www.embalagemmarca.com.br
A realidade é a única verdade
E
Wilson Palhares Projeções de crescimento, investimentos em equipamentos de ponta, novas fábricas, mais tecnologia e mais treinamento levam a acreditar num ano melhor
m seu trabalho cotidiano, a equipe de E MBALAGEM MARCA tem o privilégio de manter contato direto com uma parte importante da economia do país, aquela representada pela cadeia de embalagem, que vai desde a ponta do fornecimento de matérias-primas e dos transformadores até os chamados end users e o varejo. Isso oferece à equipe da revista uma visão que, sem pretensão de ser “científica”, funciona como uma espécie de radar, ou de radiografia, do que de fato se passa em diversos setores produtivos. É graças a essa visão que,
neste início de ano, fazemos neste espaço uma profissão de fé numa temporada de melhora do desempenho da economia. Não nos fiamos para isso em promessas governamentais e muito menos em discursos de políticos, pois contra esses dois males estamos, como crescente parcela da sociedade, calejadamente vacinados. O fato é que, com base no palavrório oficial e nos grandes indicadores de desempenho no Brasil, podemos concluir que o país há tempos foi à matroca. Mas já se disse que a realidade é a única verdade.
No dia-a-dia, não obstante os lamentos a que muitos homens de negócios se dão quando indagados como vão as coisas, o que temos visto são projeções de crescimento, investimentos em equipamentos de ponta, novas fábricas e ampliações, mais tecnologia e mais treinamento e expansões no varejo. É por tudo isso que EMBALAGEMMARCA continua acreditando no Brasil e se esforçando para, ao longo de 2007, ser, como vem sendo, vista por seus leitores como uma ferramenta útil ao crescimento da área de embalagem e do conjunto do país. Até fevereiro.
nº 89 • janeiro 2007
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Reportagem de capa: Emballage
Salão francês da embalagem se afirma como importante evento mundial e abriga boa quantidade de inovações
24 26
Diretor de Redação Wilson Palhares
[email protected]
Vidro
Reportagem
Fábrica da AmBev de garrafas para cerveja repercute entre vidrarias e tubaineiros
[email protected]
Flávio Palhares
[email protected]
Guilherme Kamio
Plásticas
[email protected]
Predilecta quer revolucionar mercado de doces de corte com berços termoformados
Leandro Haberli Silva
[email protected]
Departamento de Arte
[email protected]
Carlos Gustavo Curado José Hiroshi Taniguti Administração Eunice Fruet Marcos Palhares
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Mercado
Departamento Comercial
Prateleiras de creme de leite recebem novos formatos de embalagens, de vários materiais
[email protected]
Karin Trojan Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas Marcella de Freitas Monteiro Raquel V. Pereira
[email protected] Assinatura anual: R$ 99,00
Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.
Filiada ao
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Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição
Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
3
EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor
5
Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores
6
Filiada à
Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
www.embalagemmarca.com.br
22 Panorama 30 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
34 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
FOTO CAPA: DIVULGAÇÃO
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.
Linha Castelo
N
a reportagem intitulada “Ousadia de líder”, sobre a reforma visual dos vinagres e agrins da Castelo, veiculada em EMBALAGEMMARCA nº 88, faltou a informação de que a criação do conceito gráfico para a linha inteira é de autoria da Projeto Integrado. Christian Klein, Diretor, Projeto Integrado São Paulo, SP N. da R.: O nome da Projeto Integrado foi omitido pelas fontes da reportagem.
Tendências e perspectivas
P
arabenizo-os pela edição de dezembro de EMBALAGEMMARPeço a gentileza de enviarem arquivo da reportagem de capa (Tendências e Perspectivas 2007), que gostaria de divulgar para alguns contatos. Cyro Galaso, Gerente Unidade de Refino e Petroquímica, Innova S/A São Paulo, SP CA.
V
ocês estão de parabéns pela edição de dezembro de 2006. Caio Gudmon, Diretor presidente, BBL Beverages Piracicaba, SP
Mercado japonês
N
a entrevista com a sra. Luciana Pellegrino, diretora da Associação Brasileira de Embalagem, sobre o mercado japonês (EMBALAGEMMARCA nº 87, novembro de 2006), vi muitas informações que têm tudo a ver com projetos que temos como perspectiva para os próximos anos, principalmente comentários ligados a segurança alimentar e embalagem de transporte. Daniel Santana, Especialista de embalagem Chocolates Garoto Vila Velha, ES
Edição em espanhol
Q
uero felicitá-los pela revista EMBALAGEMMARCA. Conheci a publicação há cinco meses e entro em seu site a cada edição para me informar. Sim, para me informar, porque realmente posso afirmar que EMBALAGEMMARCA é efetivamente uma revista de informação para os profissionais do setor. Excelente a reportagem “Tendências e Perspectivas” (edição 89, dezembro de 2006). Tomara tivéssemos na Argentina uma revista que nos informasse tão seriamente e nos pudesse oferecer, como vocês fizeram, as tendências e perspectivas para o ano que vem. Continuem assim! Ernestina Ordoñez, Engenheira Industrial Buenos Aires, Argentina
Vidro destaca novidade funcional Cores de bebidas ganham realce com transparência das garrafas e dos rótulos auto-adesivos Amcor White Cap (11) 5585-0723 www.amcorwcb.com.br Owens-Illinois (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br Prakolar (11) 6291-6033 www.prakolar.com.br
A Globalbev lança o Whoops!, um repositor de nutrientes com sucos naturais de frutas. Em seis sabores, o produto é envasado em garrafa de vidro de 473 mililitros, fornecida pela OwensIllinois do Brasil, com detalhes em alto relevo e decorada com rótulo auto-adesivo “no-labellook”da Prakolar. A tampa, com botão de segurança, é da Amcor White Cap. O design gráfico das embalagens foi elaborado na própria Globalbev.
Farofa pronta em stand-up pouch Baumgarten (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br Cleplax (11) 3904-9727
[email protected] Olveplast (11) 4191-8222 www.olveplast.com.br Onzze Brasil Comunicação (11) 5051-4320 www.onzze.com.br
Cara nova na Castelo Frascos de condimentos redesenhados A Castelo Alimentos reformulou as embalagens do ketchup e da mostarda, que ganharam pega ergonômica e cores vibrantes, com rótulos desenhados pela Onzze Brasil. Para a mostarda, o frasco de polietileno de baixa densidade (PEBD) e a tampa de polipropileno (PP) com lacre de segurança são fornecidos pela Cleplax. Os rótulos auto-adesivos de papel couché são da Baumgarten. Os frascos de PP multicamada e as tampas flip-top do ketchup são fornecidos pela Olveplast. Os rótulos auto-adesivos de papel couché são produzidos pela Setprint.
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Set Print (11) 2133-0077 www.setprint.com.br
TC3 Comunicação (11) 4332-2111 www.tc3.com.br Tradbor (11) 3739-4909 www.tradbor.com.br
Hikari adota flexível para novo produto A Hikari optou por acondicionar sua nova Farofa Pronta com Carne Seca em uma embalagem plástica flexível, do tipo stand-up pouch, produzida pela Tradbor. “A embalagem conta com um sistema de zíper que facilita a abertura e possibilita o refechamento, mantendo as propriedades da farofa inalteradas”, explica Alan Baumgarten, diretor comercial da Tradbor. A estrutura do stand-up pouch, formada por um filme de poliéster laminado com um filme de polietileno (PE), garante barreira adequada à umidade e à gordura. O produto tem vida de prateleira de seis meses. O design é da TC3 Comunicação.
Extra Comunicação (81) 3463-9094 www.extracom.com.br Rexam (81) 2119-6500 www.rexam.com.br
Um brinde com cachaça Pitú recebe o ano novo com lata comemorativa A tradicional marca de cachaça Pitu, produzida em Pernambuco, coloca no mercado uma edição comemorativa de embalagens celebrando a chegada de 2007. Desenvolvidas pela Extra
Comunicação, de Recife, e fornecidas pela Rexam, as latas de alumínio de 350 mililitros chegam ao mercado com os dizeres “Feliz 2007” e ilustrações comemorativas em toda a lata.
Ovo líquido em longa-vida Produto da Fleischmann é embalado pela SIG Combibloc
Dil Brands (11) 4191-9711 www.dilbrands.com
produzidas pela SIG Combibloc, com design da Dil Brands. As cinco camadas de revestimento, aliadas ao processo de pasteurização, proporcionam maior proteção e durabilidade ao produto. O lançamento é produzido pela Sohovos – empresa nacional pioneira na fabricação de ovos processados – que foi adquirida pela AB Brasil.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
SIG Combibloc (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil
A AB Brasil, empresa do grupo britânico Associated British Foods (ABF), que detém a marca Fleischmann, apresenta ao mercado de panificação e confeitaria os Ovos Pasteurizados Fleischeggs. A nova linha de produtos, composta por Ovos Inteiros, Gemas e Claras, está disponível em embalagens cartonadas
8 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2007
Edição: Flávio Palhares
Transparente como o cristal Cânula da válvula de perfume desaparece quando acionada
Lavezzo (11) 3392-2555 www.lavezzo.com.br MeadWestvaco Calmar (11) 3874-7933 www.calmar.com Pochet (11) 4432-1350
da Espanha, fica transparente quando a válvula é acionada pela primeira vez, e é praticamente imperceptível aos olhos. A L’acqua di Fiori será a primeira empresa nacional a usar essa tecnologia. O frasco de 50 mililitros, feito na França pela Pochet, tem a decoração feita em applied ceramic label (ACL). O cartucho na cor rosa é produzido pela Lavezzo, com brilho realçado pela laminação holográfica da UV Pack e impressão em hot-stamping.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
UV Pack (11) 3838-1855 www.uvpackacabamentos.com.br
Aproveitando o charme dos cristais, a L´acqua di Fiori lança o perfume Exception. A fragrância, criada pela perfumista francesa Sophie Labbé, tem na embalagem um pingente Swarovski, marca austríaca mundialmente reconhecida pelos cristais de alta qualidade. Outra inovação que diferencia o produto é a utilização da cânula (pescante da válvula) invisível, tecnologia patenteada pela MeadWestvaco Calmar. A cânula, importada
CÂNULA TRANSPARENTE: tecnologia da MeadWestvaco Calmar faz com que pescante (foto acima) desapareça quando a válvula é acionada (à direita)
Auto-adesivo para vinho Vinícola gaúcha investe em novas embalagens Os produtos da Vinícola Guaravera, de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, estão de cara nova. Designo Design Os vinhos da marca (43) 3341-9809 Gazzi (nome da família proprietária da vinícoGráfica Rami (11) 4587-1100 la) chegam ao mercado www.ramiprint.com.br em garrafas de vidro fornecidas pela SaintSaint-Gobain (51) 3598-1422 Gobain, com rótulos www.sgembalagens.com.br de papel auto-adesivo impressos pela Gráfica Rami. O projeto visual é da Designo Design, de Londrina (PR).
Vontade, qualidade e internacionalidade
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Desejo francês por uma cadeira cativa na avant-garde da embalagem estimula a realização de uma feira movimentada e cosmopolita Por Guilherme Kamio, de Paris
O
da Emballage 2006 foram estrangeiros. “Houve um salto de mais de 3% nesse quesito em relação à versão prévia, de 2004”, informa Juana Moreno, diretora-geral da Emballage. “É um sinal da internacionalização da exposição.” Num aspecto também favorável à consolidação da Emballage como meca da cadeia do packaging, pela segunda vez o simpósio Pack.Vision integrou o show. Nele, palestras e mesas debatedoras abordam tendências em embalagem e em hábitos de consumo (o mote do congresso em 2006, o papel das embalagens frente às alterações dos canais de distribuição, será discutido numa edição futura). Outro destaque, que estreou em 2006 com elogios de todos, foi o Espace Tendances. Consistia numa coleção de vitrines com as principais inovações dos expositores, agrupadas de acordo com cinco critérios: “de custo mais efetivo”, “mais convenientes”, “mais diferentes”, “mais eco-cidadãs” e “mais seguras”. Algumas dessas soluções expostas são mostradas nas páginas a seguir, que condensam o que de inovadir a reportagem de EMBALAGEMMARCA captou no salão. Quanto aos negócios gerados na feira, os organizadores prometem divulgar em breve um balanço oficial, baseado numa alentada pesquisa com os expositores. Dá para antecipar que esse relatório não fará o Brasil espocar champanhe. Conforme definia um informativo da feira, o Brasil ainda é um “mercado distante” para a França. O país só se fez representar no evento por uma caravana de transformadores plásticos, no estande do programa Export Plastic, e por executivos que visitaram a feira mais para “captar tendências” do que para vender ou tentar costurar parcerias. A julgar pelo barulho feito na exposição por comitivas e estandes de pares emergentes, como a Turquia e a China, vale a pena refletir se o Brasil não está perdendo grandes oportunidades ou, até, subestimando o potencial francês – como aliás já o fez, com amargas conseqüências, no futebol. FOTOS: DIVULGAÇÃO
s perfumes, os vinhos e a alta costura, não sem mérito, tendem a eclipsar a vocação da França para as feiras de negócios. Paris abriga, cabe lembrar, um dos mais antigos salões de embalagem do mundo. A Emballage surgiu em 1947 em meio a diversas outras mostras industriais, tidas então como um meio de acelerar a recolocação da economia francesa nos trilhos após o interregno da Segunda Guerra. Sessenta anos depois, a exibição mantém um objetivo estratégico, mas num outro contexto. O país de Chirac e de Zidane quer se afirmar na vanguarda do acondicionamento de produtos, embora já tenha inquestionável savoir-faire na área e seja o terceiro maior exportador de embalagens do planeta. Dentro desse espírito, e do cenário da globalização (ou mondialisation, em bom francês), cravar um lugar no calendário de eventos importantes sobre embalagem tornou-se uma prioridade para a França. Muito em função dessa espécie de ambição gaulesa à imagem de mulher de César, em que não basta ser influente, mas também parecer influente – ao que conta muito, por exemplo, abrigar uma exposição que seja considerada imprescindível para o setor, como fazem os Estados Unidos e a Alemanha –, a 37ª edição da Emballage, ocorrida de 20 a 24 de novembro último no parque de exposições Nord Villepinte, em Paris, ganhou qualidade. Um ponto considerado positivo por boa parte dos profissionais presentes ao evento, inclusive brasileiros que já o conheciam de outros carnavais, foi seu caráter mais cosmopolita. Segundo alguns relatos, em edições antigas a Emballage passava a sensação de feira ensimesmada na França, sendo pouco compensadora para forasteiros. O perfil mudou (o que fica evidente até pelo atual slogan da feira, no inglês World Packaging Exhibition). Contra qualquer reminiscência, a organizadora Exposium faz questão de divulgar que 38,4% do total de 108 054 visitantes
AJUNTAMENTO Espace Tendances (à esq.) e simpósio Pack.Vision (à dir.) contribuíram para movimentar a Emballage
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EmbalagemMarca <<< 11
evento >>> emballage 2006
Uma a mais na briga
M
isto de bisnaga e garrafa para bebidas, o Cyclero surgiu na edição de 2005 da feira alemã Interpack como uma proposta futurística e engenhosa, à maneira dos carros-conceito exibidos em salões automotivos. Mas se os automóveis geralmente ficam na promessa e não ganham linhas de montagem, aquela embalagem-conceito, criada pela finlandesa Huhtamaki, foi refinada pela suíça Aisapack, ganhou o nome Aisacan e quer se difundir entre as mais diversas bebidas – como sucos, águas minerais, leites, isotônicos e até líquidos levemente carbonatados. Basicamente um laminado de alta barreira com gargalo, tampa e base de plástico rígido acoplados, a solução híbrida pode ser retampada após aberta e propicia às indústrias usuárias o que a Aisapack define como “produtividade racional e higiênica”. Uma formadora de tubos laminados SAESA, da Aisa (empresa irmã da Aisapack), é capaz de produzir até 4 800 unidades da embalagem por hora, num processo de três etapas – formação e corte do corpo a partir da bobina do laminado, selagem do gargalo por ar quente e energia de alta freqüência e, por fim, selagem da base (veja gráfico). Formada, em volumes que podem variar de 80 a 500 mililitros, a Aisacan pode ser manipulada em linhas convencionais de enchimento de garrafas de PET, pelo gargalo com anel-padrão. Detalhe: a
embalagem suporta envase asséptico. Tanto a base, em polipropileno injetado, quanto o gargalo, moldado por compressão, podem incorporar barreiras a gases e à migração de aromas. No caso do gargalo, é aplicada a tecnologia Bacomex, que consiste numa construção multicamadas, com EVOH, criada pela Aisapack para prover barreira às terminações (ombros) dos tubos de creme dental. Numa diferença em relação ao Cyclero, o corpo laminado da Aisacan pode ter o filme de alumínio substituído por polipropileno. De modo a estimular a adoção da novidade por indústrias de bebidas, a Aisapack informa ser capaz de oferecer operações em regime de turnkey, assumindo o gerenciamento de todos os insumos envolvidos na produção da Aisacan. “Já estabelecemos, por exemplo, parcerias com formadoras de opinião na área de tampas, como a Bericap, a Portola e a BelCap, para oferecermos aos clientes diversas opções de fechamento da Aisacan”, explica Jonathan Shaw, gerente de desenvolvimento de negócios da Aisapack. Além de tampas convencionais de rosca, podem ser acopladas à Aisacan sport caps do tipo pushpull (como as de águas minerais), flip-tops, tampas push on e até películas com aba. Aisapack +41 (24) 482-0600 www.aisapack.com
Híbrido com sangue azul Especialmente para produtos com apelo de nobreza, a Aisapack oferece uma variante da Aisacan denominada Inspiration. Disponível inicialmente nos volumes de 187, 250 e 375 mililitros, a embalagem mira os mercados de vinhos, destilados alcoóliInspiration: proposta luxuosa cos, azeite de oliva e vinagre
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balsâmico. De acordo com a Aisapack, a própria embalagem assume o papel “rótulo de luxo” para tais produtos, podendo ser impressa em sistemas como off-set UV, flexografia UV, serigrafia rotativa UV e rotogravura UV, combinados com hot ou cold stamping, gravações em relevo e até holografia.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Mistura de bisnaga e garrafa quer conquistar bebidas
FLEXIBILIDADE – Adicionando-se uma base rígida, bisnaga ganha jeito de “garrafa flexível” (veja esquema abaixo)
evento >>> emballage 2006 even
Saúde visível Acoplados às embalagens, TTIs monitoram e atestam a qualidade dos alimentos
C
ada embalagem de alimento fresco com seu selo de qualidade inteligente, um pequeno certificado ISO dinâmico que denuncia as condições sanitárias e organolépticas (textura, sabor, consistência) do produto. É essa a proposta das chamadas time-temperature integrators, ou TTIs, etiquetas ativas que monitoram a distribuição de perecíveis dependentes da refrigeração, sinalizando se tudo correu ou não dentro das temperaturas ideais. Algumas das primeiras versões comerciais desses dispositivos foram efusivamente divulgadas na Emballage 2006. Projetado pela empresa suíço-israelense de engenharia de alimentos FreshPoint em parceria com a Ciba Specialty Chemicals, o OnVu (corruptela do inglês on view, ou “à mostra”, numa tradução livre para o português) é uma etiqueta auto-adesiva cujo mecanismo inteligente tem a forma de uma maçã estilizada. Impressa com pigmentos reativos da Ciba, a maçã é ativada mediante a exposição à luz ultravioleta – através de uma lâmpada UV instalada junto à rotuladora, por exemplo. O núcleo da maçã, a princípio incolor, adquire coloração escura. Esse núcleo vai “desbotando” ao longo do tempo, ficando mais claro que as bordas da maçã quando expira a validade do produto. A exposição da etiqueta a temperaturas mais altas que a ideal para a conservação do alimento acelera o processo de clareamento. Segundo a Ciba, o OnVu também pode ser impresso diretamente nas embalagens. As primeiras versões do OnVu miram os mercados de carnes, aves e pescados in natura
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CICLO – Etiqueta OnVu clareia progressivamente junto com a diminuição da validade do produto. Temperaturas impróprias aceleram o processo (escala de baixo)
e de itens lácteos. São etiquetas calibradas para trabalhar com uma vida-de-prateleira de cinco a seis dias sob 5ºC. “Estamos desenvolvendo uma nova geração, para produtos com vida útil de mais de uma semana, como carnes processadas e certos matinais”, informa Hermann Angerer, chefe da divisão Coating Effects da Ciba.
Dose homeopática Cryolog + 33 (1) 4124-2500 www.cryolog.com OnVu www.onvu.com
BARRAÇÃO – Traceo impede a leitura de códigos de barras se o produto estiver estragado
Outro TTI destacado na Emballage 2006 segue o preceito da homeopatia de que uma dose mínima do que faz mal pode fazer bem. Explica-se. Baseadas na microbiologia, as etiquetas auto-adesivas Traceo, da francesa Cryolog, possuem compartimentos estanques com “habitats” propícios para a proliferação de microorganismos similares aos que costumam atacar os alimentos nos quais são acopladas. Se as etiquetas, inicialmente transparentes, estiverem opacas, é sinal de que o conteúdo da embalagem está impróprio para consumo. Além de julgar, as etiquetas executam: ao se tornarem opacas, elas impedem a leitura do código de barras e, conseqüentemente, a venda do produto. “Etiquetas de validade dinâmica, como a Traceo, ajudam indústrias a aperfeiçoar sua logística, monitoram a qualidade da exposição no varejo e fortalecem a reputação de marcas perante o consumidor”, resume Illan Zemmour, gerente de marketing da Cryolog. A empresa também oferece um TTI mais simples, com o excêntrico nome (eO). É uma etiqueta auto-adesiva que muda de cor em duas fases, especialmente voltada a sanduíches e refeições prontas.
Não à fotofobia Garrafa monocamada com bloqueio à luz abre mais uma trilha para o PET
A
visita à Emballage 2006 rendeu o contato in loco com um avanço tecnológico que pode impulsionar a garrafa de PET em searas de bebidas cujas propriedades são afetadas em contato com a luz – casos de leites, iogurtes líquidos e sucos. Patenteada pela Tergal Industries, única produtora de resina PET para embalagens da França, a tecnologia LacPET (Light Active Compound PET) resulta na produção, através de moldagem por injeção e sopro com estiramento (ISBM), de garrafas monocamada de PET com barreira a raios ultravioleta. Por trás da inovação está a adição de um complexo, formado por dióxido de titânio e outros agentes químicos, à resina convencional. Foram necessários três anos de pesquisas para se chegar à composição ideal do aditivo. É possível ajustar o nível de bloqueio aos raios UV (quanto maior a barreira, mais opaca a embalagem), de modo a se ter garrafas adaptadas a qualquer foto-sensibilidade. De início, a LacPET mira as bebidas lácteas, mas a Tergal ventila a possibilidade de a tecnologia se estender a sopas, cosméticos, medicamentos e óleos comestíveis – neste último caso, podendo funcionar como réplica aos produtores de latas, que afirmam que os óleos em PET contêm conservantes deletérios para combater a fotodegradação. As garrafas LacPET acoplam tampas que dispensam o uso de selos no bocal, não exigem alterações em máquina ou do ferramental das garrafas de PET comuns e são recicláveis. A primeira usuária da LacPET é a espanhola Leche Pascual: garrafas de leites e de iogurtes líquidos, com shelf life de noventa dias, foram lançados como opções às versões em caixinha. Sylvain Hourquebie, gerente da divisão LacPET da Tergal, disse a EMBALAGEMMARCA que o Brasil “é um dos alvos prioritários da LacPET na América do Sul.” A Tergal não tem braço para a região, mas tem intimidade com a indústria local de embalagens de PET. “Estudamos diferentes meios de implantar a LacPET no Brasil, e alguns projetos poderão surgir num futuro breve.” Tergal Industries: +33 (3) 2364-4451 • www.tergal-fibres.com PROTETOR Aditivo impede fotodegradação de bebidas como leites
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EmbalagemMarca <<< 15
evento >>> emballage 2006 even
Tato é mais um apelo Sleever lança rótulos termoencolhíveis com texturas Referência em decoração de embalagens com filmes plásticos termoencolhíveis, a francesa Sleever International lançou na Emballage 2006 uma linha que explora a idéia de que rótulos são as peles dos produtos. Os rótulos podem apresentar acabamentos que emulam a aparência e o toque de couros como os de lagartos, cobras e avestruzes, em grande diversidade de cores. A novidade é resultado de uma nova geração de filmes baseados em elastômeros. Eles suportam a aplicação de efeitos de relevo ou de padrões tridimensionais, e podem ser impressos em até nove cores num processo especial de heliogravura, ficando bastante parecidos com os cou-
ros utilizados em artigos de luxo. Os rótulos Skinsleever são encolhidos por luz infravermelha e aplicados às embalagens na máquina Powersleeve Evolution 3, sob cadências de 300 a 900 recipientes por minuto. Dois produtos de luxo com os novos rótulos foram exibidos na Emballage 2006: edições limitadas dos frascos do conhaque XO, da Cognac de Luze, e da água mineral Icelandic, cuja garrafa de PET é adornada com um “colete” Skinsleever e um laço – este último de couro verdadeiro. Além das bebidas finas, cosméticos e perfumes são os alvos da solução. Sleever International No Brasil: (11) 5641-3356 www.sleever.com
16 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2007
Muletas ajudam Bolsas plásticas ganham maior apelo vendedor com “saias” Colocar uma “saia” em bolsas plásticas, de modo a maximizar o potencial de essas embalagens ficarem em pé. Desenvolvido há dois anos pelos japoneses da Plast Corporation, esse conceito foi apresentado ao mercado europeu na Emballage 2006, como vedete do estande da suíça Altech-Plast, subsidiária da companhia nipônica. O sistema Edge Stand baseia-se no alongamento dos painéis laterais das embalagens flexíveis, dando-lhes maior sustentação na base. Tudo é feito a partir de um sistema de dobra e colagem a quente. Em sistemas form-fill-seal, horizontais ou verticais, embalagens já com a saia são originadas a partir de uma única bobina. O sistema é especialmente indicado para bolsas de quatro soldas, que, segundo a Altech-Plast, ficam com a capacidade de ficar em pé maximizada e tornam-se mais atraentes que os standup pouches clássicos (doy packs), de base oval. Também é possível adquirir embalagens pré-formadas com as saias, para enchimento em sistemas rotativos. Altech-Plast +41 (41) 726-4330 www.altech-plast.ch
EXTENSÃO – Exemplo de bolsa quatro soldas com prolongamento na base
FOTOS: DIVULGAÇÃO
DERME – Água exibida na Emballage possuía cinta termoencolhível com toque de couro
Piscinas em vez de colchões Uma série de vantagens é brandida pela CGL Pack a favor da Absorpack, sua nova linha de bandejas termoformadas para o acondicionamento de carnes, aves e pescados in natura. As bases das novas embalagens são repletas de pequenos alvéolos que retêm os líquidos dos alimentos frescos, dispensando o emprego de almofadas absorventes. “Eliminando o acessório a indústria usuária economiza, se torna mais ambientalmente correta e apresenta o produto de modo
mais atraente, uma vez que o líquido exsudado é escamoteado pela embalagem”, diz Myriam Bozzetto, da área de marketing da CGL Pack. Segundo ela, os alvéolos têm funcionalidade equivalente à dos absorventes, podendo reter 1,2 litro por metro quadrado. A Absorpack pode ser construída em poliestireno, polipropileno, PET e até em ácido polilactídeo (PLA, bioresina derivada do milho). CGL Pack +33 (04) 5027-3450 www.cglpack.com
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Alvéolos nas embalagens formam uma solução alternativa aos absorventes em bandejas de carnes
DIQUES – Espaços para deposição dos líquidos já vem construído na Absorpack
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evento >>> emballage 2006 even
Ampolas, mas não para fármacos Cosméticos e bebidas são alvos da Flackpull As embalagens Flackpull chamaram a atenção na Emballage. Patenteadas pela empresa francesa homônima, consistem de ampolas de vidro adaptadas para o acondicionamento de doses únicas de bebidas, especialmente energéticos e suplementos vitamínicos, ou cosméticos. O fechamento dos tubos de vidro é feito por selos de alumínio com abas, que proporcionam fácil abertura e permitem acoplamen-
to de canudos. Disponível nos volumes de 10, 15 e 30 mililitros, e nas versões incolor e âmbar, os flaconetes suportam envase asséptico, para o acondicionamento de produtos sem conservantes (as embalagens rodam em linhas de envase de medicamentos com mínimas alterações), e podem ser impressos em serigrafia de alta qualidade. Flackpull www.flackpull.com
TUBO – Flackpull ensaia estréia em bebidas
Aparência clonada Baldes com rótulos metalizados brilham no evento Sinal de como os fabricantes de baldes plásticos encaram com apetite o mercado de tintas imobiliárias, a dinamarquesa Superfos, que brande a liderança no fornecimento de embalagens plásticas injetadas na Europa, destacou na feira francesa uma nova gama da sua linha
de baldes Paintainer. As embalagens agora podem incorporar rótulos in-mold (aplicados às embalagens no interior do molde, durante a transformação) metalizados de largas dimensões, simulando o acabamento das latas. “A indústria usuária ganha um recipiente com decoração tão boa quanto a litográfica com as vantagens de leveza e praticidade do plástico”, resume Martin Malmros, vice-presidente de vendas e marketing da Superfos.
SIMULACRO – Rótulo metalizado emula lata
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Superfos www.superfos.com
Bolsa mais copo para sprays Cosméticos podem se valer de embalagem combinada Especialista em alternativas airless (sem gases propelentes) para o acondicionamento de cosméticos dispensados na forma de spray, a francesa Lablabo apresentou na Emballage o EasyFoil, um modelo de bolsa cilíndrica envolvida por um copo de plástico rígido. O filme da bolsa é composto de uma camada externa de PET e de uma camada interna de polipropileno ou de polietileno, que envolvem uma camada central de alumínio com espessura de 12 micra. O exoesqueleto é de polipropileno. As principais vantagens da solução, segundo a Lablabo, são as barreiras a gases e luz propiciadas pelo alumínio, a versatilidade do conjunto, que pode, entre outras funções, dispensar produtos de cabeça para baixo, e a facilidade de enchimento da bolsa, capaz de ser feita por gravidade, sem equipamentos especiais. O novo frasco EasyFoil é disponibilizado nas linhas Sillage (de 15 a 40 mililitros) e Select (de 20 a 100 mililitros) e em breve será apresentado em formatos de até 250 mililitros. Lablabo +33 (0)4 5095-2090 www.lablabo.com
CÁPSULA EasyFoil combina bolsa com corpo rígido
Com apreensão, oportunidade
Pré-formas: polêmica em Manaus
Segurança aérea mais rigorosa inspira ação de marketing Alerta para ameaças terroristas, luz para campanha de branding. Com recente endurecimento da segurança nos vôos internacionais, tornando obrigatório o transporte de produtos de cuidado pessoal em sacos plásticos, quando na bagagem de mão, a gigante em embalagens Pactiv teve uma bela sacada. A empresa fechou acordos com os principais aeroportos americanos para oferecer aos
passageiros, como cortesia, saquinhos – todos devidamente impressos com a estampa Hefty OneZip, marca da Pactiv no ramo de envoltórios para uso doméstico. Pegou bem. Após fazer sucesso em novembro, a iniciativa foi estendida para o período de Festas de fim de ano. Mais 1,2 milhão de saquinhos foram doados para a ação, a pedido dos aeroportos e do público.
Coação ou boa intenção? Compra obrigatória de PET nacional tabelado é questionada no Norte
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Saquinhos: mídia nos aeroportos e nos aviões
Melhor atendimento ao Tio Sam Com novo certificado, CIV quer ampliar exportações Mais vendas para o exigente mercado americano. É isso o que a pernambucana Companhia Industrial de Vidro (CIV) pretende após conquistar o certificado Drug Master File (DMF) da Food and Drug Administration (FDA) para toda a produção de embalagens da linha farmacêutica. A CIV: frascos com passaporte
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expectativa da CIV é que as exportações aumentem em 50% já em 2007, não só para os Estados Unidos, mas também para países que não exigem o certificado. “Há indústrias americanas nesses mercados”, lembra José Albino Pimentel, gerente de exportação da linha de embalagens da CIV.
Impetrado pela Engepack, tramita no Superior Tribunal de Justiça um mandado de segurança contra o Processo Produtivo Básico (PPB), fruto de uma Portaria Interministerial (15/2006) que obriga fabricantes de embalagens de PET instalados na Zona Franca de Manaus a comprar 50% da matéria-prima para a produção de préformas de empresas nacionais. O PPB ainda tabela os preços das resinas. Obrigada a seguir o PPB, a Engepack alega que em apenas um mês teve prejuízo de 227 000 dólares em sua unidade amazônica, ao comprar, no mercado interno, resina PET cuja tonelada estava cerca de 150 dólares mais cara do que no mercado externo. A Engepack entende que a portaria fere a livre concorrência e viola um artigo da Lei de Prevenção e Repressão às Infrações contra a Ordem Econômica. Por sua vez, o Ministério da Ciência e Tecnologia vê como normais contrapartidas para a concessão de benefícios fiscais. O STJ promete deliberar sobre o caso em breve.
vidro >>> bebidas carbonatadas
Mais um alarido Tubaineiros e vidrarias vêem verticalização produtiva da AmBev com ressalvas
N
os últimos meses poucas notícias repercutiram tanto no mercado de bebidas quanto o anúncio da AmBev de que pretende inaugurar uma fábrica própria de garrafas de vidro já neste ano. Com capacidade instalada de 450 milhões de garrafas, a nova unidade deverá suprir 57% da demanda de embalagens de vidro para cerveja da empresa, estimada em 176 000 toneladas por ano. Além de vasilhames retornáveis de 600 mililitros, a unidade, em construção em Campo Grande (RJ), com previsão de entrada em operação no terceiro trimestre, fabricará garrafas long neck, processando em três linhas de embalagem cerca de 100 000 toneladas de vidro por ano. Aproximadamente 160 milhões de reais serão investidos na nova planta, que contará com fornos da alemã Horn Glass Industries, uma das maiores do setor, que classifica o fornecimento à AmBev como um de seus principais projetos em 2007. Divulgada em novembro último, a verticalização parcial de embalagens da maior indústria de bebidas do Brasil já era esperada pelas vidrarias tradicionais, que vêm buscando fortalecer suas estratégias em outros segmentos da indústria de acondicionamento, numa forma de se preparar para a futura diminuição de pedidos oriundos da AmBev. Entre os mercados na mira de fabricantes como a Owens-Illinois do Brasil, uma das maiores fornecedoras de garrafas de vidro para a AmBev, estão os de alimentos e destilados. “Mas também vemos com otimismo a volta do vidro ao mercado de refrigerantes”, ressalta Rildo Lima, diretor de vendas e marketing da divisão Glass Container da Owens-Illinois do Brasil, informando que a participação do material no mix de embalagens dos refrigerantes da Coca-Cola deve subir dos atuais 15% para 30%. Aliás, a verticalização da AmBev também causou reações na Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras). Logo após o anúncio da fábrica de Campo Grande, a entidade, que não tem entre seus sócios a AmBev, esta filiada à Associação Brasileira das Indústrias 24 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2007
de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), elaborou comunicado à imprensa manifestando preocupação com a possibilidade de mudança de formato do vasilhame retornável de 600 mililitros, que a indústria cervejeira compartilha a contragosto com pequenos fabricantes de refrigerante no Brasil. “Tememos que a AmBev substitua o modelo atual por outro, com exclusividade para seus produtos”, diz Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras. Por meio de sua assessoria de comunicação, a AmBev negou tal intenção, afirmando que a garrafa que pretende fabricar é exatamente a de cerveja retornável que está no mercado, aquela com a palavra “cerveja” ladeada por duas espigas de cevada em alto relevo.
Uso exclusivo
A CONTRAGOSTO Cervejeiros compartilham garrafas com tubaineiros
A capacidade total dessa embalagem é na verdade de 635 mililitros, pois a garrafa precisa ter um espaço, a chamada câmara de expansão, para a possível expansão do conteúdo devido a mudanças de temperatura. Até a primeira metade da década de 1990, a capacidade total das garrafas retornáveis de cerveja era de 660 mililitros no Brasil. Como a diferença entre o conteúdo obrigatório e a capacidade era muito grande, as cervejarias acabavam colocando nas garrafas mais bebida do que os 600 mililitros determinados por lei, para que a câmara de expansão não ficasse muito ampla, dando ao consumidor a impressão de que teriam ocorrido vazamentos ou de que estaria sendo lesado. A nova garrafa foi criada em agosto de 1994 pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) para combater o uso dessas embalagens pelos fabricantes regionais de refrigerante. À época o prazo previsto para substituição das garrafas antigas pelas novas era de aproximadamente dez anos. Quase treze anos depois os vasilhames de 660 mililitros ainda podem ser vistos no mercado. Nos cálculos da Afrebras, eles acondicionam cerca de 10% da produção nacional de refrigerantes regionais. A outra parte do bolo é dominada pelas garrafas de PET. (LH)
plásticas >>> sobremesas
Fichas na termoformada Pioneira em flow-pack para goiabada, Predilecta agora aposta em berço a vácuo
D
isputas entre diferentes materiais de embalagem não constituem grande novidade no mercado de doces de corte, como são chamadas sobremesas tradicionais na culinária brasileira, a exemplo de goiabada, marmelada e marrom-glacê. Num setor que já foi dominado pelas latas de aço, o avanço de potes plásticos e de filmes flexíveis se notabilizou nos últimos anos. Agora o embate promete se diversificar um pouco mais com contribuição de investimento importante feito pela Predilecta, um dos principais fabricantes do segmento, com capacidade de processamento de 35 000 toneladas de goiaba por ano. Atuando com flow-packs há mais de dez anos, numa estratégia que restringiu o uso das latas de aço ao mercado externo, a empresa acaba de anunciar a compra, por aproximadamente 500 000 euros, de um equipamento automático de embalagem que já estreou em sua linha de goiabada, podendo em breve ser usado no restante do mix de doces de corte e doces cremosos. A nova embalagem consiste de uma bandeja plástica termoformada feita de polietileno (PE) termorresistente, e lacrada com um selo de polipropileno biorientado (BOPP). Além de sistema de fechamento, este último acessório funciona como rótulo, dispondo ao consumidor todas as informações do produto. “O processo produtivo é totalmente automatizado, minimizando riscos de contaminação”, destaca Rogério Byczyk, diretor de marketing da Predilecta, lembrando que boa parte do mercado de goiabada é informal, com predomínio de sistemas manuais de embalagem que “nem sempre primam pela assepsia”.
Tecnologia alemã O corpo da nova embalagem é formado aquecendo-se um filme de PE especialmente desenvolvido para essa aplicação. A partir da bobina, o equipamento molda a bandeja a vácuo, após a goiabada ter sido introdu26 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2007
TECNOLOGIA ALEMÃ Bandeja de PE termo-resistente selada com BOPP
zida ainda quente na linha de embalagem. Em seguida a máquina faz o fechamento do berço plástico utilizando o filme de BOPP. O conjunto faz lembrar as bandejas termoformadas que vêm sendo usadas no mercado de massas frescas. Toda a tecnologia foi desenvolvida na Alemanha, mas a Predilecta prefere não divulgar o nome do fornecedor, limitando-se a informar que a máquina foi trazida da Espanha, país de origem do representante que intermediou o negócio. “Além do risco zero de contaminação, essa embalagem oferece ao consumidor facilidade de consumo muito maior que a das latas de aço e dos filmes flexíveis”, compara o diretor de marketing da empresa. A facilidade de consumo advém de um sistema de fácil abertura (“orelhinha”) incorporado ao lacre. Ademais, mesmo após a abertura, o selo de BOPP se mantém íntegro, permitindo refechamento para consumo posterior. Outra alegada vantagem das novas embalagens é econômica. Segundo Byczyk, o custo dos berços termoformados fechados com selos de BOPP é semelhante ao das flow-packs, e menor que o dos potes de polipropileno (PP). “Com relação às cartonadas assépticas, que também chegaram a ser usadas no mercado brasileiro de doces de corte, a maior vantagem dessa nova tecnologia de embalagem é a transparência”, conclui o diretor de marketing da Predilecta. (LH)
mercado >>> laticínios
A guerra dos cremes Caixinha avança em mercado que já foi monopólio da lata
O
agitado mercado de laticínios se movimenta com lançamentos e renovação de embalagens de vários fabricantes de creme de leite. Recentes lançamentos na área mostram o avanço das cartonadas assépticas onde até alguns anos atrás o domínio das latas de aço era amplo e irrestrito. As caixinhas ganham mercado principalmente com a opção de formatos diferenciados oferecidos pela Tetra Pak e em lançamentos de novas marcas. Mas as latas resistem bravamente no portfólio de alguns fabricantes. Atuando há muito tempo no segmento de queijos e leites em Goiás, o Laticínios Bela Vista entra nesse segmento ao lançar no mercado sua linha de creme de leite Piracanjuba, em embalagens longa vida. O produto é acondicionado em caixinhas Tetra Brik Aseptic de 200 gramas, para consumo familiar, e em Tetra Classic de 65 gramas, para uso individual, ambas fornecidas pela Tetra Pak. O design das embalagens é da Kanaã Marketing, de Goiânia.
NOVIDADES Piracanjuba e Batavo têm diferentes opções de caixinhas
Aposta no formato
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TRADIÇÃO – Lata de aço continua no portfolio da Nestlé, junto com Tetra Pak
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A Batávia, com a marca Batavo, é outra que traz novidades em creme de leite, também em cartonadas assépticas. A marca é a primeira no Brasil a utilizar a caixinha Tetra Wedge, de 200 gramas – mesma dos sucos Kapo, da Coca-Cola – com layout desenvolvido pela Komatsu Design. “A Batávia tem se destacado pela diversificação de seu portfólio, que inclui propostas diferenciadas. A nova embalagem é muito econômica, pois seu formato possibilita maior controle de dosagem”, ressalta Regina Boschini, gerente de marketing da Batávia. A gigante Nestlé também modernizou o design gráfico das embalagens do seu creme de leite, e além das caixinhas Tetra Brik Aseptic mantém a tradicional lata de aço, presente no mercado brasileiro há mais de oitenta anos. A embalagem é produzida na própria Nestlé, com chapas fornecidas pela CSN e rótulos da Brasilgrafica. “Percebemos que o creme de leite Nestlé tinha que se diferenciar dos demais pela sua tradição, estava tudo igual dentro
da categoria”, afirma Marta Cardoso, diretora de criação da Pande, agência de design da multinacional suíça. Na nova embalagem da Nestlé foram incluídas outras frutas além do tradicional morango, que já virou padrão da categoria. O logotipo do creme de leite também foi modernizado.
Maior visibilidade
ALTERNATIVAS Parmalat tem várias opções em caixinha, mas mantém a lata de aço
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Nesse movimentado mercado, mais uma que renova as embalagens da linha de culinários lácteos, incluindo os cremes de leite, é a Parmalat. Com a nova comunicação visual, criada pela a10 Design, as embalagens procuram aumentar a visibilidade da marca na categoria: além da versão com o morango, as caixinhas também estampam pratos salgados. “A categoria de culinários lácteos vem evoluindo nos últimos anos, e a Parmalat tem sido precursora em oferecer novas opções em produtos e embalagens”, explica Othniel Rodrigues Lopes, diretor superintendente de operações da Parmalat. Pioneira em acondicionar creme de leite em embalagens cartonadas, a Parmalat oferece três diferentes opções ao consumidor: Creme de Leite Tradicional, Creme de Leite para Chantilly e Creme de Leite Light, em caixinhas de 200 gramas, 250 gramas e 1 quilo, além da lata de aço com 290 gramas, produzida internamente na empresa. Na batalha pelo mercado de cremes de leite, os fabricantes – de laticínios e de embalagens – prometem novidades já no primeiro semestre deste ano. (FP)
a10 Design (11) 3845-3503 www.a10.com.br
Kanaã Marketing (62) 3274-4463 www.kanaamarketing.com.br
Pande Design Solutions (11) 3849-9099 www.pande.com.br
Brasilgráfica (11) 4133-7777 www.brasilgrafica.com.br
Komatsu Design (11) 5561-7702 www.komatsudesign.com.br
Tetra Pak (11) 5501-3342 www.tetrapak.com.br
CSN (11) 3049-7162 www.csn.com.br
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Pelo segundo ano consecutivo a Heidelberg recebeu das empresas gráficas fluminenses o prêmio Werner Klatt de Melhor Fornecedor de Equipamentos de Impressão. O concurso é realizado pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Rio de Janeiro (Sigraf), e teve seus vencedores de 2006 anunciados em dezembro. Nesta edição foram inscritas 213 peças, resultado 40% superior ao de 2005.
Lauréis... A RR Etiquetas anunciou a conquista do Prêmio Qualidade Flexo, promovido pela Abflexo FTA Brasil, na categoria “Cartões e Cartolinas”. O trabalho escolhido foi a amostra Tag impresso, desenvolvida para divulgação do evento Skol Beats 2005.
flexográficos... A ALTEC também foi reconhecida pela entidade, amealhando menção honrosa na categoria “Periféricos e Auxiliares Flexo, Substratos e Adesivos”, por fornecer equipamentos de automação, inspeção e controle de processos voltados à garantia da qualidade dos trabalhos impressos em flexografia.
Fidelizando A Suzano Papel e Celulose iniciou no final do ano uma série de visitas a convertedores e agências de criação de São Paulo. O programa visa fidelizar e estreitar o relacionamento com os end-users de seus produtos nos segmentos promocional e de embalagem.
Pós-graduação A Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), abriu inscrições para o curso de Pós-Graduação em Tecnologia de Celulose e Papel, em Curitiba (PR). O curso começa no dia 23 de março e tem duração de dezoito meses. As inscrições vão até 16 de fevereiro. Informações: (41) 3333-9675 ou www.abtcp.org.br.
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Wittmann ataca no mercado de IML Com operação no Brasil, fabricante austríaca anunciou aquisição da francesa Regad, e passa a atuar com rotulagem O processo de rotulagem MOLDES – Empresa vai oferecer de embalagens plástiferramentas de ciclo-rápido para a indústria do plástico cas no momento de sua injeção ou de seu sopro no molde, fixando-se um filme impresso na parte interna da cavidade, está em alta no mundo todo e também atrai cada vez mais olhares no Brasil. Conhecida como in-mold labelling (IML), a tecnologia tem crescido em mercados como o de sorvetes e margarinas, onde rótulos fundidos às paredes plásticas das embalagens fruem a vantagem de resistir à cadeia refrigerada. Com Regad, que atua na fabricação de o aumento gradual da moldes para injeção, e desde 1988 demanda, a indústria de embalaproduz ferramentas de ciclo-rápido gem se movimenta para explorar as para a indústria do plástico. “O novas oportunidades representadas mercado como um todo só tem a pelo IML. O caso mais recente é o se beneficiar com essa união de da austríaca Wittmann, fabricante forças”, resumiu o departamento de periféricos para a indústria de de comunicação da Wittmann. injeção de plásticos. Com operaWittmann ção no Brasil, a empresa anunciou (19) 3234-9464 no final de 2006 sua entrada na www.wittmann.com.br área de IML ao adquirir a francesa
O maior prêmio gráfico latino-americano Fernando Pini 2006 destaca variados projetos de embalagem No final de novembro aconteceu a dos fornecedores, houve catorze vencerimônia de entrega da 16ª edição cedores, além de três prêmios Grand do Prêmio Fernando Pini, considerado Prix – Atributo Técnico do Processo. o principal da indústria gráfica latinoNo site de EMBALAGEMMARCA é possível americana. Promovido pela Associação conferir a lista de vencedores. Brasileira de Tecnologia Gráfica PROFUSÃO – Em sua 16a edição, (ABTG) e pela Associação Brasileira concurso recebeu 1522 inscrições da Indústria Gráfica (Abigraf), o concurso destacou diferentes projetos de embalagem. A edição deste ano teve 1522 peças inscritas, de 166 empresas, provenientes de catorze Estados brasileiros. Foram distribuídos 74 troféus, em 57 categorias de produto. No lado
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Dobradinha no Rio
Edição: Leandro Haberli
Não muito acima da média do PIB A Associação Brasileira da Indústria nas do mercado editorial. Para 2007, Gráfica (Abigraf) divulgou o balanço o setor prevê crescimento entre 4% do setor em 2006. Num ano de Copa e 5%, com contribuição da área de do Mundo de Futebol e embalagens, cuja demanSetor está eleições presidenciais, da deve ser beneficiada a produção gráfica teve pela elevação da renda confiante em praticamente o mesmo e pela queda da taxa de aumento da índice de elevação do PIB juros. O setor é formado brasileiro. Nos dois pripor mais de 19 000 empredemanda de meiros meses de 2006, sas, a maioria (90,5%) o setor encolheu, mas se micro e pequenas, que embalagem recuperou ao longo do respondem por 5% das ano. De janeiro a outubro o cresci- vendas e 38,6% dos empregos da mento foi de 2,7%. A expectativa é indústria gráfica nacional. que a receita de vendas tenha sido de 16,3 bilhões de reais, contra 15,8 bilhões de reais em 2005. Segundo a Abigraf, no ano passado o setor representou 3,71% do total do PIB da indústria de transformação nacional, e 0,8% do PIB brasileiro. Rótulos e embalagens constituem o segundo segmento mais importante para a indústria gráfica nacional, atrás ape-
Sobre segurança na indústria gráfica Trabalho do SESI-SP avaliou 63 empresas para evitar acidentes O SESI-SP lançou o quinto volume de uma série de manuais que pretende atender diversos ramos da indústria com orientações relativas a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. A edição é voltada ao setor gráfico, com o título Manual de Segurança e Saúde no Trabalho – Indústria Gráfica. O trabalho é dirigido a empresários, gráficos e profissionais de recursos humanos, segurança e saúde no trabalho. O setor emprega no país quase 250 000 trabalhadores, em mais de 19 000 empresas. O manual foi feito a partir de um estudo de campo que avaliou 63 empresas do setor no Estado de São Paulo. O material retrata os riscos mais comuns enfrentados pelos trabalhadores da indústria gráfica,
com sugestões de correção para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, e pode ser solicitado pelo telefone (11) 3834-0664, ou no e-mail:
[email protected].
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Indústria gráfica cresceu 2,7% de janeiro a outubro de 2006
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43 SA Gráfica CIV Colacril Congraf C-Pack Duplik ESPM Frasquim Gumtac inLab Design Limer-Cart Maddza Moltec Neoplástica Novelprint Polo Films Poly-Vac Propack SetPrint Simbios-Pack SPL Dessecantes STM Studio AG Technopack Tetra Pak Wheaton
17 2ª capa 3 18-19 3ª capa 29 27 9 25 8 5 31 9 4ª capa 9 13 23 9 31 8 31 31 15 15 7 21
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3862-1117 2172-7400 3518-3500 5563-3466 3381-2600 3542-6667 5081-8225 6412-8261 2450-9707 3088-4232 3404-3900 3722-4545 5523-4011 3671-3000 3768-4111 3707-8270 5693-9988 4785-3700 2133-0007 5687-1781 3472-1430 6191-6344 5581-5974 3470-6889 5501-3262 4355-1800
A Colacril tem vários pontos de identidade com EmbalagemMarca, e é por isso que anuncia regularmente em suas páginas. Já ao ser lançada, com a proposta logo concretizada de colaborar para o avanço do setor brasileiro de embalagem e o aprimoramento da qualidade de seus produtos e serviços, a revista colocou-se em sintonia com a Colacril. Caracterizada por ações editoriais e comerciais inéditas no Brasil, ao longo do tempo a publicação mais e mais foi se identificando com nossa empresa, que tem igualmente no pioneirismo e nos investimentos tecnológicos desbravadores no país um de seus principais traços. Tão importante quanto isso tudo, EmbalagemMarca se destaca na cobertura dos assuntos relativos ao segmento de auto-adesivos, para o qual a Colacril direciona seus produtos. Em suma, a revista fala, em linguagem clara e apropriada, com o público que queremos atingir.
Valdir Arjona Gaspar, Presidente
(44) 3518-3500 www.colacril.com.br
É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.
www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533
Almanaque
Marca polêmica não é nova
os envasadores de minerais chamam depreciativamente de “água Denorex”, numa referência a um antigo xampu anticaspa que, nos comerciais de rádio, era apresentado como um produto que “parece remédio, mas não é”. ARQUIVO NOVA EMBALAGEM
A marca H2OH! da AmBev, lançada no Brasil em parceria com a Pepsi e que tem motivado protestos dos engarrafadores de água mineral pedindo a retirada do produto do mercado, é bem mais antiga do que algumas pessoas talvez imaginem. Já no final da década de 1980 a marca fazia sucesso nos Estados Unidos, onde era vendida pela Pepsi como água – comum, fornecida pela rede pública e altamente filtrada. No Brasil, é vendida com adição de essência de fruta e gás carbônico, o que a enquadra como refrigerante. É o que
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Quando se pensa em jogos de baralho no Brasil imediatamente vem à lembrança a marca Copag, da fábrica de mesmo nome. A empresa foi fundada pelo gráfico Albino Gonçalves em 1908, em São Paulo. Nos primeiros anos atuou como importadora de cartas. Somente em 1918 passou a produzir seu próprio baralho, sendo pioneira na fabricação de cartas para jogos no Brasil. Hoje, a Copag tem amplas instalações no complexo industrial de Manaus (AM) e é uma das principais fornecedoras dos maiores cassinos de Las Vegas. As duas letras finais da marca são mera coincidência com as iniciais do nome do fundador da empresa. Na verdade, ela é um acrônimo formado por letras iniciais da razão social de Companhia Paulista de Artes Gráficas.
Na curta porém dinâmica história dos auto-adesivos no Brasil, uma das muitas primazias que se discute é qual empresa – a americana Aver y Dennison ou a alemã Jac – teria montado no país a primeira fábrica de bases para impressão desses rótulos que revolucionaram o varejo. Embora a Aver y (Fasson) afirme ter inaugurado sua unidade produtiva em 1976, anúncio veiculado pela Jac no ano seguinte em jornais brasileiros alardeava a entrada em marcha da “primeira fábrica nacional produzindo completa linha de papéis e películas auto-adesivas”. A sutileza estava na palavra “completa”, pois a concorrente produziria apenas um dos dois componentes, formando a base com a importação do outro. É uma discussão superada: em maio de 2002 a Jac foi comprada em âmbito global pela Aver y Dennison.
ARQUIVO: CARLOS CAPRARA
Um dos licores mais famosos do mundo surgiu há cerca de 300 anos na região de Piemonte, no norte da Itália, produzido por monges cristãos que dominavam a arte de fazer uma saborosa bebida a partir de avelãs silvestres. A marca se originaria do nome do suposto inventor, um monge eremita chamado Francisco Angelico. Apesar da lenda, a bebida só passou a ser comercializada em 1978 e é conhecida por sua inconfundível garrafa de vidro âmbar que imita o hábito de um monge franciscano com uma corda amarrada na cintura, em várias versões: 50, 350, 375, 700 e 750 mililitros, 1 litro e 1,75 litro. O rótulo imita um pergaminho antigo com referências á história da bebida, toda ela produzida com os rigores “kosher”, ou seja, aprovada pela lei judaica.
Discussão superada sobre pioneirismo
DIVULGAÇÃO
O monge que virou garrafa
DIVULGAÇÃO
Uma história de baralho