Revista Embalagemmarca 077 - Janeiro 2006

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Conselho em forma de cordel

Wilson Palhares

Que a mentira repetida/mil vezes verdade é/dizia o mau assessor/do alemão do bigodinho./Não vão nessa, por favor!/Ele estrepou-se todinho.

A cada edição que passa Do que fazemos com jeito, Notamos que há certa graça, Pouca verve e muito peito Em gente que se diz boa Mas só copia conceito.

Sabemos que é muito amplo O setor de embalagem, Mas nele essa gente ousada Não hesita e sempre ousa; Faz coisa de todo tipo E faz todo tipo de coisa.

Que a mentira repetida Mil vezes verdade é Dizia o mau assessor Do alemão do bigodinho. Não vão nessa, por favor! Ele estrepou-se todinho. . .

Há quem chupe frase feita E de ser grande se gabe (o papel tudo aceita nele branco tudo cabe), Mas nos parece desfeita O saber de quem mal sabe.

Nesse modo de fazer, Mesmo não sendo defeito Copiar como copiam Aquilo que já foi feito, Bom seria que fizessem Distinto do nosso jeito.

Este conselho assim dado Nesta espécie de cordel Não é para que o xilografem Com carimbo no papel. Não é tampouco motivo Pra que se afoguem em fel.

Do jeito que a coisa anda Logo diz um caradura Que inventou a internet, A velha roda, a água pura. Mas isso é auto confete, Um oco de furadura.

Por isso lhes sugerimos: Não mintam, é muito feio! Verdade, só a verdade, É o que pede o mercado. Ir além como estão indo É um terrível pecado.

Não vale a pena morder-se Por chegar sempre depois. Muito melhor é sorrir E esquecer o conselheiro Que já está a se despedir Pra voltar em fevereiro.

nº 77 • janeiro 2006

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Plásticas

Grupo Zanatta inicia negócio de sacos para lixo a partir da reciclagem de aparas plásticas da Canguru Embalagens

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Metálicas

AmBev banca a introdução de rótulo antitérmico no mercado nacional em edição limitada de latinha da cerveja Skol

Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

Reportagem Flávio Palhares [email protected]

Guilherme Kamio [email protected]

Reportagem de capa: Envase asséptico

Leandro Haberli Silva [email protected]

Garrafas de PET antevêem aplicações de maior valor agregado a partir de novas tecnologias de enchimento

Livia Deorsola [email protected]

Departamento de Arte Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte) [email protected]

José Hiroshi Taniguti (Assistente)

26 16

Cartonadas

Modelo de caixinha da SIG Combibloc que é sucesso na Europa chega ao país em estréia da Batávia em sucos

27 29 32

3 6

Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Metálicas

Cerviflan inaugura linha de tubos para aerossóis de olho na substituição de importações e no crescimento do mercado

Departamento Comercial [email protected]

Karin Trojan Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas

Plásticas

Para evitar acidentes, copoliestér que emula a aparência do vidro é escolhido para dar forma a pote de novo creme da Natura

Design

Renovação de identidade visual – e de embalagens – aproxima fitoterápico Catuama das bebidas energéticas

Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

Marcella de Freitas Monteiro [email protected] Assinatura anual: R$ 100,00

Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

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EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

23 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

24 Panorama

Filiada à

Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

28 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

30 Equipamentos Lançamentos em bens de capital para linhas de embalagem

34 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

Ganhos visuais e na distribuição

Transparência fisga linha de pesca Produtora de filamentos de nylon, a Equipesca encontrou nos cartuchos de PVC de alta transparência da Rigesa as características ideais para renovar a apresentação de suas linhas de pesca Ekilon. Segundo André Manarini, da Astro Art Works, agência responsável pelo desenho das embalagens, o design joga com elementos como

a opacidade e a profundidade em traços curvilíneos, para remeter a imaginação ao movimento de ondas. A impressão em off-set seis cores conta com detalhes em hot stamping prata aplicados na embalagem unitária. Já o estojo com capacidade para seis unidades é inteiramente impresso em off-set quatro cores.

Gel fixador engrena em redesign A Bozzano reformulou a embalagem de um de seus principais produtos: o gel fixador Bozzano, responsável por 27% das vendas brasileiras da Revlon, a controladora da marca. O redesenho, da agência Ah! Design, inspirou-se nos antigos potes de ceras e lustradores de automóveis. O formato da tampa plástica de rosca do pote é a mais evidente referência ao universo automobilístico, pois lembra

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as engrenagens de um motor. De quebra, os dentes e reentrâncias da tampa, produzida em polipropileno (PP) pela Nipobrás, facilitam a abertura da embalagem. Já o pote de PET, da Engratech, teve a boca alargada para facilitar o consumo e oferecer maior aproveitamento do produto. De filme auto-adesivo transparente, o rótulo é impresso com quatro cores, em flexografia, pela Grif Etiquetas.

De olho no verão, a Parmalat acaba de adotar novas embalagens para seus sucos prontos Santal. Caixinhas Tetra Brik Aseptic Square de 1 litro com tampa plástica ReCap3, da Tetra Pak, substituem as antigas Tetra Prisma nas linhas Tradicional e Light dessa marca, presente no país desde 1997. Segundo Marcelo Arioli Passafaro, gerente de marketing de Santal, as novas caixinhas revertem numa vantagem logística. “Elas permitem acomodar 90 unidades por palete, 20% a mais que as anteriores”, ele diz. Além disso, frisa o executivo, a nova identidade visual da linha, projetada pela Benchmark, “está mais moderna e competitiva”. O logotipo de Santal ganhou uma tipologia mais leve, com lettering na cor branca substituindo a azul, que agora preenche um plano de fundo.

Latinha para testes de cores Com o objetivo de estimular o consumo de suas tintas coloridas Suvinil, a BASF acaba de lançar o Suvinil ColorTest, uma base para teste de cores acondicionada numa latinha de 202,5 mililitros da CBL – Companhia Brasileira de Latas. A lata tem perfil expandido, com paredes onduladas. Segundo a Suvinil, a idéia é que, por um custo cerca de 40% menor que o da lata de 900 mililitros, o consumidor possa levar para casa várias opções de cores e avaliar qual se adapta melhor ao ambiente. O projeto gráfico da embalagem é assinado pela Packing Design.

Coleções com termoencolhíveis Rótulos termoencolhíveis fornecidos pela Uniflexo foram a solução de decoração escolhida pela Bic para a recém-lançada linha de isqueiros Cars Collection, que apresenta cinco modelos de estampas de carros antigos no próprio corpo dos produtos. Apresentado como edição especial, o lançamento está sendo distribuído em blisters destacáveis produzidos

pela Gráfica Editora Novotempo. Projetada para exposição nos tradicionais pontos-de-venda do produto, como caixas de supermercado, bancas de revista, padarias e tabacarias, cada embalagem contém cinco isqueiros. “Apostamos numa série temática para estimular o interesse por produtos colecionáveis”, diz Eliana Rodrigues, gerente de produto da empresa.

Embalagem ajuda projeto educacional Com uma renovação de embalagens a Natura quer chamar mais atenção para o Crer para Ver, programa que, com a venda voluntária de produtos, arrecada recursos para projetos de educação em 21 Estados brasileiros. Os itens vendidos para esse fim são embalados em estojos de papel cartão, fornecidos pela Antilhas, e trazem folhetos de papel reciclado com histórias coletadas pelos próprios beneficiários – professores e alunos – ao longo dos dez anos do programa. Outra opção

são bolsas e saquinhos, feitos em tecido (talagarça e algodão), que podem ser reutilizados pelo consumidor. As bolsas são feitas pela Augusta Embalagens, e os saquinhos, pela Divisa. O design da linha foi elaborado em parceria entre a Natura e a Tátil Design.

Jack e Rose em estojo premium Tostines retorna ao branco Em busca de um aumento de 20% nas vendas, os biscoitos Tostines passam pela primeira grande reformulação visual da marca, presente há 40 anos no mercado e há 13 anos sob a guarida da Nestlé. A tarefa foi conduzida pela consultoria

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FutureBrand. Destaque para as embalagens, que voltam a estampar a cor branca, um equity da marca que havia sido descartado. Os envelopes dos biscoitos, de BOPP (polipropileno biorientado) laminado, são impressos em dez cores pela Itap Bemis.

Contemplada por um acordo mundial feito pela Fox Filmes com a AGI Klearfold, divisão de embalagens especiais da sua matriz, a Rigesa está produzindo no Brasil 9 000 unidades do estojo da reedição especial em DVD do blockbuster Titanic, do diretor James Cameron. Pertencente à família Digipak de embalagens para mídia, o estojo, que acondiciona quatro DVDs, foi projetado nos Estados Unidos. Segundo Wanderley Nunes Soares, analista de desenvolvimento de produtos e mercados da Rigesa, o destaque é a luva cartonada da embalagem, impressa em off-set quatro cores mais verniz de máquina, com aplicação de efeitos de relevo que lhe dão aparência de couro. O título do filme também é destacado em relevo e conta com detalhes em hot stamping. Mais: o painel principal da embalagem conta com decorações serigráficas.

plásticas >>> limpeza doméstica

Descartes úteis Aparas plásticas da Canguru Embalagens ganham sentido comercial em nova linha de sacos para lixo

C

onstituído por onze variadas empresas, o grupo catarinense Jorge Zanatta encontrou uma forma de incorporar ao seu modelo de negócios o famoso princípio do químico francês Lavoisier de que na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Três anos atrás o conglomerado abriu a divisão Zapack, para converter as aparas plásticas de sua filha mais velha, a Canguru Embalagens, em novos invólucros para o seu braço de descartáveis. O empreendimento embalou: o grupo agora banca a estréia da Zapack como marca no auto-serviço, na seção de sacos para lixo. “Confiamos no consumidor cada vez mais atento aos produtos com origem na reciclagem”, afirma Rafael Castelan, gerente de produção da empresa. Os sacos para lixo da Zapack são fabricados via recuperação de sobras de diversos tipos de polietileno. Conforme ilustra Castelan, a reciclagem exclusiva de material interno

garante alta resistência mecânica à sacaria, colocando-a em conformidade com normas de qualidade exigidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Em versões almofada e rolo, ambas contando com um prático sistema de fechamento em fitas de plástico gofrado, os sacos chegam ao mercado em pacotes de polietileno de baixa densidade (PEBD) desenhados pela Packing Design. No projeto visual, tulipas de diferentes cores (vermelho, laranja, amarelo e lilás) designam as diferentes capacidades da linha (15, 30, 50 e 100 litros). “A qualidade do produto pode ser percebida já nas gôndolas”, avalia Carlos Zilli, diretor de marketing do Grupo Zanatta. A expectativa é que a produção dos sacos, hoje em 200 toneladas, somadas as linhas de varejo e atacado, alcance 360 toneladas até o fim de 2007. Packing Design (11) 3074-6611 www.packing.com.br

Zapack (48) 3461-9991 www.zapack.com.br

FOTO: DIVULGAÇÃO

TULIPAS – Flores aludem à origem na reciclagem e identificam, com cores, capacidades distintas

reportagem de capa >>> bebidas

O PET longa vida promete Tendência mundial, o enchimento asséptico de garrafas de PET bafeja novas oportunidades de negócios em bebidas de maior valor agregado Por Guilherme Kamio DIVULGAÇÃO – KHS

A

julgar pela rapidez com a qual as inovações em tecnologia de embalagem têm alcançado o chamado dom da ubiqüidade, tornando-se globais, pode-se dizer que a indústria brasileira de bebidas é alvo iminente do enchimento asséptico de garrafas de PET. Sucede que essa tecnologia, ainda inédita no país, tem guiado os maiores investimentos das referências mundiais em linhas de embalagem de bebidas. A razão é simples. Ao viabilizar o engarrafamento de fórmulas sensíveis, ricas em ingredientes funcionais e sem conservantes, o envase asséptico torna-se extremamente atraente para um mercado em explosão, o de bebidas apelativas à saúde e ao bem-estar. Para se ter idéia, os dois grupos de alimentos que mais cresceram em vendas entre 2003 e 2004 segundo um estudo da AC Nielsen feito em 59 países, bebidas à base de 10 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2006

soja e iogurtes líquidos, são clientes potenciais do PET asséptico. Outros alvos desse sistema são os sucos e chás prontos, os energéticos e os isotônicos. Uma idéia de como o enchimento asséptico de PET vem movimentando a área de bebidas lá fora, e de como pode sacudir o Brasil, é dada pela consultoria americana Packaging Strategies. Cinco anos atrás havia 23 instalações dessa natureza funcionando nos Estados Unidos. No início de 2005 já podiam ser identificadas 558 delas. “Na Europa, a assepsia já responde por mais de 75% dos novos projetos de enchimento de bebidas sensíveis”, informa Rogério Baldauf, diretor comercial da filial brasileira da alemã Krones, tradicional produtora de maquinário para embalagem de líquidos. Da mesma forma que outras gigantes de seu ramo, como Sidel, KHS e SIG, a Krones

já oferece a tecnologia no mercado nacional. Só que até agora, geralmente sob alegações de custos impeditivos, o empresariado nacional se mostrou refratário a ela. O objetivo das fornecedoras é mostrar que as vantagens daquilo que já vem sendo rotulado como PET longa vida ainda não foram amplamente absorvidas. Como no caso das caixinhas longa vida, o processo asséptico em PET fundamenta-se no enchimento de líquidos esterilizados em embalagens também estéreis num ambiente controlado. Livres de microorganismos, os produtos adquirem shelf life extensa, geralmente de seis meses (em certos casos de até dois anos), podendo ser distribuídos sem refrigeração. Mas se o resultado prático é o mesmo oferecido pelas caixinhas, qual o chamariz do PET asséptico? “A garrafa plástica garante o forte apelo mercadológico da transparência”, explica Américo Bini, gerente comercial da subsidiária local da Sidel. “Ele suscita a noção de produto natural e permite que as bebidas de cores chamativas, como os energéticos, causem impacto no ponto-de-venda”. Um engenheiro de alimentos de uma expressiva indústria local, que pede para não ser identificado, soma argumentos. “Há uma tendência mundial de migração das caixinhas para o PET”, ele interpreta. “Ocorre que as linhas de garrafas de PET são mais flexíveis, possibilitando trocas de formato mais rápidas”. Como mostram reportagens desta mesma edição sobre caixinhas (na pág. 16), as provedoras de cartonadas assépticas estão atentas a essa questão, aplicando recursos em plataformas mais versáteis.

Menor custo e design favorecido À parte os cotejos com caixinhas, as fabricantes de enchedoras consideram importante ressaltar diferenciais do envase asséptico em relação ao envase a quente (hot-fill), sistema mais difundido, inclusive no Brasil, para o acondicionamento das bebidas propostas. O principal trunfo do envase asséptico é a maior vida útil do produto. Mas há outros pontos a ser considerados. O hot-fill implica em projetos de garrafas com painéis de dilatação, compensações estruturais (frisos ou estrias, por exemplo) para evitar deformações dimensionais do recipiente plástico pelo seu aquecimento e posterior resfriamento. Realizado a frio, o enchimento asséptico dispensa esse cuidado. “Sem os painéis o custo das garrafas cai, pois elas podem ser mais finas janeiro 2006 <<<

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e mais leves, e as possibilidades de design da embalagem aumentam”, sintetiza Baldauf, da Krones. Para ele, a preterição de sistemas assépticos pelo hot-fill devido às diferenças de investimento acabam ocultando diferenciais como esses. O problema é que o convencimento dos engarrafadores nacionais também esbarra no estigma de que sistemas assépticos são de difícil manutenção. Explica-se. Algumas das primeiras gerações de máquinas envolviam operações complexas e exigiam espaçosas áreas de alimentação com atmosfera controlada, quando não a administração de uma sala limpa completa. Só que, além de estarem menos onerosas, as linhas de PET asséptico também estão cada vez mais compactas e amigáveis ao usuário. Isso pôde ser observado na edição do ano passado da Drinktec, feira alemã que é a coqueluche mundial da indústria de bebidas. A Krones, por exemplo, demonstrou no evento soluções em enchedoras rotativas para PET asséptico com a tecnologia Isolator. Ela consiste num túnel hermético que envolve somente o sistema de alimentação de garrafas, dispensando um ambiente controlado maior. Sob o chapéu de sua divisão Alfill, a também alemã KHS igualmente promoveu showcases de rotativas com estações de assepsia conjugadas. “A tendência é que máquinas desse tipo sejam nacionalizadas nos próximos anos, como já acontece com alguns dos nossos modelos para hot-fill”, ventila Fernando Negrão Melchior, engenheiro de aplicações da KHS brasileira. Também na direção da simplificação do chão de fábrica, a SIG, por meio de seu braço Asbofill, lançou no ano passado uma enchedora asséptica para garrafas PET com módulo de assepsia de alta robustez. “Ela possui apenas

DIFUSÃO – Na Europa, máquinas da Krones já envasam produtos de diversos segmentos em PET asséptico

9 metros cúbicos de área”, comenta Renato Ricciardone, do departamento comercial e de novos produtos da SIG Beverages no Brasil. Uma diferença em relação aos produtos das concorrentes é o sistema de enchimento linear, e não rotativo. Basicamente, as enchedoras rotativas são mais velozes que as lineares, e hoje estipulam para o envase asséptico cadências maiores que a de 12 000 garrafas por hora.

A vilania do oxigênio Outra importante fornecedora, a Sidel, também envereda pelo enchimento asséptico rotativo, mas propõe uma abordagem diferente de linha

Método de esterilização depende de cada caso Os sistemas de enchimento asséptico de garrafas de PET já se encontram em tal nível de adoção nos países desenvolvidos que a atual discussão, lá fora, não é mais se eles são viáveis, mas sim qual sistema de esterilização de embalagens escolher. A maior disputa se dá entre dois métodos. O mais tradicional deles é baseado em desinfecção por ácido peracético e posterior

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rinsagem das garrafas. Já o segundo é feito a seco, com o uso de peróxido de hidrogênio (H2O2), mesmo agente utilizado na esterilização das caixinhas longa vida. “Resumidamente, o primeiro método envolve maior consumo de água e, o segundo, de energia”, explica Rogério Baldauf, diretor comercial da Krones. Ambos os processos são eficazes, e sua adoção deve levar

em conta detalhes industriais. Exemplo: a rinsagem é preferível quando o usuário não tem a garantia de que as garrafas e as tampas alimentadas na estação de esterilização estão totalmente livres de pó, líquidos e outras impurezas. É o caso de quem utiliza garrafas fornecidas por um terceiro ou não possui a sopradora interligada de modo estanque ao módulo de esterilização.

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de embalagem com sua família Combi. Ela consiste em máquinas que sopram, enchem, esterilizam e tampam as garrafas de PET numa espécie de monobloco. “Os benefícios mais claros desse sistema combinado são eliminar a necessidade de esteiras de transporte, economizando espaço na planta do cliente, e uma operação simplificada”, ilustra Américo Bini. O executivo da Sidel lembra de outro assunto atualmente muito comentado na área de garrafas de PET: o enchimento asséptico de sucos, chás e outras bebidas nãocarbonatadas em garrafas com revestimentos de barreira. Garrafas desse tipo foram criadas com mira nas cervejas, mas já são vistas como opções para as bebidas não-carbonatadas de maior valor agregado, prolongando ainda mais

MONOBLOCOS – Sistemas combinados, uma aposta da Sidel, também já processam PET asséptico

CORO – Como a Krones, a KHS aposta em rotativas de alta cadência produtiva

a shelf life ao impedir o contato do conteúdo envasado assepticamente com o oxigênio. Nessa área, a vedete da Sidel é a garrafa Actis, revestida internamente com carbono amorfo. Por sua vez, a SIG trabalha com a tecnologia Plasmax, desenvolvida em conjunto com a Schott HiCotec e baseada na deposição de uma finíssima camada de vidro no interior das garrafas de PET. Reciclável, a Plasmax já é utilizada na Áustria e no Japão para o acondicionamento de sucos. “Considerando-se que o mercado local ainda nem se abriu ao enchimento asséptico, essas aplicações que garantem altíssima shelf life estão um pouco mais distantes da realidade brasileira”, avalia Ricciardone, da SIG. A verdade é que, se no campo do envase asséptico de PET a seara nacional de bebidas ainda mostra descompasso com o cenário mundial, as fornecedoras de maquinário para embalagem evitam conjurar contra a situação e

Sabedora dos riscos da acomodação no negócio de embalagens, no qual clientes podem migrar de fornecedor como altos executivos trocam de automóvel, a Tetra Pak não está cega ao avanço das concorrentes plásticas nas bebidas de apresentação individual. Num contra-ataque cirúrgico a uma delas, os stand-up pouches, a gigante sueca começa a ofertar nos Estados Unidos uma de suas mais novas invenções, uma caixinha asséptica transparente. Não se trata, claro, de uma embalagem cartonada, opaca por natureza. A Tetra Wedge Aseptic Clear tem o formato de um modelo de caixinha da companhia, a Tetra Wedge, utilizada no Brasil pelos refrescos Kapo, da Coca-Cola, mas é

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feita de uma blenda plástica especial, cujos detalhes técnicos são mantidos em sigilo. “Pelo seu volume, de 200 mililitros, vemos na Wedge Clear um suporte ideal para bebidas voltadas ao público infantil”, afirma Jeff Kellar, vice-presidente de novos negócios da Tetra Pak americana. As paredes da nova embalagem, segundo Kellar, são 80% mais resistentes à perfuração que as dos pouches atuais, “o que torna fácil e seguro o uso de canudos”. A estréia comercial da Wedge Clear já aconteceu. Foi no México, em maio de 2005, na linha de refrescos Nautix, produzida por uma poderosa indústria de bebidas daquele país, a Jumex (veja a imagem ao lado).

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Uma proposta de Tetra diáfana

ROBUSTEZ – SIG confia em enchedoras lineares compactas

as oportunidades perdidas (um parêntese: meses atrás a PepsiCo fez seu isotônico Gatorade migrar das garrafas de vidro para as de PET enchidas a quente; poderia ter adotado o envase asséptico, como faz em outros países). “Nossa visão é de que o mercado guarda imenso potencial para o PET asséptico, e ele inevitavelmente se difundirá por aqui”, entende Bini. O otimismo das fornecedoras é bafejado por lances como um recente comunicado oficial da CocaCola de que irá investir em bebidas de apelo natural no Brasil, nacionalizando sua marca global de sucos Minute Maid, e os comentários, à boca pequena, de que a PepsiCo estuda trazer ao país sua marca de sucos Tropicana. Produtos dessas chancelas já utilizam o PET asséptico lá fora. Mas a espera pelo desembarque dessas gigantes não significa sinal fechado à tecnologia no país. “Por ora, uma solução pode ser a oferta de envase asséptico por engarrafadores terceirizados, os chamados co-packers”, aventa Baldauf, da Krones. “O envase de diferentes produtos faria sentido à alta capacidade das máquinas e garantiria uma amortização mais rápida do capital.” KHS (11) 6951-8347 www.khs.com.br

Sidel (11) 3783-8800 www.sidel.com

Krones (11) 4075-9500 www.krones.com.br

SIG Beverages (11) 2107-6794 www.sigcorpoplast.com

Schott HiCotec [email protected] www.schott.com

Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

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cartonadas assépticas >>> inovações

Força nova, caixinha idem

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Batávia se lança no mercado de sucos através de embalagem longa vida inédita no país

S

urpresas em duas vertentes definiram uma coletiva de imprensa organizada em conjunto por uma grande indústria e sua supridora de embalagens no início de dezembro passado, em São Paulo. Terceira maior atuante da área de produtos lácteos refrigerados no país, a Batávia anunciou oficialmente seu ingresso no cada vez mais disputado negócio de sucos prontos para beber. O impacto subseqüente deveu-se à revelação da embalagem que a dona da marca Batavo utilizará para se lançar no varejo de sucos: a combifit, uma cartonada asséptica da SIG Combibloc nunca antes utilizada por aqui e que faz sucesso na Europa – lá, de sete produtos atendidos e de 5 milhões de unidades comercializadas em 2001, ano de seu lançamento, essa embalagem já acondicionava 378 itens, com vendas de 425 milhões de unidades em 2004. Presente há quase sete anos no Brasil, a SIG Combibloc já atendera por um período um cliente na área de sucos – a Pomar, deten16 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2006

INEDITISMO – Sucos da Batávia são os primeiros produtos brasileiros a utilizar a caixinha combifit, um sucesso na Europa

tora da marca Izzy. A acolhida em carteira da Batávia, contudo, é o maior passo da companhia suíço-alemã no mercado nacional de caixinhas longa vida, dominado por sua rival mundial, a sueca Tetra Pak. A combifit é uma caixinha de maior nobreza em relação aos modelos de entrada do portfólio da SIG Combibloc e, por isso, foram vistas pela Batávia como suportes pertinentes a sua estratégia de valorização de marca e de reforço do apelo premium dos produtos, iniciada dois anos atrás. “Queremos nos diferenciar da concorrência também em embalagem”, pontifica José Antônio Fay, diretor-geral da Batávia. Diretor da SIG Combibloc para a América Latina, o alemão Achim Lubbe conta que o flerte com a Batávia remonta ao fim de 2004, mesma época em que a empresa definia detalhes do fornecimento para o laticínio Frimesa, timbrado em abril do ano passado (e noticiado em EMBALAGEMMARCA nº 69, maio de 2005). O contrato fechado com a Batávia é de sete anos.

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Leites mamam no investimento Aproveitando a adoção da caixinha combifit, da SIG Combibloc, em sua nova linha de sucos prontos para beber, a Batávia decidiu estender o uso dessas cartonadas assépticas inéditas no país a sua família de leites especiais. Assim, o Leite Integral Batavo Ferro (ideal para jovens e crianças em crescimento), o Leite Desnatado Batavo Cálcio Light, o Leite Semidesnatado Batavo Sensy (para o público com intolerância à lactose), o Alimento à Base de Soja Original Batavo e o achocolatado velho de guerra Choco Milk, com 50 anos de varejo, chegam aos pontos-de-venda repaginados em caixinhas combifit de 1 litro, com projetos gráficos da Komatsu Design. Uma novidade dessa linha,

o Alimento à Base de Soja Light Batavo, leite de soja com colesterol zero derivado da versão Original, também está sendo lançado na nova embalagem. “Esses produtos são originários da melhor bacia leiteira do Brasil e, por isso, naturalmente eles exigem uma embalagem premium”, afirma Regina Boschini, gerente executiva de marketing da Batávia. Luciana Galvão, gerente de marketing da SIG Combibloc, lembra que a Batávia poderá lançar outros produtos, seja na combifit ou em caixinhas standard Combibloc, nos volumes de 500 mililitros, 750 mililitros ou 1 litro, utilizando-se da mesma máquina de envase. “A flexibilidade é uma marca de nossas linhas”, divulga a executiva.

Luciana Galvão, gerente de marketing da operação latino-americana da SIG Combibloc, sublinha que a adoção da combifit pela Batávia foi criteriosa. Pesquisas com consumidores, coordenadas pelo instituto de pesquisas Ipsos Brasil, apontaram a combifit como preferida entre todas as opções de embalagens longa vida disponíveis no mercado e sua adequação aos produtos e ao “brandgeist” da Batávia. “A combifit possui formato longilíneo e ergonômico, prática tampa de rosca e propicia uma alta qualidade de impressão”, lista a executiva. O perfil da combifit permitirá aos sucos da Batávia sobressaírem em altura nas gôndolas ante a concorrência. Por sua vez, a tampa de rosca combiTwist rompe o lacre interno da embalagem já em sua abertura, dispensando uma operação manual extra do consumidor. Quanto à decoração, a combifit, como todas as embalagens da SIG Combibloc, é impressa em rotogravura. “É um sistema reconhecidamente de maior qualidade que a flexo utilizada pela concorrência”, argumenta Luciana. “Tal qualidade de impressão nos garantiu embalagens elegantes e sofisticadas, com muito brilho e cores vivas”, emenda Regina Boschini, gerente executiva de marketing da Batávia. Reproduzidos a partir de seis cores, uma delas especial, imagens fotográficas e degradês destacam-se nas embalagens, assinadas pela agência DBOX Design.

Indústria virtual Para estrear na seara dos sucos prontos, a Batávia desembolsou 4 milhões de reais, divididos em desenvolvimento dos novos produtos e na construção de uma nova fábrica, situada no município de Carambeí (PR). A nova planta paranaense recebeu a máquina da SIG Combibloc em setembro. Ela é capaz de produzir até 6 000 embalagens por hora, com perdas inferiores a 1%. As caixinhas combifit que sairão dessa linha serão utilizadas naquele que Regina Boschini define como “o mix de produtos mais abrangente no mercado de sucos prontos”. Integram a linha a família de néctares, nos sabores Uva, Manga e Pêssego, as Bebidas com Soja e Suco de Frutas, nos sabores Abacaxi, Manga e Maracujá e Pêssego e Maçã, e o Kissy Smoothie, bebida que mistura sucos com leite, nas versões Uvas Verdes e Roxas e Abacaxi, Laranja e Manga. 20 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2006

Opção do meio Graças a nova máquina, Brasil será pioneiro em caixinha de 750 mililitros da Tetra Pak

DEFINIÇÃO – Qualidade do registro nas caixinhas é fruto de impressão por rotogravura em seis cores

Os néctares e as bebidas de suco mais soja serão lançados na combifit de 1 litro. Já o Kissy Smoothie irá ganhar praça na combifit de 750 mililitros. A intenção da Batávia é que seu share no mercado de sucos prontos esteja entre 3% e 5% já ao fim de 2006. No lado da SIG Combibloc, o lançamento da combifit no mercado doméstico implicou num investimento de aproximadamente 12 milhões de reais. A aplicação espelha a montagem de toda uma estrutura para o atendimento da nova cliente. Fornecidas à Batávia em sleeves (unidades pré-formadas, e não múltiplas embalagens em bobinas, como acontece no sistema da Tetra Pak), as caixinhas combifit são importadas da Alemanha. “Funcionamos como uma fábrica virtual, mantendo um estoque local de segurança para atender à demanda com agilidade e segurança”, afirma Luciana. A propósito, Achim Lubbe assegurou, na avantpremière da linha de sucos prontos da Batávia, que até o fim de 2007 a indústria virtual será substituída por uma de concreto armado. “Nosso conselho diretivo mundial acaba de reiterar que a construção da fábrica brasileira da SIG Combibloc é iminente.” DBOX Design (11) 3721-4509 www.dboxdesign.com.br

Komatsu Design (11) 5561-7703 www.komatsudesign.com.br

Ipsos Brasil (11) 3079-4300 www.ipsos.com.br

SIG Combibloc (11) 2107-6744 www.sigcombibloc.com

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DIVULGAÇÃO

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ão rareiam as ocasiões em que as cartonadas assépticas recebem alfinetadas das adversárias quanto à inflexibilidade de suas linhas de produção, pouco amigáveis aos trabalhos com embalagens de diferentes volumes. Ciosa em responder a essas críticas com estilo, a Tetra Pak vem aplicando gordos recursos na criação de plataformas mais versáteis, que começam a entrar em viabilidade comercial. Uma delas é a A3/Flex. Criada pela filial italiana da gigante sueca, a máquina permite a produção do formato Tetra Prisma em variados tamanhos, e em setups feitos eletronicamente, em 15 minutos, sem câmbio de peças ou intervenções nas condições de esterilidade do processo. Agregada ao catálogo da Tetra Pak brasileira em meados de 2005, a A3/Flex possibilitará ao país ser o primeiro no mundo a receber um novo modelo de caixinha, a Tetra Prisma de 750 mililitros com abertura StreamCap. Conforme ventila a Tetra Pak, os primeiros produtos na nova embalagem chegam ao mercado brasileiro até o fim de março. Os nomes da comissão de frente são ainda sigilosos. Segundo o departamento de comunicação da fornecedora, a nova Prisma acompanha a tendência de embalagens com volumes intermediários, na esteira da crescente segmentação e da ampliada oferta de bebidas. “Também é uma alternativa para lares com menos pessoas e famílias que têm o hábito de consumir simultaneamente uma gama maior de sabores e tipos de produtos”, explica a Tetra Pak. Para atender outros alvos, a A3/Flex pode ser ajustada para formar volumes menores ou maiores, como 330 mililitros e 1 litro. Acessório para os tamanhos maiores, a tampa de rosca StreamCap, de polietileno, assegura o armazenamento horizontal do produto na geladeira após sua abertura e facilita o consumo fora do lar. Ademais, é dotada de um lacre que evidencia violações da embalagem.

ANTENADA – Volume da nova Tetra Prisma vai ao encontro da segmentação das linhas de bebidas

Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

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metálicas >>> cervejas

Chocagem postergada

Rótulo com tecnologia de isolamento térmico, que prolonga a temperatura ideal de consumo de bebidas, estréia no país em edição limitada de Skol Por Lívia Deorsola

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STUDIO AG - ANDRÉ GODOY

constatado repúdio dos apreciadores de cerveja pelo consumo da bebida quando ela “choca”, ou seja, reaquece quando exposta à temperatura ambiente, serviu como empurrão para a AmBev colocar no mercado uma nova lata de 473 mililitros de Skol, a Geladona, que promete manter a bebida gelada por um período entre 50% e 70% superior ao oferecido pelas latas comuns de alumínio. Acontece que a novidade, uma edição limitada à estação quente de 2006, promove o desembarque no mercado nacional de uma inovadora tecnologia de rotulagem de embalagens, a Cool2Go. Noticiada em primeira mão por EMBALAGEMMARCA (edição nº 58, junho de 2004), essa tecnologia, desenvolvida pela DuPont, consiste na fabricação de rótulos com propriedades de isolamento térmico. Estruturados por três camadas, os rótulos Cool2Go diminuem os efeitos das trocas de calor entre o recipiente e a mão do consumidor ou o ambiente. O pulo-do-gato desses rótulos é o fato de eles possuírem um não-tecido especial acomodado entre duas camadas do filme de poliéster Melinex, também da DuPont. Nomeado Thermolite, esse polímero isolante geralmente é fornecido pela DuPont para confecções de jaquetas e sleeping bags. Na latinha da Geladona, uma cinta com a Cool2Go é afixada entre a parede de alumínio e um rótulo termoencolhível, envolvendo toda a superfície de pega da embalagem, ou seja, excetuando-se seu topo e sua base. O rótulo contrátil, de PVC, é produzido pela ITW Canguru Rótulos, joint-venture entre a norte-americana ITW Autosleeve e o Grupo Jorge Zanatta. De acordo com Adriana Martins, gerente de marketing da DuPont que esteve envolvida no projeto da Geladona, a utilização do termoencolhível obedeceu a uma vontade estética do marketing da AmBev. “Tecnicamente, o rótulo Cool2Go pode receber impressão direta”,

CAMADAS – Agente antitérmico é afixado à latinha através de um rótulo termoencolhível de PVC, da ITW Canguru Rótulos

ITW Canguru Rótulos (11) 3044 – 2366 www.itw-autosleeve.com/portugues

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COMO FUNCIONA O COOL2GO O rótulo possui três camadas. As externas são feitas a partir do filme de poliéster Melinex

Na camada intermediária o Thermolite, um não-tecido utilizado na confecção de jaquetas e sleeping bags, isola a bebida do calor externo

Frio? Mangas! Termoencolhíveis destacam novas promoções de cervejas americanas

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iante da gelidez invernal, nada mais apropriado que usar mangas longas. Adaptada pelos departamentos de marketing de duas grandes cervejarias americanas, essa lógica sorriu a ruidosas ações de envolvimento de garrafas long neck com rótulos termoencolhíveis nos últimos meses do ano passado, época da estação fria no lado de cima do Equador. Veja-se o caso da Anheuser-Busch. A maior cervejaria americana lançou no fim de 2005 uma edição limitada da Bud Light, aludindo às Festas, decorada com seis diferentes rótulos termoencolhíveis. A ação pegou tão bem que uma six pack, contendo toda a coleção de rótulos, virou moda como brinde de fim de ano nos Estados Unidos. Procurada por EMBALAGEMMARCA, a AB alegou “questões estratégicas” para não tornar públicos dados técnicos desses rótulos. “Trata-se de um meio de decoração tão novo para nós, e tão promissor, que evitamos detalhar processos para não encolhermos nossos diferenciais perante a concorrência”, brinca um porta-voz da cervejaria. Porém uma concorrente não assistiu, estática, a esse bonde passar. Mais ou menos na mesma época a Miller lançou uma série de garrafas de sua cerveja Miller Lite decoradas com rótulos contráteis simulando o fardamento dos juízes de futebol americano. Foi uma forma encontrada para fazer sua campanha publicitária “Taste Referees” (“árbitros do sabor”, no português) chegar efetivamente aos olhos do consumidor. As mangas, de PVC, levaram impressão reversa em rotogravura em oito cores, feita pela Muti-Color (a mesma convertedora pioneira no fornecimento de rótulos termoencolhíveis com a tecnologia Cool2Go para latas de cerveja). Vestir long necks com termoencolhíveis não é coisa inédita no Brasil, como atestam exemplos já detalhados por EMBALAGEMMARCA (os mais recentes na edição nº 65, janeiro de 2005). Os casos da A-B e da Miller, contudo, valem como novos recibos do charme que esse emergente sistema de decoração confere às promoções. janeiro 2006 <<<

FOTOS: DIVULGAÇÃO

explica a executiva, trazendo à baila o caso da cerveja canadense Labatt Blue Cold One, também pertencente ao grupo InBev, responsável pela primeira utilização da Cool2Go em latas de cerveja (fato também destacado em reportagem anterior de EMBALAGEMMARCA, na edição nº 71, julho de 2005). “Nesse caso, o rótulo isolante foi impresso diretamente em rotogravura”, ilustra Adriana. Anteriormente, a tecnologia havia sido utilizada por uma produtora norte-americana de chás gelados, a Turkey Hill, em rótulos do tipo manga aplicados em frascos de polietileno. A adaptação da tecnologia às embalagens plásticas, diz Adriana, é menos complexa, porque a área de contato com as mãos é menor. O desenvolvimento do Cool2Go envolveu três diferentes braços da DuPont: a DuPont Teijin Films, fabricante de filmes de poliéster, e as áreas de Não-tecidos e de Polímeros para Embalagem. Mantendo discrição, a multinacional informa que vinte novos projetos relacionados a embalagens de diversos segmentos estão em desenvolvimento, com lançamentos previstos ainda para este ano. Por ora, a companhia antecipa apenas que as novidades irão contemplar produtos variados, como alimentos e cosméticos.

LIMITADAS – Acima, a Miller Lite “árbitra”; abaixo, as Bud Light com motivos festivos

Multi-Color www.multicolorcorp.com

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Aplicação em P&D Grande fornecedora de tampas contagotas, a Indeplast criou um departamento de pesquisa e desenvolvimento. “A idéia é criar soluções inovadoras em embalagem utilizando toda a tecnologia de ponta de que dispomos nas áreas de injeção, impressão e acabamento”, diz Luiz Cortes, gerente da nova área. Marcação terceirizada Com a recente instalação de mais duas codificadoras Série 9000 na fábrica de São José do Rio Preto (SP) da Nestlé, a Imaje já possui 33 máquinas ink jet marcando embalagens primárias pelo sistema de outsourcing Printing Service em sete fábricas brasileiras da multinacional suíça. Aniversário... O inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, entidade que reúne agricultores, distribuidores, indústria e poder público em torno do sistema de destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos, completou quatro anos em dezembro . ...Com bons números O sistema já conta com mais de 350 unidades de recebimento em todo o país. Em quatro anos as unidades processaram 43 000 toneladas de embalagens, encaminhando-as para reciclagem ou incineração. Sítio novo A mineira Paraibuna Embalagens tem novo site na internet. Ele traz detalhes dos produtos da empresa e seus investimentos em meio ambiente e responsabilidade social, uma marca de sua administração (www.paraibuna.com.br). Prêmio cool A nova embalagem da bebida Keep Cooler, da Vinícola Aurora (mostrada em EMBALAGEMMARCA nº 71, julho de 2005), conquistou medalha de ouro no 7° Salão de Comunicação – ARP 2005, realizado no início de dezembro passado, em Porto Alegre (RS). O evento, anual, abrange as áreas de marketing promocional, comunicação e design, comunicação gráfica, merchandising e comunicação digital.

Eureca reconhecida O fechamento plástico para latas Ploc-Off, criado pela Brasilata cerca de três anos atrás, foi eleito por um time de consultores em inovação reunido pela revista Exame, da Editora Abril, como uma das dez melhores invenções brasileiras dos últimos anos. O ranking publicado pela revista coloca a Ploc-Off ao lado de aeronaves da Embraer, automóveis, um software anti-spam e de dois outros inventos cujo sucesso deve-se à embalagem: o sabão em pó Ala, da Unilever (vendido em sachês no Nordeste), e a águade-coco One, exportada em caixinha.

Stand-up pouches mantêm alta As vendas globais de stand-up pouches ultrapassaram pela primeira vez as 20 bilhões de unidades em 2005, num resultado de 15 anos consecutivos de crescimentos nas faixas de 15% a 20%. O dado integra o estudo Stand-up Pouches: Global Markets, Economics, And Technologies 2005-2009, um catatau de mais de 500 páginas lançado pela consultoria americana Packaging Strategies. O volume faz uma projeção do

negócio de stand-up pouches para os próximos três anos, traçando oportunidades e as maneiras como as embalagens concorrentes poderão contra-atacar essa investida.

www.packstrat.com

“Percebemos significativas economias

enquanto fazemos ações benéficas ao meio ambiente. Ações das mais simples dessa natureza dizem respeito à embalagem, e é embaraçoso que não as tenhamos feito antes” Lee Scott, CEO do Wal-Mart, em entrevista ao site da revista Business Week. Entre outras ações amigáveis ao ambiente e ao mesmo tempo benéficas ao seu próprio negócio, o Wal-Mart parou de importar embalagens de 16 linhas de brinquedos de sua marca própria, abraçando soluções mais próximas. Isso cessou o vaivém mensal de 230 contêineres de embalagens, economizando mais de 1 milhão de dólares em custos de transporte.

Cinqüenta com livro Para marcar seus 50 anos de presença no Brasil, a gigante química de origem alemã Henkel realizou um evento em São Paulo com mais de 1 000 convidados no fim de novembro último. A mestra-de-cerimônias foi a atriz Fernanda Montenegro. Um livro com a história do cinqüentenário foi distribuído aos convidados (ao lado, a capa do volume).

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metálicas >>> aerossóis

Um nó menos apertado Investimento da Cerviflan é uma chance para diminuir o desequilíbrio entre oferta e demanda de latas para aerossóis no mercado doméstico

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Cerviflan (11) 6432-5629 www.cerviflan.com.br

STUDIO AG: ANDRÉ GODOY

empre causou estranhamento o fato de o Brasil, com sua dimensão geográfica continental e amplo espaço para o crescimento do consumo, contar com oferta aquém de latas de aço para aerossóis. A situação, retratada pelas importações, especialmente da Argentina, feitas para driblar as ocupações das duas únicas grandes produtoras locais dessas embalagens (a Prada e a Brasilata), estimulou a Cerviflan a adentrar no negócio desses recipientes metálicos. Mirando as substituições de importações, a metalúrgica de Guarulhos (SP) inaugurou sua linha de alta escala de latas para aerossóis em meados de novembro passado. “Pesquisas têm nos mostrado uma demanda crescente por essas embalagens e que os próximos anos serão promissores”, explica Jefferson Lozargo, diretor comercial e de marketing da Cerviflan. Para consolidar sua linha, capaz de produzir 120 tubos por minuto, a Cerviflan importou tecnologia italiana. O nome da fornecedora é mantido em sigilo. Também não é revelado o valor do investimento. Lozargo alega dificuldade de se chegar a um valor exato pelo fato de o novo negócio ter exigido reformas estruturais na fábrica da empresa, “complicadas de serem quantificadas”. Certo, segundo ele, é que as embalagens para aerossóis da Cerviflan trarão diferenciais. O primeiro diz respeito à ergonomia. “Como o domo da lata, onde fica situada a válvula spray, terá uma altura menor, o manuseio da peça pelo consumidor será mais fácil”, divulga o dirigente. Além disso, as latas da empresa resistirão a uma pressão de 15 BAR, contra o padrão de 12 BAR do mercado, garantindo maior segurança ao acondicionamento do produto. O plano da Cerviflan é produzir tubos em diversos tamanhos, variando de 200 mililitros a 1 litro, no diâmetro de 65 milímetros, e ainda para 2006 está previsto o lançamento de uma linha com diâmetro de 57 milímetros. Lozargo ressalta que a estréia no novo ramo contou com o incentivo de uma grande usuária de latas para aerossóis, a Sherwin-Williams/Colorgin. É ela a primeira cliente dos novos produtos da Cerviflan. Tintas, vernizes, lubrificantes e congêneres químicos, que já são os principais consumidores das demais linhas de latas da metalúrgica, também serão os alvos imediatos das embalagens para aerossóis. “O objetivo é depois partir, em cascata, para outros segmentos interessantes”, antecipa o dirigente.

DIVERSIDADE – Cerviflan irá produzir tubos de volumes variados. Colorgin é a primeira cliente

plásticas >>> higiene e beleza

Anti-rugas e anti-quedas Novo creme da Natura tem pote plástico que emula o vidro, mas não quebra

FOTO: DIVULGAÇÃO

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par de uma tendência de embalagem das grandes grifes de cosméticos e perfumaria, a Natura tem incorporado ao seu mix de embalagens os copoliésteres que emulam os atributos do vidro, formulados pela química americana Eastman. Divulgados sob a marca de fantasia Glass Polymer (“polímero de vidro”, vertendo-se ao português), esses plásticos foram empregados meses atrás em tampas de dois perfumes e num estojo de batons da Natura. Agora, um deles, o AN014, dá forma ao pote de um novo item da gigante brasileira da área da vaidade, o creme anti-sinais Spilol. Trata-se do primeiro produto da linha de rejuvenescimento Chronos cuja embalagem não é de PET. Conforme detalha Renato Wakimoto, gerente de pesquisa e desenvolvimento de embalagens da Natura, a fabricação do novo recipiente com o copolímero da Eastman, importado (e distribuído no país com exclusividade pela SPP Resinas), atende a um motivo singelo. O material cria peças com o visual do vidro, porém com a resistência ao impacto típica dos plásticos. “Suportar quedas é importante para um pote pequeno e esférico – e, portanto, com pouca área de contato com as mãos da consumidora – como o do Spilol”, argumenta Wakimoto. Além disso, o copoliéster ainda proporcionou ao creme uma embalagem “leve, densa e sofisticada”, resume o executivo. Tal solução, contudo, não chegou à sua mesa num embrulho de presente. O sim ao simulacro plástico do vidro foi precedido por 23 ensaios com diversos materiais em moldes-piloto na planta da Augros, a fornecedora da embalagem. No fim, alguns fatores penderam

SEGURO – Risco de pequeno pote cair influenciou na decisão pelo copoliéster

Augros (44) 3262-6688 www.augros.com.br Desgrippes Gobé www.dga.com Eastman (11) 4506-1000 www.eastman.com.br SPP Resinas 0800 55 3434 www.sppresinas.com.br

favoravelmente ao AN014. “Mais que a transparência, ele ofereceu vantagens como o ‘efeito gelado’, o som seco e a estabilidade dimensional na injeção”, diz Maurício Carini, gerente comercial da Augros. Ademais, o material casou com o visual da embalagem, desenvolvido pela agência francesa Desgrippes Gobé. Wakimoto não esconde a satisfação com o resultado do projeto, mas esclarece que os polímeros especiais não sentenciam dias contados para o vidro nas embalagens de produtos de beleza. “O vidro tem um apelo forte e sedimentado na área de perfumaria fina, por exemplo”, lembra o gerente da Natura. Em outras palavras, culturas de consumo e aspectos do vidro que o plástico nunca conseguirá emular, e vice-versa, preservarão mercado para ambos os materiais nas embalagens de cosméticos.

Plásticos especiais assediam o mercado de cosméticos No diapasão do aquecimento do mercado interno de higiene e beleza, o Brasil já é o quarto maior consumidor mundial de especiarias plásticas para a produção de embalagens de cosméticos, atrás apenas dos

Estados Unidos, da França e da Alemanha. O dado é da consultoria americana World Cosmetics and Toiletries Packaging. Nesse contexto, a Eastman viu crescer em 20% suas vendas de plásticos especiais, como os copoli-

ésteres que emulam o vidro, na América do Sul. Maurício Carini, gerente comercial da produtora de embalagens Augros, confirma: o interesse da clientela nos Glass Polymers da Eastman “é crescente”. janeiro 2006 <<<

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Prodesmaq vendida para CCL Industries Confirmando rumores que corriam no mercado de rotulagem há tempos, a CCL Industries, empresa canadense que fornece soluções de embalagens para indústrias do setor de saúde e para fabricantes de variados produtos de consumo, anunciou a compra dos ativos da área de conversão de rótulos da Prodesmaq e das suas subsidiárias. Com sede em Vinhedo (SP), a Prodesmaq é uma das maiores convertedoras da América Latina, com faturamento de aproximados 72 milhões de reais em 2005. A compra foi informada em primeira mão no Brasil pelo site de EMBALAGEMMARCA, dia 12 de janeiro último. O valor declarado da operação é 64 milhões de dólares canadenses, cerca de 125 milhões de reais. No comunicado oficial, a CCL Industries define a Prodesmaq como “fornecedora de rótulos para muitas das mesmas companhias globais de cuidados pessoais, home care, alimentos e

bebidas atendidas pela CCL Label (divisão de rotulagem do grupo canadense)”. A empresa destaca ainda que a Prodesmaq opera duas plantas de última geração, e é “líder de mercado do Mercosul”. “Conhecemos a família Jocionis há anos, e acompanhamos o trabalho que tornou a Prodesmaq não apenas líder do mercado brasileiro, mas um dos mais bem gerenciados negócios de rótulo do mundo”, declarou Geoffrey Martin, presidente e COO da CCL Industries. “Estou pessoalmente muito feliz que Luis Carlos Jocionis e Nilson Barrantes tenham concordado em permanecer na empresa, nos ajudando a inserir o Brasil e o Mercosul entre as principais regiões de consumo global da CCL Industries”, completou o executivo. Com sede em Toronto, Canadá, a CCL Industries emprega mais de 4 700 profissionais, e opera 47 fábricas distribuídas nos Estados Unidos, México, Europa e Ásia.

Prêmio pelas vendas externas A MD Papéis recebeu do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB) o prêmio Destaque Especial de Exportação. A cerimônia foi realizada durante o 25º Encontro Nacional de Comércio Exterior, realizado em novembro no Rio de Janeiro. Segundo a empresa, a escolha foi impulsionada pela incorporação de tecnologias modernas a seus produtos especiais, que atualmente são exportados para mais de quarenta países. Especializada no fornecimento de crepados para confecção de fitas adesivas, filtros descartáveis para café, papéis glassines para embalagens flexíveis e siliconização e decorativos para laminados de alta e baixa pressão, a empresa exportou 14 500 toneladas, ou 20 milhões de dólares, em 2004. Externamente, os principais mercados da MD Papéis são Argentina, Espanha e Itália. Segundo Erton Sanchez, diretor-superintendente da empresa, as vendas para os Estados Unidos, restante da Europa e Ásia Pacífico também vêm crescendo. (11) 4441-7800 www.mdpapeis.com.br

Com a meta de disponibilizar uma linha completa de insumos para os processos de impressão, préimpressão e acabamento de embalagens, a KSR Distribuidora – unidade de negócios da Votorantim Celulose e Papel (VCP) – está ampliando seu mix nas áreas de bases auto-adesivas e papel cartão. As novidades incluem produtos e marcas da Colacril e da Ripasa. Na linha de papel cartão, o portfólio

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da distribuidora foi ampliado para catorze produtos. Já no segmento de auto-adesivos, a família de produtos distribuídos pela KSR foi incrementada com dois novos itens da Colacril: as bases auto-adesivas ADC 1000 e ADC 1200. “São especialidades desenvolvidas para utilização em altas e baixas temperaturas”, comenta Willian Rodrigues, consultor da KSR. 0800 55 8544 • www.ksr.com.br

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Ripasa e Colacril ampliam canal

ENTREGA – Erton Sanchez, diretor-superintendente da MD Papéis, recebe de Benedicto Moreira, presidente da AEB, o Destaque Especial de Exportação

design >>> fitoterápicos

Carona nos energéticos Fitoterápico Catuama muda visual e sinaliza reposicionamento de mercado

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REVIGOR – Rótulos termoencolhíveis, novos grafismos e cartuchos com ampla janela. À direita, embalagem antiga

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opular no final dos anos 80, quando 100 000 unidades chegavam a ser vendidas por mês, o energético fitoterápico Catuama, obtido a partir da mistura de quatro ervas consideradas medicinais (catuaba, gengibre, guaraná e muirapuama), quer voltar aos bons tempos. A meta do Laboratório Catarinense, dono da marca, é reviver aquela época, quintuplicando a produção de 20 000 unidades por mês, estimada em outubro último. Esse desempenho elevaria a linha Catuama à importância de marcas bastante tradicionais no portfólio da empresa, como o fortificante Sadol e o xarope Melagrião. Beneficiada pela crescente procura por tratamentos com remédios de origem vegetal e por pesquisas favoráveis a seu uso por cardíacos, a linha Catuama passou por uma ampla reformulação visual no segundo semestre de 2005. O projeto foi encabeçado pela Design Inverso, de Joinvile (SC). Responsável também pela recente reformulação do xarope Melagrião (ver EMBALAGEMMARCA nº 72, agosto de 2005), a agência buscou inserir visualmente o produto na categoria de bebidas energéticas. Daí a idéia de utilizar rótulos termoencolhíveis, premissa que demandou o desenvolvimento de um novo molde para as garrafas de 500 mililitros em que a versão líquida do fitoterápico era distribuída. Produzidas pela AB Plast, braço de embalagens plásticas do Grupo Catarinense, as garrafas ganharam silhueta alongada. Definido o novo perfil, a empresa recorreu à ITW Canguru Rótulos para a criação dos heat shrink labels feitos de filme de PVC importado, com índice de retração de 65%. Na parte de grafismos, as mudanças começaram pela logotipia. Segundo Eurico Ludwig, chefe da equipe de designers que trabalhou no projeto, a marca Catuama permaneceu em letras serifadas, “porém mais trabalhadas e em conjunto com um sol estilizado, que transmite a energia do amanhecer”. “Já os tradicionais arabescos que ficavam ao lado da marca do laboratório passaram para o fundo do rótu-

AB Plast (47) 451-9135 www.abplast.com.br Alcoa (11) 4195-3727 www.alcoa.com.br Design Inverso (47) 3441-7766 www.designinverso.com.br Gráfica Meyer (47) 433-3044 www.graficameyer.com.br Laborpack Embalagens (11) 4154-6894 www.laborpack.com.br ITW Canguru Rótulos (11) 3044-2366 www.itw-autosleeve.com

lo”, completa Ludwig. Produzidos pela gráfica Meyer, os cartuchos cartonados que acondicionam as garrafas também sofreram mudanças. Estruturalmente, ganharam uma janela que eliminou boa parte das duas paredes frontais. No campo gráfico, passaram a estampar a mesma escala de cores dos rótulos, que vai do vermelho ao amarelo. Por sua vez, as tampas plásticas de rosca, feitas pela Alcoa, receberam o novo logotipo, acompanhado da assinatura “LabCat”. O produto é vendido ainda na versão cápsulas, em blisters aluminizados fornecidos pela Laborpack Embalagens. Embora esteja sintonizada com o visual das bebidas energéticas, a nova identidade de Catuama não descarta os consumidores tradicionais, salienta Adriano Bornschein Silva, diretor de marketing do Laboratório Catarinense. Em sua visão, a manutenção dos clientes antigos é vital para que a marca se torne a segunda mais vendida da empresa, só atrás do Melagrião. janeiro 2006 <<<

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Upgrade nas rotuladoras da Narita passam a contar com duplo desbobinador com controle de tensão, vedação interna (o que elimina falhas em caso de derramamento de líquidos) e pintura a pó com tratamento de fosfato. Lançadas há dois anos, as rotuladoras Roll Label já funcionam em linhas de nomes como Coca-Cola, Amcor e Grupo Raymundo da Fonte. As exportações já respondem por 40% das vendas desses equipamentos.

(11) 4352-3855 • www.narita.com.br

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Para atender a requisitos do mercado internacional, a Narita acaba de promover modificações em suas rotuladoras Roll Label, dedicadas à aplicação de rótulos do tipo roll fed. As máquinas, que levam a sigla MZ para marcar as transformações, agora contam com comandos em baixa tensão, identificação dos cabos, proteções elétricas e acesso seguro. Sua parte mecânica agora é toda carenada e suas partes móveis estão protegidas. Ademais, as máquinas também

No calor apropriado A divisão de embalagens para cosméticos da multinacional inglesa Rexam, que no Brasil possui entre seus principais clientes a Avon, O Boticário e Natura, acaba de adquirir 18 unidades de termorreguladores da Wittmann do Brasil. Acoplados a injetoras, esses periféricos controlam, através de trocas de água, a temperatura do molde, definindo o comportamento da resina durante a moldagem e garantindo peças finais com as propriedades desejadas. Os termorreguladores serão utilizados pela Rexam não apenas em novos projetos de embalagens, mas também nos de componentes para telefones celulares.

(19) 3234-9464 www.wittmann.com.br

Para secundárias e terciárias Desenvolvida especialmente para a marcação de embalagens secundárias e terciárias, como caixas de papelão e paletes, a codificadora Série 2000, da Imaje imprime e aplica etiquetas por termotransferência ou por transferência térmica direta. Segundo a fabricante, a máquina permite que mesmo as informações de maior complexidade, como logotipos e códigos de barra, sejam impressas em alta resolução (200 a 300 dpi) em etiquetas de diversos tamanhos, com altura máxima de 300 milímetros e largura máxima de 178 milímetros. O braço articulado do aplicador atende a todas as exigências de marcação, sendo capaz de colocar etiquetas no topo, fronte, laterais, cantos ou nas duas faixas adjacentes de caixas ou paletes. O visor apresenta instruções em português.

(11) 3305-9455 www.imaje.com.br 30 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2006

Visão aguçada A Sick do Brasil, atuante da área de sensores, identificação e sistemas de segurança, lançou um novo sensor de visão para processos de classificação de produtos. O CVS2 avalia os números de pixels de cores pré-selecionadas e possui um banco de dados que pode armazenar até quinze cores diferentes, fornecendo sinais digitais e serial RS232. O produto é indicado para as áreas de embalagem, alimentos e movimentação de materiais. O sensor do CVS2 capta a até 270 milímetros, com grande alcance de profundidade de campo.

(11) 5091-4900 www.sick.com.br

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www.embalagemmarca.com.br Um site de informação que é mais que uma revista. 32 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2005

Quando recebi o primeiro exemplar de EmbalagemMarca imediatamente enviei um e-mail de parabéns. As matérias, a impressão, as novidades fazem dela uma revista que se lê do começo ao fim. Nunca vi uma reclamação no Espaço Aberto, e não perco a seção Almanaque. Quando recebo EmbalagemMarca, paro tudo que estou fazendo para ler meu exemplar. Ao longo destes anos, acompanhei o trabalho sério da equipe da revista. Quando começamos a anunciar, não foi surpresa verificar que os clientes vêem nosso anúncio. É a conseqüência lógica do bom trabalho e da excelência em serviços e qualidade. A mesma excelência que nós temos na Imaje. Por isso a parceria dá certo.

Almanaque Uma operação asséptica O recém-editado livro 50 Anos de Brasil – Jacques Siekierski, de Marli Nery, uma biografia do empresário francês que emigrou para o Brasil na década de 1950 e alguns anos depois con-

solidou a gigante Itap, traz uma história praticamente desconhecida sobre embalagens assépticas. O período não é citado, mas no capítulo “Buscando uma brecha para quebrar o monopólio” está registrado que o empresário decidiu enfrentar nada menos que a Tetra Pak no acondicionamento de leite, suco e outros líquidos. Para isso, importou tecnologia, denominada Zupack, e os equipamentos de uma empresa da Alemanha que fabricava caixinhas similares às da multinacional sueca. A Itap chegou a ganhar clientes em algumas áreas (alguns dos produtos são mostrados na foto ao lado). Mas, não demorou, a Tetra Pak comprou a empresa alemã e sua filha brasileira. Numa operação, digamos, asséptica, ambas foram fechadas.

ACERVO ITAP

VOCÊ SABIA? • A primeira marca de óleo de caroço de algodão lançada no Brasil, em 1929, foi a Salada, da Sanbra – Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro, hoje patrimônio da Bunge Alimentos, que em 30 de setembro último completou 100 anos no país.

• Lequetreque, o frango veloz, foi criado na década de 70 pelo publicitário Francesc Petit, o “P” da agência DPZ. O nome do personagem símbolo da marca Sadia, que usa capacete e óculos de motoqueiro, foi escolhido num concurso aberto aos consumidores.

Reforço de marketing e arma contra a gatunagem A caixa amarela com bombons Garoto foi lançada em 1955, em substituição a embalagens de papelão que eram amarradas com barbante. Além de acrescentar pouco à imagem da marca, o rudimentar sistema de fechamento acarretava prejuízo de outra ordem:

durante a distribuição, muitos bombons acabavam surrupiados. Consultor da Garoto entre 1954 e 1974, Stefan Gracza teve a idéia de fazer uma caixa que evidenciasse violações e que tivesse cor atraente. Pensou em um fundo amarelo, estampado com a marca Garoto em destaque e com os desenhos de alguns bombons. Apesar de mudanças gráficas, como a entrada de fotografias, e de conteúdo, caso da aposentadoria de sabores

34 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2005

tradicionais como banana e abacaxi, o visual idealizado há mais de cinqüenta anos permanece até hoje. A caixa amarela, aliás, foi recentemente reformulada pela agência Future Brand (foto à esquerda). Abaixo, imagem da década de 80.

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