www.embalagemmarca.com.br
Mais um indício de caminho certo
E
Wilson Palhares Nos dias imediatos à colocação da versão da revista em espanhol em nosso site, houve expressivo aumento do número de acessos originários de países em que aquele é o idioma oficial
m março último iniciamos a distribuição de EMBALAGEMMARCA na Argentina, fato anunciado ao mercado durante a feira Argenplás, recentemente realizada em Buenos Aires. Esse foi o passo inicial de um esforço para alcançar outros países da América Latina, como está contado na reportagem da página 45. Tal decisão tem o objetivo de atender solicitações de leitores de fora do Brasil interessados em tomar conhecimento de novidades e tendências registradas em nosso país tanto na indústria fornecedora quanto do lado dos usuários.
Trata-se de um interesse compreensível, considerando-se a dimensão da economia nacional, a boa qualificação da infra-estrutura produtiva e, no caso específico, o reconhecido nível da criação e da produção das embalagens em nosso país. Em suma, procuramos levar a esse público o que ele há tempos vinha nos pedindo, tanto por escrito quanto, pessoalmente, em eventos dos quais a equipe da revista participa com regularidade. Para completar, amigos no Brasil sempre reiteravam a importância de fazer este veículo ultrapassar fronteiras. Não temos a pretensão de
suprir de forma final a busca daquele tipo de informações por parte de nossos vizinhos de idioma espanhol. Modestamente, queremos levar a eles o mesmo que oferecemos aos nossos leitores de língua portuguesa e que de modo geral tem sido aprovado. Nos dias imediatos à colocação da versão de EMBALAGEMMARCA em espanhol em nosso site, houve expressivo aumento do número de acessos originários de países em que aquele é o idioma oficial. Vemos isso como mais um indício de que continuamos no caminho certo. Até maio.
nº 80 • abril 2006
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Reportagem de capa: Consumo de baixa renda
As recentes estratégias em embalagem que visam conquistar o cada vez maior público de renda apertada no Brasil
34 35
Diretor de Redação Wilson Palhares
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Plásticas
Em garrafa de PET, marca da Coca-Cola quer ampliar consumo local de água com sabor
[email protected]
Decoração
[email protected]
Reportagem Flávio Palhares Guilherme Kamio
Pela primeira vez no Brasil potes de margarina usam rotulagem in-mold
Leandro Haberli Silva
[email protected]
Livia Deorsola
[email protected]
Departamento de Arte Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)
[email protected]
José Hiroshi Taniguti (Assistente)
22 24 28
Celulósicas
De olho na Copa, rede varejista acondiciona chocolate numa “bola” de papel cartão
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Profissional de embalagens do Pão de Açúcar fala de inovação na gestão de marcas próprias
Vidro
44
Mercado
46
Rotulagem
Evolução do segmento gourmet continua a puxar desenvolvimentos de embalagens para cafés
50 56
3
Entrevista: Iorley Lisboa
Higiene e beleza
Busca por margens reacende interesse por embalagens de vidro na Conservas Olé
Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira) Departamento Comercial
[email protected]
Karin Trojan Wagner Ferreira
Avon capricha em pote de novo Renew. Meta é evidenciar liderança em cosméticos antiidade
Circulação e Assinaturas Marcella de Freitas Monteiro Raquel V. Pereira
[email protected] Assinatura anual: R$ 99,00
Termoencolhível estréia em óleos vegetais e avança em potes cúbicos e paralelepípedos
Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.
Plásticas
CEO de dona de tecnologia de degradação rápida de plásticos vem ao país em missão didática
Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição
Filiada ao
Editorial
Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
A essência da edição do mês, nas palavras do editor
6
EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
28 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
52 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
48 Equipamentos Lançamentos em bens de capital para linhas de embalagem
58 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
Filiada à FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
32 Panorama
www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.
Lata para toalete felina Mineral higiênico escolhe solução da Brasilata A lata com fechamento plástico Bat-plus, da Brasilata, acaba de ser adotada por um novo produto do segmento pet, o Celcat. Trata-se de um mineral higiênico para gatos, com grânulos derivados do mineral natural Zeocel, proveniente de cinzas vulcânicas. Colocado nas bandejas dos gatos, o mineral elimina os odores e a umidade e remove as substâncias contaminantes de dejetos fecais e da
Design límpido, uma opção para diferenciar Cartucho sóbrio marca sabonete da Yakult Para lançar seu novo sabonete vegetal Corpus, a Yakult Cosmetics optou por uma embalagem desenhada bem ao estilo de seu país de origem, o Japão: cores claras e traços discretos. Seguindo uma tendência de mercado, o produto chega às lojas em cartucho de papel cartão, produzido pela Congraf em duas cores com cartão da Ibema. Com design assinado pela própria Yakult, a caixinha comporta duas barras de 90 gramas.
Brasilata (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br In Propaganda (11) 3645-3072 www.inpropaganda.com.br
Efeito invisível em aerossol e roll-on Milstein/Ravel +54 (11) 4552-3242 www.milsteinravel.com.ar
Ibema (42) 3220-7400 www.ibema.com.br Congraf (11) 5563-3466 www.congraf.com.br
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urina. Após os 30 dias de duração de seus princípios ativos, o Celcat ainda pode ser reaproveitado como adubo. “A lata proporciona facilidade de uso, tampa prática e pode ser reutilizada, transmitindo ao produto a concepção de status e qualidade”, entende Fernando Borsatto, da área de marketing da Celta Brasil, a fabricante do Celcat. O design gráfico da embalagem é da In Propaganda.
Rexona ganha fórmula avançada Em versões aerossol e roll-on, Rexona Crystal é a nova linha de desodorantes femininos antitranspirantes da Unilever. Sua formulação minimiza os resíduos brancos que os antitranspirantes comuns costumam deixar na pele e na roupa após a aplicação. Em sintonia com a identidade visual da marca, as cores branca e azul predominam nas embalagens de Rexona Crystal. A informação sobre a “proteção invisível” do produto ganhou destaque nos rótulos. O design das embalagens é da Milstein/Ravel, da Argentina. A Unilever preferiu não divulgar os fornecedores das embalagens.
Ode ao jubileu de brilhante Garrafa especial brinda os 75 anos da Aurora Aurora 75 é o vinho de classe superior que a Cooperativa Vinícola Aurora lança em comemoração aos 75 anos de sua fundação. Trata-se de um corte das melhores uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc (a mescla clássica da região de Bordeaux, na França) da safra 2002, selecionadas ainda nos vinhedos, de parreiras escolhidas. Com design da Plano Global Pro Design, a embalagem da especialidade é composta por garrafa da SaintGobain, rótulo da Igel e cartucho da Embanor Artes Gráficas.
Embanor Artes Gráficas (54) 3454-9500
[email protected] Igel (51) 3041-8300 www.igel.com.br Plano Global Pro Design (54) 3451-4160
[email protected] Saint-Gobain (51) 3598-1422 www.sgembalagens.com.br
Gráfica Serena (41) 3014-2424 www.graficaserena.com.br Kommdesign (41) 3029-2131 www.kommdesign.com.br
Sortimento em caixa especial Papel cartão pode explorar canal para chás Leão Junior Para melhorar a exposição nos pontos-de-venda e estimular o consumo de seus chás em bares, restaurantes e hotéis, a Leão Junior está lançando a Caixa Display Seleções, um sortimento de 60 sachês de chás nos sabores camomila, erva-doce e chá preto, além do tradicional Matte Leão. Em papel cartão, a nova embalagem foi desenhada pela Kommdesign e é produzida pela Gráfica Serena.
Flexíveis, nova arma de uma marca sessentona Chiclets Adams agora têm versão stick para ampliar consumo entre adolescentes
HUB Brasil (11) 3083-5253 www.hubbrasil.com.br Inapel (11) 6462-8800 www.inapel.com.br
Após mais de 60 anos cativos das caixinhas de papel cartão no mercado brasileiro, os Chiclets Adams saem da tradicional caixinha amarela pela primeira vez. A goma de mascar da Cadbury Adams ganha também o formato stick, em barras, com cinco unidades e em dois novos sabores: morango e uva. A novidade integra o plano de rejuvenescimento da marca, para atingir os jovens de 14 a 18 anos. “O formato stick lembra os chicles importados, o que atrai o público mais jovem”, explica Marcel Sacco, diretor de marketing da Cadbury Adams. As novas embalagens flexíveis dos Chiclets são produzidas pela Inapel em laminado composto por dois filmes de BOPP seláveis – um
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transparente e outro branco metalizado, com alta barreira a umidade, oxigênio, luz e aroma. A arte das embalagens é da HUB Brasil, escritório brasileiro da agência internacional de desenvolvimento de marcas Cornerstone/HUB.
Ibratec (11) 4789-4200 www.ibratecgrafica.com.br DBOX Design (11) 3721-4509 www.dboxdesign.com.br Klabin (11) 3046-5800 www.klabin.com.br
Em novos lenços, um motivo para cada nariz
Kimberly-Clark lança cartuchos de Kleenex focados na segmentação de públicos
Disposta a ampliar o consumo brasileiro de lenços de papel, a Kimberly-Clark acaba de lançar seus lenços Kleenex em quatro novos cartuchos de papel cartão, todos em formato de cubo.
As embalagens levam papel cartão da Klabin e são impressas pela Ibratec em off-set em até seis cores. O projeto visual foi elaborado pela DBOX Design e, por meio de motivos variados
(inclusive com licenciamentos da Disney), visa direcionar cada embalagem a um público: homens, mulheres e crianças. Cada caixinha comporta 100 unidades do produto na versão extra macio.
Mais destaque em versões menores Versões de bolso ampliam mix da Yoki
B+G designers (11) 5051-1446 www.bmaisg.com.br Converplast (11) 6462-1177 www.converplast.com.br
Madrinha mais jovial Alimentos Isabela têm visual remoçado Popular na região Sul, a marca Isabela, da M Dias Branco, que chancela mais de 40 versões de biscoitos e 30 tipos de massas, está de cara nova. Seu logotipo e suas embalagens foram redesenhados pela B+G designers, ganhando um padrão uniforme. Nos diversos tipos de embalagens flexíveis utilizados pela marca, todos produzidos pela Converplast, a B+G designers trabalhou com janelas, linhas retas e ilustrações, para facilitar a visualização dos produtos e despertar appetite appeal.
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Santa Rosa Embalagens (11) 3622-2300 www.santarosaembalagens.com.br Terphane (11) 6014-3960 www.terphane.com.br Zauberas (11) 3884-8208
[email protected]
Força da Yoki Alimentos, a linha de snacks de amendoim teve embalagens reformuladas pela agência Zauberas. Agora há volumes menores, de 40 gramas e 70 gramas, e imagens dos produtos ganharam maior destaque nas flow packs, para facilitar a identificação de cada item – amendoim salgado com pele, salgado descascado, descascado temperado, doce pralinê e tipo japonês. As flowpacks combinam PET, BOPP e polietileno e são impressas pela própria Yoki, com material fornecido pela Terphane e pela Santa Rosa Embalagens.
Aposta em aquecimento Nestlé lança caixas de sorvetes pascais
Gráfica 43 (47) 3221-1200
[email protected] M Design (11) 3839-0969 www.mdesign.art.br Santa Rosa Embalagens (11) 3622-2300 www.santarosaembalagens.com.br
Sorvete na Páscoa? Se for de chocolate, por que não? É o raciocínio por trás de duas novidades pascais da Nestlé com embalagens desenhadas pela M Design. A primeira é um Ovo de casca de chocolate recheado com sorvetes de gianduia e de avelã. Com apelo de presente, o Ovo é apresentado numa caixa de papel cartão em que sobressaem tons de vermelho, bordô e dourado, além de uma janela transparente de acetato. A outra novidade, o picolé de chocolate Orélio, tem forma de cabeça e orelha de coelho, e é vendido individualmente ou em multipack cartonada com cinco unidades. A caixa do Ovo e a multipack do Orélio são da Gráfica 43. O flow pack do picolé, em filme de BOPP perolado, é da Santa Rosa Embalagens.
O Kisses Maxi para presentear Caixa com janela dá maior apelo pascal a bombons da Hershey's Ponta-de-lança da Hershey’s para a Páscoa, a caixa com bombons Kisses Maxi passou por uma renovação visual, com o objetivo de ter seu apelo como presente reforçado. O trabalho coube à Design Absoluto, que, a fim de gerar impacto no pontode-venda, decidiu dar maior destaque à marca da fabricante, ampliando a área ocupada pelo logotipo. A caixa de papel cartão do produto, com janela, é fabricada pela Jofer.
Design Absoluto (11) 3071-0474 www.designabsoluto.com.br Jofer (18) 3643-4000 www.jofer.com.br
Todas as especialidades postas em cartuchos Kopenhagen reformula embalagens de Páscoa generalizando o uso do papel cartão A Kopenhagen investiu 600 000 reais em ações voltadas à Páscoa, entre elas a reformulação das embalagens de seus ovos. Cartuchos de papel cartão, produzidos pela
Gráfica Mattavelli, apresentam toda a linha pascal da empresa, composta por ovos para crianças (Chumbinho e Pastilhas Dragê), mulheres (Nhá Benta Maracujá e
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Fruit Sensation) e homens (Língua de Gato e Nhá Benta Special). O design dos estojos é da Sister Studio, parceira da Kopenhagen em projetos de embalagem.
Mattavelli (11) 3342-2121 www.mattavelli.com.br Sister Studio
[email protected]
reportagem de capa >>> consumo
No embalo da b Conquistar o consumidor popular tornou-se um imperativo para as Por Livia Deorsola
FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
J
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49% dos gastos das classes CDE são feitos no pequeno varejo
amais as marcas dependeram tanto dos menos abonados. Um consenso entre institutos de pesquisas, o de que hoje no Brasil, por baixo, 70% do consumo de não-duráveis se dão por uma classe definida como CDE, formada por indivíduos com renda mensal inferior aos 1 800 reais, faz piscar a luz de alerta em um número crescente de indústrias. No ano passado, o consumo realizado pelo chamado mercado popular brasileiro evoluiu 7%, segundo leitura do instituto de pesquisas LatinPanel. Assim é fácil entender por que dez entre dez executivos por trás de grandes nomes em alimentos, bebidas, produtos de higiene e outros itens rotineiros esforçam-se para entender os gostos e hábitos das massas e criar modelos de venda dirigidos, com precisão cirúrgica. Não bastasse a já conhecida tubainização, o avanço das marcas regionais disparado nos anos 90, as marcas fortes agora vêem, às vésperas de um aumento do salário mínimo, a renda do trabalhador disputada também por novos sonhos de consumo – celular, DVD player, toca-MP3, TV de tela plana (é ano de Copa...). O quadro todo é favorável às marcas B, e até aos produtos genéricos, sem marca. Pressionadas a encontrar o caminho do eldorado situado na base da pirâmide social, as empresas de bens de altíssimo giro têm investido em pesquisas de campo, em revisão de seus métodos de distribuição e, especialmente, na criação de novas apresentações para seus produtos. A razão é singela, ainda que nem todas as empresas tenham acordado para ela: embalagens podem ser aliadas eficazes dos modelos para cativar a baixa renda e torná-la consumidora fiel. Por isso a Procter & Gamble aplica 30% de seu faturamento global anual – nada menos que 1,9 bilhão de dólares – na criação de produtos para o povão. Por isso a Unilever gasta alto,
aixa renda grandes marcas. Embalagens as ajudam desde os anos 90, em estudos baseados no chamado marketing etnográfico, cujo método é embasado por conceitos da antropologia, para lançar embalagens ao gosto das massas. Por isso a Johnson & Johnson brasileira acaba de despender 25 milhões de reais em projetos de produtos mais acessíveis, com embalagens sob medida para o contingente com orçamentos apertados. Tradicionalmente voltada ao público mais abastado, a J&J recentemente foi atrás de detalhes minuciosos do comportamento do consumidor de baixa renda. Meses atrás, a empresa montou um quiosque no Largo Treze, região popular de São Paulo. Da experiência vieram duas certezas: existe na baixa renda um desejo reprimido de adquirir seus produtos; e esse consumidor não se importa que sejam produtos com embalagens menos sofisticadas.
Dos estudos aos projetos “Optamos por oferecer preços mais acessíveis em embalagens compatíveis”, afirma Ricardo Wolff, gerente de Projetos para Consumidores de Baixa Renda da Johnson & Johnson. Um dos resultados foi o lançamento da Essencial, versão para o Nordeste do clássico curativo Band-Aid, marca líder em seu segmento com 60% de share. O cartucho do produto, produzido pela Emibra, traz apenas dez unidades e tem preço sugerido (1,10 real) estampado em seu frontal. Outra força da J&J, o absorvente Sempre Livre, ganhou uma embalagem popular, uma flexível da
Em 2005, a população de baixa renda aumentou seu poder de consumo em
7% abril 2006 <<<
EmbalagemMarca <<< 15
Hoje, a Danone comemora um aumento de 2,2% da presença do queijinho petit suisse em domicílios de classe C, atingindo 19% desses lares. “Conseguimos oferecer uma opção top de linha ao público de renda baixa sem alterar o produto”, afirma Bendicho. Outro caso providencial de embalagem popular para o varejo de vizinhança vem da Kimberly-Clark. A empresa observou que as embalagens com 36 unidades de suas fraldas da Turma da Mônica encalhavam em comércios de bairro. Desse modo, versões com duas e três unidades, em pacotes produzidos pela Rhotoplás, foram lançadas pela empresa. A Kimberly-Clark não revela números de vendas da novidade, porém afirma que o plano deu certo. Até por isso, destinará 50 milhões de dólares para o lançamento de 16 novos produtos com o mesmo perfil ainda neste ano. Os casos da Johnson & Johnson, da Danone e da Kimberly-Clark fazem coro à tese do aclamado especialista em estratégias C. K. Prahalad, autor de best-sellers sobre consumo popular e hoje um dos mais requisitados palestrantes de eventos corporativos. Segundo esse guru indiano, fracionar embalagens é a saída mais sensata para cooptar a baixa renda. Por quê? Porque esse consumidor também venera as marcas líderes, mas, não raro, recebe por dia ou semanalmente. Pensadas naqueles com contracheque mensal, as embalagens tradicionais muitas vezes tornam-se excludentes para os que compram picado. Como exemplo, Prahalad gosta de citar a Unilever indiana, que aumentou a inserção de seus xampus nas classes popu-
FRAÇÕES – Mais em conta, versões reduzidas ajudam a ampliar venda de marcas tradicionalíssimas
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Canguru Embalagens contendo oito unidades – duas a menos que na porção original. Não se trata de produto maquiado. O Sempre Livre popular tem distribuição especial, voltada ao pequeno varejo – canal de 49% das compras da classe CD, de acordo com o LatinPanel. Prática similar fora adotada pela Danone em meados do ano passado com o Danoninho. O queijinho ganhou uma versão com apenas duas forminhas, em vez das tradicionais oito, também com preço impresso na embalagem. Com a versão menor custando 79 centavos, em vez de média de 3,90 reais da bandeja clássica, a Danone apostava na importância que o público de baixa renda dá à comparação de preços unitários de produto. “É um consumidor atento ao custo-benefício oferecido”, diz Alberto Bendicho, gerente de Inteligência de Mercado e Comunicação da Danone. A versão menor também respondia a um curioso fato observado pela fabricante: donos de mercadinhos e padarias de periferia costumavam quebrar as bandejas useiras do produto e vender o Danoninho por forminha.
lares com sachês em doses pequenas. A Unilever brasileira vem tentando fazer o mesmo. Há quase um ano, lançou embalagens compactas de seus desodorantes líderes de mercado Rexona e Axe, respectivamente em roll-on e aerossol, a preços três vezes menores que os das versões regulares. Os lançamentos levaram em consideração o desejo do público de baixo poder aquisitivo em consumir desodorantes mais sofisticados que aqueles em frascos squeezable (que liberam o produto quando apertados). De lá para cá, o Rexona Compact saltou de 2% de participação para 5,6% no mercado nordestino.
Mais que as frações O fracionamento, porém, não é unanimidade entre as estratégias de embalagem buriladas para agarrar a base da pirâmide. Os pacotões econômicos, que vicejaram nos anos 70 e 80 sob a lógica de seduzir o consumidor a levar para casa quantidades maiores que as das embalagens-padrão em nome de uma economia de cerca de 20%, mas que perderam a
ATENDIMENTO – Unilever lançou Axe e Rexona em aerossol e roll-on: carência do consumidor CD
Cola para o Rio e para o Espírito Santo. Em notas de jornais fluminenses, a empresa deixou clara a sua insatisfação com os preços voláteis dos plásticos e do alumínio. Seria um sinal de que as garrafas retornáveis de vidro poderão ganhar reforço ainda maior entre as franqueadas da Coca-Cola? A empresa não se posiciona a respeito, mas pode-se crer que sim. Em 2002, a operação brasileira da gigante em refrigerantes, vendo pela primeira vez seu share cair abaixo dos 50% com o ataque das tubaínas, decidiu contraatacar relançando uma família de vasilhames
BIG – P&G aposta em versões tamanho gigante para ampliar consumo de fraldas nas massas
VAIVÉM – Garrafas de vidro retornáveis, como a de 200 mililitros, permitiram à Coca-Cola retomar mercado perdido
DISTINÇÕES – Flexível é a apresentação original do Carefree, da J&J. Cartuchos com 40 unidades é a solução econômica para o povão
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STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
AÇÃO FOTOS: DIVULG
força com o controle inflacionário e a perda de sentido das compras de mês, são prezados por empresas como a Procter & Gamble. No ramo de fraldas, importante por crescer 13% ao ano nos volumes de vendas da empresa, foi tomado o caminho inverso ao da KimberlyClark. A P&G colocou no mercado embalagens tamanho-família da marca Pampers, com 42 unidades. Disposta a lançar mão de diferentes estratégias em embalagem para ampliar negócios na classe CD, a Johnson & Johnson também abraça o tamanho família em sua marca de protetores diários Carefree. Na versão econômica, um cartucho de papel cartão da Emibra acondiciona quarenta unidades do produto a 4,90 reais, preço proporcionalmente bem menor que o da embalagem clássica, uma plástica flexível com 15 protetores vendida a 3 reais. Os diferentes materiais utilizados em cada variante fazem supor, uma vez que a Johnson & Johnson não confirma, um aspecto para o qual cada vez mais empresas em busca do sucesso na baixa renda mostram-se atentas: os custos implicados pelos materiais de embalagem. Embora as embalagens plásticas sejam bastante reconhecidas por seu custo acessível, a volatilidade dos preços do petróleo preocupa as indústrias, pois aumentos gerariam inevitáveis repasses nos preços finais dos produtos – e incrementos que parecem mínimos para os consumidores do topo da pirâmide podem suscetibilizar a base. Uma comprovação dessa teoria pôde ser notada em recentes declarações da Rio de Janeiro Refrescos, engarrafadora de Coca-
ALTERNATIVA – Sachês barateiam o Ninho, leite em pó preferido das mães de baixa renda no Nordeste
retornáveis – dentro da qual, aliás, apareceu uma garrafinha pocket money, de 200 mililitros, vendida a 50 centavos nas periferias. A Coca-Cola terminou 2005 com 63% de share, um indício de que a valorização do vidro, material com pouca volubilidade de preços, funcionou.
Povão puxa sachês Buscando criar uma versão popular do Leite Ninho para a praça nordestina, a Nestlé colocou o produto, tradicionalmente vendido em lata, numa versão em embalagem flexível, fornecida pela Santa Rosa Embalagens. Mais em conta do que as latas de aço, o uso dos saquinhos veio da percepção de que o Ninho é o leite em pó preferido das mães das classes SIMPLICIDADE – J&J escolheu envelopes para os sabonetes populares. Outras linhas são apresentadas em papel cartão
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DIVULGAÇÃO
de baixo poder aquisitivo na hora de alimentar o bebê, embora para o restante da família elas comprem marcas alternativas. Ação parecida também foi tomada pela Johnson & Johnson em sua recente estréia no segmento de sabonetes para adultos das classes menos abastadas. Um conjunto de quatro barras, vendidas a 68 centavos cada, foi
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
BRIGA DE GIGANTES – Flexíveis ganharam força na disputa de líderes do mercado de sabão em pó por lares de renda comprimida
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lançado em embalagem flexível da Canguru Embalagens, e não em cartuchos de papel cartão, como a empresa fez em linhas mais sofisticadas. “Na escolha por uma embalagem, além dos testes de compatibilidade com o produto, avaliamos o público a que ela se destina. Já neste ponto analisamos os gastos e optamos por aquela de melhor custo-benefício”, diz Armando Albarelli, responsável pelo departamento de Desenvolvimento de Embalagens da J&J. “Assim, o produto já nasce com o custo otimizado”. Mas talvez o setor em que a troca de materiais tenha se dado em maior vulto seja o de sabões em pó. Em 2005, marcas fortes desse mercado, como Ariel e Ace, da Procter & Gamble, substituíram os cartuchos por bolsas flexíveis de polietileno, da Rhotoplás. Motivo: os sachês, por serem de plástico, resistem melhor ao manuseio por donas-decasa que lavam mais roupa em tanques do que em máquinas. A Unilever contra-atacou com o líder Omo, também em versão flexível, com 2 quilos. No caso dos sabões em pó, as marcas poderosas viam sua liderança corroída em 9% de 2000 para 2005, conforme dados da ACNielsen (veja reportagem em EMBALAGEMMARCA nº 73, setembro de 2005). A verdade é que o campo das embalagens pode render uma série de estratégias para conquistar a baixa renda, e não faltam exemplos de como a embalagem certa pode determinar a recusa ou a rendição do consumidor popular às marcas. Para empresas como as multinacionais, que constatam vendas estagnadas no topo da pirâmide e não têm outra saída senão eleger o consumidor emergente para o sustento do crescimento de seus negócios, vale o recado de estreitar a intimidade com o público e levar em conta questões industriais na hora de traçar planos. Na opção por embalagens menores, por exemplo, o custo relativo da embalagem na escala industrial é maior. “A razão que justifica o investimento é não deixar escapar para as marcas de combate a demanda dos consumidores de renda baixa”, analisa o designer e consultor de marcas Lincoln Seragini. Dessa forma, lucros imediatos são sacrificados em nome de uma conquista duradoura dos setores mais pobres da sociedade.
Canguru Embalagens (48) 3461-9000 www.canguru.com.br Emibra (11) 4748-2199 www.emibra.com.br Rhotoplás (11) 4199-2555 www.rhotoplas.com.br Santa Rosa Embalagens Flexíveis (11) 3622-2300 www.santarosaembalagtens.com.br
celulósicas >>> chocolates
Bola dentro FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
Copa inspira Pão de Açúcar a lançar chocolate em “bola” de papel cartão
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arcas próprias, por que não?, também podem explorar a ocasião da Copa do Mundo para fomentar vendas por meio de embalagens promocionais. Notório pelo estímulo à criatividade no campo da apresentação de produtos, o Grupo Pão de Açúcar/ Companhia Brasileira de Distribuição já acordou para essa tática. Com a Páscoa a tiracolo, a companhia lançou uma Bola de Chocolate num inventivo cartucho de papel cartão, cujas múltiplas faces simulam o formato esférico das bolas de futebol. “A idéia do projeto veio de literaturas de protótipos e de um calendário de uma rede de fast food”, relata Angélica Guerreta, da área de desenvolvimento de embalagens
TABELINHA – Cartucho destaca seis estrelas em relevo no frontal e calendário da Copa no verso
da gráfica Nova Página, de Cajamar (SP), a produtora do cartucho. Aliás, nas faces da embalagem – com visual projetado pela Mazz Design com natural ênfase no verde e amarelo – também se encontra impresso um calendário: a tabela de jogos da Copa da Alemanha. Artilheiros e países campeões das Copas anteriores também são destacados em algumas das paredes. Produzido com papel cartão da Suzano, o cartucho da Bola é impresso em off-set cinco cores mais verniz base água. Fechadas manualmente por um sistema de lingüetas e selos adesivos de proteção na linha da produtora do chocolate, a Fruitland (Chocolates Araucária), de Campos do Jordão (SP), as embalagens contam ainda com aplicações de relevo, nas seis estrelas posicionadas em seu frontal, e de informações em braile. “Trabalhamos outros projetos de embalagens de alimentos com corte e vinco diferenciados, e eles deverão chegar ao mercado em breve”, diz Angélica, da Nova Página.
Mazz Design (11) 3842-7880 www.mazz.com.br
22 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2006
Nova Página (11) 3531-7000 www.novapagina.com.br
Suzano 0800 055 5100 www.suzano.com.br
vidro >>> conservas e molhos
Drible certeiro Por maiores margens, Olé amplia adoção de potes de vidro em conservas e atomatados
U
m dos maiores regozijos do setor vidreiro em 2005 foi a retomada de clientes em vegetais em conserva, mercado que vinha escapando de seus potes para as latas de aço. As reconquistas incluíram uma importante formadora de opinião desse segmento, a Conservas Olé, com distribuição em todo o território nacional alimentada por fábricas no Rio Grande do Sul e em Goiás. A volta ao vidro permitiu à Olé fintar o problema das margens comprimidas. Daí o fato de a empresa prosseguir com a estratégia, lançando agora novos itens em potes de vidro: uma seleta de Ervilha e Cenoura e Molhos de Tomate nas versões Tradicional, Manjericão e Azeitonas. Segundo o gerente de marketing da Olé, Odilon Roberto Oliviéri, as embalagens de vidro têm a missão de ampliar a base consumidora da marca nos grandes centros urbanos brasileiros. “É onde Mack Color (11) 6195- 4499 www.mackcolor.com.br
Metalgráfica Rojek (11) 4447-7900 www.rojek.com.br
se concentra o público mais exigente, mais afeito ao vidro e que, em função de suas rotinas atribuladas, mais necessita de praticidade”, entende o executivo. A menção à conveniência tem explicação: os potes de vidro de 310 gramas da Olé, supridos pela Owens-Illinois do Brasil e decorados com rótulos autoadesivos da Mack Color, são selados com as afamadas tampas abre-fácil da Metalgráfica Rojek. A readoção do vidro implicou na descontinuidade da abre-fácil nas latas que permanecem sendo utilizadas pela Olé. Assim, a indústria de conservas circunscreve cada material a um nicho de preço. O vidro fica encarregado das vendas nas faixas premium. “A transparência, a maior adaptação ao armazenamento na geladeira e o aproveitamento de 100% do conteúdo contam pontos a favor do vidro para o consumidor mais abonado”, explica Oliviéri. Owens-Illinois do Brasil (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br
Um novo conceito de fornecimento é proposto pela Owens-Illinois do Brasil, grande produtora de embalagens de vidro. Batizado Total Packaging Solutions, o plano da vidraria é oferecer uma abordagem sistêmica, trabalhando-se, num pacote só, design, estrutura, fechamento e decoração de embalagens. “Tudo é pensado dentro da mesma lógica, o que diminui equívocos no resultado final”, afirma o desig-
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ner Fábio Mestriner, da Packing Design, um dos responsáveis pela iniciativa. Segundo Arthur Almeida Prado de Assumpção, gerente de marketing da O-I do Brasil, a solução integrada agiliza os projetos, encurtando caminhos. “As etapas são feitas internamente ou encaminhadas a parceiros do projeto”, explica Assumpção. Detalhes sobre o Total Packaging Solutions podem ser obtidas com a O-I do Brasil.
DIVULGAÇÃO
O-I propõe soluções ponta a ponta
MISSÃO – Linha em vidro visa aumentar penetração da Olé nas grandes cidades
O sanduíche pode mudar Na Unilever americana, troca da camada de alumínio por filme de BOPP metalizado acena a um novo padrão de flexíveis para alimentos secos
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American Packaging +1 (800) 551-8801 www.ampkcorp.com Toray Plastics +1 (401) 294-4511 www.torayfilms.com
REVIRAVOLTA – Flexíveis das marcas Knorr e Lipton: vantagens na troca do alumínio por BOPP metalizado
ce. “É um significativo benefício econômico se pensarmos na selagem de centenas de milhões de pouches”, lembra Hughes. Noves fora, a construção modificada também se adaptou aos equipamentos form-fill-seal que a Unilever Foods já possuía. Havia um temor de que os ritmos variáveis de trabalho da linha de embalagem da companhia causassem stress à nova estrutura, mas isso não se verificou. Numa mudança que poderá ser notada pelo trade e pelo público, o filme plástico solucionou o problema estético das rugas e vincos que as embalagens anteriores adquiriam durante as etapas de distribuição e com o manuseio pelo consumidor no ponto-de-venda. Tirado o alumínio e colocado o filme plástico, com memória (a capacidade de os plásticos retornarem ao estado inicial após torções), as marcações são agora temporárias, sem resultar em pacotes rotos nas lojas. Na Unilever, as vantagens da troca já atiçam sua adoção em nível global, como padrão para flexíveis de alimentos secos. Sucursais européias e a australiana da Unilever já estariam prestes a testar a novidade. “Tudo leva a crer que a adoção mundial acontecerá”, opina Hughes.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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or mais de três décadas a sigla PPFP, definidora da estrutura papel/polietileno/foil de alumínio/polietileno, sustentou-se na Unilever americana como construção paradigmática para embalagens flexíveis de alimentos desidratados – misturas em pó para molhos, lámens e outros pré-preparados. Agora, avanços tecnológicos da área de filmes começam a abalar essa tradição. A companhia está promovendo a substituição da camada de alumínio por um filme de polipropileno biorientado (BOPP) metalizado e de alta barreira da Toray Plastics. A troca envolve os pouches dos alimentos secos das bandeiras Knorr e Lipton e, diz a Unilever, resulta em ganhos em custos de produção, proteção e imagem do produto. Michael Hughes, gerente de tecnologia de embalagem da Unilever Foods, conta que o filme metalizado substituto, da linha Torayfan, provou garantir barreiras superiores ao oxigênio e à umidade em testes de benchmarking. Mais importante ainda foi a demonstração de resistência superior ao rasgo. Ocorre que os grânulos e massas dos produtos secos muitas vezes apresentam bordas pontiagudas, arriscando furar as embalagens, especialmente durante o processo de acomodação nas caixas de despacho. Com a película de alumínio eram recorrentes puncturas microscópicas, imperceptíveis a olho nu, mas que acabavam por reduzir a vida dos produtos. Outras vantagens de processo saltaram aos olhos da Unilever Foods e da convertedora das flexíveis, a American Packaging, de Rochester, Nova Iorque. Por receber um avançado tratamento corona, o filme plástico metalizado propiciou redução de custos com selantes na laminação, sem prejuízo de performan-
Uma homenagem a São Patrício Garrafa de alumínio liga Bud Light a padroeiro da Irlanda Tradicional feriado americano celebrado em 17 de março, o St. Patrick’s Day – ou, em bom português, o dia de São Patrício, padroeiro da Irlanda – motivou a Anheuser-Busch a soltar nos Estados Unidos uma cerveja Bud Light vestida a caráter para a ocasião. A edição comemorativa fiou-se numa garrafa de alumínio de 16 onças líquidas (cerca de 475 mililitros), suprida pela Exal, com fortes “equities” irlandeses: a cor verde e estampas de trevos de qua-
tro folhas. Adotadas no ano passado com grande sucesso (veja EMBALAGEMMARCA nº 74, outubro de 2005), as garrafas de alumínio da AnheuserBusch agora são litografadas com tintas ultravioleta que as fazem brilhar sob holofotes de luz negra, presentes em diversos bares americanos. “As embalagens estão mais divertidas e inovadoras, para o deleite do consumidor”, define Rick Leininger, diretor de marketing da marca Bud Light na Anheuser-Busch.
Exal (Argentina) +54 (23) 2249-6226 www.exal.com
Sopro de inovação para os lavabos Dispenser de PET enobrece sabão líquido de fabricante holandês dos. Segundo a RPC Kutenholz, filial alemã do grupo europeu de embalagens RPC e responsável pelo desenvolvimento do recipiente, a claridade do PET permite ao consumidor visualizar o produto e a ação da válvula pump, e as paredes da embalagem proporcionam um efeito visual multidimensional, reforçando uma percepção de produto de qualidade.
RPC Kutenholz +49 476-2890 www.rpc-kutenholz.de
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Certas empresas já enxergam nas embalagens sopradas de PET atributos vendedores para mercados que sempre alegaram objeções às resinas commodities, casos de cosméticos e produtos premium de higiene pessoal. Uma delas é a Haal Verpakkingen, fabricante holandesa de itens de toucador. A companhia aposta num frasco paralelepípedo de PET de 300 mililitros, com alta transparência e design inovador, para comercializar uma nova linha de sabonetes líqui-
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mercado >>> cafés
Mais empurrões nobres Latas, cartuchos, pouches. Eis as embalagens puxadas pelos cafés gourmet
Cartão e metal no vácuo Veja-se o caso do café gourmet em pó Santa Lúcia. A marca acaba de ampliar seu portfólio de embalagens com três cartuchos de papel cartão, produzidos pela Cartonagem São Luiz, de Franca (SP). Como nas embalagens flexíveis de alta barreira já utilizadas pela torrefadora, as caixas estampam em 28 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2006
EXTENSÃO – Café Santa Lúcia agora aposta também em cartuchos sofisticados
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café vive um bom momento no Brasil. Segundo números do setor, a safra 2006/2007 renderá 42 milhões de sacas, ante 32,9 milhões de sacas em 2005/2006. O consumo interno deve aumentar 5,5% em 2006, ou quatro vezes a média de crescimento mundial, dado que deve ter atiçado a rede de cafeterias Starbucks a anunciar o ingresso no país. Vendem-se máquinas de torrefação num volume sem par nos últimos anos. As exportações também evoluem – e de produto com maior valor, já embalado, saída consensual para fazer daquele que é o maior exportador mundial de grão verde há 300 anos melhorar a imagem de marca e ampliar sua rentabilidade. “O segmento de cafés especiais continua crescendo a taxas próximas de 10% e o Brasil ainda participa pouco desse nicho, cerca de 5%”, alerta o economista José Roberto Mendonça de Barros em recente artigo do diário O Estado de S. Paulo. Não se pode negar, contudo, que cada vez mais empresas do setor fazem sua lição de casa. Ao fim do ano passado, o preço médio do quilo de café, indicador de agregação de valor, apresentava um crescimento de 33,91%. O viés positivo se sustenta. No entender da Abic – Associação Brasileira da Indústria de Café, o quadro espelha o estouro dos cafés gourmet, acondicionados em nobres embalagens. Quase um ano atrás, EMBALAGEMMARCA abordava casos de mercado desse gênero (edição nº 69, maio de 2005). A tendência mantém-se em alta, a partir de ações eloqüentes de cafeicultores.
sua fronte a ilustração estilizada de um bispo tomando cafezinho, criada pelo artista plástico Gustavo Rosa. Outra marca de cafés gourmet que já vinha investindo em embalagens buriladas e possui novidades é a Café do Centro. A empresa está lançando uma linha de cappuccinos gourmet, nas versões regular e light, em latas da Metalúrgica Mococa, com sistema de fechamento da mineira Tecnoplast e da Sonoco For-Plas. “As vendas de cappuccino têm crescido tanto quanto as de café expresso”, comenta Alexandre Petroni, gerente de vendas do Café do Centro. Os cappuccinos da empresa são distribuídos no varejo mais sofisticado, como o Supermercado Santa Luzia e o Empório Santa Maria, e já foram INOVAÇÃO exportados para o Japão no fim Nova Ploc Off, com vácuo, foi projetada pela Brasilata do ano passado. para exportar marca de torrefadora
Latas, aliás, podem aproveitar ainda mais a carona do vácuo no segmento premium de cafés. De olho nisso, a Brasilata coloca no segmento uma nova embalagem metálica ideal para café torrado e moído, a Ploc Off VP – Vacuum Packaging. Como o nome denuncia, a lata conserva o conteúdo com vácuo, da mesma forma que certas embalagens flexíveis. O desenvolvimento da Ploc Off VP foi motivado pelo interesse de um cliente da Brasilata, o Café Toleno, em exportar para os Estados Unidos. Para criar a condição de vácuo no sistema de fechamento da lata, a solução encontrada pela equipe técnica da Brasilata foi recobrir o anel com plastissol, um vedante largamente utilizado em embalagens de alimentos e bebidas. O perfil da tampa plástica também foi modificado para garantir a vedação perfeita e manter o vácuo residual. “Trata-se de uma inovação que une a resistência, a segurança e a beleza da litografia da lata de aço com a flexibilidade e o fácil manuseio da tampa plástica”, diz o diretor-superintendente da Brasilata, Antonio Carlos Teixeira Álvares. A Ploc Off VP seria apresentada oficialmente na feira Cannex ’2006, no início de abril, em Cingapura, com fechamentos nos diâmetros 99 milímetros e 73 milímetros.
Flexíveis aguçam o faro Naturalmente, o bom cenário dos cafés gourmet resulta num quadro sintomático no setor de flexíveis, o maior supridor de embalagens do mercado de cafés. Tome-se o caso da Polo Films. Uma semana depois de informar a injeção de 100 milhões de reais em uma nova linha de polipropileno biorientado (BOPP) (veja a seção Panorama desta edição), a empresa anunciou mais 90 milhões de reais de investimentos em uma fábrica de filmes de poliéster biorientado (BOPET), muitíssimo utilizados na produção de almofadas (pillow packs) e embalagens a vácuo para cafés. Atualmente, o mercado interno contava com apenas um fornecedor, a Terphane – que, a propósito, também investiu em ampliação de capacidade instalada
ESTEIRA – Café do Centro lança Cappuccinos em latas da Mococa. Alta do produto ajuda
no fim de 2005. “A ampliação das opções de fornecimento deve acelerar os avanços técnicos em embalagem de café”, entende Sérgio Hamilton Angelucci, diretor comercial da Embalagens Diadema, líder em embalagens flexíveis para café no Brasil. Segundo ele, um dos principais efeitos pode ser a maior velocidade da adoção do trilaminado poliéster/alumínio/polietileno nas embalagens do setor, construção mais sofisticada e com maiores propriedades de barreira que a poliéster/poli comum nas almofadas. “É o caminho aguardado, uma vez que o mercado felizmente está cada vez mais nivelado por cima, tanto em produto quanto em apresentação”, diz Angelucci. TENDÊNCIA – Leque maior de produtores locais de filmes pode acelerar adoção de flexíveis mais protetoras
Brasilata (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br Cartonagem São Luiz (16) 3727-3466 www.cartonagemsaoluiz.com.br Embalagens Flexíveis Diadema (11) 4066-7833 www.embalagensdiadema.com.br Metalúrgica Mococa (19) 3656-9300 www.metalurgicamococa.com.br Polo Films (11) 3707-8270 www.polofilms.com.br Sonoco For-Plas (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br Tecnoplast (35) 3422-5233
[email protected] Terphane (11) 6014-3951 www.terphane.com.br
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CONGRAF
CONGRAF
Polo investe em BOPP... Após abrir duas linhas de produção de filmes de polipropileno biorientado (BOPP) em sua unidade gaúcha de Montenegro (RS) nos últimos cinco anos, a Polo Films, empresa do grupo químico Unigel, acaba de anunciar a construção de uma terceira. ...Rumo às 100 000 toneladas O investimento na nova linha, que terá capacidade anual de 30 000 toneladas e será inaugurada em meados de 2007, chega a 100 milhões de reais. “Caminhamos rumo às 100 000 toneladas por ano”, diz Jorge Cardoso, diretor-superintendente da empresa. Os filmes de BOPP da Polo são utilizados principalmente na produção de embalagens flexíveis para alimentos e cigarros, rótulos e fitas adesivas. Prevenção às filas Quem planeja visitar a feira de negócios em embalagens Pack Expo International 2006, a ser realizada de 29 de outubro a 2 de novembro próximos em Chicago, nos Estados Unidos, pode obter credenciais com desconto de 50% no site www.packexpo.com. O PMMI, organizador do evento, informa que os tíquetes promocionais, no valor de 25 dólares e válidos para o período integral da feira, estarão disponíveis até 10 de outubro. Organograma renovado Produtora de bisnagas e tampas, a C-Pack anuncia mudanças em sua estrutura. Edson Eisele assumiu a assessoria de novos projetos, voltada especialmente à construção das novas instalações da empresa. Renata Saurin Felin é a nova gerente de Qualidade, e terá como meta a obtenção da certificação ISO 9001:2000 em 2007. O recémcriado NQP – Núcleo de Qualidade de Produtos terá como titular Gabriela Mayer Vieira. Diadema com ISO A Embalagens Flexíveis Diadema acaba de conquistar o ISO 14001, certificado referente a políticas de responsabilidade ambiental. A empresa já era certificada pelo ISO 9001.
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Conchas vivem um problema de imagem Irado, consumidor americano pede blisters mais amigáveis Largamente utilizados nas vendas de eletrônicos, itens de informática, cosméticos e peças de construção, entre outros produtos, os blisters plásticos do tipo concha (clamshell) não gozam lá de grande reputação entre os americanos. Numa enquete da revista Consumer Reports, eles foram eleitos “as embalagens menos amigáveis ao consumidor”. Segundo a publicação, o principal pró das conchas, o de dificultar furtos e violações de mercadorias nas lojas, obriga o consumidor a “lutar” com elas após as compras, em furiosas tentativas de abertu-
ra que duram em média nove minutos. Bordas cortantes das embalagens, resultantes dessas brigas, ocasionaram mais de 300 000 atendimentos ambulatoriais nos Estados Unidos, em 2003. Tal quadro inspira novas soluções em embalagem. Uma delas vem da MeadWestvaco, a controladora da brasileira Rigesa: uma concha que alia papel cartão de altíssima resistência a poliéster. A embalagem, batizada Nutralock, preserva a propriedade anti-furtos, é reciclável e está em fase inicial de prospecção.
www.meadwestvaco.com
Pressão da gigante? AmBev estaria prestes a fabricar garrafa própria Segundo notícia publicada pela revista Veja no início de abril, a AmBev estaria pronta para construir uma fábrica de garrafas de vidro, que teria capacidade de suprir 50% de seu consumo na região Sudeste. “A idéia está deixando em polvorosa boa parte dos fabricantes de garrafa, que hoje têm ociosos
20% de sua capacidade de produção. Mas há quem ache que a gigante das cervejas usa o projeto apenas para pressionar seus fornecedores de garrafa”, assinala a nota. Procurada por EMBALAGEMMARCA, a AmBev não confirmou nem desmentiu a informação. Será ou não espuma?
“A indústria terá condições de elevar sua
produção a partir do segundo trimestre deste ano, o que possibilitará acomodar taxas de crescimento de 5% a 7%, sem pressões de custo” Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV – Faculdade Getúlio Vargas, sobre o possível quadro para 2006. Nesse prognóstico, o mercado de embalagens apresentará um crescimento moderado da produção, de 2% a 3%. Em estudo feito para a Abre – Associação Brasileira de Embalagem e divulgado em março, Quadros aponta que a indústria brasileira de embalagem retraiu 1,26% em produção física em comparação a 2004, gerando 31,3 bilhões de reais. O destaque coube às embalagens plásticas, que cresceram 3,14% no período.
A retomada do maior preço no topo Se de um lado a indústria e o comércio reclamam da desaceleração dos negócios, de outro as máquinas registradoras do varejo fazem supor um descolamento entre discurso e prática. Um recém-divulgado estudo da ACNielsen mostra que o consumo de massa no Brasil evoluiu em 2005. Em 157 categorias de produto monitoradas, 63% delas cresceram mais de 3% em volume no ano passado, e apenas 11% caíram. Outro dado do estudo: o segmento de alto preço vem recuperando importância no grupo de marcas líderes. Veja o posicionamento de preço das marcas líderes no Brasil nos últimos três anos.
FONTE: ACNIELSEN
Evolução do consumo em 2005 premiou marcas premium
2003
2004
2005
Preço alto Preço médio Preço baixo
ABRE tem novo presidente Diretor da Klabin irá comandar a entidade Paulo Sérgio Peres, diretor da Klabin e presidente da ABPO – Associação Brasileira do Papelão Ondulado, é o novo presidente da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem. Ele substitui
o designer Fábio Mestriner, da Packing Design, que deixou o cargo no fim de fevereiro. Peres conduzirá a principal entidade de classe do setor de embalagens durante o biênio 2006-2007.
Maior oferta de oxi-biodegradáveis Mais uma transformadora inicia a oferta de embalagens plásticas de degradação acelerada. É a Poly Blow, de São Bernardo do Campo (SP). A princípio, a linha especial, denominada Poly Bio, abrange bisnagas para silicone e selantes em geral e frascos para os segmentos farmacêutico, químico e veterinário, produtos de força da empresa. “Já temos em vista frascos e garrafas para cosméticos e embalagens para alimentos”, diz David Pulido Perez, gerente de marketing da Poly Blow. A origem da tecnologia é mantida em sigilo, sob a alegação de proteção de um diferencial competitivo. “Conseguimos oferecer a nova linha com repasses irrisórios, até absorvendo custos dependendo da escala”, argumenta Perez.
(11) 4178-0011 • www.polyblow.com.br
FOTO: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
Poly Blow lança bisnagas e frascos de degradação acelerada
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plásticas >>> águas minerais
Um peixe fora d’água?
Lá fora, roupa com bônus ambiental Na Europa, onde tem prestígio na categoria de isotônicos, a Coca-Cola Aquarius é também reconhecida como vanguardista em embalagem. Meses atrás, o rótulo da bebida na França, um termoencolhível feito com filme de TPE-G (um elastômero termoplástico) rendeu à sua fornecedora, a Sleever, um dos troféus do Prêmio Francês de Embalagem. Ocorre que o TPE-G possui um diferencial ambiental. As máquinas selecionadoras das estações
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européias de reciclagem conseguem identificar rapidamente as garrafas de PET decoradas com TPE-G, facilitando a separação dos rótulos das embalagens por flotação (suspensão em meio líquido). A Sleever também desenvolveu tintas e adesivos especiais para o material, que não interferem no processo de reciclagem. O filme de TPE-G já possui aprovação de recicladores franceses, alemães, suíços e escandinavos.
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com as useiras e vezeiras do mercado de águas. O design da embalagem é da própria Coca-Cola. As garrafas são produzidas pela Amcor PET Packaging, pela Engepack e também pela divisão de embalagens do grupo chileno Andina, controlador da Rio de Janeiro Refrescos, grande engarrafadora de Coca-Cola para o Sudeste. Não foram informados os fornecedores dos rótulos nem das tampas. De acordo com a fabricante, a Aquarius terá a missão de sacudir o mercado de água engarrafada no Brasil, caracterizado por pouca diferenciação e baixa percepção de valor – aspectos refletidos no cotidiano, conforme assinala a diretora de marketing da Coca-Cola Brasil, Andréa Mota. “Quando nos perguntam o que queremos beber, muitas vezes respondemos ‘nada – só água’”, reflete a executiva. “Nossa intenção é quebrar esse estigma de que a água não tem graça nem sabor”.
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ucesso no Japão, nos Estados Unidos, na Europa e até aqui ao lado, na Argentina, onde já responde por 30% das vendas de águas engarrafadas, a água com sabor é a nova aposta da Coca-Cola para o Brasil, mercado em que tal bebida vive quase na clandestinidade. Confiante na decolagem do produto por aqui, a Coca-Cola acaba de nacionalizar sua marca Aquarius de águas “diferentes”. Nos sabores limão e laranja, a novidade apareceu em março, em garrafas de PET de 510 mililitros, no interior paulista – região em que 70% das vendas de águas se devem às classes A e B, alvos primários da marca. Lá fora, as águas Aquarius têm perfil diferente. Também são enriquecidas com sabores, mas têm propriedades isotônicas. Por isso, as garrafas do tipo caramanhola, típicas das bebidas esportivas, são suas principais embalagens internacionais (veja o quadro). Transposta para cá sem o apelo isotônico, a Aquarius ganhou garrafas de PET identificadas em formato e cor (azul)
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Sem fama no Brasil, mercado de águas com sabor pode crescer com nacionalização da marca Aquarius
CARONA Garrafas da Aquarius: equities das embalagens de água mineral
Amcor PET Packaging (11) 4589-8000 www.amcor.com Engepack (11) 2149-8800 www.engepack.com.br Sleever (11) 5641-3356 www.sleever.com
decoração >>> alimentos ÃO DIVULGAÇ
Enfim, chegou
Aguardada, estréia do rótulo in-mold em pote de margarina ocorre em tacada da Dixie Toga
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endência mundial, o uso do in-mold (IML) para a decoração de potes plásticos de margarinas vinha sendo aguardado no mercado brasileiro. Pois bem. A estréia acaba de acontecer, a reboque de uma parceria entre a Dixie Toga e a Sadia, dona da Qualy, marca líder do mercado de margarinas, com cerca de 24% de share. Três SKUs da família de margarinas Qualy Light com sabor (Mel, Queijo Tipo Suíço e Peito de Peru) agora têm potes com in-mold – rótulos aplicados às embalagens plásticas rígidas no momento de seu sopro ou injeção, no interior dos moldes. A novidade em decoração passa a concorrer no segmento de margarinas com o dry off-set – a tradicional impressão direta no corpo e na tampa das embalagens –, com os auto-adesivos e com os rótulos termoencolhíveis. Os novos rótulos das versões saborizadas de Qualy Light são aplicadas em potes de polipropileno de 250 gramas, produzidos por injeção de ciclo rápido e parede fina na
NO MOLDE – Potes de parede fina recebem o rótulo durante a injeção
planta industrial da Dixie Toga de Votorantim (SP). “Os itens estão sendo lançados em março e devem estar nas gôndolas já no início de abril”, disse a EMBALAGEMMARCA Régis Sá, coordenador de marketing da divisão de embalagens industriais da Dixie Toga. O in-mold labeling ainda é pouco utilizado no Brasil. Projetos como o da Sadia prometem ampliar a acessibilidade à tecnologia. Dixie Toga: (11) 5516-2096 • www.dixietoga.com.br
entrevista >>> Iorley Lisboa
Um modelo para muitas indústrias
A
última virada de século marcou também uma guinada no negócio de marcas próprias do Pão de Açúcar. Até então, o maior grupo varejista brasileiro seguia o mercado, isto é, delegava seu aval a produtos de primeiro preço com embalagens insossas. Sucedeu-se a reciclagem. Cabeças-de-ponte de um novo modelo de vendas, calcado em qualidade, as marcas da casa passaram a ganhar embalagens requintadas, miradas no giro. Deu certo. Além de maior caixa, os itens, melhor apresentados, até renderam prêmios de embalagem ao conglomerado criado pelos Diniz. Como uma companhia de distribuição atingiu o status de formadora de opinião em embalagem, posição almejada por várias das suas indústrias abastecedoras? Boa parte do mérito cabe ao departamento técnico criado à época da revisão de estratégia. Seu gerente, Iorley Lisboa, ex-projetista de embalagens da Johnson & Johnson brasileira, deu a seguinte entrevista a EMBALAGEMMARCA no Centro de Inovação de Marcas Próprias do Pão de Açúcar – um anexo da sede da corporação, na região paulistana dos Jardins –, que ajuda a entender o sucesso. O que motivou o Grupo Pão de Açúcar/Companhia Brasileira de Distribuição a rever seu modelo de negócios de marcas próprias? As vendas iam mal? Na verdade, o povo comprava, mas tendia a não recomprar. Caiu a ficha. Focar somente preço, ofertando produtos genéricos, comprometia a imagem da corporação. O consumidor constrangia-se ao adquirir marcas próprias. Ele as escondia em seus carrinhos, colocando por cima delas as marcas líderes. Decidiu-se pausar o negócio. Houve revisão de fornecedores e pesquisas sobre gostos
e necessidades do público. Os dados foram tabulados e concluímos que nossos consumidores tinham mudado. Eles estavam mais críticos e mais exigentes em todas as classes sociais. A empresa percebeu que era necessário se alinhar aos anseios desse novo comprador para ganhar rentabilidade com marca própria. Por isso, resolveu-se criar toda uma estrutura interna de indústria dentro do varejo para desenvolver produtos e embalagens. Hoje, contamos com gerentes de produto, engenheiros de alimentos, nutricionistas, enfim, pessoas de indústria. Temos gente egressa da Johnson & Johnson, da Natura, da Unilever, da Nestlé... A única diferença real para uma grande indústria é que não há produção. Outras redes varejistas também têm investido mais em suas marcas próprias, mas não ao ponto de terem uma área de criação de embalagens. Por que o Pão de Açúcar formou uma equipe interna desse gênero? Porque ficou claro que a embalagem seria nossa principal aliada nas vendas, uma vez que não somos líderes. Aonde podemos buscar seduzir e encantar o consumidor? Na embalagem. O produto dá o suporte de qualidade, claro, pois só uma roupagem bonita não garante vendas continuadas. Um departamento de garantia de qualidade nos dá aval, realizando testes internos ou terceirizando outros para o Cetea (Centro de Tecnologia de Embalagens do Ital – Instituto de Tecnologia de Alimentos). Aqui, no nosso Centro de Inovação de Marcas Próprias, fazemos estudos com o consumidor, testes cegos, palestras, tudo para chegarmos a produtos com benchmarking. Nossa filosofia é empatar com as marcas líderes ou até superá-las, não só em performance de produto, mas em apresentação. A embalagem vende!
O gerente de desenvolvimento de embalagens do Grupo Pão de Açúcar explica como foi possível reerguer um combalido negócio de marcas
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STUDIO AG
próprias priorizando inovações em embalagem
entrevista >>> Iorley Lisboa (enfático) Isso é comprovado por estudos sérios, vivenciamos isso no nosso dia-a-dia. Antigamente víamos na TV muita propaganda de produto. O que temos hoje? Cerveja, companhia telefônica e banco. Pouca indústria. Toda a responsabilidade de venda recaiu sobre a embalagem. Infeliz é a empresa que não tem essa consciência. Para quem não é líder, a qualidade do produto não é o que mais conta na decisão de compra. O consumidor experimenta a embalagem diferenciada. Com conteúdo bom, ele recompra.
mento de salgadinhos estreava embalagens flexíveis com filme plástico fosco (matte), cerca de um ano atrás, o Pão de Açúcar fazia o mesmo em seus snacks de marcas próprias. Como a companhia monitora tendências para inovar no ritmo da grande indústria? Contamos com a parceria de fabricantes de matériasprimas, como Braskem, Suzano, CSN, de transformadores de variadas áreas e de escritórios de design. Por vocação, também estamos antenados com o que acontece no varejo. Não nos metemos em questões industriais, mas sabemos quais são as tendências em embalagem e buscamos nos antecipar, lançar na frente e formar categorias.
“Fabricantes de
matérias-primas,
Quais foram as atitudes iniciais da divisão de embalagens logo após a sua criação? Uma das primeiras coisas foi reforçar o contato com agências a fim de mexer nos visuais das embalagens de cada bandeira – na época, Barateiro, hoje CompreBem, Extra e Pão de Açúcar. Depois, feitas as reestruturações gráficas, voltamos a medir comportamentos em loja. Propusemos comparações de nossas novas embalagens com as dos líderes e houve aprovação unânime, com afirmações do tipo “ah, agora eu compro marca própria”, “agora está legal”. A dissimulação da marca própria nos carrinhos de supermercado diminuiu. Foram sinais iniciais de que o foco em embalagem de qualidade era uma estratégia sustentável.
transformadores e
escritórios de design
são nossos parceiros.
Inovações em embalagem muitas vezes acarretam custos maiores. Como a companhia equaciona a oferta de embalagens inovadoras ou similares às das marcas líderes com a premissa da marca própria, a de oferecer preço de gôndola mais em conta? Óbvio que sempre temos preços target para o ponto-de-venda, e produtos muito caros não vendem. A intimidade com a cadeia de embalagem ajuda muito. Exemplo: para lançarmos as latas expandidas de óleos do Pão de Açúcar, que nos renderam um prêmio da WPO (Organização Mundial de Embalagem), nos sentamos com o fornecedor do produto, com a CBL, a fabricante da lata, com a CSN, a fornecedora da chapa de aço
Sabemos quais são as tendências em
embalagem e buscamos nos antecipar, lançar na frente e formar categorias”
Quase ao mesmo tempo em que a marca líder do seg-
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
ARTILHARIA – Óleos e conservas em latas expandidas e sabão em pó em lata com batoque: sucessos de vendas
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entrevista >>> Iorley Lisboa da lata, e com a Packing Design. Sem negociações estratégicas, ganha-ganha, eu teria um negócio inviável na ponta do lápis. Só que os parceiros entenderam que formar uma categoria não é só do nosso interesse. Temos uma ferramenta para fazer disso realidade, o ponto-de-venda, e queremos inovação com saídas boas para todos em médio prazo. Business é isso. Logo, vale negociar com transparência e visão, buscando uma oportunidade única: transformar o mercado propondo inovação, até formando categorias. O retorno é um diferencial de imagem coletivo. Em óleos, vemos a lata perdendo espaço para o PET. Por que isso ocorre?
inovações em embalagem acabam chegando primeiro a nós. Sempre costumo avisar: se você tem uma inovação em embalagem na gaveta que outras empresas se recusaram a ouvir, converse conosco. Temos agilidade, e isso é um tremendo diferencial. Numa indústria, um projeto de embalagem passa por diversos poderes de decisão. Aqui as decisões estão delegadas a equipes, que têm confiança da presidência e do conselho. Enquanto uma indústria tradicional demora um ano, um ano e meio para lançar um produto, nós levamos quatro meses.
“Por investirmos
em diferenciação,
muitas inovações em
Basicamente por custos... Custos, tudo bem, mas eu acho que faltou pensar em sentar, conversar. Que norte eu busco? Qual meu objetivo? O que vai ser do meu negócio daqui a “x” anos? Na hora em que você começa a buscar essas respostas, os conceitos e sua metodologia de trabalho mudam. Essa é a cultura, esse é o DNA que temos aqui: evitar ao máximo que o imediatismo contamine o incentivo ao lado criativo, aos modelos de venda com visão.
A ousadia em embalagem não provoca melindres dos fornecedores do Grupo? Já houve chiadeira em relação a algum projeto da casa? Não há rivalidade. Os fornecedores são nossos parceiros e suas marcas clássicas também são vitais para os negócios do Pão de Açúcar. Uma vez aconteceu um conflito com a Nestlé, pois ela considerou o visual da embalagem de um achocolatado nosso conflitante com o dela. Houve um acordo de cavalheiros e mexemos na nossa embalagem. Não é de nosso interesse ser “me too” (“eu também”, em inglês) de ninguém, nós queremos formar opinião. Ética é básica. Se ocorrer insatisfação com alguma das nossas embalagens, e constatarmos que o outro lado tem razão, nós nos retratamos sem problema. Mas também há casos de designs nossos que... Bom, não vale a pena comentar. (risos)
embalagem acabam
chegando primeiro a nós. Enquanto uma
indústria demora um ano, um ano e meio para lançar um
produto, nós levamos quatro meses”
A proposta mais sinérgica de agregar os elos de valor da embalagem para criar inovações já garante vantagens competitivas em relação ao setor produtivo? Sem dúvida. Por investirmos em diferenciação, muitas VANGUARDA – Sintonia com tendências assegurou estréias de embalagens de snacks com filme fosco e sacolas oxi-biodegradáveis
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entrevista >>> Iorley Lisboa Falemos em números de vendas. O que as embalagens caprichadas retornaram concretamente à companhia? Veja só: dos segmentos em que nós participamos nas lojas, em quase 70% deles nós somos líderes. Os óleos em lata expandida nos renderam um incremento de 30% a 40% sobre as vendas anteriores. Com o sabão em pó Extra, em lata da Brasilata, que ganhou 12 prêmios, sendo quatro deles internacionais e nos ajudou a conquistar o troféu de Empresa do Ano no Prêmio Abre de 2004, as vendas também cresceram entre 30% e 40%. Ninguém bate nossos salgadinhos de marca própria em nossa rede. No fim do ano passado lançamos frutas em calda em latinhas expandidas de 200 gramas, da Bertol, que se tornaram um sucesso de vendas, pois o mercado oferecia latas muito grandes, inadequadas ao público single. Vi pessoas comprando o produto só pela aparência, pela lata diferente. Na linha GoodLight, do Pão de Açúcar, tivemos altas expressivas em vendas com embalagens inovadoras de pratos prontos. Também em 2005 nós promovemos o redesign de embalagens de sazonais, frutas secas para o Natal. Embora eu não tenha números, posso dizer que esse projeto gerou um lucro significativo.
Existe atenção às embalagens de marcas próprias de outros países? Como o senhor posiciona as embalagens do Pão de Açúcar frente às embalagens das cadeias varejistas internacionais? Monitoramos insistentemente o que é feito pelas marcas próprias européias, através de viagens, da internet e do nosso sócio francês, com quem temos sinergia muito grande (o grupo varejista Casino, detentor de 50% do controle da Companhia Brasileira de Distribuição). Um parâmetro para nós é a inglesa Tesco, que chega até a vender seus produtos de marca própria fora de sua rede e é focada em qualidade e em inovação em embalagem. Compare nossas embalagens com as da Tesco e você verá que estamos ali, em pé de igualdade. O Pão de Açúcar é benchmark no Brasil em marca própria. Mas também queremos ser referência mundial. Os prêmios internacionais indicam que estamos na estrada certa.
“A marca própria é hoje uma grande
empresa dentro do
grupo, e pode crescer muito mais. Por isso, nossos produtos
dividem com as marcas fortes os melhores
Não adianta projetar embalagens inovadoras, impactantes, sem destacá-las devidamente no ponto-devenda. Como ficam as marcas próprias na política de gerenciamento de categorias nos supermercados do Grupo Pão de Açúcar? A marca própria é hoje um dos maiores bens da corporação, como o próprio Abílio Diniz (atual presidente de conselho) faz questão de transmitir. Ela é uma grande empresa dentro do Grupo, e pode crescer muito mais. Por isso, nossas marcas próprias dividem com as marcas fortes os melhores locais de venda nas lojas, na linha dos olhos do consumidor. Trata-se de uma extensão da política que rege o desenvolvimento das embalagens da casa.
locais de venda nas lojas, na linha dos
olhos do consumidor”
O Pão de Açúcar também adotou em algumas lojas uma embalagem cuja eficácia não pode ser medida em vendas, as sacolas de boca de caixa produzidas com plásticos de degradação acelerada. Essa inovação foi bem aceita? Há planos de ampliar sua adoção? A aceitação foi ótima. Ganhamos em imagem. É uma ação que se soma aos projetos ambientais do Grupo Pão de Açúcar, como o incentivo à reciclagem, que também foi reforçado em alertas à importância da separação de resíduos de embalagem por tipo de material, estampados nas sacolas do tipo camiseta, e em ações de coleta seletiva nas lojas do Grupo. Queremos intensificar, daqui para a frente, o uso da embalagem oxi-biodegradável. Outra ação nossa com caráter social é que todos os cartuchos de papel cartão que utilizamos em nossas marcas próprias são dotados de informações em braile. Pensamos em estudar meios de aplicar esse suporte aos deficientes visuais em outros tipos de embalagem, por exemplo nas plásticas flexíveis. 42 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2006
É possível antecipar detalhes sobre os projetos de inovação atualmente tocados pelo seu departamento? Por estratégia, guardamos sigilo. Hoje, todos vigiam o Pão de Açúcar também. Posso dizer que estamos estudando projetos com a Saint-Gobain para embalagens de vidro de novas categorias. Acabamos de lançar, de carona na Páscoa e na Copa do Mundo, uma bola de chocolate com cartucho diferenciado, em formato esférico (veja detalhes na página 22). Teremos outras novidades ligadas à Copa e outros lançamentos inovadores no decorrer do ano. Pode esperar.
higiene e beleza >>> design
OS: DIVU LG
AÇÃ O
Rugas, rusgas e apuro visual C
inco anos atrás, a linha de cosméticos antiidade Renew, da Avon, vendia 140 000 unidades por ano no Brasil. Em 2005, as vendas unitárias fecharam em 4 milhões. A linha de combate aos sinais do tempo tornou-se uma menina-dos-olhos da empresa, mas também atraiu o interesse de rivais, especialmente da Natura. Naturalmente, a concorrência mais renhida exige embalagens com maior apelo vendedor. Por isso, a líder do mercado de cosméticos rejuvenescedores dedicou extrema atenção à criação do visual de seu novo Creme Facial Intensivo Antiidade Renew Alternative, produto resultante de cinco anos de pesquisas e que une o poder medicinal de plantas orientais com a alta tecnologia americana.
DAQUI – Embalagens secundárias de papel cartão são impressas pela Congraf
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O pote do produto, produzido pela maior vidraria mexicana de embalagens, a Vitro, teve design desenvolvido pela própria Avon, com base nas cores e no layout do mesmo creme lançado recentemente nos Estados Unidos. A contribuição brasileira se dá na embalagem secundária do produto. O cartucho de papel cartão do Renew Alternative é produzido pela gráfica paulistana Congraf. “As características da embalagem comunicam ao público que o produto é de alta tecnologia e oferece ao consumidor o que há de mais inovador no tratamento antiidade”, diz o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Avon para a América Latina, João Hansen. “Temos o desafio de estar sempre atentos aos anseios de nosso público e às novidades que possam ser desenvolvidas, para que a embalagem continue a ser uma aliada na conquista dos consumidores”. Para divulgar o Renew Alternative, a Avon investiu 21 milhões de reais em ações que envolvem campanha publicitária na mídia impressa e eletrônica, patrocínios de programas de TV, catálogos, displays e guias de orientação às revendedoras, entre outras. Outra ação de vulto tem a ver com embalagens. Mais de 10 milhões de amostras grátis do produto serão distribuídas ao público, em sachês de 1,1 grama. As embalagens flexíveis promocionais são das brasileiras Mappel e Embalarte. Quanto aos próximos passos em produtos e embalagens da linha Renew, a Avon avisa: metrossexuais, preparem-se. “Temos um projeto de antiidade masculino para o ano que vem”, afirma Silvana Cassol, vicepresidente de marketing da Avon brasileira.
FOT
Em novo creme anti-sinais, Avon busca ainda maior sofisticação em embalagem para distanciar-se da concorrência
DE LÁ – Pote de vidro, da mexicana Vitro, segue o mesmo design da versão americana do creme
Congraf (11) 5563-3466 www.congraf.com.br Embalarte (11) 4138-8080 www.embalarte.com.br Mappel (11) 4346-6377 www.mappel.com.br Vitro +1 (800) 766-0600 www.vitro.com
institucional
Sem fronteiras EMBALAGEMMARCA inicia distribuição para outros países da América Latina
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ara quem continua acreditando no mercado externo, mesmo com a atual política cambial, uma velha máxima continua válida: para vender, é preciso que os compradores estejam cientes de que a oferta existe. Por isso, em meados de 2005 a Bloco de Comunicação, editora responsável por EMBALAGEMMARCA, tomou uma decisão ousada, anunciada ao mercado durante a Argenplás, feira do setor de plásticos que ocorreu em Buenos Aires entre 20 e 24 de março. Com a edição nº 79, de março de 2006, a revista ganhou uma versão em espanhol, iniciando um processo de expansão da distribuição pela América Latina. “O mercado brasileiro é muito importante para os demais países da região, e por isso há grande interesse em se saber o que ocorre por aqui”, explica Marcos Palhares, diretor de marketing de EMBALAGEMMARCA. “As revistas locais priorizam informações dos países em que são produzidas, o que gera uma carência de notícias vindas do Brasil.” É essa lacuna que EMBALAGEMMARCA vai suprir, ajudando a promover o setor brasileiro de embalagens em países que constituem mercados importantes. A editora, preocupada manter a mesma qualidade gráfica e editorial que consolidou EMBALAGEMMARCA como referência no mercado brasileiro, optou por ampliar a tiragem da revista com os textos em português, e distribuí-la dessa forma nos países vizinhos. “Desde seu lançamento, a revista veicula ações especiais de amostragem que seriam difíceis de replicar numa versão traduzida”, explica Palhares. “Nesse estágio, por questões industriais, produzir uma revista em espanhol seria economicamente inviável, mas pensando no conforto do leitor disponibilizamos em nosso site a versão integral das reportagens em castelhano.” Os interessados podem, inclusive, “folhear” a revista virtual com os textos traduzidos. www.embalagemmarca.com.br
TRADUÇÃO – Versão em castelhano da revista virtual já está no ar
decoração >>> alimentos
Óleo no ciclo de expansão Graças a lançamento funcional da Bunge, rótulo termoencolhível, presente em um número crescente de produtos, estréia nas prateleiras de óleos vegetais
Amcor PET Packaging (11) 4589-8000 www.amcor.com
ITW Canguru Rótulos (11) 3044-2366 www.itw-autosleeve.com
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um perfil slim e mais ergonômico. De PVC, o filme empregado no rótulo do novo óleo é importado de variadas fontes ligadas ao grupo americano ITW e suporta contração de até 62%. Baterias de testes de encolhimento foram conduzidas para que a arte do rótulo, criada pela agência Pande e impressa em sete cores em flexografia, não distorcesse e se adaptasse às ranhuras da garrafa, projetadas para evitar colapsos estruturais durante o ciclo de vida do produto. Obtido o resultado satisfatório, a Bunge instalou um túnel de encolhimento na sua unidade de Gaspar (SC), a responsável pela produção de óleos, margarinas e maioneses. Partiu da Bunge a opção por deixar a parte superior da garrafa descoberta, permitindo ao consumidor visualizar o conteúdo da embalagem, num jogo de contraste com o rótulo opaco. Mais que isso, a cabeça transparente destaca, através de duas gravações em relevo, o logotipo de Cyclus, marca guarda-chuva de produtos funcionais e de apelo saudável (o detalhe não aparece no ângulo da foto ao lado, de divulgação). Na interpretação de Ubaldo Mota, gerente de marketing da Bunge, o investimento em diferenciação de embalagem rendeu à empresa “o único óleo da categoria que segue as tendências do mercado de embalagens, apresentando um design moderno”. A torcida da fabricante, agora, é para o consumidor compensar todo esse esforço de desenvolvimento. Pande (11) 3849-9099 www.pande.com.br
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inha-se a sensação, não muito tempo atrás, de que o rótulo termoencolhível permaneceria por anos e anos circunscrito à decoração de produtos como cosméticos e bebidas com algum valor agregado. Aos poucos aquela noção cai por terra, liquidada por casos como o agora mostrado pela Bunge. Seu novo Cyclus Saúde pinta como o primeiro óleo vegetal brasileiro a trajar o filme plástico aplicado sob calor. Para a fabricante, o rótulo inusitado na categoria irá comunicar de modo claro a fórmula nobre e o atributo funcional da novidade. Composto por sementes de soja, canola e girassol, o Cyclus Saúde garante reduzir riscos cardiovasculares com doses de ômega 3 e ômega 6, a um preço médio de 5 reais no varejo. O posicionamento em faixa premium favoreceu o uso do termoencolhível, mais caro que o rótulo plástico mais popular da seção de óleos, a banda de polipropileno biorientado (BOPP). “A contrapartida ao custo é a adaptação ao design arrojado, pois o termoencolhível conforma-se a superfícies curvas e complexas, cada vez mais exigidas nas embalagens”, coloca Armando Luís Monteiro, gerente de vendas sulamericanas da ITW Canguru Rótulos, a fornecedora ligada ao projeto. O Cyclus Saúde aproveita esse detalhe. Por causa do termoencolhível, sua garrafa de PET, produzida pela Amcor PET Packaging, pôde ganhar
ADIÇÃO – Com termoencolhível, maior valor percebido que com a usual banda de BOPP
decoração >>> alimentos
Cai como luva Máquinas da STM dão eficácia à aplicação de termoencolhíveis em potes de faces planas
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avanço dos termoencolhíveis no mercado brasileiro deve muito aos projetos de máquinas para a adaptação desses rótulos às embalagens de formato cubado e paralelepípedo. Afinal, a grande difusão inicial dos filmes contráteis ocorreu nos recipientes cilíndricos, que, por não terem frente e verso definidos, facilitam a aplicação. Já os potes com faces planas exigem centralização do rótulo e deformações exatas da impressão, a fim de se obter a apresentação desejada na contração da decoração. Uma das principais contribuintes para a superação desses obstáculos é a STM, produtora de equipamentos automáticos para inserção de termoencolhíveis e representante local dos rótulos da argentina Zanniello, hoje aplicados numa série de produtos nacionais. Os projetos de decoração de potes cubados remontam ao fim de 2004, quando a STM envolveu-se no lançamento da maionese Vigor. O objetivo da cliente era fazer seu pote, produzido pela Huhtamaki, ser reutilizado pelo
consumidor, à guisa de um Tupperware. Para tanto, a STM propôs a aplicação de um termoencolhível da Zanniello com uma linha micro-serrilhada, para facilitar a retirada do rótulo após o término do produto. Também para a Vigor, a STM recentemente participou da estréia da nova linha de margarinas Leco com sabores. A aplicação dos rótulos é feita pelo equipamento EPET AB 140 COP, de fabricação nacional. No fim de 2005, a empresa entregou uma segunda máquina aplicadora para a Fibrasa, no Espírito Santo, destinada à colocação de rótulos da Zanniello nos potes das margarinas Leco de 250 gramas e 500 gramas. “Nossas máquinas possuem alimentador de potes e descarga com empilhador automático e podem decorar até 150 potes por minuto”, destaca Ricardo Chorovicz, do departamento comercial da STM/Zanniello. “Já os nossos rótulos podem assimilar os mehores processos de impressão e aplicações como metalização, tratamento fosco e sistema ultravioleta, entre outros”.
DIVULGAÇÃO
STM: (11) 6191 6344 • www.stm.ind.br
AMOLDAMENTO – Maioneses e margarinas: nobreza com inserção exata dos rótulos
Rumo à desindustrialização Na Argentina, setor de máquinas vocifera contra os juros altos e o câmbio irreal
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entre os expositores brasileiros na Argenplás, feira dirigida ao setor plástico que ocorreu em Buenos Aires entre 20 e 24 de março último, os que mais tinham a lamentar eram os fabricantes de equipamentos. As críticas centravam-se num alvo comum: o real sobrevalorizado. Numa entrevista exclusiva concedida a EMBALAGEMMARCA, Maristela Simões de Miranda, da Diretoria Estratégica de Financiamentos da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos e diretora comercial da fabricante de máquinas Maqplas, alerta para os riscos que a atual política cambial traz para o setor industrial brasileiro. Quais são os maiores desafios que o fabricante brasileiro de equipamentos enfrenta para exportar para outros países da América Latina? O grande problema hoje é a taxa de câmbio, o real valorizado. Isso torna o valor de nossos equipamentos muito ruim para a exportação. Estamos perdendo não só para os equipamentos asiáticos. Hoje já estamos perdendo também para equipamentos americanos e europeus. Os equipamentos europeus estão chegando com preço muito similar aos nossos, às vezes cerca de 15% mais caros que os brasileiros, mas, como eles têm mais tradição, nós acabamos perdendo a concorrência. Há algum tipo de financiamento que possa minimizar o impacto da supervalorização? Não temos como fazer mágica. Para compensar o câmbio forte, precisaríamos ter juros baixos. E esse não é 48 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2006
CONTRA-SENSO Para Maristela, não adianta incentivar exportações com real valorizado
bem o caso do Brasil. A Abimaq tem feito vários pleitos para sensibilizar o governo de que essa perda de competitividade dos equipamentos é um problema sério, na medida em que não é só o fabricante de bens de capital que está sendo abalado. Toda a cadeia produtiva está sendo afetada pela atual taxa cambial. Nós deixamos de fabricar equipamentos, mas toda a nossa cadeia também deixa de fabricar. Com o passar do tempo, perde-se essa cadeia, porque ela acaba saindo do país. Os primeiros a perder são os nossos fornecedores, que acabam saindo do Brasil para se instalar em outras regiões, em outros países. Formar novamente essa cadeia é muito difícil. E o governo não está se dando conta disso. Mas o governo alega estar incentivando as exportações... Na Maqplas, estamos investindo há vários anos em uma estrutura para exportação, acreditando naquilo que o governo falou, e ainda fala, de que as empresas devem investir em exportação. Estamos aqui na Argenplás junto com outras empresas, com o apoio da Apex, que é um programa governamental destinado a promover as exportações. É um contra-senso. Numa mão você tem um incentivo para divulgar o seu produto para exportar, e na outra
mão você não tem um câmbio favorável, incentivador.
Em que extensão a atual situação está afetando o setor de bens de capital no Brasil? O problema não se restringe apenas à entrada de máquinas. Hoje entram também os produtos acabados. Com isso, temos máquinas paradas, e não há a necessidade de investimento em equipamentos. O mercado interno, dessa forma, não consegue absorver o que se deixa de exportar. No decorrer do tempo, isso pode levar a um processo de desindustrialização do país. O governo tem de tomar muito cuidado com o que está acontecendo. Hoje vemos fábricas multinacionais mudando alguns centros de produção do Brasil para outros países. Em multinacionais, a análise é simples: se o Brasil está dando prejuízo, vai-se embora do Brasil. Não existe sentimento nacionalista. Na Abimaq temos visto vários exemplos de empresas fazendo isso. O que também se vê é empresa maquiando equipamento importado para passar por produto nacional e conseguir financiamento. Tudo isso vai levar a uma desindustrialização do Brasil, e nós vamos exportar só commodities, sem nenhum valor agregado. Isso não seria perder as conquistas dos últimos anos? É uma pena, pois nos últimos anos as máquinas brasileiras cresceram muito em tecnologia, ganharam credibilidade internacional. Existem hoje, por exemplo, fabricantes brasileiros que exportam máquinas já com o logotipo de fabricantes europeus, que as vendem como se fossem fabricadas por eles.
plásticas >>> degradação acelerada
Encontros e desencontros Confusão acerca dos plásticos oxi-biodegradáveis faz inglês bisar visita ao país
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FOTO: DIVULGAÇÃO
razida ao Brasil menos de cinco anos atrás, a tecnologia d2w, da inglesa Symphony, vem sendo o principal catalisador da difusão no país das embalagens plásticas de degradação acelerada – ou oxi-biodegradáveis, na expressão que define a decomposição mais veloz desses materiais sob a ação de agentes naturais como água, raios solares e microorganismos. Mais de 60 transformadores nacionais de embalagens já trabalham com a d2W, avalizados pela RES Brasil, sua licenciadora no país. Em março, o CEO da Symphony, o inglês Michael Laurier, veio pela segunda vez ao Brasil, a fim de acompanhar os negócios e dar prosseguimento a uma missão que considera crucial: esclarecer o empresariado local sobre a tecnologia de oxi-biodegradação e suas conformidades legais. EMBALAGEMMARCA aproveitou a ocasião para conversar com o executivo. O senhor visitou o Brasil duas vezes nos últimos meses. Que fatores chamaram sua atenção quanto à divulgação dos plásticos de degradação acelerada no país? A confusão causada por algumas associações representantes da indústria de plásticos. Houve confusões na interpretação de regras internacionais sobre embalagens compostáveis. Algumas pessoas acharam que elas abarcariam também as embalagens oxi-biodegradáveis. Mas são coisas diferentes. Por isso, associações tomaram uma posição condenatória quanto aos plásticos oxi-biodegradáveis, divulgando informações desencontradas ou não recomendando o seu uso entre as indústrias. Muitas empresas usuárias de embalagens que estavam interessadas na tecnologia acabaram retrocedendo. Em alguns desses 50 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2006
casos houve migração, por exemplo, do polietileno para o papel, aumentando custos e os volumes de resíduos, ou então a manutenção dos plásticos comuns, que podem levar até 400 anos para se degradar na natureza. Esclarecer dúvidas do mercado foi a principal intenção de minhas visitas ao Brasil. Há uma série de pressões governamentais e de leis severas relativas ao impacto ambiental das embalagens na Europa. Por aqui as indústrias não enfrentam o mesmo rigor. Essa situação enfraquece o apelo das embalagens oxi-biodegradáveis no Brasil? A situação na Europa também é confusa e sujeita a pesados debates, como em outros países. Em alguns meses a posição européia a respeito das embalagens oxi-biodegradáveis deverá ficar mais clara, e o Brasil poderá seguir a mesma linha. Até lá, entretanto, não há motivo para o processo afetar a difusão de tecnologias como a nossa, uma vez que o FDA e padrões europeus determinam que ela é segura para o solo e para o contato com alimentos. Diversas corporações de grande porte já utilizam a tecnologia d2w em mais de 35 países ao redor do mundo. A tecnologia d2w da Symphony inicialmente se difundiu no negócio de embalagens plásticas flexíveis no Brasil. O senhor vê potencial para embalagens rígidas também? Como se encontra o cenário europeu no tocante aos tipos de embalagens oxi-biodegradáveis que já são utilizadas? Aplicações da tecnologia em embalagens rígidas são possíveis e na Europa alguns trabalhos já foram feitos com RUÍDO – Para Laurier, comunicação errônea retardou a oxi-biodegradabilidade no Brasil
garrafas para leite e água mineral. A maioria dos produtos oxi-biodegradáveis ainda é de descarte em curto prazo, como sacolas de varejo, envoltórios para alimentos e sacos para lixo. Já existem mais de 60 convertedores brasileiros testando ou já produzindo embalagens com os aditivos da Symphony. O senhor esperava esse desempenho em tão pouco tempo? Ficamos impressionados, mas não surpresos, porque os transformadores não alteram seus processos produtivos e o custo da tecnologia é bastante acessível. Numa época em que crescem a preocupação ambiental e a necessidade por plásticos para carregar bens e protegêlos, os oxi-biodegradáveis são soluções imediatas para a indústria e para o consumidor defenderem uma posição pró-ambiental sustentável.
Escopo ampliado Terceira versão da suíte Scope aumenta leque de ferramentas e propõe sinergia ainda maior para aperfeiçoar a pré-impressão de embalagens
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anivete suíço para a pré-produção de embalagens, a suíte de softwares Scope chega à sua terceira versão em abril. O pacote de programas da belga Esko vem conquistando adeptos ao redor do mundo com uma abordagem atraente: transformar todas as etapas que antecedem a impressão de embalagens num processo colaborativo, aberto à participação de todos os elos da cadeia produtiva, para a obtenção do tripé maior qualidade, prazos menores e racionalização de custos. Em resumo, a proposta é de sinergia, e o Scope 3 promete tornar mais fácil obtê-la. Para as etapas de design estrutural e gráfico, o Scope 3 afina os métodos de visualização 3D de projetos, para tornar testes e provas os mais realísticos possíveis. A versão 7.0 do ArtiosCAD, o componente de design estrutural do Scope, vem na suíte com mais opções de formatos para a importação de arquivos de modelos CAD, bem como uma gama expandida de aspectos de substratos, que cobrem todos os materiais de embalagem – papelão, papel cartão, plásticos etc. Uma aposta da Esko no Scope 3 é mostrar como o design de embalagens pode se tornar um processo tridimensional com alta interativi-
GERAL – Pacote do Scope 3 abrange dos rascunhos às saídas de máquina de embalagens
dade. Essa função é coberta pelo 3-dX, plug-in para o Adobe Illustrator que integra o produto DeskPack. O 3-dX deixa um canal aberto entre a criação bidimensional e a visualização 3D, facilitando o trabalho dos designers e a compreensão dos projetos. Segundo Jan De Roeck, diretor de marketing da Esko, a adição do plug-in é resultado de um sinal do mercado. “Mais de 90% dos projetos de embalagens são preparados no Illustrator, o programa preferido dos designers”.
Prinect, da Heidelberg, mira as gráficas rumo ao downsizing Quem também se esforça para divulgar uma suíte de programas para gerir de forma integrada os processos de pré-impressão, impressão e acabamento de embalagens e outros artigos gráficos é a Heidelberg. O Prinect, sistema da titã alemã para o gerenciamento ponta a ponta de gráficas, vem recebendo tratamento vip nos mais recentes eventos mundiais do setor gráfico, e quer formar uma forte base usuária no mercado brasileiro. O sistema baseia-se numa
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trinca de ferramentas distintas. O Prinect Production Solutions é composto por diferentes softwares que permitem o trabalho on-line de equipamentos de pré-impressão, impressão e acabamento. Uma vez integrados, os dados de acerto dos equipamentos saem da préimpressão diretamente para os equipamentos inerentes – processo que incide na redução do tempo de acerto em cada fase do fluxo de trabalho. Nesse processo, o gráfico ganha subsídios para identificar gargalos e definir estratégias
de investimento em maquinário. Já o Prinect Color Solutions gerencia cores oferecendo uma ferramenta para padronizá-las em todos os equipamentos de pré-impressão e impressão da gráfica. Por fim, o Prinect Management Solutions é uma espécie de administrador virtual: promove soluções de gestão da gráfica, regendo orçamentos, compras, custos, planejamento, controle de produção e até o monitoramento da entrega de trabalhos aos clientes. O Prinect permite às gráficas
instalarem os módulos de acordo com sua conveniência e necessidade em cada fase de produção. Assim como os gerenciadores de serviços gráficos mais atuais, o Prinect abraça o formato JDF (veja explicação no texto sobre o Scope). A Heidelberg do Brasil irá promover na ExpoPrint Latin America, evento a ser realizado em maio em São Paulo, o Prinect Experience, evento que explica todos os processos do Prinect e que fez barulho nas feiras internacionais Drupa 2004 e Print & Converting 2005.
PALETA – DeskPack amplia funcionalidade CAD do Adobe Illustrator, programa preferido dos designers de embalagens
Esko (11) 5583-1311 www.esko.com Heidelberg +55 (11) 5525 4500 www.heidelberg.com
HEIDELBERG DRUCKMASCHINEN AG
O casamento com padrões da Adobe vai além. As ferramentas de workflow do Scope 3 utilizam o PDF 1.6 como linguagem nativa para edição de trabalho, provas de páginas e ripagem. Elas também são compatíveis com a versão 1.3 do Adobe JDF (Job Definition Format), formato de arquivo criado para que todas as ferramentas de produção de uma gráfica “falem” a mesma língua, independentemente de marca. Com a linguagem Adobe XMP, todos na cadeia de criação da embalagem têm acesso a dados críticos embutidos nos arquivos de design, de produção e na saída de RIP. Os fluxos de colaboração e aprovação também são dinamizados com a nova versão 6.0 do WebCenter, o comunicador on-line integrado ao Scope, agora com novas ferramentas para comparação. Em gerenciamento de cores o Scope 3 introduz uma nova ferramenta para retículas, a fim de otimizar impressões flexográficas. O PerfectHighlights responde a desafios como a impressão de papelão ondulado, que muitas vezes é feita com chapas poliméricas com grande profundidade de relevo. Nesses casos, pontos de luz dispersos muitas vezes não conseguem se manter estáveis ao longo da tiragem. O PerfectHighlights garante essa estabilidade. Assim, não só os usuários das embalagens ganham uma impressão melhor, mas os convertedores de papelão ondulado obtêm uma forma de diferenciar sua qualidade de impressão daquela da concorrência.
À MÃO – Prinect gerencia processos produtivos e até mesmo a administração de gráficas
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Inteligentes... Um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade de Amsterdã, apresentado na semana passada em uma conferência de informática na Itália e depois publicado no jornal The New York Times, demonstra que etiquetas de identificação por radiofreqüência (RFID) podem ser contaminadas por vírus digitais. Isso pode ocorrer de dois modos: com códigos maliciosos e pane do sistema por sobrecarga de dados (buffer overflow).
BRICs, eldorados também para rótulos Brasil, Rússia, Índia e China manterão alta nos próximos anos A economia global mais e mais volta os olhares para os chamados BRICs, sigla cunhada para definir o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China, países em rápida industrialização – portanto, com vastas oportunidades de negócios. A situação não é diferente para a indústria de rótulos e etiquetas.
Enquanto no Japão, nos Estados Unidos e no Oeste Europeu o mercado de rótulos provavelmente crescerá a médias anuais de 5% a 7% nos próximos cinco anos, nos BRICs essas taxas se manterão com folga na casa dos dois dígitos. Veja as previsões para cada um desses países emergentes.
BRASIL
RÚSSIA
ÍNDIA
CHINA
Mesmo sem espetáculo de crescimento, o mercado nacional de rótulos e etiquetas evolui consistentemente. Ele deverá manter médias anuais de crescimento de 18% pelo menos até a próxima Copa do Mundo.
Vem sendo o país de maior crescimento para o negócio de rótulos auto-adesivos nos últimos três anos. Para especialistas, o mercado local de rótulos manterá índices de crescimento de 17% nos próximos anos.
Sediou em fevereiro, pela primeira vez, a rodada de negócios Label Summit, realizada em vários países. Estudos prevêem que seu mercado de rótulos crescerá a taxas anuais de 18% a 23% nos próximos cinco anos.
Rótulos e embalagens representam 48% de todos os serviços de impressão no país de Mao, em franco crescimento. O mercado chinês de rótulos deverá ter evoluções anuais de 15% a 20% pelo menos até 2007.
...Mas suscetíveis Segundo o estudo, os vírus, a partir de uma só etiqueta, podem corromper estoques inteiros. Indústrias não gostaram do estudo. Mas os pesquisadores envolvidos demonstraram na prática a eficácia de sua tese, “contaminando” uma etiqueta inteligente.
Atenções no Sol Nascente Nilpeter, Gallus, MPS, Gidue, HP Indigo, Lintec e Omet são alguns dos nomes que participarão do Label Summit Japan, a se realizar no fim de abril em Tóquio. A expectativa em torno do evento é grande. O Japão responde por 52% do mercado de rótulos asiático e é o segundo maior consumidor de rótulos do mundo.
Mais uma Heidelberg Focada no segmento promocional, a Gráfica Romus, de São Caetano do Sul (SP), adquiriu uma impressora Speedmaster SM 74-4+L com verniz em linha, da Heidelberg. A meta é aumentar a produtividade nos trabalhos de médio formato. A Romus espera um aumento de 30% na produção em 2006.
Certificação completada A Suzano Papel e Celulose acaba de receber para as suas unidades florestais de São Paulo e Minas Gerais, a certificação OHSAS 18001, norma internacional que atesta o uso das melhores práticas de gestão de segurança e saúde ocupacional junto aos seus colaboradores. Essa conquista completa o processo iniciado em 2001, quando as áreas da Bahia e do Espírito Santo foram certificadas. Agora, toda a unidade florestal da empresa possui a OHSAS 18001.
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Fontes: FINAT e Tarsus Group
Auto-adesivo brasileiro em evidência Boletim setorial destaca a Cachaça Sagatiba A brasileiríssima Cachaça Sagatiba ganhou destaque na capa da primeira edição trimestral de 2006 da revista FINAT Labelling News, órgão oficial da FINAT, a associação mundial da indústria de rótulos auto-adesivos e produtos afins. Produzido pela
Prodesmaq, hoje CCL Label, o sistema de rotulagem da garrafa da Sagatiba, em que sobressaem o no-label look e o efeito lupa da imagem interna do contra-rótulo, foi um dos premiados do Concurso de Rótulos FINAT de 2005.
Gráfica Sarapuí investe em mercado meia folha Intenção é atender à maior demanda de pequenas e médias tiragens de embalagens
Komori, nova estrela da Estrela Off-set dará competitividade a gráfica catarinense de rótulos
PLUS – Melhor off-set na Estrela
Com vocação para a conversão de rótulos e etiquetas adesivas, a catarinense Gráfica Estrela quer ver sua produção em off-set – que, ao lado da flexográfica, corresponde a 50% dos serviços da empresa – dobrada em pouco tempo. Para tanto, a empresa acaba de adquirir uma impressora japonesa Komori, modelo Lithrone S 640+C. A máquina, comercializada no Brasil pela Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos, tem capacidade para impressão em até seis cores, mais aplicação de verniz. “O investimento foi feito para incrementar a competitividade, reduzir custos e melhorar a produtividade, uma vez que o modelo é automatizado”, diz Cesário Rogério, gerente geral da Gráfica Estrela. (49) 3441-0200 www.graficaestrela.com.br (11) 3225-4400 www.gutenberg.com.br
do meia folha. Segundo Danilo Storti Garcia, diretor comercial da Sarapuí, os pedidos de pequenos volumes incorriam em problemas de custo no trabalho com folha inteira, que muitas vezes tinham de ser absorvidos pela gráfica. Com a MAN Roland 500, que atinge cadência de até 18 000 folhas por hora, a capacidade produtiva
da Sarapuí deve ser otimizada em até 40%. Os principais clientes da Sarapuí estão na indústria farmacêutica. Hoje, os laboratórios respondem por 60% do volume de produção da empresa. (11) 6115-3400 www.graficasarapui.com.br (11) 5522-5999 www.ippgroup.net
Duas vias de promoção com adesivos Soluções da Novelprint valorizam embalagens de cereais A gaúcha Cerealista Albaruska encontrou uma maneira criativa de destacar seus arrozes Natural Ser e Arroz de Pilão nas seções de grãos. Os frontais da sacaria dessas marcas recebem a aplicação de etiquetas auto-adesivas do tipo bula, da Novelprint. Com informações sobre o produto e seu modo de preparo, a peça pode ser destacada e guardada pelo consumidor. “Já somos conhecidos como ‘o arroz do selinho’”, conta Nelson Londero, diretor da Albaruska. Cerca de 600 000 etiquetas são consumidas por mês pela cerealista. Outra solução da Novelprint, stickers promocionais auto-adesivos, ganharam o verso do rótulo do Neston 3 Cereais, da Nestlé. As figurinhas, para colecionar, destacam temas da animação A Era do Gelo 2. (11) 3768-4111 www.novelprint.com.br
SOLUÇÕES – Arrozes da Albaruska adotaram bula (acima); Neston 3 Cereais, da Nestlé, figurinhas colecionáveis (abaixo)
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
De olho na tendência de pequenas e médias tiragens, a Gráfica e Editora Sarapuí, especializada no segmento de embalagens, adquiriu uma impressora Roland 500, da alemã MAN, representada no Brasil pela Intergrafica Print & Pack. O equipamento, capaz de realizar trabalhos em seis cores com verniz, é ideal para a atuação no merca-
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Página
Telefone
Site
Alcan/Cebal
3
(11) 4723-4722
www.cebalbrasil.com.br
Arco Convert
11
(11) 6161-8099
www.arco.ind.br
Aro
19
(11) 6462-1700
www.aro.com.br
Brasil Multimídia
33
(11) 5678-7798
www.brasilmultimidia.com.br
7
(19) 3876-9300
www.ccllabel.com.br
Colacril
35
(44) 3518-3500
www.colacril.com.br
Congraf
30-31
(11) 5563-3466
www.congraf.com.br
C-Pack
4ª capa
(11) 5562-8671
www.c-pack.com.br
Diadema
25
(11) 4066-7833
www.embdiadema.com.br
Dixie Toga
21
(11) 5516-2096
www.dixietoga.com.br
Easy Pack
27
(11) 4582-9188
www.easypack-brasil.com.br
Elo Design
53
(11) 3871-9942
www.elopress.com.br
Fispal
49
(11) 5694-2666
www.fispal.com
Gumtac/Pimaco
45
(21) 2450-9707
www.gumtac.com.br
Imaje
47
(11) 3305-9455
www.imaje.com.br
5 e 13
(11) 3618-7100
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Integral Pack
27
(11) 5533-1076
www.integralpack.com.br
Interplast
51
(47) 3451-3000
www.interplast.com.br
Kromos
23
(19) 3879-9500
www.kromos.com.br
Luxepack
43
(11) 5521-4325
www.luxepack.com.br
Maddza Máquinas
33
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CCL Label
Indexflex
Markem
9
Master Print
33
(41) 2109-7000
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Moltec
27
(11) 5523-4011
www.moltec.com.br
3ª capa
(11) 5693-9988
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Rio Polímeros
41
(21) 2157-7777
www.riopol.com.br
SetPrint
53
(11) 2133-0007
www.setprint.com.br
Simbios-Pack
53
(11) 5687-1781
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Sonoco For-Plas
53
(11) 5097-2750
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Speranzini Marketing
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STM
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(11) 6191-6344
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27
(11) 5581-5974
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Technopack
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(51) 3470-6889
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2ª capa
(11) 5501-3262
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Poly-Vac
Tetra Pak
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A Braga Produtos Adesivos, preocupada em atender, ouvir e transformar em soluções as necessidades de seus clientes, preza pela imagem que é refletida nos veículos em que anuncia. É neste aspecto que a credibilidade, o conteúdo editorial e gráfico de alta qualidade da EmbalagemMarca fazem dela uma referência no mercado de embalagens. Com informações atualizadas e sintonizadas com as mudanças do mercado, a revista trata o “mundo da embalagem” da maneira como deve ser visto: com o valor e a importância que tem na vida das pessoas.
Almanaque My name is Boca...
DIVULGAÇÃO; BRIQUET FILMES
Herói das peças publicitárias do Cepacol, o enxaguatório bucal da Sanofi-Aventis, o Bond Boca foi criado pelo publicitário Cláudio Sendim no início dos anos 80. Como o personagem deixa claro, Sendim o rascunhou tendo em mente Roger Moore, o ator britânico que à época personificava o agente secreto James Bond, o 007, no cinema. Os traços de Boca foram refinados pelo cartunista Spacca. Serginho Leite, o humorista, emprestava seu gogó ao herói nas animações, produzidas pela Briquet Filmes. Mais recentemente, Boca adquiriu ar menos formal, deixando o summer com lenço e a gravata borboleta no closet.
Pesquisas puseram giz no taco Até o início do século passado era comum a aplicação de verbas de publicidade a esmo, valendo-se apenas de fé na tacada. Prestando serviços a indústrias como avaliador de especificações técnicas de produtos, o engenheiro americano Arthur C. Nielsen (ao lado) notou como esses tiros no escuro afligiam os executivos. Eureca. Ele encetou uma rotina de peregrinações a lojas 58 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2006
em variados pontos de seu país, rastreando desempenhos de marcas, e passou a ofertar às indústrias um serviço até então inédito: pesquisas de mercado. Nielsen criou o conceito de market share e abriu, em 1923, uma empresa para explorar o filão das estatísticas de mercado, a ACNielsen. Foi um giz para as tacadas de marketing dali em diante.
Será coisa secular? Dizem que o xote deriva da polca escocesa, ou schotisch, uma popular dança de salão dos alemães. Curiosamente, atribui-se origem germânica também à xiboquinha, bebida que virou moda nos forrós de ultimamente. Seria uma receita do imigrante tedesco Hans Wolfgang Mehster popularizada em Itápolis, interior paulista, na década de 50. Os clientes do restaurante do qual Mehster era cozinheiro teriam aportuguesado o nome original do drinque, schepöken, por assonância, e deu no que deu. Há quem acredite que regar xotes com shots de xiboquinha pode ser tradição antiga, importada dos bailes alemães. Mas a versão oficial é que a bebida se apegou aos arrasta-pés na praia capixaba de Itaúnas, perto de onde era fabricada, já como Xiboquinha, marca registrada da Philadelphia, nos anos 90. Seguiu de lá para os forrobodós de todo o Brasil.
VOCÊ SABIA? A receita do café tipo cappuccino foi criada nos anos 1940, na Itália, a partir da mistura de pó de grãos nobres, leite vaporizado, açúcar e canela em pó. O nome se deveria à semelhança entre a cor da bebida e a da vestimenta dos monges capuchinhos, ou cappuccini em italiano (no singular, cappuccino).
A Cervejarias Kaiser Brasil, hoje Femsa Cerveja Brasil, foi a primeira cervejaria a estampar um número de atendimento ao consumidor em seus rótulos. Foi em 1992.