os seus dias contados. A empresa desenvolveu um novo receptáculo para a bebida, o KeyKeg, baseado num original sistema denominado bag-in-ball, similar ao bag-in-box. No caso da novidade, porém, bolsas plásticas não são encasuladas em caixas de papelão, como no bag-in-box. O exoesqueleto é uma bola rígida de PET. No KeyKeg, o chope armazenado na bolsa plástica (de polietileno de alta barreira) é dispensado com o uso de ar comprimido, em vez do gás carbônico utilizado nos barris de metal. O ar pressiona o espaço entre a bolsa e a bola plástica, moldada com paredes grossas, resistentes à pressão interna e ao manuseio ao longo da cadeia de abastecimento.

ESFERA Bebida é acondicionada em bolsa de polietileno de alta barreira (à esquerda, em transparência). Bola de PET pode ser acoplada a chopeiras

Lightweight Containers +31 (0)223-661088 www.keykeg.com

Etapas eliminadas A embalagem está disponível em versões para 20 ou 30 litros, e conta com fortes argumentos de venda. Por ser descartável, dispensa as operações triviais de limpeza de uma instalação clássica de enchimento de barris – água quente, pré-enxágüe, lavagem cáustica, novo enxágüe e esterilização. O usuário ganha tempo e diminui o espaço da operação. Ademais, economiza ao 16 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

LOGÍSTICA Bola é despachada em caixa de papelão. Mais leve, recipiente garante aproveitamento 25% maior no transporte, segundo fabricante

eliminar o vaivém dos barris e as perdas com extravios e avarias. A “bola de chope” é também leve: a versão menor pesa 1,1 quilo, e a maior, 1,7 quilo. Segundo a Lightweight Containers, o peso reduzido garante o transporte de 25% mais cerveja por viagem em caminhões. Na linha de envase da cervejaria, o KeyKeg é enchido com a boca para baixo, para que o envoltório interno se desdobre corretamente. Cada ciclo de acondicionamento se completa com um enxágüe com água quente e uma esterilização por vapor. O bag-in-ball é entregue ao fabricante da bebida em uma embalagem externa de papelão ondulado. (FP)

reportagem de capa >>> plásticas

Tendência palpável Dotados de paredes com alta maciez, frascos plásticos do tipo soft touch vivem um prenúncio de propagação em produtos de cuidados pessoais e cosméticos Por Guilherme Kamio

FOTO: STUDIO AG / ANDRÉ GODOY

O

18 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

olhar pode nem notá-los, mas as mãos os sentem, numa percepção capaz de estimular compras (e recompras) de produtos. Os frascos plásticos com soft touch – recipientes cujas paredes externas, como se fossem emborrachadas, apresentam alta maciez, um aspecto aveludado agradável ao toque – já colecionam milhares de adeptos na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia. Essas embalagens agora ensaiam um arranque no Brasil, para acicatar as vendas de xampus, condicionadores e cosméticos. Transformadores vêm se aparelhando para produzi-las. Ao mesmo tempo, a indústria demonstra crescente entusiasmo com o atrativo tátil. “Gerar sinestesia, ou seja, o cruzamento de sensações, é um caminho natural para a apresentação de produtos”, expõe Aparecido Borghi, especialista em inovação de embalagem da Kimberly-Clark Brasil. A Kimberly-Clark abraçou o soft touch em seu ingresso no varejo de produtos de toucador. Uma linha de itens infantis, com a Turma da Mônica de Maurício de Sousa como mascote, foi lançada no início de fevereiro tendo xampu, condicionador e hidratante, entre outros produtos, acondicionados em frascos com o lúdico formato de mordedor para bebês e textura exterior suave. “Aliado ao visual da embalagem e à própria fragrân-

cia do conteúdo, o soft touch cria um produto de forte apelo”, diz Borghi. Resguardando números, Borghi relata que as vendas iniciais da família infantil “superaram amplamente as expectativas”, e vê capital participação das embalagens emborrachadas nesse desempenho. “Claro que há influência do licenciamento dos personagens, mas isso não é novidade no mercado”, ressalva o perito. O soft touch é obtido na fabricação de frascos pelo método de coextrusão-sopro, sendo a maciez externa resultado do emprego do Adflex, especiaria de polipropileno criada pela européia Basell e distribuída no Brasil pela Suzano Petroquímica. Em linhas básicas, o recurso é gerado por sobreposição de camadas. No processo, duas extrusoras distintas, uma com o Adflex e a segunda com uma resina termoplástica tradicional – polipropileno ou polietileno, por exemplo –, alimentam um cabeçote de coextrusão com os materiais plastificados. O cabeçote origina peças intermediárias distribuindo os fluxos dos diferentes materiais e definindo as espessuras de cada uma das paredes que comporão o frasco. Finalmente os pré-frascos, tubos mais conhecidos como parisons, são soprados no interior de moldes com ar comprimido. Quanto maior o emprego do Adflex, maior o efeito de soft touch do frasco.

Sem combate Borghi assegura que a adoção dos invólucros com soft touch não causou inchaço orçamentário, comprometendo os preços finais dos produtos. Contudo, Vanda Saraiva, diretora de vendas da Sinimplast, a provedora dos frascos da Kimberly Clark, entende que a embalagem com soft touch ainda não comporta produtos de combate. “Por ora, frascos dessa categoria são mais apropriados para nichos específicos de mercado e para itens com razoável percepção de valor”, resume a executiva. Encaixados na segunda categoria citada por Vanda, não à toa os produtos da Natura têm sido os pontas-de-lança da difusão do frasco com soft touch no país. A poderosa atuante em vendas diretas de cosméticos representou para a Sinimplast o primeiro escoadouro de soft touch, cerca de seis anos atrás, através de embalagens para alguns produtos da linha Ekos. Como

ESTRÉIA Primeira utilização de frascos soft touch pela Kimberly-Clark acontece na estréia da empresa no varejo de itens de toucador, com produtos infantis

abril 2007 <<<

EmbalagemMarca <<< 19

fez a Sinimplast, outros transformadores adquiriram cabeçotes de coextrusão instados por projetos da Natura, prevendo uma disseminação dos frascos aveludados nos segmentos de cosméticos e de personal care a partir da acolhida pela empresa formadora de opinião. Globalpack, Igaratiba e Grupo Engra são algumas das supridoras de frascos que investiram em soft touch, vendendo inicialmente para a Natura, e agora já aproveitam ou vislumbram oportunidades em outros flancos. Sérgio Minerbo, diretor comercial da Globalpack, cujo cabedal tecnológico dispõe da coextrusão-sopro desde 2001, contribui com um sucinto perfil mercadológico do frasco soft touch. “Pelo conforto transmitido, é um recipiente que faz todo sentido para produtos com apelo de suavidade, sejam eles cremes para pele, xampus, condicionadores e produtos para bebês e crianças”, condensa o profissional. Além da Natura, a Globalpack expede frascos com toque suave para a Avon e a Mahogany e também fabrica bisnagas plásticas com o mesmo princípio. “Paralelamente à suavidade transmitida, a textura do soft touch garante uma melhor

ADOÇÃO... Natura se convenceu do apelo do soft touch com linha Mamãe e Bebê...

...EM MASSA ...e em seguida investiu na tecnologia para vestir uma série de produtos

ergonomia das embalagens”, aponta Pedro Habesch Oliveira, gerente de desenvolvimento de embalagem responsavel pelas categorias de tratamento de rosto e fotoproteção da Natura. Conforme ele arrola, dos frascos para as linhas Ekos e Mamãe e Bebê, o soft touch se estendeu a embalagens de itens das linhas Erva Doce, Plants, Chronos e Todo Dia e de protetores solares, entre outros produtos. “De certa forma, o frasco com maciez superficial se tornou uma marca registrada da Natura”, valoriza Oliveira. “Ainda há um grande espaço a ser explorado por esse recurso, e os investimentos dos fornecedores em coextrusão-sopro, particularmente de dois anos para cá, foram importantes para aproximar o mercado dele.” Renato Szpigel, gerente de desenvolvimento de novos negócios do Grupo Engra, também fornecedor da Natura, lembra que o soft touch agrega à embalagem a aparência de vidro fosco, “muito usado em perfumes e outros artigos de luxo”. “O frasco plástico oferece esse trunfo com a característica de ser maleável, facilitando a extração do produto, e com segurança, pois frascos de vidro podem ser perigosos no chuveiro.”

Absorção do efeito O acabamento fosco e a aparência de vidro, a propósito, são destaques das embalagens com soft touch de uma emergente força em hair care, a Éh Cosméticos – nova empreita20 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

Fôlego e fome Do primeiro pleito do cliente até a conclusão do projeto, entre confecção de moldes, testes estruturais e tryouts da decoração (serigrafia em duas cores na frente mais duas cores no verso dos frascos), o desenvolvimento das embalagens da Éh levou cerca de seis meses. 22 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

FOTO: STUDIO AG ANDRÉ GODOY

da da empresária Cristiana Arcangeli, mentora e ex-dona da Phytoervas. Diretor de negócios e operações da Éh, Rodrigo Gomes situa que os visuais chamativos das embalagens, elaborados pela consultoria Interbrand, se aliam ao soft touch para criar uma apresentação de pompa da grife. Segundo Gomes, ao topar com as embalagens da marca, muitos consumidores as apanham, curiosos, para esmiuçá-las – cena que ele diz flagrar com freqüência em supermercados e farmácias. “Ocorre, aí, um reforço do encantamento da marca, iniciado com a visão do produto”, sustenta o executivo. “A maciez das embalagens desperta no público a sensação de que o conteúdo dará uma sedosidade parecida aos seus cabelos”, argumenta. Os produtos da Éh preconizam uma dita “tecnologia verde” – óleos de babaçu, coco e milho, por exemplo, substituem os sulfatos sintéticos convencionalmente utilizados em xampus – e daí também a importância do planejamento atilado dos frascos. “A grife é inovadora, mas também nova, sem história”, registra Gomes. “Assim, as embalagens têm sido fundamentais para propagar nosso perfil e nos apresentar às pessoas”. O diretor da Éh não sabe precisar, mas dá à originalidade dos frascos, soft touch aí incluído, “tremendo mérito” no desempenho da marca. A estimativa de faturamento para este ano, decorridos dezoito meses desde a estréia no mercado, é de 40 milhões de reais. Com silhuetas que aludem a garrafas de vidro, os frascos dos produtos para cabelo da Éh são produzidos por coex-sopro pela AB Plast, empresa egressa da divisão de embalagens do Laboratório Catarinense e que adquiriu o cabeçote de coextrusão instada por esse projeto. “Somando-se os formatos inusitados dos frascos, alguns com gargalos complexos, ao soft touch, o desafio foi grande”, conta André Bornschein Silva, diretorexecutivo da transformadora.

AB Plast (47) 3451-9103 www.abplast.com.br Grupo Engra (11) 3704-3714 www.engra.com.br Globalpack (11) 5643-5333 www.globalpack.com.br Igaratiba (19) 3821-8000 www.igaratiba.com.br Interbrand (11) 3707-8500 www.interbrand.com Sinimplast (11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br Suzano Petroquímica (11) 3583-5900 www.suzanopetroquimica.com.br

GARBO Para a Éh Cosméticos, toque aveludado influencia a percepção de qualidade

“Já existem, em andamento, desenvolvimentos de mais frascos de toque suave, e temos capacidade e intenção de ampliar o fornecimento desse produto”, anuncia o profissional da AB Plast. Embora inegavelmente seja uma embalagem de maior percepção de valor, e mais onerosa devido ao processo produtivo intrincado, os fabricantes apostam numa difusão progressiva e prolongada. “Quando decidimos investir no soft touch, após uma visita à edição de 2004 da feira K, na Alemanha, acreditávamos que só as gigantes do mercado se interessariam pela tecnologia”, rememora Renato Szpigel, do Grupo Engra. “Mas estamos recebendo um volume incrível de consultas, de todo tipo de empresa, e muita coisa frutificará já nos próximos meses.” A Sinimplast, informa Vanda Saraiva, acabou de realizar um investimento de 800 000 dólares em seu parque industrial, “o que nos dá capacidade em coextrusão para suportar elevações de demanda”. Globalpack e Igaratiba igualmente anunciam fôlego e fome para novos pedidos desse tipo de embalagem. Para a alegria de muitos gurus do packaging, que ungem como embalagem do futuro aquela que provê experiências sensoriais ao consumidor, o panorama é confortante. Um soft touch, em resumo.

logística >>> produtos perigosos

Empurrãozinho da lei Aumentam exigências para embalagens de transporte de itens químicos

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O que determina a nova Resolução 420 Todas as embalagens usadas em transporte terrestre de produtos perigosos devem ser aprovadas por Organismos de Certificação de Produto (OCPs) reconhecidos pelo Inmetro O estoque remanescente de embalagens não certificadas só poderá ser comercializado até 25 de julho próximo Datas de fabricação e validade agora devem estar presentes em todas as embalagens de transporte terrestre de produtos perigosos FONTE: SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DE PRODUTOS QUÍMICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO (SINCOQUIM)

por autoridades competentes, ou a data limite de 29 de fevereiro de 2008, o que ocorrer primeiro”, acrescenta a consultora do Sincoquim. No lado dos fabricantes de produtos perigosos as novas exigências ainda causam receio de multas, apreensões e outras penalidades. Pensando nisso, o Departamento de Segurança e Meio Ambiente do Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp) promoveu recentemente uma palestra em São Paulo sobre homologação de embalagens de produtos perigosos. “Há uma clara preocupação da ANTT no sentido de limitar a quantidade de produtos transportados por veículo e por embalagem”, resume a engenharia química Glória Benazzi, que se apresentou no evento. Por si só, essa tendência confirma a idéia de que o transporte de produtos perigosos constitui um campo promissor para a cadeia de embalagens no Brasil. Tal percepção também pode ser comprovada no site do Inmetro, onde é possível consultar a lista de fabricantes de embalagens de produtos perigosos que

já tiveram seus sistemas aprovados em processos de avaliação de conformidade reconhecidos pelo Instituto. Ao todo, 137 modelos de embalagem, de cerca de trinta fabricantes, constam na lista de produtos certificados. Um deles foi recentemente lançado pela Unipac, grande indústria brasileira de transformação plástica. Trata-se das novas bombonas de PEAD coextrudadas com capacidade de 20 litros, que foram homologadas para transporte terrestre de produtos classificados no grupo de risco II e com densidade de até 1,3 g/cm³. (LH) Inmetro www.inmetro.gov.br

Unipac (11) 4166.4272 www.unipac.com.br

FOTOS: DIVULGAÇÃO

S

e na precária malha rodoviária nacional são comuns os flagrantes de transporte inadequado de produtos perigosos, no plano da legislação o Brasil caminha na direção da segurança que caracteriza a atividade em nações mais desenvolvidas. Tal percepção ganhou força no início deste ano, quando começaram a valer as últimas alterações na Resolução 420 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), sobre transporte de produtos perigosos. Ao alterar o Regulamento de Avaliação de Conformidade (RAC) para embalagens de produtos perigosos com capacidade de até 400 quilos ou 450 litros, as mudanças podem aumentar os investimentos dos envasadores em acondicionamentos adequados, abrindo oportunidades para a cadeia do packaging. Resultado de uma portaria publicada pelo Inmetro em dezembro de 2006, a atual versão da Resolução 420 reforça a exigência de processos de avaliação da conformidade realizados por Organismos de Certificação de Produto (OCPs). A comercialização do estoque remanescente de embalagens não credenciadas só poderá ser feita até o dia 25 de julho próximo, informa Glória Benazzi, engenheira química e consultora do Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Químicos no Estado de São Paulo (Sincoquim). “Os produtos perigosos envasados até esse dia em embalagens não certificadas terão, como prazo máximo para transporte, a data de sua validade”, ela diz. Por sinal, prazos de expiração, bem como data de fabricação, agora devem estar presentes em todas as embalagens de transporte terrestre de produtos perigosos. “Nos modais marítimo e aéreo, ficará legitimado o período de vigência dos certificados emitidos

ESTRÉIA – Bombonas da Unipac foram recentemente homologadas pelo Inmetro

design >>> estratégia

Tudo ao gosto do consumidor? Pertinência de projetos de design é o mote de nova empresa de pesquisas

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ompletando 25 anos, uma das mais badaladas consultorias em identidade de marca e desenho de embalagens do país, a Seragini Farné, passa a atender por Seragini, Farné e Guardado, com a adição do sobrenome de Sérgio Guardado aos dos outros sócios-diretores da empresa, Lincoln Seragini e Alfredo Farné. O jubileu de prata traz uma outra novidade. Ativo há cinco anos, o departamento de pesquisa de design da agência se emancipou, sendo guindado ao posto de operação independente. Batizado como Sutil Design Research, o negócio tem por vocação o estudo da pregnância do design, a partir de investigações da interação do público com produtos e projetos dessa atividade – entre eles, embalagens. “O objetivo é examinar a experiência do design, isto é, o conjunto de emoções, reações, significados e sentimentos despertados por ele nas pessoas”, explica Guardado. O nome do empreendimento não remete a sensibilidade e perspicácia à toa. “Em franco desenvolvimento em todo o mundo, a pesquisa de design tem por característica ser aberta a experimentações e renegar procedimentos definitivos, fechados”, comenta Guardado.

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CASO A CASO – Segundo Guardado, pesquisas de design por padrão não devem ter padrão

Sutil Design Research (11) 2101-4300 www.seraginifarne.com

“Até porque o objeto de estudo é uma relação engenhosa e cheia de nuanças”. A Sutil valorizará “laboratórios”, combinando modelos da pesquisa convencional (focus groups, exames quantitativos, observações) com métodos originais e com o chamado “design thinking”, a metodologia de projeto do design. Empregadas caso a caso, as técnicas lastrearão três serviços básicos: exploração, na qual a utilização de etnografia, semiótica e outras ferramentas buscam identificar oportunidades de design a partir do modo como as pessoas convivem com produtos e a eles atribuem significados; inspiração, ou análises de como a experiência do design pode contribuir para a criação de produtos inovadores; e avaliação, consistindo em diagnósticos de impacto do design e em apreciações de protótipos, de modo a verificar se eles se adaptam às demandas e expectativas do público-alvo do produto. Como o packaging é um dos carros-chefes da Seragini, Farné e Guardado, a Sutil naturalmente estará preparada para realizar testes de design de embalagens. “Mas o princípio da empresa é o do estudo meticuloso”, ressalta Guardado. “Não realizaremos simples concursos de beleza.” (GK)

Edição: Guilherme Kamio

Uma babel... Moda, geografia, pedagogia, desenho industrial. Campos díspares de atuação, mas na mira da Hershey. Através da consultoria NineSigma (www.ninesigma.com), a produtora americana de doces está recrutando diferentes talentos para compor um Conselho Global de Tendências em Embalagem. ...com função estratégica Segundo a Hershey, o grupo ideal seria formado por até oito pessoas, entre eles especialistas em embalagens, que se reuniriam em conclaves duas vezes ao ano para discutir “oportunidades estratégicas para serem traduzidas em embalagens”. Repasse O grupo francês Saint-Gobain vendeu a maioria das ações de sua divisão de embalagens especiais de vidro para cosméticos e medicamentos, a SaintGobain Desjonquères (SGD), para os fundos de capital privado Cognetas e Sagard, ambos franceses. A transação chegou a 670 milhões de euros. Antecipação rende economia Quem estiver planejando uma visita à feira de embalagens Pack Expo Las Vegas 2007, a ocorrer de 15 a 17 de outubro, já pode se pré-credenciar no site www.packexpo.com. Os registros on-line feitos até 24 de setembro garantem desconto de 50% no ingresso do evento (preço regular de 50 dólares). Tetra Pak muda Heloisa Rios é a nova diretora de marketing da Tetra Pak. Ela assume no lugar de Guilherme Franklin, guindado à diretoria da categoria de Bebidas e Culinários da fornecedora de embalagens. Por sua vez, Jaques Horn assume a diretoria jurídica responsável pelas Américas Central e do Sul. Câmbio na Amcor A Amcor PET Packaging do Brasil também anuncia mudanças. Paulo Rochet (ex-Metalic, ex-Tetra Pak) assume a gerência geral, no lugar de Mário Kexel, promovido a vice-presidente industrial da empresa para a América Latina.

28 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

Melhores camisetas Programa quer aprimorar sacolas de boca-de-caixa Melhorar a qualidade das sacolas do tipo camiseta, através do estímulo à conquista da certificação ABNT NBR 14937:2005 pelos fabricantes. É essa a intenção do Programa da Qualidade de Sacolas Plásticas, lançado em fevereiro pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) em parceria com o Instituto Nacional do Plástico (INP). Publicada em setembro de 2005, a norma estabelece desde padrões de qualidade da matéria-prima, passando pela obrigatoriedade da impressão de alertas para o risco de sufocamento de crianças até ensaios capazes de assegurar a resistência comunicada pelas sacolas. A Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) e a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) apóiam o projeto. “Uma sacola em conformidade com a norma técnica pode ser um diferencial competitivo para as grandes redes”, entende Rogério Mani, presidente da Abief. Um primeiro grupo de fabricantes de sacolas deverá obter a certificação até maio.

Sacola: certificação atestará qualidade

Lanche empático Embalagens do McDonald’s têm imagens de consumidores. Duas brasileiras estão nelas Em continuidade às suas ações de marketing centradas na criação de vínculos emocionais com o público, o McDonald’s apresentou no dia 15 de março, em Chicago, novos copos e saquinhos de papel ilustrados com rostos de consumidores de diversos países. As embalagens resultam do Global Casting Call, programa que, dentro do espírito da campanha mundial “I’m lovin’ it” (“Amo muito tudo isso”, no Brasil), convidou consumidores a submeter, pela internet, uma foto e um texto com até 100 palavras

definindo o que mais amam na vida e como vivem esse amor. Dentre os 24 selecionados figuram duas brasileiras, Mary Anne Sebold Barbosa e Roseli Gonçalves do Espírito Santo. Mary Anne relatou seu sonho de ser bailarina, enquanto Roseli descreveu a afeição ao seu trabalho como professora de Libras, a língua brasileira de sinais para deficientes auditivos. Ilustrando copos e sacos de papel do McDonald’s, seus rostos serão vistos diariamente por 52 milhões de pessoas no mundo inteiro. Embalagens do McDonald’s: consumidores como protagonistas

INFORME PUBLICITÁRIO

Pequenas quantidades, alta qualidade Tecnologia de impressão digital permite à Mack Color oferecer rótulos e etiquetas com tiragens reduzidas

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om a crescente segmentação do mercado e com o consumidor cada vez mais exigente, as indústrias de bens de consumo se vêem obrigadas a diversificar suas linhas. O maior número de produtos implica, naturalmente, em mais itens de embalagens. Essa maior fragmentação do mercado, tendência não só irreversível, mas que tende a se acentuar, muitas vezes encontra resistência nos chamados “lotes mínimos”, isto é, a quantidade a partir da qual

Mercado se fragmenta cada vez mais com a segmentação, o que abre espaço para a impressão digital de rótulos auto-adesivos

Novo equipamento digital da Mack Color permite que sejam impressos diferentes modelos de rótulos ao mesmo tempo, sem custos adicionais, ou baixíssimas tiragens de um único modelo com custos acessíveis. Com essa tecnologia, torna-se possível, inclusive, fazer rótulos personalizados, com altíssima qualidade de impressão.

um determinado pedido de embalagens passa a ser economicamente viável, por causa dos custosos acertos de máquinas. Para resolver esse impasse, a indústria de embalagens tem investido pesadamente em tecnologia, com o objetivo de se manter competitiva e atender seus clientes. Na área de impressão, a Mack Color, gráfica tradicional no fornecimento de etiquetas e rótulos auto-adesivos, deu mais um importante passo nessa direção. A empresa acaba de instalar sua segunda HP Indigo, impressora digital capaz de rodar pequenas e médias tiragens com altíssima qualidade e custos extremamente competitivos. A impressora digital tem qualidade off-set e capacidade de impressão de até

sete cores, com aplicação de verniz UV e hot stamping, e dispensa o uso de clichês e fotolitos. O novo equipamento vem se juntar ao extenso parque gráfico da Mack Color, um dos mais produtivos e mais versáteis do país. Com isso, segmentos como os de cosméticos, de alimentos, de produtos químicos, farmacêuticos, de higiene e limpeza e veterinários passam a ter à disposição um fornecedor capaz de atendê-los em qualquer tipo de pedido, dos maiores aos de menor tiragem – é possível, por exemplo, solicitar um único rótulo para mock-up. Por isso, na hora de procurar um fornecedor de etiquetas e rótulos auto-adesivos, em qualquer quantidade, ligue para a Mack Color.

Acabamento Digital em Bobinas O acabamento de rótulos auto-adesivos, etiquetas e adesivos promocionais, em bobinas ou em folhas planas, para trabalhos impressos nos sistemas rotativo digital e flexográfico, é feito em equipamento exclusivo para esse fim. Os recursos disponíveis incluem aplicação de Hot-Stampinmg, Verniz UV e Primer (para maior fixação das tintas). Para um menor custo operacional, esse equipamento permite o uso de facas planas no corte e clichês de zinco para aplicação de Hot-Stamping.

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marketing >>> produtos sazonais

Fora do circuito oval Na disputa por nacos do mercado pascal, marcas de chocolate flertam cada vez mais com embalagens sem o popular – e restritivo – formato de ovo

Uma jóia de chocolate Cingindo a liderança em vendas de ovos de Páscoa, com alegados 35% de participação nesse mercado, a Lacta preparou para este ano um novo molde para o ovo Diamante Negro. Em forma de diamante, realçada pelo envoltório do produto com a mesma silhueta, o ovo Diamante Negro é uma grande aposta da empresa para se destacar no ponto-de-venda. A embalagem e o molde do chocolate foram projetados pela Narita Design. O filme empregado, de polipropileno biorientado (BOPP) laminado, é produzido pela Itap Bemis. A cor preta do filme e o diamante em destaque, já tradicionais dessa marca, foram mantidos. O aspecto luxuoso é conferido por um filete dourado na borda do filme. Anteriormente a Lacta já tinha investido em formatos inovadores. Em 2003 a empresa lançou o Trakiovo, ovo derivado da Trakinas em formato de biscoito. Dois anos atrás o Sonho de Valsa ganhou uma versão em formato de coração.

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ritmo da procriação dos coelhos, vai saturando o varejo com os tradicionais embrulhos ovais com filme plástico. Nesse cenário, não surpreende que, dos cerca de 100 milhões de ovos de chocolate desovados para a Páscoa deste ano, um número jamais visto fuja da apresentação clássica para ganhar visibilidade. EMBALAGEMMARCA destaca alguns exemplos dessa tendência. Aos “chocolateiros” que costumam planejar seus lançamentos pascais com generosa antecedência, os casos a seguir configuram uma boa fonte de idéias. (MF)

Caixas especiais Os consumidores que costumam presentear amigos e parentes na Páscoa têm opções interessantes em embalagens de papel cartão. A Jofer, por exemplo, produziu caixas especiais para o Mundy Premium e para os ovinhos Serenata de Amor, ambos da Garoto, com papéis cartão da Suzano e aplicações de vernizes brilhantes e foscos. Na caixa do Mundy Premium, uma janela permite a visualização do ovo, acondicionado em um blister de acetato. O fundo preto da caixa com grafismo do mapa-múndi e a inscrição “premium” em destaque dão sofisticação ao produto. O recurso da janela foi também explorado no cartucho dos ovinhos Serenata de Amor. As embalagens dos dois produtos foram desenvolvidas pela agência Canal.

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ágica, a ponto até de duplicar o preço do grama de certos chocolates na transmutação de tablete ou bombom para o ovo, a Páscoa gerará, este ano, 685 milhões de reais em vendas de guloseimas – valor 11% maior que o de 2006, numa projeção da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Esse mercado sazonal vem crescendo a taxas animadoras nos últimos anos. Resultado: aumento da concorrência. A proliferação de produtos pascais, no

Estojo dourado para escalar vendas a valorizar o apelo de Alpino como presente para a Páscoa, a multinacional suíça também lançou mão de sofisticadas caixas para os miniovos da marca. Com cartões da Klabin, as caixas produzidas pela Gráfica 43 contam com laminação com filme de BOPP na janela da embalagem. Novamente o vermelho e o dourado estão presentes, ajudando a identificar a marca. O design é da Future Brand.

O “ovo líquido”

Páscoa enlatada

Ante os gordos dividendos pascais, até a Coca-Cola decidiu investir em um ovo. Não num ovo de chocolate, mas de achocolatado pronto para beber. Numa edição limitada, para presentear crianças, seis unidades do Kapo Chocolate – nova bebida da companhia, acondicionada em caixinhas Tetra Wedge de 200 mililitros, da Tetra Pak – são dispostas numa multipack de filme flexível cujo formato lembra o dos ovos de Páscoa. Trata-se de um stand-up pouch especial, fruto de uma parceria entre a Tradbor, formadora do envoltório, e a Itap Bemis, fornecedora do filme (um laminado de poliéster e polietileno). Duas bobinas de diferentes gramaturas foram utilizadas na confecção da embalagem. Uma de gramatura maior, para a base, permite que a bolsa fique em pé nas gôndolas. A de gramatura menor, aplicada no corpo da embalagem, permite o fechamento da bolsa com uma fita. Desenhada pela Dia Comunicação e Marketing, a embalagem será comercializada no Nordeste, em Minas e no Rio.

Nem só de ovos de chocolate se alimenta o mercado da Páscoa. As colombas pascais ganham espaço cada vez maior na data, e têm configurado um flanco para o trabalho com embalagens de aço. Líder do segmento de bolos pascais, a Bauducco se vale de latas da Tapon Corona para destacar suas colombas de formato oval, que tiveram boa aceitação na Páscoa anterior. A litografia de alta sofisticação realça imagens fotográficas das colombas, no layout criado pela 100% Design. As latas podem ser encontradas nas cores prata (Colomba Pascal Gotas de Chocolate) e dourada (Colomba Frutas). A impressão da frase “Feliz Páscoa” imitando um manuscrito, e a história da colomba, na base da lata, completam o projeto da embalagem.

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A Nestlé também aposta na oferta de chocolates pascais em embalagens semi-rígidas. A versão Tripla Camada do ovo Alpino vem acondicionada em uma caixa dourada de papel cartão, da Suzano, laminado com filme de poliéster (PET) metalizado. Uma janela transparente de polipropileno integra a embalagem; o contraste entre as cores vermelha e dourada deixa a caixa com aspecto majestoso. De modo

Para adultos e crianças

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Outro importante nome do ramo de chocolates, a Garoto, inova com o ovo Superbaton. A embalagem consiste num tubo cartonado multifoliado, com parte externa em papel impresso em cinco cores e tampa virolada (com bordas dobradas de modo a deixar invisível o miolo do recipiente), para remeter ao formato de batom do chocolate do qual deriva. Além do brinde que vem dentro do ovo, a própria embalagem, fabricada pela Grampel, é promovida como prenda: pode ser aproveitada como portatreco pelas crianças.

Canal (11) 4032-7015 www.canalmkt.com.br Converplast (11) 6462-1177 www.converplast.com.br Dia Comunicação e Marketing (21) 3235-8000 www.diacm.com.br Future Brand (11) 3821-1166 www.futurebrand.com Gráfica 43 (47) 3221-1200 www.43sagrafica.com.br Grampel (11) 6404-2000 www.grampel.com.br Itap Bemis (11) 5515-1177 www.dixietoga.com.br Jofer (18) 3643-4000 www.jofer.com.br Narita Design (11) 3167-0911 www.naritadesign.com.br Nilpel (11) 2191-7700 www.nilpel.com.br

Vermelho em alta Outros ovos da Nestlé que deverão se destacar nos pontos-de-venda são o Noblesse e o Gianduia. O Noblesse será comercializado envolvido em um envoltório vermelho de BOPP metalizado com acabamento em verniz fosco, produzido pela Converplast com filme da Vitopel. Já o Gianduia é apresentado acomodado numa caixa, envolvido com um laço vermelho que reforça o apelo de presente. A aplicação de verniz calandra alto brilho diferencia o cartucho. A caixa é fabricada pela Gráfica 43 e foi desenhada pela Future Brand.

Sart/Dreamaker (11) 3887-4133 www.sart.com.br Tapon Corona (11) 3835-8662 www.tapon-corona.com.br Tradbor Stand-Up Pouches (11) 3739-4909 www.tradbor.com.br Vitopel (11) 3089-5333 www.vitopel.com

entrevista >>> Patrick Guedj

“Produto e embalagem são parte da mesma história”

U

m dos mais respeitados diretores de criação no mundo dos perfumes, o francês Patrick Guedj, esteve em São Paulo no fim de março para o lançamento no Brasil do novo filme publicitário do perfume FlowerbyKenzo, o carro-chefe da Kenzo Parfums. Guedj é o responsável pelas criações dos processos que envolvem desde a definição das fragrâncias e das embalagens primárias e secundárias dos produtos até a direção dos comerciais e a supervisão de toda a comunicação da marca. Tendo em seu currículo passagens pelas direções de criação de tradicionais perfumarias como Lancôme e Armani, desenvolveu de ponta a ponta o conceito de um dos perfumes mais vendidos no mundo, o FlowerbyKenzo. Além de diretor de criação da supergrife francesa, Guedj é fotógrafo e escritor, com sete livros publicados. Em sua passagem por São Paulo, o profissional conversou com a reportagem de EMBALAGEMMARCA sobre seu trabalho. Reiterando uma premissa básica sempre repetida, mas nem sempre seguida por quem atua no ramo, para ele “os processos de criação do produto e da embalagem devem ser integrados, como se fizessem parte de uma mesma história”. Dito por quem tem a autoridade de Guedj, deixa de ser uma obviedade. Fale um pouco sobre o senhor e sua atividade, a fim de podermos apresentá-lo aos brasileiros que ainda não o conhecem. Respondo pela supervisão de tudo o que é criação na Kenzo. Isso significa desde a fra-

grância, a embalagem, o frasco, até a comunicação, a publicidade, enfim tudo o que tenha a ver com a criação. Tudo é centralizado em mim, mas trabalho com uma equipe muito grande, que fica baseada em Paris. Eu supervisiono tudo.

Sua atividade envolve um tripé de conceitos: fragrâncias, embalagens e propaganda. Qual sua receita para utilizar de forma integrada e convergente esses três instrumentos de modo a transmitir a imagem de produtos de alto nível da marca Kenzo? Trabalho em conjunto com os criadores de perfumes, os nez (literalmente “narizes”), com os designers das embalagens e dos frascos. Existe uma harmonização de todo o processo de criação. Concebemos primeiro a história do perfume, que cabe em duas páginas, como uma sinopse, ou um conto, e a seguir vamos ter com os mágicos, os alquimistas. O que é emocionante é conseguir comunicar as sensações que queremos provocar com o perfume, e que os nez sejam capazes de as transcrever. Aí então entra a criação das embalagens e depois vem a comunicação. É natural que haja muita coerência entre todos esses aspectos da criação – embalagem, fragrâncias e publicidade – mas é próprio da marca Kenzo também colocar elementos de contradição. E por isso, para dar um exemplo, o frasco de FlowerbyKenzo CARRO-CHEFE é muito limpo, transparente, e pode-se “Êxito de FlowerbyKenzo também se deve à embalagem clean” imaginar que a fragrância contida nele é

criação da Kenzo Parfums, fala da importância da integração entre as fragrâncias, as embalagens e a publicidade para a consagrada grife de perfumes 34 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

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O francês Patrick Guedj, todo-poderoso diretor de

entrevista >>> Patrick Guedj leve, ligeira. Mas nós fizemos o contrário: colocamos uma fragrância com personalidade, uma fragrância forte, em um frasco que na realidade é muito leve, é clean. Qual a importância da embalagem para esse fim? A embalagem é o primeiro ponto de sucesso em um perfume. Ela é muito importante porque é a primeira coisa que o consumidor olha quando está no ponto-de-venda. É extremamente importante que tenha um impacto muito positivo. Isso para a primeira compra do produto. É verdade que o consumidor segue comprando só se a fragrância também for do agrado dele. Mas é verdade que a embalagem é o primeiro contato com a marca. É amor à primeira vista. O senhor tem experiências em vários campos da arte – fotografia, cinema, televisão, design. Como se deu seu envolvimento com embalagens? Não sou propriamente um designer de embalagem. Não crio a embalagem ou o frasco. Crio o conceito, que depois é transmitido a designers que trabalham conosco. Eu dou o impulso, mas o ato de criação em si é feito por esses profissionais. Notadamente, as embalagens dos perfumes da Kenzo são marcadas pela simplicidade e por traços modernos. Essa é uma linha que deve ser seguida em todos os produtos da

marca ou cada caso tem sua história particular? Nós temos um conceito na Kenzo, que é o de usar o simples, com traços leves. O nosso carro-chefe, o FlowerbyKenzo, é um bom exemplo disso: a embalagem é um frasco de certa forma simples, um tubo de vidro levemente curvado, com o desenho de uma papoula. Não há uma regra a ser seguida, mas os conceitos são claros. Então, apesar de cada fragrância ser única, cada embalagem ser única, todos mantêm a identidade da marca.

No Brasil, mesmo em produtos de alto valor agregado como perfumes, os designers esbarram na preocupação, na opinião deles acentuada demais, dos clientes com a questão dos custos. Naturalmente isso é importante, mas que outros fatores o senhor apontaria como decisivos na hora de decidir sobre uma embalagem para perfume? Nós não restringimos a criatividade do designer. O que nós fazemos é passar um briefing com o conceito do produto – que será utilizado também na criação da publicidade. O designer tem a liberdade para escolher formas e materiais. Tome como exemplo o frasco do perfume Kenzoamour. É uma embalagem muito simples: uma garrafa de vidro, mas com formas delicadas e o uso de cores fortes. Formou IDÉIA SIMPLES um contraste com a fragrância, Adaptação de uma garrafa foi usada para o Kenzoamour que é leve, floral e amadeirada. O designer

CARTUCHO COMO MÍDIA – Embalagens externas de perfumes da Kenzo destacam os frascos leves (à esquerda), datas comemorativas (centro) e edições especiais

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entrevista >>> Patrick Guedj não precisou se preocupar com restrições de custo. Mesmo porque, no caso de perfumes, o vidro é o material fundamental. E o alto valor agregado do produto permite que os criadores sejam mais ousados. No caso das embalagens secundárias, aproveitamos um pouco o espaço para tentar passar o conceito do perfume, a sua história. Aí podemos abusar um pouco da criatividade. E também aproveitamos as embalagens secundárias para edições especiais, para chamar a atenção do nosso público.

É clara a má distribuição da renda no Brasil. Mesmo assim, as estatísticas mostram que cerca de 10% de sua população têm nível de renda que não difere daquele dos países mais desenvolvidos. Isso significa uma população próxima a 18 milhões de pessoas, que podem comprar – e compram – todo tipo de produto de alto valor agregado, incluindo moda, perfumes e cosméticos. Quanto a Kenzo exporta para o Brasil nesses itens, qual a meta que quer atingir e em quanto tempo? Evidentemente o Brasil é um mercado muito importante para a Kenzo. Nós não divulgamos os números, mas podemos falar em percentuais de crescimento. O ano passado ficou bem abaixo das nossas expectativas. Era esperada uma alta nas vendas, mas devido aos problemas com a alfândega brasileira (a greve dos auditores da Receita Federal) os produtos não eram liberados nos portos e houve uma queda de cerca de 10% em relação ao ano anterior. Já para este ano a previsão é melhor. Acreditamos em um crescimento de no mínimo 30%. O real mais forte tem ajudado as vendas no Brasil? Sem dúvida. Esse é um fator que nos ajuda bastante, já que negociamos em dólar, e os produtos importados ficaram mais baratos para vocês. Mas uma coisa que me impressiona no Brasil, que acaba atrapalhando as nossas vendas, é a quantidade de impostos. Nunca vi uma carga tributária como a deste país. (FP)

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O senhor teve oportunidade de conhecer e estudar as embalagens brasileiras nas linhas de produtos de sua especialidade? Como as definiria? Notou nelas algum traço que possa caracterizar alguma tendência, ou “escola”, a exemplo do que ocorre com jóias, onde se firmou uma “escola brasileira”? Conheço pouca coisa de embalagens brasileiras. A única marca de perfumes que conheço é a Natura, porque é comercializada na França. Estou realmente fascinado pelas embalagens da Natura. Os valores que se vê na criação e nas embalagens dessa marca são muito interessantes. Alguns são até muito próximos dos valores da Kenzo. As embalagens são realmente interessantes, com idéias diferentes e novos conceitos. Não sei se podemos falar sobre uma “escola brasileira”, assim como não definiria uma “escola francesa” ou de outra nacionalidade. Cada marca tem seus valores, e TAMBÉM PARA HOMENS eles é que devem ser trabalhados, independenAparência leve te de quem esteja criando a embalagem. marca linha masculina

INTEGRAÇÃO – Frascos com traços modernos são complementados por cartuchos que, nas palavras de Guedj, “contam a história do produto”

38 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

Desde a sua fundação, em 1984, a Colacril se orgulha de ter contribuído para a consolidação e o crescimento do mercado de

100%

brasileira

pontualidade na entrega

auto-adesivos no Brasil. Com investimentos constantes em tecnologia, seja em equipamentos,

investimento

seja em capital intelectual,

constante

a Colacril sempre esteve à frente das evoluções do segmento. Fincada em parcerias com

visão

de futuro

fornecedores de primeira

respeito ao

linha, a empresa, nascida

ambiente

em Ribeirão Preto (SP), hoje produz em sua moderna fábrica de 50.000m² na cidade

amplo leque de

produtos

de Campo Mourão (PR) mais de 100 itens dirigidos às mais diversas aplicações, e exporta para mais de vinte países espalhados pelos quatro cantos do mundo.

regularidade no fornecimento

www.colacril.com.br • [email protected] • + 55 (44) 3518-3500

vidro >>> energéticos

Chama avivada Uso pioneiro de garrafa de vidro para energético tenta fazer o Burn crescer no mercado nacional

CASAMENTO Rótulo termoencolhível foi a solução encontrada para deixar a garrafa de vidro na cor desejada

Ana Couto Branding&Design (21) 3205-9970 www.anacouto.com.br Owens-Illinois (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br Sleever International (11) 5641-3356 www.sleever.com Tapon Corona (11) 3835-8662 www.tapon-corona.com.br

Duplicação do share A transposição do design da embalagem tradicional para a nova foi feita pela agência carioca Ana Couto Branding&Design. O rótulo, produzido pela Sleever International, tem o desenho da chama característico da marca Burn. A garrafa, fornecida pela OwensIllinois, também tem 250 mililitros e recebe uma rolha metálica preta, fabricada pela Tapon Corona. O investimento da empresa no produto deve-se à expectativa de crescimento do mercado de energéticos de cerca de 11% ao ano 40 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

FOTOS: DIVULGAÇÃO

R

eforçando sua ampliação de foco para além dos refrigerantes, a Coca-Cola, que recentemente adquiriu as fabricantes de sucos Del Valle e Sucos Mais e a produtora de chás Leão Junior, dona do Matte Leão, aumenta a aposta em seu energético Burn Energy Drink, dirigido ao público jovem. A empresa quer posicionar o produto como inovador na categoria, e esse esforço ganha destaque nas embalagens: Burn é o primeiro energético comercializado em garrafas de vidro no Brasil. O objetivo da nova embalagem é “transmitir o status premium da bebida”, explica Andréa Mota, diretora de marketing de Novas Bebidas da Coca-Cola Brasil. “Trata-se de uma proposta diferenciada em uma categoria que, embora recente, já requer inovações.” Como a Coca-Cola decidiu pela garrafa de vidro, a solução encontrada para manter a identidade visual do Burn foi um rótulo termoencolhível que cobrisse todo o corpo da embalagem (full-body shrink sleeve), enegrecendo-o. A idéia foi preservar o design da latinha de alumínio de 250 mililitros do tipo bullet – mais alta e mais esguia do que as de refrigerante, utilizada pela maioria dos energéticos – na qual o Burn fora até agora comercializado com exclusividade.

PERMANÊNCIA Lata bullet, embalagem original, continua no portfólio de Burn

até 2011, de acordo com pesquisas realizadas pela Coca-Cola. Nos últimos cinco anos, o avanço médio anual do consumo de energéticos tem sido de expressivos 25%. No mercado desde 2002, Burn é a segunda marca de energéticos no Brasil, representando 16% do total das vendas da categoria. A líder absoluta é a austríaca Red Bull, com 55% das vendas, segundo o instituto ACNielsen. A Coca-Cola espera dobrar a fatia de Burn até 2010, apoiada na nova garrafa e em ações de marketing que incluem divulgação em casas noturnas e a criação de um novo website para o produto. (FP)

plásticas >>> mercado

Parcelas dão acesso Oferta de lotes reduzidos sem impressão, para decoração com rótulos, coloca stand-up pouches ao alcance de pequenas e médias empresas

O

FOTO: ANDRÉ GODOY - STUDIO AG

COLAGEM Bolsas lisas, vendidas a partir de 500 unidades, ganham cara com a aplicação de auto-adesivos

42 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

champanhe é chacoalhado, sacudido, vascolejado, mas não estoura. A cena cai bem ao arranque do standup pouch no mercado nacional, de tempos em tempos ventilado em vão. A bolsa plástica capaz de ficar em pé, graças à base sanfonada, sofre desabalada popularização mundo afora. Seu consumo, em volume, cresceu a taxas médias anuais entre 15% a 20% no último decênio na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos. O Brasil passou longe dessa evolução em ritmo chinês. Mas nem tudo, registre-se, é modorra no compasso de espera pela explosão que ainda não veio. O stand-up pouch vem conseguindo, por exemplo, avançar em produtos de micro, pequenas e médias empresas nacionais, sobretudo do ramo alimentício. Por trás do movimento está a oferta de pequenos lotes de embalagens pré-formadas e sem impressão. Não é difícil entender por quê. Indústrias de pequeno ou médio porte têm dificuldade de acesso ao stand-up pouch, pois muitas vezes seus volumes de produção não se coadunam com as tiragens mínimas trabalhadas pelos fornecedores. Imprimir quantidades pequenas de invólucros é inviável. Ciente dessa situação, a Tradbor, especializada na fabricação de standup pouches, decidiu apostar na “venda picada” de bolsas lisas, sem decoração, para explorar o filão das produções apoucadas. A fornecedora iniciou no fim da década de 90 as vendas de pouches lisos – transparentes ou metalizados – a partir de pedidos mínimos de 500 unidades, incentivando a decoração das bolsas com rótulos auto-adesivos. Deu tão certo que a operação, batizada de TradPouch, já constitui uma unidade de negócios independente, com gerência própria. “Essa divisão cresceu 30% no ano passado, e hoje possui uma carteira com mais de 300 clientes ativos”, diz Alan Baumgarten, diretor-executivo da Tradbor. Doze versões básicas de bolsas, para volumes variados, compõem o enxoval de ofertas da linha TradPouch.

Fabricante de ingredientes para confeitaria instalada em São Bernardo do Campo (SP), a Mix Indústria de Produtos Alimentícios encontrou nesse modelo de fornecimento uma solução vantajosa para o acondicionamento de itens como misturas para bolos e preparados para cobertura e recheio, como marshmallow e pasta americana. “Como a identificação de cada item se dá pela etiqueta auto-adesiva, podemos adquirir embalagens-padrão e dispensar as específicas para cada produto”, destaca José Augusto Azevedo, gerente comercial da Mix. “Ganhamos, assim, flexibilidade.”

Rótulo também é atraente Afora os ganhos industriais, o modelo de vendas em pequenas quantidades aquinhoa as empresas com o apelo vendedor do stand-up pouch. “Trata-se de uma embalagem esteticamente imponente, que atrai o consumidor no pontode-venda”, salienta Marlene Proença da Silva, diretora da carioca Arma Zen. Produtora de alimentos naturais, a empresa utiliza o stand-up pouch rotulado em produtos como guaraná em pó e castanhas do Pará, vendidos em “entrepostos verdes” espalhados pelo território nacional. O dirigente da Tradbor ressalta que, dadas as tecnologias hoje disponíveis para a conversão de rótulos auto-adesivos, conjugações de stand-up pouches com etiquetas podem gerar embalagens atraentes, que em nada ou em muito pouco ficam a dever às tradicionais já impressas. “O cliente pode trabalhar com rótulos de filme transparente ou de filme metalizado para, de acordo com a superfície da embalagem, explorar o chamado no-label look (aspecto de ausência de rótulo)”, diz Baumgarten. Alguns clientes, contudo, ainda priorizam a economia na hora da decoração. Estampam os stand-up pouches, embalagens flexíveis de inegável classe superior, com rótulos simples de papel, impressos em uma ou duas cores. A Tradbor não opera no ramo de etiquetas, mas sabe que o uso de decorações convincentes pela clientela acaba jogando a favor de seu próprio negócio. “Por isso”, Baumgarten informa, “estamos dispostos a criar um serviço de consultoria de design, para ajudar os clientes na criação dos visuais de seus produtos .” (GK) Tradbor (11) 3739-4909 www.tradbor.com.br

abril 2007 <<<

EmbalagemMarca <<< 43

Tecnologia em conta Nova codificadora para flexíveis promete qualidade aliada a baixo custo (as fitas que abastecem o processo de transferência térmica), reduzindo as perdas e aumentando a lucratividade da operação”, divulga Ribeiro. A área de impressão do equipamento é de 32 por 40 milímetros, e a velocidade varia de 100 a 225 milímetros por segundo, em modo intermitente, e de 80 a 450 milímetros por segundo em modo contínuo. A resolução é de 8 pontos por milímetro. Na avant-premiére do equipamento a Markem anunciou que já vendeu três unidades para clientes locais. Uma para a Café Fino Grão, fabricante das marcas de café Fino Grão e Estrada Real, que a utilizará para marcar embalagens do tipo travesseiro (pillow packs) numa linha de empacotamento da Fabrima. As duas restantes foram adquiridas pela metalúrgica Fermobil, para a marcação de flow packs que acondicionam dobradiças. (GK) Markem (11) 5641.8949 www.markem.ind.br

Imaje do Brasil (11) 3305-9455 www.imaje.com.br

PÉ DIREITO Três unidades da recémlançada Série 18 já foram vendidads pela Markem no Brasil

FOTOS: DIVULGAÇÃO

P

equenas e médias empresas que gravam dados variáveis em embalagens plásticas flexíveis através da clássica estampagem a quente e que já cogitaram adotar a emergente transferência térmica, porém alegam nunca terem encontrado equipamentos com preços convincentes, podem ter um bom motivo para revisar planos. Em evento realizado em março, em sua sede paulistana, a Markem Brasil anunciou o lançamento no mercado nacional da Série 18, nova linha de codificadoras por termotransferência alicerçada na qualidade a baixo custo. De acordo com Paulo Afonso Ribeiro, gerente comercial da Markem, a novidade alia o perfil econômico a atrativos como “clareza na codificação, precisão e confiabilidade”. A nova família de produtos requer baixa manutenção e pouca mudança de tipos, minimizando o tempo de parada da máquina. “A Série 18 também possibilita máximo uso dos ribbons

25 velinhas para a Imaje Fabricante de codificadoras comemora jubileu de prata Importante fabricante de equipamentos para marcação e codificação de embalagens, a Imaje está comemorando 25 anos de atividades. Fundada em 1982 na cidade de Bourg-lés-Valence, França, a empresa hoje integra o grupo americano Dover – que, a propósito, anunciou a aquisição de sua patrícia Markem no fim do ano passado. A Imaje tem um volume de negócios da ordem de 350 milhões de dóla-

44 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

res e empresa mais de 1 700 pessoas ao redor do mundo. Presente no Brasil desde 1991, com sede em Barueri (SP), a empresa oferece no mercado doméstico uma ampla gama de equipamentos. Um dos mais recentes negócios foi a venda de duas codificadoras Imaje 9040, a jato de tinta, para a Arcor. Elas já estão marcando embalagens de balas, pirulitos e chicles na unidade de Recife da cliente.

Fator preço entra em campo no mercado de RFID

Tecnologia digital quebra recordes no mercado de rótulos e embalagens

Americana Printronix lança codificadora para radiofreqüência por 3 695 dólares

No ano passado o negócio de impressão digital da HP bateu sucessivos recordes, impulsionado pelas vendas da linha Indigo, que é comercializada no Brasil pela Comprint. Mundialmente, o número de impressões anuais realizadas com equipamentos HP Indigo ultrapassou a marca de 10 bilhões. Somente em novembro, mais de 1 bilhão de impressões foram realizadas com a tecnologia digital da HP. Segundo a empresa, o volume de impressões com equipamentos HP Indigo cresceu mais de 40% na comparação com 2005. Dos 3,5 bilhões de dólares movimentados nos Estados Unidos em 2006, o setor deve pular para 13,5 bilhões de dólares em 2010, de acordo com a empresa de pesquisas de mercado InfoTrends. “A marca de 10 bilhões de impressões demonstra as vantagens da tecnologia de impressão digital HP Indigo”, ressalta Alon Bar-Shany, vice-presidente e gerente-geral da divisão Indigo na HP. A possibilidade de personalizar a apresentação de produtos de consumo, viabilizando ações segmentadas de marketing e de varejo, e a flexibilidade de produção em pequenas tiragens, com a diminuição ou mesmo eliminação de estoques de insumos e matériasprimas, surgem como principais vantagens da tecnologia digital no mercado de conversão de rótulos e embalagens. Comprint (11) 3371-3371 www.comprint.com.br

Nome respeitado na cadeia de suprimento do mercado de soluções industriais de impressão, a californiana Printronix anunciou uma expansão de seu portfólio de marcadoras e codificadoras com a introdução da SL4M, impressora desenvolvida para atender médias demandas de aplicações de sistemas de identificação por radiofreqüência (RFID) e ultra−high frequency (UHF). Podendo operar em conjunto com outros equipamentos de impressão e aplicação de circuitos de RFID, o modelo SL4M é voltado principalmente às redes de varejo e aos centros

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TAMANHO NÃO É DOCUMENTO Embora compacto, modelo atende médias demandas

de distribuição. “Trata-se de uma solução compacta, que oferece ótimo custo-benefício para empresas usuárias de RFID”, sintetiza Robert Kleist, presidente e CEO da Printronix. Na configuração básica, o equipamento está sendo vendido por 3 695 dólares nos Estados Unidos. Printronix No Brasil (11) 3836-0464 www.pritronix.com

Mais um compacto com capacidade de imprimir rótulos é lançado Modelo LX400, da americana Primera, sai por 1 495 dólares A americana Primera Technology anunciou o lançamento da impressora LX400, modelo inkjet compacto voltado ao mercado de rótulos sob demanda. Com resolução superior a 4800 dpi, o equipamento pode ser usado para impressão de fotos, textos, gráficos e códigos de barra. Além de rótulos convencionais, um acessório opcional chamado de Media Cutter permite a impressão de ingressos, cupons de promoção, fotos para credenciais, entre outras aplicações especiais. A máquina trabalha com diferentes substratos, incluindo materiais de alto brilho, papéis e filmes de poliéster. Segundo o fabricante, a LX400 é fácil de instalar e pode ser operada por qualquer pessoa. Podendo ser

conectada a desktops através de um cabo USB, a novidade é acompanhada de um software para criação de projetos gráficos de rótulos. Nos Estados Unidos, está sendo vendida por 1 495 dólares. Primera Technology +01 (763) 475-6676 www.primeralabel.com

HOME LABEL De fácil operação, LX400 pode ser ligada a desktops via USB

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HP celebra crescimento da linha Indigo

Edição: Leandro Haberli

Empresa quer investir 10 milhões de reais na tecnologia A Technopack, empresa do Sul do Brasil que fornece rótulos heat transfer, anunciou investimentos superiores a 10 milhões de reais em 2007 para aumento de capacidade e ampliação do escopo de produtos fabricados. Além dos rótulos com a tecnologia heat transfer, baseada em cilindros de transferência que produzem calor e pressão, a empresa vem oferecendo rótulos auto-adesivos produzidos em equipamento

flexográfico modular de dez estações, com alternativa de hot e cold stamping, além do chamado sistema delam/relam (delaminação/relaminação), que permite impressão na frente e no verso do auto-adesivo. Segundo a empresa, parte do capital foi financiada pelo BNDES, e 40% dos recursos investidos são próprios. Technopack (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Controle de qualidade ampliado Sunnyvale faz parceria com a Anritsu Industrial Solutions Atuando no mercado de marcação e codificação de embalagens, a Sunnyvale iniciou parceria com a japonesa Anritsu Industrial Solutions, fabricante de sistemas de inspeção por Raio-X e classificadores de peso. O acordo engloba o uso da nova série KD7400, que permite inspeções simultâneas de de alta precisão devido à existência de mais de vinte algoritmos

no software operacional. Com isso, obtém-se alto nível de detecção de contaminantes como metais, arames, vidros, pedras, ossos, plásticos e borrachas. A precisão se estende à verificação do peso do produto, do formato e da falta de itens acondicionados na embalagem. A operação é facilitada por ícones gráficos do painel “touch screen” de quinze polegadas. Os equipamentos são construídos em aço inoxidável e atendem à norma HACCP. Sunnyvale (11) 3048-0147 www.sunnyvale.com.br

Henkel integra unidades Divisão de adesivo de consumo e de tecnologia formarão um único núcleo A Henkel está passando por reformulações internas. A unidade Adesivo de Consumo será integrada à divisão Henkel Technologies, responsável pelo mercado industrial. A união formará a nova unidade de Tecnologias em Adesivos, que totalizou vendas de 5.5 bilhões de euros em 2006. “O fundamento estratégico por trás da união destes dois negó-

cios deriva das vantagens de uma abordagem de mercado unificada”, explica Ulrich Lehner, presidente da Henkel KGaA. “Esperamos que a mudança possibilite melhor aproveitamento das competências centrais de ambas as áreas e uma aceleração de nosso crescimento”, completou. Henkel (11) 3205-8955 • www.henkel.com.br

Os avanços da Mark Andy MA2200 Novo modelo da geração H estreou em Goiânia A Centauro Formulários, de Goiânia, foi a primeira empresa do mercado brasileiro a instalar a nova geração H da famosa impressora Mark Andy MA2200. A cada 3 ou 4 anos, o modelo é inteiramente revisado e atualizado. No Brasil, a família MA2200 com novo design e aperfeiçoamentos da geração H foi disponibilizada em setembro de 2006, quando a Mark Andy ampliou e lançou três diferentes versões: MA2200L , MA2200XL e MA2200XLS. Todas são equipadas com a nova plataforma de web guide (centralizador de fita juntamente com a mesa de empalme, encurtando o comprimento da máquina como um todo). A nova geração também é dotada do sistema bailarino horizontal, que substituiu o anterior, do tipo vertical. A troca facilitou os ajustes mais finos, possibilitando trabalhos com maiores velocidades em materiais mais sensíveis a tensão. Outro destaque são os novos tinteiros tipo cassete com base plana, além dos aprimorados conjuntos doctor blades, agora mais fáceis de manusear e com ajustes mais finos. A partir da versão básica é possível integrar acessórios à parte, chegando às versões mais sofisticadas (XL e XLS) sem modificações estruturais no equipamento, que é comercializado no Brasil pela PTC Graphic Systems. PTC Graphic Systems (11) 6194-2828 [email protected]

abril 2007 <<<

EmbalagemMarca <<< 47

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Technopack aumenta capacidade em rótulos auto-adesivos

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Telefone

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Braga

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Braskem

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www.braskem.com.br

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(43) 3552-1186

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Colacril

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Comprint

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www.comprint.com.br

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48 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

Nós, da Krones do Brasil, consideramos a revista EmbalagemMarca uma publicação de alta qualidade editorial e gráfica, referência no segmento. É uma revista que destaca um conteúdo aprofundado, atual, apurado com responsabilidade e de interesse dos leitores. Valorizamos também o ótimo relacionamento que sempre tivemos com toda a equipe da revista EmbalagemMarca. A Krones, uma empresa reconhecida mundialmente pela alta tecnologia de suas soluções nas áreas de envase e embalagem, considera importante ter seu nome associado a uma publicação com liberdade editorial e grande credibilidade no mercado.

Rogério Baldauf, diretor comercial da Krones do Brasil

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É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.

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Almanaque

Simplesmente um luxo

Sinônimo de cristaleria de altíssimo luxo, a Baccarat foi fundada pelo bispo Louis de Montmorency-Laval em 1764, numa vila homônima no Leste francês, com a anuência do então rei Luís XV. Seus lustres, castiçais, vasilhas, jóias e outros objetos, lapidados com esmero, logo ganharam ávidos consumidores entre os nobres e os mais abonados, o que contribuiu para criar a fama da marca. Em 1907 a cristaleria iniciou a produção em larga escala de embalagens para perfumaria, começando com 4 000 unidades diárias. Frasco de cristal Baccarat, dali em diante, passou a funcionar como aval de fragrância para poucos – recurso que Coty, Patou, Elizabeth Arden, Guerlain (na foto), Dior, Versace, Chanel e Lancôme, entre outros perfumistas, já exploraram.

E assim nasceu o Band-Aid Quando se casou, em 1917, o jovem Earle Dickson, comprador de algodão da Johnson & Johnson em Nova Jersey, voltava do trabalho e encontrava sua esposa, Josephine, com cortes e queimaduras nas mãos, decorrentes de sua inexperiência na cozinha. Como cabia a ele fazer os curativos, certa vez resolveu deixar alguns prontos, para a mulher usar quando precisasse. Todas as manhãs ele preparava bandagens, colocando almofadas de gaze e algodão sobre fitas adesivas. Em 1920, Dickson comentou

sobre a invenção com um colega de trabalho, que levou a idéia aos irmãos Johnson, donos da empresa. Em 1921 a J&J produziu nos Estados Unidos o primeiro curativo industrializado com o nome BandAid, utilizando o mesmo princípio dos rótulos auto-adesivos. Earle Dickson foi promovido e mais tarde se tornou vice-presidente da Johnson & Johnson, até aposentarse, em 1957. No Brasil, o produto começou a ser vendido em 1947, com o nome de Pronticura e a chancela Band-Aid.

Embalagens norte-americanas do início do século XX e anúncio da década de 1950 divulgado em revistas brasileiras

50 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2007

Boa idéia para festejar feito palmeirense Com o recente reconhecimento da Fifa ao fato de o Palmeiras ter sido o primeiro campeão mundial interclubes de futebol, em 1951, ao vencer a Copa Rio, de novo vem à tona a discussão sobre a origem da marca de cachaça 51. O nome brotou do entusiasmo dos Irmãos Piccolo, fabricantes de pinga em minúscula destilaria de Pirassununga, no interior de São Paulo. Palmeirenses roxos, batizaram a bebida, então comercializada em garrafas de cerveja de 600 mililitros, como Palmeiras 51, uma “caninha super especial”. A idéia era homenagear a conquista alviverde que redimiu em parte o peso da derrota do Brasil na Copa de 1950 para o Uruguai. Para não haver dúvidas, a primeira letra da marca era um “P” inconfundível, como o do distintivo do time paulista. Adquirida uma década depois pela Indústria Muller de Bebidas, com a marca transformada em Pirassununga 51 e depois em Cachaça 51, já sem referência a “caninha” e com o slogan “Uma boa idéia”, a marca é hoje um verdadeiro campeão mundial: o ranking de 2006 da revista inglesa Drinks International a coloca como terceira bebida destilada mais consumida no planeta.

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