Revista Embalagemmarca 068 - Abril 2005

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A nossa maneira de ver anto quanto a participação de representantes do governo em grandes fóruns econômicos e políticos mundiais, ocorrências de menor dimensão evidenciam a crescente internacionalização da economia brasileira. Demonstrações concretas desse fato são apresentadas nesta edição. Veja-se por exemplo, na página 46, a reportagem sobre o que vem ocorrendo na área de perfumaria, bom retrato da força do Brasil num campo onde o confronto é duríssimo. Isso está mostrado também – com boas sugestões – na Entrevista com

T

Wilson Palhares

A revista procura mostrar por ângulo mais agudo do que o de burocráticas passagens por feiras no exterior o dinamismo com que agentes da cadeia de embalagem estão se internacionalizando

o ex-embaixador brasileiro em Londres e Washington, Rubens Barbosa, hoje diretor de uma empresa de consultoria em comércio exterior. Um pouco mais transparece na maneira entusiástica com que empresários empenhados em exportar receberam o lançamento oficial da Marca Brasil, como está descrito na página 34. Outra evidência, certamente não a última, é a próxima realização do Label Summit Latin America 2005, encontro promovido por grupo estrangeiro em São Paulo com vistas à integração internacional de empresas da cadeia de rotula-

gem (pág. 52). Com reportagens como essas, EMBALAGEMMARCA procura mostrar por ângulo mais agudo do que o de burocráticas passagens por feiras no exterior o dinamismo com que agentes da cadeia de embalagem estão se internacionalizando. É assim também – buscando sempre aspectos instigantes – que a equipe da revista se orienta na cobertura de eventos lá fora, aos quais dá igual atenção que aos domésticos. O próximo será a Interpack, em Düsseldorf, na Alemanha, este mês. A cobertura sairá na edição de maio. Até lá.

nº 68 • abril 2005 Diretor de Redação Wilson Palhares

8 16

Entrevista: Rubens Barbosa Diplomata e diretor de consultoria em comércio exterior fala das oportunidades para produtos brasileiros nos mercados externos

Reportagem de capa: Flexíveis Filmes de polipropileno biorientado com efeito fosco são alternativa para diferenciar as embalagens flexíveis em categorias dominadas pelo brilho

34 40

22 24 26

Para prover conforto ao consumidor, Nestlé lança versão do Leite Moça em bisnaga plástica

46

54

Omo Unilever lança embalagem em forma de bola para valorizar ação publicitária

Resinas Petroquímicas anunciam novas resinas termoplásticas especiais para a produção de embalagens

Reportagem Flávio Palhares

Governo e setor privado se unem e lançam Marca Brasil

[email protected]

Guilherme Kamio [email protected]

Leandro Haberli Silva

Internacional Os maiores destaques do FPA Awards, prêmio que destaca inovações em embalagens flexíveis nos EUA

64

Exportações

Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado Assistente de Arte José Hiroshi Taniguti

Perfumes brasileiros buscam crescimento em mercados estrangeiros

Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Polo

Departamento Comercial

Polo Films inaugura segunda linha em Montenegro (RS) e dobra sua capacidade de produção de filmes de BOPP

[email protected]

Karin Trojan Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas

Latin American Label Summit 2005

Marcella de Freitas Monteiro [email protected] Assinatura anual: R$ 90,00

Conferência e exposição prometem trazer os mais recentes lançamentos dos fornecedores da cadeia de rótulos para convertedores da região

Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.

Filiada ao

Colesterol zero Margarinas Doriana e Becel e maionese Hellmann’s têm agora fórmula livre de gordura trans

A capa desta edição foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m , da Ripasa, termolaminada com filme Prolam®. 2

3

[email protected]

[email protected]

50 Marcas

[email protected]

Marca Brasil

Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

63 Rotulagem Materiais, equipamentos e processos de decoração, identificação e rastreabilidade

69 Display

Esta revista foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2 (capa) e papel Image Mate 90g/m2 (miolo), fabricados pela Ripasa S/A Celulose e Papel, em harmonia com o meio ambiente. Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466 Laminação: Lamimax Tel.: (11) 3644-4128 Filme da laminação: Prolam Tel.: (11) 3611-3400

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463 Filiada à

Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

70 Panorama Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

73 Painel Gráfico Novidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens

74 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

entrevista >>> Rubens Barbosa

“Há muito potencial para produtos e marcas lá fora” x-embaixador do Brasil em países de grande peso, Rubens Barbosa acumulou em sua carreira diplomática vasta experiência em assuntos econômicos e comerciais internacionais. Os cargos mais recentes que ocupou dão a dimensão dessa experiência, na medida em que constituem dois dos mais movimentados centros mundiais de comércio: a Embaixada do Brasil em Londres, de janeiro de 1994 a junho de 1999, e a de Washington, de julho de 1999 a março de 2004. O diplomata ocupou igualmente altos cargos no governo brasileiro, em especial no Ministério das Relações Exteriores. Naquela pasta, foi secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda; representante permanente do Brasil junto à Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), subsecretário-geral de Integração, Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Ministério das Relações Exteriores; Coordenador da Seção Brasileira do Grupo Mercosul. Participou ativamente do processo de decisões nessas áreas, chefiou centenas de missões negociadoras e foi presidente da Associação dos Países Produtores de Café (APPC), por cinco anos. Essa extensa atividade dá a Rubens Barbosa condições especiais para exercer sua função atual, de diretor de uma consultoria de comércio exterior, na qual orienta, muitas vezes com pormenores bem específicos, empresários interessados em colocar seus produtos em mercados mais exigentes. Nesta entrevista, ele oferece uma série de orientações que, por si, já seriam suficientes para muita gente evitar problemas ao pretender exportar. Como aquela que pode parecer óbvia, mas muita gente não leva em conta e acaba se dando mal: “Ir para o exterior sem estar munido do máximo de informações é complicado.”

E

O senhor freqüentemente comenta o potencial de negócios que existe lá fora, principalmente nos Estados Unidos, que não é aproveitado pelas exportações brasileiras. Qual a dimensão dessas oportunidades e o que pode ser feito para que o país consiga aproveitá-las melhor? Tenho sempre destacado, em artigos, entrevistas ou pronunciamentos recentes, uma informação que precisa ser mais bem absorvida pelas indústrias nacionais. É o fato de 68% das importações anuais americanas entrarem lá com tarifa zero. São mais de dois terços de um bolo de algo em torno de 1,5 trilhão de dólares. Isso dá a dimensão do potencial para exportar para lá. Quanto ao que fazer para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros, as necessidades estão muito mais do lado de cá, no Brasil, do que fora. Os esforços que vêm sendo feitos pelos empresários e pelo governo deverão continuar a pressionar o governo americano para reduzir as restrições tarifárias e não tarifárias que impedem o aumento das exportações de produtos tradicionais. E é preciso realizar um esforço para amortizar o custo Brasil, para reduzir os custos de financiamento, para melhorar a política cambial. Há o problema do imposto de renda, dos encargos sociais… Enfim, acho que o problema da competitividade do produto brasileiro poderia ser bastante diminuído se fizéssemos o dever de casa e reduzíssemos toda essa carga fiscal e toda essa carga tributária que incidem sobre as empresas e sobre os produtos. Assim teríamos um produto de exportação mais competitivo. Excluindo-se as questões de ordem macroeconômica, os gargalos no setor de infra-estrutura e outros problemas conjunturais, o que pode ser feito pelas indústrias que queiram exportar, em termos práticos, para penetrar num mercado competitivo como o americano?

Rubens Barbosa, ex-embaixador e consultor de comércio exterior, aborda as oportunidades para as exportações brasileiras e os cuidados que se deve ter com leis, normas e padrões – inclusive os de embalagem 8 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

entrevista >>> Rubens Barbosa O mercado americano é enorme e, nos setores em que não há restrições, as oportunidades são muito grandes. O mais importante é ter produto. Se seu produto é bom, tem qualidade, tem a embalagem correta e tudo o mais, você exporta. Apesar do câmbio, apesar do custo Brasil, a indústria nacional é competitiva. A partir do momento em que a empresa tem produto e quer exportar, entra outro detalhe fundamental. Os produtos têm de estar de acordo com as especificações deles – isso, é claro, deixando de lado produtos que podem ser exportados da forma como são feitos aqui, exemplo dos biquínis brasileiros, que vão lá fora ditar moda. Contudo, é preciso ajustar a maioria dos produtos às condições deles. Os Estados Unidos trabalham com determinados standards, a Europa com outros, e é preciso saber quais são eles. Se você desconhece esses padrões, não adianta nem querer exportar. Se a embalagem do seu produto ultrapassar em cinco centímetros o que a lei do país importador permite, se o seu rótulo é diferente do que lá é obrigatório, você não passa nem num teste preliminar. Vem daí a importância de se contratar serviços de consultoria, lá fora ou aqui, para realizar estudos sobre o mercado, sobre canais de distribuição, sobre questões tarifárias, sobre regras e costumes. Ir para o exterior sem estar munido do máximo de informações é complicado.

O senhor é diretor de uma consultoria de comércio exterior e acaba de fechar contrato com uma empresa de água mineral para levar o produto ao mercado americano. Seu trabalho chega a ponto de cuidar também da parte de apresentação do produto, de analisar questões relativas à embalagem? Sim, a questão da embalagem está englobada entre os conselhos técnicos que damos. No caso dessa nossa cliente de água mineral (a Ipanema Indústria e Comércio de Bebidas, engarrafadora da água Via Natural), fomos verificar as normas de embalagem, observamos se os prospectos estavam bem redigidos em inglês, se o formato das embalagens e os rótulos estavam de acordo. Voltando à questão anterior, é óbvio que não são todas as empresas que olham de esguelha para a consultoria, e prova disso é que atualmente estamos analisando propostas para coordenar estudos, lá nos Estados Unidos, para mensurar mercados para determinados produtos. Às vezes a pessoa quer exportar e acha que, pelo fato de outros estarem exportando, ela também pode. Mas é preciso ver se o produto, da forma como é apresentado, tem mercado lá. Veja o caso da água: é preciso definir se o objetivo é concorrer num nicho sofisticado, com marcas como San Pellegrino, Evian ou Fiji, uma marca emergente. Muita coisa muda se a intenção é brigar no mercado popular, onde vale o preço. Isso é complicado, e é por isso que vem crescendo o número de empresas com esse papel de consultoria de comércio exterior.

“Se você desconhece

padrões, não adianta nem

querer exportar. Se a emba-

lagem do seu produto ultrapassar em cinco

centímetros o que a lei do país importador permite,

se o seu rótulo é diferente do que lá é obrigatório, você não passa nem

num teste preliminar”

E as empresas têm acordado para a importância desses serviços de inteligência para exportar com sucesso? Infelizmente, em muitos casos a contratação de serviços de consultoria de comércio exterior ainda não é vista como investimento, e sim como despesa. Nesse sentido, é possível traçar um paralelo com o que acontece com as embalagens, que em muitos casos não têm o reconhecimento devido como facilitadoras do negócio. O empresário brasileiro, principalmente o médio, que está começando a exportar, reluta em gastar com consultoria – o que não é uma crítica, só uma constatação. Por vezes, ele não tem nem departamento de comércio exterior, mas uma pessoa lá dentro que acha que entende inglês, sabe um pouquinho de francês, tem um amigo que mora fora e pensa que pode exportar. A brincadeira não é assim. A consultoria é em muitas questões vital, pois é preciso saber como vender o produto, com quem falar, qual segmento de mercado se deve abordar. 10 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

Em sua experiência como consultor, o senhor já presenciou casos de empresas que enfrentaram problemas para exportar por não terem respeitado maneiras corretas de acondicionar seus produtos? Sim. Conheço o caso de uma empresa brasileira bastante conhecida, cujo nome não digo qual é, por motivos éticos, que decidiu exportar para a França. Lá, a empresa responsável pela importação cismou que determinadas embalagens eram cópias de outras do próprio mercado francês, e os produtos também. Esse incidente é o típico caso de falta de assessoria. Também tive contato direto com o caso de empresas que começaram a exportar peças e móveis de madeira para os Estados Unidos sem o mínimo cuidado técnico. Lá, recebi muitas reclamações de que certos produtos,

entrevista >>> Rubens Barbosa como tábuas de assoalho, chegavam empenados... Ou seja, não davam a mínima para a forma de transporte, para fatores que poderiam colocar em risco a integridade do produto. É preciso fazer as coisas de maneira técnica, competente, e isso custa dinheiro. Muitas vezes acontece de devolverem carregamentos, o material se perde, e não estou nem falando dos mercados mais complicados, da Ásia, da Rússia, onde se você for sem assistência se prejudica mesmo. Estou falando dos mercados mais conhecidos, como o da Europa Ocidental, o dos Estados Unidos.

ou seja, são beneficiados, porém não têm certo grau de sofisticação. É o caso da pasta de soja. O caminho para escapar da dependência das commodities, no entanto, depende muito do grau de inovação do país, e o Brasil não investe em ciência e tecnologia como deveria. Há pouco contato das universidades com as empresas, então a pesquisa e o desenvolvimento no país ainda estão engatinhando. As empresas mais bem colocadas são as que pesquisam e que têm recursos para descobrir processos e recursos novos. Falta isso para que possamos competir em fatias de mercado mais sofisticadas. Já houve grandes avanços, mas ainda há muito por fazer, muita coisa para que as empresas brasileiras possam se apresentar com produtos com cara de Brasil, com tecnologia brasileira, com patente brasileira.

“A questão de se ter uma marca Brasil é

importante. E não precisa

Ouvimos aqui e ali o empresariado nacional falar da desconfiança dos países mais avançados quanto a produtos brasileiros industrialmente processados, que fujam do estereótipo do produto básico, para ser transformado lá fora. O senhor acredita que isso realmente exista? Os países avançados sempre revelam certo temor em relação a novidades, principalmente em se tratando de produtos que ninguém espera que o outro país produza. Nosso desafio é quebrar essa desconfiança. Vale lembrar que, no início, os países avançados mantinham um pé atrás com os aviões brasileiros. Hoje, a Embraer possui reconhecimento mundial. Se nós exportamos aviões, podemos exportar qualquer coisa, desde que ela seja boa. Peguemos o exemplo da água mineral. O estrangeiro é rigoroso, quer ter toda a garantia de que a água não é produzida perto de uma fábrica de produtos químicos, que sua planta industrial é bem estruturada, que o produto atende todos os critérios de qualidade. Como já disse, o primeiro passo está subordinado ao próprio produto. Se ele não for bom, pode-se fazer consultoria, se municiar de tudo, que ele não vai ser vendido lá. Se o produto chega lá apresentando um vício, se ele quebra ou empena, nunca mais o sujeito exporta para lá.

se ater somente a uma

marca-bandeira do país.

Poderia haver marcas para

O senhor acompanhou de perto o lançamento da Marca Brasil, feita recentemente num esforço do governo e do empresariado. O que acha de uma iniciativa como essa? Sempre defendi a existência de uma marca Brasil, mas essa que acaba de ser lançada, e que o governo quer que as empresas aproveitem, é muito mais uma marca institucional, do país. A questão de se ter uma marca Brasil é importante. E não precisa se ater somente a uma marca-bandeira do país. Poderia haver marcas para identificar e fortalecer todos os setores econômicos importantes. Dependendo do tipo de produto e de como se pretende atacar o mercado, uma marca simbólica pode ser de muita valia.

identificar e fortalecer

todos os setores econômicos importantes. Uma marca simbólica pode ser de muita valia”

Em meio ao melhor desempenho exportador observado nos últimos anos, o senhor acredita que o Brasil tem conseguido se distanciar da imagem de exportador exclusivo de commodities? Creio que sim. As exportações de produtos trabalhados estão aumentando, mas precisamos fazer um esforço maior. Se pegarmos a pauta, veremos que muitos produtos considerados semimanufaturados derivam de produtos agrícolas, 12 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

Para aumentar as exportações brasileiras e tornar produtos nacionais reconhecidos lá fora não faltam ações de marketing internacionais, iniciativas quiçá coordenadas pelo governo? O senhor mesmo já presidiu a Associação dos Países Produtores de Café (APPC) e acompanhou a valorização do café colombiano nos mercados externos por meio de uma agressiva campanha publicitária... O governo não tem dinheiro, portanto é necessário que o setor privado gaste para colocar esse tipo de iniciativa em prática. A campanha do Café da Colômbia, num caso excepcional, era bancada pelo governo. Mas é interessante registrar que, apesar de ter durado mais de vinte anos, essa campanha não fez a Colômbia ultrapassar o Brasil em volume de exportações de café. Contudo, em termos de mar-

ca, hoje o café colombiano realmente é visto como produto de altíssima qualidade, e nisso a propaganda duradoura teve influência. Por continuarem exportando mais que os colombianos, os cafeicultores brasileiros não viram necessidade de criar uma marca e investir em publicidade internacional. Mas isso, claro, não se aplica a outros produtos que não os agrícolas, ou seja, os industriais ou semi-industriais. Ou associações e empresas fazem o marketing, a promoção, ou ninguém fará, pois os recursos da Apex (Agência de Promoção de Exportações Brasileiras) são escassos para manter campanhas de longo prazo. E esse marketing é salutar. Percebi isso pessoalmente num estudo revelador. Que estudo foi esse? Quando assumi a embaixada nos Estados Unidos, em 1999, coordenamos uma pesquisa para saber quais produtos os americanos relacionavam ao Brasil. O resultado me impressionou. Na cabeça deles – e isso recentemente, vale lembrar – o Brasil não era identificado com nenhum produto, nem com café. O que o Brasil produz? Eles não sabiam! Esse desconhecimento não é exclusivo dos americanos. Existe na Europa também, e precisa ser combatido. Mas não necessariamente por ações do governo. Ou as empresas fazem isso, por marketing setorial, ou devem sobressair sozinhas, por competência, o que, convenhamos, é mais difícil.

O senhor acredita ser possível repetir a performance exportadora de 2004 neste exercício? Temos que ser realistas e dizer que em 2004 as exportações brasileiras tiveram um êxito brutal, embora tenhamos perdido espaço em alguns produtos para a competitividade asiática. São os casos de calçados, têxteis e aço, por exemplo. Ainda falta maior agressividade, pois grande parte do superávit de 2004 é reflexo da variação dos preços de produtos primários e da atuação do agronegócio. Para este ano, deve haver um pequeno aumento em valor. Não o aumento desejado pelo governo, por causa do câmbio, que já tem retraído as exportações nos últimos seis meses. Nas previsões do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp, o qual, aliás, eu presido, o consenso é de que, com a taxa de juros e o câmbio do jeito que estão, haverá redução das exportações, aumento das importações e redução do saldo da balança comercial. Mas, num prazo maior, sou otimista. Nos últimos anos, o setor privado passou a atentar para a necessidade de se ajustar às condições externas. A cultura empresarial quanto à exportação está mudando, pois nós sempre fomos fechados, ensimesmados, e agora estamos olhando para fora. A empresa brasileira tem que se internacionalizar, tem que abrir fábricas lá fora, investir em canais de distribuição e em representações no exterior. Melhorando um pouco o câmbio, nossas exportações voltarão a crescer e a se diversificar.

reportagem de capa >>> flexíveis

A hora do matte Filmes foscos de BOPP buscam quebrar a ditadura do brilho na área de flexíveis Por Guilherme Kamio s adeptos das fezinhas nos jóqueisclubes conhecem a trifeta, modalidade de aposta em que se deve acertar, num páreo, a ordem de chegada dos três primeiros cavalos. Caso levássemos esse jogo ao terreno do marketing, na tentativa de adivinhar qual seria a tríade de requisitos visuais imprescindíveis para as embalagens plásticas flexíveis ganharem a atenção do consumidor no canal do auto-serviço, seria insano, por exemplo, não cravar o brilho entre os três corcéis prediletos das empresas. Seria, só que até pouco tempo atrás. Ultimamente, como azarão arrasador de prognósticos, justamente o efeito visual contrário, o fosco, vem faturando resultados expressivos em certos mercados e instilando no empresariado a consciência de que, no atual cenário de competitividade do varejo, nem tudo que reluz é ouro. “Na busca por uma embalagem de forte apelo no ponto-de-venda, a maioria dos clientes sempre nos abordou pedindo brilho, brilho e mais brilho”, relata Roberto Tubel, diretor operacional da Santa Rosa Embalagens, tradi-

O

16 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

BEST-SELLER – Lançadas no fim de 2004, batatas com sabor Pão de Açúcar já fizeram volume de produção de suas embalagens triplicar

cional convertedora paulistana de flexíveis. Conseqüência: no afã de “seguir a tendência de mercado”, as empresas saturaram as gôndolas de embalagens cintilantes, sedutoras, é verdade, mas muito iguais aos olhos do consumidor. Passeie-se pelos corredores dos supermercados e ficará nítido como a onipresença do brilho, nos espaços reservados a categorias cativas das embalagens flexíveis, criou paredes uniformes, onde marcas se nivelam pela resplandecência e quase não se diferenciam. O enfrentamento a essa monotonia, curiosa frente à regrinha mercadológica do diferenciar para vender mais, vem ocorrendo no rastro da difusão dos filmes de polipropileno biorientado (BOPP) com aparência fosca – ou matte, numa apropriação do sinônimo em inglês que cavou lugar no jargão da indústria nacional de embalagens para também denominálos. “As vendas candentes dos produtos posicionados com embalagens foscas têm mostrado que ousar na contramão da situação também pode ser um caminho muito lucrativo”, entende o executivo da Santa Rosa. Tubel saca da própria carteira um sinal inequívoco da efi-

Chegada às outras bandeiras A boa performance atribuída a essas embalagens, desenvolvidas visualmente pela Esboço Design, está fazendo o Grupo Pão de Açúcar estender o efeito fosco aos saquinhos das batatinhas “saborizadas” que estão sendo lançadas agora com as marcas próprias das suas outras bandeiras controladas, a Compre Bem (ex-Barateiro), a Sendas e a Extra. Esta última, aliás, acaba de ganhar praça com embalagens assinadas pela M Design. “O efeito fosco agregou

Principais atributos dos filmes matte • Atração em segmentos dominados pelo brilho • Percepção de produto de classe e de alto valor agregado • Diferenciação como item de nicho • Efeitos “old fashioned” e “hand made” • Inovação sem investimento alto

FONTES: VITOPEL, DIADEMA E SANTA ROSA

cácia das flexíveis foscas, com “aspecto papel”, na sua definição. É o desempenho da linha de batatas fritas com sabores de marca própria da rede varejista Pão de Açúcar, lançada no fim de 2004. Desde dezembro, o volume de produção das embalagens destinadas a essa linha triplicou. “Para nós, é clara a forte contribuição do visual matte ao desempenho dessa linha, cujas vendas iniciais superaram bastante as expectativas”, comenta Iorley Correia Lisboa, gerente de desenvolvimento de embalagens do Grupo Pão de Açúcar.

muito em imagem e em impacto no ponto-devenda, e serviu como uma prova a mais de como a marca própria hoje pode acompanhar as marcas líderes”, pontifica Lisboa. Frente a essa observação do executivo do Pão de Açúcar, vem à mente o caso das batatas fritas com sabor Sensações, da líder Elma Chips (Pepsico), que estão obtendo grande sucesso no mercado. A fabricante não confirma, mas especula-se que essa linha, pioneira na utilização de saquinhos foscos na área de snacks, no caso os produzidos pela Tecnoval, esteja ofuscando a família Ruffles, até então o carro-chefe absoluto entre as batatinhas premium da multinacional americana. “Os filmes matte evitam o brilho, muitas vezes não requerido pelo marketing de determinado produto, dão um ar de nobreza e ‘old fashioned’ e também despertam no consumidor um sentimento de produto natural, de atributos superiores”, explica Francisco Renato Pilon Jr., coordenador de marketing e de novos negócios da Vitopel, uma das fornecedoras de filmes de BOPP que procuram difundir as linhas foscas no mercado brasileiro. “Isso sem falar da textura desse material, acetinada, agradável ao toque, que também cria um plus”, adiciona o profissional. Tal conjunto de predicados o faz ver um grande potencial para o produto por aqui, mesmo porque, segundo ele, o Brasil ainda está longe de um emparelhamento com o que

18 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

AMPLIAÇÃO – Grupo Pão de Açúcar está levando os saquinhos foscos às batatas premium de suas outras bandeiras, como a Extra, cujas embalagens foram desenvolvidas pela M Design

acontece em outros países. “O mercado argentino, por exemplo, tem muito mais tradição na utilização de embalagens com efeito matte, e os consumidores de lá comprovadamente valorizam esse acabamento. A própria linha Sensações, da Elma Chips, já é um sucesso de mais de dois anos na Europa, onde atende pelo nome Sabores Mediterrâneos”, ilustra Pilon.

Chances em várias frentes

CANIBAL? – Sucesso da linha Sensações, da Elma Chips, estaria ofuscando a marca Ruffles, desde sempre o carro-chefe entre as batatinhas da multinacional americana

As oportunidades para as embalagens com opacidade, entretanto, estão longe de terem no segmento de snacks um campo limítrofe. “Acreditamos no crescimento do uso desse material em várias frentes, principalmente pela tendência de segmentação, que abre espaço para a busca de diferenciais de imagem que agreguem valor aos produtos, dando-lhes classe e aparência premium. É aí que os filmes matte podem desempenhar seu papel

verdadeiro”, pondera Sergio Angelucci, diretor comercial da paulista Embalagens Flexíveis Diadema. Segundo ele, a Diadema não tem se furtado de sugerir à clientela a utilização dos filmes matte em produtos que brigam em nichos seletos de mercado. Um produto que considerou a dica de bom grado é o café descafeinado Santa Clara, que ganhou uma embalagem na qual se destaca um trabalho com tons em púrpura. Ainda em cafés, o setor de embalagens deposita confiança numa boa acolhida dos filmes opacos pelos cafés orgânicos. Nessa seara, o Native, do Grupo Balbo, já se vale de uma embalagem com visual sem brilho, inclusive com válvula aromática, convertida pela Shellmar. “Já utilizamos os filmes matte no formato de embalagem do tipo double wall para café a vácuo, uma de nossas especialidades, e temos prospectado outros formatos em alguns clientes”, diz Angelucci. “Estamos ampliando a oferta desse material e acreditamos em respostas de mercados como os de massas, bolos, chocolates, produtos de confeitaria e sorvetes, entre outros”, revela o dirigente da Diadema.

NICHOS – Convertedoras acreditam em potencial para os filmes foscos de BOPP em embalagens de cafés especiais. Abaixo, o descafeinado Santa Clara, com embalagem da Diadema. À esquerda, o orgânico Native, cujo pouch é da Shellmar

“Também vislumbramos grande potencial em linhas nobres de biscoitos e até em rótulos de refrigerantes ou água mineral, que ficariam muito bonitos”, opina Renato Pilon, da Vitopel. Ele lembra que outro terreno prolífico para os filmes foscos é o de embalagens para rações animais (pet food), que, aliás, já apresenta algumas aplicações de vanguarda. Um exemplo vem da catarinense Dalquim, dona da marca Dal Pet de rações, que já possui um produto direcionado a filhotes, o Daldog Filhotes, acondicionado em saco com o exterior em BOPP fosco, desenhado pela agência RGB Vídeo, também localizada no Estado de Santa Catarina. Em outros ares, sabe-se de lançamentos iminentes, na agulha do revólver, com embalagens matte em mercados como os de barras de cereais, de sabonetes e de chás. Dentro de no máximo um mês eles deverão chegar ao mercado “Diante da premência por inovações em embalagem que não signifiquem altos custos para as indústrias, o filme matte é uma solução viável e de retorno certo em flexíveis”, sentencia Tubel, da Santa Rosa Embalagens. Ou seja: em tempos de rédeas curtas para investir, a opacidade pode ser um cavalo campeão.

EXPECTATIVA – Dal Pet é uma das pioneiras no uso do matte em pet food

20 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

Embalagens Flexíveis Diadema (11) 4066-7833 www.embdiadema.com.br Esboço Design (11) 5542-2555 www.esbocodesign.com.br M Design (11) 3833-0969 www.mdesign.art.br RGB Vídeo (47) 366-8242 Santa Rosa Embalagens (11) 3622-2300 www.santarosaembalagens.com.br Shellmar (11) 4128-5200 www.shellmar.com.br Tecnoval Laminados (12) 3159-2400 www.tecnovallaminados.com.br Vitopel (11) 3089-5466 www.vitopel.com.br

marcas >>> extensão de linha

Moça na mão Em bisnaga, Leite Moça mira adeptos da praticidade

M

Viabilidade às coberturas Consumidores do produto puro, transformado em guloseima completa num costume brasileiro, e aqueles que utilizam-no para dar colorido especial em sorvetes, saladas de frutas, tortas, bolos e até em cafezinhos são os alvos da nova apresentação. Por extensão, a bisnaga extrudada de 170 gramas, produzida pela Globalpack e com visual adaptado da embalagem corriqueira pela agência paulistana Pandesign, também poderá atender os apreciadores de Moça prestes a viajar, que encontrarão nela uma embalagem portátil, e até os nômades, que poderão consumir o produto quando em trânsito. Para a Nestlé, o Serve Fácil, que uma vez aberto pode ser mantido em geladeira por até duas semanas, fará o Leite Moça “deixar de ser uma marca exclusiva da dona de casa e passará a atender toda a família”. O produto começou a ser distribuído em fevereiro nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principais praças consumidoras da marca no país. Sua avant-première ocorreu durante o carnaval, a partir de uma campanha publicitária desenvolvida pela McCann Erickson que tomou de assalto os principais super e hipermercados cariocas, além do caminho para o sambódromo e os aeroportos do Galeão e Santos Dumont. 22 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

Globalpack (11) 5641-5333 www.globalpack.com.br McCann Erickson (11)5576-3000 www.mccann.com.br Pandesign (11) 3849-9099 www.pande.com.br FOTO : DIVU LGAÇ ÃO

ais um sinal de rejuvenescimento do Leite Moça, um dos mais tradicionais produtos da Nestlé, acaba de ser dado. Após ganhar uma nova lata cinturada em sua apresentação tradicional (como EMBALAGEMMARCA reportou em sua edição nº 62, de outubro de 2004), o leite condensado da multinacional suíça de alimentos também está chegando às gôndolas dos supermercados nacionais num formato inédito: a bisnaga plástica. A nova versão, batizada Moça Serve Fácil, funcionará como um elo entre tradição, guardada pela marca, e praticidade, representada pela embalagem, comunica a fabricante. “O novo produto pode ser levado à mesa do consumidor com mais conforto, economia e higiene, sem perda de conteúdo ou sujeira”, nas palavras da Nestlé em um anúncio à imprensa.

PORTÁTIL – Bisnaga facilita uso do Leite Moça na cobertura de sobremesas, tornando a prática mais “confortável, econômica e higiênica e sem desperdício do produto”, diz a Nestlé

promocionais >>> detergente em pó

União promissora J

Omoballs A motivação dessa edição limitada, cuja tiragem não foi informada pela Unilever, veio de uma das campanhas publicitárias mais caras da história da marca (veja quadro na página ao lado). O projeto foi iniciado há cerca de ALINHADA – Embalagem promocional sai na esteira de campanha que distribui bolas de futebol

24 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

BRINDE – Embalagem com forma de bola carrega pouch flexível e livreto sobre Ronaldinho

um ano sob o slogan “porque se sujar faz bem”. A referência ao futebol, implícita na nova embalagem, se explica porque desde dezembro de 2004 a Unilever contratou o jogador Ronaldinho Gaúcho como garoto-propaganda da linha Omo. Foi quando a campanha, que também conta com a participação da mãe do atleta, dona Miguelina, ganhou um novo mote: “sem sujeira não há esporte”. Feita de duas peças (corpo e tampa), a embalagem com formato de bola traz, além de 1 quilo de sabão acondicionado internamente

DIVULGAÇÃO

á reconhecida como um dos mais importantes elementos de suporte físico das marcas, a embalagem agora começa a se consagrar como nova mídia para divulgação e reforço de campanhas publicitárias. Funcionando como veículo de comunicação complementar, os sistemas de acondicionamento aos poucos se tornam ferramentas eficazes para ampliar no ponto-de-venda a repercussão de anúncios de TV, rádio, jornais e revistas. Quem está apostando no casamento de embalagens e campanhas publicitárias para aumentar ainda mais as vendas é a gigante Unilever. A tática ficou em evidência recentemente, quando a empresa lançou, numa edição especial, seu sabão em pó Omo em um sistema de acondicionamento inédito na categoria. Tradicionalmente vendido em cartuchos de papel cartão, o produto foi pontualmente distribuído em uma embalagem plástica rígida com formato de bola de futebol.

STUDIO AG/ANDRÉ GODOY

Casamento entre embalagem e publicidade valoriza campanha da Unilever

num recipiente feito de filme flexível, um almanaque com curiosidades sobre a trajetória de Ronaldinho Gaúcho. Com 44% das vendas de sabão em pó, a linha Omo é líder no segmento e carro-chefe da própria Unilever, que detém 72% de participação nesse mercado. A principal rival da empresa é a Procter&Gamble, responsável pelas marcas Ariel e Ace. Envolvendo a bola plástica são usados rótulos transparentes termoencolhíveis. Feito em polietileno (PE) pela convertedora mineira Plastifica, o sistema de decoração tem a função de manter a tampa unida ao corpo da embalagem. Essas duas peças, aliás, foram desenvolvidas com rebaixos para facilitar o encaixe de uma embalagem sobre a outra, permitindo o empilhamento dos produtos, e evitando que a bola literalmente role no ponto-de-venda. A Unilever não informou o nome dos fornecedores da bola plástica e do pouch.

Plastifica (31) 3493-1342 www.plastifica.com.br

Dobraduras mostram flexibilidade Outro produto da Unilever que aposta na união entre embalagem e propaganda é o creme dental Close Up. Numa campanha que entrou no ar em meados de março, a forma escolhida para comunicar aos consumidores do produto a nova promoção da empresa foi brincar com as embalagens. A campanha distribuirá seis prêmios de 50 000 reais que os consumidores poderão gastar da forma

que quiserem dentro de uma lista de 60 itens escolhidos pela empresa. Entre eles estão televisores, aparelhos de som, pacotes de viagem e até uma picape. Para mostrar essa flexibilidade da premiação, o filme comercial criado pela agência JW Thompson mostra cartuchos de Close Up transformando-se em origamis (dobraduras de papel) com a forma de alguns dos brindes.

REPRODUÇÃO TV

materiais >>> resinas termoplásticas

Fornada em boa hora Diante do aquecimento do mercado e da chegada da Brasilplast, petroquímicas lançam novas resinas especiais para embalagens Por Guilherme Kamio ão é novidade que as grandes petroquímicas nacionais têm seguido a passos firmes a vereda das pesquisas para o lançamento de resinas termoplásticas de maior valor agregado, as especialidades, para valorizar não só seus negócios, mas igualmente toda a cadeia do plástico. Também não espanta o fato de que, diante desse compromisso, elas tenham encontrado no setor de embalagens, freguês fiel e alto consumidor por natureza, uma valiosa válvula de escape. Essa trama, tema de ampla reportagem anterior de EMBALAGEMMARCA (nº 54, fevereiro de 2004), está ganhando novos detalhes com o lançamento de mais especiarias para embalagens pelas petroquímicas. A fornada é estratégica, tanto pela boa resposta que os nomes do setor vêm recebendo do mercado (veja quadro), quanto pela aproximação da décima edição da Brasilplast – Feira Internacional da Indústria do Plástico, con-

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FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

TEMPERO – Novidades prometem revigorar produção de frascos de polietileno, como os squeezable utilizados em molhos e condimentos

siderada o terceiro maior evento em termoplásticos do mundo, a ser realizada de 4 a 8 de abril no Anhembi, em São Paulo. Entre diversas novidades em poliolefinas para a fabricação de embalagens, a Politeno está se preparando para mostrar ao mercado novos polietilenos especiais. Um deles, o SB59, destina-se ao segmento de sopro de frascos para produtos não tensoativos, principalmente cosméticos e desodorantes. “É um polietileno que possibilita gerar superfícies com acabamento uniforme e aveludado, com efeito do tipo soft touch, ideal para produtos dependentes de embalagens altamente atraentes”, afirma Vicente Silva, gerente de desenvolvimento e assistência técnica da Politeno. A petroquímica também está em vias de apresentar um novo PE para o setor de injeção, o IN-34, especialmente dedicado a embalagens e tampas para alimentos obtidas por injeção de ciclo rápido e parede fina, processo exigente em ter-

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RÍGIDOS DE PP – Polibrasil prepara novo polipropileno de alta cristalinidade para termoformagem e injeção, que poderá penetrar em potes, copos e tampas

mos de performance da matéria-prima em máquina. Por último, mas não menos importante, a Politeno prepara o lançamento de um novo polietileno de baixa densidade (PEBD), até o fechamento desta edição ainda sem nome comercial definido, para o segmento de bobinas técnicas para empacotamento automático de cereais, granulados e outros itens. Aplicações mais nobres em embalagem também poderão ser contempladas, por meio de blendas com material linear. “Trata-se de uma resina que oferece diferenciais únicos em brilho e transparência para filmes”, alega Silva.

gens para frigoríficos e rações animais e da sacaria industrial. “Ela possibilitará aumentar a rigidez do filme sem perder em resistência ao impacto, o que ajudará a reduzir perdas durante o acondicionamento e a movimentação dos produtos”, detalha um comunicado oficial recém-divulgado pela Braskem. A petroquímica também dará ênfase às Soluções Braskem, estruturas diferenciadas, obtidas através de combinações de resinas, voltadas a mercados específicos. Uma delas mira as embalagens de pet food, reunindo alta rigidez, resistência ao impacto, barreira à gordura e resistência da solda, sem deixar de lado ne-

Foco em autonomia Acusando a importância das resinas mais nobres para embalagens, outra gigante da área, a Braskem, fará da Brasilplast sua plataforma para a apresentação dos resultados da tática comercial que intitula “foco em autonomia tecnológica”. A companhia irá lançar um novo polietileno de alta densidade (PEAD), o copolímero bi-modal, desenvolvido com olhos no mercado de embalagens sopradas para produtos de limpeza, higiene pessoal, alimentícios e cosméticos. Diz a Braskem que o novo PEAD garante equilíbrio entre rigidez e resistência ao impacto, além de performance superior em equipamentos de alta produtividade. Outro destaque será a linha de polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) Quaterpolímero, voltada ao mercado de filmes técnicos de alta performance, exemplos das embala28 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

Aquecimento em casa explica a alta Embora em 2004 a cadeia de valor do plástico no Brasil tenha sofrido com a instabilidade do preço do petróleo e com brigas em torno de repasse de custos, o mercado nacional de resinas termoplásticas registrou aumento de 11,7%. Segundo o Siresp – Sindicato da Indústria de Resinas Sintéticas do Estado de São Paulo, o consumo aparente (produção nacional escoada no próprio mercado doméstico mais importações) de

resinas alcançou 3,8 milhões de toneladas no ano passado. O presidente do Siresp, José Ricardo Roriz Coelho, informa que as maiores demandas foram por polipropileno, com 1,040 milhão de toneladas, por PVC (672 000 toneladas), por polietileno de baixa densidade linear (454 000) e por poliestireno (308 000). Reflexo desse aquecimento do mercado interno foi a queda das exportações de resinas.

cessidades de acabamentos superficiais de apelo. Os filmes técnicos para empacotamento automático também serão contemplados por uma solução sacada dessa carteira, com uma estrutura que garante maior rigidez, resistência à perfuração e ao hot tack (selagem a quente), gerando assim melhor acomodação das embalagens durante o armazenamento e maior resistência às quedas. Por sua vez, o segmento de embalagens de transporte, especificamente na área de filmes termoencolhíveis não colantes, irá ganhar uma solução que a Braskem diz ser pioneira em termos de fabricação local: um filme secundário (de transporte) que não adere ao filme primário no processo de encolhimento por calor, viabilizando o empacotamento de múltiplas unidades de produtos por meio de filmes contráteis de PE, como nos packs promocionais do tipo “leve 3, pague 2”. Em seguimento à sua estratégia de marketing, colocada em prática nos últimos meses, a Braskem promete fazer barulho na Brasilplast com o anúncio das marcas dos novos produtos. No balcão da Ipiranga Petroquímica, três resinas para embalagens obtidas por sopro serão oficialmente apresentadas em abril. A primeira delas, a GV 0350, é um copolímero desenvolvido para sopro de embalagens de grande volume, exemplos dos tambores anelados de 200 litros e das bombonas de 100 litros, por

BOBINAS – Empacotamento automático é alvo de novas soluções

proporcionar peças com grande tolerância ao contato com substâncias químicas e alta resistência a impactos. Igualmente um copolímero, a GF 5250 é voltada à produção de frascos com paredes reforçadas para defensivos agrícolas, produtos de limpeza doméstica, detergentes e itens tensoativos em geral, apresentando alta resistência ao fissuramento (stress cracking). Por sua vez, a GD 5160 foi desenvolvida para sopro de peças de pequenas dimensões – para volumes de até 2 litros. “É uma resina que gera embalagens com boa re-

Em 2007, uma Polietilenos União três vezes maior A partir de um contrato de licenciamento de tecnologia fechado com a Chevron Philips Chemical Company, a Polietilenos União, empresa do Grupo Unipar, está preparando terreno para a implantação de uma nova planta, prevista para ser inaugurada em meados de 2007, que irá modernizar e expandir sua produção, possibilitando a ampliação de sua carteira de produtos. Os passos a serem dados nos próximos 24 meses, incluindo a sedimentação do projeto básico, a engenharia de detalhamento e a construção propriamente dita

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da fábrica, frutos de um investimento de 140 milhões de dólares, serão abordados pela empresa durante a Brasilplast 2005. Com a nova planta, a Polietilenos União passará da produção de 120 000 toneladas anuais de polietileno de baixa densidade para 320 000 toneladas/ano de resinas de alta e de baixa densidades, aumentando sua gama de produtos. Visando apresentar a sua nova linha de produtos nos mercados interno e externo antes do início de operações da fábrica, a Polietilenos União iniciará um trabalho de pré-marketing, com

produtos oriundos da mesma tecnologia adquirida da Chevron Philips, no primeiro semestre de 2006. “A expansão será um marco importante para a empresa não só porque triplicará sua capacidade de produção, mas também porque agregará produtos no estado da arte da tecnologia de polietileno, configurando um novo patamar de competitividade para atender a demanda futura do Cone Sul, nosso mercado alvo”, explica o diretor superintendente da Polietilenos União e vice-presidente do Grupo Unipar, Vítor Mallmann.

sistência ao empilhamento e a impactos, e seu índice de fluidez garante intimidade com altas cadências produtivas”, informa Jayme Moura, gerente da divisão de desenvolvimento de especialidades da Ipiranga Petroquímica. Segundo ele, entre diversos mercados em prospecção para a GD 5160 estão o de frascos squeezable para molhos e condimentos, o de ombros para bisnagas de creme dental, o de garrafas para bebidas lácteas e sucos e o de tampas – nesse último caso, injetadas.

Nova elite Já no forno da Dow uma grande estréia prometida para a Brasilplast 2005 é a segunda geração da família de resinas avançadas de polietileno Elite, arraigadas entre a produção de embalagens para pet food, cereais, leite e detergentes. A nova geração, afirma a Dow, apresenta maior uniformidade e desempenho superior em resistência mecânica e propriedades de barreira. Uma das intenções da companhia é trabalhar o material junto às convertedoras de multipacks termoencolhíveis (os populares shrinks) para cervejas e refrigerantes. Em paralelo, a empresa deposita grande expectativa no lançamento da Versify, primeira geração de copolímeros à base de polipropileAUGÚRIO – Ipiranga Petroquímica confia no crescimento do mercado de garrafas de polietileno para bebidas lácteas e sucos

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Braskem (11) 3443-9999 www.braskem.com.br Dow (11) 5188-9000 www.dow.com Ipiranga Petroquímica (51) 3216-4449 www.ipq.com.br Polibrasil (11) 3345-5917 www.polibrasil.com.br Polietilenos União 0800 704 4991 www.polietilenos.com.br Politeno 0800 704 0110 www.politeno.com.br

no (PP), inédita no Brasil e no resto do mundo, fabricada a partir do catalisador de sítio único da companhia (tecnologia Insite). De acordo com a Dow, a linha oferecerá condições para a fabricação de copolímeros controlados com excelente combinação ótica, performance superior de selagem, elasticidade, flexibilidade e suavidade. Na mesma seara do polipropileno, a Polibrasil promete fazer barulho por meio de dois novos produtos de maior nobreza. O primeiro deles é uma família de PP de alta cristalinidade, direcionada aos mercados de injeção, termoformagem, filmes e ráfia. “São produtos que proporcionarão embalagens com alta rigidez e barreira avançada, passíveis de serem envasadas a temperaturas mais altas mesmo tendo paredes mais finas, o que inevitavelmente irá reduzir o peso final das peças”, sentencia Roberto Ribeiro, coordenador de marketing e comunicação da Polibrasil. O segundo é o terpolímero, um produto utilizado na fabricação de polipropileno biorientado (BOPP) cuja grande característica é permitir menores temperaturas de selagem da embalagem. “Nos processos de injeção e sopro, ele também confere maior transparência aos produtos finais”, garante o executivo da Polibrasil.

branding >>> exportações

Agora é oficial Criada em concurso a Marca Brasil, para sintetizar a maneira como o país é e deseja ser visto ão mais apenas belas mulheres, praia, sol, carnaval, o futebol, aves coloridas, a bandeira do país e – não seja esquecido – tragédia social. Desde março último, o Brasil tem, oficialmente, uma marca – a Marca Brasil – que pretende sintetizar a idéia de alegria, sinuosidade, luminosidade e, sobretudo, modernidade, como características do país. Ela deverá ser usada de forma padronizada na divulgação da imagem do país no exterior, tanto para estimular a visitação de turistas quanto para identificar produtos de exportação – incluídas, naturalmente, as embalagens. Esse símbolo, mostrado nesta página, foi lançado oficialmente, em âmbito internacional, na ITB Berlim, feira mundial de turismo realizada entre 11 e 15 de março na capital alemã. A escolha do evento deveu-se “ao crescente interesse do mercado europeu por destinos latino-americanos”, segundo Toni Sando, diretor executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau, presente como expositor. O logotipo consiste numa sobreposição de formas curvilíneas com as cores da bandeira do país, mais vermelho, com a palavra Brasil com S, em branco, no centro. Uma curiosidade com conotação política: a presença do vermelho na logomarca já desencadeou na internet uma cascata de protestos contra o “vermelho do PT”. A marca, que deverá estar presente em tudo que possa ser comercializado com características de brasilidade – do turismo à cultura e a produtos naturais ou industrializados e suas embalagens –, foi idealizada inicialmente para estimular a visitação ao país, por iniciativa do Ministério do Turis-

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BANDEIRA – Entre as cores presentes na peça do designer Kiko Farkas está o vermelho: alguns viram nele a “cor do PT”

mo, por intermédio da Embratur, com assessoria da ADG – Associação de Designers Gráficos. Todavia, ao ficar pronta, foi vista com entusiasmo no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que decidiu adotá-la. Foi muito aplaudida ao ser lançada no mercado interno, na sede da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, dia 18 de março, com a presença dos ministros Walfrido Mares Guias, do Turismo, e Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, do presidente da Embratur, Eduardo Sanovicz, do diretor da Apex – Agência de Promoção de Exportações do Brasil, Juan Quirós, e do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, além de mais de 100 empresários. Vários deles anunciaram a disposição de imprimila em seus produtos e embalagens, como já está ocorrendo experimentalmente no Gua-

Como o hino e a bandeira A história da Marca Brasil começou com a contratação pelo Ministério do Turismo da empresa de consultoria internacional de turismo Chias Marketing, com sede na Espanha, que criou o “Plano Aquarela – Marketing Turístico Internacional do Brasil”. Esse plano norteará os caminhos para as ações de promoção do turismo brasileiro nos próximos anos e tem como um de seus objetivos principais inserir o Brasil entre os vinte maiores centros de turismo no mundo. A meta é atrair 10 milhões de turistas ao Brasil em 2006, contra os 4 milhões registrados em 2004. Para chegar ao resultado final, a ADG e a Embratur promoveram uma concorrência fechada para o desenvolvimento da marca, convocando por e-mail os associados da entidade representativa dos designers a participarem. Foram encaminhados 37 portfólios para avaliação pela Embratur, dos quais foram selecionados cinco escritórios: Cauduro Martino (São Paulo), GAD'Design (São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul), Máquina Estúdio (São Paulo), Oz Design (São Paulo) e VCR Comunicação (Maranhão). Os projetos basearam-se em resultados de pesquisa realizada em dezoito países considerados prioritários para o turismo brasileiro, destinada a identificar a maneira como os estrangeiros vêem o Brasil. Dia 5 de janeiro foi anunciado o vencedor, o designer Kiko Farkas, da Máquina Estúdio. Entre os jurados estavam Eduardo Sanovicz, presidente da Embratur, e Alessandro Teixeira, vice-presidente da Apex. Como define o designer Lincoln Seragini, sócio-diretor da agência Seragini Farné, 36 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

ADG (11) 3082-9688 www.adg.org.br

que sempre trabalhou para a construção de uma marca capaz de representar de forma eficaz o país, “a Marca Brasil aprovada traduz muito bem a maneira como nos vêem lá fora, mais do que traduzir a forma como nos vemos”. Na opinião dele, deverá ser reconhecida como um dos símbolos oficiais do Brasil, como o hino nacional, a bandeira e o brasão de armas. Como de hábito, já há parlamentares trabalhando afoitos em projetos nesse sentido que venha a se tornar lei. Pode-se prever que, além da disputa pela paternidade de algo criado por outrem, haverá muita discussão sobre a inclusão daquele pedacinho de vermelho no símbolo.

Apex (61) 426-0202 www.apexbrasil.com.br

PROVADOR – Cachaça Espírito de Minas, Guaraná Antarctica e sacola para sandálias Havaianas vestidas com a Marca Brasil: aplicações experimentais nas embalagens

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

raná Antarctica, na cachaça Espírito de Minas e nas embalagens das sandálias Havaianas e das cangas Rosa Chá. Para garantir que apenas produtos de qualidade comprovada possam utilizar a marca, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, sugeriu a criação de um comitê gestor da Marca Brasil, composto por representantes dos Ministérios do Turismo e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ainda do Inmetro. Caberá a esse comitê definir as regras para utilização da marca.

Uma fonte para insights rganizado anualmente pela Associação Americana de Embalagens Flexíveis (Flexible Packaging Association), o prêmio FPA Awards é um termômetro das inovações em apresentação de produtos de um país com pesada influência em nossos hábitos culturais – e de consumo, por extensão. Reconhecidas naquele mercado, idéias inventivas em embalagem têm

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grandes chances de aterrissar no Brasil, ainda mais se levarmos em conta a crescente interatividade de negócios entre as indústrias dessas duas nações, inclusive entre as próprias indústrias de embalagem. É com esse intuito, o de mostrar o que hoje é vanguarda lá fora e aqui logo pode vir a ser – ou até mesmo já poderia, e só não é por motivos que não a falta de tecnologia – que EMBALA-

GEMMARCA

apresenta nas próximas páginas as principais embalagens agraciadas pelo FPA Awards 2005. De um total de 89 inscrições, com 28 premiações divulgadas no fim de fevereiro último, destacamos as duas vencedoras da categoria especial do evento (“Highest Achievement”) e as ganhadoras dos troféus de Ouro. As laureadas com Prata podem ser conferidas no site da FPA, em www.flexpack.org.

Os rins agradecem

Conveniência do peru

Prêmio Especial (Highest Achievement) em Excelência em Embalagem (também Ouro em Conquista Ambiental e Ouro em Inovação Técnica)

Prêmio especial (Highest Achievement) em Excelência em Embalagem (também Ouro em Excelência em Embalagem e Prata em Conquista em Impressão)

O Microperf Dialyzer Package é um novo pouch esterilizável desenvolvido pela Rollprint Packaging Products para acondicionar dialisadores descartáveis, instrumentos utilizados nas diálises de doentes renais. A grande virtude dessa embalagem hospitalar é combinar durabilidade e alta resistência ao rasgo com a possibilidade de receber um delicado padrão de micro-furos, necessário para a esterilização do produto. O filme utilizado, produ-

zido a partir de um copolímero especial de polietileno, permitiu à principal cliente da Rollprint, a Baxter Healthcare Corporation, automatizar sua linha de embalagem de dialisadores através da aquisição de uma máquina form/fill/seal horizontal da SIG. Anteriormente, a Baxter recebia da Rollprint os pouches pré-formados e os processava um a um manualmente, o que lhe gerava custos maiores de produção.

www.rollprint.com

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A cadeia de lojas Jennie-O Turkey ganhou a simpatia dos consumidores de seus perus, vendidos inteiros e congelados, lançando mão de uma embalagem que facilita o transporte e o preparo do produto. Produzida pela Curwood – divisão da Bemis, a nova dona da Dixie Toga –, ela possui dois furos em seu topo, que formam uma alça para a retirada do produto do balcão refrigerado e seu transporte. Paredes laterais (nesgas) fazem a embalagem ficar em pé, o que rende uma exposição diferenciada em relação aos saquinhos shrink usualmente utilizados para embalar o produto e facilita a leitura dos dados de seu verso. Numa das laterais, aliás, há um sistema de fácil abertura da Curwood, o IntegraScore. Aplicado pela primeira vez nessa

posição em um pouch, o acessório, ao dispensar instrumentos cortantes, garante a integridade de outra inovação: um saquinho primário que envolve a ave e permite sua ida do freezer diretamente ao forno (ela é vendida pré-temperada). O atributo “ovenready” (pronto para o forno) é destacado no design gráfico da embalagem, baseado em impressão oito cores, em rotogravura, no verso de sua camada externa de poliéster.

www.curwood.com

O segredo do DVD perecível Ouro em Inovação Técnica Uma recente e originalíssima idéia introduzida no mercado americano de lazer e entretenimento é o DVD “perecível”. Lançado pela Buena Vista Home Entertainment, divisão da Disney, o produto recebeu o nome ez-D, e a tecnologia que lhe confere data de validade, batizada Flexplay, faz com que seu conteúdo só possa de ser assistido por um tempo determinado depois que a embalagem é aberta – na maioria dos casos, esse período vem sendo de 48 ho-

ras. O que mantém o “frescor” da mídia DVD é o sistema OS, da Cryovac, utilizado em ampla escala em embalagens de alimentos: ele varre o oxigênio do interior da embalagem, mantendono estanque. As embalagens, baseadas em filmes da própria Cryovac, são produzidas pela Technicolor (empresa sem relação com a antiga tecnologia homônima de colorização de filmes) numa máquina form/fill/seal da Multivac.

www.cryovac.com

Sem histórias de caçador Ouro em Excelência em Embalagem Mostrado anteriormente em nossa cobertura da última Pack Expo International (EMBALAGEMMARCA no 64, dezembro de 2004), a embalagem do Wild Gamekeeper Spray, da Hunter Specialties, é a primeira nos Estados Unidos a combinar um pouch flexível com um acionador spray. A embalagem é resultado da união de forças entre a Kapak (produtora do pouch) e da Fortress Systems (embaladora e produtora do gatilho). O produto previne o aparecimento de bactérias em animais caçados, e sua fórmula só é ativada ao se inserir água no interior da embalagem.

www.kapak.com

Para competir com o mercado de delivery Ouro em Excelência em Embalagem Para prover máxima conveniência aos consumidores em sua linha de refeições prontas orientais Homestyle Express Asian Style Selections, a Wornick, de Cincinnati, escolheu stand-up pouches sem foil metálico em sua estrutura. Tal detalhe permite a essas embalagens irem ao forno de microondas. Os pouches, fornecidos à usuária pré-formados e com impressão flexográfica reversa em

oito cores, são da Alcan. Na planta da Wornick, eles são enchidos, selados e esterilizados pelo processo retort, o que lhes confere uma vida de prateleira de um ano sem refrigeração. Toda a praticidade oferecida pela linha visa a uma competição com o mercado de refeições orientais entregues em domicílio, um negócio da China nos Estados Unidos.

www.alcanpackaging.com

Ração com indelével apelo premium Ouro em Conquista em Impressão A tradição em acondicionamento de rações secas para cães e gatos nos Estados Unidos é a embalagem multicamadas de papel. Por isso, sacos de filmes plásticos com alta sofisticação gráfica, como os que estão substituindo os antigos celulósicos da ração Nature's Variety Lamb and Rice Medley, chamam a atenção dos americanos. A nova apresentação demanda avançadas técnicas gráficas das convertedoras Pliant Corporation e Bryce

Corporation. Uma camada de PET metalizado, incorporada à estrutura, dá um visual refletivo à embalagem, conferindo às imagens uma aparência tridimensional. Rivalizando em qualidade com a rotogravura, a impressão, em flexo com tintas a base d’água, é feita no verso da camada externa de PET, proporcionando brilho superior em relação à versão antiga. Ademais, garante a integridade do visual da embalagem nas gôndolas.

www.pliantcorp.com Bryce: +1 (901) 369-4408

Adereço e presente ao mesmo tempo na festa de Natal Ouro em Conquista em Impressão As vendas no último período de festas de fim de ano foram especialmente boas para os candies Chocolate Britt, da costarriquenha Cafe Britt. Mérito das embalagens diferenciadas do produto: pouches com formato de árvore de Natal, com bordas irregulares. Fabricadas pela CLP Packaging Solutions numa estrutura polietileno/foil de alumínio/poliéster, as flexíveis festivas receberam impressão reversa em rotogravura na sua camada externa (a de PE). Um plus foi a aplicação de verniz, com reserva, para dar maior brilho nos ornamentos e

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frutas da árvore. O topo do pouch recebeu um laço de borracha, permitindo ao produto ser pendurado em gancheiras, nos pontos-de-venda, e em árvores natalinas de verdade, nos lares, e ainda micropontos feitos por laser, para facilitar a abertura da embalagem. Segundo a FPA, o case da Cafe Britt serve para ilustrar como os pouches podem ser uma alternativa atraente para elevar as vendas por impulso de chocolates para presentear, campo em que latas e cartuchos de papel cartão são mais atuantes.

www.clp-packaging.com

Economia, segurança e praticidade para o vaivém da instrumentação cirúrgica Ouro em Inovação Técnica Desenvolvido para a esterilização de instrumentos cirúrgicos, o pouch Autopak é composto por três estruturas combinadas. A exterior é formada

por um filme de polipropileno da Alcan Packaging laminado com nylon da DuPont, proporcionando transparência e resistência no acondicionamento de grandes instrumentos médicos

ou bandejas com dispositivos menores. Por sua vez, a camada intermediária é uma estrutura multicamadas de polipropileno com micro-perfurações para garantir permeabilidade a gases usados em processos de esterilização. Já a parte exterior apresenta um mix de nãotecidos da BBA Fiberweb que proporciona a entrada de gases esterilizantes como o vapor ao mesmo tempo em que bar-

ra o avanço de bactérias para o interior do pouch. Unidas, seladas em três lados, tais paredes formam uma embalagem hospitalar de fácil visualização do conteúdo e que garante economia de tempo e de custos na instrumentação cirúrgica. O Autopak foi inscrito no FPA Awards pela Alcan Packaging e é produzido pela Cardinal Health Care, convertedora da Carolina do Norte.

www.alcanpackaging.com www.bbafiberweb.com www.cardinal.com www.dupont.com/packaging

Pipoqueira vira pote de boca larga e deixa utensílios domésticos no armário Ouro em Inovação Técnica (também Prata em Excelência em Embalagem) Um novo conceito em pipoca instantânea, para preparo em forno de microondas. É esse o propósito do Insta-Bowl, saquinho da Exopack que já está sendo utilizado comercialmente nos Estados Unidos pela pipoca Pop-Secret, da General Mills. Fornecida pré-formada, já impressa, a embalagem, produzida com papéis especiais, oferece máxima conveniência ao consumi-

dor: depois de aberta por meio de um sistema de fácil abertura, ela se transforma num pote com boca larga, de fácil acesso, dispensando o uso de

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utensílios adicionais para o consumo do produto.

www.exopack.com

Uma mãozinha às tropas ianques Ouro em Excelência em Embalagem e Ouro em Inovação Técnica Em tempos de conflitos no Oriente Médio, a convertedora Pliant Corporation recebeu dois lauréis por ter desenvolvido um laminado de alta barreira que funciona como alternativa flexível, segura, barata e leve para o acondicionamento de componentes de baterias utilizadas pelo serviço militar americano. A solução elimina o uso dos tradicionais – e pesadíssimos – gabinetes de aço e seu material selante pode ser diretamente aplicado nos pólos das baterias sem conseqüências danosas.

www.pliantcorp.com

exportações >>> perfumes

Gigante não quer ser també Bem situado como produtor de perfumes no ranking mundial, Brasil dá passos impor olocado em sétimo lugar entre os países produtores de cosméticos e perfumaria, com 13 bilhões de reais (cerca de 4,6 bilhões de dólares) faturados no ano passado, o Brasil se perfila na galeria dos gigantes do setor, situado atrás apenas dos Estados Unidos, do Japão, da Alemanha, da França, da Inglaterra e da Itália. Mas é um anão do ponto de vista do consumo per capita, ranking onde marca passo num longínquo 27º lugar. E é menos que isso se o prisma for o das exportações: em 2004 elas somaram 355 milhões de dólares, segundo a Abihpec – Associação Brasileira da Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Essa situação parece estar em vias de mudar. A mesma Abihpec prevê um salto do total das exportações para o patamar dos 400 milhões de dólares até o final de 2005, num movimento de investida dos fabricantes instalados no país em direção aos grandes mercados externos. Ocorre que a cultura exportadora dos empresários brasileiros mudou, como observou recentemente Juan Quirós, responsável pela Apex – Agência de Promoção de Exportações do Brasil, e como analisa de forma mais extensa, na Entrevista desta edição (pág. 8), Rubens Barbosa, especialista em comércio exterior e ex-embaixador do Brasil nos EUA e na Grã-Bretanha. Em suma, pode-se afirmar que, mesmo com a redução das margens de lucro causada pela valorização do real, os empresários brasileiros estão se esforçando para não perder pé nos mercados que abriram, de forma especial na área de cosméticos e perfumaria. Ao contrário, dão significativos passos para a frente. Os dois exemplos mais expressivos dessa tendência vêm da Natura e de O Boticário. A primeira, já presente em países vizinhos, marcou para 22 de abril – dia em que se inicia o Ano do Brasil na França, maratona de eventos culturais e comerciais relacionados ao país – a inauguração de sua loja pioneira em Paris, ensaio para entrada em outros mercados europeus (ver entrevista com o presidente da empresa em EMBALAGEMMARCA nº 67). Por sua vez, O Boticário plantou recentemente sua pri-

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Perfumes de O Boticário: para ganhar espaço no exterior e também no mercado interno

m micróbio

FOTOS: DIVULGAÇÃO

tantes para vender mais lá fora meira loja nos EUA, depois de se consolidar com sete unidades no México, dez em países da América do Sul e 48 em Portugal (mais 438 pontos-devenda naquele país e cinqüenta em países árabes). Ao mesmo tempo em que se mexem para abrir lojas e franquias lá fora, as marcas brasileiras se empenham em engordar suas fatias internas de mercado, na onda de um desempenho setorial que atrai a disputa dos importados. Estes chegam pela mão de importadoras, mas também trazidos por multinacionais aqui instaladas. Para citar apenas a líder do setor, a Avon tinha reservados para o primeiro trimestre deste ano 8 milhões de reais para promover no curto prazo (de olho nos Dias das Mães e dos Namorados) a primeira marca de uma tríade mundial de perfumes, a Today, que será seguida pela Tomorrow e pela Always. Com esse produto, cujo frasco de 50ml custará cerca de 68 reais (o mais caro já comercializado pela empresa no país), a Avon pretende entrar firme no segmento premium de perfumes. A meta declarada da Avon é ganhar consumidoras de marcas nacionais concorrentes. E o Today, segundo adianta, é apenas a cabeça de ponte para o avanço das outras duas marcas que completam a linha. Se a notícia não é animadora para os concorrentes nacionais da Avon, também não o é, por enquanto, para os fornecedores nacionais de embalagens e seus insumos: tanto o conteúdo quanto os frascos e seus complementos serão importados. A empresa confiou o desenvolvimento da embalagem ao designer Eric Lee, que se inspirou nos frascos-obras de arte criados no século passado pelo joalheiro francês René Lalique. Nem por isso, ou pelo fato de algumas marcas nacionais serem vendidas em frascos importados, como o Linda Brasil, de O Boticário (cuja embalagem é fornecida pela vidraria francesa Pochet, com estojo da brasileira Greco Prete), os fornecedores

brasileiros deixam de garantir espaço. Entre tantos outros itens do largo leque de produtos que o próprio O Boticário exibe de forma enfática, os campeões de vendas Lights e Malbec, por exemplo, têm seus frascos fornecidos respectivamente pela Saint-Gobain Vidros e pela Wheaton. Os cartuchos de ambos são da Boxprint. As pumps do Linda Brasil são da Emsar, e as do Lights, da Valois, enquanto as tampas de ambos são supridas pela Alcan e pela TPI Molplastic. Já o fornecimento das pumps do Malbec se divide entre a Emsar e a Valois, enquanto a Augros supre as tampas. E os perfumes que a Natura venderá em Paris serão todos exportados em embalagens brasileiras. No confronto entre nacionais e importados, o certo é que, sendo cada vez mais reconhecidos internacionalmente, os perfumes brasileiros acabam imprimindo a essa sofisticada categoria de produto um toque capaz de contribuir para a consolidação da sempre esperada Marca Brasil, enfim materializada (ver pág. 46). De resto, se é para enfrentar os importados dentro das fronteiras nacionais, não deixa de ser um bom recurso utilizar – literalmente – os mesmos ingredientes que eles utilizam, como faz a Fator 5 (ver o quadro).

Alcan (11) 5503-0809 www.alcan.com.br Augros (44) 262-6688 www.augros.com.br Boxprint (51) 598-1311 www.boxprint.com.br Emsar (11) 4195-5566 Greco Prete (11) 3659-5599 www.embalagensgreco.ind.br Pochet (11) 4432-1350 Saint-Gobain Vidros (11) 3874-7211 www.sgembalagens.com.br TPI Molplastic (11) 5541-8990 www.tpinet.com.br Valois (11) 4141-4344 Wheaton Brasil (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

Priprioca, da Natura: força do Brasil na Europa

Contratipo, ou a forma de ser quase igual ao importado Num dia de 1995, Márcia Carvalho, promotora de vendas da Natura Cosméticos havia dez anos, resolveu montar sua própria empresa, no ramo de perfumaria, em sociedade com o marido, Luciano Carvalho, industrial da área de fundição. Fundaram a Fator 5, que Juliana Carvalho, diretora fi-

nanceira do negócio – familiar como o nome revela – descreve como “empresa de fundo de quintal”. Ela se refere ao passado remoto, da casinha onde tudo começou, na Vila Matilde, em São Paulo. Hoje a Fator 5 tem 220 distribuidores e 90 000 revendedores, que vendem 250 000 frascos de

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perfume por mês em todo o Brasil. Dobra de tamanho a cada ano e está investindo 4 milhões de reais numa nova fábrica a ser inaugurada em 2006 em Arujá (SP). Os fundadores atribuem o êxito ao acerto da escolha do foco do negócio: fabricar contratipos. A palavra designa perfumes similares, inspirados nas fragrâncias dos produtos mais famosos do mundo, mas com pequenas alterações nas formulações. Enquanto aqueles possuem em média 14% a 16 % de essência em sua composição, a Fator 5 imprime em seus produtos de 10% a 12%. O resultado é que a durabilidade da fragrância na pele é de

4 a 6 horas, enquanto a dos importados é de 6 a 8. “A similaridade chega a 98%, e a qualidade dos perfumes da marca nada fica a dever aos importados”, afirma Juliana. “A empresa só trabalha com o que há de melhor.” Juliana conta que as essências são fornecidas pela Belmay, uma gigante do setor, as embalagens de vidro, pela Wheaton Brasil, e os complementos, como tampas, pumps e cartuchos, “por indústrias de primeira linha”. Por último, um fator a considerar: talvez o sucesso advenha do preço médio dos produtos: até 30% inferiores aos nacionais e 70% mais baixos que os importados.

mercado >>> BOPP

Mais BOPP no mercado Polo Films amplia capacidade de produção na unidade de Montenegro dia 23 de março de 2005 certamente ficará registrado na história da Polo Films como um marco especial. Nessa data, a fabricante de filmes de BOPP, que pertence ao Grupo Unigel, celebrou oficialmente a inauguração de sua segunda linha de produção em Montenegro, cidade vizinha ao pólo petroquímico de Triunfo (RS), em evento que contou com a presença de clientes, fornecedores e colaboradores da empresa, além de personalidades como o governador daquele Estado, Germano Rigotto, e o presidente do Grupo Unigel, Henri Slezynger. A nova linha entra em funcionamento cerca de quatro anos após a inauguração da primeira, e eleva a capacidade produtiva da unidade gaúcha da Polo de 18 000 toneladas anuais para 50 000 toneladas por ano de filmes produzidos com tecnologia plana. A outra planta da empresa, localizada em Varginha (MG), acresce 12 000 toneladas – produzidas com a tecnologia tubular – à sua oferta anual de BOPP. “A fábrica tem o que de mais moderno existe em tecnologia para produção de BOPP”, afirma Jorge Cardoso, presidente da Polo Films, ao comentar os números apresentados para mostrar os resultados dos investimentos de mais de 40 milhões de dólares feitos pela empresa. A nova linha pode produzir filmes com espessura de 12 a 50 micra em bobinas de 8,2 metros a uma velocidade de até 450 metros por segundo. Além disso, os filmes saídos da nova linha podem ter até cinco camadas – a primeira produz estruturas com até três camadas.

O

Espaço para pesquisas Junto com o descerramento oficial da placa de inauguração da linha de produção, a Polo apresentou o CPTI – Centro Polo de Tecnologia e Inovação, destinado a analisar e desenvolver os mais diversos filmes. “Montamos o laboratório de análises mais avançado da América Latina para nos apoiar em nossos esforços no sentido de aumentar a oferta de fil50 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2005

EM DOBRO – Unidade de Montenegro aumentou capacidade produtiva da Polo Films de 30 000 ton/ano para 62 000 ton/ano com mais uma linha com tecnologia plana

Polo Films (11) 3707-8270 www.polo.ind.br

mes para embalagens”, explica Cardoso, para em seguida completar: “Vamos trabalhar para desenvolver filmes com mais barreiras, uma demanda da indústria de alimentos.” Esse espaço dedicado à pesquisa é alimentado ainda por acordos que a empresa vem celebrando com universidades, e deve ganhar um reforço de peso em breve. “Estamos estudando a instalação de uma Planta Piloto, uma fábrica em menor escala dedicada a pesquisar e desenvolver novos produtos em BOPP e outras estruturas flexíveis”, anuncia o presidente da Polo. O investimento estimado para isso é de 7 a 10 milhões de dólares.

Aos 25 anos, nova identidade Fundada em 1980, a Polo foi a primeira a produzir filmes de BOPP na América Latina. Quinze anos depois, passou a fazer parte do Grupo Unigel. Em seu 25º aniversário, além da segunda linha de Montenegro, a Polo anunciou uma nova identi-

dade visual. “Quisemos aproveitar a ocasião”, explica Sandra Andrade, da área de planejamento e marketing da empresa. “Mudamos para traduzir visualmente a modernidade da empresa em todos os planos.”

Expansão ultramarina Organizadores da Labelexpo trazem evento ao Brasil para aproximar fornecedores da indústria de rótulos dos convertedores locais ais uma evidência de que o mercado de rótulos auto-adesivos, no Brasil e em países vizinhos, assume crescente importância e demonstra ter grande potencial de expansão: o Tarsus Group, organizador das feiras Labelexpo, decidiu realizar em São Paulo o Label Summit Latin America 2005, dias 17 e 18 de maio próximo, em seguida ao que se realizou na Cidade do México em meados do ano passado. Esses encontros vêm na esteira da promoção de eventos que há alguns anos o Grupo Tarsus começou a levar a efeito fora dos grandes centros econômicos. Aparentemente, pelo menos no que se refere ao Brasil, os fabricantes locais de equipamentos e matérias-primas destinados aos convertedores de auto-adesivos já não se assustam com esse movimento, que lembra as grandes navegações da era mercantilista. A primeira diferença, além dos séculos que separam os dois momentos, é que nos mercados emergentes as populações já não se deixam encantar com os espelhinhos e as bijuterias trazidas pelas caravelas que zarpavam de portos ibéricos. A globalização ensinou todos a comprar – por preços justos – só o que não conseguem fazer. Depois, a dimensão do território diminuiu, na medida em que a parte hoje rica da América do Norte, em vez de receber, também envia “caravelas” para a parte de baixo do continente, para os mares nunca dantes navegados da Ásia e do Japão e até para países europeus. De resto, em certos nichos, e especificamente na cadeia do auto-adesivo, as antigas colônias têm hoje núcleos de excelência tecnológica, tanto na fabricação de máquinas quanto na de bases para a conversão dos rótulos, sem falar desta última atividade. A rigor, algumas exportam parte de sua produção. Assim, para elas, mais do que ameaça, encontros como o Label Summit Latin America 2005

ILUSTRAÇÃO: JOSÉ HIROSHI TANIGUTI

M

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podem vir a ser oportunidades de movimentação comercial inversa, no sentido colôniametrópole. Os Label Summits consistem numa combinação de palestras com uma pequena exposição (em tabletops) na qual se abre espaço para contatos e para a apresentação de novas tecnologias. O objetivo é aproximar fornecedores da indústria de auto-adesivos (expositores da Labelexpo) de novos clientes potenciais e, obviamente, transformá-los em compradores. Mas quando as empresas presentes ao Label Summit Latin América 2005, em sua grande maioria originárias da Europa e dos Estados Unidos, expuserem as soluções que oferecem, dificilmente o público do evento se surpreenderá com algo.

Informados e equipados Fruto da abertura da economia ocorrida no início da década de 1990 e do real sobrevalorizado por alguns anos, os parques gráficos dos grandes convertedores brasileiros estão hoje bem atualizados. Os laminadores de bases de auto-adesivos podem não oferecer ao mercado leques tão amplos de produtos quanto os fornecedores globais, mas não ficam a dever em termos de qualidade de produto. Seguramente, não chega a ser grande a falta de informação de convertedores médios e pequenos em relação ao que de mais moderno existe do mundo no setor. O eventual atraso estrutural de alguns é antes resultado de uma combinação de fatores que envolvem crédito caro, incertezas econômicas e consumidores depauperados. O fato é que, para impressionar os convertedores nacionais, e para conseguir atraí-los para a Labelexpo de Bruxelas (21 a 24 de setembro), onde equipamentos e tecnologias serão mostrados em mais detalhes, será necessário oferecer atrativos realmente tentadores – ou, no mínimo, conferências com conteúdo que efetivamente contribuam para seu desempenho e sua lucratividade. Afinal, no Brasil e em qualquer outra parte do mundo, os convertedores querem soluções que reduzam custo, elevem a produtividade, dêem flexibilidade à produção e garantam qualidade irretocável. Tudo isso, se possível, a preços acessíveis. São esses os bons ventos que levam o mercado adiante.

Alguns destaques que poderão ser vistos no evento

A Braga Produtos Adesivos usará a oportunidade que o Latin American Label Summit 2005 oferece de se reunir com alguns de seus principais clientes para lançar o adesivo A730, destinado a aplicações em baixas temperaturas, para uso em frigoríficos. Além disso, a laminadora vai aproveitar a ocasião para dar ênfase à sua linha de adesivos removíveis. A fabricante nacional de papéis e filmes auto-adesivos pretende ainda fazer no evento um trabalho institucional para reforçar a imagem de empresa que busca melhoria contínua na qualidade dos produtos ofertados com investimentos em máquinas e equipamentos que garantam total controle do processo. (19) 3897-9720 www.braga.com.br

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entrar em contato com alguns dos maiores fornecedores mundiais da cadeia de rotulagem. Trata-se de uma oportunidade para antecipar um pouco o que será exposto na Labelexpo 2005, que se realizará em Bruxelas três meses depois do

A Colacril fará no Latin American Label Summit 2005 o lançamento internacional de uma nova linha de frontais com quinze diferentes tipos de papéis especiais, a ADC 900, destinada ao mercado de vinhos. O produto utiliza adesivo especial para suportar umidade e baixas temperaturas. Segundo Fábio Fonseca, responsável pela área de comércio exterior da empresa, tem havido forte demanda desse tipo de produto por parte de países produtores. Também visando ao mercado externo, será reforçada a apresentação das linhas ADC 1000, composta de liners destinados à produção de rótulos aplicáveis em superfícies úmidas e sujeitas a baixas temperaturas (até 40º C negativos). No extremo oposto será apresentada a linha ADC 1200, para superfícies de difícil adesão e rótulos sujeitos a altas temperaturas. No evento será também relançado o Centro de Desenvolvimento e Especialidades, uma área da fábrica da Colacril em Campo Mourão (PR) dedicada ao desenvolvimento de novos produtos e novas tecnologias. Essa área foi totalmente remodelada. (44) 518-3500 www.colacril.com.br

encontro de São Paulo. Dentre os cerca de cinqüenta expositores que estarão no Gran Meliá WTC para mostrar os seus produtos, três empresas brasileiras procuram marcar presença: a Braga, a Colacril e a Etirama. A Etirama, fabricante de impressoras, rebobinadeiras, revisoras, troqueladoras e cortadeiras, dará ênfase ao que a empresa classifica como o seu grande lançamento no ano, a impressora FS 2540 – Premium. Trata-se de uma impressora flexográfica de tambor central cujos atributos de série incluem sistema de afastamento pneumático do cilindro porta-clichê e rotação contínua do cilindro anilox quando a máquina pára, cilindros anilox cerâmicos com lâminas raspadoras doctor blade em todas as unidades de impressão, controle automático de freio e embreagens, por célula de carga, sistema de secagem mais reforçado entre as cores e diâmetro maior do tambor central. Além disso, a máquina vem equipada com aplicador de verniz em unidade independente, forno de secagem UV e mesa de emenda rápida. A FS 2540 foi lançada oficialmente no Brasil durante a Fiepag, e será mostrada para o público europeu durante a Labelexpo Europe em setembro. (15) 3223.3332 www.etirama.com.br

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Apesar de os expositores não contarem com estandes grandes no Label Summit (a exposição será do tipo tabletop, o que impede, por exemplo, que sejam instaladas impressoras e outros equipamentos de maior porte), os visitantes terão a oportunidade de

Especializada no fornecimento de substratos para rótulos dirigidos a ambientes hostis, a Polyonics vai apresentar aos participantes do Label Summit a série de bases metálicas XF-800, capaz de resistir a temperaturas de até 600oC. O diferencial do produto, de acordo com a empresa, é que sua aplicação pode ser feita em superfícies quentes com um adesivo especialmente desenvolvido para essa finalidade, dispensando a necessidade de solda ou o uso de rebites. Os substratos da série XF-800 podem ser impressos por termotransferência. + 1 (603) 352-1415 www.polyonics.com

A Mark Andy, maior fabricante mundial de impressoras de banda estreita, além de anunciar oficialmente ao mercado brasileiro a PTC Graphic Systems de Miguel Troccoli e Frank Kleine como sua nova representante exclusiva no Brasil, decidiu aproveitar o Label Summit para enfatizar o lançamento da inspetora, cortadora e rebobinadeira VSR 300. Com design modular, a VSR serve para aplicações com bobinas de diferentes larguras, e pode ser usada tanto para trabalhar com auto-adesivos quanto com filmes sem base. O presidente da Mark Andy, Paul Brauss, explica esse movimento estratégico dizendo que “equipamentos de acabamento são uma extensão natural do processo de impressão de rótulos, e o expertise da Mark Andy

na produção de equipamentos aliado à sua rede global de apoio criam as condições ideais para a inclusão desse componente na linha de produtos da empresa”. + 1 (636) 532-4433 www.markandy.com No Brasil (11) 6194-2828 [email protected]

A Martin Automatic focará seu sistema de troca automática de bobinas de baixo custo para máquinas de até 13" de largura. Este sistema compreende duas máquinas: o STS para desbobinamento com troca automática e o STR para rebobinamento com troca automática. Os dois equipamentos foram desenvolvidos

especificamente para convertedores que trabalham com rótulos auto-adesivos e com materiais termoencolhíveis. A empresa afirma que a adoção desse tipo de tecnologia pode elevar substancialmente a produtividade da impressora, pois elimina-se a necessidade de paradas de máquina para troca de bobinas, tarefa que passa a ser executada de forma automática. + 1 (815) 654-4800 www.martinauto.com No Brasil: (11) 3225-4400 www.gutenberg.com.br

A Ciba Specialty Chemicals usará o espaço que lhe cabe na exposição para divulgar a tecnologia Prime IT. Trata-se de um tratamento que modifica permanentemente a superfície de todos os tipos de substratos plásticos (BOPP, PET, PE, PVC e PA), facilitando a adesão de tintas, adesivos e vernizes. A empresa assegura que essa tecnologia cria superfícies mais homogêneas que os tratamentos convencionais, e que leva vantagens sobre os primers por não correr o risco de interferir

Importante fabricante de impressoras de alto desempenho, a Nilpeter dará destaque à nova versão da Multi-Plataformas MO-3300. Agora, além de poder optar pela versão Convencional, com sistema de tracionamento por eixo cardan, o convertedor pode escolher a versão Servo, que possui servo-motores individuais para cada unidade de impressão e para o sistema de tensionamento da fita. A adoção de servo-motores reduz o

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A Newfoil mostrará suas máquinas para aplicação de hot stamping e meio-corte com a utilização de clichês e facas planas, o que viabiliza a sua utilização em mercados que demandam pequenas tiragens de rótulos, como o de vinhos. A empresa apresentará também quatro versões de sua máquina NF 3500 (uma voltada para a aplicação de hologramas em registro, uma para meio-corte, uma para hot-stamping e a outra que constitui uma solução de baixo custo para quem está interessado em iniciar a fabricação de etiquetas inteligentes). + 44 (0) 161 627-0550 www.newfoilmachines.co.uk No Brasil: (11) 3225-4400 www.gutenberg.com.br

nas propriedades ópticas do filmes. O processo consiste, em linhas gerais, na adesão de um reagente fotoiniciador à superfície do substrato polimérico ativado com um tratamento físico (corona, plasma ou “flambagem”), conforme mostrado na figura ao lado. Disponível em versões solvente e base água, o Prime IT tem tempo de estocagem praticamente ilimitado, desde que protegido da exposição à luz UV. (11) 5532-7425 www.cibasc.com/primeit

tempo de acerto de máquina, pois informações como o registro de impressão podem ser armazenadas para futuras reimpressões. Segundo a empresa, as perdas menores de material e de tempo de acerto ajudam a viabilizar economicamente tiragens reduzidas. Permanecem inalteradas as demais características da MO-3300, tais como a possibilidade de combinação de processos de impressão (offset,

rotogravura, serigrafia, flexo, hot stamping e cold foil) com a simples troca de cassetes de impressão. A Nilpeter enfatizará ainda seu novo cassete de rotogravura, processo de impressão cada vez mais solicitado pelos usuários finais de rótulos, principalmente na área de cosméticos. + 45 58501166 www.nilpeter.com No Brasil: (16) 626-9859 [email protected]

Outra empresa que vê com bons olhos o mercado latino-americano é a Stanford Products LLC, tradicional fabricante de rebobinadeiras que recentemente lançou equipamentos para acabamento de rótulos termoencolhíveis. A empresa acaba de anunciar novos representantes na região. Quem assume a responsabilidade de comercializar os produtos Stanford no Brasil é a Topco International.

No Label Summit, a empresa vai aproveitar o boom do mercado de

termoencolhíveis para divulgar a Seammachine SM-10, capaz de produzir, segundo o fabricante, sleeves com medidas de 25mm a 254mm, em velocidades que chegam a 500 metros por minuto. + 1 (618) 548-2600 www.stanfordproductsllc.com No Brasil (11) 4028 1233 www.topco.com.br

A presença de outra gigante da área, a fabricante de impressoras Gallus, será de caráter institucional. A empresa espera usar a proximidade com seus possíveis clientes para reforçar a sua imagem de fornecedor de soluções tecnológicas avançadas na área de flexografia e multiprocesso para banda estreita. A Gallus dará destaque aos atributos de seus equipamentos, que incluem rápido tempo de setup, capacidade de

manutenção do registro em diferentes tipos de substratos e a possibilidade de intercambiar processos de impressão. As soluções que serão mostradas no Label Summit incluem impressão tradicional e UV flexo, serigrafia e offset, relevo, hot stamping e facas rotativas, tudo in-line. + 41 71 242 86 www.gallus.ch No Brasil: (11) 5525 4400 www.heidelberg.com.br

Visite a Labelexpo Europe em setembro

A Rogers Corporation decidiu usar o Label Summit para lançar na América Latina a fita dupla face R/bak SA 3000, dirigida ao segmento de fitas finas (0.51mm), composto fundamentalmente por impressoras de banda larga.

A empresa promete resultados mais consistentes e com maior qualidade nos trabalhos de impressão em qualquer ambiente, com menor ganho de ponto e maior densidade nas cores sólidas. A R/bak SA 3000 possui liner transparente, com uma textura que auxilia na montagem. + 1 (860) 928-8926 www.rogerscorporation.com

A Rotoflex divulgará a tecnologia ALIS (Automatic Label Inspection System) de inspeção automática de etiquetas como ferramenta importante no controle de qualidade dos rótulos impressos. Esse sistema já é bastante popular entre as empresas que atendem o exigente segmento farmacêutico. Com a ferramenta de revisão, o convertedor pode remover os rótulos defeituosos das bobinas, evitando não só o retrabalho, mas garantindo a entrega de lotes que satisfaçam

as exigências dos clientes. A Rotoflex aproveitará ainda o seu espaço no Label Summit para divulgar a máquina E-Drive, revisora dotada de servo-motor no rebobinador e no desbobinador. Esse equipamento é indicado para empresas que trabalham com filmes flexíveis e materiais termoencolhíveis. + 1 (905) 670-8700 www.rotoflex.com No Brasil (11) 3225-4400 www.gutenberg.com.br

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Para quem atua no mercado de rótulos e quer acompanhar o que de mais moderno existe disponível para o setor, visitar a Labelexpo é quase uma obrigação – seja a edição de Chicago, que ocorre em anos pares, seja a de Bruxelas, que ocupa os ímpares. Pensando nisso, a ABIEA – Associação Brasileira da Indústra de Etiquetas Adesivas e a revista EmbalagemMarca se uniram para organizar, em parceria com a Tristar Turismo, um pacote de viagens para os interessados em visitar a Labelexpo Europe, que acontece em Bruxelas entre os dias 21 e 24 de setembro. Aqueles que aderirem a essa comitiva terão isenção da taxa de entrada no pavilhão de exposições, e poderão assistir a três conferências por 100 euros (o preço normal é de 245 euros). Mais informações com [email protected] – (11) 5181-6533, [email protected] – (11) 3284-7247 ou com [email protected] – (11) 3016-1411. Faça agora a sua reserva.

Impressão sem sujeira Lançado ribbon que limpa o cabeçote da máquina na hora da troca Iimak, líder norte-americana na fabricação de fitas para termo-transferência, desenvolveu nos Estados Unidos, e a Iimak da Amazônia está lançando no Brasil o CleanStart, produto que, segundo a diretora local de marketing da empresa, Audrey Kompier, “irá revolucionar a qualidade de impressão do código de barras e dos dados variáveis nas embalagens”. O CleanStart, destinado à limpeza do cabeçote de impressão a cada troca de ribbon, como recomendam todos os

A

fabricantes, oferece, de acordo com a argumentação da Iimak,“grande facilidade de uso, pois já vem no próprio ribbon, localizando-se entre este e a guia de proteção”, ela descreve. Entre as principais vantagens do lançamento, Audrey Kompier destaca a “redução dos custos de manutenção, isto é, de limpeza e troca dos cabeçotes, além de propiciar aumento da produtividade, na medida em que sua utilização diminui o tempo de máquina parada”. A diretora de marketing da Iimak explica que, com o passar do tempo,

os resíduos que ficam nas impressoras endurecem, formando uma crosta que dificulta a passagem do calor. Isso, segundo ela, compromete a qualidade da impressão, resultando em imagens falhas e pouco nítidas. “Testes realizados na Iimak USA demonstraram que, com o uso do CleanStart, as imagens impressas ficam mais consistentes.” Além de informações complementares, um filme de 2 minutos de duração, demonstrando a aplicação do produto, pode ser visto no site da empresa. No cabeçote sujo, os resíduos impedem a passagem do calor, de modo que a qualidade da impressão é baixa

Com o cabeçote limpo após a aplicação do CleanStart (abaixo) as imagens ficam nítidas

Iimak (21) 2493-3060 (11)5594-2494 www.iimak.com.br

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Aberta a votação para o Label Industry Global Awards Na noite de 21 de setembro, data de abertura da Labelexpo Europe 2005, que acontece em Bruxelas, serão conhecidos os vencedores da edição deste ano do Label Industry Global Awards, prêmio dado aos destaques da indústria de rótulos no mundo. A lista de indicados pelo júri já está disponível em www.labelawards.com, e a votação pode ser feita pela Internet até o início de junho.

No rastro dos rótulos termoencolhíveis Especializada no fornecimento de tintas flexográficas para impressão de embalagens feitas com diferentes tipos de filmes plásticos, em especial PEAD, PEBD, PP, BOPP e PET, a Technor KZZ está investindo na ampliação de seu portfólio de produtos. Atenta ao crescimento do uso de substratos de PVC no mercado de rótulos termocontráteis, a empresa está desenvolvendo tintas específicas para impressão desse tipo de acessório de embalagem. O principal lançamento voltado ao segmento de termoencolhíveis é a linha 660, que, segundo Mauricio Castro, gerente-técnico da KZZ, atende aos diversos tipos de PVC usados no setor, “inclusive aqueles com baixas espessuras”. Indicado tanto para equipamentos flexográficos com tambor central como para máquinas planas, as tintas possuem alta pigmentação, alto brilho e baixa viscosidade. “Tudo combinado a uma ótima aderência no substrato”, afirma Castro. A empresa afirma ter decidido investir nos novos produtos quando verificou a tendência de melhorias e novos processos de polimerização, que contribuíram para que o PVC se destacasse no segmento de shrink labels. “Acreditamos que esse material estará cada vez mais presente no mercado de rótulos de cosméticos, refrigerantes, iogurtes e muitos outros produtos”, finaliza o gerente da KZZ. (11) 4071-2211 www.kzztintas.com.br

mercado >>> funcionais

Colesterol zero muda tudo Com produtos sem gordura trans, Unilever reenfoca margarinas e maionese Unilever Bestfoods informa ter investido 18 milhões de dólares em tecnologia, formulação e maquinário para tornar livres da gordura trans todas suas margarinas produzidas no Brasil e comercializadas em países da América Latina. De acordo com estudos médicos, esse indesejado componente do alimento, se consumido de forma excessiva, pode aumentar o nível de colesterol no sangue. Segundo informa a empresa, a tecnologia utilizada na margarina livre de gordura trans produzida envolve hidrogenação total seguida de interesterificação. A hidrogenação total garante a ine-

A

xistência de gorduras trans e a interesterificação reagrupa as moléculas, conferindo ao produto características como consistência, derretimento e facilidade de aplicação.Todas as embalagens ganharam o selo “livre de gordura trans”. Para conseguir transformar a Hellmann’s 0% Colesterol no que afirma ser a primeira maionese livre dessa substância, a Unilever consumiu dois anos de pesquisas. Segundo informa a empresa, “o segredo do novo produto é decorrente da moderna tecnologia empregada, capaz de produzir maionese sem gema de ovo, garantindo, dessa maneira, um produto saboroso e muito saudável”.

Amcor (11) 4589-3070 www.amcor.com Prodesmaq (19) 3876-9300 www.prodesmaq.com.br Dixie Toga (11) 5516-2000 www.dixietoga.com.br Usina de Desenho (11) 5571-6788 www.usinadesenho.com.br

Na Doriana, novo padrão

Para Becel, cores vibrantes

Hellmann’s amplia portfolio

O carro-chefe da linha de margarinas da empresa, Doriana, além da versão cremosa, oferece agora a opção extra cremosa, novo padrão de produto no mercado. Outra novidade são as embalagens, que estão mais modernas. Desenvolvidas pela agência Usina de Desenho, elas mostram imagens do dia-a-dia do consumidor ao lado do logotipo da marca, que também foi reformulado. A embalagem tem tampa transparente sobre um selo de alumínio. Os potes de polipropileno são fornecidos pela Dixie Toga.

Para destacar-se nas gôndolas, as embalagens das margarinas Becel, direcionadas a pessoas que precisam controlar o colesterol, por possuir ômega 3 e 6, agora apresentam cores mais vibrantes. A mudança foi feita também para alinhar os itens à identidade visual da marca em âmbito mundial. Os rótulos autoadesivos são da Prodesmaq. A formulação da Becel foi alterada, ganhando novo aroma e ficando levemente mais salgada. Os produtos da linha têm o selo do Funcor e da Federação Mundial do Coração.

A Hellmann’s 0% Colesterol chega ao mercado para integrar o portfolio da marca líder do segmento, composto pelas maioneses Hellmann’s Tradicional, Hellmann’s Light, Hellmann’s Limão e Hellmann’s Sabores, além de mostarda, ketchup e molhos para salada. De acordo com Marcela Mariano, gerente da marca, uma pesquisa realizada pela Unilever mostrou que 94% dos entrevistados demonstraram interesse em comprar a maionese. O produto é oferecido em potes de PET de 250ml e de 500ml, fornecidos pela Amcor.

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Como maior fabricante mundial de tampas de segurança para bebidas, a Guala Closures tem grande cuidado com sua imagem e, portanto, a escolha de uma revista especializada para a veiculação dos seus anúncios foi muito rigorosa. EmbalagemMarca foi escolhida por reunir todos os predicados exigidos: linha editorial consistente e informativa mostrada com linguagem acessível, matérias voltadas às novidades e tendências do mercado de embalagens e cobertura das mais importantes feiras no exterior. A paginação é criativa e moderna, o papel e a impressão, da melhor qualidade. A revista é monitorada pelo IVC – Instituto de Verificador de Circulação, mostrando sua seriedade editorial, sem propalar tiragens irreais. Um mailing amplo e constantemente atualizado garante que EmbalagemMarca atinja os diversos departamentos das empresas, sendo lida por executivos, técnicos, especificadores e compradores, que costumam guardá-la para consultas posteriores. A revista EmbalagemMarca, entre outras campanhas, vem trabalhado para melhorar a apresentação das bebidas, destacadamente dos fabricantes que pretendem atingir o exigente mercado internacional. A Guala se uniu a ela, veiculando um anúncio específico, intitulado “Sem uma boa embalagem, sua cachaça não vai chegar a lugar nenhum”. A Guala vem obtendo bons resultados com a divulgação em EmbalagemMarca, o que fez que continuássemos com nossa programação de anúncios para 2005.

Onda do bem estar em caixinha Na crescente onda de lançar produtos alimentícios que oferecem ao consumidor bem-estar e qualidade de vida, a Bunge acaba de apresentar ao mercado a nova linha de sucos Cyclus, à base de soja. Os produtos são acondicionados em embalagens Tetra Pak estampadas com cores naturais e ilustrações

realistas de frutas e vegetais. No total foram desenvolvidas oito versões do produto: Cyclus Crescimento, nos sabores Pera, Maçã, Laranja e Pêssego; Cyclus Equilíbrio, Mamão com Acerola e Laranja com Cenoura e Cyclus Saúde, nos sabores Original e Original Light. A criação das embalagens é da Pandesign.

Para crianças com cabelos volumosos A Mariah Produtos de Beleza lança, dentro da linha infantil Neokids, três produtos específicos para crianças com cabelos volumosos. Trata-se da linha aloe vera e melancia, composta por xampu, condicionador e redutor de volume. Os produtos são elaborados com extrato natural de frutas. Segundo o fabricante, combinados com outros ativos os extratos agem nos fios, diminuindo o volume dos cabelos, o que facilita o ato de pentear. As embalagens, de polipropileno, são fabricadas pela Neumann, com design da Foco Comunicação. Os rótulos auto-adesivos, de BOPP branco, são da Versacolor.

McCain lança batata em cubos A McCain do Brasil acaba de lançar no mercado nacional a batata-frita em cubos. Pré-frito e congelado, o produto é comercializado em embalagens de 720 gramas produzidas pela Bolsaflex com estrutura bilaminada de polietileno. A impressão flexográfica é feita com tintas da Sicpa. O design da embalagem é da Estudio Diseñart, da Argentina.

Sopas em stand-up pouches metalizados A Oz Design é a agência responsável pela criação das embalagens da nova linha de sopas instantâneas Vono, que passa a integrar o portfólio de produtos da Ajinomoto. Os produtos são embalados em stand-up pouches aluminizados produzidos pela Inapel. A face principal da embalagem foi dividida em três áreas distintas: no topo, aparecem os ingredientes e o texto de identificação do sabor, no centro, sobre fundo branco, é apresentada a marca; na parte inferior o produto pronto é apresentado.

Prêmio de segurança A G.D do Brasil, fabricante de máquinas de embalagem para os setores alimentício, de higiene e limpeza, cosmético, químico, farmacêutico e de fraldas e absorventes, foi considerada pelo Grupo Coesia, que administra o Grupo G.D mundial, a melhor subsidiária em termos de segurança do trabalho. Coim Novacote cresce na América Latina A Coim Novacote, empresa que atua na área de adesivos solventless, adesivos base solvente, vernizes termo-selantes, vernizes de alto brilho, vernizes epóxi e primers para pré-impressão e pré-metalização, inaugurou em março uma fábrica no Chile. A nova unidade faz parte da estratégia de expansão da companhia na América Latina. Artecola amplia negócios internacionais O Grupo Artecola, produtor de insumos químicos e componentes industriais com sede em Campo Bom (RS), fechou 2004 com um aumento de 53,7% em seus negócios internacionais, que atingiram um volume de US$ 26,9 milhões. No ano passado, a Artecola adquiriu o controle acionário de uma fábrica de adesivos na Colômbia e ampliou a capacidade de produção da sua unidade fincada na Argentina. Mudança na Rohm & Haas Franklin Santos é o novo gerente comercial da área de Adesivos e Selantes da indústria de especialidades químicas Rohm and Haas para o Brasil e o Cone Sul. Químico industrial, Santos assumiu o posto em dezembro de 2004.

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Nova linha para sopro de PET na Vonpar A Vonpar, uma das maiores franquias da Coca-Cola no Brasil, responsável pelo atendimento à Região Sul, adquiriu da Krones um sistema completo para sopro de garrafas PET de 2 litros. A linha conta com uma sopradora Contiform S16, com capacidade de produção de 24 000 garrafas por hora, alimentador de pré-forma, dois compressores, dispositivo basculante, transportador de massa e transportador pneumático Krones AirCo, para alimentação

de três linhas de PET. Além da linha de sopro, a Krones também vai fornecer para a Vonpar um upgrade para o inspetor Linatronic 735, que passa do sistema EBI (Empty Bottle Inspection) para o sistema ASEBI (All Surface Empty Bottle Inspection), que faz a inspeção em todas as áreas das garrafas, tecnologia que já havia sido adotada pela unidade da Coca-Cola da cidade paulista de Jundiaí (Femsa).

(11) 4075-9600 • www.krones.com.br

Setor de embalagens cresce 2,2% em 2004 A Abre – Associação Brasileira de Embalagem divulgou balanço do setor referente a 2004, como parte do estudo “O resultado econômico da indústria de embalagem em 2004 e as perspectivas iniciais para 2005”, realizado pelo economista Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da IBRE/FGV. Segundo os dados apresentados, em 2004 o setor de embalagens registrou faturamento de 28,591 bilhões de reais, 4,317 bilhões a mais do que em 2003 – um crescimento médio de

2,26%. Para este ano, a previsão é que o setor atinja 33 bilhões de reais. Pelos dados da pesquisa, a participação por material dentro do setor ficou dividida da seguinte forma: Segmento

Participação (em %)

Madeira

2,34

Papel

7,45

Papelão

30,91

Plástico

31,01

Vidro Metálicas

5,39 22,29

Faturamento de vidrarias cresce em 2004 O relatório anual da Abividro, entidade que congrega empresas automatizadas de vidro do país, indica que o setor registrou crescimento nos quatro segmentos que o compõem (embalagens, vidros técnicos, vidros planos e

utilidades domésticas). Do faturamento total consolidado do setor, de 3,706 bilhões de reais, as embalagens responderam por 29,9% (1,109 bilhão de reais), 7,3% a mais que em 2003.

www.abividro.org.br

FONTE: IBRE/FGV

Iguaçu vitaminada Para dobrar sua capacidade produtiva mensal de latas para conservas, atualmente de 10 milhões de unidades, a Metalgráfica Iguaçu está investindo US$ 2 milhões em sua planta de São José do Rio Preto (SP). O incremento fará a empresa alcançar o faturamento de 170 milhões de reais em 2005, 29% a mais que no ano passado. Segundo o presidente da Iguaçu, Rogério Marins, o objetivo do investimento é o alcance de 15% de share no mercado nacional de latas para conservas até o fim do ano.

Sinimplast maior

Certificação para a PP Payne No dia 10 de março último, a PP Payne comunicou ao mercado ter sido certificada de acordo com a norma NBR ISO 9001: 2000. A empresa certificadora foi a Lloyd´s Register Quality Assurance.

Grande fabricante de embalagens plásticas sopradas, a Sinimplast acaba de adquirir três novas estações de sopro junto à Bekum do Brasil. Segundo a Sinimplast, o negócio, de 3 milhões de reais, “representa mais um passo importante no atendimento qualitativo dos clientes e na conquista de novos mercados”. A primeira máquina entrou em operação em janeiro e as demais em março. Entre outros itens, nelas serão feitos os frascos para o achocolatado Toddy, da Quaker. As novas aquisições permitirão o aumento da capacidade produtiva da Sinimplast em 70 toneladas mensais para embalagens de polietileno de alta densidade (PEAD), o que deve proporcionar um acréscimo de 1,5% no faturamento da empresa em 2005.

(11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br

A volta dos supérfluos e das marcas fortes Estudo produzido pela LatinPanel/Ibope envolvendo 64 categorias das áreas de alimentos, higiene, limpeza e bebidas não alcoólicas, revela que 3,2 milhões de lares brasileiros voltaram a comprar produtos supérfluos (aqueles não incluídos na cesta básica) em 2004, consolidando crescimento de penetração nos lares de 9% em relação a 2003. A retomada do consumo foi mais intensa nas classes D e E, onde a penetração dos produtos supérfluos cresceu 13%. O fenômeno também foi verificado, com menor intensidade, na classe C, onde a entrada dos bens não essenciais registrou alta de 5% no período. Nas classes A e B, o aumento foi de 3%. Os números divulgados pelo instituto revelam também que o melhor desempenho no ano passado esteve com as marcas de preço intermediário, que abarca-

ram 40% do share valor, contra 20% das marcas de baixo preço e 33% das marcas mais caras. As marcas líderes (muitas delas já operando no segmento de preço intermediário) também se beneficiaram da retomada econômica. Cerca de 47% delas ganharam share valor em 2004, e 27% ampliaram sua taxa de penetração. Se considerado o período de 2001 a 2004, contudo, as marcas líderes perderam 53% de share valor, e 58% delas deixaram de ter exclusividade na cesta dos consumidores, que migraram para produtos de valor intermediário.

www.latinpanel.com.br

Mais supérfluos em 2004 Crescimento do consumo por classe Classes A e B

3%

Classe C

5%

Classes D e E

13%

A Ciba Especialidades Químicas anunciou em março a aquisição, junto à britânica Wolstenholme International, da linha de pigmentos metálicos de alta reflectância Metasheen para tintas de impressão em geral. A transação movimentou declarados 45 milhões de francos suíços (cerca de 106,6 milhões de reais). Os pigmentos de alumínio Metasheen são metalizados a vácuo, o que permite a obtenção de produtos finais com imagem de alto valor agregado, em mercados como o de embalagens e rótulos, e podem ser aplicados sobre diversos substratos. Quando

utilizados sobre superfícies muito lisas, como filmes e papéis revestidos, os pigmentos podem criar um acabamento com efeito de espelho. O objetivo do grupo suíço, de acordo com o seu presidente e CEO, Armin Meyer, foi ampliar a oferta de produtos e complementar a já existente com novos efeitos. “Estes pigmentos metálicos versáteis dão uma ampla escolha de efeitos reluzentes, brilhantes e espelhados, permitindo aos fabricantes e designers ampla abrangência e alta flexibilidade para atender a demanda do mercado atual em termos de exclusividade e tons brilhantes”, explica Meyer. (11) 5532-7425 www.cibasc.com

Resistente a efeitos de desgaste Provas de imposição e layout, impressão de materiais de merchandising no ponto-de-venda e de fotolitos. Essas são algumas das principais aplicações das impressoras imagePROGRAF W2200 e W6200, as mais recentes novida-

des anunciadas pela fabricante japonesa Canon no mercado gráfico brasileiro. A W2200 apresenta conectividade padrão em rede, conexão para porta paralela e padrões seriais USB e FireWire. Já o modelo W6200 trabalha com tinta pigmentada, “conferindo imagens com mais durabilidade e resistentes aos efeitos de desgaste produzidos pela luz.” (11) 5070-7200 / www.canon.com.br

FOTOS: INBEV

Pigmentos metálicos

Almanaque O lucrativo canal do cofrinho

Pérola à base de sebo A margarina foi inventada em 1869, quando Napoleão Bonaparte instituiu um prêmio a quem descobrisse um produto capaz de substituir a manteiga, cada vez mais cara na época na França. O físico Hippolyte Mège Mouriès ganhou-o ao conseguir produzir uma nova gordura, à base de sebo de boi e leite. Por ter aspecto perolado, o pro-

duto foi batizado como margarina, palavra derivada do grego “margaron”, ou pérola, em português. Com a descoberta da hidrogenação, o que era uma gordura líqüida passou a ser uma pasta cremosa. Hoje, a margarina é produzida a partir da gordura de origem vegetal, acrescida de corantes, estabilizantes e conservantes químicos.

Você sabia? » A simpática dona-de-casa estilizada nas embalagens das esponjas de limpeza Scotch-Brite, da 3M, se chama Dolly. » Nos primeiros estudos de embalagens para margarina, os designers eram obrigados por lei a utilizar dois terços da cor verde, para diferenciar o produto da manteiga, em cujas embalagens predominava o amarelo. » A primeira sopradora de garrafas plásticas para cerveja foi desenvolvida pela empresa alemã Heidenreich & Harbeck, de Hamburgo, em 1960. As primeiras garrafas produzidas – à velocidade de 10 000 unidades/hora – eram de PVC. Em tempo: a indústria hamburguesa, vendida ao grupo Krupp em 1979, pertence ao grupo suíço SIG desde 2000.

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As primeiras máquinas de venda automática (vending machines) surgiram em Londres, há mais de 120 anos, operando com cartões postais e livros. Em 1888, desembarcaram nos Estados Unidos, vendendo chicles sabor tuttifrutti da Adams. Logo viraram febre, passando a comercializar de selos e cigarros a refrigerantes, chocolates, sanduíches e salgadinhos. Tal foi o entusiasmo que até originaram um restaurante totalmente operado por moedas, o Horn & Hodart, na Filadélfia, aberto em 1902. Esse paraíso das vending machines foi fechado em 1962. Logo depois da II Guerra foi montado um deles em São Paulo, o Automático. Não durou um ano.

Chinês ficou uma arara A marca de tintas para repintura automotiva Glasurit nasceu em 1898, quando passou a aparecer nas embalagens dos produtos vendidos por Max Winkelmann, em Hamburgo, na Alemanha (a palavra Glasurit deriva do alemão “glasur”, que quer dizer verniz duro). As primeiras embalagens eram decoradas com a cabeça de um chinês. A idéia era homenagear a China, país de origem da laca, uma resina natural. No início do século 20, as tintas colori-

das caíram no gosto popular. Como estratégia de marketing, era preciso criar um símbolo que mostrasse as cores das tintas. Em 1924, o ícone escolhido, uma arara com penas nas três cores primárias – vermelho, azul e amarelo –, substituiu a cabeça do chinês nas latas. O desenho foi passando por transformações no decorrer do tempo. Em 1965 a Glasurit foi comprada pela Basf. A marca chegou ao Brasil em 1967. (Fonte: Glasurit)

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